Tema 2  As origens do teatro

O teatro primitivo

Na Unidade anterior você aprendeu que, há milhares de anos, os seres humanos utilizavam as paredes de cavernas para desenhar, pintar e fazer incisões que revelavam seus modos de pensar e de entender o mundo ao seu redor, e de se relacionar com ele. Você também aprendeu que alguns desses registros rupestres eram feitos em rituais, como aqueles realizados para ter boa sorte nas caçadas ou para homenagear os mortos.

Os registros rupestres são uma das fontes que revelam que, em muitos desses rituais, nossos antepassados utilizavam máscaras e chocalhos e vestiam-se com trajes feitos de pele de animais. Nessas ocasiões também havia uma separação entre “atores” (aqueles que realizavam o ritual) e “espectadores” (os que assistiam), e um espaço específico era escolhido para realizá-lo. Esses rituais revelam o que alguns estudiosos chamam teatro primitivo.

É importante considerar que os rituais que, acredita-se, nossos ancestrais realizavam estão na origem não apenas das artes visuais e do teatro, mas também da dança e da música. Nas próximas Unidades você aprenderá mais sobre essa relação.

Observe a pintura rupestre a seguir. Note que as figuras humanas representadas na pedra usam adornos (nos braços e na cabeça) e, com base em suas posições, é possível concluir que elas parecem realizar uma dança ritual.

Fotografia. Pintura rupestre em tons de vermelho com imagens de seres humanos segurando lanças e animais entre eles. Dois seres humanos têm adornos na cabeça, em forma de coroa, e outros dois têm objetos arredondados pendurados em um dos braços.
Estas pinturas rupestres têm cerca de 9 mil anos e foram encontradas no Sítio Arqueológico Xiquexique, em Carnaúba dos Dantas Rio Grande do Norte. Fotografia de 2014.

O teatro em diferentes culturas

Fotografia. Encenação ao ar livre: personagem de cabelo preso, usando máscara e com adereços na cabeça, veste um quimono longo rosa alaranjado. Sob o quimono, aparece o barrado de uma saia longa, decorada com flores cor de laranja sobre fundo amarelo. A mão direita erguida segura um leque aberto em tons de amarelo, azul, preto e vermelho. Atrás da personagem, à direita da cena, dois homens sentados lado a lado, sobre um tapete laranja-escuro. Os dois vestem quimono preto e verde e estão sentados sobre os joelhos. O que está à direita toca uma flauta e o outro toca um tambor.
Ator e músicos do teatro encenam a montagem Hagoromo em uma apresentação ao ar livre, em Rikuzentakata, Japão, em 2013.

Ao longo da história, povos de diferentes culturas têm experimentado fórmas diversas de fazer teatro. No Japão, por exemplo, surgiram e se desenvolveram diversos estilos teatrais ao longo do tempo.

Entre as diferentes propostas do teatro japonês, está o teatro , que surgiu no século catorze e é uma das mais tradicionais manifestações teatrais realizadas no Japão.

No teatro , apenas a personagem principal utiliza máscara, e as apresentações sempre contam com a presença de um grupo de homens que permanecem sentados ao fundo cantando e tocando instrumentos musicais.

Outra fórma de fazer teatro, que pertence à cultura dos povos da Indonésia, é o teatro topêngui. Nessa fórma teatral surgida no século dezessete, as máscaras são um elemento fundamental. Para as pessoas desse local, a arte e a religião são muito próximas, e fazer arte significa entrar em contato com os deuses.

Esses são exemplos que têm características marcantes do teatro primitivo, em que o jôgo de representação de personagens fazia parte de um ritual mágico.

Fotografia. Pessoa caracterizada como personagem de cabelo longo castanho, com adereço de flores pendurado na testa. Usa no rosto uma  máscara de olhos arregalados, sobrancelhas e bigode grossos e escuros e boca formando um bico. As roupas são composta de diferentes camadas. Uma túnica branca, presa com um cinto de fivela vermelha, está embaixo de uma capa verde decorada com motivos florais simétricos, em dourado. As mangas compridas são pretas e têm um punho largo, bordado de dourado, vermelho, branco e verde. Sobreposta nos ombros, há uma pala vermelha, ricamente bordada de dourado, amarelo, preto e verde.
Artista do tradicional teatro topêngui em uma apresentação de rua realizada após uma cerimônia hindu, em Bali, Indonésia, em 2015.

A máscara e o sagrado

Observe, a seguir, detalhes de algumas fotografias reproduzidas no Tema 1. Nesses detalhes, os atores estão usando máscaras.

Fotografia. Personagem com uma máscara de olhos arregalados e saltados e bochechas proeminentes. Ela usa um chapéu amarelo adornado de verde-claro. Uma blusa cor de laranja cobre os braços até os cotovelos.
Fotografia. Personagem de cabelo curto grisalho e chapéu marrom arredondado. Usa máscara marrom-clara sem expressão até a altura da boca, onde há um microfone.
Fotografia. Personagem de peruca marrom e  máscara de olhos arregalados e nariz largo. A máscara vai até a altura da boca, onde há um microfone.
Fotografia. Personagem de peruca ruiva e com máscara de olhos arregalados e saltados e bochechas salientes. A máscara vai até a altura da boca, onde há um microfone.
Fotografia. Personagem com máscara de feições distorcidas, com os olhos destacados, um preto e um laranja, e linhas formando pinturas faciais que vão da testa até o redor da boca.
Atores do grupo Vilavox caracterizados como personagens da peça O segredo da arca de Trancoso. Fotografias de 2011 e 2012.

A máscara é um elemento das manifestações teatrais de diferentes culturas, como o teatro e o teatro topêngui, que conhecemos na página anterior. A máscara também constituía o elemento central do teatro realizado pelos gregos na Antiguidade. Mas, além do teatro, você conhece outras situações em que as pessoas utilizam máscaras?

As máscaras fazem parte de celebrações e de festas que acontecem em todo o Brasil. Elas são elemento central, por exemplo, da dança dos mascarados, manifestação cultural tradicional do município de Poconé Mato Grosso. Essa dança é rea­lizada na festa de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário, e é fruto do encontro de elementos das culturas indígenas, africanas e europeias.

Fotografia. Duas pessoas vestidas de cor-de-rosa, usando máscaras e adornos na cabeça. A pessoa à esquerda usa uma máscara cinza-azulada de olhos pequenos e bochechas demarcadas. A pessoa à direita usa uma máscara rosa-clara de olhos arregalados e um círculo rosa-escuro em cada bochecha.
Dança dos mascarados realizada na festa de São Benedito, em Poconé Mato Grosso, em 2016.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

  1. Que sensação cada uma das máscaras da página traz?
  2. Você saberia reproduzir a expressão de uma das máscaras?
  3. Com que material você faria uma máscara?

Os diablos danzantes

Na Venezuela, as máscaras são o elemento fundamental de uma manifestação cultural denominada diablos danzantes (diabos dançantes), que surgiu no século dezoito. Ela reúne elementos do teatro, da dança e da música. Fruto do encontro das culturas espanhola, indígena e africana, essa manifestação tem caráter religioso e ocorre durante a celebração católica de córpus crísti.

Durante essa manifestação, acontece uma grande procissão, em que um grupo de pessoas vestidas com roupas coloridas (sobretudo vermelhas), capas e máscaras, que representam a figura do diabo, percorre as ruas dançando e tocando chocalhos. A procissão se encerra diante de uma igreja, onde se realiza uma dança que simboliza o triunfo do bem sobre o mal.

Fotografia. Destaque de pessoas com a cabeça coberta por grandes máscaras de demônios coloridas e com chifres. Todos usam roupas vermelhas. No centro da imagem, em primeiro plano,  a figura usa uma máscara amarela com  boca e narinas pretas e contornos que lembram labaredas, em verde e vermelho.
Procissão dos diablos danzantes, em San Francisco de iér, Venezuela. Fotografia de 2016.
Fotografia. Homens reunidos em um tipo de procissão, vestindo roupas vermelhas e turbantes vermelhos sobre a cabeça. Levam máscaras de demônios nas mãos.
Procissão dos diablos danzantes nas comemorações de córpus crísti, em San Francisco de iér, Venezuela. Fotografia de 2014.

As máscaras africanas

As máscaras são consideradas um dos elementos mais importantes da cultura africana tradicional, ou seja, do conjunto de tradições, costumes e saberes milenares transmitidos pelos integrantes desses povos de uma geração a outra.

A produção das máscaras africanas está relacionada com as crenças dos diferentes povos que as produzem. Assim como nos casos apresentados nas páginas anteriores, as máscaras africanas representam a relação desses povos com o sagrado. Um exemplo disso são as máscaras que integram danças realizadas pelos Dogon, povo que vive entre Mali e Burkina Fasso. Observe a fotografia a seguir.

Fotografia. Cena de dança ao ar livre. Em primeiro plano, homens dançam com a cabeça inteiramente coberta por máscaras de madeira adornadas de fibra vegetal tingida de amarelo e cor-de-rosa, como um cocar.  Os corpos estão adornados com braceletes ao redor dos antebraços e saiotes curtos ao redor da cintura, também em tons de amarelo e rosa, feitos do mesmo material do cocar.
Apresentação de dança de integrantes do povo Dogon, em Mali. Fotografia de 2012.

O povo Dogon usa máscaras em danças realizadas em diversas ocasiões, como rituais de iniciação e funerais. Essas danças são marcadas por saltos e batidas dos pés no chão feitos pelos dançarinos. Observe que, além das máscaras, os dançarinos utilizam vestimentas e adornos feitos de fibra vegetal tingida. As máscaras fazem parte de um traje cerimonial, como podemos ver nas fotografias desta página e da página anterior.

Fotografia. Destaque de homens dançando com máscaras de madeira na cabeça. Ao redor da máscara há adornos de fibra vegetal tingida, formando um tipo de cocar em tons de amarelo e rosa. Ao redor do braço e da cintura há adornos feitos do mesmo material do cocar, em tons de amarelo e rosa.
Apresentação de dança por integrantes do povo Dogon, em Mali. Fotografia de 2013.

Faça no diário de bordo.

Experimentações

Nessa proposta, você criará um traje cerimonial do futuro. Em um traje cerimonial, os materiais são selecionados com critérios específicos vinculados a determinada cultura. Os materiais escolhidos, muitas vezes, integram o meio ambiente, bem como podem estar ligados a significados rituais daquela cultura: as cores, o modo de trançar os fios, as partes do corpo que costumam estar à mostra ou vestidas, as dimensões, as texturas e, até mesmo, os elementos que geram sonoridades. Cada componente pode conter um significado, que representa, de fórma estética, as tradições e os costumes de determinado povo. A partir dessa ideia e do que você observou nas máscaras e nos trajes apresentados até este momento, que tal imaginar e desenvolver um traje para um povo que pertencerá ao futuro? Imagine a cultura atual da qual você faz parte, só que daqui a 200 anos.

Procedimentos

  1. Quais elementos e materiais visuais você acha que caracterizariam essa cultura do futuro? Há elementos de tecnologia artificial? Que materiais representariam esse tipo de tecnologia? Há elementos de manufatura ou de artesanato? Quais materiais refletiriam esse tipo de tecnologia manual?
  2. Converse com os colegas e escreva suas ideias em seu diário de bordo.
    Ilustração. Ícone diário de bordo.
  3. Pesquise materiais, selecione o que estiver disponível próximo a você e traga para a aula. Desenhe rascunhos de como imagina o traje. Use grampeador, cola, pedaços de fios e tecidos e crie seu traje.
  4. Quando seu traje estiver pronto, vista-se e apresente aos colegas, revelando como imaginou o seu traje do futuro, quais elementos materiais serão utilizados nesse novo tempo e para que ocasião comunitária ele seria utilizado.

Avaliação

Observe as etapas de seu processo criativo: primeiras ideias, o rascunho do traje no papel, a confecção e a sua apresentação aos colegas. Escreva em seu diário de bordo suas percepções sobre o resultado a que você chegou. Indique os pontos em que se sente satisfeito e aqueles que gostaria de mudar, caso realizasse a atividade novamente, em outra oportunidade.

Ilustração. Ícone diário de bordo.
  1. Como foi escolher os elementos materiais para confeccionar seu traje?
  2. Quais descobertas você fez no processo de confecção do traje?
  3. Quais dificuldades encontrou no processo?

Por dentro da arte

Materialidade e visualidade

Os artistas africanos têm diversificado cada vez mais as técnicas e os materiais que utilizam em suas criações visuais. Elementos da cultura tradicional, no entanto, continuam presentes em obras de muitos desses artistas. As máscaras influenciam, por exemplo, a produção de , artista nascido em Porto Novo, na República do Benim.

As obras de são expostas em museus e galerias do mundo todo. Além das máscaras, o artista produz pinturas, instalações e fotografias. Os galões de plástico usados para criar as máscaras (como Wax Bandana e Godomey, reproduzidas a seguir) são uma referência aos moradores da República do Benim, forçados a transportar gasolina contrabandeada para suprir suas necessidades do cotidiano. , então, realiza uma operação artística bem característica dos processos artísticos contemporâneos: a partir das tradições culturais das máscaras de sua cultura, ele observa na materialidade dos galões de gasolina a potencialidade para criar um diálogo entre esses dois universos. Suas obras, ao mesmo tempo que revelam alguma problemática local, ressignificam o material, transformando-o em um objeto artístico e expressivo, alçando-o ao mesmo patamar das máscaras tradicionais de sua cultura.

Fotografia. Homem negro de cabelo preto, médio, todo trançado. Usa óculos de armação retangular, veste camiseta branca, colares e pulseiras de contas e sementes coloridas. Tem expressão sorridente.
O artista romuál rázumê, em cotonú, República do Benim. Fotografia de 2014.
Escultura. Máscara elaborada com galão de plástico e tecido. A alça do galão representa o nariz e, abaixo dele, o bocal de saída representa a boca. Em cima,  um tecido amarelo com estampas gráficas em preto representa o cabelo.
. Wax Bandana. 2009. Escultura de plástico e tecido, 27 por 12 por 27 centímetros. Galeria Outubro, Londres, Reino Unido.
Escultura. Máscara  criada por partes de garrafa plástica, aberta, em tons de marrom-claro. Há aberturas para os olhos e a boca. Na parte inferior, dependurados, há adornos feitos de contas e búzios.
. Godomey. 1995. Escultura de plástico, contas e búzios, 48 por 30 por 10 centímetros. Coleção de Arte Africana Contemporânea de Jean Pigozzi, Genebra, Suíça.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

1. Em sua opinião, quais são as semelhanças e as diferenças entre as obras de Romuald Hazoumè reproduzidas nesta página? O artista realizou o mesmo processo para criar essas duas máscaras?

Artista e obra

Este é outro artista africano que tem como referência as máscaras em seus trabalhos artísticos. nasceu na República do Benim, em pacarru. utiliza destroços e peças de carro, como fragmentos de lataria, de pneus e de faróis, para realizar seus trabalhos. Com materiais descartados, o artista cria máscaras e figuras antropomórficasglossário .

O artista vem de uma família de ferreiros e vive em goucomé, um bairro da cidade de Porto Novo, República do Benim. A palavra goucomésignifica “bairro de Ogum”, divindade africana cultuada no candomblé como o deus do ferro.

O candomblé é uma manifestação religiosa afro-brasileira e passou a ser praticado no Brasil com a chegada dos africanos escravizados.

Fotografia. Homem de cabelo preto, curto e crespo, vestindo camisa branca. Tem um leve sorriso na face.
O artista em Porto Novo, República do Benim. Fotografia de 2011.
Escultura. Cabeça feita de vários materiais, como estrutura de ferro, vidro e papel. Há fios de cobre formando cabelos e duas esferas brancas como olhos.
, . . 2011. Escultura com cobre, vidro, ferro e pavio, 56 por 52 por 20 centímetros. Galeria , Paris, França.
Escultura. Cabeça criada com ferro, pedaços de cobre, vidro e bobinas de filmes fotográficos. As películas dos filmes representam cabelos e há peças de plástico como olhos e nariz.
, . Fotógrafo. 2011. Escultura com plástico, cobre, vidro e ferro, 49 por 33 por 15 centímetros. Galeria , Paris, França.

Arte e muito mais

Os orixás

Os orixás são divindades ancestrais muito importantes na mitologia do candomblé e estão relacionados aos elementos da natureza, como as plantas, os rios, os mares, as fontes, os animais e o ar. De acordo com as crenças do candomblé, os orixás orientam os seres humanos a viver em harmonia com a natureza e com as pessoas. Eles se manifestam no corpo dos filhos de santo, que, por meio de movimentos corporais, “contam” suas histórias. Entre os principais orixás cultuados no Brasil, estão Oxalá (responsável pela criação dos seres humanos), Xangô (divindade dos raios, trovões e relâmpagos), Ogum (divindade do ferro e das guerras), Iemanjá (divindade das águas salgadas) e Oxum (divindade das águas doces).

Fotografia. Estátua de figura feminina com cabelos castanhos longos, coroa e vestido azul longo. Está sobre um pedestal, em uma praia, com o mar ao fundo.
Estátua de Iemanjá na Praia dos Artistas, Natal Rio Grande do Norte. Fotografia de 2014.

Faça no diário de bordo.

Experimentações

1ª etapa

Nesta proposta, você criará uma máscara. Siga os procedimentos descritos a seguir e as orientações do professor.

Material

 Tiras de papel-cartão

• Caneta hidrocor

• Tiras de jornal

• Cola líquida

• Tesoura com pontas arredondadas

• Água

• Guache colorido

• Pincel

• Grampeador

• Elástico

• Fita adesiva

• Objetos diversos para a caracterização

Procedimentos

a. Para o molde, contorne o rosto com uma tira de papel-cartão. Tire-a da cabeça e grampeie as duas pontas.

Fotografia. Menina de cabelo longo preso em tranças pretas, vestindo camiseta vermelha. Está segurando uma faixa de papel-cartão ao redor da cabeça.

b. Grampeie outras tiras depapel-cartão na primeira tira.

Fotografia. Destaque de duas mãos. Uma segura um círculo de papel-cartão, e a outra grampeia duas faixas de papel-cartão em semicírculos paralelos.

c. Grampeie mais tiras para que a estrutura fique firme. Depois, cubra os grampos com fita adesiva.

Fotografia. Estrutura circular de papel-cartão com duas faixas de papel-cartão em semicírculos paralelos. Uma terceira faixa é passada acima e grampeada na base, cruzando as demais.

d. Mergulhe as tiras de jornal em cola branca diluída em água. Cole sobre as tiras de papel-cartão as tiras de jornal. Faça três camadas, para que a máscara fique firme.

Fotografia. À direita, uma tigela cor de laranja com cola branca . À esquerda,  duas mãos colando tiras de jornal na estrutura de papel-cartão para recobri-la.

e. Espere secar e desenhe os buracos dos olhos, do nariz e da boca. Antes de recortá-los, coloque a máscara no rosto para ajustar as marcações que você fez.

Fotografia. Destaque de uma mão desenhando olhos, nariz e boca sobre a estrutura recoberta de jornal.
Fotografias de estudante criando uma máscara. São Paulo, 2014.

f. Em seguida, recorte as áreas que você marcou. Pinte a máscara com guache.

Fotografia. Destaque de mão com pincel, pintando a máscara com tinta vermelha.

g. Grampeie o elástico para que você possa ajustá-la a seu rosto. Com fita adesiva, cubra os grampos.

Fotografia. Destaque de mão grampeando um elástico na lateral posterior da máscara.

h. Enfeite sua máscara utilizando diferentes materiais: tinta, botões, papel colorido, barbantes, folhas de árvore etcétera. Agora, retome as imagens das máscaras que você conheceu nas páginas anteriores.

Fotografia. Destaque de mãos colando barbantes coloridos na máscara pintada de vermelho, para representar cabelo e barba.

i. Vista sua máscara e apresente-a aos demais colegas de turma. Aprecie as máscaras confeccionadas por eles.

Fotografia. Quatro crianças lado a lado. Destaque para uma menina de camiseta azul segurando sobre o rosto uma máscara pintada de azul e vermelho e adornada com fios vermelhos.
Estudantes experimentando uma máscara. São Paulo, 2014.

j. Agora você já tem a sua máscara, então pode brincar um pouco com ela. Seguindo as instruções do professor, vista sua máscara e desloque-se livremente pela sala.

2ª etapa

  1. Com a orientação do professor, reúna-se com quatro colegas. Cada um deve usar a máscara que fez. Um primeiro estudante deve entrar no espaço delimitado por um retângulo, posicionar­-se em um ponto escolhido e fazer movimentos e sons para criar uma ação cênica. Vocês não devem utilizar falas nem apresentar uma história previamente criada. Enquanto o primeiro estudante se apresenta, o segundo entra no espaço e participa da ação proposta pelo primeiro. Os demais jogadores do grupo, um de cada vez, entrarão no espaço e proporão a continuidade ou a mudança da ação que se desenrola.
  2. Enquanto cada grupo se apresenta, os demais estudantes devem observar atentamente as ações de cada integrante do grupo.
  3. O jogo continua até que todos os grupos tenham se apresentado.

Avaliação

Ilustração. Ícone diário de bordo.
  1. Em roda, conversem sobre as impressões da atividade realizada. Identifiquem quais foram as dificuldades encontradas tanto na confecção das máscaras quanto na ação com elas no jogo cênico. Busquem compartilhar também quais descobertas expressivas realizaram ao longo de toda a atividade.
  2. Em seu diário de bordo, registre ao seu modo a sua trajetória desde a confecção das máscaras, a primeira experimentação no espaço vestindo a máscara, até a realização do jogo cênico com os colegas.
  3. Retome suas anotações sobre o jogo proposto ao final do Tema 1 e responda: que semelhanças e diferenças você percebeu entre aquela e esta experiência? A máscara alterou a maneira como seu corpo ocupou o espaço?

Glossário

Antropomórfico
: em que a fórma aparente lembra a de um ser humano.
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