Tema 3  O teatro na Grécia antiga

O “berço” do teatro

Você aprendeu nas páginas anteriores que o teatro nos acompanha desde a origem da humanidade e que as experiências teatrais variam de acordo com a cultura de cada povo. Mas você, provavelmente, já deve ter ouvido falar que a Grécia antiga é o “berço” do teatro. Isso porque se acredita que as encenações teatrais, como as conhecemos hoje, tenham se originado na Grécia, por volta do século seis nas festas para homenagear o deus Dionísio.

Nessas festas, todos dançavam e cantavam, formando um coro. A palavra coro tem origem no termo grego córos, que significa “roda” ou “canto em conjunto”. Na Grécia antiga, o canto coletivo fazia parte dos rituais religiosos e, muitas vezes, era acompanhado de danças e de declamações poéticas. Nos coros, havia um cantor principal: o corifeu.

Acredita-se que, em uma dessas festas, um corifeu chamado Téspis tenha interrompido a celebração e declarado: “Eu sou Dionísio!”, passando a representar o papel do deus. A partir de então, Téspis saiu pela Grécia em uma carroça interpretando as personagens que criava. Observe a seguir como o artista austríaco gústaf climt (1862-1918) retratou Téspis em uma de suas obras.

Pintura sobre parede. Cena mostrando figuras da Grécia antiga. Mulheres de cabelos longos vestem túnicas brancas e coroas de flores. Em primeiro plano, uma delas está sentada, enquanto uma figura infantil nua a penteia. Logo atrás dela, uma mulher está em pé, de perfil, para a direita da cena. À direita, há homens seminus com tecidos laranjas envoltos no corpo. Um deles usa uma pele de animal pendurada em um dos ombros. Eles estão segurando flautas. No centro da pintura, ao fundo, da esquerda para a direita, há outras figuras masculinas, meio à sombra. E outras figuras femininas: uma recostada, duas sentadas, uma de pé dando cada uma das mãos a uma criança. Atrás dela, outra mulher de roupas escuras e cabelos ruivos. Logo ao lado dessas duas mulheres, há uma carroça com flores. Mais ao alto, de pé sobre a carroça, há um homem de cabelos longos, pretos e túnica dourada.
. O carro de Téspis. 1888. Óleo sobre parede, 2,8 por 4 métros. Teatro Burg, Viena, Áustria.

Faça no diário de bordo.

Experimentações

Nesta atividade, você e os colegas participarão de um jôgo em que um estudante será o corifeu e os demais participantes serão o coro. O estudante escolhido para ser o corifeu cantará um pequeno trecho de uma música, e o coro deverá repetir. Você terá a oportunidade de compor um coro de diferentes corifeus. Para isso, siga os passos.

Procedimentos

  1. Com as orientações do professor, você e os colegas formarão grupos de até dez estudantes. Um dos grupos deve se posicionar em um canto da sala, enquanto o outro se posicionará no canto oposto.
  2. Agora, cada um dos grupos escolherá um colega para ser o corifeu. Os demais participarão do coro. Os outros grupos assistirão à apresentação desses dois grupos.
  3. O corifeu de um desses dois grupos deve realizar um movimento que será repetido pelo coro. Na sequência, o outro grupo realizará essa mesma dinâmica. A cada vez, dois grupos se apresentarão, de modo que os demais colegas assistam à apresentação deles.
  4. Agora o corifeu de um dos grupos deve propor uma reverência (a reverência é o modo de cumprimentar o outro grupo). O coro repetirá essa reverência proposta pelo corifeu. O segundo corifeu então responderá, apresentando sua reverência, e seu coro também repete seu movimento.
  5. O primeiro corifeu se deslocará até a metade do caminho que o separa do outro coro e será seguido pelos integrantes de seu coro. O corifeu do segundo grupo também se aproxima do primeiro corifeu, e seu coro realiza o mesmo movimento.
  6. O corifeu de um dos grupos cria um grito de guerra, acompanhado de uma movimentação relacionada à sonoridade proposta por ele; seu coro repete o grito de guerra e a movimentação. O segundo corifeu responde, por sua vez, com seu grito de guerra, e seu coro repete.
  7. Todos os jogadores voltam à posição inicial assumida pelos grupos, nos cantos da sala de aula. Assim que todos os integrantes do grupo tiverem passado pela função de corifeu em seus respectivos grupos, os demais grupos entram em cena, e os primeiros assumem a função de espectadores.
  8. Agora forme um círculo com a turma. Converse com o professor e os colegas sobre como foi a experiência de realizar as atividades.

Avaliação

     Registre em seu diário de bordo suas sensações ao realizar a atividade.
Ilustração. Ícone diário de bordo.
  1. As regras dos jógos eram claras para você?
  2. Todos conseguiram se manter atentos durante a execução dos jógos?
  3. Qual foi a diferença entre estar na posição do corifeu e na posição do coro?

As máscaras no teatro grego

Na Grécia antiga, exceto os escravos, todas as pessoas assistiam aos espetáculos teatrais. No entanto, apenas os homens podiam ser atores. Assim, as máscaras eram utilizadas para identificar o gênero da personagem (masculino ou feminino) e para determinar se o espetáculo era trágico ou cômico. Além disso, as máscaras atribuíam aos atores expressões de raiva, medo, angústia, sofrimento, alegria e outras emoções que ajudavam a plateia a compreender a história.

As máscaras gregas também melhoravam a propagação da voz dos atores, para que fossem ouvidos por todos os espectadores do teatro. Acredita-se que elas funcionavam como amplificadores da voz, projetando-a, tornando o som mais penetrante e forte.

Fotografia. Máscara de pedra representando uma mulher. Tem cabelos curtos, olhos pequenos, bochechas proeminentes e boca entreaberta, levemente sorridente.
Máscara que representa uma mulher (cêrca de século dois-século um antes de Cristo). Terracota, 12 centímetros de altura. Museu de Belas Artes, Boston, Estados Unidos.
Fotografia. Máscara de pedra de figura mitológica. No alto, adornando a testa, há uma coroa de folhas e frutos. Há buracos para os olhos, que são representados arregalados, e para a boca, representada bem aberta.
Máscara que representa o deus grego Dionísio (cêrca de200 antes de Cristo). Terracota, 12,2 centímetros de altura. Museu do Lúvri, Paris, França.
Painel em relevo. A cena mostra homem e mulher ao redor de uma mesa sobre a qual há duas máscaras. O homem está sentado à esquerda, com o peito nu e uma túnica de tecido em volta da cintura. Ele segura uma máscara teatral de cabelo curto e boca aberta.  À direita da cena, a mulher está de pé, com o braço direito semi-estendido à frente, olhando para o homem. Ela traz a mão esquerda apoiada na cintura e veste uma túnica longa.
Cópia romana de relevo grego (século três antes de Cristo), dimensões desconhecidas. Museu Gregoriano, Vaticano, Itália. Nessa representação, o poeta e dramaturgo grego Menandro está sentado e segura uma máscara teatral.

A tragédia e a comédia

Nos Temas anteriores, você conheceu máscaras de diferentes culturas. Observe, agora, as máscaras reproduzidas na fotografia. O que você acha que elas representam?

Essas máscaras remetem à comédia e à tragédia, que são consideradas as principais modalidades do teatro grego antigo.

As tragédias gregas apresentavam histórias de grandes conflitos humanos que envolviam personagens como deuses e heróis. Nelas, eram tratados temas importantes como a política, culminando muitas vezes com a morte ou a infelicidade da personagem principal da peça.

Ao contrário das tragédias, as comédias gregas caracterizavam-se por apresentar pessoas do povo, e não deuses ou heróis. As comédias eram representadas para provocar o riso nos espectadores e sempre apresentavam um final feliz.

Fotografia. Duas máscaras teatrais com aberturas para boca e olhos. A primeira está com a curvatura da boca para baixo e representa a tragédia; a segunda está com a curvatura da boca para cima, em expressão de riso. Ela representa a comédia.
Máscaras teatrais que representam a comédia e a tragédia (século vinte). Coleção particular.
Fotografia. Vaso preto no formato de ânfora, com pinturas douradas por toda a estrutura. Apresenta imagens de pessoas. À direita e ao alto, em plano mais distante, duas mulheres de túnica e tiara sobre os cabelos curtos conversando. No centro da cena, dois homens empurram escada acima, para subir em um palco, localizado à esquerda, uma figura mitológica metade homem, metade cavalo.  No canto direito da cena, há uma figura masculina de pé usando uma túnica longa. Há barras decorativas na base e topo do vaso.
Vaso grego com a representação de uma cena de comédia (cêrca de 380-370 antes de Cristo). Cerâmica, 38 centímetros de altura. Museu Britânico, Londres, Reino Unido.

Os autores teatrais

Um dos primeiros gregos a criar peças teatrais foi Ésquilo (cêrca de 525-456 antes de Cristo). Considerado o “pai da tragédia”, acredita-se que Ésquilo tenha escrito cêrca de noventa tragédias ao longo da vida. Outros autores de tragédias de destaque na Grécia antiga foram Sófocles (cêrca de 495-405 antes de Cristo) e Eurípides (480-406 antes de Cristo), que, como veremos nas próximas páginas, é o autor de medéia. Entre os autores de comédias, podem ser destacados Aristófanes (447-385 antes de Cristo) e Menandro (342-291 antes de Cristo).

Os autores de peças de teatro são chamados dramaturgos e escrevem um texto para ser encenado. Um dos dramaturgos mais renomados da história do teatro foi Uíliam Xêiquispíer (1564-1616), que escreveu Romeu e Julieta, uma das peças de teatro mais conhecidas em todo o mundo.

A história do teatro brasileiro conta com dramaturgos de grande destaque, como osváld de Andrade (1890-1954), Nelson Rodrigues (1912-1980), Ariano Suassuna (1927-2014), Leilah Assumpção, José Celso Martinez Corrêa, Maria Clara Machado (1921-2001), Cíntia Alves e greici Passô.

Fotografia. Destaque de cena teatral com três atores usando turbantes e túnicas. Eles seguram bastões na ponta dos quais estão fixadas máscaras teatrais representando diferentes expressões faciais,
O ator Nathan Sinval (sem máscara) entre outros dois atores da Escola Municipal de Teatro em cena do espetáculo As nuvens, Londrina Paraná. Fotografia de 2017. Essa peça foi escrita por Aristófanes em 423 antes de Cristo

Entre textos e imagens

Luiz Felipe Botelho

Fotografia. Homem de cabelo curto, preto e liso. Usa óculos de armação arredondada e veste camisa xadrez branca e cinza. Ele escreve em uma cartolina branca, apoiada sobre uma mesa.
Luiz Felipe Botelho, em fotografia de 2016.

O dramaturgo Luiz Felipe Botelho é o autor da peça O segredo da arca de Trancoso, que conhecemos no início desta Unidade. Leia, a seguir, trechos de uma entrevista com esse artista.

Entrevistador: Felipe, fale de você, onde nasceu.

Luiz Felipe: Nasci em Recife, Pernambuco, filho de um engenheiro e de uma professora. Desde criança sempre gostei de ler, escrever e desenhar. Adorava teatro, cinema, livros, gibis. Era tão encantado por aquelas artes que comecei a criar minhas próprias histórias em quadrinhos, nas quais eu, minha única irmã e meus amigos éramos os heróis.

Entrevistador: Qual é o papel do dramaturgo no fazer teatral?

Luiz Felipe: O dramaturgo lida com tudo o que tem a ver com a criação e o estudo dos textos dramáticos – que é como também chamamos o texto de uma peça de teatro. Assim, além de escrever peças, o dramaturgo também pode se aprofundar no conhecimento sobre textos teatrais, analisando a criação desse tipo de obra e a repercussão do conteúdo delas em nosso mundo. Por conta desse conhecimento, é comum que o dramaturgo também participe de processos de realização de espetáculos, colaborando na criação de textos inéditos ou na recriação de obras já existentes.

Entrevistador: Como o trabalho com o teatro surgiu em sua vida? E qual foi seu primeiro trabalho em teatro?

Luiz Felipe: Tinha 4 anos quando assisti a uma peça pela primeira vez. Para mim, foi como se a tela de um cinema se rompesse e o que estava ali dentro virasse realidade. Gostei tanto do que vi que comecei a fazer em casa, do meu jeito. Teatro sempre fez parte das minhas brincadeiras e, depois que cresci, assistir a peças era uma das diversões prediletas do final de semana. Mas meu primeiro trabalho em teatro só apareceu depois que me tornei adulto. Fui assistir ao ensaio de um grupo amador e, ao ler a personagem de um ator que havia faltado, acabei ganhando o papel. Passei a fazer parte desse grupo, onde fiz vários trabalhos como ator. Foi nele que também escrevi e dirigi minha primeira peça.

Entrevistador: Quais foram/são suas referências no trabalho da dramaturgia?

Luiz Felipe: Ariano Suassuna, Mauro Rasi, Uíliam Xêiquispíer, Nelson Rodrigues, Samuéu Béqueti, Pirandello, João Falcão e Niutom Moreno.”

Entrevista concedida especialmente para esta Coleção, em abril de 2018.

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Questão

1. Segundo o entrevistado, o que faz um dramaturgo? Qual é a sua contribuição para o fazer teatral?

Arte e muito mais

Religião na Grécia antiga

Assim como outros povos da Antiguidade, os gregos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, que possuíam características semelhantes às dos humanos: viviam e se comportavam como os seres humanos, manifestando as mesmas qualidades e defeitos, alegrias e sofrimentos. No entanto, diferentemente dos humanos, os deuses não envelheciam, não adoeciam e eram imortais, além de serem muito poderosos.

Cada deus grego era associado a um aspecto da natureza ou da vida humana. Zeus comandava os céus, enquanto possêidon reinava sobre os mares, e Hades, sobre o mundo dos mortos. Desses três irmãos, descendiam várias outras divindades: Afrodite (deusa da beleza e da fertilidade), Atena (deusa da sabedoria), Apolo (deus das artes) e Dionísio (deus do vinho e da alegria), entre outros.

Na mitologia grega, os deuses se relacionavam diretamente com os humanos e podiam ter filhos com eles. Da união entre um deus e um mortal, nasciam os heróis.

Os heróis eram capazes de feitos impossíveis aos humanos, e suas histórias também compunham os mitos dessa cultura. Teseu, um dos maiores heróis gregos, por exemplo, derrotou o Minotauro, um monstro que tinha o corpo de homem e a cabeça de touro.

Escultura. Um homem de cabelos e barba cacheados, com o peito nu e túnica envolvendo os quadris. Ele está com o braço direito e a mão fechada. A mão esquerda está apoiada no quadril esquerdo, sobre a túnica.
possêidon. 125-100 antes de Cristo Escultura de mármore, 2,35 métros de altura. Museu Arqueológico Nacional de Atenas, Grécia.

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Reúna-se em grupo com colegas para fazerem uma pesquisa sobre as mitologias politeístas. Escolham um mito de uma mitologia para pesquisa e apresentação. A pesquisa pode ser feita na internet ou na biblioteca da escola. Vocês contarão a história desse mito para a turma, apresentando a cultura a que ele pertence e tecendo relações e interpretações sobre ele.

Ícone. Tema contemporâneo transversal Multiculturalismo.

PARA LER

Clôd. Contos e lendas da mitologia grega. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Esse livro apresenta as grandes histórias da mitologia grega em linguagem acessível e atraente. Contém um apêndice para auxiliar na contextualização histórica das narrativas apresentadas.

medéia

Ao longo dos anos, medéia tem sido encenada por grupos teatrais do mundo todo. No Brasil, uma das montagens mais marcantes foi a realizada em 1970 e teve a atriz Cleyde Yáconis (1923-2013) como protagonista. Observe a seguir um registro dessa montagem.

Fotografia em preto e branco. Palco com cenário em formato de arquibancada. Em primeiro plano, no centro da cena, há uma mulher de cabelos longos, olhos baixos e braços abertos, usando vestido longo, de cor clara. Ao redor do pescoço, traz adornos que vão até a base do vestido.  Distribuídas pelas arquibancadas, à esquerda, ao fundo e à direita, várias personagens femininas, de túnicas simples, de cor clara, algumas em pé e outras sentadas, observam a mulher.
Cleyde Yáconis em cena do espetáculo medéia, no Teatro Anchieta, em São Paulo (SP). Fotografia de 1970.

Em 1975, Chico Buarque e Paulo Pontes (1940-1976) adaptaram a peça medéia para a realidade brasileira da época. Essa adaptação recebeu o título Gota d’água, e, nela, a personagem principal é Joana, que vive em uma favela da cidade do Rio de Janeiro. Na história de Chico Buarque e Paulo Pontes, Joana (interpretada na primeira montagem pela atriz Bibi Ferreira), assim como medéia, decide vingar-se de um homem que se separou dela para ficar com uma mulher de melhor condição social. Ao transpor a história de medéia para uma comunidade carente, os autores fazem uma crítica à desigualdade social brasileira. Por essa razão, o governo militar chegou a impedir a apresentação de Gota d’água.

Fotografia em preto e branco. Mulher de cabelo escuro, longo, ondulado, sentada em uma superfície clara. Veste blusa preta com decote em V e, sobre a blusa, um xale preto de crochê que recai sobre o colo. Usa calças compridas em tom cinzento.  Olha vagamente para baixo, na direção de um ponto fixo, com expressão pensativa.
Bibi Ferreira caracterizada como a protagonista Joana, do espetáculo Gota d’água. São Paulo São Paulo. Fotografia de 1977.

Uma adaptação da peça medéia também foi encenada em 2013 pela Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, grupo teatral criado em 1978 na cidade de Porto Alegre A montagem do grupo tem por base o livro medéia vozes, lançado pela escritora alemã (1929-2011). Nessa adaptação, medéia não comete nenhum dos crimes atribuídos a ela na versão original da peça. Em medéia vozes, a protagonista luta por justiça e igualdade de direitos entre homens e mulheres. Nessa montagem, a personagem principal é interpretada por Tânia Farias.

Fotografia. Mulher de cabelo preto longo, ondulado, sentada sobre as pernas cruzadas, em um prato redondo, grande, dependurado por correntes, lembrando um prato de balança. Ela usa vestido longo laranja e tem as mãos apoiadas nos joelhos. Tem a expressão séria e usa um colar do tipo gargantilha, com adornos pendurados
A atriz Tânia Farias encena a personagem medéia no espetáculo medéia vozes, em São Paulo (São Paulo), em 2013.

Para Acessar

Bibi Ferreira, Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em: https://oeds.link/Qk2azl. Acesso em: 23 abril. 2023.

Gota d’água foi um espetáculo marcante na carreira de Bibi Ferreira. Na Enciclopédia Itaú Cultural, há informações sobre sua biografia e carreira e também de outros atores brasileiros.

Pensar e fazer arte

Faça no diário de bordo.

Como vimos nas páginas anteriores, dramaturgos são aqueles que escrevem as peças de teatro e eles, muitas vezes, se inspiram nas tradições culturais. Na Grécia antiga, as tragédias tinham como tema as histórias dos deuses, deusas, heróis ou heroínas que integravam a sua mitologia. Um mito que se tornou peça de tragédia grega foi medéia. A peça foi escrita provavelmente em 431 antes de Cristo pelo dramaturgo Eurípides (480-406 antes de Cristo) e conta a história de uma princesa que é levada a cometer alguns crimes por ter sido traída por Jasão. Essa tragédia tornou-se uma das mais conhecidas desse dramaturgo, tendo montagens até os dias atuais. A dramaturgia reúne muitos dos elementos da linguagem teatral trabalhados ao longo da Unidade. Para compreender isso, você realizará uma pesquisa sobre a tragédia grega medéia.

Procedimentos

  1. Adentrando o universo criativo de Eurípides, realize uma pesquisa para desenvolver a narrativa do mito de medéia, bem como destacar os principais acontecimentos entre as personagens medéia e Jasão. A pesquisa pode ser realizada na biblioteca ou sala de leitura da escola, em diversos livros que apresentam as histórias da mitologia grega, ou na internet, em sites de pesquisa, buscando a palavra “medéia” para encontrar diversas citações sobre essa heroína trágica.
  2. Após realizada a pesquisa, discutam, em grupo, as versões encontradas. Identifique quais versões apresentam maiores detalhes e quais ocultam fatos importantes.
  3. Em seguida, escrevam um resumo da história, evidenciando os principais acontecimentos.
  4. Depois, cada grupo deve narrar em voz alta para os colegas o resumo que escreveu sobre o mito de medéia.
  5. Compartilhe com os colegas as impressões sobre o mito de medéia. Identifique se os acontecimentos do mito lhe surpreenderam e se você já havia ouvido uma história semelhante em algum momento.
  6. Registre em seu diário de bordo o resumo do mito de medéia, bem como suas sensações, reflexões e impressões sobre ele.
    Ilustração. Ícone diário de bordo.

Avaliação

  1. Você é capaz de dizer quais são as personagens que integram esse mito?
  2. Quais características você atribui a cada uma dessas personagens?
  3. Na sua opinião, quais foram as motivações de medéia para agir como agiu?
  4. Quais foram as diferentes versões da peça encontradas? Qual chamou mais a sua atenção e por quê?
  5. Quais elementos da linguagem teatral você identificou nessas diferentes versões da tragédia?

Autoavaliação

Faça no diário de bordo.

Ao longo do estudo da Unidade, você conheceu a origem do teatro.

Além disso, estabeleceu contato com alguns dos principais elementos da linguagem teatral e descobriu que as primeiras manifestações teatrais ocorreram há milhares de anos e que elas eram realizadas por nossos ancestrais, provavelmente em rituais.

Nesta Unidade, você conheceu também a origem do teatro em diferentes culturas e soube por que a Grécia antiga é considerada o “berço do teatro”.

Além disso, teve contato com diferentes tipos de máscara, experimentou a criação de uma máscara e participou de diferentes jógosteatrais.

Tudo isso que aprendeu nesta Unidade auxiliará na reflexão sobre o teatro e poderá ajudá-lo a enxergar essa linguagem (o teatro) de uma nova maneira, identificando elementos que até então você não conhecia.

Agora chegamos ao final da Unidade e é importante que você faça uma reflexão sobre o que aprendeu, sobre o que conheceu e sobre o caminho que percorreu até aqui.

Responda no diário de bordo às questões a seguir.

Ilustração. Ícone diário de bordo.
  1. Pensando nas propostas desta Unidade, mencione aquela de que você mais gostou e que mais o ajudou a compreender a linguagem teatral. Justifique sua escolha.
  2. Como você se sentiu ao participar das atividades práticas desta Unidade? Descreva essa experiência.
  3. Ao refletir sobre o estudo desta Unidade, você considera que ele mudou a fórma como você vê o teatro? Em caso afirmativo, descreva de que maneira.
  4. O que você acha que poderia ajudá-lo a conhecer mais sobre o teatro? Justifique sua escolha.
  5. Como você avalia a sua interação com os colegas ao longo das propostas?
  6. Você recebeu ajuda para realizar as suas atividades? Você pôde ajudar os seus colegas?
  7. Você se sentiu respeitado pelos colegas durante as propostas de interação, envolvendo fala, movimento corporal e interação? Em caso negativo, o que gostaria que tivesse sido diferente?
  8. Você foi acolhedor e respeitoso com os colegas? Se não, o que deve ser feito para mudar isso?
  9. Você acha que precisa ou pode melhorar em algum ponto? Qual?