UNIDADE cinco  Clima e vegetação

Fotografia. No primeiro plano, cactos com diversos ramos finos, verdes e com alturas distintas. Atrás e ao redor dos cactos, vegetação rasteira e arbustiva seca e de baixa estatura. No segundo plano, um morro com vegetação rasteira e seca, o topo com solo exposto. Acima, o céu azul sem nuvens.
Paisagem típica da Caatinga em período da estiagem, no município de Floresta, Pernambuco (2021).

Você verá nesta Unidade:

O tempo atmosférico e o clima

As massas de ar

A previsão do tempo

Elementos climáticos e fatores geográficos

Os climas da Terra e do Brasil

As vegetações da Terra e do Brasil

Orientações e sugestões didáticas

Apresentação

A quinta Unidade do livro trabalha as seguintes Unidades Temáticas da Bê êne cê cê: O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas; fórmas de representação e pensamento espacial e Natureza, ambientes e qualidade de vida.

A Unidade está em consonância com as seguintes Competências Gerais da Bê êne cê cê: (1) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; (5) Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de fórma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva; (6) Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

A Unidade trabalha as seguintes Competências Específicas do Componente Curricular Geografia: (1) Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas; (2) Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das fórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história; (3) Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem; (5) Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia; (6) Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

Fotografia. Vista aérea de uma área vasta e plana, coberta por vegetação rasteira e arbustiva densa, com folhas verdes e de diversos portes. Acima, o céu coberto com nuvens cinzas e carregadas.
Paisagem típica da Caatinga em período de chuvas, no município de Pombal, Paraíba (2019).

As fotografias de Floresta (Pernambuco) e Pombal (Paraíba) mostram localidades com paisagens características da Caatinga em períodos de estiagem e de chuvas.

Com o predomínio de espécies vegetais resistentes a longos períodos de escassez de umidade, a Caatinga é uma formação vegetal adaptada ao clima Semiárido, que abrange o Sertão da Região Nordeste e parte da faixa norte de Minas Gerais.

O Semiárido se caracteriza pela ocorrência de temperaturas elevadas e baixos índices de pluviosidade durante todo o ano. Nas estações sêcas, que se prolongam por muitos meses, os arbustos e árvores de porte baixo, típicos da Caatinga, perdem a folhagem e assumem um aspecto ressequido. Quando as chuvas voltam, porém, a folhagem brota novamente e o verde volta a compor a paisagem.

Você já teve a oportunidade de observar a paisagem da Caatinga por morar em um município do Semiárido brasileiro ou por ter visitado essa região? Quais tipos de clima e de vegetação você conhece?

Você sabe diferenciar tempo atmosférico de clima? Como o tempo atmosférico influencia a vegetação na região em que você vive?

Orientações e sugestões didáticas

Nesta Unidade

A Unidade cinco aborda dois aspectos físicos com estreita relação: o clima e a vegetação. Apesar de eles serem estudados separadamente, deve-se salientar a influência do clima na formação vegetal que predomina em cada zona climática ou em determinada região, bem como a influência da vegetação nas características do clima.

A abertura da Unidade possibilita o levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre as temáticas que serão aprofundadas. Peça a eles que observem as fotografias e pergunte-lhes se reconhecem as paisagens.

Depois, incentive-os à leitura atenta do pequeno texto apresentado e solicite que reflitam sobre o clima Semiárido e suas principais características.

É interessante que os estudantes conversem com liberdade, exercitando o diálogo.

São trabalhados ao longo da Unidade os seguintes Objetos de conhecimento:

  • Identidade sociocultural.
  • Relações entre os componentes físico-naturais.
  • Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras.
  • Biodiversidade e ciclo hidrológico.

CAPÍTULO 11  O tempo atmosférico e o clima

No dia a dia, muitas vezes empregamos as palavras “tempo” e “clima” como sinônimos, mas elas correspondem a conceitos bem diferentes.

Quando falamos que o dia está quente ou frio, seco ou chuvoso, estamos nos referindo ao tempo atmosférico, isto é, às condições meteorológicas de um lugar em determinado momento. Essas condições são passageiras, sofrendo alterações após períodos relativamente curtos: de um dia para o outro ou até de uma hora para outra, por exemplo.

Para determinar o clima de uma região, é preciso medir e registrar diariamente as temperaturas, o índice de pluviosidade, a fôrça e a direção dos ventos e outros aspectos do tempo atmosférico em diferentes localidades dessa região por um período não inferior a trinta anos. O comportamento cíclico do tempo atmosférico, que tende a apresentar condições semelhantes ano após ano, é o que define as características do clima.

Observe a fotografia. As nuvens carregadas avançam sobre a região da Floresta Amazônica e indicam a possibilidade de chuva. Como podemos explicar a mudança de tempo nesse lugar? Você sabe quais são os fatores que levam as nuvens a se deslocar?

Fotografia. Vista aérea de uma vasta área plana. No centro, um rio extenso e de água marrom. Nas laterais, uma grande floresta densa e verde nas margens do rio. Acima, o céu com nuvens cinzas e carregadas.
Vista do rio Aripuanã em Apuí, Amazonas (2020).
Orientações e sugestões didáticas

Sobre o Capítulo

O Capítulo aborda o clima, diferenciando-o do conceito de tempo atmosférico.

É importante que os estudantes compreendam que o tempo atmosférico é uma situação momentânea, com duração de horas ou de alguns dias. O clima representa uma situação mais duradoura, definida após 30 anos ou mais de observações do tempo, podendo estimar a intensidade dessas características para os anos seguintes.

Destacamos o papel das massas de ar nas mudanças do tempo atmosférico e apresentamos a importância da previsão do tempo para os seres humanos.

Também são apresentados os elementos e os fatores climáticos. O entendimento de tais conceitos é importante para a compreensão da existência e a diferenciação das zonas térmicas e dos tipos climáticos.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

ê éfe zero seis gê ê zero três: Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.

ê éfe zero seis gê ê um um: Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero três.

Texto complementar

Tempo e clima

Na ciência da atmosfera, usualmente é feita uma distinção entre tempo e clima e entre meteorologia e climatologia. Por tempo (weather) nós entendemos o estado médio da atmosfera numa dada porção de tempo e em determinado lugar. Por outro lado, clima é a síntese do tempo num dado lugar durante um período de aproximadamente 30-35 anos. O clima, portanto, refere-se às características da atmosfera, inferidas de observações contínuas durante um longo período. O clima abrange um maior número de dados do que as condições médias do tempo numa determinada área. Ele inclui considerações dos desvios em relação às medidas (isto é, variabilidade), condições extremas, e as probabilidades de frequência de ocorrência de determinadas condições de tempo. Desta fórma, o clima apresenta uma generalização, enquanto o tempo lida com eventos específicos.

A meteorologia é geralmente definida como a ciência da atmosfera e está relacionada ao estado físico, dinâmico e químico da atmosfera e às interações entre eles e a superfície terrestre subjacente. A climatologia é o estudo científico do clima. Há uma considerável semelhança no conteúdo da climatologia e da meteorologia. O meteorologista e o climatólogo, contudo, diferem significativamente em sua metodologia.

AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Tradução: Maria Juraci Zani dos Santos. quarta edição Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. página 2.

As massas de ar

As mudanças do tempo atmosférico em determinado lugar estão relacionadas a vários fatores, em especial ao movimento das massas de ar.

As massas de ar são formadas por grandes volumes de ar que podem se deslocar em razão da diferença de pressão atmosférica entre áreas distintas. A temperatura e a umidade das massas de ar são determinadas pelas condições ambientais da região onde se originam. Desse modo, as que se formam nas proximidades das Zonas Polares e Temperadas são frias e provocam a queda da temperatura nas regiões por onde passam. Já as que se originam nas Zonas Tropicais provocam aumento da temperatura nas regiões por onde passam.

Quando se originam sobre os oceanos, as massas de ar são úmidas e provocam chuvas por onde passam. Já as massas de ar que se formam sobre os continentes podem apresentar baixo índice de umidade, se originadas em áreas sêcas, ou podem ser úmidas quando se formam sobre superfícies florestadas, como é o caso da massa de ar que se origina na região da Floresta Amazônica.

Ler o mapa

BRASIL: MASSAS DE AR

Mapa. Brasil: massas de ar. Mapa do Brasil na América do Sul, com destaque para setas coloridas que representam massas de ar. Massas de ar quente: Equatorial atlântica, representada por setas vermelhas que se dirigem do Oceano Atlântico à costa brasileira na região Nordeste; Equatorial continental: representada por setas laranjas que partem da porção oeste da região Norte brasileira em direção à Roraima, região Nordeste, Peru, Paraguai; Tropical atlântica: representada por setas verde claras que se dirigem do Oceano Atlântico, próximo ao Trópico de Capricórnio, às regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul do Brasil e porção sul do oceano Atlântico; Tropical continental: representada por setas verde escuras que partem do norte da Argentina e seguem em direção ao Uruguai e sul do Brasil. Massa de ar frio: Polar atlântica: representada por setas roxas que se dirigem da parte sul do oceano Atlântico em direção à região Sudeste pelo continente, à região Nordeste, pelo litoral brasileiro e para a Argentina, Bolívia e Peru. A massa de ar Polar Atlântica pode se encontrar com a Equatorial Continental, Tropical Atlântica e Tropical Continental. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 645 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 118.

No mapa, as setas indicam a direção em que se movimentam as massas de ar no Brasil. As massas originadas próximo à linha do Equador são chamadas de equatoriais, e as que se originam próximo ao trópico de Capricórnio são chamadas de tropicais. As massas de ar originadas ao sul do continente americano são chamadas de polares.

Observe que, no mapa, estão representadas massas de ar com origens diferentes:

  • três originadas no oceano Atlântico: Equatorial Atlântica, Tropical Atlântica e Polar Atlântica;
  • duas originadas no continente: Equatorial Continental e Tropical Continental.
  1. Qual é a massa de ar frio atuante no Brasil?
  2. Qual é a principal diferença entre as massas Equatorial Atlântica e Tropical Continental?
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Para ler o mapa “Brasil: massas de ar” é necessário observar que, de acordo com a legenda, cada cor representa uma massa de ar e cada uma das setas aponta o movimento aproximado que cada uma dessas massas de ar habitualmente faz na atmosfera. É importante observar que esse é um mapa temático que exemplifica unicamente os percursos aproximados das massas de ar sobre o território brasileiro e sul-americano. Nesse mapa, a largura das setas não aponta a intensidade da massa de ar representada, como no caso dos mapas quantitativos dinâmicos.

Comente com os estudantes que a massa Equatorial Continental é úmida, pois, apesar de se formar sobre o continente, recebe umidade proveniente da evapotranspiração amazônica.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero três.

Respostas

Ler o mapa:

  1. A massa Polar Atlântica.
  2. A massa Equatorial Atlântica é quente e úmida porque se fórma sobre o oceano. Já a massa Tropical Continental é quente e sêca porque se fórma sobre o continente.
Ícone. Sugestão de livro.

Sugestões para o professor:

AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Tradução: Maria Juraci Zani dos Santos. quarta edição Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.

O livro traz princípios fundamentais da climatologia e da meteorologia direcionados especialmente a estudantes e professores das universidades situadas nas áreas tropicais.

rórsilei éndi. Tempo e clima. Barueri: Girassol, 2009 (Coleção Planeta Terra).

Por meio de imagens, o livro trata de questões referentes aos climas da Terra, como a importância do Sol e das chuvas para o equilíbrio e a preservação da vida no planeta.

A previsão do tempo

As condições da atmosfera influenciam diretamente a vida das pessoas. Por isso, a observação do tempo atmosférico sempre fez parte do cotidiano de diferentes povos e sociedades.

Ao longo da história da humanidade, foram desenvolvidas diferentes técnicas e construídos diversos equipamentos de medição das condições meteorológicas, como os termômetros.

A previsão do tempo, como conhecemos hoje, serve às mais diferentes finalidades. Por meio dela, as pessoas do campo e da cidade podem planejar melhor seu dia a dia. Ao saber com antecedência o provável comportamento da atmosfera, os agricultores podem planejar ações para reduzir perdas provocadas por geadas ou estiagens. Os controladores de voo, por sua vez, podem cancelar voos ou alterar a rota dos aviões ao receber a previsão de tempestades de chuva ou de neve.

A meteorologia e as condições meteorológicas 

Ícone. Ícone indicativo do tema contemporâneo transversal ‘Ciência e Tecnologia’, composto de uma tarja retangular de fundo verde claro, dentada nas laterais direita e esquerda, com a inscrição ‘Ciência e Tecnologia’ grafada em letras maiúsculas brancas.

As condições meteorológicas de um local se referem ao comportamento da atmosfera em determinado momento, considerando variáveis como a temperatura, a pressão atmosférica e a umidade do ar.

A meteorologia é a ciência que registra e analisa essas condições com o objetivo de identificar tendências que possibilitam realizar as previsões do tempo.

Existem, no Brasil e no mundo, centros de pesquisa especializados em meteorologia, que estudam as condições atmosféricas de diversos locais. Com base nos resultados das pesquisas, são realizadas previsões do tempo divulgadas nos jornais, na televisão e na internet. O mapa é um dos meios de divulgação da previsão do tempo.

BRASIL: PREVISÃO PARA 13/12/2021

Mapa. Brasil: previsão do tempo, 13 de dezembro de 2021. Mapa com a previsão para Manaus, Cuiabá, Recife, São Paulo e Porto Alegre. Manaus (Amazonas): muitas nuvens com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas, temperaturas mínima e máxima de 24 e 31 graus Celsius, respectivamente. Cuiabá (Mato Grosso): nublado com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas, temperaturas mínima e máxima de 23 e 31 graus Celsius, respectivamente. Recife (Pernambuco): poucas nuvens, temperaturas mínima e máxima de 24 e 31 graus Celsius, respectivamente. São Paulo (São Paulo): muitas nuvens com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas, temperaturas mínima e máxima de 15 e 21 graus Celsius, respectivamente. Porto Alegre (Rio Grande do Sul): muitas nuvens temperaturas mínima e máxima de 20 e 30 graus Celsius, respectivamente. Na parte inferior direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 455 quilômetros.
Fonte: CLIMATEMPO. Disponível em: https://oeds.link/4HtAdw. Acesso em: 13 abrponto 2022.
  1. Você já precisou pesquisar a previsão do tempo para planejar as atividades do seu dia a dia? Em que situação? Converse com seus colegas, ouça as respostas deles e compare-as com as suas. Há situações parecidas?
  2. Escolha no mapa uma unidade federativa do Brasil e indique quais eram as temperaturas máximas e a nebulosidade previstas para ela.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Para fazer a previsão do tempo, os meteorologistas contam com os dados colhidos por satélites e radares. Esses dados são compilados em computadores e estudados, permitindo a previsão do tempo.

Apesar de existirem estudos sobre a atmosfera desde a Grécia Antiga, o desenvolvimento científico da meteorologia ocorreu a partir do século dezesseis. Em um primeiro momento, o termômetro e o barômetro eram equipamentos de medição usados para o estudo do tempo.

No século dezenove, a invenção do telégrafo facilitou a transmissão das informações meteorológicas apuradas.

Os balões atmosféricos para estudos em altitude foram desenvolvidos no século vinte. Mais adiante, ainda no século vinte, radares militares passaram a ser utilizados para medições meteorológicas. O desenvolvimento dos computadores permitiu análises mais detalhadas e previsões mais precisas.

O primeiro satélite meteorológico funcional, tiros um, foi lançado pela Nasa em 1960. Suas duas câmeras registravam e transmitiam imagens da atmosfera.

O tópico desenvolvido nesta página possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Ciência e tecnologia.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero três e ê éfe zero seis gê ê um um.

Respostas

  1. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes associem situações cotidianas à possibilidade de acessar previsões do tempo.
  2. Resposta pessoal. Professor, avalie a concisão das respostas apresentadas.

Texto complementar

As aplicações da meteorologia de hoje

Uma grande demanda para a Meteorologia se apresenta no contexto de grandes desafios de sobrevivência da sociedade nos dias de hoje.

Pela característica basicamente caótica da atmosfera e de sua relação com a terra sólida e com a forçante externa que vem do sol, não há respostas únicas para a questão da previsão de tempo e clima reticências.

Quando falamos da previsão de tempo consideramos os processos em apenas um subconjunto de compartimentos do sistema, aqueles com escala temporal menor que 2 ou 3 semanas, no máximo. Ao enfocar a previsão sazonal, vários outros compartimentos são agregados reticências. Passar a considerar o clima das próximas décadas já é um problema muito mais complexo, envolvendo a evolução dinâmica da biosfera e o oceano profundo, entre outras reticências.

A Meteorologia durante as próximas décadas tem a missão primordial de continuar documentando a evolução do clima da Terra, monitorando as tendências regionais com o detalhe exigido pelas aplicações reticências. Um dos pontos centrais é o ciclo hidrológico, que é básico para toda a problemática da disponibilidade e da qualidade da água. Conhecê-lo em toda a Terra, incluindo suas variabilidades em todas as escalas, sobre continentes e oceanos, deve ser um dos objetivos fundamentais da observação in loco e por satélite.

DIAS, Maria. Meteorologia e sociedade. Boletim ésse bê mét, página 11-12, agosto a novembro 2006.

Ícone. Ícone indicativo da seção ‘Lugar e cultura’. O ícone corresponde a uma ilustração composta por um vaso colorido dentro de um balão de diálogo que, por sua vez, está dentro de uma tarja retangular de fundo rosa escuro com a inscrição ‘Lugar e cultura’ grafada em letras brancas.

Lugar e cultura

A ciência dos profetas da chuva

Leia com atenção o artigo publicado em junho de 2017 em um jornal de grande circulação. Em seguida, responda às questões.

“Ainda era menino quando aprendi, com meu pai, a ler no grande livro da natureza.”

(Chico Leiteiro, sertanejo de Quixadá, cidade no interior do Ceará.)

reticências Ele não está sozinho. Pelo sertão adentro, existem dezenas de outros desses oráculos caboclos, anciãos que a cada começo de ano são inquiridos pela vizinhança a respeito reticências do próximo “inverno” (palavra pela qual os cearenses se referem à quadra anual chuvosa, situada entre os meses de fevereiro e maio). Em uma terra onde a quantidade de água que cai do céu ainda é decisiva para se estabelecer o limiar entre a fartura e a miséria, o sustento e a fome, a vida e a morte, os chamados “profetas da chuva” são respeitados como imparciais mensageiros, seja do júbilo, seja da penúria.

Na verdade, eles não são magos, adivinhos, estafetas do Além. São homens profundamente sensíveis, muitos deles analfabetos, mas capazes de ler e interpretar os sinais deixados pelo comportamento de plantas e bichos. reticências

O repertório dos profetas da chuva e de toda essa surpreendente meteorologia popular faz parte de uma tradição de milênios, construída reticências no exame da conduta dos ventos, na observação do voo dos insetos e das aves migratórias, na análise da floração sazonal de certas espécies vegetais. São saberes repassados de geração a geração reticências.

pê ésse: Os profetas da chuva se reúnem anualmente, em Quixadá. No encontro de 2017, Chico Leiteiro previu para o sertão cearense chuvas bem superiores às dos últimos cinco anos (todos de sêca), mas ainda inferiores à média histórica. A Fundação Cearense de Meteorologia divulgará os índices oficiais da quadra chuvosa na próxima semana. Os dados objetivos e os números prévios parecem indicar que Chico, mais uma vez, acertou no prognóstico.

NETO, Lira. A ciência dos profetas da chuva. Folha de S.Paulo, São Paulo, 11 junho 2017, página C8.

Fotografia. Ao fundo, um homem de cabelos brancos e óculos está de pé e com os braços cruzados, falando ao microfone . Atrás do homem, há uma faixa retangular alaranjada, com uma xilogravura em cada uma das extremidades: mulher sentada de vestido e lenço na cabeça e homem em pé e de chapéu. No centro da faixa, uma mão aberta e abaixo dela escrito: ENCONTRO DOS PROFETAS DA CHUVA. No primeiro plano, plateia composta de homens e mulheres sentados. Um dos homens da primeira fileira segura uma câmera de filmagem.
Os “profetas da chuva” em Quixadá, Ceará (2017).
  1. Que métodos os chamados profetas da chuva utilizam para fazer suas previsões? Qual é a importância dos conhecimentos e métodos utilizados por eles?
  2. Ao final do artigo, observa-se que Chico Leiteiro havia previsto o aumento das chuvas no Ceará, e que tudo indicava que seu prognóstico estava correto. Em 13 de junho daquele ano, a Fundação Cearense de Meteorologia divulgou que havia chovido bem mais do que nos cinco anos anteriores, o que colocava fim a um período de sêca extrema. Discuta com seus colegas: essa informação indica que o trabalho dos profetas da chuva é realmente eficiente, ou teria sido mera coincidência? Registre as conclusões a que chegaram.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Ao abordar os profetas da chuva, a seção valoriza o conhecimento popular sobre as variações do clima em Quixadá, Ceará, revelando a importância dos fatores climáticos para a população da região.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero três e ê éfe zero seis gê ê um um.

Respostas

  1. Eles leem e interpretam o comportamento de plantas e animais, observam a conduta dos ventos, o voo dos insetos e das aves migratórias, e analisam a floração sazonal de certas espécies vegetais. Com base na cultura popular, os profetas da chuva são capazes de prognosticar o regime de chuvas no período do inverno sertanejo.
  2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes considerem as informações apresentadas pelo texto para embasar as suas respostas.

O clima

O clima tem influência tanto nos fenômenos naturais como na dinâmica das sociedades, o que se reflete nas características da paisagem.

Nas sociedades humanas, o clima influencia a cultura, a economia e as ações das pessoas, incluindo a maneira como elas se vestem e se alimentam nas diferentes estações do ano.

As características da vegetação também são influenciadas pelo clima. As florestas de coníferas, por exemplo, são compostas de árvores e arbustos adaptados ao clima frio, pois apresentam a copa em formato de cone, que evita o acúmulo de neve. Por sua vez, a vegetação influencia na temperatura e na umidade do ar, sendo fator importante na definição do clima de uma região.

Quando observamos fotografias de uma paisagem, muitas vezes podemos ver indícios do clima do lugar retratado.

As fotografias 1 e 2 mostram momentos de lazer em lugares distintos. Na primeira imagem, a paisagem com presença de neve e a roupa das pessoas indicam o tempo frio; na segunda fotografia, as pessoas se banhando em uma praia demonstram o tempo quente.

Fotografia. Diversas pessoas vestindo calça, casaco, gorro e máscara estão em pé sobre equipamento de esqui, segurando bastões, em área coberta de neve.
Pessoas esquiam na neve em Canillo, Andorra (2021).
Fotografia. Diversas pessoas vestindo roupas de banho, como sungas, maiôs, biquínis e chapéus, estão em pé na areia da praia. Entre as pessoas, há toalhas, barracas e guarda-sóis. Ao fundo, presença de pessoas no mar.
Banhistas em praia localizada em sarbinouo, Polônia (2021).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Se julgar conveniente, retome os conteúdos sobre a incidência diferencial da luz e do calor solar na superfície do planeta Terra.

A precipitação tem a sua ocorrência relacionada ao ciclo da água, que, por sua vez, necessita da incidência solar para garantir o processo de evaporação.

O movimento de circulação das células de pressão e das massas de ar atmosférico também ocorre em relação às diferenças da irradiação solar na superfície terrestre.

As zonas térmicas ou zonas de temperatura do planeta Terra são diretamente associadas à irradiação solar que atinge o planeta com intensidade e ângulos diferentes; dependendo do local, porém, outras características, como a altitude, a continentalidade e a maritimidade, influenciam esse elemento.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero três e ê éfe zero seis gê ê um um.

A formação do clima

O clima se manifesta pela combinação de um conjunto de fenômenos atmosféricos, que podem ser identificados como elementos climáticos com características específicas em cada região do planeta. Os principais elementos climáticos são:

  • Temperatura: quantidade de calor aferida momentaneamente em determinado ambiente, influenciada sobretudo pela radiação solar. Como vimos no Capítulo 4, há uma distribuição desigual do calor irradiado pelo Sol na superfície terrestre.
  • Precipitação: a água presente na atmosfera pode precipitar-se (cair) principalmente na fórma de chuva, neve e granizo.
  • Pressão atmosférica: pressão que o ar exerce sobre tudo o que existe na superfície terrestre. Ela varia de um lugar para outro, e a diferença de pressão atmosférica entre dois lugares dá origem aos ventos e às massas de ar.

Observe, no quadro, exemplos da ação dos elementos climáticos e dos fatores geográficos na definição do clima.

Elementos climáticos

Fatores geográficos

Como atuam na formação do clima

Temperatura
Sofre influência da latitude, da altitude e da maritimidade e continentalidade.

Latitude

Na faixa intertropical, ou seja, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, a radiação solar incide com pouca inclinação, determinando temperaturas predominantemente elevadas. Já nas regiões polares, as temperaturas se mantêm baixas durante todo o ano.

Altitude

A temperatura diminui, em média, 0,6 °C a cada 100 metros de altitude.

Maritimidade e continentalidade

Em áreas mais próximas do mar, a variação de temperatura é menor que em áreas continentais distantes do mar.

Precipitação
A dinâmica das precipitações é influenciada por fatores como a umidade e a pressão atmosférica, que, por sua vez, são influenciadas pela latitude, maritimidade e continentalidade.

Latitude

Nas áreas próximas ao Equador os índices de precipitação são maiores que em outras zonas climáticas.

Maritimidade e continentalidade

Em condições de pressão atmosférica favoráveis, as áreas próximas ao litoral têm precipitações maiores que as do interior dos continentes. Isso se deve ao grande volume de umidade que a evaporação das águas oceânicas pode fornecer para a atmosfera.

Pressão atmosférica
A pressão atmosférica varia conforme a altitude e a temperatura do ar.

Altitude

A pressão atmosférica é menor nas áreas de maior altitude e é maior em locais de menor altitude.

Latitude

Nas áreas próximas aos polos, a pressão atmosférica é maior e a temperatura é mais baixa. Nessas áreas, originam-se as massas de ar frias. Nas áreas próximas ao Equador e nas regiões tropicais, a pressão atmosférica é menor e as temperaturas são mais altas. Nessas áreas, originam-se as massas de ar quentes.

Maritimidade e continentalidadeglossário

Orientações e sugestões didáticas

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero três.

Atividade complementar

Construção de um pluviômetro simplificado

O pluviômetro é um instrumento meteorológico usado para medir a quantidade de chuva que cai em um local em determinado intervalo de tempo. Sugira aos estudantes a construção desse instrumento, com a utilização do material e as orientações apresentadas a seguir.

Material

  • fita-crepe
  • fita adesiva
  • régua
  • uma garrafa plástica vazia de refrigerante de 2 litros

Mãos à obra

Passo 1. córte a garrafa ao meio. Encaixe a parte do gargalo, virada para baixo, na outra metade.

Passo 2. Prenda as duas partes com fita-crepe.

Passo 3. Desenhe uma régua na fita-crepe e cole-a do lado de fóra da garrafa, colocando o zero no fundo da garrafa. Com a fita adesiva, proteja a régua, para que ela não molhe com a água da chuva.

Passo 4. Agora, é só esperar a chuva e colocar seu pluviômetro no quintal de sua casa ou no pátio da escola e depois verificar a quantidade de água que se acumulou.

Texto complementar

Massas de ar

Uma massa de ar se fórma quando uma considerável porção da atmosfera estabelece um prolongado contato com uma vasta região, cuja superfície possui características aproximadamente homogêneas (oceanos, grandes florestas, extensos desertos, amplos campos de gelo). Por influência da superfície, a camada de ar termina adquirindo propriedades termodinâmicas bastante definidas no que concerne a calor e umidade. Quanto mais prolongado o contato com a superfície, mais espessa a camada de ar atingida por sua influência.

VAREJÃO-SILVA, M. A. Meteorologia e Climatologia. Versão Digital 2. Recife: inmét, 2006. página 369.

Ícone. Ícone indicativo da seção ‘Em prática’. O ícone corresponde a uma ilustração colorida composta por um pino de localização sobre um mapa dentro de um balão de diálogo que, por sua vez, está dentro de uma tarja retangular de fundo vermelho com a inscrição ‘Em prática’ grafada em letras brancas.

Em prática

O climograma

O climograma (também chamado de gráfico climático) é um gráfico duplo que resulta da junção de um gráfico de linha para as médias de temperatura a um gráfico de colunas para as médias de precipitação. Nele são representadas informações médias de um local em períodos determinados.

Vamos ler o climograma de Goiânia.

GOIÂNIA (Goiás): MÉDIAS MENSAIS DE TEMPERATURA E PRECIPITAÇÃO (1981-2010)

Gráfico. Goiânia (estado de Goiás): médias mensais de temperatura e precipitação (1981 a 2010). Climograma cujo eixo vertical esquerdo indica a precipitação média mensal, em milímetros; eixo vertical direito indica a temperatura média mensal, em graus Celsius; e eixo horizontal indica a letra inicial de cada mês do ano. Janeiro: precipitação média mensal: 250 milímetros; temperatura média mensal: 25 graus Celsius. Fevereiro: precipitação média mensal: 225 milímetros, temperatura média mensal: 25 graus Celsius. Março: precipitação média mensal: 260 milímetros; temperatura média mensal: 25 graus Celsius. Abril: Precipitação média mensal: 130 milímetros; temperatura média mensal: 25 graus Celsius. Maio: precipitação média mensal: 30 milímetros; temperatura média mensal: 23 graus Celsius. Junho: precipitação média mensal: 20 milímetros; temperatura média mensal: 22 graus Celsius. Julho: precipitação média mensal: 10 milímetros; temperatura média mensal: 22 graus Celsius. Agosto: Precipitação média mensal: 20 milímetros; temperatura média mensal: 24 graus Celsius. Setembro: precipitação média mensal: 50 milímetros; temperatura média mensal: 26 graus Celsius. Outubro: precipitação média mensal: 150 milímetros; temperatura média mensal: 26 graus Celsius. Novembro: precipitação média mensal: 220 milímetros; temperatura média mensal: 25 graus Celsius. Dezembro: precipitação média mensal: 290 milímetros; temperatura média mensal: 24 graus Celsius.
Fonte: BRASIL. Instituto Nacional de Meteorologia. Gráficos climatológicos. Disponível em: https://oeds.link/wiSWww. Acesso em: 20 fevereiro 2022.

A primeira informação a ser observada em um climograma é o seu título. Nele estão indicados os fenômenos representados, o local e a duração em que esses fenômenos foram registrados. No gráfico, foram representadas as médias de temperatura e de precipitação (chuva) no município de Goiânia durante o período de 1981 a 2010.

No eixo horizontal do gráfico estão indicados os meses referentes ao período de registro dos dados. Esse registro dos meses constitui uma informação que será utilizada tanto para a leitura da linha como para a leitura das colunas do climograma.

Cada barra (em azul) representa a quantidade média de chuva registrada em determinado mês. A linha (em vermelho) representa a temperatura média em cada mês.

Observe que, no lado esquerdo do climograma, há a indicação, em azul, da quantidade de precipitação (chuva) em milímetros (ême ême), que vai de zero até 300. De acordo com o sistema internacional de medidas, 1 milímetro de chuva equivale a 1 litro por metro quadrado.

No lado direito, em vermelho, temos a indicação das medidas representadas pelo gráfico de linha, que no eixo vertical mostra a evolução das médias de temperatura de cada mês (de zero a 30 graus Celsius) entre 1981 e 2010.

Note que, em média, o índice pluviométrico registrado para o mês de maio em Goiânia, de 1981 até 2010, foi inferior a 50 milímetros, enquanto a temperatura média nesse mesmo mês ficou entre 20 e 25 graus Celsius, em declínio para o mês seguinte.

Agora, faça o que se pede.

  1. Escolha um mês indicado no climograma e verifique o índice pluviométrico e a temperatura média registrados nesse mês.
  2. Verifique os meses que apresentam as maiores e as menores temperaturas médias e os que apresentam os maiores e os menores índices médios pluviométricos.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Esta seção possibilita que os estudantes correlacionem três elementos importantes das dinâmicas climáticas: os índices pluviométricos, a temperatura e a região de ocorrência de ambos os dados.

Como os índices apresentados no climograma são relacionados à região de análise, pode ser interessante ampliar a atividade buscando climogramas de outras regiões brasileiras que não a Sudeste. Informações e dados dessa natureza podem ser obtidos no site do Instituto Nacional de Meteorologia.

Observações

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero três.

A seção também trabalha o seguinte objeto de conhecimento da Bê êne cê cê: Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras.

Respostas

  1. Resposta pessoal. Verifique a coerência das respostas apresentadas.
  2. Maiores temperaturas: de setembro a abril; menores temperaturas: junho e julho; maior índice médio pluviométrico: de dezembro a março; menor índice médio pluviométrico: de junho a agosto.
Ícone. Sugestão de site.

Sugestão para o professor:

INSTITUTO Nacional de Meteorologia (Brasil).

Disponível em: https://oeds.link/fNoJr8. Acesso em: 11 abril 2022.

O site compila informações sobre o tempo e o clima nas diferentes regiões do território brasileiro.

Atividade complementar

Climograma do lugar de vivência

No site do Instituto Nacional de Meteorologia é possível acessar dados de temperatura e pluviometria de estações de medição espalhadas pelo território nacional. Procure dados de uma estação de medição mais próxima ao lugar onde os estudantes vivem, separe dados de pluviometria e temperatura do período de um ano e organize-os em um quadro, como o da página seguinte, distribuindo os dados de janeiro a dezembro. Compartilhe esses dados com os estudantes e solicite a eles que elaborem um climograma do lugar onde vivem.

Com os climogramas elaborados, converse com os estudantes sobre as características do clima no intervalo de tempo analisado e sobre as características gerais do clima na região. Reforce que precipitação e temperatura são dados que variam de acordo com a região que é analisada.

Essa atividade possibilita que os estudantes conheçam e compreendam melhor o lugar onde vivem, além de reforçar as relações entre índices pluviométricos, índices de temperatura e região.

Vamos construir um climograma utilizando as médias de temperatura e de precipitação do município de São Paulo?

  • O primeiro passo é buscar os dados que vamos utilizar. Muitos institutos meteorológicos e universidades no Brasil e no mundo disponibilizam publicamente esses dados. Para consultar as publicações, podemos ir até os institutos e bibliotecas ou acessá-las pela internet. No exemplo de São Paulo, apresentamos os dados do Boletim Climatológico Anual da Estação Meteorológica do í á gê usp.
  • Para construir o gráfico, vamos utilizar o climograma de Goiânia como modelo. Em seu caderno, faça uma linha horizontal para representar o eixo mensal e divida-a em doze partes iguais. Não se esqueça de deixar espaço suficiente para traçar as linhas e as colunas.
  • Cada divisão deve representar um mês do ano. Escreva o nome dos meses de maneira abreviada: janeiro , fevereiro , março , abril , Maio (único mês que não tem o nome abreviado), junho , julho , agosto , setembro, outubro , novembro e dezembro
  • Vamos utilizar as linhas do caderno para representar o eixo da precipitação e da temperatura. No eixo vertical à esquerda, escreveremos 0, 50, 100, 150, 200, 250, 300, 350 e 400, relativos à precipitação. No eixo vertical à direita, vamos escrever 0, 5, 10, 15, 20 e 25, relativos à temperatura.
  • Para preencher o gráfico de linhas, marque com ponto a temperatura média em cada um dos meses: janeiro, 22,9 graus Celsius; fevereiro, 23,5 graus Celsius; em sequência até dezembro (considerando os dados do quadro).
São Paulo (SP): médias de temperatura e precipitação em 2017

Mês

Temperatura (°C)

Precipitação (mm)

Janeiro

22,9

368,2

Fevereiro

23,5

155,5

Março

21,7

141,4

Abril

19,6

187,5

Maio

18,3

135,9

Junho

16,8

102

Julho

15,5

2,2

Agosto

16,3

78,8

Setembro

19,8

45,5

Outubro

20,4

124,6

Novembro

19,8

194,6

Dezembro

21,7

115,6

Fonte: INSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS DA USP. Boletim Climatológico Anual da Estação Meteorológica do ia gê usp. São Paulo: ia gê usp, 2017. p. 18, 30. Disponível em: https://oeds.link/vXkcTt. Acesso em: 13 abr. 2022.

  • O passo seguinte é desenhar a linha para ligar esses pontos.
  • Agora, marcamos no gráfico os dados da precipitação média de janeiro a dezembro: 368,2 milímetros; 155,5 milímetros; e assim por diante. E desenhamos cada uma das colunas conforme nosso modelo.
  • Por fim, colocamos o título, a legenda e a fonte dos dados do climograma que acabamos de construir.
Versão adaptada acessível

Os procedimentos listados para realização da atividade de construção de climograma podem ser adaptados para a construção de uma versão tátil do gráfico. Para isso, as linhas que o compõe poderão ser representadas com materiais maleáveis e com diferentes texturas sobre uma base emborrachada ou uma cartolina.

Orientação para acessibilidade

Caso possível, sugira o uso de materiais de diferentes texturas para a elaboração do climograma. Uma aula antes, oriente os estudantes a respeito dos materiais que eles devem levar à sala de aula para realizar a atividade. Contrastes do tipo liso e áspero, fino e espesso, tendem a favorecer a percepção tátil dos estudantes. Dessa forma, o climograma pode ser construído sobre cartolina ou papel pardo, podendo-se utilizar material emborrachado, diferentes tipos de papéis e tecidos, além de materiais maleáveis para traçar linhas. Os eixos horizontais e verticais, por exemplo, podem ser representados por barbantes. Oriente quanto ao local em que devem estar dispostas as informações relativas aos meses, às precipitações e às temperaturas. As barras relativas às precipitações podem ser feitas com material emborrachado ou papéis e tecidos de diferentes texturas ou cores, de modo a se criar uma relação entre as barras e os doze meses. A linha referente à temperatura pode ser representada por uma linha de lã. Auxilie os alunos para que os valores das precipitações e temperaturas correspondam aos dados apresentados no quadro.

Agora que você já construiu o climograma, faça o que se pede nas questões.

  1. Comente as vantagens e desvantagens de apresentar os dados graficamente.
  2. Quais diferenças podemos perceber entre o climograma que fizemos e o de Goiânia?
  3. Elabore um parágrafo caracterizando o clima da localidade representada.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Oriente os estudantes na interpretação dos dados e na elaboração do climograma.

É possível utilizar folhas de papel quadriculado para facilitar o trabalho com os gráficos.

Se julgar conveniente, em um primeiro momento elabore o climograma com os estudantes, usando a lousa.

Respostas

  1. A representação gráfica permite a identificação clara do período mais seco do ano ou do mais chuvoso, por exemplo. A percepção também é clara quanto aos períodos do ano mais e menos quentes. Além disso, é possível estabelecer relações entre temperatura e precipitação. Como desvantagem, os estudantes podem citar a falta de precisão numérica dos dados em um gráfico.
  2. Espera-se que os estudantes observem a diferença entre os períodos analisados. O climograma da página anterior analisa dados do intervalo entre os anos de 1981 a 2010. O climograma elaborado pelos estudantes avalia dados de 2017. Além disso, é possível que os estudantes apontem diferenças relativas aos maiores e menores índices apresentados.
  3. Resposta pessoal.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero três.

Atividades complementares

1. Descreva as condições atmosféricas do lugar onde você vive neste momento.

Resposta pessoal.

O estudante poderá observar as condições atmosféricas do lugar onde vive em relação à sensação térmica (frio ou calor), à aparência do céu (aberto, com muitas ou poucas nuvens) e à ocorrência de chuva.

2. A descrição que você fez do tempo é muito diferente das características do clima do lugar onde mora? Explique.

Resposta pessoal.

O estudante pode considerar as temperaturas previstas pelos serviços de meteorologia e relacioná-las às temperaturas médias do clima do lugar onde vive. Se preciso, deve recorrer aos sites de previsão do tempo ou aos jornais locais.

Os climas da Terra

Como vimos, os diferentes tipos de clima são influenciados por diversos fatores: a movimentação de massas de ar, a altitude, a latitude, a maritimidade e continentalidade, as atividades humanas, a presença de vegetação etcétera

Observe no mapa os principais tipos de clima do mundo. Repare que a classificação representada revela a influência das zonas térmicas do planeta (Tropical, Temperada e Polar) e também de certas características locais (Desértico, Frio de Montanha).

PLANISFÉRIO: CLIMAS

Mapa. Planisfério: climas. Planisfério com destaque para os continentes e tipos climáticos. Na Groenlândia e nas regiões polares ártica e antártica predomina o clima polar. No norte do Canadá, extremo norte da Europa e norte da Ásia, principalmente Rússia, predomina o clima frio. O clima temperado ocorre na porção norte dos Estados Unidos, em grande parte da Europa, no nordeste da Ásia, no centro e norte do Japão e pequenos trechos da África e da Oceania. O clima frio de alta montanha predomina na faixa oeste da América do Sul (Chile, principalmente), estreita faixa oeste entre Estados Unidos e Canadá e em parte do centro-sul da Ásia. O clima mediterrâneo ocorre no sul da Europa, nos países do Oriente Médio banhados pelo Mar Mediterrâneo e pequenas áreas do norte da África, África do Sul, oeste dos Estados Unidos e Oceania. O clima equatorial ocorre na porção noroeste da América do Sul, faixas da América Central, do México, do sul da Ásia e da Oceania. O clima tropical ocorre em parte da América do Sul, principalmente Brasil, do México e da África; em pequenos trechos da Oceania e da Ásia. O clima subtropical ocorre em parte do sul da América do Sul e sul dos Estados Unidos e trechos da Ásia e Oceania. O clima desértico ocorre na porção norte e sul da África, em trechos do interior da Ásia, Oceania e Estados Unidos. O clima semiárido abrange parte do oeste dos Estados Unidos, pequena área no nordeste do Brasil e no sudoeste da América do Sul, além de trechos da África, Ásia e Oceania. Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 2.410 quilômetros.
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 58.

Clima Equatorial

O clima Equatorial ocorre nas proximidades da linha do Equador. Nessas áreas, as altas temperaturas registradas durante todo o ano como resultado da incidência de raios solares com pouca inclinação fazem com que haja mais evaporação, o que provoca aumento da umidade do ar e abundância de chuvas ao longo de todo o ano.

Ícone. Sugestão de livro.
rórsilei éndi. Tempo e clima. Barueri: Girassol, 2009 (Coleção Planeta Terra). Por meio de imagens, o livro trata de questões referentes aos climas da Terra, como a importância do Sol e das chuvas para o equilíbrio e a preservação da vida no planeta.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Ao trabalhar este conteúdo, sugerimos uma comparação do mapa desta página com o mapa “Planisfério: zonas térmicas”, apresentado na Unidade dois deste volume. Ressalte para os estudantes as relações entre as incidências do clima Polar e as zonas térmicas Polar Ártica e Polar Antártica e entre as incidências do clima Tropical e do clima Equatorial e a zona térmica Tropical, por exemplo. Esclareça que essas relações não são coincidências, mas consequências da influência da radiação solar diferencial na superfície terrestre.

Ao apresentar cada um dos climas terrestres, reforce as relações entre seus nomes, a região geográfica de ocorrência, o regime pluviométrico e as características de umidade atmosférica e temperatura.

Comente que parte do território brasileiro encontra-se no clima Equatorial.

Para ampliar a atividade e estabelecer uma melhor abordagem da habilidade ê éfe zero seis gê ê um um, leve os estudantes a refletir sobre como os tipos de clima podem influenciar o modo de vida das pessoas. Para isso, é possível retomar as imagens da página 140 e, ainda, trabalhar as imagens da página 145.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero três e ê éfe zero seis gê ê um um.

Texto complementar

Clima e radiação solar

A fraca intensidade da irradiação solar nas altas latitudes produz temperaturas médias baixas, geralmente inferiores a 10 graus Celsius, e precipitações modestas (menos de 500 milímetros). Nelas dominam as massas frias polares e grandes turbulências atmosféricas responsáveis por condições de tempo bastante desfavoráveis. reticências

A alternância entre massas frias (polares) e massas quentes (equatoriais e tropicais) caracteriza o clima das médias latitudes, faixa por excelência de atuação das frentes polares. As temperaturas médias oscilam entre 10 e 20 graus Célsius e as quatro estações do ano aparecem bem caracterizadas em virtude da posição mediana no globo. reticências Os totais anuais de precipitação são elevados (entre 1 500 milímetros e 2 000 milímetros), diminuindo à medida que se avança para o interior dos continentes reticências.

Constituem o domínio das massas quentes (equatoriais e tropicais), que aí se formam em virtude da abundante radiação solar. As temperaturas médias excedem 20 graus Célsius e frequentemente estão acima de 25 graus Celsius, com pequena variação anual, inferior a 6graus (fenômeno denominado isotermia). reticências

CONTI, J. B.; FURLAN, S. A. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In: Rós, J. L. S. (organizador). Geografia do Brasil. quinta edição São Paulo: Edusp, 2011. página 97-98.

Clima Tropical

O clima Tropical ocorre principalmente entre os trópicos, em áreas da África, da América Central, da América do Sul, da Ásia e da Oceania. Nelas, o verão tende a ser quente e chuvoso e o inverno, mais seco, com temperaturas amenas. Nesse tipo de clima, há variações na umidade em razão da continentalidade e da maritimidade.

Clima Subtropical

O clima Subtropical ocorre na América do Norte, na América do Sul e em parte da Ásia. Esse tipo de clima apresenta chuvas bem distribuídas ao longo do ano e temperatura média anual inferior a 18 graus Célsius. As estações do ano são bem demarcadas: verão quente e inverno frio, com ocorrência ocasional de geadas e neve.

Clima Temperado

É característico das regiões situadas entre os trópicos e os círculos polares. As estações do ano são bem definidas e as temperaturas podem variar bastante entre os meses mais frios e os meses mais quentes. Esse clima predomina no continente europeu e ocorre em parte da América do Norte, da América do Sul, da Ásia e da Oceania.

O clima Temperado Oceânico é típico das áreas próximas ao litoral, que recebem umidade do oceano. Apresenta médias pluviométricas anuais de .2000 milímetros e temperaturas amenas. No interior dos continentes, encontramos o clima Temperado Continental, com verões quentes e invernos rigorosos.

Fotografia 1. No primeiro plano, um corpo d'água cristalino com margens cobertas por neve e vegetação rasteira seca. No segundo plano, uma casa de madeira na beira do corpo d'água e refletida na água.  No terceiro plano, floresta densa com vegetação arbórea de grande porte, folhas secas, amareladas e refletidas na água. Acima, o céu azul.
Fotografia 2. No primeiro plano, um corpo d'água cristalino. No segundo plano, uma casa de madeira na beira do corpo d'água e refletida na água.  No terceiro plano, floresta densa com vegetação arbórea de grande porte, folhas verdes e refletidas na água. Acima, o céu azul.
A cidade de Maryland, nos Estados Unidos, apresenta clima Temperado, com verões quentes e invernos muito frios. Na fotografia 1, vemos um parque dessa cidade em janeiro de 2022 (inverno). Na fotografia 2, vemos o mesmo ponto em julho de 2019 (verão).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

O regime climático influencia diretamente o desenvolvimento das atividades sociais; afinal, é necessário adequar os ritmos de cultivo, de coleta, escolher materiais mais adequados para a construção de moradias e para a confecção de vestimentas.

Procure fotografias de povos que se desenvolvem sob regimes climáticos específicos. Você pode imprimi-las ou projetá-las em sala de aula para compartilhá-las com os estudantes. Busque também informações específicas sobre esses povos e faça a leitura dessas informações com eles. É possível pesquisar informações sobre:

  • o povo inuíte, que habita a região ártica;
  • os povos tuaregues, que habitam o deserto do Saara;
  • os povos aborígenes, que habitam o deserto australiano;
  • alguns povos indígenas brasileiros, como os Bororo, que habitam a Amazônia;
  • os povos indígenas que habitam a Cordilheira dos Andes, como os mapuches e os aimarás.

Ressalte algumas características dos modos de vida desses povos que sofram a influência do regime climático sob o qual eles vivem.

Esta atividade trabalha a análise documental como prática de pesquisa.

Observação

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Clima Mediterrâneo

O clima Mediterrâneo é caracterizado pela grande influência da maritimidade, pelos verões quentes e secos e pelos invernos com muitas chuvas e temperaturas amenas. É propício à agricultura, favorecendo alguns tipos de cultivo, como o de azeitonas.

Esse tipo de clima ocorre principalmente no sul da Europa e no norte da África, mas pode ser encontrado também no sul do continente africano, na costa oeste dos Estados Unidos e no sul da Austrália.

Clima Semiárido

A principal característica do clima Semiárido é a precipitação baixa e mal distribuída ao longo do ano. As temperaturas são variáveis: altas na Zona Tropical e mais baixas nas Zonas Temperadas, como é o caso das áreas semiáridas da Ásia Central, do Canadá e do sul da América do Sul (Patagônia).

Clima Desértico

No clima Desértico, as chuvas são praticamente ausentes e a baixa umidade do ar contribui para a formação de desertos, que podem ser quentes, como o Deserto do Saara, na África, ou frios, como o Deserto do Atacama, no Chile.

Nos desertos quentes, a amplitude térmicaglossário diária é grande, e a vida de plantas, animais e seres humanos se adapta a tais condições.

Fotografia. Vista panorâmica de uma duna alaranjada no deserto. Acima, o céu em tons de azul.
Paisagem do Deserto do Saara, Marrocos (2020).
Ícone. Sugestão de livro.
SABOYA, Yacy. A árvore. Ilustração: Mariana D'Aiuto. Rio de Janeiro: Galera Record, 2001. A obra aborda a ecologia por meio de um texto inspirado na literatura de cordel, contando a história de uma árvore que ajuda moradores de uma localidade afetada pela sêca.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Sobre a amplitude térmica, é interessante observar que a temperatura do ar à superfície se comporta de fórma cíclica durante o período de um dia. Esse ciclo aponta para um valor máximo e para um valor mínimo. Geralmente, o valor máximo acontece cêrca de duas horas depois da culminação do Sol, momento no qual a atmosfera terrestre captou o máximo de energia solar possível, e o mínimo acontece pouco antes do nascer do Sol, momento no qual a atmosfera terrestre perdeu a maioria do calor absorvido no ciclo anterior. No entanto, alguns fenômenos podem alterar esse estado de equilíbrio, como a chegada de uma massa de ar frio, modificando as expectativas quanto à ocorrência das temperaturas extremas.

Destaque também que a presença de vapor de água na atmosfera é um atenuante das grandes amplitudes térmicas; assim sendo, locais desérticos e locais muito influenciados pela continentalidade tendem a apresentar maiores amplitudes térmicas, enquanto áreas de atmosfera mais úmida tendem a apresentar menores amplitudes térmicas.

Observação

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Texto complementar

O ambiente desértico

Os desertos quentes e secos do mundo estão entre os ambientes mais hostis para os humanos. Apesar disso, muitas pessoas são fascinadas pelas fórmas exóticas da vida animal e vegetal, pelos rochedos nus e pelas dunas arenosas neles encontrados. O deserto, dentre todos os ambientes terrestres, é aquele em que o vento consegue exercer ao máximo sua capacidade de erosão e sedimentação.

Ao todo, as regiões áridas somam um quinto da área continental do planeta, cêrca de 27,5 milhões de quilômetros quadrados. As planícies semiáridas contribuem com mais um sétimo. As causas para a existência de grandes áreas desérticas no mundo atual são o soerguimento de montanhas pela tectônica de placas, o posicionamento de extensas regiões emersas em baixas latitudes, devido à deriva dos continentes, e a existência de zonas climáticas da Terra. Levando esses fatores em conta podemos ficar confiantes que, de acordo com o princípio do uniformitarismo, desertos extensos sempre existiram durante todo o tempo geológico.

PRESS, F. et al. Para entender a Terra. Tradução: Rualdo Menegat. quarta edição Porto Alegre: Artmed, 2006. página 378.

Clima Frio

O clima Frio é característico de áreas de alta latitude, próximas ao Círculo Polar Ártico. Esse tipo de clima, que abrange grande parte da Rússia e do Canadá, apresenta temperaturas baixas na maior parte do ano, com invernos longos e rigorosos e precipitação de neve. Já os verões são curtos e marcados por temperaturas amenas.

Clima Polar

O clima Polar ocorre nas regiões polares e é caracterizado pelas baixas temperaturas e precipitações em fórma de neve ao longo de todo o ano. Esse tipo de clima ocorre na Antártida, na Groenlândia, na Sibéria, no norte do Alasca, no extremo norte do Canadá e em parte da Islândia.

As áreas de clima Polar são pouco habitadas, pois a agricultura e as atividades cotidianas são dificultadas pela neve e pelo frio intenso.

Clima Frio de Montanha

O clima Frio de Montanha, por se tratar de um tipo de clima determinado diretamente pela altitude, pode ser encontrado em diferentes zonas climáticas, mesmo entre os trópicos. É marcado pelas temperaturas baixas durante todo o ano, e a presença de neve é constante.

Por causa do ar rarefeito e das baixas temperaturas, as regiões de clima Frio de Montanha apresentam uma reduzida população de plantas, animais e seres humanos.

Fotografia. No primeiro plano, uma colina coberta de neve. No segundo plano, um vilarejo, com algumas casas, árvores cobertas de neve e uma igreja verde com uma grande torre ao lado. Ao fundo, montanhas altas com vegetação densa e seca na base e o topo rochoso coberto de neve. Acima, o céu azul.
Região montanhosa no norte da Itália (2018).
Ícone. Sugestão de vídeo.
PLANETA Terra – cavernas, desertos e terras geladas. Direção: élester fóderguil. Reino Unido, 2009. Duração: 48 minutos. O episódio da série bê bê cê: Planeta Terra retrata cavernas e desertos, com imagens impressionantes, além de apresentar regiões de clima Frio e Polar.
Orientações e sugestões didáticas

Observação

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Texto complementar

O impacto do clima sobre a sociedade

O clima e as variações climáticas exercem grande influência sobre a sociedade. O impacto do clima e das variações climáticas sobre a sociedade pode ser positivo reticências ou negativo reticências.

A vulnerabilidade é a medida pela qual uma sociedade é suscetível de sofrer por causas climáticas. reticências Em geral, uma sociedade é mais vulnerável:

1. quanto mais sua atividade econômica depender dos fatores de produção sensíveis ao clima;

2. quanto maior for a variabilidade e a não dependência de certas variáveis climáticas essenciais, como a precipitação e a temperatura;

3. quanto mais baixo for o seu nível de reserva de alimentos e outros materiais;

4. quanto menos desenvolvida for a capacidade do seu sistema de transporte em deslocar suprimentos de áreas de excedentes para áreas de déficits;

5. quanto menos preparada estiver a sociedade para lidar com impactos climáticos adversos.

AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Tradução: Maria Juraci zãni dos Santos. 4. edição Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. página 288.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

  1. Responda.
    1. Qual é a diferença entre clima e tempo atmosférico?
    2. Por que a previsão do tempo é importante para os povos e as sociedades?
    3. Cite os fatores que influenciam as características do clima de uma região.
    4. Podemos afirmar que duas cidades situadas na mesma latitude apresentam, com certeza, o mesmo tipo de clima? Por quê?
    5. O que acontece com a temperatura em locais de altas altitudes?
  2. Quais são os quatro principais tipos de clima que ocorrem no Brasil? Cite as principais características de cada um deles.
  3. Como o movimento de translação está relacionado às mudanças climáticas da Terra ao longo de um ano?
  4. Leia o texto, analise o esquema "Circulação geral da atmosfera" e faça o que se pede.

O movimento de rotação da Terra influencia diretamente na circulação geral da atmosfera. A influência é maior na linha do Equador, onde a direção das massas de ar predomina no sentido leste-oeste e a velocidade de circulação é maior do que nas latitudes mais altas.

A movimentação das massas de ar também é provocada pelas diferenças de pressão atmosférica. Para haver o equilíbrio da atmosfera, a circulação ocorre das zonas de alta pressão atmosférica (que possuem maior quantidade de ar) em direção às zonas de baixa pressão atmosférica (que possuem menor quantidade de ar).

O ar também se desloca verticalmente. A porção mais fria, cuja densidade é maior, desce para camadas mais baixas da atmosfera, ocupando o lugar do ar quente, que, por causa da menor densidade, desloca-se de modo ascendente. As diferenças de temperatura e pressão contribuem para a dinâmica das massas de ar na escala global.

  1. Descreva o movimento de rotação da Terra e como ele se relaciona com a circulação geral da atmosfera.
  2. Explique o que são massas de ar e como elas ganham as características de temperatura e umidade.

CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA

Ilustração. Circulação geral da atmosfera. Globo terrestre cuja face mostra o continente americano, com destaque para as setas amarelas que representam a direção dos ventos nas diferentes latitudes e para as camadas translúcidas que ilustram a formação das células atmosféricas. Cinco paralelos traçados no globo representam as principais latitudes: 0 grau no centro do globo, 30 graus norte, 60 graus norte, 30 graus sul e 60 graus sul. No extremo norte do globo, uma camada translúcida cobre o norte do Canadá e a Groelândia representando a abrangência da frente polar. Outra camada translúcida acima do polo Norte representa a formação da célula alta polar, cujo sentido é horário. Sobre o traçado da latitude 60 graus norte, presença de setas amarelas que partem do polo norte em direção ao norte da América do Norte, sentido nordeste-sudoeste, representando os ventos polares do leste. Entre os traçados das latitudes 30 graus norte e 60 graus norte, presença de setas amarelas que partem da latitude 30 graus norte em direção à latitude 60 graus norte, sentido sudoeste- nordeste, representando os ventos de oeste. Na porção esquerda da ilustração, camada translúcida representa a formação da célula atmosférica, cujo sentido é anti-horário. Na porção direita, camada translúcida representa o movimento vertical dos ventos com duas setas azuis, indicando que os fluxos de ar ascendente e descendente são frios nessa porção do planeta. A ocorrência do Anticiclone subtropical é indicada no traçado que representa a latitude 30 graus norte. Entre os traçados das latitudes 0 grau e 30 graus norte, presença de setas amarelas que partem da latitude 30 graus norte em direção à latitude 0 grau, sentido nordeste-sudoeste, representando os ventos alísios nordeste. Na porção esquerda da ilustração, camada translúcida representa a formação da Célula de Hadley, cujo sentido é horário. Na porção direita, camada translúcida representa o movimento vertical dos ventos com uma seta vermelha, indicando que o fluxo de ar ascendente é quente, e uma seta azul, indicando que o fluxo de ar descendente é frio nessa porção do planeta. A ocorrência da Zona de calmarias equatoriais é indicada no traçado que representa a latitude 0 grau. Entre os traçados das latitudes 0 grau e 30 graus sul, presença de setas amarelas que partem da latitude 30 graus sul em direção à latitude 0 grau, sentido sudeste-noroeste, representando os ventos alísios sudeste. Na porção esquerda da ilustração, camada translúcida representa a formação atmosférica, cujo sentido é anti-horário. Na porção direita, camada translúcida representa o movimento vertical dos ventos com uma seta vermelha, indicando que o fluxo de ar ascendente é quente, e uma seta azul, indicando que o fluxo de ar descendente é frio nessa porção do planeta. Entre os traçados das latitudes 30 graus sul e 60 graus sul, presença de setas amarelas que partem da latitude 30 graus sul em direção à latitude 60 graus sul, sentido noroeste-sudeste. Na porção esquerda da ilustração, camada translúcida representa a formação atmosférica, cujo sentido é horário. Na porção direita, camada translúcida representa o movimento vertical dos ventos com duas setas azuis, indicando que os fluxos de ar ascendente e descendente são frios nessa porção do planeta. No extremo sul do globo, uma camada translúcida cobre o polo sul representando a formação de uma célula atmosférica, cujo sentido é anti-horário.
Fonte: grim, Alice Marlene. Meteorologia Básica: notas de aula. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1999. Disponível em: https://oeds.link/dO0V4A. Acesso em: 12 abril 2022. Representação para fins didáticos.
Orientações e sugestões didáticas

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

  • Relações entre os componentes físico-naturais.
  • Biodiversidade e ciclo hidrológico.

Habilidades

São trabalhados aspectos relacionados às habilidades:

  • ê éfe zero seis gê ê zero três (atividades 1, 2, 3, 4 e 5)
  • ê éfe zero seis gê ê um um (atividades 1, 5 e 6)

Respostas

    1. O tempo atmosférico é uma situação momentânea das condições atmosféricas em determinado local. O clima, para ser definido, necessita de pelo menos 30 anos de medições, observações e estudos das características dos tipos de tempo de um local.
    2. A previsão do tempo permite às sociedades ter conhecimento antecipado de períodos de sêca, frio, muita chuva, temperaturas elevadas etcétera., favorecendo ou organizando a prática de determinadas atividades, como a agricultura e o transporte aéreo.
    3. Latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, vegetação e atividades humanas.
    4. Não. Porque, além da latitude, outros fatores climáticos (como a altitude, a maritimidade, a continentalidade, a vegetação e as atividades humanas) podem influenciar o clima.
    5. À medida que aumentam as altitudes, o ar torna-se mais rarefeito, contribuindo para reduzir a temperatura desses locais.
  1. Os estudantes devem elaborar a resposta conforme observação do mapa “Planisfério: climas”, neste Capítulo. Clima Tropical: típico da região central do Brasil, com verão quente e chuvoso e inverno mais seco e com temperaturas amenas. Clima Semiárido: com precipitações baixas e mal distribuídas ao longo do ano e elevadas médias de temperatura; ocorre no sertão nordestino. Clima Subtropical: apresenta chuvas bem distribuídas ao longo do ano e as estações são bem demarcadas: verão quente e inverno frio, com ocorrência ocasional de geadas e neve; ocorre na Região Sul do Brasil. Clima Equatorial: com altas temperaturas e abundância de chuvas ao longo de todo o ano; ocorre na Região Norte do país, na proximidade da linha do Equador.
  2. A translação e a inclinação do eixo terrestre são responsáveis pela incidência diferencial de radiação solar em diversas regiões do globo, associando-se às variadas características climáticas ao longo do ano.
    1. É o movimento circular que o planeta executa ao redor do próprio eixo. Ele se relaciona com a circulação geral da atmosfera, influenciando a direção das massas de ar. Na linha do Equador, essa relação é mais evidente, influenciando a circulação de massas de ar no sentido leste-oeste e com maior velocidade que nas latitudes mais elevadas.
    2. São parcelas de ar atmosférico que adquirem as características de temperatura e umidade do local onde se formam. Assim, massas de ar quente e úmido se formam sobre regiões quentes e úmidas, massas de ar frio e seco se formam sobre regiões frias e sêcas etcétera.

5. O trecho de reportagem indica a previsão do tempo atmosférico para o sul da Bahia entre o final de 2021 e o início de 2022. Leia a previsão e responda à questão a seguir.

Sol no Sul da Bahia

A população do Sul da Bahia terá predomínio de sol pelo menos até o dia 3 de janeiro de 2022. Até lá, alguma chuva passageira poderá ocorrer nas regiões litorâneas, mas não há risco de novas tempestades.

MAIS sol e menos chuva para a Bahia. Climatempo, 30 dezembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/DmMN76. Acesso em: 13 abril 2022.

No caso apresentado na reportagem, quais foram as condições meteorológicas previstas para o sul da Bahia entre o final de 2021 e o começo de 2022?

6. Muitos cientistas afirmam que o aumento das temperaturas médias da Terra tem sido provocado pelas ações humanas, sobretudo por meio da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e das atividades agropecuárias. Leia o texto e, em seguida, observe o gráfico das temperaturas médias globais.

Saiba o que são mudanças climáticas

O clima da Terra vem mudando ao longo da história, sendo que nos últimos 650 mil anos o planeta passou por sete ciclos de avanço e recuo glacial. A última Era do Gelo, que ocorreu há 7 mil anos, teve um fim abrupto e marcou o início da era moderna do clima e da civilização humana. reticências

As mudanças climáticas podem ser ocasionadas por fatores naturais, como as alterações na radiação solar ou movimentos da órbita da Terra. Porém, o í pê cê cê [Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas] afirma que há 90% de certeza que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pela ação do homem ao longo dos últimos 250 anos.

LEGANAIOLI, Stela. Saiba o que são mudanças climáticas. eCycle. Disponível em: https://oeds.link/q7L1di. Acesso em: 13 abril 2022.

  1. Com base no texto, podemos afirmar que as mudanças climáticas atuais são provocadas apenas por influência humana?
  2. Podemos afirmar que as temperaturas médias da Terra estão aumentando com base nos dados apresentados no gráfico?

MUNDO: TEMPERATURAS MÉDIAS DA SUPERFÍCIE TERRESTRE (1880-2020)

Gráfico. Mundo: temperaturas médias da superfície terrestre, 1880 a 2020. Gráfico de linhas mostrando o aumento das temperaturas médias da superfície terrestre no período de 1880 a 2020. Os anos estão no eixo horizontal e a variação média da temperatura, em graus Celsius, no eixo vertical. A linha está representada na cor laranja. 1880: menos 0,2 graus Celsius. 1890: menos 0,4 graus Celsius. 1900: menos 0,1 graus Celsius. 1910: menos 0,5 graus Celsius. 1920: menos 0,3 graus Celsius. 1930: menos 0,4 graus Celsius. 1940: zero grau Celsius. 1950: menos 0,2 graus Celsius. 1960: 0 grau Celsius. 1970: menos 0,1 graus Celsius. 1980: 0,1 graus Celsius. 1990: 0,3 graus Celsius. 2000: 0,4 graus Celsius. 2010: 0,5 graus Celsius. 2020: 1 grau Celsius.
Fonte: NATIONAL OCEANIC AND ATMOSPHERE ADMINISTRATION (NOAA). Global Climate Dashboard. Disponível em: https://oeds.link/oPhZum. Acesso em: 20 fevereiro 2022.
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. A previsão aponta para um tempo com predomínio de Sol para o período.
    1. Não. O texto indica que as mudanças climáticas podem ser ocasionadas por fatores naturais, como as alterações na radiação solar ou movimentos da órbita da Terra. Ao longo da história da Terra, o clima vem mudando entre períodos mais quentes e mais frios, provocando um ciclo natural de avanço e recuo glacial. No entanto, a influência das ações humanas tem contribuído para as mudanças climáticas ao longo dos últimos 250 anos.
    2. O gráfico possibilita reconhecer uma tendência de aumento de temperatura média da Terra considerando o período de 1900 a 2020.

Professor, é importante ressaltar que, mesmo sendo um recorte que pode ser considerado curto, de 120 anos, em relação à história do planeta Terra, é possível reconhecer um aumento das temperaturas médias. Se julgar pertinente, comente que não há um consenso definitivo entre os integrantes da comunidade científica sobre as principais causas das mudanças climáticas atuais. Nesta coleção, adota-se a hipótese do í pê cê cê, majoritariamente reconhecida, de que a ação humana é responsável pelo aumento das temperaturas médias do planeta desde a Revolução Industrial.

CAPÍTULO 12  As vegetações da Terra

As formações vegetais da Terra apresentam aspectos marcantes em cada porção do planeta e abrigam conjuntos diversos de espécies de plantas, de animais e de micro-organismos.

O clima, o solo, o relevo e a hidrografia influenciam na diversidade das formações vegetais presentes no planeta. Para que possam sobreviver e se desenvolver, as plantas necessitam de água, luz e nutrientes do solo, que não se distribuem de maneira regular pela superfície terrestre. O mapa Planisfério: vegetação nativa apresenta a abrangência original dos principais tipos de vegetação.

PLANISFÉRIO: VEGETAÇÃO NATIVA

Mapa. Planisfério: vegetação nativa. Planisfério com destaque para a abrangência original dos principais tipos de vegetação. Tundra: extremo norte do Canadá, Europa e Ásia. Floresta Boreal (Taiga ou de Coníferas): maior parte do Canadá, Noruega, Suécia, norte da Rússia e pequenos trechos da China. Florestas temperada e subtropical: pequenos trechos do Canadá, dos Estados Unidos, grande parte da Europa Ocidental, oeste da Ásia e da Austrália, grande parte do Japão e Nova Zelândia. Vegetação mediterrânea: trechos de Portugal, Espanha e Turquia, norte do Chile, oeste dos Estados Unidos e Austrália. Pradarias: trechos do Canadá, Estados Unidos, sul do Brasil, Uruguai e Argentina; trechos da África, Ásia e Austrália. Estepes: trecho oeste dos Estados Unidos, oeste da América do Sul, partes centrais da Ásia, África, Oriente Médio e interior da Austrália. Deserto: trechos dos Estados Unidos e México, Argentina e Chile, grande parte do norte África, pequenos trechos no centro da Ásia e interior da Austrália. Savanas (Brasil: Cerrado e Caatinga): trechos do México, partes centrais da África e do Brasil, do norte da América do Sul, trechos do Sudeste Asiático e norte da Austrália. Florestas Tropical e Equatorial: norte do Brasil e América do Sul, centro da África e Sudeste Asiático. Vegetação de altitude: trechos do Canadá, Estados Unidos, América do Sul, Europa, Ásia, África. Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 2.460 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quarta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 22.

Embora possamos identificar as áreas onde as formações vegetais se desenvolveram originalmente, muitas delas já foram bastante reduzidas para dar lugar a cidades, áreas agrícolas e outros ambientes resultantes da intervenção humana.

Orientações e sugestões didáticas

Sobre o Capítulo

Para o desenvolvimento deste Capítulo, deve-se destacar aos estudantes que as formações vegetais estudadas referem-se à vegetação original (também denominada primária), que já foi alterada ou devastada em grande parte do mundo.

Destacamos as características dos principais tipos de vegetação da superfície terrestre – florestas, vegetação mediterrânea, savanas, pradarias, estepes, tundra, vegetação desértica e de altitude –, ressaltando a importância da conservação das formações vegetais no mundo e apresentando alguns aspectos das práticas de conservação vegetal.

As formações vegetais originais do Brasil serão trabalhadas mais detalhadamente no Volume do 7º ano; porém, é interessante destacar que elas também foram profundamente alteradas ou devastadas pelos seres humanos.

Ao apresentar as diversas formações vegetais do planeta, saliente a incidência climática sob a qual cada uma delas se desenvolve.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

ê éfe zero seis gê ê zero um: Comparar as modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.

ê éfe zero seis gê ê zero cinco: Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais.

ê éfe zero seis gê ê zero nove: Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície.

ê éfe zero seis gê ê um um: Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.

Texto complementar

O clima, os solos e a biota

A biosfera tem passado e tem futuro. A vida, apesar de parecer estática quando observada em uma fotografia, que registra apenas um momento de sua trajetória, é extremamente móvel no tempo e no espaço. Os continentes se movimentam há milhares de anos, mudando de posição; os climas do passado já foram mais quentes e mais frios, mais úmidos e mais secos; vários animais e plantas deixaram de existir na biosfera, assim como muitas mudanças genéticas modificaram sua morfologia.

reticências Essa biosfera existe em combinação com uma série de variáveis ambientais, tais como a intensidade de luz que a superfície da Terra recebe, o tipo de material que fórma o solo, as condições de pressão atmosférica, a salinidade dos rios e oceanos etcétera. reticências O conjunto dessas condições toleráveis está relacionado com fatos climáticos: radiação luminosa, temperatura, umidade, ventos etcétera.

CONTI, J. B.; FURLAN, S. A. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In: Rós, J. L. S. (organizador). Geografia do Brasil. quinta edição São Paulo: Edusp, 2011. página 73.

Os tipos de vegetação

Vamos conhecer algumas características dos principais tipos de vegetação nativa do mundo.

Florestas

Existe na Terra uma grande diversidade de florestas, que apresentam aspectos variáveis conforme a umidade e a temperatura predominantes em cada região. Os principais tipos de floresta são: Equatoriais e Tropicais; Temperadas e Subtropicais; Boreais.

Florestas Equatoriais e Tropicais

Elas estão presentes na faixa intertropical do planeta. São, portanto, típicas de áreas de clima quente e úmido. Ocorrem na América Central e na América do Sul, em determinadas regiões da África, no Sudeste Asiático e em algumas localidades da Oceania.

As Florestas Tropicais e Equatoriais apresentam a maior biodiversidade do planeta, ou seja, o maior conjunto de espécies de seres vivos. Essas florestas são formadas por vegetações densas e exuberantes, constituídas por camadas de plantas com diferentes tamanhos e características, propiciando uma infinidade de ambientes que dão abrigo a variada fauna. No entanto, esse tipo de formação vegetal tem sido devastado pela expansão da agropecuária e da exploração de madeira.

Fotografia. Vista aérea de uma ampla área plana coberta por floresta com árvores de grande estatura e copas cheias de folhas verdes. Na porção central, um rio corta a floresta.
Floresta Equatorial em Brasnorte, Mato Grosso (2021).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Por definição, florestas são tipos de vegetações que apresentam grande predominância de árvores com contato entre as suas copas, formando uma cobertura florestal. A abrangência dessa definição faz com que dentro da tipificação floresta existam diferentes formações vegetais específicas.

Se julgar conveniente, comente com os estudantes que a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica se enquadram respectivamente nos tipos de vegetação Floresta Equatorial e Floresta Tropical. Esse conteúdo será aprofundado em momento mais oportuno.

As florestas desempenham importantes papéis sociais e econômicos. Algumas populações obtêm recursos para a sua sobrevivência por meio do manejo sustentável das florestas. Ecologicamente, as florestas apresentam um alto grau de complexidade e inter-relação entre os seres vivos que se desenvolvem nelas.

Observação

O conteúdo desta página e da anterior possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero cinco e ê éfe zero seis gê ê um um.

Florestas Temperadas e Subtropicais

As Florestas Temperadas e Subtropicais localizam-se em regiões de clima Temperado Úmido e uma de suas principais características é a perda de folhagem das árvores durante os meses de inverno.

Elas cobriam a maior parte da Europa, o nordeste dos Estados Unidos e parte do Japão, mas foram praticamente destruídas ao longo do tempo. Atualmente, parte do que restou das Florestas Temperadas constitui áreas protegidas em alguns parques e reservas.

Fotografia. No primeiro plano, um rio raso e presença de muitos fragmentos de rocha, cascalhos e seixos. No segundo plano, vista de uma grande floresta com muitas árvores do tipo pinheiro. As folhas das árvores são em tons de cores amarela, laranja, verde e marrom claro.
Durante o outono, a vegetação das Florestas Temperadas adquire folhas coloridas. Floresta Nacional de Monongahela, no estado de Virgínia Ocidental, Estados Unidos (2021).

 

Florestas Boreais

São também conhecidas como Taiga ou Matas de Coníferas. As árvores coníferas são assim chamadas porque têm a fórma de cone.

As Florestas Boreais são formações homogêneas, com predomínio de pinheiros. Ocorrem nas Zonas Temperadas de países como o Canadá, a Noruega, a Suécia, a Finlândia e a Rússia. Além do aproveitamento da madeira, os pinheiros são extraídos para a exploração da celulose, matéria-prima para a fabricação do papel.

Fotografia. Uma estrada de mão simples e reta, coberta de neve. Ao fundo, um automóvel com os faróis acesos. Nas margens da estrada , diversas árvores do tipo pinheiro de porte elevado, com folhas e troncos cobertos de neve.
A Floresta Boreal é conhecida como Taiga ou floresta profunda, uma alusão à vegetação que se estende pelo horizonte. fálcoping, Suécia (2021).

Vegetação Mediterrânea

Característica do clima Mediterrâneo, essa vegetação tem predomínio de árvores e arbustos adaptados aos períodos secos do verão e distribuídos de maneira esparsa. Ocorre principalmente no sul da Europa e no norte da África.

Fotografia. No primeiro plano, vista de uma ampla aérea coberta por vegetação densa e rasteira com folhas verdes. No segundo plano, falésias baixas com solo exposto. Acima, o céu azul com muitas nuvens.
Vegetação Mediterrânea em maliêrra, Malta (2021).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

É interessante observar a variação das fórmas da copa e da folhagem entre as florestas apresentadas.

Geralmente as Florestas Equatoriais e Tropicais, nas camadas superiores, apresentam vegetação de copas arredondadas, que normalmente não perde as folhas durante o ano, além de possuir folhas largas, para amplo aproveitamento da radiação solar sobre a superfície fotossintetizante. São vegetações perenifólias e latifoliadas.

A grande complexidade dessas florestas permite a existência de camadas inferiores ao primeiro dossel, geralmente formadas por vegetação ombrófila, que tem capacidade adaptativa a grande umidade e presença de sombras.

As Florestas Temperadas e Subtropicais e as Florestas Boreais apresentam características gerais bem diferentes das características das Florestas Equatoriais e Tropicais e contam com adaptações biológicas para conviver em climas frios e de baixa presença de água no estado líquido. Parte dessas vegetações é formada por espécies caducifólias, cujas folhas caem no inverno para evitar a perda de umidade. Outras espécies evitam a perda de água por suas características aciculifólias: suas folhas têm formatos similares aos de agulhas, apresentando menor área de contato com a atmosfera nas superfícies fotossintetizantes.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero cinco e ê éfe zero seis gê ê um um.

Texto complementar

Evolução das comunidades

A invasão do ambiente terrestre pelas plantas mudou a face dos continentes. Olhando de um avião para um dos vastos desertos da Terra ou uma cordilheira de montanhas, podemos imaginar com o que o mundo se parecia antes do surgimento das plantas. Mesmo nessas regiões, o viajante que passe por terra encontrará uma assombrosa variedade de plantas pontuando as extensões de rocha e areia. reticências As florestas tropicais, as savanas, as florestas temperadas, os desertos, a tundra – cada uma destas palavras traz à mente um retrato da paisagem. As principais características de cada paisagem são as plantas encontradas nela: em nossa floresta tropical imaginária, fechando-nos em uma catedral verde-escura; em um prado, acarpetando o chão abaixo de nossos pés com flores silvestres; e movendo-se em grandes ondas douradas até onde a vista alcança em nossa pradaria imaginária. Apenas quando tivermos esboçado esses biomas – comunidades naturais de grande extensão, caracterizados por grupos de plantas e de animais distintos e controlados pelo clima – em termos de árvores, de arbustos e de herbáceas, é que poderemos preenchê-los com os demais componentes reticências.

reticências apenas começamos a ter um vislumbre do complexo padrão de desenvolvimento, através do tempo, de todos os sistemas e organismos que compõem estas vastas comunidades.

reiven pi; eixórn ésse; évert éfe Biologia vegetal. oitava edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. página 9-10.

Savanas

As Savanas ocorrem, principalmente, na África, na América do Sul e na Austrália. São características de regiões tropicais que apresentam uma estação sêca bem definida alternada por uma estação úmida. Sua vegetação compõe-se basicamente de arbustos, plantas rasteiras e poucas árvores.

Nas Savanas africanas, a fauna é muito diversificada e abriga grandes animais, como elefantes, girafas, rinocerontes, leões, búfalos e leopardos.

Fotografia. Primeiro plano, vista para uma ampla área plana coberta por vegetação rasteira esparsa, árvores dispersas de pequeno porte e cobertas de folhas verdes e solo exposto de cor alaranjada. Ao fundo, diversas montanhas cobertas por vegetação rasteira. O céu está azul e com nuvens brancas.
Vegetação característica da Savana no Parque Nacional Namib naucluft, Namíbia (2021).

Pradarias

As Pradarias são características de áreas de pouca pluviosidade. Ocorrem na América do Norte, na Europa, na Ásia, na África e na América do Sul. São formadas basicamente por gramíneas, mas também podem apresentar alguns arbustos.

Em todo o mundo, as áreas de Pradaria são muito usadas para a pecuária, o que provoca impactos ambientais, como a degradação dos solos.

Fotografia. No primeiro plano, vista para uma ampla área plana coberta por vegetação densa e rasteira seca e de cor amarelada. Presença de um bisão sozinho na paisagem. Ao fundo, algumas colinas cobertas por vegetação rasteira e solo exposto. O céu está azul e com nuvens brancas.
Região de Pradarias com domínio de espécies gramíneas no Parque Nacional de Grasslands, Saskatchewan, Canadá (2021).

Estepes

Presentes em regiões semiáridas, como o oeste dos Estados Unidos e áreas da Mongólia, do Cazaquistão e do Paquistão, as Estepes são constituídas por gramíneas que se distribuem de maneira irregular, em tufos, e por pequenos arbustos, deixando extensas áreas de solo descobertas.

Vista para uma ampla área plana coberta por vegetação rasteira e seca. Presença de cinco cavalos se alimentando da vegetação. Ao fundo, o céu com nuvens em tons de cinza.
Estepes no Cazaquistão (2022).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Ao apresentar as Savanas, Pradarias e Estepes, ressalte a relação desses tipos de vegetação com as características climáticas das regiões nas quais ocorrem. Esses três tipos de vegetação apresentam adaptações para lidar com a variação da disponibilidade de água ao longo do período do ano e com amplitudes térmicas maiores.

Parte das espécies que se desenvolvem nas Savanas, por exemplo, apresenta raízes bastante profundas, para o acesso à água subterrânea. Parte da vegetação também pode apresentar uma casca grossa ao redor do caule, para evitar a perda de água por essa superfície. Também há espécies que desenvolvem caules e espinhos com capacidade fotossintetizante, com a finalidade de aproveitar a radiação solar para a fotossíntese e de evitar a perda de água.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero cinco e ê éfe zero seis gê ê um um.

Ícone. Sugestão de livro.

Sugestão para o professor:

reiven pi; eixórn ésse; évert éfe Biologia Vegetal. oitava edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

Os autores abordam aspectos estruturais, fisiológicos e ecológicos dos diversos organismos vegetais.

Vegetação de Deserto

A Vegetação de Deserto ocorre em áreas onde há poucas precipitações de chuvas, tanto em regiões frias quanto em regiões onde predominam temperaturas elevadas. Nos desertos quentes, esse tipo de vegetação é composto de gramíneas, arbustos e algumas plantas isoladas que se adaptam ao ambiente, com poucas folhas ou com espinhos, como os cactos. Nos desertos frios e no clima Polar como o da Antártida, durante os meses de verão, podem brotar, por exemplo, musgos e liquens em áreas costeiras livres de gelo.

Fotografia. Vista aérea de uma área aplainada e iluminada pelo Sol e coberta por solo exposto alaranjado, vegetação rasteira e seca e árvores de pequeno porte esparsas e com poucas folhas verdes. Ao fundo pequenas colinas com vegetação esparsas e encobertas pela sombra.
Vegetação pouco desenvolvida em região desértica dos Estados Unidos (2021).

Vegetação de Altitude

Nas áreas montanhosas em altitudes elevadas, o ar mais rarefeito e a diminuição da temperatura limitam o desenvolvimento de espécies vegetais. Por isso, quanto maior a altitude de um local, menor o porte da vegetação. Enquanto é possível encontrar florestas na base de muitas montanhas, nas maiores altitudes, quando há vegetação, as espécies encontradas são geralmente formadas por musgos e liquens.

Fotografia. Vista para uma área montanhosa com a presença de rocha exposta e matacões e fragmentos de vegetação rasteira, densa e verde no solo. No centro, há uma pessoa em pé caminhando sobre os matacões. Acima, o céu azul e sem nuvens.
Vegetação de Altitude na região de Abruzos, Itália (2021).

Tundra

Tundra é o nome da formação vegetal que ocorre no extremo norte da Ásia, Europa e América do Norte, por cêrca de três meses ao ano, durante o descongelamento parcial do solo. É formada por musgos, liquens e poucas plantas rasteiras.

Fotografia. Vista para uma área montanhosa coberta vegetação rasteira verde e marrom. No centro, há um leito de rio com rochas expostas e uma camada de neve por cima delas. Ao fundo, um morro com fragmentos de rocha exposta, vegetação rasteira e rala e trechos cobertos por neve. Acima, o céu está azul com poucas nuvens.
Vegetação de Tundra em bessegen, Noruega (2020).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

As espécies que compõem a Vegetação de Deserto apresentam uma série de adaptações que lhes permitem suportar prolongados períodos de estiagem e grande amplitude térmica.

A Vegetação de Altitude pode apresentar variadas composições, de acordo com a sua localização no globo terrestre. É um tipo de vegetação composto de espécies que suportam o frio e a estiagem. Os solos nas montanhas não são muito profundos e, por isso, têm baixa capacidade de percolação da água.

A Tundra se desenvolve sobre um tipo de solo conhecido como pérmafróst. O pérmafróst é um solo pouco espesso, de coloração escura, que permanece congelado por longos períodos, às vezes superiores a um ano.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero cinco.

Ícone. Ícone indicativo da seção ‘Em prática’. O ícone corresponde a uma ilustração colorida composta por um pino de localização sobre um mapa dentro de um balão de diálogo que, por sua vez, está dentro de uma tarja retangular de fundo vermelho com a inscrição ‘Em prática’ grafada em letras brancas.

Em prática

Perfil de vegetação

Existem recursos gráficos que nos ajudam a compreender melhor cada um dos tipos de vegetação que estudamos neste Capítulo. Um desses recursos é o perfil de vegetação, que pode ser desenhado artisticamente ou de maneira esquemática, com a utilização de símbolos, para representar o arranjo estrutural vertical de um tipo de vegetação.

Ilustração. Perfil de vegetação. Ilustração dos tipos de vegetação cobrindo o solo, de acordo com a estrutura vertical de  cada tipo de vegetação.  Da esquerda para a direita: rocha exposta: sem cobertura vegetal; bactérias, fungos, líquens, musgos: desenho de vegetação rasteira, bem baixa, com a informação  'Espécies pioneiras'; gramíneas anuais:  desenho de vegetação rasteira de porte um pouco maior em relação à anterior; gramíneas e arbustos: desenho de vegetação rasteira e arbustiva com folhas verde e a informação'Espécies oportunistas'; mata aberta: desenho de  vegetação arbórea de pequeno porte e com folhas verdes e a informação 'Espécies estáveis'; floresta fechada: desenho de vegetação arbórea de grande porte e com folhas verdes. Há duas linhas verticais tracejadas: uma entre 'Bactérias, fungos, líquens, musgos' e 'Gramíneas anuais'; e uma entre 'Gramíneas e arbustos' e 'Mata aberta'. Essas linhas delimitam a área propícia para a agricultura, representada por 'Gramíneas anuais' e 'Gramíneas e arbustos' e a área propícia para a floricultura e silvicultura, representada pela 'Mata aberta' e 'Floresta fechada'. Uma seta verde se inicia no canto esquerdo inferior e alcança o canto superior direito da ilustração para mostrar a evolução do porte de vegetação.
Fonte: Rós, Jurandyr L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.

Observe cada um dos perfis de vegetação. Eles ilustram as principais características das formações vegetais presentes em diferentes regiões do mundo.

PERFIL DE VEGETAÇÃO

Vegetação Mediterrânea: indicada por um retângulo verde claro e representada por uma superfície plana composta por diversos tipos de árvores de pequeno e médio porte. Pradarias e estepes: indicada por um retângulo metade laranja e metade amarelo e representada por uma superfície composta por vegetação rasteira. Deserto: indicada por um retângulo amarelo escuro e representada por uma superfície plana composta por vegetação rasteira esparso e cacto. Savanas (Brasil: Cerrado e Caatinga): indicada por um retângulo laranja e representada por uma superfície plana composta por vegetação rasteira e árvores de médio porte e esparsas. Floresta Tropical e Equatorial: indicada por um retângulo vermelho e representada por uma superfície plana composta por vegetação arbórea densa, verde e de grande porte. Vegetação de altitude: indicada por um retângulo roxo e representada por uma superfície inclinada. composta, da base para o topo, por pradaria, floresta temperada, floresta boreal, campos de altitude, rocha, neves eternas em áreas acima dos 4.000 metros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quarta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 22. Ilustrações sem escala, para fins didáticos.

Descreva as principais características de cada perfil, relacionando-as ao mapa Planisfério: vegetação nativa e aos estudos do Capítulo. Em seu caderno, faça um quadro como o do modelo e preencha-o com as informações adequadas.

Tipo de vegetação

Estatura

Se predominam árvores e plantas baixas, medianas ou altas.

Densidade

Se a densidade vegetal é alta (com maior concentração de árvores e plantas por área ocupada), média ou baixa (com menor concentração).

Hábito (formato)

Se predominam árvores, arbustos, ervas terrestres, cipós, trepadeiras etc.

Área de ocorrência

Área onde predomina o tipo de vegetação.

Tundra

Floresta Boreal

Floresta Temperada e Subtropical

Vegetação Mediterrânea

Pradaria/Estepe

Deserto

Savana

Floresta Tropical e Equatorial

Vegetação de Altitude

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

O objetivo desta seção é levar o estudante a levantar as principais características, sistematizar as informações e aprofundar o conhecimento sobre os mais diversos tipos de vegetação.

Além disso, proponha aos estudantes que analisem conjuntamente os tipos de vegetação e os tipos de clima estudados.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero cinco e ê éfe zero seis gê ê zero nove.

Respostas

Quadro: Estatura: 1. baixa; 2. alta; 3. alta; 4. mediana; 5. baixa; 6. baixa; 7. mediana; 8. alta; 9. mediana. Densidade: 1. baixa; 2. média; 3. alta; 4. média; 5. baixa; 6. baixa; 7. baixa; 8. alta; 9. média.

Hábito (formato): 1. ervas terrestres; 2. árvores; 3. árvores e arbustos; 4. árvores e arbustos; 5. ervas terrestres; 6. ervas terrestres; 7. ervas terrestres, árvores e arbustos; 8. ervas terrestres, cipós, trepadeiras, árvores e arbustos; 9. ervas terrestres, árvores e arbustos.

Área de ocorrência: 1. regiões polares; 2. zonas temperadas (Canadá, Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia); 3. regiões de clima Temperado Úmido; 4. sul da Europa ocidental e norte da África; 5. América do Norte, Europa, Ásia, África e América do Sul; 6. principalmente no norte da África; 7. América do Sul, África e Austrália; 8. regiões da América Central e da América do Sul, na África e no Sudeste Asiático; 9. áreas montanhosas.

O uso e a conservação da vegetação natural

Ícone. Ícone indicativo do tema contemporâneo transversal ‘Meio ambiente’, composto de uma tarja retangular de fundo marrom claro, dentada nas laterais direita e esquerda, com a inscrição ‘Meio ambiente’ grafada em letras maiúsculas brancas.

Os seres humanos utilizam recursos naturais para sua sobrevivência e para obter vantagens econômicas. Muitos desses recursos são obtidos por meio da exploração das diferentes formações vegetais, que fornecem alimento e madeira, por exemplo.

Em consequência do uso predatório desses recursos, muitos ambientes naturais encontram-se ameaçados. O aumento da exploração econômica dos recursos naturais por meio da expansão de áreas de cultivo e de criação de animais pode levar ao desmatamento e à degradação do solo em áreas de florestas, savanas e pradarias.

Atualmente, as florestas cobrem cêrca de 30% das terras emersas do planeta e aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas dependem diretamente delas para sua subsistência. Além disso, os habitantes dos centros urbanos consomem produtos feitos de matérias-primas encontradas nessas formações vegetais.

A área ocupada pelas florestas, no entanto, já foi bem maior. Observe o mapa Planisfério: florestas remanescentes. Segundo estimativas da ONU, a Terra perde em média 7,3 milhões de hectares de floresta a cada ano. Se o ritmo atual do desmatamento continuar, estima-se que em cêrca de 500 anos não existirão mais florestas nativas.

As florestas são importantes para o equilíbrio do clima no mundo. Como o processo de evapotranspiraçãoglossário das florestas é responsável por boa parte da umidade do ar local e das massas de ar que se deslocam para outras áreas, seu desaparecimento pode provocar mudanças climáticas significativas. A retirada da vegetação também compromete as nascentes e os rios e, consequentemente, a disponibilidade da água.

PLANISFÉRIO: FLORESTAS REMANESCENTES

Mapa. Planisfério: Florestas remanescentes. Planisfério com destaque para as áreas florestadas, indicando a cobertura original de verde escuro e a cobertura atual de verde claro. Cobertura original da Floresta Boreal: oeste do Canadá e Alasca, norte da Europa e porção central da Rússia. Cobertura original da Floresta Temperada: leste dos Estados Unidos, interior da Europa Ocidental e Oriental, leste e sudeste da China, Coreia do Norte e Sul, Nova Zelândia, Japão, sul do Brasil e do Chile e leste da Austrália. Cobertura original da Floresta Tropical e Equatorial: América Central, norte da América do Sul, sudeste e litoral do Brasil, região central e sul da África, Madagascar, parte da Índia e Sudeste Asiático. Cobertura atual da Floresta Boreal: porção leste, oeste e central do Canadá e interior da Rússia; Cobertura atual da Floresta Temperada: oeste e leste dos Estados Unidos, leste da Austrália, Noroeste do México. Cobertura atual da Floresta Tropical e Equatorial: América Central, Norte do Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Gabão, Camarões, Congo, República Democrática do Congo, parte do sul Asiático e leste da Indonésia. Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 2.500 quilômetros.
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 63.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

O conteúdo desta página possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

As inter-relações que ocorrem na biosfera do planeta Terra apresentam um alto grau de complexidade, e a vida, como um todo, é interdependente.

Sensibilize os estudantes para a temática por meio da leitura do mapa “Planisfério: florestas remanescentes”. Comente que a palavra remanescente faz referência à parte das florestas que sobrevive, apesar da devastação imposta à natureza pela humanidade.

Informe aos estudantes que o combate ao desmatamento é dever e responsabilidade de todos nós. Cite algumas medidas, como:

  • Não cortar árvores ou plantas sem autorização dos órgãos competentes e denunciar quem o faz.
  • Não fazer fogueiras próximo a áreas florestais, denunciar quem provoca incêndio intencional e avisar as autoridades imediatamente em caso de incêndio em áreas de vegetação.
  • Ao comprar móveis, certificar-se de que são provenientes de comércio licenciado, e não do mercado de madeira ilegal.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero um, ê éfe zero seis gê ê zero cinco e ê éfe zero seis gê ê um um.

Ícone. Ícone indicativo da seção ‘Integrar conhecimentos’. O ícone corresponde a uma ilustração colorida composta por uma mão segurando um globo formado de peças de quebra-cabeça, dentro de um balão de diálogo que, por sua vez, está dentro de uma tarja retangular de fundo laranja com a inscrição ‘Integrar conhecimentos’ grafada em letras brancas.

Integrar conhecimentos

Geografia e Ciências

Os remédios naturais e a sustentabilidade em reserva extrativista da Floresta Amazônica

Ícone. Ícone indicativo do tema contemporâneo transversal ‘Meio ambiente’, composto de uma tarja retangular de fundo marrom claro, dentada nas laterais direita e esquerda, com a inscrição ‘Meio ambiente’ grafada em letras maiúsculas brancas.

Áreas de vegetação natural protegidas por lei são comuns em diversos países. No Brasil, temos as Unidades de Conservação (ú cê ésse), que se dividem em dois tipos. Nas Unidades de Uso Sustentável, a conservação é conciliada com o uso controlado dos recursos naturais. Nas Unidades de Proteção Integral, não são permitidos o consumo, a coleta ou qualquer tipo de dano aos recursos naturais.

Leia os trechos de notícias e responda às questões.

Projetos levam renda extra a moradores de reserva extrativista no Pará

A fabricação de móveis feitos com galhos caídos das árvores, o cultivo de mudas para o reflorestamento, a fabricação de farinha, a criação de abelhas para a produção de mel, a criação de peixes e a fabricação da ração para alimentá-los e o turismo comunitário são algumas das atividades desenvolvidas nas comunidades que compõem a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará.

Fomentadas por meio de projetos, as atividades geram renda para os moradores e apostam no uso sustentável da Floresta Amazônica. Localizada no município de Santarém, entre os rios Tapajós e Arapiuns, a reserva é tida como modelo de gestão na Amazônia. reticências

Remédios naturais

Na comunidade Vila Franca, Nazaré Alves Assunção, 57 anos, é a responsável pela produção de remédios naturais, junto com outras quatro mulheres. Em um viveiro, elas cultivam 54 plantas que se transformarão em garrafadas, óleos, sabonetes e cápsulas reticências. Os mais pedidos são os que curam inflamações.

TOKARNIA, Mariana. Projetos levam renda extra a moradores de reserva extrativista no Pará. Agência Brasil, 23 dezembro 2016. Disponível em: https://oeds.link/4sHxSo. Acesso em: 13 abril 2022.

Fotografia. Vista para a parte interna de uma embarcação. No primeiro plano, diversas mudas de espécies vegetais com folhas verde escuras. À esquerda, um homem usando chapéu bege e camiseta vermelha se agacha e estica os braços para levantar uma das mudas. Ao lado, um homem de blusa azul em pé observando o colega. No segundo plano, presença de mudas de espécies vegetais com folhas verde escuras. Ao lado direito, duas pessoas de bermuda e camiseta descarregam as mudas da embarcação.
Mudas nativas destinadas a projetos de reflorestamento, Santarém, Pará (2017).

Governo cria cinco Unidades de Conservação

Decretos assinados pelo presidente da República instituem três Reservas Extrativistas, beneficiando 13 mil famílias, além de um Parque Nacional e uma Área de Proteção Ambiental, ambas no bioma da caatinga.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. í cê êmebío. Governo cria cinco Unidades de Conservação, 6 abril 2018. Disponível em: https://oeds.link/6aK8Fc. Acesso em: 13 abril 2022.

  1. Quais são os objetivos da criação de Unidades de Conservação? Como elas podem ser classificadas?
  2. Por que a vegetação e a biodiversidade da Floresta Amazônica são importantes para as comunidades da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns?
  3. Existem Unidades de Conservação próximas ao local em que você vive? Se sim, cite o nome delas e pesquise os principais objetivos.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

O conteúdo desta seção possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

No Brasil, o órgão governamental responsável pelas políticas de preservação do meio ambiente é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (ême ême á).

Leis ambientais

Com as leis ambientais, procura-se garantir a manutenção das Unidades de Conservação. No Brasil, a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605, criada em 12 de fevereiro de 1998) existe para punir aqueles que praticam atos criminosos contra a fauna e a flora.

Ao abordar o trabalho em reservas extrativistas, é importante ressaltar que as comunidades tradicionais desenvolvem suas atividades de acordo com um plano de manejo, causando o mínimo impacto ambiental possível nas reservas.

Muitas comunidades têm seus modos de vida fortemente associados à vegetação do lugar onde vivem. Se julgar conveniente, busque informações sobre o trabalho das comunidades em outras reservas extrativistas no Brasil.

Ao trabalhar com o conteúdo desta seção, se possível, estabeleça parceria com o professor de Ciências.

A atividade 3 possibilita explorar a observação como prática de pesquisa.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero seis gê ê zero um e ê éfe zero seis gê ê um um.

Respostas

  1. Os objetivos são a proteção da vegetação natural e de sua biodiversidade. Elas são classificadas como Unidades de Uso Sustentável, nas quais a conservação é conciliada com o uso controlado dos recursos naturais; ou Unidades de Proteção Integral, nas quais não são permitidos o consumo, a coleta ou qualquer tipo de dano aos recursos naturais.
  2. Porque elas geram renda para a comunidade.
  3. Resposta pessoal.

Texto complementar

Medicamentos naturais

A obtenção de substâncias com propriedades terapêuticas é uma das aplicações mais antigas e consolidadas da biodiversidade. reticências

Antes da revolução da medicina moderna, inúmeros povos ao longo da história descobriram o uso de plantas com propriedades curativas, práticas até hoje comuns em diversos países, inclusive no Brasil reticências. Por exemplo, no início do século dezenove, a obtenção de morfina pura a partir do extrato de folhas de papoula (Papaver somniferum) amplificou significativamente as propriedades analgésicas dessa planta, conhecidas desde o Império Romano.

PIMENTEL, Vitor et al. Biodiversidade brasileira como fonte da inovação farmacêutica: uma nova esperança? Revista do Bê eni dê ê éssi, número 43, página 41-89, junho 2015.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

  1. Em seu caderno, relacione as principais formações vegetais do globo com as características de cada uma delas.
    1. Florestas Equatoriais e Tropicais
    2. Florestas Temperadas e Subtropicais
    3. Florestas Boreais
    4. Vegetação Mediterrânea
    5. Savanas
    6. Pradarias
    7. Estepes
    8. Vegetação de Deserto
    9. Vegetação de Altitude
    10. Tundra
    1. Formada por musgos, liquens e poucas plantas rasteiras, essa formação vegetal é típica das regiões polares.
    2. Também conhecidas como Taiga ou Matas de Coníferas, ocorrem em áreas de clima frio, sendo bastante exploradas para fornecimento de madeira.
    3. Característica de regiões com verões quentes e secos, como o sul da Europa, é formada predominantemente por vegetação arbórea e arbustiva distribuída de maneira dispersa.
    4. Vegetação herbácea presente em regiões semiáridas, constituída de gramíneas que se distribuem de maneira irregular, em fórma de tufos e pequenos arbustos.
    5. Típicas de áreas quentes e úmidas, essas florestas apresentam grande biodiversidade e ocorrem em regiões da América Central e da América do Sul, na África e no Sudeste Asiático.
    6. Sua área original de ocorrência cobria partes dos Estados Unidos, da Europa e do Japão, regiões de clima temperado úmido. Foram quase totalmente destruídas ao longo do tempo.
    7. Formação vegetal característica de regiões tropicais com uma estação sêca bem definida. É composta basicamente de arbustos, plantas rasteiras e poucas árvores.
    8. Formação vegetal muito aproveitada pela pecuária, é característica de áreas com baixa pluviosidade e formada basicamente por gramíneas e alguns arbustos.
    9. Ocorrem em regiões com pouca chuva e são formadas por plantas adaptadas a esses ambientes, como os cactos.
    10. Formação vegetal característica de regiões montanhosas, que apresenta variedade de porte em razão do aumento da altitude. É comum a ocorrência de gramíneas, musgos e liquens.
  2. Com base no mapa “Planisfério: Vegetação nativa” no início do Capítulo, responda às questões:
    1. Quais formações vegetais são encontradas no Brasil? Cite as principais características de cada uma delas.
    2. Em quais regiões do planeta podemos verificar a presença da Tundra? Quais são as principais características desse tipo de vegetação?
    3. Qual é o tipo de vegetação predominante na porção norte do continente africano? Qual é a relação desse tipo de vegetação com o clima da região?
Orientações e sugestões didáticas

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

  • Identidade sociocultural.
  • Relações entre os componentes físico-naturais.
  • Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras.
  • Biodiversidade e ciclo hidrológico.

Habilidades

São trabalhados aspectos relacionados às habilidades:

  • ê éfe zero seis gê ê zero um (atividade 1)
  • ê éfe zero seis gê ê zero cinco (atividades 1 e 2)
  • ê éfe zero seis gê ê zero nove (atividade 5)
  • ê éfe zero seis gê ê um um (atividades 3, 4 e 5)

Respostas

1. I. j) Tundra. II. c) Florestas Boreais. III. d) Vegetação Mediterrânea. IV. g) Estepes. V. a) Florestas Equatoriais e Tropicais. VI. b) Florestas Temperadas e Subtropicais. VII. e) Savanas. VIII. f) Pradarias. IX. h) Vegetação de Deserto. X. i) Vegetação de Altitude.

    1. Os tipos de vegetação encontrados no Brasil são: Florestas Equatoriais e Tropicais; Florestas Temperadas e Subtropicais; Savanas (Cerrado e Caatinga). As Florestas Equatoriais e Tropicais presentes em locais de climas quentes e úmidos são densas, exuberantes e apresentam a maior biodiversidade do planeta. As Florestas Temperadas e Subtropicais localizam-se na porção sul do Brasil, onde são registradas as menores temperaturas do país e índices de umidade bem distribuídos ao longo do ano. Por fim, as Savanas (Cerrado e Caatinga) caracterizam-se pela presença de arbustos, plantas rasteiras e poucas árvores, adaptadas às regiões tropicais que apresentam uma estação seca bem definida.
    2. A Tundra ocorre nas regiões polares, isto é, no Círculo Polar Ártico, por um curto período do ano, durante o descongelamento parcial do solo. É formada por musgos, liquens e plantas rasteiras.
    3. Na porção norte da África predomina a Vegetação de Deserto. O clima ali presente, caracterizado pelos baixos índices de pluviosidade, influencia diretamente no desenvolvimento de um tipo de vegetação adaptado ao clima seco, formado por gramíneas, arbustos e plantas isoladas, como os cactos.

3. Analise a charge e responda.

Charge. À esquerda, uma árvore com tronco marrom e folhas verdes. À direita, um boi marrom com feições entediadas ao lado de um tronco de árvore cortado na base. No centro, um homem de cabelo branco, colete laranja, calça azul e camiseta branca, deitado em uma rede azul fixada no tronco à esquerda e no chifre do boi à direita. O homem está com os olhos arregalados, a mão esticada para frente, a boca aberta, dizendo: CADÊ A ÁRVORE QUE TAVA ALI?
Charge publicada no jornal de uma rede de supermercados, veiculado no interior do estado de São Paulo. Elaborada pelo artista Pelicano, em 2009.
  1. Que problema ambiental está representado?
  2. Comente como esse problema tem afetado a vegetação em todo o mundo.

4. Leia a reportagem e responda.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ínpi), órgão do governo federal, anunciou nesta quinta-feira (18/11) que a taxa de desmatamento na Amazônia Legal Brasileira teve um aumento de 21,97% em um ano.

O valor de córte raso foi estimado em .13235 quilômetros quadrados no período entre 1º de agosto de 2020 e 31 de julho de 2021. Esse é o maior número desde o ano de 2006 segundo as medições dos satélites do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Pródes

A maior variação percentual entre os 9 estados da Amazônia Legal foi no Amapá, com 62,5%, que passou de 24 quilômetros quadrados desmatados para 39 quilômetros quadrados. Mas, proporcionalmente, o aumento mais expressivo foi no Amazonas: variação de 55,22%, com área total derrubada de 2.347 quilômetros quadrados em um ano. reticências

DESMATAMENTO na Amazônia tem a maior taxa em 15 anos. BBC News Brasil, 18 novembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/CyWa7G. Acesso em: 13 abril 2022.

  1. Quais atividades podem provocar o desmatamento?
  2. Quais são as principais consequências do desmatamento de áreas florestais?
  3. Qual é a principal informação apresentada na reportagem?
  4. É possível verificar mudanças na paisagem em decorrência do recente desmatamento no local onde você vive? Se sim, o que provocou o desmatamento dessa área?

5. Observe os esquemas e explique o problema ambiental apresentado.

Esquema. Conjunto de duas ilustrações representando o problema ambiental provocado pela supressão da mata ciliar. Primeira ilustração: no centro, leito de rio com água representada pela cor azul e subsolo pela cor marrom, onde há a indicação escrita 'O rio consegue fluir'. As margens do rio cobertas por árvores grandes e pequenas, copas largas, folhas verdes e vegetação arbustiva e rasteira. As raízes são apresentadas no subsolo marrom abaixo das árvores. Uma seta translúcida em cada uma das duas margens parte das árvores em direção ao leito do rio. No subsolo da margem esquerda, abaixo das raízes, há a indicação escrita 'As raízes seguram a terra'. Na porção superior, céu azul, nuvens cinzas e ocorrência de chuva. Entre as nuvens, indicação escrita 'a mata filtra a água da chuva'. Segunda ilustração: no centro, leito de rio com água representada pela cor azul, acúmulo de sedimentos no fundo e subsolo representado pela cor marrom, onde há a indicação escrita 'o rio vai sendo soterrado'. As margens do rio sem cobertura vegetal. Setas preenchidas por pequenos círculos representando sedimentos e apresentadas em cada uma das duas margens partem do solo exposto em direção ao leito do rio. Na porção superior, nuvens cinza e ocorrência de chuva. Entre as nuvens, indicação escrita 'a água das chuvas vai levando a terra solta'.

NUNES, Laís. Mata ciliar: os cílios das águas. SustentaHabilidade, 13 julho 2016. Disponível em: https://oeds.link/IVHxBI. Acesso em: 13 abril 2022.

Orientações e sugestões didáticas

Respostas

3. a) O desmatamento.

b) A devastação da vegetação tem colocado em risco a biodiversidade dos biomas e a vida de diversas espécies animais e vegetais. Além disso, o clima de diversas regiões do planeta é afetado, uma vez que clima e vegetação estão em permanente interação. O desmatamento também afeta a subsistência de comunidades tradicionais que vivem da extração de recursos de florestas ou de outras formações vegetais, entre outros impactos ambientais e sociais.

4. a) Diversas atividades, como a exploração da madeira e a abertura de áreas destinadas aos cultivos agrícolas e à pecuária.

  1. As florestas são importantes para o equilíbrio do clima no mundo. O desmatamento pode contribuir para as alterações climáticas e comprometer a disponibilidade da água, as nascentes e os rios.
  2. A reportagem indica que o desmatamento na Amazônia Legal aumentou entre agosto de 2020 e julho de 2021.
  3. Resposta pessoal. Estimule os estudantes a observar a paisagem do entorno do lugar onde vivem para que possam notar as mudanças mais recentes relacionadas à supressão da vegetação. Peça-lhes que descrevam os novos usos dados às áreas anteriormente cobertas por vegetação nativa (florestas, Cerrado ou Caatinga, por exemplo), em geral relacionados à expansão urbana ou das atividades agrícolas, da pecuária etcétera.

5. Os esquemas apresentam o desmatamento da vegetação das margens dos rios. A retirada da vegetação deixa o solo exposto e mais suscetível aos processos erosivos, intensificando o desgaste da superfície e o transporte do material que sedimenta ao longo do leito dos rios. A grande quantidade de sedimentos depositados nos rios diminui o volume de água (assoreamento), causando a morte de muitos animais aquáticos e dificultando a navegação.

Ícone. Ícone indicativo da seção ‘Para refletir’. O ícone corresponde a uma ilustração colorida composta por silhueta de uma cabeça com engrenagens em seu interior, dentro de um balão de diálogo que, por sua vez, está dentro de uma tarja retangular de fundo verde escuro com a inscrição ‘Para refletir’ grafada em letras brancas.

Para refletir

A paisagem da Caatinga: clima, vegetação, solo e relevo se inter-relacionam?

Na abertura desta Unidade, você observou a fotografia de uma paisagem da Caatinga.

A vegetação da Caatinga está associada ao clima Semiárido, caracterizado por médias de temperatura entre 25 graus Célsius e 29 graus Célsius e pelo tempo estável, com poucas chuvas ao longo do ano (400-650 milímetros). Ela é formada por diferentes tipos de associações vegetais, como matas sêcas e campos. Suas plantas – por exemplo, os cactos – são adaptadas ao clima seco, com folhas que perdem menos água na transpiração e com raízes profundas.

Na vegetação da Caatinga, o contraste na paisagem entre estações sêcas e chuvosas é marcante. Observe as duas fotografias da mesma paisagem em momentos distintos.

Fotografia. No primeiro plano, vista para uma superfície aplainada, coberta por vegetação arbustiva e arbórea de pequeno porte e verde, além de fragmentos de solo exposto e vegetação rasteira verde. No segundo plano, superfície aplainada, coberta por vegetação densa verde e fragmentos de solo exposto. No terceiro plano, morros com vegetação densa e verde. Acima, o céu com nuvens.
Vegetação de Caatinga verde em Sousa, Paraíba(fevereiro de 2019).
Fotografia. No primeiro plano, vista para uma superfície aplainada, coberta por vegetação arbustiva e arbórea de pequeno porte e seca, além de fragmentos de solo exposto e vegetação rasteira seca. No segundo plano, superfície aplainada, coberta por vegetação verde e fragmentos de solo exposto. No terceiro plano, morros com vegetação densa e seca. Acima, o céu com nuvens.
Vegetação da Caatinga com menos folhas e áreas mais sêcas em Sousa, Paraíba (novembro de 2017).

O clima Semiárido e a vegetação da Caatinga estão relacionados ao tipo de relevo da região, caracterizado pela depressão Sertaneja, onde o Planalto da Borborema atravessa vários estados e impede a passagem das massas de ar úmidas que partem do oceano para o interior. Já as massas de ar provenientes do sul da América do Sul com potencial para provocar chuvas chegam ao Nordeste com pouca fôrça e, portanto, predomina um quadro de estabilidade. Além disso, a região do Semiárido corresponde a uma área de alta pressão – com correntes de ar que transferem o calor para latitudes maiores, situação que favorece a estabilidade do tempo e menores índices de chuva.

No passado geológico, porém, essa região apresentava uma dinâmica úmida, diferente da que temos hoje. Durante o período Quaternário, o relevo passou por sucessivas fases de aplainamento, causadas principalmente pelo intemperismo químico. Nesse processo, o solo foi removido, deixando aflorar a rocha mais resistente à erosão.

O solo da Caatinga é pedregoso e raso, rico em minerais, mas pobre em matéria orgânica. Por isso, dificilmente armazena as águas das chuvas. Sua coloração varia entre rosa-avermelhado e um tom cinzento.

Leia a seguir um texto sobre a interação dos seres humanos com a Caatinga.

Orientações e sugestões didáticas

Seção Para refletir

Em consonância com as Competências específicas de Geografia número 1 e número 2, a seção auxilia o estudante a: Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas e Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das fórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

Habilidades

ê éfe zero seis gê ê zero um: Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.

ê éfe zero seis gê ê zero cinco: Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais.

ê éfe zero seis gê ê um um: Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.

Orientações

Antes de lerem o texto, convide os estudantes à observação das fotografias. Incentive-os a comunicar o que percebem e, se for necessário, ressalte que se trata de duas fotografias de um mesmo local em momentos diferentes.

Saliente os aspectos naturais e sociais evidenciados no texto. Reforce que o clima, a vegetação e o modo de vida se inter-relacionam, no Semiárido brasileiro e em todos os locais.

Texto complementar

Caatinga

A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro. Localizado na região Nordeste do País, ocupa área referente a 10% do território nacional e se estende por grande parte da região Nordeste e Norte de Minas Gerais. A Caatinga é dominada pela vegetação do tipo “savana estépica”, vegetação com predomínio de árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas no período seco (espécies caducifólias) e muitas espécies de cactáceas. Apesar de ser uma região semiárida, com índices pluviométricos baixos (entre 300 e 800 milímetros por ano), a Caatinga é extremamente heterogênea, com pelo menos uma centena de diferentes tipos de paisagens únicas, onde se destacam as lagoas ou áreas úmidas temporárias, os refúgios montanhosos e os rios permanentes como o São Francisco. A Caatinga sofre alto grau de degradação ambiental, particularmente no que se refere aos processos de desertificação, e altos índices de pobreza humana.

SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO. Ministério do Meio Ambiente. Florestas do Brasil em resumo. Brasília, Distrito Federal: ésse éfe bê, 2009. página 104.

O biomaglossário Caatinga sob a percepção da paisagem e a dinâmica da agricultura

reticências Sem dúvidas, em algumas áreas e durante a estação sêca, a paisagem da Caatinga parece inóspita e agressiva. Todavia, ao pequeno sinal de chuva, a paisagem muda rapidamente, o verde toma conta da feiçãoglossário e torna a prevalecer com flores que desabrocham para abastecer seus polinizadores. O ambiente se transforma abruptamente, os sertanejos enchem de esperança e a vida se reinventa na Caatinga.

reticências Os sertanejos constituem os povos da Caatinga e dela extraem inúmeros produtos e serviços que possibilitam a vida no Semiárido. Dela são retiradas as estacas para a construção de cêrcas, de currais, chiqueiros e corredores para os animais, possibilitando a pecuária extensiva, a qual também é alimentada por forrageiras herbáceas, arbustivas e arbóreas, que são típicas da Caatinga. Além disso, também é extraído o couro da indumentária e dos apetrechos de trabalho dos vaqueiros reticências. Ao longo dos anos, o sertanejo também conheceu uma enorme quantidade de espécies medicinais, bem como de outros recursos alimentares encontrados no bioma, os quais têm importância relevante na alimentação do dia a dia, tais como as frutas silvestres e outros alimentos com grande potencial nutricional e também de mercado.

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Somada a isso, destaca-se também uma vasta riqueza cultural. O Sertão nordestino tem sido alvo das mais variadas inspirações artísticas e culturais. reticências

Vale salientar que o Semiárido brasileiro não é um bioma mais pobre, ou de categoria mais rebaixada, como muitos o consideram. Não é um ambiente hostil, sem vida e que não dá certo. Ao contrário, é uma área degradada, devido aos desequilíbrios ambientais e às intervenções humanas, cujos elementos naturais são cuidadosamente adaptados às condições de baixas e irregulares precipitações e elevada evapotranspiração. reticências Assim, essa importante e relevante diferença não é um defeito, é uma grande qualidade: é a expressão da riqueza da diversidade da Natureza se adaptando e encontrando possibilidades.

SOARES, V. de O.; ALMEIDA, N. O. O bioma Caatinga sob a percepção da paisagem e a dinâmica da agricultura. Revista Geográfica de América Central, Costa Rica, número especial, página 5-6, 2011. Disponível em: https://oeds.link/UR0PdA. Acesso em: 13 abril 2022.

  1. Nas fotografias de Sousa (Paraíba) apresentadas anteriormente, quais mudanças podem ser observadas na paisagem da Caatinga?
  2. Que fator apontado no texto influencia na transformação da paisagem?
  3. Como o clima, a vegetação, o solo e o relevo de uma região se inter-relacionam?
  4. Como o clima e a vegetação se relacionam com a vida dos povos na Caatinga?
  5. Por que, apesar de ser uma área degradada, não podemos considerar o Semiárido como “mais pobre”?
  6. Forme dupla com um colega de classe e façam uma pesquisa sobre produções artísticas de diferentes linguagens, como o teatro, a música, a dança e as artes visuais, que retratam aspectos sociais, geográficos e culturais do Sertão nordestino. No dia agendado pelo professor, apresentem os resultados da pesquisa aos demais colegas.
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. Observa-se que a paisagem da Caatinga fica com os arbustos e a vegetação rasteira mais verdes no período de chuvas e apresenta pouca vegetação e arbustos mais secos no período de estiagem.
  2. A precipitação influencia a transformação da paisagem.
  3. As vegetações se adaptam ao clima de uma região. O clima, por sua vez, é influenciado pelas formações vegetais e pelo relevo. O solo é resultado da interação entre o clima, a vegetação, o relevo e o substrato rochoso, em um sistema inter-relacionado. Professor, vale ressaltar que, ao final do texto, há uma referência ao Semiárido brasileiro como um “bioma” que pode causar confusão. Por isso, destacamos que o conceito de bioma se refere à Caatinga, tipo de vegetação que ocorre na região do Semiárido brasileiro.
  4. Os sertanejos retiram alimento, estacas, plantas com propriedades medicinais e inúmeros produtos que permitem a vida no Semiárido da Caatinga.
  5. Apesar de degradado, o Semiárido apresenta uma rica diversidade, que mostra que a natureza se adapta a diferentes condições.
  6. Resposta pessoal.

Questões para autoavaliação

Nesta Unidade do livro, as questões sugeridas para autoavaliação – e que podem, a seu critério, ser utilizadas para o diagnóstico do grau de aprendizagem dos estudantes – são as seguintes:

  1. Qual é a diferença entre as condições atmosféricas momentâneas e a sucessão de diferentes tempos atmosféricos?
  2. Como os elementos climáticos e os fatores geográficos influenciam o clima?
  3. A previsão do tempo pode ser útil para os diferentes povos e populações?
  4. Quais são as principais características de cada um dos climas da Terra? E do Brasil?
  5. O clima influencia a vegetação dos lugares?
  6. Quais são os principais tipos de vegetação encontrados na Terra? E no Brasil?
  7. Quais são nossas responsabilidades e nossos deveres para garantir a preservação da vegetação?

Glossário

Maritimidade e continentalidade
Os continentes se aquecem e se esfriam mais rapidamente que os oceanos, enquanto as águas conservam o calor por mais tempo. Por isso, em geral, as áreas distantes dos oceanos têm variação de temperatura maior (continentalidade) que as áreas próximas dos oceanos (maritimidade).
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Amplitude térmica
É a diferença entre a maior e a menor temperatura de um dia, de um mês ou de um ano.
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Evapotranspiração
Liberação de água pelas folhas das plantas.
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Bioma
Conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, com flora e fauna similares, definido pelas condições físicas (como clima, relevo, vegetação etcétera) predominantes nas regiões. Os biomas brasileiros são: a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal.
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Feição
Aspecto, formato ou aparência.
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