Tema 3  A arte do grafite

Crítica e humor

No Tema 1, você aprendeu que um grupo de artistas mexicanos criava obras que chamavam a atenção das pessoas para as questões políticas e sociais de seu país. Na atualidade, o artista bânquissi tem feito seus trabalhos em paredes e em outros espaços públicos urbanos para, de modo crítico e bem-humorado, atrair a atenção para as questões sociais e políticas.

bânquissi se dedica à criação de grafite, expressão artística que se caracteriza pela produção de desenhos e pinturas sobre paredes, muros e painéis. O grafite é uma das expressões mais características da arte contemporânea, que é o conjunto de estilos e movimentos artísticos que surgiram a partir da segunda metade do século vinte. Observe, a seguir, a reprodução de um dos trabalhos desse artista.

Fotografia. Grafite sobre uma parede, onde há vários desenhos que imitam pinturas rupestres. Em primeiro plano, há um homem de boné cinza, vestindo camiseta e calça também cor de cinza e colete laranja. Ele está direcionando para a parede o jato de água de uma máquina de lavar de alta pressão, apagando as pinturas rupestres.
bânquissi. [Sem título]. 2008. Pintura grafite, sem dimensões. Londres, Reino Unido.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

  1. Observe a imagem reproduzida nesta página; depois, comente com o professor e os colegas o que ela retrata.
  2. Quem seria o homem representado nesse grafite?
  3. Considerando a figura do homem representado, como podemos interpretar essa cena?
Versão adaptada acessível

1. Após ouvir a descrição da imagem reproduzida nesta página, comente com o professor e os colegas os detalhes que mais chamaram sua atenção em relação ao que ela retrata.

Respostas e comentários

Objetivos

  • Compreender que a arte pode ocupar outros espaços, além de museus e galerias.
  • Reconhecer o grafite como manifestação artística contemporânea.
  • Familiarizar-se com a produção artística de diferentes períodos históricos e valorizá-la.
  • Relacionar a origem do grafite com as manifestações de caráter político ocorridas na década de 1960 na França e nos Estados Unidos.
  • Refletir sobre a visibilidade das obras de arte urbana produzidas por mulheres.
  • Experimentar a técnica do lambe-lambe.
  • Experimentar a pintura com estêncil.
  • Experienciar a criação de trabalhos artísticos de fórma coletiva.
  • Desenvolver a autoconfiança e a autocrítica por meio da experimentação artística.

Habilidades favorecidas neste Tema

(ê éfe seis nove á érre zero um), (ê éfe seis nove á érre zero dois), (ê éfe seis nove á érre zero cinco), (ê éfe seis nove á érre zero seis), (ê éfe seis nove á érre zero sete), (ê éfe seis nove á érre zero oito), (ê éfe seis nove á érre três um) e (ê éfe seis nove á érre três dois).

Foco na linguagem

1. Observe com os estudantes a imagem e chame a atenção para os detalhes. Depois, pergunte a eles o que veem na imagem, orientando-os a responder cada um na sua vez. Depois de eles terem dito o que inferiram, comente que, nessa imagem, há a representação de um homem que usa um tipo de uniforme. Ele parece estar “limpando” (parece estar apagando) algumas pinturas que foram feitas na parede. Caso os estudantes não mencionem, pergunte a eles que imagens estariam sendo apagadas. Conclua que as imagens feitas nessa parede remetem a figuras características de pinturas rupestres. Se julgar oportuno, retome as imagens rupestres que eles observaram no Tema 2.

2. Incentive os estudantes a elaborar hipóteses com base em uma nova observação dos detalhes da representação que o artista fez desse homem (veste uniforme de trabalho com acessórios − galochas, boné, colete laranja) e apresentá-las aos demais colegas.

3.  Retome com os estudantes a observação dos detalhes desse trabalho de bânquissi. O artista parece chamar a atenção para a não aceitação da produção realizada por artistas de rua, sobretudo os artistas do grafite. Promova uma reflexão sobre o que pode significar essa cena: seria uma sugestão de que não há um cuidado com a história e de que o passado e o patrimônio cultural da humanidade estariam sendo esquecidos ou apagados? Seria uma ironia em relação à arte do grafite, que é, muitas vezes, apagada e desvalorizada nas cidades, apesar do seu valor estético e cultural?

Artista e obra

bânquissi

Desde seus primeiros grafites feitos nos anos 1990, em Bristol, na Inglaterra, o artista de rua inglês mantém sua identidade no anonimatoglossário . No início de sua carreira, bânquissi pintava paredes e muros à mão livre. No entanto, com o decorrer do tempo, ele passou a usar a técnica do estêncil para realizar seus trabalhos.

Os grafites de bânquissi estão presentes em paredes e muros de várias cidades em diversos países e abordam questões da atualidade (por exemplo, a imigração, a guerra, o aquecimento global e a política) com tom crítico e provocativo, estimulando, nas pessoas que circulam pelos espaços urbanos, reflexões sobre o que acontece na sociedade e no mundo.

Fotografia. Grafite sobre uma parede: homem com blusa de capuz cinzenta, calça escura e tênis brancos, segura uma corrente que vai até a silhueta de um cachorro, desenhado somente com linhas geométricas.
bânquissi. [Sem título]. 2010. Pintura grafite, sem dimensões. Londres, Reino Unido.

Para LER

bânquissi. Guerra e spray. Tradução de Rogério . Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012.

Esse livro reúne as principais obras de bânquissi, artista britânico que utiliza o estêncil para produzir grafites em diversos países. As produções dele muitas vezes geram polêmica, pois, em geral, seu conteúdo apresenta um olhar crítico em relação às questões políticas e sociais.

Respostas e comentários

Artista e obra

Ao abordar a obra de bânquissi, comente com os estudantes que outros artistas também utilizam o humor para tratar de temas importantes em suas obras e mantêm o anonimato. Um exemplo é o coletivo de artistas feministas Guerrilla Girls, formado na década de 1980 e ativo até hoje, que utiliza máscaras de gorila em suas intervenções e aparições públicas. Ao longo de décadas, mais de 55 pessoas integraram o coletivo, mantendo seu anonimato, que, de acordo com o GuerrillaGirls, é imprescindível para manter o foco em suas propostas.

O objetivo fundamental desse coletivo é que artistas mulheres e artistas pertencentes às minorias tenham mais espaço no mundo das artes, nos museus e em galerias de arte. As obras do coletivo GuerrillaGirls podem ser vistas na plataforma do acervo do Masp, disponível em: https://oeds.link/ar9g0g. Acesso em: 26 maio 2022.

Nesta seção, é muito importante criar conexões entre as obras do artista e o repertório cultural dos estudantes. Para isso, é fundamental realizar leituras de imagem que contribuam para uma interpretação e para o compartilhamento das impressões entre os estudantes.

Inicie o procedimento fazendo perguntas sobre cada imagem:

  • O que cada imagem representa?
  • Onde elas parecem ter sido feitas?
  • Com que material elas parecem ter sido feitas? Observe que algumas são pinturas e outras são Istíquers, ou seja, figuras recortadas em papel e fixadas à parede com uma cola especial.
  • Que semelhanças e diferenças há entre as imagens?
  • Qual é o componente humorístico de cada uma delas?
  • Quando refletimos sobre aquilo que provoca riso em cada imagem, nós identificamos algum elemento que não tem tanta graça ou, melhor, que provoca uma reflexão social mais séria? Se sim, que elementos?

Grafite e culturas juvenis

Você identificará que, ao longo deste Tema, o grafite é apresentado como uma expressão com forte conexão com as culturas juvenis, por articular não apenas uma estética diversa, ainda que marcadamente urbana, mas também temas sociais pungentes, como o protagonismo das mulheres na arte de rua. Além disso, a estética do grafite dialoga com movimentos sociais e com a moda, como veremos na seção Por dentro da arte sobre o hip-hop. Ao trabalhar com essas referências, sempre estimule os estudantes a compartilhar exemplos do seu imaginário cultural e a criar conexões com outros artistas que eles conhecem e valorizam. Isso é muito importante para que eles se sintam reconhecidos no seu gosto e à vontade para criar e compartilhar relações em sala de aula, contribuindo para que as aulas de Arte sejam espaço de diálogo, troca e conexão intensa entre as artes em sua plena potencialidade e diversidade.

A origem do grafite

Muitos estudiosos defendem a ideia de que o grafite, da fórma como o conhecemos hoje, teve origem nos protestos ocorridos na década de 1960. Naquela época, pessoas de vários lugares do mundo foram às ruas para questionar os governos e a sociedade.

Em 1968, em Paris, na França, jovens deram início a vários protestos contrários ao governo, fazendo inscrições de caráter político e poético em paredes e em muros da cidade. No mesmo período, em Nova iórque, nos Estados Unidos, organizaram-se diversos movimentos culturais ligados a grupos marginalizados, principalmente aos dos jovens negros moradores de bairros populosos e pobres da cidade.

Fotografia em preto e branco. Vista geral de pessoas em uma passeata de protesto. À frente da passeata, dois homens segurando uma faixa grande com palavras de ordem.
Protesto de estudantes em Paris, França, em 1968. Na faixa conduzida à frente da passeata, lê-se “A luta continua”.
Fotografia. Vista de dois vagões de um metrô com grafite na parte externa.
Vagões do metrô de Nova York grafitados, 1973. Fotografia do Arquivo Nacional dos Estados Unidos da América
Respostas e comentários

Contextualização

Ao abordar a origem do grafite, apresente as informações sobre as primeiras manifestações dessa arte, no final da década de 1960, contidas no texto a seguir.

[A origem do grafite na atualidade]

“Um espaço em branco foi preenchido na década de 1960 por diversos movimentos sociais que ocorreram não somente na Europa, mas em todo o mundo. Época em que a nuvem do contraditório pairou sobre Praga, Woodstock, Paris e em outros focos, abrindo as portas para que novas facetas culturais germinassem a partir de choques, protestos e tintas.

reticências

A conjuntura social que motivava os estudantes parisienses ecoou em outra grande cidade. Desta vez, Nova Iorque foi centro das manifestações dos imigrantes negros e porto-riquenhos habitantes de bairros da periferia, como o Bronx. Buscando a produção de uma identidade, preencheram as ruas e metrôs da cidade inicialmente com seus nicks (do inglês, ‘apelidos’), também chamados de signatures (do inglês, ‘assinaturas’) seguidos do número de suas casas. reticências Uma maneira gráfica de reforçar seu pertencimento àquele espaço urbano e àquela cultura. Esse processo culminou no fortalecimento da estética própria do grafite. reticências

Nas laterais dos trens do metrô a mensagem era móvel, transitava por toda a malha urbana da cidade e levava aos bairros mais distintos a mensagem daquele grupo. No contexto nova-iorquino, o grafite inseriu-se como um dos elementos que formou a tríade do hip-hop, movimento essencialmente metropolitano composto também pela dança (break) e música (rap).

O perfil estético do grafite nova-iorquino acrescentava elementos ilustrativos que transcendiam a tipologia natural. Em Paris, as mensagens eram deixadas nos muros sem qualquer figura ou distorções de letras em busca da construção de uma identidade a partir da distorção de fórmas. Já na metrópole [estadunidense], as letras assumiram o papel de ilustrações, uma vez que foram incrementadas quanto às cores e à ousadia do traço.

reticências

SOUZA, Taís Rios Salomão de; MELLO, Lílian Assumpção. O folk virou cult: o grafite como veículo de comunicação. Alterjor, ano 2, volume 2, edição 4, página 2-3, julho- 2011.

Apesar de as fotografias serem documentais, elas têm um valor estético, porque demonstram como a coletividade se articulava, fazendo uso de cartazes, bandeiras e outros recursos estéticos para protestar; como o grafite funciona quando é feito sobre estruturas móveis como os trens, de modo a viajar por diferentes territórios e a difundir uma estética e uma mensagem que possam aproximar as juventudes dos centros e das diferentes periferias.

Por dentro da arte

Fotografia. Cena de street dance. Em primeiro plano, uma mulher de cabelo curto castanho, vestindo blusão com estampa de camuflagem e calça verde-escura executa os passos da dança, enquanto seus colegas a observam. Ao fundo, pessoas assistem à apresentação.
Breakdancers se apresentam durante a manifestação de solidariedade asiática “Black & Yellow” dedicada a dáunt ráit e George Flóid, em MinneapolisMinnesota, Estados Unidos da América, 2021.

O grafite e o movimento hip-hop

Na década de 1970, integrantes das comunidades negra e latina dos Estados Unidos iniciaram um movimento cultural que resultou do encontro da arte urbana estadunidense com elementos das culturas latino-americana e afro-americana. Esse movimento recebeu o nome de hip-hop e disseminou-se por diversos países.

Titulo do carrossel
Imagem meramente ilustrativa

Gire o seu dispositivo para a posição vertical

A cultura hip-hop é fundamentalmente urbana e reflete os conflitos oriundos de discriminações e desigualdades acentuadas nas cidades. Em sua origem, o movimento estava relacionado à busca de melhores condições de vida por parte de jovens negros que viviam na periferia de Nova iórque, nos Estados Unidos. Essa cultura reúne essencialmente quatro expressões artísticas: o grafite nas artes visuais, o rap na música, o Dj e o Mc e, finalmente, o breakou street dance na dança.

O termo rap é uma abreviação de rhythm and poetry (ritmo e poesia) e denomina um estilo de música popular que se caracteriza pela interpretação de rimas improvisadas sobre um acompanhamento rítmico. O break, por sua vez, é um estilo de dança realizado com movimentos rápidos que acompanham as batidas do rap.

O hip-hop chegou ao Brasil na década de 1980 e, em pouco tempo, consolidou-se, principalmente, entre os jovens moradores de bairros periféricos das grandes cidades do país.

Respostas e comentários

Por dentro da arte

Destaque como a cultura do hip-hop mescla diferentes linguagens artísticas: dança, música e artes visuais. Existe grande possibilidade – sobretudo se a escola está inserida em um centro urbano – de que a cultura hip-hop faça parte do imaginário cultural dos estudantes. Ela se transforma e está presente na cultura visual das cidades, nas festas, no repertório musical do cinema e da televisão, na internet.

Por isso, durante a leitura da seção, dê espaço para que os estudantes compartilhem as suas referências e façam relações com o repertório cultural que têm. É muito importante que eles se sintam reconhecidos e valorizados em seu gosto e conhecimento, sobretudo nas aulas de Arte. Isso abre caminho para que eles também se sintam motivados a conhecer e a valorizar outros repertórios culturais, interessando-se por eles.

Esse procedimento não apenas promove relações mais horizontais entre professor e estudantes, mas também ajuda o professor a conhecer melhor o seu grupo e a entender as transformações expressas pelas atuais culturas juvenis.

Caso eles tenham referências do universo da dança e da música para compartilhar, providencie ferramentas, tempo e espaço para que possam vivenciar a cultura do hip-hop na sua aula. Aproveite para aprender com eles, caso ainda não tenha um repertório sobre essa cultura.

Durante conversas como essas, você pode avaliar os estudantes pelas contribuições e pela acolhida às colocações dos colegas. A escuta, a acolhida e a coragem de enunciar as próprias ideias e histórias frente ao grupo são habilidades socioemocionais importantes a serem desenvolvidas nessa faixa etária. São também caminhos para fomentar a empatia e a solidariedade entre os estudantes.

Caso os estudantes não tenham esse repertório, procure referências na internet, apresentando a eles a linguagem do break, do Mc e do rap. Verifique a adequação desse conteúdo à faixa etária.

Arte de rua e cultura de paz

Promova uma reflexão com os estudantes sobre as relações entre a arte de rua e a cultura de paz. As ruas são, muitas vezes, o espaço de sociabilidade que os jovens encontram, além da escola, para compartilhar referências culturais e artísticas e para conviver com os seus pares. Em muitos contextos, projetos artísticos, mas também esportivos, contribuem para uma ocupação segura e interessante do espaço público pelas juventudes. A partir do exemplo do hip-hop desta seção, os jovens devem identificar nas artes um modo de promover a cultura de paz, com uma ocupação integradora e criativa do espaço público e com modos de convívio que potencializem o respeito e o convívio com a diferença.

Das ruas para as galerias

A partir da década de 1980, alguns grafites passaram a chamar a atenção do público não somente por seu caráter transgressorglossário , mas também pela qualidade artística. Nessa época, alguns artistas, como o estadunidense (1958-1990), foram reconhecidos como artistas e convidados a expor suas obras em galerias de arte.

No início, fazia seus trabalhos em estações de trem e de metrô de Nova iórque. Usando uma linguagem simples e de fácil interpretação, ele criava figuras humanas estilizadas e utilizava cores homogêneas, ou seja, sem variação de tonalidade, em suas obras. é um caso de artista que começou nas ruas e transportou a estética da arte urbana para espaços como museus, camisetas, e outros campos da vida social, como o ativismo político. Observe a obra a ­seguir.

Fotografia. Vista de homem de cabelo curto castanho, vestindo camiseta branca e calça azul. Está no alto de uma escada pintando um mural em tons de verde, amarelo e rosa. No chão, outra pessoa de gorro e blusa cor de laranja segura um cabo de madeira e observa o trabalho.
quíf rérin trabalha em um mural em Nova iórque, Estados Unidos, em 1982.

As relações entre arte e imagem

Se observarmos as imagens desta página e das anteriores, perceberemos que, atualmente, a arte é um modo de produzir imagens, mas não o único. Vemos espaços públicos ocupados por diferentes tipos de imagem: cartazes usados em um protesto; textos em grafite inscritos sobre trens urbanos; jovens com roupas estampadas; obras de arte sobre um muro etcétera. Todas essas imagens foram registradas por meio de fotografias, que possibilitam que elas circulem e sejam reproduzidas em suportes como este livro.

A obra de quíf rérin, colocada lado a lado com as demais imagens, nos revela que a arte tem muita relação com as imagens que vemos no dia a dia e com os contextos sociais em que vivemos. Ao estudarmos arte, aprendemos também a ler e interpretar os diferentes tipos de imagem que vemos todos os dias e que estão no mundo à nossa volta.

Fotografia. Pintura mural realizada na parede lateral de uma casa de dois andares. A parede foi toda recoberta por figuras compostas de formas de pessoas, objetos e animais unidas. As figuras são colorida de azul, verde, tons de rosa, amarelo e laranja.
, . [Sem título]. 1989. Pintura mural, sem dimensões. Pisa, Itália. Fotografia cêrca de 2000.
Respostas e comentários

Contextualização

Utilize o exemplo de quíf rérin para promover uma discussão na sala de aula sobre a importância do reconhecimento da arte que é produzida nas ruas. Comente com os estudantes como esse e muitos outros artistas conseguiram ganhar visibilidade artística com a arte de rua.

Faça uma leitura de imagem com os estudantes. Inicie pela leitura individual e, depois, compare as imagens. Indague os estudantes sobre que materiais podem ter sido utilizados para fazer esse trabalho, como rolo de tinta e tinta látex, spray ou lambe-lambe; sobre o que representam as imagens e se os estudantes têm referências de suas cidades, ou da internet e de jógos, que tenham relação com as obras do artista.

Consulte outros trabalhos e informações disponíveis sobre o artista e selecione outras imagens para trabalhar na sala de aula. Em plataformas digitais de arte, você encontra algumas opções.

Relações entre arte e imagem

Leia o texto do livro com os estudantes. Observe que o texto os provoca a refletir sobre como as imagens estão presentes no mundo à volta deles para além da arte, assim como a arte também tenta se inserir na vida social.

Essas relações são também interessantes para pensar, do ponto de vista pedagógico, sobre o papel do ensino de Arte. Em um mundo em que as imagens ocupam um lugar cada vez mais central nas relações humanas, que contribuições a arte pode dar aos estudantes para que se movam de modo autônomo, seguro e crítico entre as tantas imagens a que eles têm acesso?

Além disso, tendo em vista que a vida social tem se transformado de modo tão marcante por meio da intensa circulação de imagens, em que medida a arte também tem se transformado? Reflita sobre esses pontos e aproveite a conversa com os estudantes para ampliar a sua percepção ao escutá-los. Essa conversa certamente trará informações valiosas sobre como os seus estudantes percebem o lugar da imagem em suas vidas. É possível que você identifique que eles não apenas consomem imagens, mas que também produzem e respondem criticamente à produção dos colegas, sobretudo com o advento das redes sociais e das tecnologias digitais.

A arte do grafite no Brasil

O grafite chegou ao Brasil entre as décadas de 1970 e 1980, e um dos responsáveis pela introdução dessa expressão artística no país foi Alex (1949-1987). Nascido na Etiópia, no continente africano, chegou ao Brasil em 1965. A partir da década de 1970, o artista passou a produzir obras em espaços públicos da cidade de São Paulo São Paulo. Antes de vir para o Brasil, estudou gravura em Estocolmo, na Suécia. Nos Estados Unidos, teve contato com o artista quíf rérin, que conhecemos na página anterior.

Por causa da importância de para o grafite brasileiro, o dia de sua morte (27 de março) foi escolhido para comemorar o Dia Nacional do Grafite. Observe, a seguir, a reprodução de um detalhe de uma das obras de Alex .

Fotografia em preto e branco.  Homem de cabelo curto e bigode, vestindo camiseta e calça. Está segurando um molde em forma de papagaio diante de uma parede e uma lata de spray. Na parede, há a imagem do papagaio já grafitada.
Alex utiliza a técnica do estêncil, em São Paulo São Paulo,em 1984.
Fotografia em preto e branco. Grafite que mostra duas mulheres de óculos escuros sentadas em torno de uma mesa com frutas em uma fruteira, uma garrafa e duas taças. A mulher da esquerda tem cabelos escuros, está de vestido curto e botas pretas de salto alto. A mulher da direita tem cabelos claros, está de macacão decotado e usa sapatos de salto alto.
, Alex. A rainha do frango assado em no Glicério. 1984. Pintura grafite, sem dimensões. São Paulo São Paulo.
Respostas e comentários

Contextualização

Destaque para os estudantes que a cidade de São Paulo foi um polo de difusão do grafite no Brasil. O texto a seguir trata desse assunto e traz informações sobre as técnicas e o repertório dos primeiros artistas brasileiros a se dedicar a essa arte.

Poder do artístico

“É em São Paulo que vai se afirmar o principal movimento que reivindicava o estatuto de arte das inscrições urbanas, defendido pelos artistas Alex , Carlos Matuck e Waldemar Zaidler e depois pelo grupo performático paulista Tupi-não-dá. reticências No bairro de Pinheiros iniciaram-se as primeiras inscrições, mas o lugar mais representativo da criação paulista foi no chamado Buraco da Paulista, no túnel Rebouças, na entrada da Avenida Paulista, junto à rua da Consolação.reticênciasAs primeiras inscrições urbanas foram desenvolvidas por Alex e depois acompanhadas pelo trabalho de Carlos Matuck, realizadas pela técnica do serigrafite, caracterizado pela utilização de bases recortadas em máscara ou estêncil preparados para receber o jato de tinta, à moda dos pochoirs coloridos e que se tornariam muito populares em Paris nos anos [19]80. Exemplos mais reconhecidos foram a Bota e o A rainha do frango assado, de . Eram imagens reprodutíveis espalhadas pelas paredes da cidade, com uma certa referência aos ready-made dadaístas e com alusão à Pop Arte pelo traço que recordava as histórias em quadrinhos, quando não eram citações explícitas, como no caso do Reizinho ou do Tintin e o Ladrão de Matuck, ou do cinema, como O Gordo e o Magro de Matuck e Zaidler. Em algumas obras esses artistas chegaram a usar a mão livre para seu registro urbano. Alex , que era de origem etíope, entre 1982 e 1983 foi passar uma temporada em Nova iórque, voltando de lá com muito material de pesquisa. reticências Com seu retorno a São Paulo, os antigos estudantes de arquitetura começaram a se dedicar a intervenções maiores de ambientação e começaram a se entregar ao mercado de artes das galerias – como a exposição no Rio de Janeiro na galeria Thomas Cohn

náus, Paulo. Grafite urbano contemporâneo. In: TORRES, Sonia organização. Raízes e rumos: perspectivas interdisciplinares em estudos americanos. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001. página 346.

Entre textos e imagens

Ver a cidade e as suas nuances

Leia trechos da entrevista com o artista Mauro Neri.

Entrevistador: O que ou quem lhe inspira no universo do grafite?

Mauro Neri: A inspiração, para mim, vem da possibilidade de acessar mais gente, de dialogar, de contribuir, de informar, de transformar as paisagens, de um contato com a realidade das ruas e das surpresas dos encontros com as pessoas. A influência da propaganda e da publicidade, do grafite com e graffiti com ‘ffiti’, da pichação com e com ‘x’. Essas distinções têm a ver com o lugar de fala e o nível de envolvimento com a cultura reticências.

Entrevistador: Como funciona o seu processo artístico? Como você escolhe os temas, os locais que receberão a intervenção artística? Pode nos contar também sobre as marcas: a casa amarela e o ‘ver a cidade’?

Mauro Neri: reticências Eu geralmente escolho os temas que são recorrentes para mim. Quando escrevo, faço variações das diferentes marcas, como as da palavra ‘ver’ e ‘veracidade’, as casinhas, os desenhos de casas amarelas, a figura humana olhando para cima, muitas vezes alongada, com o olhar voltado ao céu e o cabelo esvoaçante. Essas são coisas mais recorrentes que eu faço, mas tem variação disso de acordo com o lugar que o recebe. A temática às vezes reticências vem daquilo a que eu costumo ser associado, como a causas relacionadas a direitos humanos, política, meio ambiente, informação, educação e transformação da paisagem.

Entrevistador: Muitos artistas brasileiros são reconhecidos primeiramente no exterior, e no grafite isso aparece de fórma mais latente. Como você percebe hoje o mercado do grafite?

Mauro Neri: No Brasil é notável o reconhecimento internacional da arte contemporânea e isso inclui, certamente, a arte urbana. reticências Mas esse cenário é para poucos reticências Ao longo dos anos, a gente vai também conquistando o público e colocando o nome na história e na cena, com uma certa insistência. reticências E, com a internet, cada vez mais vai sendo possível acessar grandes artistas e grandes referências em diversas partes do mundo.

reticências Acredito que é importante que a arte de qualidade continue e esteja também nas ruas, ainda que possa ser vendida para grandes coleções e atingir grandes cifras, para que possa financiar os projetos dos artistas. Que ela, a arte, seja compartilhada com a sociedade, não limitando as grandes obras para coleções particulares, fazendo valer uma arte pública de qualidade e acessível para todo mundo. Acredito muito nisso, nessa possibilidade de agregar e de movimentar o mercado, pintando em fachadas e comercializando essas telas em troca de novas fachadas pintadas em barracos populares, nas periferias.

Entrevistador: Você como artista que tem um trabalho artístico ligado diretamente a cidade, percebe que a cidade reconhece as demandas levantadas pela população e pelos problemas percebidos pelos artistas?

Mauro Neri: reticências Eu acredito que é possível provocar sem ofender, sem desagradar, de modo que a gente possa diminuir um pouco essa polarização, esse ódio, com informações que possam conectar ambos os lados, ainda mais em um país tão dividido. Tentar transmitir, trocar e circular entre as bolhas, fazer reverberar o que têm em comum. Todos querem uma cidade linda, todo mundo quer uma cidade justa, o que nos difere é o jeito de pensar. A gente precisa se colocar mais no lugar do outro para entender o que a pessoa traz no vandalismo.

Acredito que é preciso ter tolerância para ler, ter interesse para ver a cidade e perceber as suas ­nuances porque, afinal, não é apenas tinta em paredes efêmeras, que deixam recados há tanto tempo para a gente ver a verdade que está impressa na cidade.”

ITAÚ Cultural. Ver a cidade e suas nuances: entrevista com Mauro Neri, 2018. Disponível em: https://oeds.link/3EiCZ2. Acesso em: 20 abr. 2023.

Fotografia. Homem de cabelo, barba e bigode grisalhos vestindo camiseta marrom e jaqueta cinza. Esta sorrindo e segura um pincel e uma bandeja de tinta.
O artista Mauro Neri. Fotografia de 2019.
Respostas e comentários

Entre textos e imagens

Leia com os estudantes a entrevista concedida pelo artista Mauro Neri.

Durante a leitura, peça aos estudantes que destaquem os trechos que melhor coin­cidirem com as discussões já realizadas em sala de aula. Eles devem fazer inferências a partir das quais possam retomar assuntos já trabalhados no livro, por exemplo: a re­lação entre o grafite e a crítica social; a expressão das ideias dos artistas para a cidade; a ocupação do espaço público com a arte.

Caso os estudantes tenham dificuldade com o exercício de inferir sobre o texto, ou caso não consigam transpor os exemplos destacados, dê o exemplo de como fazê-lo. Você pode destacar o trecho em que o artista fala sobre a profissionalização de artistas que trabalham com o grafite, aquecida pela internacionalização da arte do grafite. Mostre aos estudantes o trecho em que essa questão aparece e, em seguida, dê sequência à reflexão que ele incita. Pergunte-lhes se sabiam que a arte do grafite é um trabalho profissional e que há investimento para que essa produção cresça e ganhe espaço na arte do Brasil e de outros países.

Ao final do exercício de inferência, incentive os estudantes a compartilhar a sua opinião sobre a leitura. A intenção desta seção é não só trabalhar um gênero textual, mas também promover o debate.

Depois da leitura, destaque algumas características desse gênero textual: a entrevista. Na entrevista, uma pessoa é convidada a enunciar as suas ideias e opiniões sobre um ou mais temas. O entrevistador prepara algumas perguntas e, a depender do rumo que a conversa toma, cria novos questionamentos durante a conversa. Vale ressaltar que a função da entrevista é conhecer o ponto de vista do entrevistado, de modo que o entrevistador tente produzir perguntas neutras e que induzam minimamente as opiniões do entrevistado.

Caso identifique grande dificuldade ou disparidade entre os estudantes, na leitura e inferência sobre o texto, você pode buscar outras entrevistas e retomar o exercício, de modo que eles aos poucos se familiarizem com esse gênero textual e sintam-se seguros com a leitura e o compartilhamento.

As mulheres e a arte de rua

Vários dos grafites espalhados pelas cidades brasileiras têm a assinatura de artistas mulheres. A paulistana Magrela, a potiguar Eveline Gomes, conhecida como Eveline Sin, e a mineira Tainá Lima, chamada Criola, são algumas dessas artistas de rua que imprimem sua arte e visão de mundo em espaços públicos, muros e paredes.

Em seus grafites, a artista Magrela representa fatos urbanos e do cotidiano e aspectos da cultura brasileira registrados em um viésglossário  feminino.

Eveline Sin realiza suas pin­turas utilizando elementos do universo feminino que levam a refletir sobre o lugar da mulher e seus dilemas na sociedade contemporânea. Observe os grafites retratados nas fotografias reproduzidas nesta página.

Fotografia. Mulher de cabelo preso preto, vestindo camiseta cinza. Ela está agachada e segura uma lata de tinta spray com que faz sobre uma parede a pintura de uma mulher sem roupas, recurvada sobre as pernas, de corpo amarelo e cabelo vermelho.
A artista Magrela executa a intervenção Meu muro no Festival DELAS – Mulheres na Arte, em Jundiaí São Paulo, em 2016.
Fotografia. Grafite de uma mulher de cabelos longos,  pintados de preto e branco. Ela tem formas imprecisas, está deitada sobre seu lado direito, sem roupas, e tem a pele pintada em tons de roxo.
SIN, Eveline. [Sem título]. 2013. Pintura grafite, sem dimensões. São Paulo São Paulo.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

1. Observe as imagens e responda:

Versão adaptada acessível

1. Com base na descrição das imagens, responda:

  1. Que relações você faz entre essas imagens e aquelas que abriram esta Unidade?
  2. Que reflexões podemos fazer a respeito da escolha por pintar um corpo feminino em escala na cidade?
Respostas e comentários

Contextualização

Promova uma reflexão com os estudantes a partir das seguintes perguntas: o que vocês pensam sobre o protagonismo das mulheres na arte? Conhecem mulheres artistas? Como as mulheres são representadas pela arte? Converse sobre esse tema com eles e, em seguida, contextualize a discussão, dando sequência ao conteúdo do livro.

Comente com os estudantes que nos últimos anos tem aumentado o número de mulheres que se dedicam à arte grafite. Explique que esse crescimento está relacionado ao fato de as artistas mulheres terem descoberto que as paredes e os muros das cidades também podem ser espaços para a discussão de questões como a desigualdade de gêneros, a violência doméstica, a maternidade, a afirmação das mulheres negras etcétera

Promova uma leitura de imagem dos dois exemplos da página. Questione os estudantes: o que se vê em cada imagem? Que comparações podemos fazer entre elas? As cores são realistas? Se não, o que elas podem representar? As fórmas estilizadas produzem alguma sensação em relação ao que as personagens sentem ou representam? Com que material podem ter sido feitos esses grafites?

Depois de direcionar as perguntas disparadoras iniciais para a leitura das imagens da página, amplie a reflexão em um debate com os estudantes sobre como veem os espaços de representação das mulheres em suas próprias cidades e na vida contemporânea de modo mais amplo. As mulheres ocupam espaços de decisão e poder? Como são representadas na TV, no cinema, nas propagandas e na arte que os estudantes acessam? O que eles pensam sobre esse tema?

Aproveite essas reflexões para elaborar outras propostas de trabalho. Lembre-se de que a arte de rua promove a reflexão social pública sobre temas da atualidade e que temas como esse podem reverberar e transformar diretamente a visão dos estudantes em relação à igualdade de direitos entre homens e mulheres.

No texto transcrito a seguir, a artista do grafite Eveline Sin aborda a participação das mulheres na arte. Se possível, compartilhe-o com os estudantes.

“Basta uma simples caminhada pelos corredores e pelas salas de qualquer museu no mundo para perceber como a figura da mulher possui grande presença na história da arte, mas numa esmagadora maioria ocupando, claro, o espaço da tela, e não o da produção. O corpo da mulher já foi eternizado em suas mais variadas nuances. Sempre idealizado e servindo de fetiche em pinturas, desenhos, esculturas. Quando não é explorado o corpo, é acentuado o lado maternal e servil. São séculos de histórias sendo contadas por homens, e isso não foi consequência da falta de trabalhos consistentes e marcantes produzidos por mulheres. Sempre existiram pensadoras, escritoras, poetas, pintoras criando sobre seu tempo. O que não existia era o respeito ao trabalho e à ocupação dos espaços por essas mulheres.

Cada passado seguiu deixando marcas no seu tempo seguinte. E a produção de cada mulher que hoje se destaca no mundo das artes fortifica o espaço e trabalho de novas artistas. Mesmo dentro de um nicho como as artes, tido como mais aberto, liberal, o machismo também persiste. Sabemos, por exemplo, da existência de mulheres que usavam pseudônimos masculinos para serem aceitas e não questionadas, porque sempre fomos subjugadas e consideradas menos capazes. O tal do ‘lugar de mulher’ que ainda nos persegue até hoje.

Todos os avanços pelo espaço das mulheres nas artes se devem, sem dúvida, à luta de artistas incríveis que não abriram mão de pensar sobre seu tempo e suas questões mais íntimas e, claro, ao avanço do feminismo, que cresce e influencia cada vez mais nossa sociedade.

No grafite, não é diferente reticências o grafite é essencialmente reticências feito na rua. E estar na rua é assumir riscos. É estar exposta ao que toda mulher passa todos os dias em suas rotinas particulares, só que numa condição vulnerável, já que pintamos sempre de costas para o movimento urbano. Quando comecei, há onze anos, tinha bem menos mulheres pintando do que hoje. Claro, é natural que com o passar do tempo e com todos os avanços haja mais interesse de meninas por grafite, por estar nas ruas, por ocupar muros, desenhando seus anseios e questionamentos, suas dores e histórias.

É estranho, por exemplo, quando acham que seu trabalho é feito por um homem e não por você. Isso já aconteceu comigo, e acho extremamente inusitado, porque olho para o meu trabalho e acho que tem questões tão fortes e específicas que só poderia ter sido feito por uma mulher. Talvez seja mais um viés do machismo? O grafite é só mais um lugar que nós, mulheres, ocupamos para também escrever nosso tempo. Desobedecer ao que foi imposto é o início da criação, porque ninguém melhor do que nós mesmas para contar nossas histórias na linha do tempo de uma sociedade.”

Texto escrito especialmente para esta Coleção pela artista de rua Eveline Sin, em agosto de 2018.

Foco na linguagem

1. a) Espera-se que os estudantes constatem que todas essas imagens são exemplos monumentais de grafite, em que se apresenta uma referência, neste caso, o corpo humano, para identificarmos a escala do trabalho.

b) Espera-se que os estudantes percebam que, assim como no exemplo da abertura desta Unidade, a figura humana, que neste caso está estilizada, confere grandeza e dignidade à figura representada, uma mulher.

A obra de Criola

A artista Tainá Lima, conhecida como Criola, além de retratar o universo feminino em seus grafites, cria obras que tratam da cultura afro-brasileira e que têm como destaque o papel da mulher negra na sociedade. Observe, nesta página, a reprodução de um dos grafites criados por ela.

Note que há muitas fórmas geométricas na composição criada por Criola no grafite mostrado a seguir. Você já viu composições como essa? Qual teria sido a referência dessa artista para criar essa composição?

Ao criar seus grafites, Criola faz uma série de pesquisas a respeito das culturas africanas e afro-brasileiras. As fórmas geométricas que vemos em Orí A raiz negra que sustenta é a mesma que floresce, por exemplo, são uma citação a padrões geométricos presentes em tapeçarias, tecidos e pinturas produzidos por diferentes povos que habitam o continente africano. Observe a fotografia que mostra a fachada de moradias de membros da etnia indebele, originária da África do Sul e do Zimbábue.

Fotografia. Parede com grafite composto de modo simétrico, por padrões geométricos variados. As cores são vivas. Há elementos em preto, verde-escuro, amarelo, laranja, vermelho, azul e branco. No centro, dispostas simetricamente, há o perfil de duas cabeças de mulher, voltadas uma para a outra, adornadas com plumas e outros adereços em tons de azul, verde e laranja.
LIMA, Tainá (Criola). Orí – A raiz negra que sustenta é a mesma que floresce. 2015. Pintura grafite, sem dimensões. Belo Horizonte Minas Gerais.
Fotografia. Casas com grafites geométricos recobrindo inteiramente as paredes. As composições são simétricas, em tons vivos de azul, laranja, verde, marrom, vermelho e branco, com contornos pretos.
Casas em botchabelo, na África do Sul. Fotografia de 2010.
Respostas e comentários

Sobre a obra de Criola

Sobre a obra Orí – A raiz negra que sustenta é a mesma que floresce, explique aos estudantes que, além das fórmas geométricas, é possível encontrar fórmas orgânicas, ou seja, fórmas com contornos livres, irregulares, muitas vezes semelhantes às dos elementos da natureza.

No grafite de Criola, podemos observar as fórmas orgânicas, por exemplo, na representação dos rostos e nos adornos na cabeça das figuras.

Faça no diário de bordo.

Experimentações

Uma das técnicas mais utilizadas pelos artistas estudados nas páginas anteriores é o estêncil. ­Nessa técnica, é preciso criar uma espécie de máscara de papel com uma imagem recortada. Com ela, é possível pintar a mesma imagem várias vezes sobre uma superfície qualquer, como uma camiseta ou uma parede. Vamos experimentar?

Orientação para acessibilidade

Caso haja na turma estudantes com necessidades especiais, o trabalho colaborativo em duplas ou grupos pode ser utilizado a fim de apoiá-los e garantir sua participação na vivência proposta.

Material

  • Folha de papel grosso e resistente, chapa de radiografia ou acetato (este material deve ser resistente à tinta)
  • Canetinha
  • Tesoura com pontas arredondadas
  • Fita adesiva ou grampeador
  • Rolinho pequeno de espuma para pintura
  • Tinta de sua preferência: guache, acrílica ou de tecido
  • Bandeja de isopor
  • Placa de papelão (pode ser um pedaço de uma caixa)

Procedimentos

  1. Faça um desenho sobre o suporte do estêncil. Esse desenho não pode ultrapassar as bordas do papel.
  2. Faça um único recorte na lateral para chegar até o desenho.
  3. Recorte todo o interior da imagem, até ficar uma imagem vazada, que lhe permita ver o outro lado através do estêncil. Em função do córte lateral, use a fita adesiva ou o grampeador para fixar o estêncil.
  4. Jogue um pouco de tinta na bandeja de isopor e espalhe com o rolo de espuma.
  5. Coloque o estêncil sobre a placa de papelão. Ele deve ficar imóvel. Com o rolo de espuma, pinte toda a área aberta do seu estêncil.
  6. Retire o estêncil e veja o resultado. Deixe secar.
Versão adaptada acessível

a) Com auxílio do professor ou de um colega, crie uma representação sobre o suporte do estêncil.

Observe nas imagens a técnica utilizada pelo artista Narcélio grúd.
Fotografia. 1: Destaque de uma mão desenhando o contorno de um pássaro.
Fotografia. 2: Destaque de mão passando estilete pelo contorno de um pássaro desenhado.
Fotografia. 3: Mão destacando o recorte de um pássaro da folha de papel.
Fotografia. 4: Destaque de uma mão segurando o molde vazado, em forma de pássaro, contra uma parede.
Fotografia. 5: Mão passando tinta spray sobre a parede através do molde em forma de pássaro.
Fotografia. 6: Pintura de um pássaro vermelho sobre a parede.
O artista Narcélio grúd em produção de uma pintura grafite com a técnica do estêncil, em Fortaleza Ceará , em 2018.

Avaliação

Ilustração. Ícone Diário de bordo.

Depois de realizar essa experiência, converse com os colegas sobre ela.

  1. O que vocês acharam da proposta?
  2. Que outras ideias vocês têm para usar a técnica do estêncil?
  3. Que relações vocês estabelecem entre essa experiência e a arte de rua vista nas páginas anteriores?

Aproveitem para ver os trabalhos uns dos outros e conversar sobre as ideias que vocês colocaram em prática!

Respostas e comentários

Experimentações

Façam um primeiro teste do estêncil em uma superfície simples, como um papelão, para que os estudantes conheçam a técnica. Se desejarem, vocês podem refazer a proposta em outras superfícies. Caso desejem fazer estêncil em alguma parede ou um muro da escola, será preciso solicitar a autorização da coordenação ou direção. Nesse caso, priorize o uso da tinta acrílica, que é mais resistente. Caso desejem fazer estêncil em camisetas, priorize o uso da tinta de tecido e coloque uma placa de proteção de papelão dentro da camiseta para a tinta não vazar e estragar a peça. Será preciso ter autorização dos pais para a atividade.

Ao final da atividade, peça aos estudantes que façam, no diário de bordo, o registro dessa experimentação, destacando por escrito o procedimento e aquilo de que eles mais gostaram e pelo que se interessaram durante a experimentação com o estêncil.

Procedimentos

Observe que as imagens do livro mostram a mão de um adulto cortando o estêncil com estilete. É importante ressaltar que os estudantes farão o recorte do estêncil usando uma tesoura com pontas arredondadas, conforme recomenda o passo a passo orientado na atividade proposta. As imagens ilustram como Narcélio grúdutiliza a técnica, em que o artista, para evitar o córtelateral, utiliza o estilete para recortar o estêncil.

Avaliação

Os estudantes podem ser avaliados pelo empenho na realização da atividade, pelas soluções criativas desenvolvidas, pelas possíveis colaborações com os colegas e pelas contribuições nas reflexões, em especial se conseguirem destacar pontos de conexão com as discussões prévias do livro.

Faça no diário de bordo.

Pensar e fazer arte

Ao longo desta Unidade, você entrou em contato com diferentes conteúdos: pintura mural; pintura rupestre; arte de rua. Todas elas têm em comum o uso das paredes em lugares fechados (cavernas) ou abertos (paredes e muros da cidade). Pode-se observar que, cada vez mais, o uso de espaços abertos ganha a função de, por meio da arte, levar uma mensagem à cidade e ao maior número de pessoas possível. E você, que mensagem gostaria de levar às pessoas? Se pudesse escolher uma imagem, palavra ou texto para que todas as pessoas vissem, qual seria? Nesta seção, você vai produzir cartazes com a técnica do lambe-lambe.

Orientação para acessibilidade

Caso haja, na turma, estudantes com necessidades especiais, o trabalho colaborativo em duplas ou grupos pode ser utilizado a fim de apoiá-los e garantir sua participação na vivência proposta.

Material

  • 5 folhas de papel-jornal, papel de seda ou equivalente, de tamanho A3 ou maior
  • Canetões grossos de cores variadas
  • Pincéis largos ou brochas para pintura
  • Cola branca líquida em grande quantidade
  • 1 pote de água para diluir a cola

Procedimentos

  1. Com o professor, definam um lugar da escola onde gostariam de aplicar os lambe-lambes. Pode ser na área externa ou interna do muro, em alguma parede ou em um painel móvel. Lembre-se de que intervenções artísticas como essa exigem autorização do responsável pelo espaço.
  2. Depois de definirem o local de aplicação do lambe-lambe, reúna-se com os colegas e reflitam sobre quem são as pessoas que verão esse cartaz. Quem circula nesse espaço? Que outros estímulos de imagens e objetos esse local tem que podem contribuir para a sua ideia? Que mensagem vocês gostariam de levar a essas pessoas?
  3. Depois de conversar em grupo, defina sozinho o conteúdo do seu lambe-lambe. Pode ser uma imagem, uma única palavra ou uma frase. Fique à vontade para criar com responsabilidade.
  4. Com os canetões, desenhe ou escreva sobre o papel. Observe que o papel é um pouco fino. Isso é muito importante para a etapa de aplicação/colagem do papel sobre a superfície escolhida.
  5. A próxima etapa é a aplicação do lambe-lambe. Você e os colegas poderão compartilhar a cola. Para prepará-la, dilua uma parte da cola branca líquida no pote de água. Ela não pode ficar muito consistente.
  6. Para aplicar, passe a cola com o pincel largo ou a brocha para pintura sobre a superfície em que aplicará o lambe-lambe. Aplique o cartaz. Depois, passe uma nova camada de cola.
  7. Tentem colar os cartazes de lambe-lambe próximos uns dos outros para aproveitar o espaço.
Versão adaptada acessível

a) Com o professor, definam um lugar da escola onde gostariam de aplicar os lambe-lambes. Pode ser na área externa ou interna do muro, em alguma parede ou em um painel móvel. Lembre-se de que intervenções artísticas como essa exigem autorização do responsável pelo espaço.

b) Depois de definirem o local de aplicação do lambe-lambe, reúna-se com os colegas e reflitam sobre quem são as pessoas que verão esse cartaz. Quem circula nesse espaço? Que outros estímulos de imagens e objetos esse local tem que podem contribuir para a sua ideia? Que mensagem vocês gostariam de levar a essas pessoas?

c) Depois de conversar em grupo, defina sozinho o conteúdo do seu lambe-lambe. Pode ser uma imagem, uma única palavra ou uma frase. Fique à vontade para criar com responsabilidade.

d)  Com os canetões, crie ou represente sobre o papel. O papel pode ser um pouco fino, então, tome cuidado. Isso é muito importante para a etapa de aplicação/colagem do papel sobre a superfície escolhida.

e) A próxima etapa é a aplicação do lambe-lambe. Você e os colegas poderão compartilhar a cola. Para prepará-la, dilua uma parte da cola branca líquida no pote de água. Ela não pode ficar muito consistente.

f) Para aplicar, passe a cola com o pincel largo ou a brocha para pintura sobre a superfície em que aplicará o lambe-lambe. Aplique o cartaz. Depois, passe uma nova camada de cola.

g) Tentem colar os cartazes de lambe-lambe próximos uns dos outros para aproveitar o espaço.

Avaliação

Sente-se com os colegas em frente aos cartazes lambe-lambe. Conversem sobre aqueles que mais chamam a atenção. Falem sobre as ideias que tiveram e destaquem as diferenças e os pontos em comum entre os trabalhos. Reflitam sobre as seguintes questões e registrem suas respostas em seu diário de bordo.

Ilustração. Ícone Diário de bordo.
  1. Que relações vocês fazem entre essa proposta e os temas discutidos nesta Unidade?
  2. Qual é a importância de uma técnica como essa para expressar a arte e as ideias?
  3. Que outras ideias você poderia desenvolver com a técnica do lambe-lambe? Para onde você gostaria de levá-las?
  4. Qual é a importância da arte na cidade? Qual é a relevância de levar a arte para o maior número de pessoas possível?
Respostas e comentários

Pensar e fazer arte

A técnica do lambe-lambe é utilizada por artistas para aplicar cartazes em superfícies lisas ou rugosas com agilidade. Com ela, é possível imprimir ou desenhar sobre um papel de baixa gramatura (fino), que seja poroso o bastante para que a cola o atravesse, alcançando a superfície da parede e fixando-o.

Essa atividade ocupará o tempo de, aproximadamente, duas aulas.

Lembre-se de produzir registros em vídeos ou fotografias para retomar na avaliação do bimestre. Peça aos estudantes que documentem as suas ideias, reflexões e impressões no diário de bordo.

Material

O papel A3 tem o dobro do tamanho do papel A4, ou seja, equivale a duas folhas de papel sulfite. Explique aos estudantes que o papel deve ser grande para que o desenho seja visto quando aplicado em paredes ou muros.

Além de canetões, os estudantes podem usar tinta guache, spray ou equivalente. Podem também imprimir imagens em impressoras a laser ou offset, mas nunca em jato de tinta, pois a imagem mancha ao entrar em contato com a cola. Utilize os materiais que estiverem disponíveis.

O pote para a diluição da cola pode ser de umalitro.

Procedimentos

Faça um teste com o material. Oriente os estudantes a fazer um traço com o canetão e, depois, a molhá-lo para ver se o traço borra. Em caso positivo, faça o teste com outros materiais.

Todas as etapas anteriores podem ser feitas em uma única aula. Reserve a aula seguinte para a aplicação dos lambe-lambes na superfície escolhida. Lembre-se de pedir autorização para a coordenação ou direção da escola.

A cola também pode ser preparada com polvilho, ­farinha e outros materiais naturais. Esse, aliás, é o método tradicional e mais comum de aplicação do lambe-lambe.

Lembre-se de produzir registro de todo o processo em vídeos ou fotografias para utilizar na avaliação.

Avaliação

Avalie os estudantes pela qualidade da experimentação que puderam desenvolver com os materiais que eles tinham à mão, pela colaboração durante a elaboração da proposta e aplicação dos cartazes de lambe-lambe e pelas relações que estabeleceram com os conteúdos trabalhados na Unidade. Sobretudo na etapa final da proposta, considere avaliá-los pelas interpretações que fazem sobre a dimensão pública de práticas artísticas como essa e sobre as associações com questões sociais ou percepções dos estudantes sobre o seu entorno imediato, na escola ou na cidade. Eles devem ser avaliados também pela habilidade de expressar as suas ideias e construir conexões com as suas leituras da vida social e cultural.

Faça no diário de bordo.

Autoavaliação

Ao longo desta Unidade, você se aproximou das artes visuais e conheceu diversas obras que transformaram paredes e muros em espaços de expressão. Você também entrou em contato com as representações rupestres, com as pinturas murais e com a arte do grafite. Além disso, você realizou diversas experimentações artísticas, individualmente e em grupo, como a projeção de desenhos sobre as paredes da escola, a pintura com materiais naturais, a produção de um estêncil e a produção de cartazes com a técnica do lambe-lambe.

Agora que chegamos ao final desta Unidade, é importante que você reflita sobre o que aprendeu e sobre o percurso feito até este momento. Para fazer essas reflexões, retome o seu diário de bordo. Você pode revisitar as páginas, buscando anotações e observações que contribuam para as reflexões que as perguntas a seguir suscitam.

  1. Com quais experimentações você mais se identificou e por quê? O que você faria diferente?
  2. Que usos você acredita que pode fazer dos aprendizados realizados ao longo desta Unidade?
  3. Como você se sentiu ao participar das atividades em grupo? Você tem facilidade ou dificuldade com essas proposições? Por quê?
  4. Como você se sente ao produzir os trabalhos de arte individualmente?
  5. As discussões realizadas ao longo da Unidade modificaram o seu olhar para o entorno da escola e da cidade em que você vive? Se sim, como?
  6. Os conteúdos desta Unidade modificaram a sua percepção sobre a arte? Se sim, por quê?
  7. De que fórma as atividades de pesquisa e os debates contribuíram para a ampliação dos seus conhecimentos?
  8. Você se sentiu valorizado em relação às contribuições que você pode fazer ao longo das aulas? Como acha que poderia ser mais bem acolhido? Como acredita que poderia contribuir mais?
Grafite de duas figuras de meninas de cabelos escuros usando tranças e túnicas azuis. Uma delas está de frente e apresenta pinturas e adornos sobre o rosto. A outra está de costas e tem  sobre os cabelos o desenho de um cubo vermelho e traços coloridos. Numa parede, ao fundo, entre as duas meninas, há uma janela com grades.
GLEO. [Sem título]. 2017. Pintura grafite, sem dimensões. Barcelona, Espanha. Fotografia de 2018.
Respostas e comentários

Autoavaliação

Esta seção encerra os trabalhos com a unidade temática das artes visuais no livro. Lembre-se de que, ao longo da Unidade, você teve subsídios para avaliar os estudantes. Aproveite para revisitar os objetivos de cada Tema e revisar as habilidades trabalhadas, de modo a verificar se a aprendizagem contemplou os objetos de conhecimento pertinentes ao ensino de artes visuais e outras unidades temáticas da arte.

Na abertura da Unidade, você realizou uma avaliação diagnóstica, mapeando os conhecimentos prévios, interesses e possíveis conexões entre o livro e o contexto de vida dos estudantes; ao longo das páginas, ao trabalhar com as leituras de imagem, as atividades de pesquisa, debates e experimentações artísticas, você realizou avaliações em processo, com atenção para as contribuições, as ­dúvidas, as ideias e o processo colaborativo de aprendizagem e criação entre os estudantes; nas seções Experimentações e Pensar e fazer arte, nas sugestões de pesquisa das seções Por dentro da arte e Arte e muito mais, você realizou avaliações de resultado, com foco em uma proposição específica e na articulação de saberes e procedimentos previamente trabalhados em aula para atender às orientações.

Agora, é hora de os estudantes refletirem sobre todo esse percurso de criação e aprendizagem com a arte. As perguntas feitas a eles contemplam elementos de autopercepção, de convívio e colaboração entre o grupo, de identificação ou estranhamento dos conteúdos trabalhados, da correlação entre as aulas, do imaginário cultural e do contexto social em que eles estão inseridos.

Converta esse momento em uma oportunidade para avaliar também a sua condução das proposições, identificando dificuldades ou problemas na condução que podem ser revistos e mais bem trabalhados por você no futuro.

Se possível, conduza uma revisão do diário de bordo. Revisite todos os temas trabalhados e documentados no diário de bordo para que os estudantes se lembrem de onde partiram e percebam aonde chegaram com as atividades. É preciso enunciar os aprendizados com a arte, evidenciando os conceitos, o aprendizado que se dá ao trabalhar individualmente e em grupo, os procedimentos de pesquisa apreendidos e o processo criativo que é próprio de cada um e do grupo.

Na questão b, relembre os estudantes do uso da arte de rua e do muralismo para levar mensagens sociais e educativas para o maior número possível de pessoas.

Na questão c, se possível, compartilhe também as suas observações sobre como os estudantes funcionam em grupo, destacando os pontos fortes e os pontos mais frágeis.

Na questão d, destaque que, mesmo para as propostas individuais, eles podem dialogar, contribuir para o trabalho dos colegas e compartilhar impressões.

Na questão f, crie conexões com as conversas das primeiras aulas sobre o que viram nas imagens e sobre as expectativas com as aulas de Arte.

Na questão g, elenque os procedimentos de definição do objeto de pesquisa, organização ou sistematização dos conteúdos e de apresentação ou compartilhamento dos resultados das pesquisas.

Glossário

Anonimato
: que não revela o nome.
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Transgressor
: que desafia regras e limites impostos.
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Viés
: modo de expressar ou apresentar algo.
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