![](../resources/images/im_00_TEMA_ART_01_0001.png)
Tema 3 A arte do grafite
Crítica e humor
No Tema 1, você aprendeu que um grupo de artistas mexicanos criava obras que chamavam a atenção das pessoas para as questões políticas e sociais de seu país. Na atualidade, o artista bânquissi tem feito seus trabalhos em paredes e em outros espaços públicos urbanos para, de modo crítico e bem-humorado, atrair a atenção para as questões sociais e políticas.
bânquissi se dedica à criação de grafite, expressão artística que se caracteriza pela produção de desenhos e pinturas sobre paredes, muros e painéis. O grafite é uma das expressões mais características da arte contemporânea, que é o conjunto de estilos e movimentos artísticos que surgiram a partir da segunda metade do século vinte. Observe, a seguir, a reprodução de um dos trabalhos desse artista.
![Fotografia. Grafite sobre uma parede, onde há vários desenhos que imitam pinturas rupestres. Em primeiro plano, há um homem de boné cinza, vestindo camiseta e calça também cor de cinza e colete laranja. Ele está direcionando para a parede o jato de água de uma máquina de lavar de alta pressão, apagando as pinturas rupestres.](../resources/images/im_0001_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
Faça no diário de bordo.
Foco na linguagem
- Observe a imagem reproduzida nesta página; depois, comente com o professor e os colegas o que ela retrata.
- Quem seria o homem representado nesse grafite?
- Considerando a figura do homem representado, como podemos interpretar essa cena?
Versão adaptada acessível
1. Após ouvir a descrição da imagem reproduzida nesta página, comente com o professor e os colegas os detalhes que mais chamaram sua atenção em relação ao que ela retrata.
![](../resources/images/im_00_artistaesuaobra_arte-01.png)
Artista e obra
bânquissi
Desde seus primeiros grafites feitos nos anos 1990, em Bristol, na Inglaterra, o artista de rua inglês mantém sua identidade no anonimatoglossário . No início de sua carreira, bânquissi pintava paredes e muros à mão livre. No entanto, com o decorrer do tempo, ele passou a usar a técnica do estêncil para realizar seus trabalhos.
Os grafites de bânquissi estão presentes em paredes e muros de várias cidades em diversos países e abordam questões da atualidade (por exemplo, a imigração, a guerra, o aquecimento global e a política) com tom crítico e provocativo, estimulando, nas pessoas que circulam pelos espaços urbanos, reflexões sobre o que acontece na sociedade e no mundo.
![Fotografia. Grafite sobre uma parede: homem com blusa de capuz cinzenta, calça escura e tênis brancos, segura uma corrente que vai até a silhueta de um cachorro, desenhado somente com linhas geométricas.](../resources/images/im_0010_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
Para LER
• bânquissi. Guerra e spray. Tradução de Rogério . Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012.
Esse livro reúne as principais obras de bânquissi, artista britânico que utiliza o estêncil para produzir grafites em diversos países. As produções dele muitas vezes geram polêmica, pois, em geral, seu conteúdo apresenta um olhar crítico em relação às questões políticas e sociais.
A origem do grafite
Muitos estudiosos defendem a ideia de que o grafite, da fórma como o conhecemos hoje, teve origem nos protestos ocorridos na década de 1960. Naquela época, pessoas de vários lugares do mundo foram às ruas para questionar os governos e a sociedade.
Em 1968, em Paris, na França, jovens deram início a vários protestos contrários ao governo, fazendo inscrições de caráter político e poético em paredes e em muros da cidade. No mesmo período, em Nova iórque, nos Estados Unidos, organizaram-se diversos movimentos culturais ligados a grupos marginalizados, principalmente aos dos jovens negros moradores de bairros populosos e pobres da cidade.
![Fotografia em preto e branco. Vista geral de pessoas em uma passeata de protesto. À frente da passeata, dois homens segurando uma faixa grande com palavras de ordem.](../resources/images/im_0011_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
![Fotografia. Vista de dois vagões de um metrô com grafite na parte externa.](../resources/images/im_0012_f_ama6_u01_t03_f2_g24.png)
![](../resources/images/im_00_pordentro-1.png)
Por dentro da arte
![Fotografia. Cena de street dance. Em primeiro plano, uma mulher de cabelo curto castanho, vestindo blusão com estampa de camuflagem e calça verde-escura executa os passos da dança, enquanto seus colegas a observam. Ao fundo, pessoas assistem à apresentação.](../resources/images/im_0013_sub_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
O grafite e o movimento hip-hop
Na década de 1970, integrantes das comunidades negra e latina dos Estados Unidos iniciaram um movimento cultural que resultou do encontro da arte urbana estadunidense com elementos das culturas latino-americana e afro-americana. Esse movimento recebeu o nome de hip-hop e disseminou-se por diversos países.
![Imagem meramente ilustrativa](../resources/images/p24_ARart6_refAMA_slam_creditos/message_rotate.png)
Gire o seu dispositivo para a posição vertical
A cultura hip-hop é fundamentalmente urbana e reflete os conflitos oriundos de discriminações e desigualdades acentuadas nas cidades. Em sua origem, o movimento estava relacionado à busca de melhores condições de vida por parte de jovens negros que viviam na periferia de Nova iórque, nos Estados Unidos. Essa cultura reúne essencialmente quatro expressões artísticas: o grafite nas artes visuais, o rap na música, o Dj e o Mc e, finalmente, o breakou street dance na dança.
O termo rap é uma abreviação de rhythm and poetry (ritmo e poesia) e denomina um estilo de música popular que se caracteriza pela interpretação de rimas improvisadas sobre um acompanhamento rítmico. O break, por sua vez, é um estilo de dança realizado com movimentos rápidos que acompanham as batidas do rap.
O hip-hop chegou ao Brasil na década de 1980 e, em pouco tempo, consolidou-se, principalmente, entre os jovens moradores de bairros periféricos das grandes cidades do país.
Das ruas para as galerias
A partir da década de 1980, alguns grafites passaram a chamar a atenção do público não somente por seu caráter transgressorglossário , mas também pela qualidade artística. Nessa época, alguns artistas, como o estadunidense (1958-1990), foram reconhecidos como artistas e convidados a expor suas obras em galerias de arte.
No início, fazia seus trabalhos em estações de trem e de metrô de Nova iórque. Usando uma linguagem simples e de fácil interpretação, ele criava figuras humanas estilizadas e utilizava cores homogêneas, ou seja, sem variação de tonalidade, em suas obras. é um caso de artista que começou nas ruas e transportou a estética da arte urbana para espaços como museus, camisetas, e outros campos da vida social, como o ativismo político. Observe a obra a seguir.
![Fotografia. Vista de homem de cabelo curto castanho, vestindo camiseta branca e calça azul. Está no alto de uma escada pintando um mural em tons de verde, amarelo e rosa. No chão, outra pessoa de gorro e blusa cor de laranja segura um cabo de madeira e observa o trabalho.](../resources/images/im_0014_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
As relações entre arte e imagem
Se observarmos as imagens desta página e das anteriores, perceberemos que, atualmente, a arte é um modo de produzir imagens, mas não o único. Vemos espaços públicos ocupados por diferentes tipos de imagem: cartazes usados em um protesto; textos em grafite inscritos sobre trens urbanos; jovens com roupas estampadas; obras de arte sobre um muro etcétera. Todas essas imagens foram registradas por meio de fotografias, que possibilitam que elas circulem e sejam reproduzidas em suportes como este livro.
A obra de quíf rérin, colocada lado a lado com as demais imagens, nos revela que a arte tem muita relação com as imagens que vemos no dia a dia e com os contextos sociais em que vivemos. Ao estudarmos arte, aprendemos também a ler e interpretar os diferentes tipos de imagem que vemos todos os dias e que estão no mundo à nossa volta.
![Fotografia. Pintura mural realizada na parede lateral de uma casa de dois andares. A parede foi toda recoberta por figuras compostas de formas de pessoas, objetos e animais unidas. As figuras são colorida de azul, verde, tons de rosa, amarelo e laranja.](../resources/images/im_0015_f_ama6_u01_t03_f2_g24.png)
A arte do grafite no Brasil
O grafite chegou ao Brasil entre as décadas de 1970 e 1980, e um dos responsáveis pela introdução dessa expressão artística no país foi Alex (1949-1987). Nascido na Etiópia, no continente africano, chegou ao Brasil em 1965. A partir da década de 1970, o artista passou a produzir obras em espaços públicos da cidade de São Paulo São Paulo. Antes de vir para o Brasil, estudou gravura em Estocolmo, na Suécia. Nos Estados Unidos, teve contato com o artista quíf rérin, que conhecemos na página anterior.
Por causa da importância de para o grafite brasileiro, o dia de sua morte (27 de março) foi escolhido para comemorar o Dia Nacional do Grafite. Observe, a seguir, a reprodução de um detalhe de uma das obras de Alex .
![Fotografia em preto e branco. Homem de cabelo curto e bigode, vestindo camiseta e calça. Está segurando um molde em forma de papagaio diante de uma parede e uma lata de spray. Na parede, há a imagem do papagaio já grafitada.](../resources/images/im_0016_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
![Fotografia em preto e branco. Grafite que mostra duas mulheres de óculos escuros sentadas em torno de uma mesa com frutas em uma fruteira, uma garrafa e duas taças. A mulher da esquerda tem cabelos escuros, está de vestido curto e botas pretas de salto alto. A mulher da direita tem cabelos claros, está de macacão decotado e usa sapatos de salto alto.](../resources/images/im_0017_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
![](../resources/images/im_00_entretexto-1.png)
Entre textos e imagens
Ver a cidade e as suas nuances
Leia trechos da entrevista com o artista Mauro Neri.
“Entrevistador: O que ou quem lhe inspira no universo do grafite?
Mauro Neri: A inspiração, para mim, vem da possibilidade de acessar mais gente, de dialogar, de contribuir, de informar, de transformar as paisagens, de um contato com a realidade das ruas e das surpresas dos encontros com as pessoas. A influência da propaganda e da publicidade, do grafite com e graffiti com ‘ffiti’, da pichação com e com ‘x’. Essas distinções têm a ver com o lugar de fala e o nível de envolvimento com a cultura reticências.
Entrevistador: Como funciona o seu processo artístico? Como você escolhe os temas, os locais que receberão a intervenção artística? Pode nos contar também sobre as marcas: a casa amarela e o ‘ver a cidade’?
Mauro Neri: reticências Eu geralmente escolho os temas que são recorrentes para mim. Quando escrevo, faço variações das diferentes marcas, como as da palavra ‘ver’ e ‘veracidade’, as casinhas, os desenhos de casas amarelas, a figura humana olhando para cima, muitas vezes alongada, com o olhar voltado ao céu e o cabelo esvoaçante. Essas são coisas mais recorrentes que eu faço, mas tem variação disso de acordo com o lugar que o recebe. A temática às vezes reticências vem daquilo a que eu costumo ser associado, como a causas relacionadas a direitos humanos, política, meio ambiente, informação, educação e transformação da paisagem.
Entrevistador: Muitos artistas brasileiros são reconhecidos primeiramente no exterior, e no grafite isso aparece de fórma mais latente. Como você percebe hoje o mercado do grafite?
Mauro Neri: No Brasil é notável o reconhecimento internacional da arte contemporânea e isso inclui, certamente, a arte urbana. reticências Mas esse cenário é para poucos reticências Ao longo dos anos, a gente vai também conquistando o público e colocando o nome na história e na cena, com uma certa insistência. reticências E, com a internet, cada vez mais vai sendo possível acessar grandes artistas e grandes referências em diversas partes do mundo.
reticências Acredito que é importante que a arte de qualidade continue e esteja também nas ruas, ainda que possa ser vendida para grandes coleções e atingir grandes cifras, para que possa financiar os projetos dos artistas. Que ela, a arte, seja compartilhada com a sociedade, não limitando as grandes obras para coleções particulares, fazendo valer uma arte pública de qualidade e acessível para todo mundo. Acredito muito nisso, nessa possibilidade de agregar e de movimentar o mercado, pintando em fachadas e comercializando essas telas em troca de novas fachadas pintadas em barracos populares, nas periferias.
Entrevistador: Você como artista que tem um trabalho artístico ligado diretamente a cidade, percebe que a cidade reconhece as demandas levantadas pela população e pelos problemas percebidos pelos artistas?
Mauro Neri: reticências Eu acredito que é possível provocar sem ofender, sem desagradar, de modo que a gente possa diminuir um pouco essa polarização, esse ódio, com informações que possam conectar ambos os lados, ainda mais em um país tão dividido. Tentar transmitir, trocar e circular entre as bolhas, fazer reverberar o que têm em comum. Todos querem uma cidade linda, todo mundo quer uma cidade justa, o que nos difere é o jeito de pensar. A gente precisa se colocar mais no lugar do outro para entender o que a pessoa traz no vandalismo.
Acredito que é preciso ter tolerância para ler, ter interesse para ver a cidade e perceber as suas nuances porque, afinal, não é apenas tinta em paredes efêmeras, que deixam recados há tanto tempo para a gente ver a verdade que está impressa na cidade.”
ITAÚ Cultural. Ver a cidade e suas nuances: entrevista com Mauro Neri, 2018. Disponível em: https://oeds.link/3EiCZ2. Acesso em: 20 abr. 2023.
![Fotografia. Homem de cabelo, barba e bigode grisalhos vestindo camiseta marrom e jaqueta cinza. Esta sorrindo e segura um pincel e uma bandeja de tinta.](../resources/images/im_0018_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
As mulheres e a arte de rua
Vários dos grafites espalhados pelas cidades brasileiras têm a assinatura de artistas mulheres. A paulistana Magrela, a potiguar Eveline Gomes, conhecida como Eveline Sin, e a mineira Tainá Lima, chamada Criola, são algumas dessas artistas de rua que imprimem sua arte e visão de mundo em espaços públicos, muros e paredes.
Em seus grafites, a artista Magrela representa fatos urbanos e do cotidiano e aspectos da cultura brasileira registrados em um viésglossário feminino.
Eveline Sin realiza suas pinturas utilizando elementos do universo feminino que levam a refletir sobre o lugar da mulher e seus dilemas na sociedade contemporânea. Observe os grafites retratados nas fotografias reproduzidas nesta página.
![Fotografia. Mulher de cabelo preso preto, vestindo camiseta cinza. Ela está agachada e segura uma lata de tinta spray com que faz sobre uma parede a pintura de uma mulher sem roupas, recurvada sobre as pernas, de corpo amarelo e cabelo vermelho.](../resources/images/im_0019_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
![Fotografia. Grafite de uma mulher de cabelos longos, pintados de preto e branco. Ela tem formas imprecisas, está deitada sobre seu lado direito, sem roupas, e tem a pele pintada em tons de roxo.](../resources/images/im_0020_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
Faça no diário de bordo.
Foco na linguagem
1. Observe as imagens e responda:
Versão adaptada acessível
1. Com base na descrição das imagens, responda:
- Que relações você faz entre essas imagens e aquelas que abriram esta Unidade?
- Que reflexões podemos fazer a respeito da escolha por pintar um corpo feminino em escala na cidade?
A obra de Criola
A artista Tainá Lima, conhecida como Criola, além de retratar o universo feminino em seus grafites, cria obras que tratam da cultura afro-brasileira e que têm como destaque o papel da mulher negra na sociedade. Observe, nesta página, a reprodução de um dos grafites criados por ela.
Note que há muitas fórmas geométricas na composição criada por Criola no grafite mostrado a seguir. Você já viu composições como essa? Qual teria sido a referência dessa artista para criar essa composição?
Ao criar seus grafites, Criola faz uma série de pesquisas a respeito das culturas africanas e afro-brasileiras. As fórmas geométricas que vemos em Orí – A raiz negra que sustenta é a mesma que floresce, por exemplo, são uma citação a padrões geométricos presentes em tapeçarias, tecidos e pinturas produzidos por diferentes povos que habitam o continente africano. Observe a fotografia que mostra a fachada de moradias de membros da etnia indebele, originária da África do Sul e do Zimbábue.
![Fotografia. Parede com grafite composto de modo simétrico, por padrões geométricos variados. As cores são vivas. Há elementos em preto, verde-escuro, amarelo, laranja, vermelho, azul e branco. No centro, dispostas simetricamente, há o perfil de duas cabeças de mulher, voltadas uma para a outra, adornadas com plumas e outros adereços em tons de azul, verde e laranja.](../resources/images/im_0021_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
![Fotografia. Casas com grafites geométricos recobrindo inteiramente as paredes. As composições são simétricas, em tons vivos de azul, laranja, verde, marrom, vermelho e branco, com contornos pretos.](../resources/images/im_0022_f_ama6_u01_t03_f2_g24.png)
Faça no diário de bordo.
![](../resources/images/im_00_experimentacoes_2-55.png)
Experimentações
• Uma das técnicas mais utilizadas pelos artistas estudados nas páginas anteriores é o estêncil. Nessa técnica, é preciso criar uma espécie de máscara de papel com uma imagem recortada. Com ela, é possível pintar a mesma imagem várias vezes sobre uma superfície qualquer, como uma camiseta ou uma parede. Vamos experimentar?
Material
- Folha de papel grosso e resistente, chapa de radiografia ou acetato (este material deve ser resistente à tinta)
- Canetinha
- Tesoura com pontas arredondadas
- Fita adesiva ou grampeador
- Rolinho pequeno de espuma para pintura
- Tinta de sua preferência: guache, acrílica ou de tecido
- Bandeja de isopor
- Placa de papelão (pode ser um pedaço de uma caixa)
Procedimentos
- Faça um desenho sobre o suporte do estêncil. Esse desenho não pode ultrapassar as bordas do papel.
- Faça um único recorte na lateral para chegar até o desenho.
- Recorte todo o interior da imagem, até ficar uma imagem vazada, que lhe permita ver o outro lado através do estêncil. Em função do córte lateral, use a fita adesiva ou o grampeador para fixar o estêncil.
- Jogue um pouco de tinta na bandeja de isopor e espalhe com o rolo de espuma.
- Coloque o estêncil sobre a placa de papelão. Ele deve ficar imóvel. Com o rolo de espuma, pinte toda a área aberta do seu estêncil.
- Retire o estêncil e veja o resultado. Deixe secar.
Versão adaptada acessível
a) Com auxílio do professor ou de um colega, crie uma representação sobre o suporte do estêncil.
![Fotografia. 1: Destaque de uma mão desenhando o contorno de um pássaro.
Fotografia. 2: Destaque de mão passando estilete pelo contorno de um pássaro desenhado.
Fotografia. 3: Mão destacando o recorte de um pássaro da folha de papel.
Fotografia. 4: Destaque de uma mão segurando o molde vazado, em forma de pássaro, contra uma parede.
Fotografia. 5: Mão passando tinta spray sobre a parede através do molde em forma de pássaro.
Fotografia. 6: Pintura de um pássaro vermelho sobre a parede.](../resources/images/im_025_036_ama6_u01_t03_f2_g24_group_47538.png)
Avaliação
![Ilustração. Ícone Diário de bordo.](../resources/images/im_025_036_ama6_u01_t03_f2_g24_group_48175.png)
Depois de realizar essa experiência, converse com os colegas sobre ela.
- O que vocês acharam da proposta?
- Que outras ideias vocês têm para usar a técnica do estêncil?
- Que relações vocês estabelecem entre essa experiência e a arte de rua vista nas páginas anteriores?
Aproveitem para ver os trabalhos uns dos outros e conversar sobre as ideias que vocês colocaram em prática!
Faça no diário de bordo.
![](../resources/images/im_00_pensarefazerarte-verde-1.png)
Pensar e fazer arte
• Ao longo desta Unidade, você entrou em contato com diferentes conteúdos: pintura mural; pintura rupestre; arte de rua. Todas elas têm em comum o uso das paredes em lugares fechados (cavernas) ou abertos (paredes e muros da cidade). Pode-se observar que, cada vez mais, o uso de espaços abertos ganha a função de, por meio da arte, levar uma mensagem à cidade e ao maior número de pessoas possível. E você, que mensagem gostaria de levar às pessoas? Se pudesse escolher uma imagem, palavra ou texto para que todas as pessoas vissem, qual seria? Nesta seção, você vai produzir cartazes com a técnica do lambe-lambe.
Material
- 5 folhas de papel-jornal, papel de seda ou equivalente, de tamanho A3 ou maior
- Canetões grossos de cores variadas
- Pincéis largos ou brochas para pintura
- Cola branca líquida em grande quantidade
- 1 pote de água para diluir a cola
Procedimentos
- Com o professor, definam um lugar da escola onde gostariam de aplicar os lambe-lambes. Pode ser na área externa ou interna do muro, em alguma parede ou em um painel móvel. Lembre-se de que intervenções artísticas como essa exigem autorização do responsável pelo espaço.
- Depois de definirem o local de aplicação do lambe-lambe, reúna-se com os colegas e reflitam sobre quem são as pessoas que verão esse cartaz. Quem circula nesse espaço? Que outros estímulos de imagens e objetos esse local tem que podem contribuir para a sua ideia? Que mensagem vocês gostariam de levar a essas pessoas?
- Depois de conversar em grupo, defina sozinho o conteúdo do seu lambe-lambe. Pode ser uma imagem, uma única palavra ou uma frase. Fique à vontade para criar com responsabilidade.
- Com os canetões, desenhe ou escreva sobre o papel. Observe que o papel é um pouco fino. Isso é muito importante para a etapa de aplicação/colagem do papel sobre a superfície escolhida.
- A próxima etapa é a aplicação do lambe-lambe. Você e os colegas poderão compartilhar a cola. Para prepará-la, dilua uma parte da cola branca líquida no pote de água. Ela não pode ficar muito consistente.
- Para aplicar, passe a cola com o pincel largo ou a brocha para pintura sobre a superfície em que aplicará o lambe-lambe. Aplique o cartaz. Depois, passe uma nova camada de cola.
- Tentem colar os cartazes de lambe-lambe próximos uns dos outros para aproveitar o espaço.
Versão adaptada acessível
a) Com o professor, definam um lugar da escola onde gostariam de aplicar os lambe-lambes. Pode ser na área externa ou interna do muro, em alguma parede ou em um painel móvel. Lembre-se de que intervenções artísticas como essa exigem autorização do responsável pelo espaço.
b) Depois de definirem o local de aplicação do lambe-lambe, reúna-se com os colegas e reflitam sobre quem são as pessoas que verão esse cartaz. Quem circula nesse espaço? Que outros estímulos de imagens e objetos esse local tem que podem contribuir para a sua ideia? Que mensagem vocês gostariam de levar a essas pessoas?
c) Depois de conversar em grupo, defina sozinho o conteúdo do seu lambe-lambe. Pode ser uma imagem, uma única palavra ou uma frase. Fique à vontade para criar com responsabilidade.
d) Com os canetões, crie ou represente sobre o papel. O papel pode ser um pouco fino, então, tome cuidado. Isso é muito importante para a etapa de aplicação/colagem do papel sobre a superfície escolhida.
e) A próxima etapa é a aplicação do lambe-lambe. Você e os colegas poderão compartilhar a cola. Para prepará-la, dilua uma parte da cola branca líquida no pote de água. Ela não pode ficar muito consistente.
f) Para aplicar, passe a cola com o pincel largo ou a brocha para pintura sobre a superfície em que aplicará o lambe-lambe. Aplique o cartaz. Depois, passe uma nova camada de cola.
g) Tentem colar os cartazes de lambe-lambe próximos uns dos outros para aproveitar o espaço.
Avaliação
Sente-se com os colegas em frente aos cartazes lambe-lambe. Conversem sobre aqueles que mais chamam a atenção. Falem sobre as ideias que tiveram e destaquem as diferenças e os pontos em comum entre os trabalhos. Reflitam sobre as seguintes questões e registrem suas respostas em seu diário de bordo.
![Ilustração. Ícone Diário de bordo.](../resources/images/im_025_036_ama6_u01_t03_f2_g24_group_48175.png)
- Que relações vocês fazem entre essa proposta e os temas discutidos nesta Unidade?
- Qual é a importância de uma técnica como essa para expressar a arte e as ideias?
- Que outras ideias você poderia desenvolver com a técnica do lambe-lambe? Para onde você gostaria de levá-las?
- Qual é a importância da arte na cidade? Qual é a relevância de levar a arte para o maior número de pessoas possível?
Faça no diário de bordo.
![](../resources/images/im_00_autoavaliacao_0002.png)
Autoavaliação
Ao longo desta Unidade, você se aproximou das artes visuais e conheceu diversas obras que transformaram paredes e muros em espaços de expressão. Você também entrou em contato com as representações rupestres, com as pinturas murais e com a arte do grafite. Além disso, você realizou diversas experimentações artísticas, individualmente e em grupo, como a projeção de desenhos sobre as paredes da escola, a pintura com materiais naturais, a produção de um estêncil e a produção de cartazes com a técnica do lambe-lambe.
Agora que chegamos ao final desta Unidade, é importante que você reflita sobre o que aprendeu e sobre o percurso feito até este momento. Para fazer essas reflexões, retome o seu diário de bordo. Você pode revisitar as páginas, buscando anotações e observações que contribuam para as reflexões que as perguntas a seguir suscitam.
- Com quais experimentações você mais se identificou e por quê? O que você faria diferente?
- Que usos você acredita que pode fazer dos aprendizados realizados ao longo desta Unidade?
- Como você se sentiu ao participar das atividades em grupo? Você tem facilidade ou dificuldade com essas proposições? Por quê?
- Como você se sente ao produzir os trabalhos de arte individualmente?
- As discussões realizadas ao longo da Unidade modificaram o seu olhar para o entorno da escola e da cidade em que você vive? Se sim, como?
- Os conteúdos desta Unidade modificaram a sua percepção sobre a arte? Se sim, por quê?
- De que fórma as atividades de pesquisa e os debates contribuíram para a ampliação dos seus conhecimentos?
- Você se sentiu valorizado em relação às contribuições que você pode fazer ao longo das aulas? Como acha que poderia ser mais bem acolhido? Como acredita que poderia contribuir mais?
![Grafite de duas figuras de meninas de cabelos escuros usando tranças e túnicas azuis. Uma delas está de frente e apresenta pinturas e adornos sobre o rosto. A outra está de costas e tem sobre os cabelos o desenho de um cubo vermelho e traços coloridos. Numa parede, ao fundo, entre as duas meninas, há uma janela com grades.](../resources/images/im_0023_f_ama6_u01_t03_f2_g24.jpg)
Glossário
- Anonimato
- : que não revela o nome.
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- Transgressor
- : que desafia regras e limites impostos.
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- Viés
- : modo de expressar ou apresentar algo.
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