Tema 3  Dança e tecnologia

A dança e os recursos digitais

Nas Unidades anteriores, você conheceu artistas que empregam diferentes tecnologias para criar suas obras. Os avanços que possibilitaram a gravação e a reprodução de sons, as projeções e as videoinstalações são exemplos de obras artísticas criadas com o auxílio de recursos digitais.

Com seus avanços e a popularização de equipamentos – como câmeras digitais e telefones celulares, computadores e internet –, a tecnologia passou a fazer parte do universo da dança e a influenciá-lo. Muitos coreógrafos e bailarinos/dan­çarinos descobriram nessa interface um meio de ampliar as possibilidades criativas e poéticas. Podemos observar essa utilização tanto utilitária quanto estética.

Observe a fotografia reproduzida nesta página. Você pode imaginar que recursos tecnológicos foram utilizados na concepção do espetáculo retratado a seguir?

Fotografia. Duas mulheres dançam em frente a um telão no qual é projetado um desenho abstrato em tons de laranja. Elas vestem vestidos escuros e estão em movimento. Com a luz, suas sombras são projetadas no telão.
As dançarinas Julia Viana e Luiza Folegatti apresentam o espetáculo Corpo Projeção, em São Paulo (São Paulo), em 2014.

Corpo Projeção

A fotografia da página anterior mostra uma cena do espetáculo Corpo Projeção, apresentação de dança concebida e realizada pelas artistas Julia Viana e Luiza Folegatti. Nesse espetáculo, as artistas dançam em constante diálogo com projeções.

O espetáculo Corpo Projeção é apresentado em uma sala em que são instalados projetores que lançam imagens sobre as paredes. Essas projeções dialogam com o corpo das artistas, ora se mesclando, ora criando relações de oposição entre si, promovendo uma espécie de jogo entre o real e o virtual.

Observe, a seguir, outros registros do espetáculo Corpo Projeção.

Fotografia. Duas mulheres dançam em frente a um telão no qual é projetado uma luz em tons de verde-claro e amarelo. Elas vestem vestidos escuros e estão em movimento, com os braços abertos. Com a luz, suas sombras são projetadas no telão.
Julia Viana (à esquerda, na fotografia) e Luiza Folegatti em apresentação de Corpo Projeção, em Campinas (São Paulo), em 2015.
Fotografia. Mulher de cabelo comprido, usando um vestido longo, está em frente a um telão no qual é projetada uma imagem com desenhos florais nas cores azul e lilás.
Apresentação do espetáculo Corpo Projeção, em São Paulo (São Paulo), em 2015.

Uma proposta multilinguagem

O espetáculo Corpo Projeção faz parte de um projeto de mesmo nome criado, em 2013, por Julia Viana e Luiza Folegatti. A principal proposta desse projeto é o desenvolvimento de experimentações artísticas que proporcionam o diálogo entre diferentes linguagens, como a dança, o vídeo e a projeção.

Com formações distintas – Julia é formada em Dança, e Luiza, em Midialogia –, no projeto Corpo Projeção, essas artistas propõem pesquisar as possibilidades de criação de trabalhos artísticos que extrapolem os limites entre as linguagens, por meio de exercícios de sobreposição, fusão, justaposição de imagens do corpo e da projeção.

Fotografia. Mulher de cabelo preso em um coque no topo da cabeça, veste camiseta regata preta e olha para o lado.
Julia Viana, em São Paulo (São Paulo). Fotografia de 2014.
Fotografia. Mulher de cabelo castanho cacheado em frente a uma projeção nas cores azul e amarelo.
Luiza Folegatti, em São Paulo (São Paulo). Fotografia de 2014.

Para a realização do projeto Corpo Projeção, colaboraram também a produtora Isabela Maia, o artista gráfico Marcus Braga, o músico Victor Negri e a webdesigner Ana Rute Mendes, entre outros.

Artista e obra

Julia Viana

No relato a seguir, a dançarina Julia Viana apresenta mais informações sobre o projeto Corpo Projeção.

“A pesquisa que move o projeto Corpo Projeção investiga experimentos criativos entre dança, vídeo, projeção e música, dialogando com os questionamentos contemporâneos sobre as fronteiras entre as linguagens artísticas e entre arte e vida.

Propomos estudar como a dança cria imagens e como as imagens criam dança, construindo um processo criativo com base nessa relação. Esses dois fluxos de experimento se cruzam e constituem o impulso criativo do projeto Corpo Projeção.

Por meio de vídeos criados com imagens sugeridas com base no movimento corporal, em investigações sobre fluxo, impulso e duração, ampliamos essas imagens com o projetor sob o corpo em movimento e a arquitetura do espaço. Essa experiência resulta na criação de um ambiente em que o movimento e a imagem, do corpo e do vídeo, sobrepostos, configuram uma instalação audiovisual e coreográfica.

A partir da dança e das imagens internas provocadas pelas projeções, são criadas novas propostas de captação de imagens externas, gerando novos vídeos a serem projetados. Com esses experimentos, construiu-se, aos poucos, um retrato íntimo e em constante transformação das dos espaços e das experiências que o processo percorreu.

A pesquisa sobre a construção do corpo, dos vídeos, das projeções e da instalação baseia-se nos estudos sobre dança e imagem realizados por mim e pela Luiza Folegatti. Essa pesquisa teve início em 2012 com o nosso encontro no processo de criação de Bando, do Grupo Vão, coletivo de dança contemporânea.

Em 2013, essa proposta tomou fórma como projeto artístico, no espaço do Condomínio Cultural em São Paulo, com o nome Corpo Projeção. Utilizando a pesquisa corporal e as tecnologias de vídeo e de projeção, esse projeto tem-se configurado uma experiência em que os elementos das diferentes linguagens artísticas se influenciam, sem hierarquia, e a nossa formação (Midialogia e Dança) vem passando por um processo de se arriscar em fusão, de modo que ambas manipulam imagens e realizam performance.

Corpo Projeção é um projeto de interlinguagem artística. Nesse encontro de linguagens, procuramos trazer para o público outra experiência de tempo. reticências.”

Depoimento concedido especialmente para esta Coleção, em setembro de 2018.

Pixel

Pixel, da companhia francesa de dança Käfig, é um dos mais conhecidos espetáculos de dança com projeções. No desenvolvimento desse trabalho, o coreógrafo e diretor murrádi marzúqui convidou os artistas digitais clér bardãna e para criar uma série de projeções com as quais os dançarinos contracenam durante a apresentação do espetáculo.

Observe as fotografias reproduzidas a seguir.

Fotografia. Quatro dançarinos vestidos com camisetas de manga comprida e calças coloridas, se apresentam em um palco escuro. No chão, há uma projeção de luzes em preto e branco, que simulam abrir um buraco bem no local onde eles se encontram.
Fotografia. Quatro dançarinos vestidos com camisetas de manga comprida e calças coloridas, se apresentam em um palco escuro. No chão, há uma projeção de luzes em preto e branco, que simulam abrir um vão entre eles. Os dançarinos estão em movimento: à esquerda, um está deitado e o outro em pé, com os braços abertos; à direita, separados por vão no chão, um homem pula e joga o corpo para trás e outro andando com as pernas dobradas.
Dois momentos do espetáculo Pixel em que os integrantes da companhia francesa de dança Käfig contracenam com projeções, em Créteil, França, em 2014.

O real e o virtual

Assim como em Corpo Projeção, no espetáculo Pixel os dançarinos da companhia de dança Käfig propõem um diálogo entre o real e o virtual, e o espectador tem dificuldade para diferenciar o que é real do que é virtual. No espetáculo, além de se adaptarem ao espaço virtual, eles têm de se adequar ao ritmo das projeções. Toda a apresentação é embalada por músicas que remetem à cultura hip-hop − movimento que conhecemos no Tema 2.

Observe, a seguir, outras imagens de apresentações do espetáculo Pixel.

Fotografia. Homem vestido com camiseta e calça amarelas dança entre luzes de pontinhos brancos que parecem sair de velas.
Fotografia. Dançarina de cabelo preso, vestida com um body laranja, executa um movimento que exige bastante flexibilidade do corpo: ela segura as pernas com as mãos, acima da cabeça, enquanto seu ventre está no chão. Ela se encontra em um palco com jogo de luzes projetado no chão, que se assemelha a uma teia de aranha.
Integrantes da companhia Käfig de dança em duas cenas do espetáculo Pixel, em Créteil, França, em 2014.

Faça no diário de bordo.

Experimentações

A seguir, você fará dois experimentos para investigar a diferença e as possibilidades de criação a partir de imagens digitais, que têm como suas matérias-primas os pixels. Para fazer esses experimentos, forme grupos com quatro colegas. Juntos, delimitem um espaço quadrado de mais ou menos 1 por 1 métros. Para essa delimitação, vocês podem usar qualquer material que tiverem à mão.

Experimento 1

  1. Enquanto uma pessoa faz movimentos de dança, três pessoas observam, fazendo uma fórma de foco com as mãos. O foco das mãos funcionará como três câmeras fixas, cada pessoa deve observar a cena de um plano diferente.
    • A primeira pessoa se posiciona bem próximo ao chão para focar o movimento de baixo para cima.
    • A segunda fica em pé e foca o movimento na altura de seus olhos.
    • A terceira procura um lugar mais alto, como uma cadeira, e foca o movimento de cima para baixo.
    • A quarta dança dentro do quadrado, usando os três níveis espaciais – baixo, médio e alto.
  2. Façam algumas vezes esse experimento até que todos os colegas do grupo passem pelos três focos e pelo lugar do dançarino que será observado.
Ilustração. Duas mãos em sentidos opostos formam um gesto de enquadramento de cena. A imagem enquadrada no centro é uma espécie de olho ou lente de uma câmera fotográfica.

Experimento 2

  1. Usando a função de fotografar e filmar de um telefone celular, experimentem outras fórmas de foco, dessa vez produzindo registro de dança.
    • Três pessoas dançam dentro do quadrado, e uma faz duas fotografias diferentes usando os níveis espaciais e um lado diferente do quadrado.
    • Três pessoas dançam fóra do quadrado, próximo de suas bordas, e uma pessoa faz três fotografias de dentro do quadrado.
    • Três pessoas dançam dentro do quadrado ou próximo a suas bordas e uma pessoa faz um vídeo de até 30 segundos usando diferentes ângulos, níveis espaciais e distâncias.
  2. Façam algumas vezes esse experimento até que todos os colegas do grupo passem pelos três movimentos de foco e pela dança.
  3. Quando terminarem os dois experimentos, visualizem as fotografias e os vídeos produzidos com atenção e retomem a pergunta: qual é a diferença em ver movimentos de dança ao vivo e a partir de um vídeo ou de uma fotografia? Para responder a essa pergunta, considerem as diferenças entre a maneira como vocês perceberam ou registraram os movimentos da dança e o modo como se relacionaram com o espaço ao usar o foco das mãos, a fotografia nas diferentes propostas e o vídeo.

A videodança

A primeira relação entre dança e vídeo nasceu da necessidade de registrar a dança. Diferentemente da música, que pode ser gravada ou registrada em uma partitura, ou de um quadro ou um livro, a dança é uma arte fugaz, que só acontece no momento em que é dançada. Por isso, havia a preocupação em registrar os trabalhos coreográficos e criar, assim, um acervo para que a história da dança não se perdesse. No registro, a câmera geralmente é colocada de frente para o local da apresentação, o que é chamado tomada geral, pois filma a coreografia em um único e contínuo enquadramento.

No entanto, assim como o cinema utilizava essa linguagem audiovisual como fórma artística e poética, coreógrafos começaram a enxergar nessa plataforma uma nova possibilidade para a dança. Assim, o vídeo passou a fazer parte da criação, dando origem à videodança.

Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.

O bailarino e coreógrafo estadunidense Mêrci Câninguem (1919-2009) foi o primeiro a fazer experimentos trabalhando a relação entre vídeo e dança. Sua primeira videodança foi Westbeth, uma colagem de seis partes que tinha a intenção de provocar mudanças na percepção da passagem do tempo utilizando os recursos do vídeo.

Fotografia. Bailarino de cabelos grisalhos, com roupas roxas, faz um movimento com o braço esquerdo erguido. Está descalço sobre um palco, cujo cenário é uma parede de tijolos brancos.
Mêrci Câninguem em Avignon, na França, em 1988.

A videodança no Brasil

A videodança é uma criação em que as danças são concebidas especialmente para ser vistas em uma tela. Assim, os movimentos da câmera, bem como a escolha dos planos, o zoom, os enquadramentos, a montagem dos quadros e a edição das cenas, são tão importantes para o resultado final quanto os movimentos dos dançarinos gravados pela câmera.

Na videodança, a imagem em vídeo é resultado do trabalho do coreógrafo – responsável pelas coreografias – e do videomaker – respon­sável pela concepção e pela edição das imagens.

Observe alguns fotogramas da videodança Retina, desenvolvida pelo grupo Margaridas Dança, de Brasíla (Distrito Federal), em 2009.

Fotografia. Duas adolescentes (à esquerda, a menina veste camiseta azul e shorts; à direita, a menina usa vestido em tons de rosa) estão de mãos dadas, uma de frente para a outra, no centro de uma calçada, andando de patins. Ao fundo, o mar.
Fotografia. Homem de cabelo curto preto, vestido com camiseta rosa, toma uma bebida de uma xícara oferecida por uma mulher de cabelo preso, vestida com uma blusa tomara-que-caia branca.
Cenas da videodança Retina, do grupo Margaridas Dança, 2009. Roteiro e coreografia de Laura Virginia.

Faça no diário de bordo.

Experimentações

Ícone. TCT. Ciência e tecnologia.

   

Você conhece práticas contemporâneas que aliem dança e tecnologia? Nos últimos anos, os vídeos de dança se transformaram em um fenômeno nas redes sociais, mas eles são diferentes da videodança, porque são feitos mais para entretenimento do que fruição artística. Como pensar sobre isso do ponto de vista da linguagem da dança? Faça uma pesquisa em grupo sobre esse tema.

Procedimentos

  1. O primeiro ponto a considerar são as métricas das redes sociais. Reúna-se em grupo com seus colegas e escolham três artistas televisivos ou influencers que vocês acompanhem nas redes sociais. Vocês deverão identificar nas redes sociais desses artistas se existem vídeos de dança e como é o engajamento do público para este tipo de conteúdo, considerando itens de avaliação como “curtidas”, “comentários” e “compartilhamentos”. São postagens de maior ou menor engajamento? A que vocês atribuem o impacto das postagens desses vídeos de dança, com maior ou menor engajamento? Coletem dados para discutir sobre isso.
  2. Agora que vocês já fizeram um levantamento de métricas e engajamento para essas postagens de dança na internet, vocês devem considerar como elas são estilisticamente, do ponto de vista da linguagem da dança. As câmeras são estáticas ou se movimentam? Os artistas aproveitam a profundidade do espaço ou dançam de um mesmo ponto? São danças que exploram elementos da linguagem da dança, como peso, velocidade, equilíbrio, os níveis e outros que você já tenha estudado? Assistam a alguns dos vídeos e tomem nota sobre esses pontos.
  3. Para encerrar a atividade, façam uma roda de conversa, compartilhando as referências de artistas e influencers escolhidos, as métricas observadas e as características estilísticas dos vídeos assistidos.

Faça no diário de bordo.

Pensar e fazer arte

Como você observou neste Tema, são muitas as possibilidades de relação entre a dança e a tecnologia. Diversos grupos do Brasil e do exterior se interessam por essa linguagem e têm desenvolvido diferentes trabalhos nos mais diversos espaços. Além disso, nos Temas anteriores desta Unidade, você conheceu companhias e estilos de dança que usam a rua ou outros espaços não convencionais para dançar. Agora é a sua vez de criar uma videodança com os colegas em um espaço da escola. Vocês podem usar a câmera do telefone celular para produzir o vídeo.

Momento 1 – Espaço-dança

  1. Forme um grupo com cinco colegas.
  2. Relembrem a experimentação da cartografia no início da Unidade (página 140) e os espaços da escola que vocês mapearam na proposta. Escolham um desses espaços para criar a videodança.
  3. No espaço escolhido, experimentem alguns movimentos. Vocês podem criar algo totalmente novo, mas tenham como referência para essa criação aquilo que fizeram na experimentação do Tema 1 e o que esse espaço significa pessoalmente para um integrante do grupo ou mais.
  4. Percebam as possibilidades de ocupar esse local com o corpo. Vocês também podem incluir alguns objetos cênicos (adereços) para compor o espaço, ou dançar com eles.
  5. Escolham alguns movimentos que vão fazer parte do vídeo a ser produzido na próxima aula. Comecem a imaginar como seria criar uma videodança com esses movimentos e nesse espaço escolhido. Não é necessário que sejam muitos movimentos, porque o vídeo terá, no máximo, 1 minuto, e nele alguns movimentos podem ser repetidos ou improvisados.
  6. Façam anotações usando palavras-chave ou desenhos no diário de bordo para lembrar os movimentos criados e o modo como pensaram em ocupar com eles o espaço escolhido.
    Ícone. Diário de bordo.

Momento 2 – Videodança

  1. Relembrem os movimentos criados e o modo como imaginaram ocupar o espaço com eles e repitam algumas vezes.
  2. Escolham um integrante do grupo para ser o “diretor” desse trabalho, e outro para fazer a filmagem da videodança.
  3. Façam algumas filmagens como testes. Para a produção do vídeo, não é necessário que todos dancem ao mesmo tempo. Combinem momentos em que um entra e faz alguns movimentos, depois outros dois entram e repetem ou fazem outros movimentos etcétera
  1. O “diretor” deve atentar ao fato de que esse não é apenas um videorregistro, mas um exercício de criação. Utilizem recursos como zoom, foco e enquadramento. Lembrem-se de que o modo de gravar também faz parte da criação artística. Ousem e experimentem várias maneiras de realizar esse trabalho.
  2. Depois de fazer alguns testes, vejam juntos o que produziram e escolham qual registro ficou melhor. Em seguida, produzam a videodança final.
  3. Lembrem-se de salvar esse vídeo para apresentar na próxima aula.

Momento 3 – Mostra

  1. Com a orientação do professor, assistam aos vídeos dos colegas com atenção e anotem algumas perguntas para fazer aos grupos sobre o que criaram.
  2. Após assistir a todos os vídeos, cada grupo vai comentar como foi o processo de criação de sua videodança e responder a perguntas dos colegas e do professor.

Avaliação

Ao final, conversem entre todos da turma sobre como foi essa experiência e respondam a algumas perguntas:

  1. Como foi o processo de criação e de gravação da videodança?
  2. Vocês perceberam diferenças entre esta proposta para criar uma videodança e as experimentações anteriores?
  3. Que dificuldades foram enfrentadas nesse processo?
  4. Como foi a experiência de assistir à videodança dos outros grupos? Mencionem elementos de que vocês gostaram no trabalho dos outros grupos.
Fotografia. Quatro dançarinas usando macacões preto e branco, com desenhos geométricos, e máscaras faciais pretas, estão em um boulevard, em frente a casas coloridas. Elas formam um losango, com duas delas uma de frente para a outra e as outras duas olhando para frente.
Cena da videodança Transiterrifluxório réc, do grupo Cláudio Lacerda/Dança Amorfa, Recife (Pernambuco), 2021.

Faça no diário de bordo.

Autoavaliação

Nesta Unidade, você aprendeu sobre o trabalho de diferentes grupos contemporâneos de dança, como o Grupo Contemporâneo de Dança Livre, o AVOA! Núcleo Artístico, o Grupo Strondum, que criam espetáculos tendo a rua como espaço para suas apresentações. Os espetáculos criados por esses grupos procuram aproximar o público da linguagem da dança.

Essas propostas de espetáculos também possibilitaram relacionar as danças realizadas na rua com outras manifestações de dança de rua, como o break e o frevo, que, como você já estudou, têm origens diversas e até hoje estão presentes em nossa cultura.

Você também conheceu alguns coreógrafos que apresentam propostas inovadoras em relação aos movimentos, aos figurinos, aos adereços e aos recursos tecnológicos, ampliando as referências sobre os rumos da dança contemporânea.

Os três Temas desta Unidade também possibilitaram a você refletir sobre a linguagem da dança e as relações que se podem estabelecer com os movimentos cotidianos e que podem ser fonte de pesquisa e de repertório para a apreciação e a criação de coreografias e de videodança.

Agora que chegamos ao final da Unidade, é importante que você reflita sobre o que aprendeu e sobre o caminho percorrido até este momento.

Para isso, responda no diário de bordo às questões a seguir.

Ícone. Diário de bordo.
  1. Cite um ou mais dos aprendizados vivenciados nesta Unidade que o ajudaram a compreender a linguagem da dança. Justifique suas escolhas.
  2. Mencione uma das atividades práticas que mais o ajudaram a compreender a linguagem da dança e a diversidade de movimentos que podem ser criados, aprendidos e experimentados. Justifique.
  3. Como foi sua experiência de realizar leituras de textos e imagens, análises de textos e compartilhamento de informações com os colegas? Justifique sua resposta.
  4. Como foi para você experienciar a realização das atividades das seções Experimentações e Pensar e fazer arte desta Unidade? Justifique.
  5. O estudo desta Unidade mudou o modo como você vivencia a linguagem da dança? Dê exemplos.
  6. O que poderia ajudá-lo a aprofundar seus conhecimentos sobre a dança?
  7. Do ponto de vista da cooperação e da colaboração, como você avalia a sua relação com os colegas?
  8. Sobre as práticas de pesquisa realizadas na Unidade, o que você considera que aprendeu?
  9. Ainda sobre as práticas de pesquisa e seus modos de compartilhamento, você já tinha feito algo similar? Como acha que esses recursos contribuem para a sua aprendizagem?
  10. Você reconheceu práticas ou referências culturais presentes no seu dia a dia sendo trabalhadas na Unidade? Se sim, como você se sente quando isso acontece?