Tema 2  A arte ao alcance de todos

A arte pública

Ao andar pelas ruas das cidades, é comum vermos muitas obras de arte que interagem com o ambiente e integram a paisagem. Como essas obras estão em espaços de livre acesso a todos, e não em galerias e museus – espaços tradicionalmente reservados para exposições –, são chamadas arte pública.

Essas obras caracterizam-se por modificar, em caráter temporário ou permanente, o local onde são inseridas. A criação do artista indiano mostrada na fotografia desta página é um exemplo de arte pública.

Fotografia. Grande escultura de forma similar a um grão de feijão instalada em um parque cheio de pessoas. A superfície da escultura é espelhada e reflete uma parte do parque, com pessoas, árvores e alguns prédios. Uma parte da obra está mais acima do solo, e as pessoas podem passar por baixo dela.
, . Cloud gate. 2004. Escultura de aço inoxidável polida, 10 por 20 por 12,8 métros. Chicago, Illinois, Estados Unidos. Fotografia de 2017.

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Foco na linguagem

  1. Você considera Cloud gate uma obra de caráter temporário ou permanente?
  2. A tradução de Cloud gate é “Portal da nuvem”. Por que, em sua opinião, o artista deu esse título à obra?
  3. Nas ruas e nas praças da cidade ou da localidade em que você reside, há arte pública? Em caso afirmativo, comente com os colegas como são essas obras.

Obras no espaço público

Até o início do século vinte, as esculturas que eram produzidas e inseridas em ruas e em praças dos municípios brasileiros tinham caráter estritamente oficial. Sua principal expressão eram os monumentos, geralmente obras grandiosas, com as quais se homenageavam personalidades e se comemoravam eventos históricos. Ao público cabia contemplar e admirar os monumentos e, assim, reconhecer a identidade do lugar em que vivia.

Os monumentos, em geral, são produzidos com materiais de alta durabilidade, como pedra ou bronze, o que lhes confere caráter permanente. O monumento que você observa nesta página, por exemplo, foi produzido com mármore, granito e bronze.

Fotografia. Monumento localizado em uma praça a céu aberto, em forma de fonte, com a representação de uma mulher em bronze com o braço levantado e alguns homens atrás. Na base do monumento, há esculturas menores, também em bronze, representando embarcações com bebês em suas proas.
DE ANGELIS, Domenico. Monumento comemorativo à Abertura dos Portos às Nações Amigas. 1900. Detalhe de escultura de mármore, granito e bronze, dimensões variadas. Manaus (Amazonas). Fotografia de 2015.

Baldosas

Historicamente, a arte foi usada como ferramenta para produzir memória, prestar homenagem e oferecer um alento coletivo a povos que vivenciaram eventos traumáticos. As baldosas, placas criadas pelo Movimento de mortos e desaparecidos políticos da Argentina, foram instaladas nos locais onde pessoas desapareceram durante a Ditadura Civil Militar na Argentina (1976-1983).

Na fotografia, observamos o irmão de Yves Domergue limpando a baldosa que será colocada no Cemitério Melincue, em homenagem ao francês Yves e à mexicana Cristina Cialceta, sequestrados em 1976, durante a ditadura na Argentina, cujos corpos foram identificados 34 anos depois.

Fotografia. Homem de cabelo castanho escuro, vestido com blusa de lã nas cores preto e vermelho, passa pano em uma placa retangular, nas cores vermelho, azul, amarelo e branco, que se encontra sobre uma mesa preta, manchada com as tintas usadas para pintar a placa.
Eric Domergue limpando a baldosa de Yves e Cristina. Buenos Aires, Argentina, 2010.

Monumentos para produzir memória foram criados em muitos contextos, como no caso do Holocausto ou chôa – no qual milhões de judeus, além de ciganos, comunistas, homossexuais e pessoas com deficiências, foram assassinados.

No caso argentino, artistas e ativistas se juntaram para criar estratégias a fim de que a memória não se restringisse a monumentos estáticos, mas se mantivesse atuante nas ações coletivas.

Os monumentos, portanto, não são apenas um modo de produzir memória do passado, mas sim de disputar no presente o sentido da memória e da história.

Arte e muito mais

Monumentos na cidade de São Paulo

O Instituto Pólis, organização focada em pesquisa e formação para o direito à cidade, realizou uma pesquisa sobre os monumentos da cidade de São Paulo intitulada “Quais histórias as cidades nos contam? A presença negra nos espaços públicos de São Paulo” . Para produzir essa pesquisa, o instituto elaborou alguns questionamentos:

  • O que esses monumentos retratam?
  • São pessoas, objetos, símbolos?
  • Quem eles homenageiam?
  • Quem produz esses monumentos e por quê?
  • Que espaços da cidade eles ocupam?
  • Onde estão localizados?
  • Quantas pessoas os veem cotidianamente?
Infográfico. Mapa da cidade de São Paulo na cores cinza, amarelo e azul, com pequenos retângulos pretos sobre ele. Há uma legenda das cores: a cor amarela indica áreas com mais de 40% da população negra e ela ocorre nas periferias da cidade, longe do centro; os pequenos retângulos pretos indicam a localização de monumentos, e estão concentrados na região central da cidade, poucos monumentos se encontram na área periférica; a cor azul, por fim, indica represas que cortam a cidade. Na base da legenda, uma escala que indica que 1 centímetro do mapa equivale a 5 quilômetros na realidade.
Mapa de monumentos oficiais por distrito da cidade de São Paulo (São Paulo). Geosampa, 2020. In: Quais histórias as cidades nos contam? A presença negra nos espaços públicos de São Paulo. São Paulo: Instituto Pólis, 2020.Disponível em: https://oeds.link/jCIAIx. Acesso em: 28 fevereiro 2022.

A análise da catalogação dos monumentos identificou que, em sua maioria, eles não representam mulheres e pessoas racializadas negras e indígenas. Identificou também que os monumentos estão concentrados nas áreas centrais da cidade, e não nas periferias. Em geral, os monumentos representam homens brancos que exerceram alguma fórma de poder na história da cidade.

Com base nisso, o que podemos indagar? De que fórma a distribuição dos monumentos e sua representatividade poderiam atender a histórias e territórios mais amplos nas cidades? Que monumentos poderiam ser criados para isso?

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Ícone. Tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo

Desenvolva uma pesquisa, em grupo, sobre os nomes das ruas, praças, instituições (como escolas e bibliotecas) e monumentos da sua cidade. Quem são os homenageados? Há diversidade nessas representações? Quem vocês consideram que poderia ser homenageado? Para fazer esse mapeamento, observem, pesquisem, tomem nota sobre o conjunto e, finalmente, produzam um relatório crítico, com atenção à diversidade nas representações.

As obras, o espaço e o público

Ao longo do século vinte, ocorreram muitas transformações no modo de pensar e de fazer arte. As obras instaladas em espaços públicos, cada vez mais, convidavam as pessoas a pensar e a observar o ambiente por meio da interação. O rompimento com a visão do público como mero espectador permeou a maioria das propostas de arte a partir do início do século vinte.

Essas experiências tiveram início na década de 1950, com movimentos que propunham a renovação da arte brasileira, entre eles o movimento do Neoconcretismo, que você conheceu no Tema anterior. Franz váismam, autor da escultura Diálogo, que podemos observar na fotografia a seguir, foi um dos integrantes do movimento neoconcreto.

Fotografia. Escultura geométrica, feita com chapas de aço na cor marrom, localizada em um parque público, a céu aberto. As placas são finas, mas estão posicionadas de forma a dar a sensação de profundidade, como duas letras C inclinadas e de frente uma para outra. Ao fundo, pessoas e um prédio antigo.
váismam, Franz. Diálogo. 1978-1979. Escultura de chapas de aço pintadas, 4,43 por 5,15 por 1,50 métros. São Paulo (São Paulo). Fotografia de 2018.

A busca de interação com o espaço e com o público também pode ser observada na escultura mostrada na fotografia a seguir. De autoria de Leo Santana, essa obra foi produzida em 2002, em homenagem ao centenário do escritor Carlos Drumôn de Andrade (1902-1987). No banco, que faz parte da escultura, lê-se a frase “No mar estava escrita uma cidade”, de autoria de Drumôn.

Fotografia. Escultura de um homem de óculos, sentado em uma das extremidades de um banco com as pernas cruzadas. Ao seu lado, uma mulher de verdade, de cabelos longos, vestida com camiseta e calça pretas, sentada no centro do banco, lê um livro e abraça o homem representado na escultura. A escultura está localizada em um calçadão de praia, com o mar ao fundo.
SANTANA, Leo. Carlos Drumôn de Andrade. 2002. Escultura de bronze em tamanho natural. Rio de Janeiro (Rio de Janeiro). Fotografia de 2018.

Entre textos e imagens

Carlos Drumôn e a crítica social brasileira

Leia o poema Cidade prevista, publicado em 1945, pelo poeta Carlos Drumôn de Andrade:

“Guardei-me para a epopeia

que jamais escreverei.

Poetas de Minas Gerais

e bardos do Alto do Araguaia,

vagos cantores tupis,

recolhei meu pobre acervo,

alongai meu sentimento.

O que eu escrevi não conta.

O que desejei é tudo.

Retomai minhas palavras,

meus bens, minha inquietação,

fazei o canto ardoroso,

cheio de antigo mistério

mas límpido e resplendente.

Cantai esse verso puro,

que se ouvirá no Amazonas,

na choça do sertanejo

e no subúrbio carioca,

no mato, na vila xis,

no colégio, na vila oficina,

território de homens livres

que será nosso país

e será pátria de todos.

Irmãos, cantai esse mundo

que não verei, mas virá

um dia, dentro em mil anos,

talvez maisreticências não tenho pressa.

Um mundo enfim ordenado,

uma pátria sem fronteiras,

sem leis e regulamentos,

uma terra sem bandeiras,

sem igrejas nem quartéis,

sem dor, sem febre, sem ouro,

um jeito só de viver,

mas nesse jeito a variedade,

a multiplicidade toda

que há dentro de cada um.

Uma cidade sem portas,

de casa sem armadilha,

um país de riso e glória

como nunca houve nenhum.

Este país não é meu

nem vosso ainda, poetas.

mas ele será um dia

o país de todo homem.”

ANDRADE, Carlos Drumôn de. A rosa do povo. vigésima primeira edição Rio de Janeiro: Record, 2000. página 161-162.

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Questão

1. Que relações você pode fazer entre o poema e a sua percepção sobre o Brasil?

Fotografia em preto e branco. Homem calvo de óculos, vestido com uma camisa escura com detalhes em uma cor mais clara, repousa a cabeça em uma das mãos e sorri levemente.
O poeta Carlos Drumôn de Andrade. Fotografia de 1984.

Intervenções artísticas

A arte, muitas vezes, pode promover a interação entre os habitantes e o espaço que ocupam.

Fotografia. Intervenção artística localizada à beira de um rio de cidade grande com esculturas gigantes coloridas com o formato de garrafas pet. Ao lado, trânsito intenso de carros em uma via expressa.
isrur, Eduardo. pétis. 2008. Intervenção com 20 esculturas de vinil instaladas sobre plataformas de flutuação, cabos de aço, lâmpadas fluorescentes, 10 por 3,5 métros (cada peça). Margens de concreto do Rio Tietê, São Paulo (São Paulo).

Em pétis, Eduardo Srur criou grandes esculturas que representam garrafas péti e as dispôs às margens do Rio Tietê, em São Paulo (São Paulo). Realizada em 2008, essa intervenção de caráter temporário permaneceu cerca de dois meses e estima-se que tenha sido vista por cerca de 60 milhões de pessoas. Além do Rio Tietê, a Represa Guarapiranga − em São Paulo (São Paulo) − e o Lago Taboão − em Bragança Paulista (São Paulo) − receberam a intervenção pétis.

Propostas como pétis podem desenca­dear reflexões a respeito do modo como os seres humanos se relacionam com o espaço e com a natureza. Com o material utilizado na produção das esculturas da obra pétis, confeccionaram-se centenas de mochilas, que foram doadas a estudantes das escolas públicas que visitaram a intervenção.

Fotografia. Intervenção artística com esculturas gigantes coloridas com o formato de garrafas pet boiando em um rio. Ao fundo, prédios e construções característicos de uma cidade grande. À frente, uma árvore.
SRUR, Eduardo. pétis. 2011. Intervenção com 20 esculturas de vinil instaladas sobre plataformas de flutuação, cabos de aço, lâmpadas fluorescentes, 10 por 3,5 métros (cada peça). Lago Taboão, Bragança Paulista (São Paulo).

Arte e muito mais

Projeto Rios e Ruas

Observe o manifesto visual Rios e Ruas.

Fotografia. Manifesto visual ilustrado com um círculo nas cores azul e branco, com diversos elementos. No centro do círculo, o desenho do planeta Terra. Ao redor, há quatro cenas conectadas por um fio largo azul, que representa a água: a primeira, à esquerda, a água alimenta as raízes de árvores frondosas; a segunda, abaixo, mostra residências com o fluxo de água passando por baixo delas, como uma rede de abastecimento de água; a terceira, à direita, é um mapa de uma cidade com um canal de água que passa por ele, como se fosse um rio de linhas sinuosas; a quarta, acima, pessoas correndo, há algumas pintadas com a cor azul, e uma delas recebe água pela linha através do pés. Circundando a ilustração toda, uma a frase: 'os rios e as ruas estão para uma cidade assim como os canos e tubulações estão para as casas assim como os vasos capilares estão para as árvores assim como as veias estão para os homens'.
Manifesto visual Rios e Ruas. Mostra Rios e Ruas. Instituto Harmonia, 2014.

Rios e Ruas é um projeto criado em 2010 por José Bueno, arquiteto social, e Luiz de Campos Júnior, geógrafo e educador.

Por meio de iniciativas artísticas, formativas e de participação em mostras e exposições de arte, o projeto busca conscientizar e sensibilizar as pessoas sobre a presença dos rios, córregos e nascentes que estão nas cidades, soterrados ou não.

Muitas cidades foram construídas sobre rios, do que derivam muitos problemas ambientais e catástrofes, visto que a construção dessas cidades ignorou características fundamentais da vida de um rio, como as cheias com as chuvas.

Reflita sobre esse tema e, com base no exemplo do projeto Rios e Ruas, pense em outras maneiras de provocar reflexões, por meio da arte, sobre como convivemos com os rios.

Projeções

Na atualidade, os artistas cada vez mais têm utilizado recursos advindos dos avanços tecnológicos para a produção de suas obras. Observe a fotografia reproduzida a seguir.

Fotografia. Projeção da imagem do rosto de uma pessoa na mata de um rio, durante o período noturno. Essa projeção tem tons de verde. À direita, um pequeno barco de passageiros navega no rio.
CARVALHO, Roberta. Symbiosis. 2011. Projeção de imagem sobre vegetação, sem dimensões. Ilha do Combú, Belém (Pará).

A fotografia desta página mostra o registro de uma obra da artista visual Roberta Carvalho, que faz parte do projeto Symbiosis e consiste na projeção de imagens fotográficas e/ou de vídeo sobre copas de árvores e áreas de vegetação de diferentes espaços de cidades, florestas, comunidades, entre outros.

As projeções do projeto Symbiosis podem ser consideradas obras de caráter multimídia, pois integram elementos da fotografia, do vídeo, da instalação e da intervenção.

Simbiose é um termo científico que, em Biologia, pode ser definido como a associação entre dois organismos de espécies diferentes. Na proposta de Roberta Carvalho, a arte se associa à natureza e surge algo inusitado, promovendo uma nova reflexão sobre a relação dos seres humanos com a natureza, por meio da prática artística.

Artista e obra

Roberta Carvalho

Fotografia. Mulher de cabelo castanho, sentada em uma poltrona colorida, vestida com uma camisa jeans e calça preta.
A artista visual Roberta Carvalho, em Belém (Pará). Fotografia de 2017.

A artista visual Roberta Carvalho é natural de Belém (Pará) e estudou Artes Visuais na Universidade Federal do Pará (ú éfe pê á). Roberta desenvolve projetos artísticos em todo o Brasil e já participou de exposições na França, na Espanha e na Ilha de Martinica.

Roberta Carvalho se dedica ao desenvolvimento de trabalhos que visam abordar a relação entre a arte e o espaço público. A artista também pesquisa a integração entre a arte e a tecnologia. Ela utiliza, por exemplo, diferentes recursos digitais para criar, armazenar e reproduzir imagens com as quais cria suas obras. Essa relação com o espaço e a tecnologia pode ser observada no projeto Symbiosis, que você conheceu na página anterior.

Em 2016, Roberta Carvalho desenvolveu o projeto Mauá Remixes, no qual a artista projetou sobre um edifício da praça Mauá, no Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), vídeos sobre o cotidiano de pessoas que moram nessa região. Observe um registro dessa obra na fotografia reproduzida a seguir.

Fotografia. Projeção do rosto de uma pessoa na fachada de um prédio alto durante o período noturno. Trata-se de um homem idoso de cabelo grisalho, vestido com uma camiseta branca e um casaco preto.
CARVALHO, Roberta. Mauá Remixes. 2016. Projeção de vídeos sobre prédio, sem dimensões. Praça Mauá, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).

As projeções de Regina Silveira

A artista Regina Silveira há anos utiliza recursos tecnológicos em suas produções. Ao longo de sua carreira, ela realizou diversas intervenções urbanas nas quais projetou imagens em grande escala sobre paredes e outros espaços públicos e privados, utilizando recursos como laser, projetores e pontos de luz.

Em 2009, Regina Silveira realizou a intervenção Passeio selvagem. Buscando promover um diálogo com a arquitetura urbana, ela criou animações digitais que reproduziam pegadas de animais e as projetou em prédios e em ruas de diferentes pontos de São Paulo (São Paulo). Para executar essa obra, a artista instalou um equipamento de projeção em um automóvel em movimento, que serviu de base para projetar as imagens com laser.

Fotografia. Projeção de desenhos nas laterais de dois prédios feita com raios laser na cor verde, durante o período noturno, de pegadas de animais e seres humanos, as imagens estão um pouco distorcidas, patas estreitas demais ou pés disformes.
SILVEIRA, Regina. Passeio selvagem. 2009. Intervenção urbana com projeção de laser, dimensões variadas. São Paulo (São Paulo).

Antes de Passeio selvagem, Regina Silveira já havia utilizado projeções em obras urbanas. Em 2001, por exemplo, ela projetou moscas gigantes em paredes de prédios de São Paulo (São Paulo). Observe a fotografia.

Fotografia. Projeção da imagem de uma mosca em preto e branco, na fachada de um prédio, durante o período noturno.
SILVEIRA, Regina. Transit. 2001. Intervenção urbana com projeção de laser, sem dimensões. São Paulo (São Paulo).

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Experimentações

Nesta seção, você e os colegas vão partir da discussão sobre os monumentos para reinventar o mapa da cidade em que vivem. Vocês se organizarão em grupos de até quatro participantes para criar uma nova cartografia em cartaz, inserindo lugares, inventando novos desenhos de ruas e rios e escolhendo nomes de figuras que vocês gostariam de homenagear, dando os seus nomes aos espaços públicos.

Material

  • Cartolina
  • Lápis grafite
  • Canetas
  • Canetinhas
  • Revistas para fazer recortes
  • Tesoura com pontas arredondadas
  • Cola

Procedimentos

  1. Comecem esboçando o mapa da cidade sobre a cartolina. Destaquem os principais pontos de interesse, ocupando todo o espaço do papel.
  2. Discutam quais figuras vocês gostariam de homenagear no mapa e por quê. Vocês podem rebatizar praças, parques, ruas, avenidas ou até mesmo a escola!
  3. Agora, é hora de criar sobre esse mapa. Com as canetas e canetinhas, vocês podem destacar lugares ou percursos que já existem ou inserir novos elementos. Experimentem livremente, afinal, esta é uma proposta artística.
  4. Se desejarem, vocês podem desenhar alguns elementos na cartografia ou buscar imagens de referência nas revistas para colar no cartaz.
  5. Ao final da proposta, apresentem os resultados aos colegas e conversem sobre as escolhas de cada grupo. Lembrem-se de fazer um registro da proposta no diário de bordo.
    Ícone. Diário de bordo.
Fotografia. Esculturas gigantes representando um boi colorido com chifres vermelhos e corpo azul e amarelo, um marinheiro, uma mulher de chapéu branco com objetos nas mãos e um homem com uma roupa multicolorida e um pano branco cobrindo a cabeça. Essas esculturas estão em pedestais de concreto fincados na margem de uma praia urbana, dentro da água. À direita, há uma via de onde se avistam as esculturas.
MORENO, Tati; SAMPAIO, Félix. Detalhe de Monumento ao folclore sergipano. 2018. Esculturas de personagens folclóricas confeccionadas em fibra de vidro e resina de poliéster, 7 métros (altura de cada escultura). Largo da Gente Sergipana, Aracaju (Sergipe). Fotografia de 2020.