Unidade 3  Música e sociedade

Fotografia. Vista de um palco que imita um pátio de terra e pedras cercado por vegetação com céu ao fundo. A cena está permeada em tons terrosos escuros. Em primeiro plano, um homem de cabelo curto, com colete marrom e calça está de pé. À frente dele, de costas, está ajoelhada uma mulher de cabelo longo escuro e vestido laranja. 
Em segundo plano, há homens e mulheres com roupas em tons de marrom, laranja e vermelho sentados em semi círculo, espalhados pelo pátio, observando a cena. HÁ também a silhueta de alguns indígenas, vestindo  uma especie de tecido em tons terrosos cobrindo a parte inferior do tronco. Ao fundo, à esquerda, há uma grande cruz de madeira e um sino atrás das pessoas.
Cena da ópera O escravo, de Carlos Gomes, no Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), em 2016.

Nesta Unidade:

TEMA 1 A música e os temas nacionais

TEMA 2 A brasilidade de Heitor Villa-Lobos

TEMA 3 Uma exaltação ao Brasil

TEMA 4 Uma “ópera” popular

De olho na imagem

Fotografia. Palco que imita pátio de terra e pedra. Em primeiro plano, uma mulher de cabelo longo preto, com vestido em tom de rosa, e um homem de cabelo curto preto, com casaco, calça e botas pretos. Eles estão ajoelhados no chão, um de frente para o outro. A cena é escura, como se fosse noite. Do lado esquerdo há um grande sino suspenso sobre pedras, organizadas como se fossem um altar. Do lado direito há tigelas e vasos de barro. Ao fundo, cenário de vegetação.
O tenor Fernando Portari e a soprano Adriane Queiróz em cena da ópera O escravo. Rio de Janeiro (RJ), 2016.

Faça no diário de bordo.

  1. Observe esta fotografia e a da abertura da Unidade. As imagens mostram cenas da apresentação de uma ópera. O que você sabe sobre óperas?
  2. Você já assistiu a alguma apresentação de ópera?
  3. Ao observar novamente as fotografias, você consegue identificar o período (a época) em que o enredo dessa ópera acontece?
  4. Sabendo o momento histórico em que a ópera é contextualizada e vendo os figurinos dos cantores, o que você poderia dizer sobre os tipos de personagem interpretados nessas cenas?
  5. O que você sabe a respeito do período representado nessa apresentação de ópera?
  6. Por que o autor dessa ópera teria escrito, em 1889, uma obra que retrata aspectos do processo de colonização do Brasil?
  7. Ouça o áudio “Trecho da abertura da ópera O escravo, de Carlos Gomes”. Quais instrumentos você identifica nesse áudio?

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

8. Que título daria ao trecho da ópera que você ouviu?

Versão adaptada acessível

3. Com base na descrição das fotografias, você consegue identificar o período (a época) em que o enredo dessa ópera acontece?

Artista e obra

Carlos Gomes

A ópera O escravo foi composta por Antônio Carlos Gomes (1836-1896), um dos mais importantes músicos eruditos do Brasil. Ele nasceu em Campinas (São Paulo) e desde cedo demonstrou interesse por música. Sua primeira influência veio do pai, o músico Manuel José Gomes (1792-1868), que realizava as cerimônias cívicas desse município.

Após estudar no Imperial Conservatório de Música, no Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Carlos Gomes dedicou-se à produção de óperas. Ele também estudou em Milão, Itália, onde produziu sua mais famosa ópera, O guarani, em 1870.

Carlos Gomes foi um dos primeiros músicos eruditos brasileiros a ter sua obra amplamente reconhecida na Europa.

A música operística de Carlos Gomes foi muito influenciada pelo estilo romântico das óperas italianas, ainda que tratasse de muitos temas nacionais, como é o caso da ópera O escravo, mais conhecida, inclusive no Brasil, pelo título em italiano (Lo schiavo).

Além de O guarani e O escravo, Carlos Gomes compôs diversas outras óperas, entre elas A noite do castelo (1861) – sua primeira ópera –, Fosca (1873) e Colombo (1892).

Pintura. Retrato em tons de sépia de um homem de cabelo médio ondulado e bigode espesso, com camisa, gravata, colete e paletó. Ele olha para a direita.
Carlos Gomes. 1880. Litografia, 38,1 por 30,4 centímetros. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).
Fotografia. Imagem em tons escuros. Vista de um palco com vários homens de roupa preta em semicírculo. No centro, em primeiro plano, uma mulher com blusa e sobretudo vermelhos e calça preta. Alguns homens apontam o dedo para a mulher. Ao fundo, cenário cinza com palavras em letras maiúsculas.
A soprano Nadja máikol (ao centro) interpreta a protagonista da ópera Fosca, de Carlos Gomes, em São Paulo (São Paulo), em 2016.

Tema 1  A música e os temas nacionais

A identidade nacional na obra de Carlos Gomes

Ao longo do século dezenove, os ideais do Romantismo influenciaram a produção de artistas brasileiros de diferentes linguagens. Na Unidade 1, você aprendeu que nas artes visuais, por exemplo, os artistas desse período tiveram como referência a identidade nacional ao criar suas obras artísticas.

Carlos Gomes foi um dos principais músicos brasileiros influenciados pelo Romantismo. Além de O escravo, ópera que aborda a escravidão indígena, outra obra de caráter nacionalista de Carlos Gomes é O guarani. Ele compôs as músicas dessa ópera e o libretoglossário foi produzido por Antônio Scalvini (1835--1881) e Carlo D’Ormeville (1840-1924).

Ilustração. Capa de partitura. Na parte superior, o título: Il Guaran. No centro, vegetação que forma um arco sobre um casarão e pessoas andando em um pátio aberto ao fundo. No chão, aparecem um arco, uma flecha e um instrumento musical.  Abaixo, o nome do autor: A. Carlos Gomes.
Reprodução da capa da partitura da ópera O guarani, em seu lançamento em 1870, na Itália. Acervo Ernesto Nazaré – Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

1. Ouça o áudio “Trecho da abertura da ópera O guarani, de Carlos Gomes”. Depois, responda: você já tinha ouvido essa música? Em caso afirmativo, se lembra do local em que a ouviu? Comente com os colegas.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

2. Imagine que você é o compositor de uma ópera e vai criar o cartaz da estreia, assim como no exemplo da obra do compositor Carlos Gomes. Inicialmente, escolha o tema e o nome da sua ópera e, em seguida, desenvolva o seu cartaz. Cole sua produção em seu diário de bordo.

Ilustração. Ícone do diário de bordo.
Versão adaptada acessível

2. Imagine que você é o compositor de uma ópera e vai criar o cartaz da estreia, assim como no exemplo da obra do compositor Carlos Gomes. Inicialmente, escolha o tema e o nome da sua ópera e, em seguida, crie o seu cartaz. Anote os detalhes da sua produção em seu diário de bordo.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha (1867-1924) e pelo prefeito Sousa Aguiar (1855-1935) em 14 de julho de 1909 e é considerado uma das principais casas de espetáculos da América do Sul.

O dramaturgo Arthur Azevedo (1855-1908) foi o principal apoiador da ideia da criação de um teatro nacional, mas morreu meses antes de sua inauguração. Seu projeto arquitetônico foi inspirado na Ópera de Paris. A partir da década de 1930, passou a contar com seus próprios corpos artísticos – Orquestra Sinfônica, Coro e Balé. Atualmente, o teatro possui 2.252 lugares.

A montagem da ópera O escravo, retratada na abertura da Unidade, foi realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 2016, para celebrar os 180 anos de Carlos Gomes.

Fotografia. Fachada de uma construção de arquitetura clássica, de dois andares, com colunas cilíndricas e janelas e portas largas. Há vitrais e detalhes dourados em torno do telhado. Ao fundo,  prédios.
Fachada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro (Rio de Janeiro). Fotografia de 2016.
Fotografia. Vista do interior de um teatro luxuoso, com muitos detalhes dourados. No lado esquerdo, há os assentos da plateia, que são vermelhos e estão dispostos à frente do palco e também em balcões, totalizando três níveis. O palco é retangular e tem uma grande cortina vermelha ao fundo. Na frente do palco, em um piso um pouco abaixo do palco, há cadeiras posicionadas em  três fileiras paralelas, de frente para os assentos da plateia.
Interior do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro (Rio de Janeiro). Fotografia de 2012.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

  1. Identifique na imagem do interior do teatro o espaço da orquestra. Você sabe o nome desse espaço?
  2. Seguindo as orientações do professor, em data agendada, você apresentará uma maquete de um teatro de ópera, com palco, fosso e plateia. Aproveite para incorporar no palco elementos de um eventual cenário. Você pode usar materiais diversos, como caixas de sapato, retalhos de tecido, potes de plástico, latas de alumínio e isopor.
Versão adaptada acessível

1. Identifique na descrição da imagem do interior do teatro o espaço da orquestra. Você sabe o nome desse espaço?

O Guarani

A ópera O guarani teve como referência o romance de mesmo título do escritor José de Alencar (1829-1877). Dividida em quatro atos, O guarani narra a história de amor entre a jovem Cecília, filha de um colonizador português, e o indígena guarani Peri e se passa no Brasil, em 1560. Essa ópera retrata o início do processo de colonização do Brasil e aborda questões como a dizimação dos povos indígenas pelos colonizadores e as disputas econômicas entre Portugal e Espanha.

Observe, a seguir, imagens de uma montagem da ópera O guarani.

Fotografia. Homens e mulheres representam uma cena teatral na qual um homem de cocar colorido, com rosto pintado e túnica longa laranja com os braços estendidos, é observado por homens e mulheres que vestem túnicas brancas com desenhos geométricos e linhas. Ao fundo, parede azulada com pintura de vegetação em branco.
Cena de montagem da ópera O guarani. No centro, o baixo-barítono Lício Bruno interpreta a personagem Cacique. São Paulo (São Paulo), 2011.
Fotografia. Cena de uma peça na qual homens e mulheres interpretam indígenas. À esquerda, uma mulher de cabelo escuro comprido, rosto pintado e  vestido azul-claro olha para o homem à direita. O homem usa cocar e camiseta e calça na cor bege. Ele também tem o rosto, os braços e as pernas cobertos com pinturas indígenas. Ao fundo, mulheres estão sentadas em frente a uma parede esverdeada com pintura de vegetação.
A soprano Edna D’Oliveira e o tenor Marcelo Vanucci em montagem da ópera O guarani. São Paulo (São Paulo), 2011.

Arte e muito mais

O Romantismo na literatura

O Romantismo manifestou-se em diferentes áreas. Na literatura, destacou-se pela valorização dos elementos nacionais e de um sentimento de brasilidade. Considerado o precursor do Romantismo literário no Brasil, o escritor Gonçalves de Magalhães (1811-1882) é o autor de Suspiros poéticos e saudades. Escrito no século dezenove, esse livro foi considerado a primeira obra da literatura romântica no Brasil, na qual Gonçalves de Magalhães propunha o resgate da história e da cultura brasileiras.

O escritor Castro Alves foi um dos mais populares poetas brasileiros. Ligado ao movimento abolicionista, ele compartilhava com os intelectuais de sua época um sentimento humanitário em relação aos sofrimentos dos africanos escravizados e escreveu poemas de forte apelo social.

Fotografia em preto e branco. Retrato de homem de cabelo curto ondulado e bigode, vestido com camisa, colete e paletó.
Castro Alves, cêrca de 1870. Fotografia de Alberto rênchê. Coleção particular.

O Romantismo não influenciou apenas um grupo de poetas brasileiros do século dezenove. É possível observar elementos românticos na produção de grandes romancistas, como o escritor José de Alencar.

Os romancistas brasileiros dessa época dedicaram-se ao projeto de construção da identidade nacional. Esses autores escreveram obras que tinham características românticas, por exemplo o profundo sentimento nacionalista.

Seguindo a tendência de valorização da identidade nacional, José de Alencar se dedicou a escrever romances em que os indígenas são retratados de modo idealizado. É o que ocorre em O guarani (1857), que, como você leu, foi a referência para o músico Carlos Gomes criar a ópera homônima (ou seja, de mesmo título).

Fotografia em preto e branco.  Retrato de homem de óculos, cabelo curto e barba, com camisa, gravata, colete e paletó. A mão direita repousa sobre o joelho e o homem segura uma bengala com a outra mão.
José de Alencar. Local e data desconhecidos.

Faça no diário de bordo.

Ícone. Tema Contemporâneo Transversal. Multiculturalismo.

Com orientação do professor, faça uma pesquisa sobre as críticas à representação dos indígenas no Romantismo, que é considerada idealizada e pouco atenta aos conflitos da colonização por muitos especialistas e artistas indígenas. Depois de pesquisar conteúdos sobre esse tema, escreva um texto em seu diário de bordo, analisando a crítica ao Romantismo e destacando os principais pontos dessa crítica. Você deverá identificar as diferenças entre as ideias da época e as reflexões atuais sobre a representação dos indígenas nas artes.

A ópera

Acredita-se que a ópera, da maneira como a conhecemos hoje, tenha sido produzida pela primeira vez no final do século dezesseis, por compositores renascentistas italianos que buscavam resgatar o teatro grego da Antiguidade, no qual a música fazia parte das apresentações.

Esses compositores passaram a produzir obras que, além de cantadas, eram representadas. Um dos compositores mais importantes desse período foi Claudio Monteverdi (1567-1643). Monteverdi é autor de Orfeu (1607), considerada uma das primeiras e mais importantes óperas da história. Essa peça foi criada com base em um mito grego e narra a história de Orfeu, um homem que foi ao reino dos mortos para resgatar sua amada, Eurídice. O libreto dessa ópera foi escrito por Alessandro Striggio, o Jovem (cêrca de 1573-1630).

As personagens de uma ópera podem ser interpretadas por mulheres e por homens. A atribuição dos papéis deve respeitar a classificação das vozes dos intérpretes, de acordo com a altura da voz. É importante lembrar que, em música, a altura não se refere ao volume do som, mas ao fato de um som ser mais grave ou mais agudo, definindo a tessitura vocal de cada pessoa. A tessitura vocal diz respeito ao conjunto de notas que um cantor ou instrumento vocal é capaz de emitir com certa qualidade sonora, ou seja, com um timbre limpo, com o contrôle de volume e com as possibilidades de nuances expressivas.

Na fotografia reproduzida a seguir, o barítono húngaro-romeno Iúla Orênd interpreta Orfeu, e a soprano britânica Méri Bevan interpreta Eurídice, em uma montagem da ópera Orfeu realizada em 2015, em Londres, no Reino Unido.

Fotografia. Apresentação teatral. Em primeiro plano, palco com homem de cabelo curto preto, com camiseta e calça claras, ajoelhado,  com a boca aberta em um grito. Ele segura nos braços uma mulher de cabelo longo claro, com um vestido branco.
Iúla Orênd e Méri Bévan em apresentação da ópera Orfeu, em Londres, Reino Unido, em 2015.

Carmen

Uma das óperas mais conhecidas em todo o mundo é Carmen (1873-1874), composta pelo francês Jórgi Bizê (1838-1875). Essa ópera se baseou em um romance de mesmo título, do escritor francês Prrospér Marrimê (1803-1870). Bizet compôs as músicas, e o libreto foi produzido por Anrrí Meláqui (1830-1897) e Ludivíqui Aleví (1834-1908).

Ambientada em Sevilha, na Espanha, no século dezenove, a ópera Carmen representa a história de amor entre Carmen e o soldado do exército espanhol Dom José. A descrição dos ambientes e das personagens por meio da composição musical é uma das características mais marcantes dessa obra. Os protagonistas são interpretados por uma meio-soprano (mezzo-soprano), que dá vida a Carmen, e por um tenor, que interpreta Dom José.

Embora Carmen seja uma das óperas mais conhecidas e executadas, ela não fez sucesso em 1875, ano de sua estreia, e foi considerada um insulto à moral da época. As personagens foram julgadas inadequadas para o palco, além de sua estrutura musical ter sido vista como inovadora em excesso. Três meses após a estreia da peça, o compositor Jórgi Bizê faleceu, sem ter conhecido o sucesso que sua obra alcançaria.

Fotografia. Mulher de cabelo preso por um véu preto, vestindo um vestido longo preto. Atrás há um homem de cabelo curto castanho, vestindo camiseta, calça e um sobretudo marrom
O tenor Álequissânders Antonênko e a meio-soprano Anita Rêichivélichivíli em cena da ópera Carmen, de Jórgi Bizê, em Nova York, Estados Unidos, em 2014.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

1. Ouça o áudio “Trecho da ópera Carmen , de Jórgi Bizê”. Depois, responda às questões.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

a) Você consegue imaginar que personagem está sendo representada pela intérprete dessa música? Explique. b) Consegue perceber que os instrumentos que acompanham a cantora marcam um certo ritmo? A que tipo de música você acha que esse ritmo remete?

A orquestra

As apresentações de ópera, em geral, são acompanhadas de uma orquestra. Você já assistiu à apresentação de alguma orquestra?

A orquestra é composta de um grupo misto de instrumentistas (músicos) que tocam diferentes instrumentos musicais. Existem orquestras de vários tipos. As mais completas, em que se toca um número maior de instrumentos, são chamadas orquestras sinfônicas ou filarmônicas. As orquestras que têm um número menor de instrumentos são chamadas orquestras de câmara. As orquestras sinfônicas e filarmônicas são agrupamentos instrumentais com um número grande de instrumentistas, que pode passar de uma centena em alguns casos. Diferenciam-se unicamente pelo modo de financiamento: enquanto as sinfônicas são mantidas pelo poder público, as filarmônicas dependem de financiamento privado. As orquestras de câmara são agrupamentos bem menores, com poucos instrumentistas (não há um número fixo, pois varia conforme a orquestra). Elas receberam esse nome, porque inicialmente foram formadas para tocar em ambientes pequenos (chamados de “câmaras”), mas hoje se apresentam também em grandes teatros.

As orquestras são regidas por um maestro ou regente. Nas apresentações de uma orquestra, o regente indica aos músicos o momento em que cada um deve tocar seu instrumento e o modo como devem tocá-lo. Por meio de gestos e expressões corporais, o regente se comunica com os músicos da orquestra. Para que a apresentação ocorra da maneira combinada, cada músico deve seguir a partitura musical, que é o registro gráfico da música.

Fotografia. Vista de cima de uma orquestra posicionada no palco. No centro, o  maestro está em pé, de frente para a orquestra. À esquerda e à direita, estão músicos tocando instrumentos de corda. No centro, ao fundo, estão músicos tocando instrumentos de sopro e de percussão.
Orquestra Amazonas Filarmônica em apresentação no Theatro da Paz, em Belém (Pará), em 2016.

Faça no diário de bordo.

Foco na linguagem

  1. Em sua cidade ou região há uma orquestra? Em caso afirmativo, pesquise e fale brevemente sobre ela e o espaço onde geralmente ocorrem as apresentações.
  2. Algumas orquestras não tocam somente o repertório erudito; elas podem também executar músicas populares e trilhas de filmes. Se a orquestra que você pesquisou executar repertórios variados, faça uma lista das músicas que fazem parte deles.
  3. Busque gravações e organize uma playlist das músicas que mais apreciou para compartilhar com os colegas.

Os instrumentos de uma orquestra

Os instrumentos que compõem as orquestras sinfônicas são organizados em quatro grupos: o grupo das cordas (que tem instrumentos como violino, viola, violoncelo e contrabaixo); o das madeiras (composto de instrumentos como flauta, oboé, clarinete e fagote); o dos metais (trompa, trompete, trombone e tuba); e o da percussão (composto de tímpano, pratos e gongo).

Fotografia. Violino marrom com arco longo de madeira.
O violino é um instrumento de cordas cujo som é agudo. Para tocar suas cordas, o instrumentista utiliza o arco. Violino: 58 por 35 centímetros. Arco: 73 centímetros.
Fotografia. Oboé preto com detalhes em metal.
O oboé é um instrumento de sopro. Oboé: 66 centímetros.
Fotografia. Trompa na cor dourada.
A trompa também é um instrumento de sopro. Trompa: 370 centímetros (tubo metálico enrolado) por31 centímetros.
Fotografia. Gongo preto em um suporte preto metálico, com um baqueta grande com ponta arredondada marrom.
O gongo é um instrumento de percussão formado por um disco de metal, percutido por baqueta ou martelo, cujo som lembra o de um trovão. Gongo: 107 por102 centímetros. Baqueta: 102 centímetros.

Ouça o áudio Som do violino, do oboé, da trompa e do gongo.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

PARA LER E OUVIR

HENTSCHKE, Liane êti ól A orquestra tintim por tintim. São Paulo: Moderna, 2017. (Com CD.)

Esse livro é um guia da orquestra: apresenta os instrumentos musicais, os conceitos como timbre, partitura, ritmo, batuta, composição e os papéis do regente e dos instrumentistas. Além disso, mostra como a música faz parte de nosso cotidiano.

Glossário

Libreto
: texto para ser cantado ou recitado em uma ópera.
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