Tema 3  A experiência do canto coletivo

O canto gregoriano

Na atividade proposta no final do Tema 2, você experimentou cantar com os colegas, formando um pequeno coro. Em português, os termos coro e coral são sinônimos e são utilizados para se referirem a um grupo de cantores que se apresentam juntos.

A palavra coro tem origem no termo grego córos, que significa “canto em conjunto”. Na Grécia antiga, o canto coletivo fazia parte das festas em homenagem ao deus Dionísio e, muitas vezes, era acompanhado de danças e de declamações poéticas. Observe a ânfora na fotografia e note que as pinturas feitas nela mostram um coro formado por cinco homens.

Fotografia. Espécie de vaso de cerâmica preto, com duas alças simétricas  decorado  com faixa marrom. Na faixa, ilustrações de  homens de perfil, enfileirados e segurando cajados. Eles usam chapéu pontudo, camiseta e espécie de saia curta.
Ânfora grega. 540-530 antes de Cristo. Terracota, 41,4 (altura) por 27,2 centímetros (diâmetro). Universidade de Canterbury, Nova Zelândia.

Uma das fórmas mais tradicionais de canto coral que se desenvolveu ao longo da história e ainda se mantém é o canto gregoriano, gênero musical característico dos rituais católicos.

Criado na Idade Média, o canto gregoriano recebeu esse nome em homenagem ao papa ­Gregório ih (540-604). Inicialmente, o canto gregoriano consistia em um estilo de música vocal com apenas um tipo de voz, todos os cantores cantando em uníssono, e de caráter sereno e calmo.

Esse tipo de canto em uníssono e sem acompanhamento instrumental é chamado de monodia ou monofonia.

Ouça o áudio “Canto gregoriano”.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Pintura. Homem de barbas brancas, usando coroa longa dourada e túnica branca e vermelha sob manto vermelho e dourado. Ele usa luvas vermelhas e segura um livro grosso  aberto.
ZURBARÁN, Francisco de. São Gregório Magno. 1626-1627. Óleo sobre tela, 198 por 125 centímetros. Museu de Belas-Artes de Sevilha, Espanha.

A monofonia e polifonia

Você deve ter percebido na audição desse áudio que, no canto gregoriano, há poucas variações de som: não há grandes saltos nem intervalos muito espaçados entre as notas. Por ser constituído de apenas uma melodia, o canto gregoriano é classificado como música monofônica.

Fotografia. Coral formado por homens e mulheres. Eles vestem roupas pretas e seguram partituras abertas. Eles estão em pé lado a lado sobre uma estrutura de madeira com três níveis diferentes. À frente delas há um homem de cabelo grisalho usando um traje preto que observa uma partitura aberta sobre um suporte com base de madeira.
Apresentação de coro de canto gregoriano durante celebração católica em Roma, Itália, em 2017.

Com o passar do tempo, os músicos cristãos passaram a compor músicas que reuniam mais de uma melodia, chamadas polifônicas. Nas músicas polifônicas várias vozes soam ao mesmo tempo e se combinam em diferentes melodias. Com o desenvolvimento da música polifônica, também surgiu a necessidade de a escrita musical se tornar mais precisa e o ritmo passou a ser registrado nas partituras também com mais exatidão.

Ouça o áudio “Diferença entre monofonia e polifonia” para compreender a diferença entre elas.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

  1. Ouça novamente o áudio "Diferença entre monofonia e polifonia" e responda.
    1. Qual é o instrumento musical utilizado nesse áudio? Você conhece essa música? É a mesma música que está sendo tocada de fórma monofônica e polifônica?
    2. Assim como na gravação que você escutou, cante a canção escutada com os seus colegas, explorando essas duas possibilidades: a monodia e a polifonia. Se possível, grave ambas as práticas musicais para analisar a sua produção.

O canto coral

Você aprendeu que o canto coral é realizado desde os tempos mais antigos e que a escrita (ou o registro) musical que conhecemos atualmente foi criada por pessoas que praticavam uma das fórmas mais conhecidas de canto coral: o canto gregoriano.

Ao longo dos anos, o canto coral deixou de estar vinculado apenas a celebrações religiosas e, assim, surgiram corais com repertórios e formações variados. Atualmente, existem corais que cantam, por exemplo, canções de gêneros populares, como o samba e o rock.

Em relação à sua formação, há corais que têm apenas vozes infantis, corais somente com vozes de homens adultos ou com vozes de mulheres adultas ou, ainda, corais mistos. Os corais adultos ou com vozes mistas, em geral, são divididos em quatro grupos: os contraltos, os baixos, os sopranos e os tenores. Esses grupos de vozes são chamados naipes.

Fotografia. Vários adolescentes sobre um palco vestem camiseta laranja em frente a uma plateia.
Coro infantojuvenil se apresenta em Nova York, Estados Unidos, em 2018.
Fotografia. Homens idosos de camisa branca e colete azul. Eles cantam em microfones e estão em pé lado a lado em torno de um homem idoso de cabelo grisalho de camisa azul que está sentado e toca um teclado.
Coral do Carmo do Recife se apresenta em Escada (Pernambuco), em 2017.

Um coral misto

O Coral da Universidade Federal de Mato Grosso (ú éfe ême tê) é um exemplo de coral misto. Criado em 1980, esse coral atualmente é formado por contraltos, baixos, sopranos e tenores e desenvolve um trabalho de canto com os estudantes, os professores e a comunidade do entorno da universidade.

Dirigido pela regente e professora desde 1989, esse coral apresenta em seu repertório peças sinfônicas e música erudita, popular e regional.

Fotografia. Sobre um palco de madeira clara, homens e mulheres em pé, vestindo calças e blusas brancas, formando um semicírculo. No centro, de frente para as pessoas,  uma mulher de cabelo loiro vestindo camisa e calça preta rege o coral. No meio do palco, um microfone em um pedestal.
Dôrit Kólin rege o Coral da Universidade Federal de Mato Grosso (ú éfe ême tê), em Cuiabá (Mato Grosso). Fotografia de 2018.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

1. Acompanhado de um adulto, pesquise, em seu bairro e em lugares que você frequenta, locais em que, em geral, as pessoas cantam juntas (igrejas, praças, shows) e que tipo de música elas gostam de cantar. Depois, compartilhe suas descobertas na data agendada pelo professor.

Artista e obra

Fotografia. Mulher de óculos e de cabelo castanho, vestindo blusa preta e usando um colar. Ela segura uma haste de madeira e gesticula com as mãos.
rege o Coral da ú éfe ême tê e orquestra em apresentação do concerto Carmina Burana, de carl , em Cuiabá (Mato Grosso), em 2017.

Na página anterior você viu uma fotografia de regendo o Coral da ú éfe ême tê. nasceu em São Leopoldo (Rio Grande do Sul) e se graduou em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (u éfe érre gê ésse). Além de ser a regente desse coral, é professora na ú éfe ême tê. A seguir, você vai ler uma entrevista de .

Entrevistador: , fale um pouco do coral que você rege atualmente: o estilo, os cantores e as apresentações.

Dorit Kolling: Atualmente sou regente do Coral da ú éfe ême tê, um grupo formado por alunos, professores, servidores técnicos, pessoas da comunidade em geral de Cuiabá e Várzea Grande, município vizinho à capital. Desenvolvemos um repertório variado, que vai do regional, passando pelo popular, pelo erudito e também sinfônico, que fazemos em conjunto com a Orquestra Sinfônica da ú éfe ême tê. O coral realizou inúmeros concertos e já participou de diversos encontros e festivais de coros em diversos estados do Brasil, além de cidades do Uruguai, da Argentina e do Paraguai.

Entrevistador: Qual é a importância da regência para o coral?

Dorit: Entendo que o regente é o líder que assume a função de mentor, não apenas técnica, mas também artisticamente, que necessita de condições para fazer prosperar a ‘ideia’ de desenvolver um trabalho coral. O regente deve ‘provocar/extrair’ dos cantores o elemento expressivo de cada um, o que resultará na expressividade do grupo todo, não ‘apagando’ as singularidades de cada voz, mas sim construindo o som coral desejado a partir da multiplicidade de timbres e ‘cores vocais’.

Entrevistador: O que alguém que queira reger um coral precisa saber?

Dorit: Robert L. , um importante autor e maestro que referencio em minhas aulas, afirma que o regente coral é, em primeiro lugar, um administrador, em segundo, um professor e, finalmente (e não menos importante), um regente. Assim, considero importante que, na formação e estudo de um regente, ele se dedique a essas áreas [mencionadas anteriormente]. A regência, no meu entender, é uma arte de múltiplas faces que necessita de um complexo trabalho de preparação. Além dos conhecimentos musicais gerais e de uma formação específica, o regente coral deve possuir características próprias de um ‘líder’, para dinamizar de modo conveniente o grupo, conduzindo-o firmemente para alcançar o objetivo proposto, que é o de se expressar por meio da música vocal.

Continua

Continuação

Entrevistador: O regente coral também pode reger outros tipos de agrupamentos musicais, como bandas e orquestras?

Dorit: O regente coral, se tiver formação, pode sim reger outros agrupamentos musicais como bandas e orquestras. No entanto, sempre é importante frisar que o estudo constante e a pesquisa são importantes em qualquer área. Cada tipo de agrupamento (coral, orquestra, banda) possui especificidades, e o regente, para que tenha êxito ou sucesso em seu trabalho, precisa conhecer e estudar essas características. Por exemplo: para um regente coral, além dos conhecimentos específicos de música, da técnica de regência, precisa conhecer a voz humana, pois ele trabalha diretamente com esta especificidade. Já o regente de orquestra precisa conhecer os instrumentos musicais e suas particularidades.

Entrevistador: Como você se prepara para os ensaios?

: O ensaio coral é o momento em que podemos estimular, nos coralistas, capacidades associadas à inteligência, à sensibilidade, à percepção auditiva, à capacidade vocal e ao senso rítmico. Paralelamente, o ensaio deverá dar prazer e relaxamento a cada coralista. Por isso, a preparação minuciosa do regente é de fundamental importância. O regente deve levar em consideração que um coral, em sua maioria, reúne pessoas de diversas características, interesses, habilidades e opiniões.

Entrevistador: Caso alguém queira cantar em um coral, o que essa pessoa precisa saber para participar?

Dorit: Cantar em coro traz consigo algumas premissas importantes. Inicialmente, pensamos em participar de um coro pela atividade musical vocal em si. No entanto, há muitas outras premissas e motivações que fazem com que pessoas queiram participar de um coro, por exemplo: a convivência social, o sentido de coletividade, a possibilidade de fazer novos amigos; o que reflete a função social da atividade coral, uma vez que é uma atividade integrativa e cooperativa; a função de expressão emocional da música, uma vez que se trabalha a sensibilidade, a liberação de emoções e sentimentos; a função de comunicação, uma vez que nos utilizamos da música, da canção, para expressarmos algo. [Mas] [...] penso que, acima de tudo, o principal requisito para uma pessoa participar de um coral é a vontade, o compromisso e gostar de música.

Entrevistador: Dorit, você teria alguma dica para os jovens que têm interesse em se tornarem regentes ou musicistas?

Dorit: Bem, penso que, assim como para qualquer área profissional, o jovem deve associar o interesse pela área (paixão, gosto, vontade) e o estudo. Tendo em vista essas duas vertentes, o jovem deve dedicar-se para que, com estudo e dedicação, possa se realizar profissionalmente e, no nosso caso, musical e artisticamente. Escolha cursos, escolas e/ou professores de referência, busque sempre participar de grupos musicais, ouça música, vá a concertos e apresentações. Invista em bons instrumentos, materiais e equipamentos.”

Entrevista concedida especialmente para esta Coleção, em junho de 2018.

A escrita musical

Em suas prováveis origens e durante muito tempo, as músicas estiveram associadas a rituais diversos e eram transmitidas oralmente de uma geração à outra, apoiadas apenas na memória coletiva. Nesse momento, não havia a preocupação de que essa transmissão se realizasse de maneira precisa em termos de alturas e durações dos sons, uma vez que a função da música era apenas acompanhar esses rituais.

Com o passar do tempo, porém, teve início, em algumas culturas, a preocupação com fixar e transmitir de modo mais preciso os sons. Para facilitar a transmissão dos conhecimentos musicais, os seres humanos, em determinadas partes do mundo, passaram a criar fórmas de registrar os sons que ouviam ou imaginavam para, posteriormente, poder reproduzi-los.

Na Antiguidade, diferentes povos utilizaram fórmas variadas de registrar os sons. Os gregos, por exemplo, usavam letras do alfabeto para fazer esse registro. Ao longo da história, no entanto, foram sendo desenvolvidas fórmas mais complexas de registro musical.

Por volta do século nove, na Europa, monges que praticavam o canto gregoriano decidiram inserir pequenos sinais gráficos sobre o texto para indicar as variações de altura da música. Esses sinais eram chamados neumas. Depois de algum tempo, os sinais passaram a ser incluídos sobre linhas horizontais. Observe um exemplo desse registro na imagem reproduzida a seguir.

Fotografia. Partitura em papel amarelado com notas musicais e palavras em latim.  Em destaque, as palavras “Dilarare fune”.
Registro musical do século doze. Biblioteca Nacional da França, Paris, França.

A partitura

Os sinais criados pelos monges para representar as notas musicais deram origem, após várias transformações, à partitura, registro manuscrito ou impresso utilizado atualmente. Nas partituras, as notas musicais são representadas por sinais gráficos desenhados sobre cinco linhas horizontais e os espaços entre elas. Essas linhas formam um pentagrama ou pauta musical. As notas mais graves ficam nas linhas mais baixas e as notas mais agudas, nas linhas mais altas do pentagrama.

A partitura, assim como um texto, deve ser escrita e lida da esquerda para a direita. Observe o exemplo a seguir e ouça o áudio "Notas musicais".

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Ilustração. Pentagrama musical com uma clave de sol e cinco linhas  horizontais divididas em oito conjuntos de espaços separados por linhas verticais. Há indicações sequenciais das notas da escala musical, que se iniciam abaixo das linhas e vão até o segundo espaço horizontal antes do topo, e abaixo estão escritos os nomes das notas correspondentes:  dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, e dó.

No início de toda partitura existe um símbolo que indica uma nota de referência a partir da qual as demais alturas serão fixadas na pauta e receberão um nome (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si). Esse símbolo se chama clave e se localiza do lado esquerdo da partitura. A mais utilizada é a clave de sol, destacada na imagem a seguir.

Ilustração. Pentagrama musical com uma clave de sol e cinco linhas horizontais divididas em oito conjuntos de espaços separados por linhas verticais. Há indicações sequenciais das notas da escala musical, que se iniciam na segunda linha e vão até o espaço horizontal acima do topo, e abaixo estão escritos os nomes das notas correspondentes: sol, lá, si, dó, ré, mi, fá e sol. Em destaque, a clave de sol.

Outras informações que constam de uma partitura são o título da música, o nome do compositor, a indicação do instrumento musical e o andamento, ou seja, a velocidade em que a música deve ser tocada. Observe essas informações na partitura reproduzida a seguir.

Ilustração. Pentagrama musical com uma clave de sol e cinco linhas  horizontais divididas em oito conjuntos de espaços separados por linhas verticais. À esquerda da clave de sol há a indicação 'Piano', e acima, 'lento' e as notações # e os números 2 e 4 dispostos um acima do outro. Em seguida, há outros símbolos e notas musicais. Acima há o título da canção, 'Luar do sertão', e o nome do compositor, 'Catulo da Paixão Cearense'.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

  1. Agora que você conheceu alguns aspectos da partitura, que é uma fórma de registro musical convencional, vai ter a experiência de realizar um registro musical mais livre. Esse registro se chama audiopartitura.
    1. Com a orientação do professor, ouça uma música com os colegas.
    2. Procure fazer um registro gráfico em seu diário de bordo que possibilite lembrar elementos sonoros marcantes. Esse registro é livre e pode ser feito tanto por meio de desenhos figurativos quanto por sinais inventados, por exemplo.
      Ilustração. Ícone Diário de bordo.
    3. Depois, compartilhe o seu registro com os colegas, mostrando para eles como os elementos desenhados por você remetem aos sons ouvidos.

Artista e obra

Birds on the wires

Em 2009, o músico e publicitário Jarbas Agnelli usou recursos digitais para compor a música Birds on the wires (Pássaros nos fios, em português). Para criar essa obra, ele usou como referência uma fotografia de pássaros sobre fios de alta tensão, que ele viu em um jornal e que o remeteu à imagem de uma partitura. Observe a seguir uma reprodução dessa fotografia.

Fotografia. Vista de céu azul com nuvens brancas. Em primeiro plano, cinco fios elétricos e pássaros pousados neles, semelhantes a notas musicais em um pentagrama.
Fotografia de Paulo Pinto publicada no jornal O Estado de São Paulo, em 2009.

Nesse mesmo dia, Jarbas Agnelli decidiu transformar a fotografia em música e criou uma melodia com base na posição dos pássaros nos fios. Ele desejava ouvir a melodia que os pássaros estariam “criando” no momento daquela fotografia.

Birds on the wires integrou, em 2014, o Festival Internacional da Linguagem Eletrônica (File), um importante evento de “arte e cultura digital” realizado no Brasil.

Observe a seguir uma reprodução do trecho inicial da partitura.

Ilustração. Pentagrama musical com uma clave de sol e cinco linhas horizontais divididas em oito conjuntos de espaços separados por linhas verticais. À direita da clave de sol há uma notação com os números 4 e 4 dispostos um acima do outro e notas musicais.
Trecho inicial da partitura criada por Jarbas Agnelli com base na fotografia de Paulo Pinto.

Por dentro da arte

Pautas musicais ilustradas

Os ilustradores russos Alêquissei e trabalham juntos em uma série de desenhos feitos sobre partituras musicais.

Nesse trabalho, Alexei e Lena ilustram cenas coloridas do cotidiano que, ao se confundirem com os elementos musicais que há originalmente na partitura (notas musicais, claves, linhas, entre outros), ganham uma nova dimensão compondo imagens divertidas e inusitadas.

Ilustração. Vista de partitura musical com notas musicais. Entre as linhas há diversas figuras de pessoas praticando atividades físicas. Na primeira fileira há figuras de pessoas que pulam e fazem ginástica rítmica. Na segunda linha, figuras de pessoas caminhando e lutando boxe. Na terceira linha, figuras de pessoas se equilibrando e erguendo pesos. Na quarta linha, figuras de pessoas que posam para fotografia, exibindo músculos e levantando pesos. Na quinta linha, figuras de pessoas fazendo exercícios físicos com instrumentos como cordas e suportes para ginástica. Na quinta linha, figuras de pessoas em atividades de trapézio. Na sexta linha, figuras de pessoas levantando pesos e pneus de trator. Na última linha, figuras de pessoas levantando peso e praticando corrida. No final desta linha, à direita, figuras de pessoas em um pódio.
, Alêquissei; , Lena. Partitura 11: Crossfit. 2011. Ilustração.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

  1. Inspirado na obra de Alêquissei e Lena, siga as instruções a seguir e as orientações do professor.
    1. Selecione uma música que você escuta frequentemente em qualquer atividade do seu cotidiano fóra da escola.
    2. Tire fotografias (selfies) ou faça desenhos para criar um vídeo curto, utilizando essa música como trilha sonora e as imagens que você criou como material visual.
    3. Apresente a sua produção na data pré-estipulada.

Faça no diário de bordo.

Experimentações

 

 Com a orientação do professor, reúna-se com os colegas de turma. Vocês vão participar de uma atividade de canto coletivo. Para isso, sigam as instruções a seguir.

  1. Fiquem em pé e em silêncio. Orientados pelo professor, vocês vão pressionar com os dedos indicador e médio de uma das mãos o local do pescoço no qual se localiza a artéria carótida. Vocês vão sentir com os dedos as “batidas” (pulsação) do coração pelo período de um minuto.
  2. Depois, caminhem pela sala de aula. Essa caminhada deve seguir o ritmo da pulsação de seu coração. Vocês conseguem perceber que o ritmo da caminhada de alguns colegas é diferente do ritmo da sua caminhada? Em caso afirmativo, descrevam essas diferenças.
  3. Quando o professor solicitar, formem uma roda. O professor agora vai criar alguns ritmos. Vocês vão acompanhar esses ritmos batendo palmas ou estalando os dedos.
  4. Depois, o professor vai produzir um som usando a boca. Esse som deve ser imitado por todos os integrantes da roda. Cada um pode sugerir um som diferente a ser imitado pelo grupo.
  5. Agora, para finalizar esta atividade, vocês vão escolher uma canção que todos (ou a maioria) conheçam. Vocês vão cantar todos juntos, em roda, a canção escolhida, marcando o ritmo com os pés ou batendo palmas. Lembrem-se de respirar com tranquilidade e de deixar os braços soltos ao lado do corpo nesta atividade de canto. Ouçam a voz dos colegas enquanto vocês cantam e procurem perceber quais têm a voz mais grave e quais têm a voz mais aguda.
  6. Ao final da atividade, depois de terem cantado a canção, conversem com o professor e os colegas sobre como foi a experiência de cantarem juntos.

Avaliação

Ilustração. Ícone Diário de bordo.

Para finalizar esta atividade, reflita sobre o aprendizado que obteve ao longo deste Tema. Depois, responda à questão a seguir.

a. Durante a realização da atividade, você percebeu diferenças e semelhanças entre as vozes dos integrantes de seu grupo? Escreva no diário de bordo o nome dos colegas de seu grupo que parecem ter a voz mais grave e o nome daqueles que parecem ter a voz mais aguda. Depois, você vai compartilhar essas respostas com os colegas, verificando se eles tiveram a mesma percepção que você teve. (Se vocês tiverem realizado algum tipo de registro no diário de bordo durante a atividade, podem recorrer a ele para responder a esta questão.)

Ilustração. Ícone Diário de bordo.

Faça no diário de bordo.

Pensar e fazer arte

 Durante esta Unidade, você foi convidado a experimentar práticas musicais vocais e de percussão corporal associadas à performance musical coletiva. Agora, está na hora de ampliar as apresentações em sala de aula para o restante do contexto escolar, produzindo um show de talentos vocais na sua escola. Com seus colegas, sigam as instruções a seguir e as orientações do professor.

  1. Verifiquem a possibilidade de datas e locais em que seja possível realizar esse evento.
  2. Façam uma pesquisa com os membros da comunidade escolar para saber quem possui alguma prática vocal individual ou coletiva (canta em uma banda, sozinho ou em um coral) e convide-o a participar de um show de talentos.
  3. Após a confirmação e a organização dos participantes, desenvolvam meios de divulgação para a formação de público. Podem ser criados cartazes ou pode ser realizada uma divulgação digital. Lembre-se de confeccionar materiais atrativos para chamar a atenção da plateia. Considere também convidar os familiares e os moradores do entorno da sua escola.
  4. No dia do evento, se possível, registre as apresentações em vídeo e divulgue nas plataformas digitais da sua escola.
Ilustração. Quatro adolescentes lado a lado vestem camiseta branca e bermuda azul e seguram partituras abertas com notas musicais vermelhas na capa. Da esquerda para direita: menina de cabelo preto; menino de cabelo castanho; menino de cabelo preto; menino de cabelo castanho, sentado em uma cadeira de rodas. Acima deles há notas musicais coloridas que flutuam em um pentagrama ondulado.

Faça no diário de bordo.

Autoavaliação

Ao longo desta Unidade, você conheceu mais alguns outros aspectos da linguagem musical.

Durante esse estudo, você foi apresentado a alguns instrumentos de percussão, teve a oportunidade de conhecer alguns grupos musicais que utilizam o corpo e alguns objetos do cotidiano para criar suas músicas.

Você também teve a oportunidade de criar e experienciar improvisações utilizando vozes e sons corporais, e teve contato com a classificação das vozes.

Conheceu ainda diferentes estilos de música e aprendeu noções da escrita musical. Você também conheceu uma partitura ilustrada e teve a oportunidade de realizar um registro musical livre.

Além disso, experimentou a realização de atividades de canto que o levaram a ter contato com esses conhecimentos em diferentes situações.

Todo esse aprendizado é muito importante para desenvolver o modo como você se relaciona com a linguagem musical em contextos variados.

Agora que chegamos ao final desta Unidade, é importante que pense nesse aprendizado e no percurso que realizou até este momento.

Reflita e responda em seu diário de bordo às questões a seguir.

Ilustração. Ícone Diário de bordo.
  1. Cite a proposta desta Unidade de que você mais gostou. Mencione também a proposta que mais o ajudou a compreender a linguagem musical. Justifique sua escolha.
  2. Descreva o que você achou da experiência de participar das atividades de canto. Depois, compartilhe sua resposta com o professor e os colegas.
  3. Ao chegar ao fim desta Unidade, você considera que esse estudo mudou a maneira como você aprecia a música? Em caso afirmativo, explique como.
  4. Após ter estudado esta Unidade, reflita sobre o que poderia ajudá-lo a saber mais sobre música.
  5. De que modo os aprendizados da Unidade contribuíram para aprofundar a sua relação com as músicas das quais você gosta?
  6. A partir dos aprendizados e experiências da Unidade, como você acha que a música pode estar mais presente no espaço escolar?
  7. Você acha que a música o ajuda a pensar a sua vida em um sentido mais amplo? Se sim, por quê?