Unidade 2 A arte hoje
Nesta Unidade:
TEMA 1 Arte, espaço e participação do público
TEMA 2 A arte ao alcance de todos
TEMA 3 Novos rumos
De olho na imagem
Faça no diário de bordo.
1. Observe a imagem da abertura da Unidade e a imagem desta página. O que mais chamou sua atenção na criação do artista Cildo Meireles, retratada nessas fotografias?
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1. Ouça a descrição da imagem da abertura da Unidade e a da imagem desta página. O que mais chamou sua atenção na criação do artista Cildo Meireles, retratada nessas fotografias?
2. Após observar as imagens, você imagina como o artista criou essa obra?
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2. Com base na descrição das imagens, você imagina como o artista criou essa obra?
3. No diário de bordo, faça uma lista dos objetos que você reconhece na obra de Cildo Meireles. Apresente sua lista aos colegas e observe a lista que eles fizeram.
- Em sua opinião, por que o artista teria escolhido a cor vermelha para produzir essa obra?
- Por que, em sua opinião, Cildo Meireles usou a palavra impregnação no título que deu à obra?
- Agora, pense que título você daria a essa obra de Cildo Meireles. Comente com os colegas.
- Se você fosse realizar uma criação artística parecida com a obra retratada nas fotografias, que cor ou que cores utilizaria para compor o trabalho? Por quê?
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7. Se você fosse realizar uma criação artística parecida com a obra retratada nas fotografias, que cores ou objetos utilizaria para compor o trabalho? Por quê?
Artista e obra
Cildo Meireles
Considerado um dos mais versáteis artistas brasileiros da atualidade, Cildo Meireles nasceu no Rio de Janeiro ( Rio de Janeiro), em 1948. Aos 10 anos, mudou-se para Brasília ( Distrito Federal), onde, em 1963, iniciou seus estudos artísticos sob a orientação do pintor e ceramista peruano alerrandro (1921-2013).
Em 1967, Cildo Meireles retornou para o Rio de Janeiro ( Rio de Janeiro) e estudou por dois meses na Escola Nacional de Belas Artes ( êmba) – atualmente conhecida como Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – e frequentou o ateliê de gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro ( mân-Rio). É a partir dessa época que ele passa a se dedicar à criação de obras que propõem uma experiência sensorial em espaços arquitetônicos. É o caso de Desvio para o vermelho, retratada na abertura desta Unidade.
Meireles utiliza diferentes materiais para produzir suas obras. Para construir a instalação Babel, por exemplo, ele empilhou centenas de aparelhos de rádio.
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Foco na linguagem
1. Na instalação Babel, os aparelhos de rádio estão todos ligados e sintonizados em estações diferentes. Você consegue imaginar o resultado sonoro dessa instalação? Como essa proposta se relaciona com o título escolhido por Cildo Meireles?
TEMA 1 Arte, espaço e participação do público
Um espaço monocromático
A obra reproduzida nas páginas da abertura não é uma pintura nem uma escultura. Para fazê-la, o artista Cildo Meireles selecionou diferentes objetos e os organizou em um espaço arquitetônico interno. A esse tipo de obra dá-se o nome instalação.
Em Desvio para o vermelho um: Impregnação, o espectador é convidado a explorar o espaço criado pelo artista: um ambiente em que todos os objetos são vermelhos, com variações claras ou escuras dessa cor. Por essa razão, podemos afirmar que essa é uma obra monocromática. Note essa variação cromática nos objetos retratados na fotografia reproduzida a seguir.
Concebida em 1967, montada em diferentes versões desde 1984 e exibida no Instituto Inhotim em caráter permanente desde 2006, a obra Desvio para o vermelho é formada por três ambientes articulados entre si. Impregnação é o primeiro deles.
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Foco na linguagem
1. Você sabia que um espaço organizado ou construído por um artista pode ser considerado uma obra de arte? Comente com o professor e os colegas.
Impregnação
O primeiro ambiente de Desvio para o vermelho um: Impregnação – retratado nas páginas anteriores – coloca o espectador em contato com uma coleção de objetos e obras de arte em diferentes tons de vermelho. Os móveis, os objetos e os quadros preenchem quase todas as paredes, provocando um grande contraste.
Note que Impregnação é uma sala que tem um clima doméstico, mas todos os objetos são vermelhos ou de cores próximas ao vermelho. A sala é composta de ventiladores,notebook, estante, livros, cadeiras, máquina de escrever, mesas, quadros, plantas, aquário, entre outros.
Os móveis e os objetos estão organizados no espaço interno no sentido do comprimento, de maneira que o espaço se abra e convide o público a adentrá-lo. Os objetos foram encostados nas paredes claras para que pudessem, por meio do contraste, ser mais bem observados pelos espectadores.
A disposição de alguns deles sugere a presença humana – roupas distribuídas aleatoriamente, uma máquina de escrever, animais domésticos (peixe e passarinho), plantas etcétera Os quadros e objetos pendurados são utilizados para também preencher com excesso de vermelho as paredes do espaço.
Entorno e Desvio
No ambiente Impregnação há apenas uma saída, no canto, que conduz a uma sala pouco iluminada, muito estreita e onde há uma garrafa “deitada” no chão. Esse ambiente chama-se Entorno. Nele, o líquido vermelho que escorre pelo gargalo da garrafa repousada no chão torna-se uma superfície que recobre o piso. A impressão que se tem é de que a quantidade de líquido derramada é muito maior do que a quantidade que o interior da garrafa poderia conter. Além disso, a fórma como o líquido e a garrafa estão dispostos parece contrariar as leis naturais da física, causando no espectador a sensação de perturbação. Observe a fotografia reproduzida a seguir.
O terceiro ambiente, Desvio, tem proporções semelhantes às do ambiente Impregnação e é uma sala escura que tem uma pia clara instalada em um ângulo inclinado.
Ao caminhar por essa sala, o espectador é surpreendido com o som de água que escorre por uma torneira. Uma nova sensação de perturbação ocorre quando o espectador descobre que a água também tem um tom vivo de vermelho. A inclinação da pia faz o líquido arrastar-se pelo interior da pia antes de descer pelo ralo.
Por dentro da arte
As sensações despertadas pelas cores
A escolha das cores utilizadas ao realizar uma obra é um dos aspectos mais importantes quando um artista visual elabora sua criação. Em Desvio para o vermelho, por exemplo, Cildo Meireles possivelmente escolheu o vermelho por ser uma cor que provoca no espectador a sensação de impacto e energia.
Observe a pintura do artista Enrri Matís (1869-1954), O ateliê vermelho, reproduzida a seguir e note que, assim como na obra de Cildo Meireles que conhecemos nas páginas anteriores, ele também escolheu o vermelho como cor predominante da composição.
Enrri Matís integrava um grupo importante de pintores que ficou conhecido como fauvista. A palavra fauve tem origem no francês e significa “fera”. Esses artistas foram chamados fauvistas por utilizarem as cores puras de fórma livre, com pinceladas largas, para obter efeitos mais expressivos com as fórmas simplificadas.
As cores ganham um caráter simbólico próprio em cada cultura. Você sabe quais significados são dados à cada cor na sua cultura? Qual é a sua percepção sobre as sensações que cada cor provoca em você?
Um convite à experimentação
Nas páginas anteriores, você conheceu Desvio para o vermelho e descobriu que essa obra é uma instalação. A técnica da instalação é uma das mais utilizadas pelos artistas contemporâneos. No Brasil, um dos primeiros artistas a se dedicar à criação de instalações foi Hélio Oiticica (1937-1980).
A obra mostrada na fotografia desta página chama-se Tropicália e foi exposta pela primeira vez em 1967. Essa instalação é uma espécie de labirinto que deve ser percorrido pelo público. Ao entrar no labirinto, o espectador se defronta com araras e bananeiras, entre outros elementos.
O caráter experimental e inovador das obras produzidas por Hélio Oiticica as aproximou das composições dos músicos que estiveram à frente do movimento tropicalista.
Mais tarde, a palavra tropicália daria nome ao próprio movimento.
O Neoconcretismo
Hélio Oiticica revolucionou a arte brasileira ao produzir obras que, assim como Tropicália, convidam à interação, ou seja, à participação do espectador. Oiticica fez parte do Neoconcretismo, considerado um dos mais importantes e significativos movimentos artísticos brasileiros. Outros artistas que integraram esse movimento foram Amilcar de Castro (1920-2002), Franz váismam (1911-2005), Lygia Pape (1927-2004) e Lygia Clark (1920-1988).
Os artistas integrantes do Neoconcretismo brasileiro propuseram o resgate da produção de obras mais subjetivas e expressivas e a aproximação com o público. Em seus trabalhos, é possível observar a busca pela renovação da linguagem geométrica.
Na obra retratada nas fotografias desta página, por exemplo, o artista Hélio Oiticica trabalhou com as cores e as fórmas geométricas no espaço a fim de aproximar a obra do espectador.
Artista e obra
Lygia Clark e a série Bichos
Criada em 1960, a série Bichos é composta de um conjunto de esculturas metálicas de fórmas geométricas que se articulam por meio de dobradiças. Observe o detalhe da imagem.
Na série Bichos, o espectador é “convidado” a experimentar as diferentes fórmas que as peças podem adquirir por meio do manuseio. A fórma final da obra, dessa maneira, é “decidida” por quem a manuseia. Portanto, cada espectador determina uma fórma distinta para ela. Muitas produções de Lygia Clark apresentam esta característica: só se completam com a intervenção direta do público.
Observe, na fotografia, Lygia Clark manuseando uma das obras originais criadas para a série Bichos.
Lygia Clark é uma das mais reconhecidas artistas brasileiras. Pioneira nas propostas que envolvem a participação do público e a exploração sensorial, a artista é uma referência não apenas para a arte contemporânea, mas também para o campo da arteterapia.
As influências de Lygia Clark na obra de Marepe
A produção artística de Lygia Clark representa um marco na arte brasileira e influencia muitos artistas, como Marcos Reis Peixoto, conhecido como Marepe.
Marepe é um artista brasileiro reconhecido no Brasil e no exterior. Já expôs em alguns dos mais importantes museus de arte do mundo, como o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand ( maspi), em São Paulo ( São Paulo), o Centro , em Paris, na França, e a Tate Modern, em Londres, no Reino Unido. Em 2003, Marepe expôs uma de suas criações na Bienal de Veneza, na Itália.
Observe, a seguir, a representação de uma casa multifuncional em uma reprodução da obra de Marepe chamada Embutidinho recôncavo. Assim como nas obras da série Bichos, de Lygia Clark, o espectador é convidado a modificar a casa, atribuindo-lhe novos formatos, por meio do manuseio das dobradiças de metal que unem as placas de madeira.
O título dessa obra faz referência a Santo Antônio de Jesus, cidade de origem de Marepe, localizada em uma região do estado da Bahia conhecida como Recôncavo Baiano.
O uso da tecnologia na arte
Com o desenvolvimento tecnológico, muitos artistas contemporâneos passaram a incorporar novos materiais e técnicas a suas criações artísticas. Um exemplo disso é a instalação mostrada na fotografia desta página.
Para produzir a instalação Ainda estão vivos, o artista Paulo Waisberg empilhou, no canto de uma sala, uma série de monitores de computador que seriam descartados. Alguns dos equipamentos utilizados estão desligados – provavelmente avariados.
Os monitores que estão ligados são utilizados para agregar uma característica essencial à obra: a reprodução da imagem de um olho humano aberto enviada por computador. A utilização de recursos tecnológicos é cada vez mais comum em obras de artistas contemporâneos. Observe atentamente a imagem.
Faça no diário de bordo.
Foco na linguagem
- Por que a obra Ainda estão vivos é classificada como uma instalação?
- Qual é o principal material utilizado nessa obra?
- Em sua opinião, qual teria sido a intenção do artista ao produzir essa obra?
- Como a obra se relaciona com o título?
Entre textos e imagens
Geração anual de lixo eletrônico passa de 40 milhões de toneladas
“ reticências
Em 2016, o mundo gerou 44,7 milhões de toneladas de lixo eletrônico, 3,3 milhões de toneladas (8%) a mais do que em 2014. O montante equivale ao peso de quase torres Eiffel.
A parte indigesta é que apenas 20% − ou 8,9 milhões de toneladas − do montante descartado foi reciclado. Se continuarmos nesse ritmo, a produção de ‘sucata pós-moderna’ pode chegar a 52,2 milhões de toneladas em 2021.
reticências
Computadores, celulares e outros [aparelhos] descartados como lixo são ricos depósitos de ouro, prata, cobre, platina, entre outros materiais de valor. O estudo da ônu [Organização das Nações Unidas] estima que todo o lixo eletrônico gerado em 2016 poderia gerar US$ 55 bilhões em valor de materiais reaproveitáveis.
Ao invés de serem reciclados, esses materiais acabam em lixões e aterros. Resíduos eletrônicos representam um risco alto e crescente para o meio ambiente e a saúde humana. reticências
Devido à composição heterogênea desses materiais, reciclá-los com segurança é complexo, caro e exige pessoal capacitado. Na maior parte do tempo, como mostra o estudo da ônu, não é isso o que ocorre. Através de processos de reciclagem informais, metais pesados, como o chumbo, são frequentemente liberados no meio ambiente.
Avanços ocorrem, mas a passos lentos. O estudo chama atenção para o avanço nas legislações sobre resíduos eletrônicos. Atualmente, 67 países têm regulação nesse sentido, 44% a mais que em 2014. Mas leis sozinhas não dão conta do desafio, é preciso fiscalizar a cadeia de produção e descarte, além de estimular a reciclagem adequada desses materiais. E, claro, também cabe a nós, consumidores, realizarmos compras mais conscientes e descarte adequado.”
BARBOSA, Vanessa. Geração anual de lixo eletrônico passa de 40 milhões de toneladas. Exame. 13 fevereiro 2018. Mundo, publicação digital. Disponível em: https://oeds.link/KynTQ0. Acesso em: 28 fevereiro 2022.
Faça no diário de bordo.
- Que problema ambiental é abordado no texto?
- Em sua opinião, de que maneira obras como Ainda estão vivos, de Paulo váisberg, podem contribuir para o enfrentamento do problema apresentado pelo texto?
Arte e muito mais
Arte e meio ambiente
A preservação da natureza é essencial à manutenção da vida. Por essa razão, vários artistas utilizam diferentes suportes e técnicas para produzir obras nas quais denunciam problemas ambientais a fim de contribuir para a mudança de atitude das pessoas em relação ao meio ambiente. Esse é o caso da obra Ainda estão vivos, de Paulo váisberg, que conhecemos nas páginas anteriores.
Assim como Paulo váisberg, outros artistas utilizam objetos descartados para produzir obras artísticas. Observe, por exemplo, as obras reproduzidas a seguir. Elas foram feitas pelo artista alemão shult.
Na obra Homem lixo, shult utilizou componentes eletrônicos, como placas e circuitos de computador, para representar os pulmões de seu “homem lixo”. Em Homem cabelo, o artista utilizou materiais descartados relacionados aos cuidados com os cabelos, como embalagens de cosméticos, secadores, pentes e escovas. Com essas obras, shult deseja promover reflexões sobre questões como o consumismo inconsequente e a exploração irracional dos recursos naturais.
Faça no diário de bordo.
• O que a sua comunidade escolar sabe sobre reciclagem? Você e seus colegas desenvolverão um questionário de pesquisa com este tema. Elaborem as perguntas, apliquem o questionário em outras turmas da escola, tabulem as informações e compartilhem os resultados em cartazes.
Frans krachbérg
Uma referência na criação de obras com cunho ambiental é o escultor, pintor e fotógrafo Frans krachbérg (1921-2017).
Ao longo de sua trajetória, krachbérg sempre utilizou sua arte para promover a defesa da natureza, denunciar a degradação ambiental e despertar a consciência da sociedade para essa realidade.
Nascido na Polônia e naturalizado brasileiro, o artista expressava com suas obras a indignação diante das queimadas e dos desmatamentos ocorridos no país. krachbérg viajou pelo Brasil fotografando áreas desmatadas, principalmente na Amazônia. Delas recolheu resíduos (como troncos, raízes, cipós) que utilizou na produção de esculturas de grandes dimensões. krachbérg também produzia pinturas com pigmentos naturais extraídos da terra, de minerais e de outros elementos orgânicos.
Em 2003, foi inaugurado o Instituto Frans krachbérg de Arte e Meio Ambiente. Situado no Jardim Botânico de Curitiba, no Paraná, o instituto é um centro de referência para a chamada arte ambiental.
No próximo Tema, você vai conhecer outros artistas que criam obras que chamam a atenção do público para questões ambientais.
PARA LER
• VENTRELLA, Roseli; BERTOLOZZO, Silvia. Frans krachbérg: arte e meio ambiente. São Paulo: Moderna, 2006.
Esse livro apresenta a concepção artística de Frans krachbérg em suas esculturas, que denunciam as questões do meio ambiente.
A videoarte
A partir da década de 1960, utilizando recursos de vídeo, vários artistas passaram a criar imagens, muitas vezes em movimento, que extrapolavam o espaço das telas e ocupavam paredes e monitores. Assim se desenvolveu a videoarte.
Um dos pioneiros da videoarte foi o artista sul-coreano (1932-2006). Os aparelhos de televisão foram a principal matéria-prima utilizada por em suas produções. O artista se destacou por abordar em suas obras não apenas as imagens, mas também os aparelhos.
Na obra reproduzida nesta página, por exemplo, utilizou 1.003 aparelhos de televisão para criar uma videoinstalação que tem mais de 20 metros de altura.
Artista e obra
Considerado o fundador da videoarte, o sul-coreano foi um dos primeiros artistas visuais a explorar as possibilidades da associação das novas tecnologias à expressão artística.
Suas criações com a imagem em movimento provocaram mudanças na concepção da programação de televisão e da produção de vídeos. também utilizou outros meios expressivos, como as performances e as instalações artísticas.
integrou o Fluxus, importante movimento de pesquisa artística das décadas de 1960 e 1970, que influenciou os artistas das gerações seguintes e inseriu as realizações em vídeo no circuito mundial da arte.
No Brasil, em 1996, foi homenageado no 11o Festival Internacional de Arte Eletrônica Vídeo-Brasil, realizado em São Paulo ( São Paulo).
A casa
Vários artistas usam diferentes linguagens para produzir suas obras. Na videoinstalação apresentada a seguir, por exemplo, os artistas Mauricio Dias e Uálter utilizaram elementos das linguagens visual e audiovisual. Observe um registro dessa criação na fotografia reproduzida a seguir.
Observe que, nessa obra, os artistas utilizaram o desenho para representar, sobre papel de parede, diferentes espaços de uma casa, como os quartos e a piscina. Sobre o papel de parede desenhado, foram instalados cinco monitores, nos quais foram reproduzidos vídeos curtos dos artistas nos espaços representados. Observe a seguir os detalhes dessa obra.
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Foco na linguagem
1. Em sua opinião, o que teria motivado os artistas a criar a obra A casa? Comente com os colegas e o professor.
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Experimentações
• Agora é hora de experimentar, na sala de aula, uma das obras participativas que Lygia Clark chamava “proposições”. O nome dessa proposição específica é Caminhando. Ela propôs uma experiência com a Fita de Moebius, que é também uma formulação geométrica feita por matemáticos.
Material
• Folha de papel sulfite
• Tesoura com pontas arredondadas
• Cola
Procedimentos
a. Corte uma tira vertical de, aproximadamente, 5 centímetros de largura do papel sulfite.
b. Pegue a tira e una as duas pontas. Você deverá virar uma das pontas, de maneira que o “anel” de papel passe a ser algo parecido com o número “8”. Cole.
c. A Fita de Moebius está pronta. Agora, faça um pequeno picote no meio dela para cortar de uma ponta a outra, sem romper a borda do papel.
d. Depois de experimentar a proposta ao longo da aula, converse com os colegas sobre essa experiência e registre suas impressões no diário de bordo.