Tema 2 A brasilidade de Heitor Villa-Lobos
Villa-Lobos
No Tema anterior, você conheceu alguns trabalhos de Carlos Gomes e descobriu que esse músico se dedicou à criação de obras que se relacionam com a história do nosso país. Outro músico que criou peças que retratam o Brasil foi Heitor Villa-Lobos, considerado um dos mais importantes compositores eruditos da música brasileira.
Nascido no Rio de Janeiro, Villa-Lobos teve como primeiro professor de música o próprio pai. Ainda na infância, graças a uma tia, ele conheceu a obra do alemão Johann Sebastian bá (1685-1750), um dos músicos que mais influenciaram sua obra e que você conhecerá ainda neste Tema.
Na Unidade 1, você aprendeu que Villa-Lobos foi um dos artistas participantes da Semana de Arte Moderna, em 1922. Ele foi convidado pelo escritor Graça Aranha (1868-1931), um dos organizadores do evento. Nos três espetáculos de que participou, o artista apresentou diversas obras autorais. Também participaram da Semana de Arte Moderna os músicos Guiomar Novaes (1894-1979) e Ernani Braga (1888-1948).
PARA LER
• CAMARGOS, Marcia. Semana de 22: entre vaias e aplausos. São Paulo: Boitempo, 2002. (Coleção Pauliceia).
Esse livro apresenta uma análise aprofundada da Semana de Arte Moderna de 1922, destacando sua importância para a arte e a cultura brasileiras.
Além do texto, há diversas fotografias e ilustrações relacionadas à Semana de 22.
Respostas e comentários
Objetivos
- Perceber a fusão da música erudita com a música popular brasileira na obra de Heitor Villa-Lobos.
- Identificar nas peças musicais desse compositor elementos típicos do Brasil, como o folclore regional, as lendas indígenas e o som da natureza.
- Conhecer parte da obra desse compo sitor, como os Choros e as Baquianas Brasileiras.
- Entender a influência do compositor alemão iôrrán Sebástian bá nas peças musicais de Heitor Villa-Lobos.
- Reconhecer bá como um dos nomes mais representativos da música barroca.
- Realizar atividades de audição, identificar elementos de peças musicais de períodos diversos e distinguir instrumentos musicais de diferentes timbres.
- Desenvolver a autoconfiança e a autocrítica por meio da experimentação artística.
Habilidades favorecidas neste Tema
(EF69AR16), (EF69AR18), (EF69AR19), (EF69AR20), (EF69AR21), (EF69AR23) e (EF69AR34).
Contextualização
Comente com os estudantes que o compositor e maestro carioca Heitor Villa-Lobos (1887-1959) tem tamanha importância para a cultura brasileira que, desde 2009, sua data de nascimento (5 de março) é celebrada como Dia Nacional da Música Clássica.
Diga-lhes também que as composições de Villa-Lobos enaltecem as peculiaridades regionais brasileiras ao mesclar elementos das canções populares, do folclore e das culturas indígenas nacionais. Ao mesmo tempo, elas se conectam com a música clássica, ou seja, aproximam o popular do erudito. Estudar a brasilidade de Villa-Lobos é saber um pouco mais sobre o Modernismo no Brasil.
Se considerar oportuno, comente com os estudantes que o maestro Heitor Villa-Lobos é figura central na história da educação musical no Brasil. Ele foi o responsável, na década de 1930, pela implantação do Plano de Educação Musical. A proposta de ensino de Villa-Lobos tinha como base o canto coral (a prática coletiva de canto). Segundo o músico, antes de aprender teoria, os estudantes deveriam vivenciar os elementos musicais de maneira sonora, de modo que as noções de melodia e ritmo, por exemplo, fossem adquiridas por meio da prática do canto coletivo.
As viagens de Villa-Lobos
No início do século vinte, Villa-Lobos viajou pelo Brasil e manteve contato com diferentes estilos musicais regionais. Essas viagens tiveram uma influência definitiva nas produções do músico e compositor, que, a partir de então, incorporou elementos do folclore brasileiro, sons da natureza e referências da música popular à sua obra. Isso pode ser percebido em composições como “Danças características africanas” (composta entre 1914 e 1916), “Suíte floral” (1916-1918), “Amazonas” (1917) e “Uirapuru” (1917).
A obra “Uirapuru” foi composta em 1917 e, para criá-la, Villa-Lobos usou como referência uma lenda indígena que conta a história do uirapuru, um pássaro típico da Amazônia. De acordo com essa lenda, o pássaro se transformava em um belo jovem indígena por quem todas as mulheres se apaixonavam. Certo dia, um indígena teve ciúmes do uirapuru, quando este se encontrava na condição humana, e resolveu acertá-lo com uma flecha, matando-o. Assim, ao voltar à condição de pássaro, o uirapuru tornou-se invisível e dele se ouve apenas o belo canto.
Nessa composição, Villa-Lobos utilizou diferentes instrumentos para reproduzir os sons da floresta. A flauta, por exemplo, foi utilizada para recriar o canto do uirapuru. Essa música também não tem um ritmo constante, mas diversas variações rítmicas e diferentes sonoridades. Acredita-se que, com isso, o compositor tenha tentado retratar os diferentes ritmos da floresta (dos animais, das plantas, das pessoas que lá vivem, por exemplo).
Faça no diário de bordo.
Foco na linguagem
1. Ouça o áudio “Trecho de ‘Uirapuru’, de Heitor Villa-Lobos” e tente perceber as diferentes sonoridades e variações rítmicas no trecho ouvido. O que poderia estar acontecendo nessa floresta? Você consegue identificar em que momento o canto do uirapuru é reproduzido? Comente suas impressões com o professor e os colegas.
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
2. Além de Villa-lobos, outros artistas já se inspiraram na lenda do uirapuru para as suas criações. Entre eles, podemos citar o compositor Waldemar Henrique (Pará,1905- -1995) com a sua coleção de canções inspiradas em lendas amazônicas e a artista visual Maria Martins (Minas Gerais,1894-1973) com as suas esculturas inspiradas nas lendas indígenas. Escolha um desses artistas e faça uma pesquisa sobre a biografia e suas produções, anexando as informações encontradas em seu diário de bordo.
Respostas e comentários
Contextualização
Comente com os estudantes que a lenda do Uirapuru surgiu entre os povos indígenas da região amazônica.
Tal como destaca o texto do livro, as lendas amazônicas estão presentes no imaginário moderno brasileiro em várias linguagens artísticas, como a literatura – em Macunaíma, de Mário de Andrade, por exemplo, que teve uma adaptação para o cinema, escrita e dirigida por Joaquim Pedro de Andrade – e também nas artes visuais.
Maria Martins, por exemplo, foi uma escultora brasileira com uma vasta produção de matriz surrealista que encontrou no Brasil o ponto de partida para pensar a fronteira entre o real e o sonho, a ficção e a cosmologia.
Indicação
Visite a página do Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia ( Múbi), em São Paulo, e conheça a escultura Uirapuru, esculpida originalmente por Maria Martins em 1945, disponível em: https://oeds.link/YlCQ31. Acesso em: 11 maio 2022.
Foco na linguagem
- Caso os estudantes tenham dificuldade ao realizar a audição do “Trecho de ‘Uirapuru’, de Heitor Villa-Lobos”, ajude-os a perceber os diferentes climas instaurados na peça: um trecho mais lento, misterioso, com predominância dos instrumentos de corda tocando em regiões graves; o solo da flauta, representando o canto do uirapuru; um trecho mais rítmico e agitado, com os violinos fazendo uma melodia enquanto as cordas graves marcam o ritmo.
- Essa atividade também pode ser organizada em grupos e os dados podem ser coletados nas plataformas digitais, livros de arte e catálogos de acervos musicais ou museus. Caso seja possível, proponha aos estudantes que criem uma pintura, texto ou composição musical com base na lenda do uirapuru e organizem uma exposição.
Caso eles encontrem outros artistas que também produziram com base nas lendas amazônicas ou indígenas, oriente-os a utilizar essas informações como objeto de estudo.
Os Choros e as Baquianas brasileiras
Entre as composições de Heitor Villa-Lobos, merecem destaque a série Choros, produzida entre 1920 e 1929, e as Baquianas Brasileiras, compostas entre 1930 e 1945.
Formada por doze composições, a série Choros revela a ligação de Villa-Lobos com o choro, estilo musical que surgiu no Rio de Janeiro no final do século dezenove. Nessa série, Villa-Lobos produz peças para violão e piano, instrumentos característicos de sua produção. “Choros nº 5”, à qual Villa-Lobos deu o subtítulo de “Alma brasileira”, é uma composição para piano e se tornou uma das obras mais conhecidas do músico.
Observe a partitura para piano da música “Alma brasileira”.
Baquianas Brasileiras é um conjunto de nove composições. Nesse conjunto, Villa-Lobos “alimentou-se” da produção do alemão Johann Sebastian bá – músico que você conhecerá adiante – e a ela incorporou elementos da cultura e do folclore nacionais.
Uma das obras mais conhecidas e gravadas de Villa-Lobos é o último movimento de Baquianas Brasileiras nº 2, conhecido como “O trenzinho do caipira”.
Respostas e comentários
Contextualização
Ao abordar a criação dos Choros e das Baquianas Brasileiras, apresente aos estudantes as informações sobre as influências de Villa-Lobos contidas no texto a seguir.
[As influências de Villa-Lobos]
“ reticências influências de Istravínsqui, de Dêbicí, influências do impressionismo espanhol, influências eslavas (a Rússia de Musórguisquí e talvez, embora a crítica brasileira o negue, a Boêmia de Devôraqui) e húngaras, de Bartôk e Kodái, têm sucessivamente colaborado para fortalecer e sutilizar a consciência nacional dos compositores brasileiros, que criaram uma música nova, do mais alto interesse e já de considerável prestígio na Europa reticências.
O primeiro lugar cabe, sem dúvida possível, a Heitor Villa-Lobos (1887-1959). Adquiriu na Europa, desde 1923, formação musical moderna quando já era homem feito; quando, à base da educação musical recebida no Brasil, já tinha realizado obra importante. Antes de fixar-se, em 1913, em sua cidade natal, no Rio de Janeiro, tinha percorrido todo o país imenso, durante anos de viagem, assimilando profundamente a música do povo. Atribui-se-lhe a ‘descoberta musical do Brasil’; e com razão. Quanto ao seu estilo, não é possível chamá-lo de eclético, apesar das influências de Dêbicí e Istravínsqui e do estudo aprofundado da música de bá e outros mestres do passado. Pois a base da sua música sempre é o folclore nacional; e este não é simplesmente explorado ou aproveitado, mas filtrado pelo temperamento de uma personalidade vigorosa, de fôrça vulcânica. Sua produção é imensa e, fatalmente, desigual, embora prevaleçam os trabalhos de grande valor e, entre eles, algumas obras-primas de significação universal. Não é possível orientar-se nessa floresta tropical de obras, senão lançando mão de um recurso algo antiquado, a classificação conforme gêneros: obras pianísticas, lieds, fórmas clássicas, e mais algumas outras, tão singulares, que não é possível subordiná-las a nenhum esquema, como as Baquianas e os Choros.”
CARPEAUX, Otto Maria. O livro de ouro da história da música: da Idade Média ao século vinte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2011. página 439.
Entre textos e imagens
O ciclo das Baquianas Brasileiras
“ reticências O ciclo das Baquianas Brasileiras presta tributo a Johann Sebastian bá, não apenas no título, mas, sobretudo, por utilizar procedimentos composicionais próprios desse grande compositor. reticências
Outra característica desse ciclo é a utilização do folclore, da música étnica brasileira, assim como da música popular urbana, do choro e da seresta feita pelos conjuntos regionais, dos quais participou na sua juventude. A naturalidade com que Villa-Lobos abordou as melodias advindas do folclore é bastante conhecida. Confundem-se de tal fórma com a sua própria criação que, em certos momentos, tornam-se um só corpo: ‘O folclore do Brasil sou eu’, frase do próprio Villa-Lobos.
Realizar a aproximação entre a música de bá e a seresta, ou o choro, foi decorrência natural na vida de Villa-Lobos, que, como instrumentista, tocava o violão e o violoncelo. Não por coincidência, ele abriu o seu ciclo de 14 Choros com uma obra para violão, o reticências Choro nº 1. E, em 1930, escreveu a primeira das Baquianas Brasileiras para orquestra de violoncelos, iniciando a série de obras que o imortalizaria.”
JARDIM, Gil. O estilo antropofágico de Heitor Villa-Lobos: bá e Istravínsqui na obra do compositor. São Paulo: Filarmônia Brasileira, 2005. página 97-98.
PARA ACESSAR
• Museu Villa-Lobos. Disponível em: https://oeds.link/A6VY18. Acesso em: 11 maio 2022.
O Museu Villa-Lobos tem em seu acervo partituras, fotografias, registros audiovisuais e outros documentos relacionados à vida e à obra de Heitor Villa-Lobos. No site é possível ouvir trechos de algumas obras do músico brasileiro.
Faça no diário de bordo.
Questões
- Mencione um trecho do texto que destaca a fusão entre o erudito e o popular na obra de Villa-Lobos.
- Na imagem, a capa do disco traz uma obra de Tarsila do Amaral. Você sabe que obra é essa? Por que essa imagem teria sido escolhida?
Respostas e comentários
Entre textos e imagens
Se julgar oportuno, aproveite para aprofundar os procedimentos antropofágicos de Villa-Lobos em relação à obra de bá. A antropofagia foi um movimento cultural liderado pelo modernista osváld de Andrade (1890-1954), que tinha como objetivo se apropriar da cultura estrangeira fundindo-a com a cultura local. Villa-Lobos, aderindo a esse ideal artístico e tendo uma sólida formação musical europeia, procurou na obra de iôrrán Sebástian bá algumas fórmas composicionais que pudessem ser usadas com temas musicais de inspiração nacional. Além do uso de elementos barrocos da música de bá, essa fusão de culturas aparece também nos títulos das peças que compõem as várias Baquianas Brasileiras, pois quase todas elas possuem títulos típicos das fórmas barrocas (tocata, fuga, ária etcétera) e outros brasileiros, que remetem a aspectos da cultura local.
Questões
- Caso os estudantes tenham dificuldade, mencione, por exemplo, o trecho “Realizar a aproximação entre a música de bá e a seresta, ou o choro, foi decorrência natural na vida de Villa-Lobos, que, como instrumentista, tocava o violão e o violoncelo”. Fica claro, nesse trecho, que o compositor tinha uma formação tanto na música popular quanto na música erudita, procurando em suas obras unir, por exemplo, técnicas composicionais de bá (compositor erudito) e gêneros ou estilos da música popular (como a seresta e o choro). Sua formação instrumental também passava por um instrumento tipicamente erudito (violoncelo) e um mais usado na música popular (violão).
- A imagem da capa do álbum mostra um detalhe da obra Carnaval em Madureira (1924), de Tarsila do Amaral. Espera-se que os estudantes comentem que, assim como Villa-Lobos, Tarsila do Amaral (1886-1973) era ligada ao movimento modernista brasileiro e que essa poderia ter sido a razão da escolha.
A música barroca
Entre os anos 1600 e 1750, desenvolveu-se na Europa um estilo de música chamado música barroca. Entre suas principais características, destacam-se o aprimoramento da escrita musical e o desenvolvimento de novos gêneros musicais, como a ópera, que conhecemos anteriormente. Entre os compositores mais importantes desse período, destaca-se o italiano Antonio Vivaldi (1678-1741).
Ainda jovem, Vivaldi foi ordenado padre e passou a trabalhar em um orfanato de meninas. Nessa instituição, dirigiu uma orquestra e compôs diversos concertos. Os concertos são peças musicais em que um instrumentista solista ou um grupo de instrumentistas solistas é acompanhado de uma orquestra. As quatro estações ( cêrca de 1725), obra mais conhecida de Vivaldi, é composta de quatro concertos. Em cada um deles, é representada, por meio da música, uma das estações do ano. Até hoje, As quatro estações é uma das obras musicais mais executadas em todo o mundo.
Respostas e comentários
Contextualização
Ao tratar do desenvolvimento da música barroca, comente com os estudantes que, durante muito tempo, o termo barroco foi empregado para agrupar obras de artes visuais e de literatura. Posteriormente, passou a ser aplicado à música.
Algumas características marcantes desse estilo de música são: a ênfase nos contrastes de andamento e de volume sonoro, o aprofundamento e a consolidação da música tonal e a evolução da escrita musical. Outra particularidade é a aplicação da chamada teoria dos afetos. Para mais informações sobre esse conceito, leia o texto reproduzido a seguir.
A Teoria dos Afetos
“A Teoria dos Afetos, surgida no último período barroco, explica os eventos musicais por sua relação com os sentimentos. Essa teoria, desenvolvida por Uârquimínster em sua obra Harmonologia musica, de 1702, foi também objeto de estudo de vários músicos e pensadores, como J. D. Heinichen (1711), J. Matheson (1739), J. J. Quantz (1752), F. W. Malpurg (1763) e outros escritores do século dezoito. Méfessan, em 1739, descreveu a teoria com grande riqueza de pormenores, enumerando mais de vinte afeições e o modo pelo qual deveriam ser expressas na música:
A tristeza deve ser expressa por melodias de movimento lento e lânguido, e quebrada por saltos.
O ódio é representado por uma harmonia repulsiva e rude, e por uma melodia semelhante.
reticências
Esse tipo de explicação revela como é difícil chegar a qualquer formulação da Teoria dos Afetos. Todavia, não há dúvida de que, no período barroco, e em especial na Alemanha, os escritores e compositores estavam bastante familiarizados com essa doutrina estética e, com frequência, incorporavam suas manifestações em suas composições. reticências”
FONTERRADA, Marisa trenti de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. segunda edição São Paulo: Editora Unésp; Rio de Janeiro: Funárti, 2008. página 53-54.
Se julgar oportuno, apresente aos estudantes a teoria dos afetos, pedindo a eles que a apliquem durante a audição de "Trecho do concerto norteº 2, 'Verão', de Antonio Vivaldi", proposta na próxima página. Eles poderão relacionar a melodia dessa composição a sentimentos humanos, como alegria, amor e medo.
Se julgar oportuno, comente com os estudantes que existem concertos para um único solista, embora nos concertos barrocos o comum seja o grupo de solistas. Explique ainda que a orquestra barroca é uma orquestra pequena, com poucos instrumentos, muito menor que as orquestras sinfônicas posteriores.
A obra de bá
O músico alemão Johann Sebastian bá foi influenciado pela obra musical de Antonio Vivaldi, retratado anteriormente. bá se tornou um importante nome da música barroca e se destacou ao escrever concertos com solos para cravo. O cravo é um instrumento de teclado semelhante ao piano, porém com um som mais metálico.
Além dos concertos, bá compôs cantatas, que são peças instrumentais e vocais geralmente produzidas para serem executadas em datas comemorativas do calendário religioso. Uma dessas peças compostas por bá foi a cantata bê dábliu vê 156.
O cravo e o piano
O cravo e o piano são instrumentos de teclado com cordas. A diferença que há entre esses dois instrumentos está na maneira como os sons são produzidos. No cravo, as cordas são pinçadas (“beliscadas”) de um modo parecido com o qual se toca violão. No piano, os sons são produzidos por pequenos martelos, que percutem (batem) as cordas.
Faça no diário de bordo.
Foco na linguagem
1. Ouça o áudio “Trecho do concerto nº 2, ‘Verão’, de Antonio Vivaldi”, que faz parte de As quatro estações, de Antonio Vivaldi. Depois, responda às questões.
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
- Você já tinha ouvido alguma vez essa música?
- Esse trecho de As quatro estações é tocado de fórma rápida ou de fórma lenta?
- Você consegue reconhecer qual instrumento toca durante todo o trecho?
- Você acha que essa música expressa a ideia de verão ou não? Por quê?
- Como seria uma música que representasse o verão do Brasil?
- Tendo como referência a música de Antonio Vivaldi, faça um desenho para representar o verão.
Respostas e comentários
Contextualização
Sobre o cravo e o piano, peça aos estudantes que observem as fotografias desses instrumentos e descrevam as principais diferenças observadas. É importante destacar que, historicamente, o instrumento precursor do piano é o clavicórdio.
Explique aos estudantes que a sigla bê dábliu vê significa as iniciais de Catálogo das Obras de bá (em alemão). Cada compositor tem o seu catálogo de obras numeradas cronologicamente, ou seja, por ordem de composição. Em alguns são usadas letras, em outros, a palavra Opus (obra).
[Clavicórdio, cravo, piano]
“Clavicórdio – Instrumento de teclado com cordas utilizado do século quinze ao dezoito. A fórma habitual é de uma caixa retangular, com o teclado encaixado ou projetando-se de um dos lados mais longos reticências. Quando o executante pressiona a tecla, a tangente, pequena lâmina metálica presa à extremidade posterior de cada tecla, percute a corda. O volume do som, determinado pela fôrça com que a tangente percute a corda, fica sob o contrôle direto do executante. reticências
reticências
Cravo – Instrumento de teclado com cordas, diferenciado do clavicórdio e do piano pelo fato de suas cordas serem pinçadas, e não percutidas. A referência mais antiga que se conhece a um cravo é de 1397, em Pádua (‘clavicembalum’); um retábulo de 1425, em Minden, é a primeira representação conhecida. O cravo continuou em uso até o final do [século] dezoito, na música solo para teclado, e basicamente como instrumento contínuo na música de câmara e orquestral, e na ópera. Caiu em desuso [em cêrca de] 1810; seu reflorescimento moderno data dos anos 1880. reticências.
reticências
Piano – reticências Instrumento de teclado que se distingue pelo fato de suas cordas serem percutidas por martelos, em vez de pinçadas (como no cravo), ou percutidas por tangentes (como no clavicórdio). Desempenhou um papel fundamental na vida musical profissional e doméstica a partir da segunda metade do século dezoito, não apenas porque pode fazer soar dez ou mais notas de uma só vez, e assim permitir a execução de praticamente qualquer tipo de peça da música ocidental, mas também porque pode ser tocado tanto de modo piano como forte (daí o nome), de acordo com o toque, que produz sua vasta gama expressiva.
reticências”
Sêidi, Istênli (). edição Dicionário Grove de música. tradução Eduardo Francisco Alves. Rio de Janeiro: Jorge zarrár, 1994. página 202, 233, 720.
Foco na linguagem
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- Muitos estudantes podem conhecer a música, pois foi executada em programas e comerciais de televisão. Destaque a influência e a importância da obra de artistas como Vivaldi.
- Espera-se que os estudantes comentem que o trecho é executado de fórma rápida.
- Espera-se que eles respondam que ouviram o som do violino.
- Peça aos estudantes que fechem os olhos e se deixem levar pela melodia da música. Essa experiência poderá aproximá-los da música erudita. Então, incentive-os a compartilhar suas impressões sobre a representação da ideia de verão nessa obra de Vivaldi.
- Estimule-os a pensar sobre uma música que representasse o nosso verão trazendo conceitos já estudados. Essa música seria rápida ou lenta? Forte ou fraca? Teria uma melodia bem delineada ou seria mais rítmica? Que instrumentos (timbres) poderiam expressar melhor essa ideia?
- Estimule-os a imaginar as motivações de Vivaldi ao produzir o concerto e peça-lhes que transfiram as impressões que têm da música para o desenho. Durante a execução da atividade, reproduza a música várias vezes, até que todos tenham completado a tarefa.
Faça no diário de bordo.
Experimentações
1. Nesta atividade você vai conhecer uma orquestra diferente da orquestra sinfônica, a big band, e que toca outro tipo de música, o jazz.
Ouça o áudio “’A primeira vista’, de Luca Alves, com a Cabareto Early Jazz Band” e tente perceber algumas particularidades da big band.
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
- Quais instrumentos você consegue ouvir que não pertencem às orquestras sinfônicas?
- Qual família de instrumentos você acha que predomina na big band? Consegue identificar alguns?
- Que outros instrumentos você ouve nessa música, além dos já mencionados?
2. Organize-se em grupo com sete colegas; ouçam novamente o áudio “’A primeira vista’, de Luca Alves, com a Cabareto Early Jazz Band” tentando perceber as várias seções contrastantes (as várias partes em que ocorrem mudanças bem perceptíveis). Depois, criem diferentes movimentos para cada uma dessas seções, de modo a representar corporalmente cada uma delas. Lembrem-se de que os movimentos devem ser coerentes com o ritmo musical. Ensaiem a coreografia e combinem com o professor uma data para apresentá-la aos colegas.
Avaliação
Agora que finalizou, reflita sobre as atividades desta seção respondendo às questões a seguir em seu diário de bordo.
- Ao realizar as atividades, você encontrou algum tipo de dificuldade? Em caso afirmativo, quais foram? Comente com os colegas.
- Como foi a experiência de fazer movimentos com base na música? Comente com os colegas.
Respostas e comentários
Experimentações
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- Espera-se que os estudantes identifiquem a bateria e a guitarra.
- Espera-se que eles percebam que há o predomínio de instrumentos de sopro. Ajude-os a perceber os metais (no caso, quatro trompetes e três trombones) e as madeiras (nessa gravação, um clarinete e cinco saxofones). Relembre que o saxofone, embora seja um instrumento de metal, é considerado parte das madeiras da orquestra por ser um instrumento de palheta.
- Espera-se que eles percebam o piano e o contrabaixo.
- Ajude-os a dividir a música em seções contrastantes, comentando o critério dessa divisão. A música está dividida em quatro partes e o principal critério dessa divisão é a instrumentação: a primeira parte apresenta o tema principal, explorando as madeiras e os metais; na segunda, temos um solo de trompete acompanhado pelo piano e, em seguida, os instrumentos de seção rítmica e as madeiras; a terceira parte apresenta um solo de clarinete com um acompanhamento mais enérgico dos metais; na quarta parte todos os instrumentos tocam juntos (o que é chamado musicalmente de “tutti”).
Avaliação
Estimule-os a dizer suas dificuldades em termos musicais. Com base nesse levantamento, retome brevemente os conceitos mencionados e faça uma recapitulação.
“Céu de Santo Amaro”
No ano de 2003, o cantor e compositor brasileiro Flávio Venturini lançou a canção “Céu de Santo Amaro”, na qual escreveu um poema para uma parte da cantata bê dábliu vê 156, de bá. Leia a letra dessa canção.
Céu de Santo Amaro
“Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A fôrça desse amor
Nos invadiu reticências
Com ela veio a paz, toda beleza de sentir
Que para sempre uma estrela vai dizer
Simplesmente amo você reticências
Meu amor reticências
Vou lhe dizer
Quero você
Com a alegria de um pássaro
Em busca de outro verão
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei
Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A fôrça desse amor nos invadiu reticências
Então reticências
Veio a certeza de amar você.”
bá, iôrrán Sebástian; VENTURINI, Flávio (adaptação e arranjo). Céu de Santo Amaro. In: VENTURINI, Flávio. Porque não tínhamos bicicleta. Rio de Janeiro: Trilhos.Arte, 2003. Faixa 14.
Faça no diário de bordo.
Foco na linguagem
1. Ouça o áudio "'Céu de Santo Amaro', de Flávio Venturini". Então, pesquise a cantata bê dábliu vê 156 de bá e analise se a letra criada por Flávio Venturini combinou com a música original de bá.
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
Respostas e comentários
Contextualização
Comente com os estudantes que iôrrán Sebástian bá nasceu em uma pequena cidade do Sacro Império Romano-Germânico e, desde pequeno, frequentou a Igreja Luterana. O pai de bá era violonista e educou seus oito filhos para que se tornassem músicos. A herança musical foi transmitida de uma geração a outra por duzentos anos. Órfão de pai e mãe aos 9 anos de idade, bá atendeu às expectativas do pai, tornando-se um estudioso da música. Entre os músicos que mais influenciaram sua obra está Antonio Vivaldi. Aos 15 anos de idade, bá matriculou-se na escola de São Miguel de Lüneburg, na Alemanha, onde estudava durante várias horas por dia para aperfeiçoar seu domínio técnico da música. O músico teve vários empregos em igrejas e nas cortes da Alemanha e, em 1703, passou a ocupar o cargo de organista da igreja de St. Boniface. Apesar da pouca idade, bá era um mestre em seu ofício. Em 1717, foi nomeado mestre de capela na cidade alemã de Köthen. Protegido do príncipe de Anhalt-Köthen, Leopoldo, ele ganhava um alto salário, podendo se dedicar à composição de músicas instrumentais. Muito religioso, bá deixou de produzir música “profana” e passou a escrever exclusivamente música religiosa.
Foco na linguagem
Primeiramente, organize a apreciação musical da canção “Céu de Santo Amaro”. Peça aos estudantes que prestem atenção na melodia e no andamento da música. Em seguida, sugira uma pesquisa nas plataformas digitais da cantata de bá 156. Se preferir, busque no canal Voices of Music (disponível em: https://oeds.link/koZeTd, acesso em: 13 julho 2022), especificamente, pelo Arioso da Cantata 156 “Ich steh mit einem Fuß im Grabe” Adagio, que é o primeiro movimento da obra. Espera-se que os estudantes observem que a melodia principal e o andamento dessa obra inspiraram a linha vocal da canção de Flávio Venturini.
Artista e obra
Flávio Venturini
Agora você vai ler uma entrevista com o músico Flávio Venturini.
“Entrevistador: Flávio, fale de você e de seu interesse pela música. Quando passou a se interessar por ela? Você nasceu numa família de músicos?
Flávio Venturini: Nasci em Belo Horizonte ( Minas Gerais) e cresci numa família que não era de músicos. Mas minha mãe, Dalila, tinha muita sensibilidade musical e cantava muito para mim. Ela tinha uma pensão muito grande no centro de Belo Horizonte ( Minas Gerais), onde morou um grande artista, o Guinhár [Alberto da Veiga Guinhár (1896-1962)], um dos maiores pintores brasileiros, reticências que pintou um retrato meu. Às vezes, eu ficava na porta do quarto de um maestro, que também era hóspede da pensão da minha mãe, e acabava dormindo relaxado por ouvir música e me encantar com aquela novidade. Em casa, havia uma radiola [rádio-vitrola] com discos de vinil que me encantavam. Eu me emocionava muito ao ouvir música! Logo ganhei um rádio de pilha (enorme, na época), que eu carregava para todo lado [risos]. Quando me tornei adolescente, vieram os Beatles e, aí sim, [essa] foi minha primeira paixão musical!
Entrevistador: Como o trabalho com a música surgiu em sua vida?
Flávio Venturini: Eu queria ser jogador de futebol, depois arquiteto, mas comecei a tocar em bandas de bailes. Quando conheci o pessoal do Clube da Esquina num festival, minha cabeça ‘virou’ ao conhecer tantos compositores maravilhosos. Foi então que eu vi que era aquilo que eu queria ser na vida: compositor e cantor.
Entrevistador: Quais foram/são suas referências musicais, Flávio?
Flávio Venturini: Música erudita, que eu ouvia nos discos de vinil [lá em casa], e música romântica, que comecei a ouvir nas rádios e nos filmes que assistia no cinema. Depois veio o rock, o pop e a ême pê bê, primeiro, no Clube da Esquina [em Belo Horizonte]. Hoje, ouço muito música instrumental, mas continuo gostando de música boa, seja qual for o estilo.
Entrevistador: Como foi o processo de criação da canção ‘Céu de Santo Amaro’?
Flávio Venturini: Eu estava na Bahia, na cidade de Santo Amaro da Purificação, na casa de Dona Canô, mãe de Caetano [Veloso]. Era 6 de janeiro de 2000 e acontecia a Festa de Reis. Cheguei mais cedo e fiquei ouvindo música no carro de um amigo. Ouvi um reticências violonista espanhol que interpretava lindamente uma ária de Iôrrân Sebástian Bác e eu, encantado com aquele verão na Bahia, numa festa popular, pensei naquele momento que essa música de bá poderia ser uma canção popular. Cheguei a enviar uma mensagem a um parceiro dizendo: ‘olha, temos uma canção a escrever, essa música de bá dá uma balada linda!’. Mas, ao voltar para Salvador após a festa, eu mesmo, inspirado por aquela noite linda, escrevi os versos e a melodia final (a fôrça desse amor nos invadiu reticências) eu compus ao acordar na manhã seguinte.
Entrevistador: Pode dar alguma dica para os adolescentes que desejam seguir a carreira na música ou ter formação musical?
Flávio Venturini: A dica que sempre dou é a de estudar sempre e ir em busca de fazer o que realmente se gosta. Hoje existem muitas escolas boas e diversas fórmasde aprender reticências [música].”
Entrevista concedida especialmente para esta Coleção, em agosto de 2018.
Respostas e comentários
Artista e obra
Se considerar oportuno, comente com os estudantes sobre o Clube da Esquina, movimento musical surgido em Belo Horizonte ( Minas Gerais) na década de 1960 – mencionado pelo músico Flávio Venturini na entrevista.
Sugestão de atividade
Façam uma leitura da entrevista e peça aos estudantes que infiram em cada dupla de pergunta e resposta os elementos mais importantes.
Essa proposta pode ser realizada em parceria com o professor do componente Língua Portuguesa.
Projeto de vida
Com a leitura e o exercício de inferência, peça aos estudantes que façam relações entre as respostas do artista e os próprios interesses, sonhos e ideias. Destaque que ele comenta, por exemplo, os seus principais sonhos e desejos profissionais. Converse sobre o tema com os estudantes e verifique se eles têm projetos de vida em formação que queiram compartilhar, conversando cuidadosamente sobre os principais interesses deles e sobre a ideia que fazem do próprio futuro.
Indicação
BORGES, Márcio. Os sonhos não envelhecem: histórias do Clube da Esquina. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
Nessa obra, o autor Márcio Borges conta como surgiu o grupo mineiro Clube de Esquina, recorrendo às memórias dos músicos e à história do país.
Faça no diário de bordo.
Experimentações
1. Forme um grupo com cinco colegas e ouçam algumas vezes o áudio “Trecho da Suíte Orquestral nº 2 bê dábliu vê 1067, de Johann Sebastian ”. Esse áudio traz um minueto de bá Johann Sebastian , que é parte de uma obra maior, a bá Suíte orquestral nº 2 bê dábliu vê 1067. Tentem perceber qual é o instrumento solista nessa música (lembrem-se de que o solista é o que toca ou canta a melodia mais importante, a que mais aparece em uma música). Em seguida, criem uma letra para essa música. Vocês podem escolher um tema para a letra e discutir sobre ele. Quando a letra estiver pronta, façam alguns ensaios e apresentem-na aos colegas de turma.
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
2. Ouça “Trecho da Suíte nº 1 bê dábliu vê 1007, de Johann Sebastian bá”, um prelúdio de bá, que é parte de uma obra maior, a Suíte nº 1 bê dábliu vê 1007.
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
- Você consegue identificar o instrumento que está sendo tocado?
- Como é o andamento dessa música?
- A música, em sua opinião, explora mais os sons graves, médios ou agudos?
- Que cena você imagina que combinaria com essa música? Crie uma narrativa para essa cena e apresente-a aos colegas.
3. Heitor Villa-Lobos, considerado por muitos estudiosos da música erudita um dos mais importantes compositores brasileiros, escreveu muitas obras para piano. Entre suas obras para esse instrumento, destacam-se as Cirandas e as Cirandinhas, conjuntos de peças curtas com base em temas folclóricos, em sua maioria bastante conhecidas. Faça uma pesquisa de uma dessas obras e responda: que canção folclórica foi usada na obra?
Avaliação
Agora, reflita sobre as atividades que realizou nesta seção. Comente com os colegas.
- Como foi a experiência de criar coletivamente uma letra de canção?
- E como foi para você criar uma narrativa para a cena que você imaginou do prelúdio?
Respostas e comentários
Suíte, prelúdio, minueto
A suíte é uma composição musical formada por um conjunto de pequenas peças para serem tocadas em sequência. No período barroco, as peças de uma suíte geralmente usavam ritmos de danças da época. O minueto é uma das danças muito usadas na suíte barroca. Denomina-se prelúdio a peça inicial que antecede as danças na suíte barroca. Posteriormente, o prelúdio foi usado como uma fórma musical independente, ou seja, não atrelada a nenhuma suíte.
Experimentações
- Espera-se que os estudantes percebam que o instrumento solista é a flauta. Ajude-os na percepção musical, fazendo perguntas sobre aspectos gerais da peça: Possui uma melodia bem definida? Algum instrumento marca fortemente o ritmo? É agitada/vibrante ou mais tranquila e delicada? Depois, converse com eles sobre possibilidades temáticas para a criação coletiva da letra e deixe que cada grupo escolha uma.
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- Espera-se que os estudantes identifiquem o timbre do violoncelo.
- Espera-se que eles percebam que se trata de uma música rápida.
- A música explora mais os sons graves e médios, e apenas no final vai para uma região aguda do instrumento. Ajude os estudantes a localizar a parte mais aguda da música.
- Após essa escuta orientada, forneça informações adicionais sobre o Prelúdio.
- Ajude os estudantes a encontrar sáites na internet nos quais eles possam acessar essas músicas. Marque uma data para que eles troquem informações e impressões sobre as peças escolhidas. Incentive-os a falar sobre suas percepções das músicas e das transformações que foram feitas nas melodias originais, com a introdução de sonoridades pouco comuns, características de seu estilo de composição.
Se julgar oportuno, peça-lhes que montem um catálogo das canções folclóricas usadas por Villa-Lobos nas Cirandas e Cirandinhas.
Avaliação
O objetivo dessa avaliação é não apenas perceber se os estudantes estão assimilando os conteúdos propostos, como também avaliar o interesse deles no conhecimento desenvolvido no Tema. Dessa fórma, incentive-os a refletir sobre a própria experiência também por meio de possíveis relações com experiências anteriores nas aulas de Arte ou mesmo em outras situações vivenciadas. É no estabelecimento de conexões com o vivido que se constroem e se aprofundam os conhecimentos musicais.