UNIDADE Ium  O Território Brasileiro

Apresentação

A primeira Unidade deste volume, “O território brasileiro”, está relacionada às cinco Unidades Temáticas da BNCCBê êne cê cê: O sujeito e seu lugar no mundo, Conexões e escalas, Mundo do trabalho, Formasfórmas de representação e pensamento espacial e Natureza, ambientes e qualidade de vida.

A Unidade envolve o trabalho com as seguintes Competências Gerais da Educação Básica: (2) Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas; (7) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta; (8) Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas; (9) Exercitar a empatia, o diálo­go, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respei­tar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e poten­cialidades, sem preconceitos de qualquer natureza; (10) Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Os conteúdos trabalhados no texto principal, nas seções e nas atividades propostas buscam propiciar aos estudantes o desenvolvimento de todas as Competências Específicas do Componente Curricular Geografia, com atenção especial às seguintes: (1) Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas; (2) Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formasfórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história; (3) Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem; (4) Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas; (6) Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza; (7) Agir pessoal e coletivamen­te com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilida­de, resiliência e determina­ção, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Nesta Unidade

Esta Unidade introduz o tema central do 7º ano: o Brasil, sua formação territorial, características naturais, econômicas, políticas e socioculturais. É fundamental nas Unidades iniciais deste volume oferecer uma visão geral do território e da população do Brasil, conteúdos que serão trabalhados de modo mais profundo em Unidades posteriores, que abordam cada região separadamente.

A Unidade Ium apresenta a localização e a extensão territorial do Brasil como fatores que ajudam a entender a grande variedade de paisagens do país. Também aborda as principais características físicas e ambientais do Brasil e suas relações com o processo de ocupação do território, apontando a diversidade cultural resultante dessas relações. Com base nessas informações, explica algumas regionalizações propostas para o território brasileiro.

Deve ficar claro para os estudantes que o espaço geográfico é dinâmico, sendo constantemente construído e modificado, de modo que eles saibam identificar os principais processos que atuaram e atuam na formação do território e nos aspectos sociais e econômicos do Brasil.

São trabalhados ao longo da Unidade os seguintes Objetos de conhecimento:

• Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil.
• Formação territorial do Brasil.
• Produção, circulação e consumo de mercadorias.
• Mapas temáticos do Brasil.
• Biodiversidade brasileira.

Sugestão para o estudante:

GOOGLE Earth. Disponível em: https://oeds.link/emCp7j. Acesso em: 30 mar.março 2022.

Programa que permite ao usuário navegar pelo globo terrestre por meio de imagens de satélite, fotografias aéreas e mapas.

Sobre o Capítulo

Neste Capítulo, o estudante é incentivado a explorar a localização do território brasileiro no planeta, observando sua vasta extensão em comparação à de outros países.

Tanto nos textos quanto nas imagens, destaca-se a localização do território brasileiro em relação aos hemisférios e às zonas térmicas da Terra, o que possibilita evidenciar características que afetam as atividades e o cotidiano da população. É necessário identificar o modo como as características estudadas refletem-se nas paisagens, tentando partir de exemplos próximos à realidade dos estudantes.

Ao trabalhar com as representações cartográficas, é interessante retomar seus elementos e suas funções e, sempre que possível, localizar o estado e o município da escola.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um: Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acercaacêrca das paisagens e da formação territorial do Brasil.

EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove: Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais.

EF07GE10ê éfe zero sete gê ê um zero: Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras.

EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um: Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária).

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Texto complementar

No trecho do texto a seguir, o geógrafo e professor Aziz Ab’SáberAziz Abissáber (1924-2012) fala sobre a composição da paisagem.

Todos os que se iniciam no conhecimento das ciências da natureza, mais cedo ou mais tarde, por um caminho ou por outro, atingem a ideia de que a paisagem é sempre uma herança. Na verdade, ela é uma herança em todo o sentido da palavra: herança de processos fisiográficos e biológicos e patrimônio coletivo dos povos que historicamente as herdaram como território de atuação de suas comunidades.

AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. 8. ed.oitava edição São Paulo: Ateliê, 2021. p.página 9.

Orientações

Promova a leitura coletiva das representações do globo terrestre apresentadas nesta página. Verifique se está claro para os estudantes que hemisfério é uma metade do globo terrestre delimitada por uma linha imaginária que divide a Terra ao meio. As divisões mais comuns são norte-sul e oriental-ocidental (leste-oeste), respectivamente indicadas pela linha do Equador e pelo meridiano de Greenwich e seu antimeridiano.

Ao explorar as imagens, espera-se que eles percebam que o território brasileiro está localizado a oeste do meridiano de Greenwich, ou seja, no Hemisfério Ocidental, e, em relação à latitude, tem sua maior porção (93%) abaixo da linha do Equador, isto é, no Hemisfério Sul.

Converse com os estudantes acercaacêrca de eventos históricos relacionados à localização ocidental e/ou meridional do Brasil; por exemplo, a formação de blocos regionais como o Mercosul.

Esse trabalho pode ser realizado em parceria com o professor de História, possibilitando que diferentes visões sejam compartilhadas e construídas simultaneamente com os estudantes.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove.

Orientações

Sobre as zonas térmicas do planeta, comente com os estudantes que, além da localização relativa à latitude, outros fatores, como a altitude e as massas de ar, influenciam nos climas dos locais.

Peça aos estudantes que identifiquem no planisfério a zona térmica em que está situado o local retratado na fotografia desta página e aproveite para retomar os movimentos da Terra e relacioná-los com a época do ano em que a fotografia foi tirada.

Se possível, compare as características climáticas identificadas pelos estudantes com as do estado onde a escola se localiza.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um, identificando e questionando estereótipos relacionados ao Brasil.

Texto complementar

Área territorial do Brasil aumenta em 890 km²quilômetros quadrados após atualização do IBGEí bê gê É

O Brasil teve crescimento de 0,01% na sua extensão territorial, de acordo com a atualização da área oficial do país e de estados e municípios publicada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGEí bê gê É) no Diário Oficial da União. A nova estimativa de área do país passou a ser 8.515.767,049 quilômetros quadrados (km²)quilômetros quadrados, contra os 8.514.876,599 km²quilômetros quadrados relativos a 2002, quando o último valor foi publicado. A diferença é de 890,45 quilômetros quadrados.

“Nós não estamos mudando os limites territoriais do país ou divisas internacionais, mas aprimorando a tecnologia do trabalho, o que leva à revisão de valores de área publicados a cada década”, explica Miriam Barbuda, coordenadora de Estruturas Territoriais do IBGEí bê gê É.

Segundo a técnica, o Brasil aumentou, principalmente, em razão de alguns arquipélagos que não foram contabilizados anteriormente e que hoje já estão contemplados dentro do cálculo de área. Ela deu como exemplo as lagoas dos Patos e Mirins, no Rio Grande do Sul, “duas grandes massas de água que, conforme a Constituição Estadual, também passaram a fazer parte da área territorial do estado”. [...]reticências

OLIVEIRA, Nielmar de. Área territorial do Brasil aumenta em 890 km²quilômetros quadrados após atualização do IBGEí bê gê É. Agência Brasil, 23 jan.janeiro 2013. Disponível em: https://oeds.link/0CiBQM. Acesso em: 23 fev.fevereiro 2022.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Orientações

Comente com os estudantes que o território brasileiro é muito extenso no sentido norte-sul, o que contribui para a diversidade das paisagens. Ao explorar coletivamente as fotografias, ressalte que os elementos culturais das paisagens também são influenciados por fatores naturais, especialmente os relacionados ao clima e à vegetação.

Incentive os estudantes a estabelecer relações entre esses fatores e os elementos naturais e culturais das paisagens do município onde a escola está situada.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Respostas

1. A adequação dos limites teóricos dos fusos para os limites práticos visa organizar o cotidiano – para o bom funcionamento de todas as atividades econômicas e serviços, é fundamental que operem em um mesmo horário conforme a maioria dos limites estaduais.
2. Resposta variável, de acordo com o município onde o estudante reside. O município pode se localizar: um fuso a leste, sendo uma hora mais tarde; um ou dois fusos a oeste, sendo uma ou duas horas mais cedo, respectivamente; ou no mesmo fuso, tendo o mesmo horário de Brasília.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Orientações

Esta seção destaca a relação entre a posição e a extensão latitudinal do território brasileiro com o clima e o tempo atmosférico, apresentando climogramas de diferentes cidades do país.

Nela é desenvolvida a Competência Específica do componente Curricular Geografia n.número 4: Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.

O climograma é uma representação gráfica da variação climática de determinada região, muito usada na Geografia, e os exercícios que envolvem a leitura ou a construção desse tipo de representação podem ser concebidos como parte da Unidade Temática Formasfórmas de representação e pensamento espacial.

Nos gráficos apresentados, a temperatura está representada em vermelho, com valores indicados à direita do gráfico, enquanto a precipitação está em azul, com valores à esquerda.

Observação

O conteúdo desta seção possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE10ê éfe zero sete gê ê um zero e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Respostas

1. a) Em Manaus, o mês de menor precipitação é agosto, seguido por julho, setembro e outubro. A maior precipitação média é registrada em abril, seguido por março, fevereiro e janeiro.

Em Porto Alegre, a menor precipitação foi registrada em março, seguido por dezembro e fevereiro. Os meses com maior precipitação foram setembro, junho e julho.

2. A temperatura média em Manaus é alta e varia pouco, ficando sempre entre 26 °Cgraus Célsius e 28 °Cgraus Célsius; em Porto Alegre, a variação é maior e as temperaturas alcançadas, menores, ficando entre pouco menos de 14 °Cgraus Célsius e 25 °Cgraus Célsius.
3. A variação da média de precipitação em Manaus é significativamente maior que em Porto Alegre, com a menor precipitação registrada estando próxima dos 60 mmmilímetros, em agosto, e a maior, em 300 mmmilímetros, em março; Porto Alegre tem pouco mais de 90 mmmilímetros de precipitação em seu mês mais secosêco, março, e pouco mais de 140 mmmilímetros nos meses de maior precipitação. Manaus apresenta, também, uma precipitação média anual maior que a de Porto Alegre.

Já a temperatura média é mais alta e constante em Manaus, onde se mantém entre 26 °Cgraus Célsius e 28 °Cgraus Célsius durante o ano todo; Porto Alegre tem clima mais ameno, apresentando temperaturas médias abaixo dos 15 °Cgraus Célsius no inverno e próximas a 25 °Cgraus Célsius no verão.

Respostas

2. A primeira fotografia está relacionada a Manaus, pois as vestimentas das pessoas indicam que as temperaturas estão elevadas, característica correspondente ao que indica o climograma da cidade, que registra médias entre 26 °Cgraus Célsius e 28 °Cgraus Célsius.            A segunda fotografia foi tirada em um dos meses que apresentam menores temperaturas em Porto Alegre, junho, julho e agosto, o que justificaria as roupas de frio.
3. Respostas pessoais. Esta atividade pode ser utilizada para trabalhar práticas de pesquisa, como observação, tomada de nota e construção de relatórios.            Se possível, apresente à turma um climograma do município onde está localizada a escola e analise com os estudantes as características climáticas nele representadas, como foi feito com os climo­gramas desta seção.

Observação

As atividades propostas contribuem para o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE10ê éfe zero sete gê ê um zero e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

• Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil.
• Mapas temáticos do Brasil.
• Biodiversidade brasileira.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

• EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um (atividade 2)
• EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove (atividades 1, 3, 4 e 5)
• EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um (atividades 1, 2 e 5)

Respostas

1. 1. O Brasil é cortado pela linha do Equador e pelo trópico de Capricórnio.
   2. O Brasil localiza-se na Zona Tropical, delimitada pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio; uma pequena área territorial situa-se na Zona Temperada do Sul, delimitada pelo trópico de Capricórnio e pelo círculo polar Antártico.
2. Como o território brasileiro é muito extenso no sentido norte-sul, nele se observa a influência de fatores climáticos distintos, o que contribui para uma grande diversidade de paisagens. No norte do território, por exemplo, são encontradas paisagens dominadas por formações vegetais adaptadas a climas mais quentes, enquanto no sul há paisagens caracterizadas por vegetações adaptadas a temperaturas mais baixas. Esses aspectos físico-naturais impactam as atividades econômicas e o cotidiano das pessoas. A exploração dessas relações possibilita abordar criticamente ideias e estereótipos associados às populações das diferentes regiões do território brasileiro.
3. A grande extensão territorial brasileira no sentido leste-oeste faz com que o país apresente, atualmente, quatro fusos horários.
4. A maior parte do território brasileiro está situada no Hemisfério Sul, ao sul da linha do Equador, e uma pequena parte ao norte dessa linha, no Hemisfério Norte. O país está localizado inteiramente a oeste do meridiano de Greenwich, no Hemisfério Ocidental.
5. 1. A maior parte do território brasileiro está localizada na Zona Tropical.
   2. Há uma porção do território situada na Zona Temperada do Sul.
   3. As áreas que ficam na Zona Tropical tendem a apresentar temperaturas mais elevadas que as áreas situadas na Zona Temperada.
6. 1. Os defensores da volta do horário de verão argumentam que o aproveitamento da luminosidade natural por mais tempo, no fim da tarde, resulta em redução da demanda de energia no horário de pico.
   2. O governo sustenta que o pico de demanda de energia já não é no fim da tarde, mas no meio dela, motivado pelo acionamento dos aparelhos de ar condicionado nas empresas.
7. Alternativa b.

Sobre o Capítulo

Este Capítulo apresenta as principais características físicas do território brasileiro, abordando relevo, hidrografia, clima e vegetação. Com base no estudo dessas características, busca-se entender como os aspectos naturais influenciam o modo de vida e as atividades econômicas de uma sociedade.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um: Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acercaacêrca das paisagens e da formação territorial do Brasil.

EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove: Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais.

EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um: Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária).

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Respostas

Ler o mapa:

1. As maiores áreas com altitude abaixo de 100 metros encontram-se na porção norte do território brasileiro.
2. No trecho representado com a cor marrom, no qual o rio nasce em área de altitude mais elevada e corre para áreas mais baixas, em percurso menos extenso.

Orientações

Neste tópico apresentamos uma análise das principais unidades de relevo do território brasileiro. O estudo das planícies, depressões e planaltos do relevo brasileiro é enriquecido por mapas e fotografias. Existem propostas distintas de classificação do relevo brasileiro, como as de Aroldo de Azevedo e de Aziz Ab’SáberABISSÁBER. Optou-se pela classificação do geógrafo JurandyrJurandir RossRós por ser uma das mais recentes e completas, e por resultar de pesquisas realizadas com o uso de tecnologias modernas.

De 1970 a 1985, o território brasileiro foi registrado por meio de um radar instalado na fuselagem de um avião. Com base nas informações obtidas, RossRós e sua equipe elaboraram uma nova classificação do relevo brasileiro, baseada na estrutura geológica (formafórma estrutural) e na geomorfologia (formafórma escultural). Para RossRós, são três as grandes formasfórmas do relevo brasileiro: planaltos, depressões e planícies. Essas três formasfórmas podem ser encontradas sobre um escudo cristalino ou sobre uma bacia sedimentar (estrutura geológica).

Explore com os estudantes o mapa desta página, elaborado com base no estudo de Ross. Como se pode observar na representação, os planaltos abrangem a maior área do território nacional e somam onze unidades. O geógrafo identificou também onze unidades de depressões e seis de planícies.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Resposta

Ler o mapa: Resposta variável de acordo com o município onde o estudante vive.

Orientações

Com os estudantes, localize no mapa da página anterior, aproximadamente, o município onde a escola está situada e identifique a unidade de relevo correspondente. Após a leitura do material, observem e analisem coletivamente e comentem paisagens existentes no município da escola, relacionando-as com as informações presentes no livro.

Se possível, amplie a abordagem, apresentando fotografias de diferentes locais do planeta, e solicite aos estudantes que indiquem o tipo de retratado, avaliando a compreensão deles sobre o conteúdo.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Orientações

Aqui estudamos a importância dos rios e da hidrografia brasileira, com foco nas bacias e regiões hidrográficas, como: a Amazônica, a do Paraná, a do Tocantins-Araguaia, a do Paraguai e a do São Francisco. São abordadas algumas de suas características, e indicados os principais rios que as compõem e o potencial econômico de cada uma.

Solicite aos estudantes que consultem um atlas e observem o mapa do Brasil buscando identificar os grandes divisores de água do território brasileiro.

Sugerimos que você proporcione um momento em sala de aula para que os estudantes exponham as informações que têm sobre o rio mais próximo do lugar onde vivem, buscando destacar possíveis problemáticas associadas a ele e investigar as causas.

Para ampliar a abordagem, estabeleça uma conversa com os estudantes, questionando-os sobre os caminhos dos recursos hídricos até a moradia e demais espaços, como a escola, refletindo sobre os tratamentos realizados antes e depois de sua utilização e evidenciando a importância da rede de saneamento básico.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Resposta

Ler o mapa: Resposta variável de acordo com o município onde o estudante vive e seus conhecimentos sobre o rio.

Atividade complementar

Recomenda-se que a atividade seja realizada na sala de informática, com computadores com acesso à internet. Caso não seja possível, você pode levar material impresso para pesquisa.

Propõe-se que os estudantes, por meio de uma pesquisa on-line, localizem o município da escola em uma das regiões hidrográficas do Brasil, pesquisem mais informações sobre essa região e identifiquem nela a principal fonte de água para abastecimento da população no município.

A atividade poderá ser feita com os estudantes organizados em duplas. O produto final, em texto corrido, deve conter todas as informações solicitadas. É importante que você não apenas corrija as informações, mas também identifique as dificuldades de cada dupla e proponha formasfórmas de superá-las.

A pesquisa proposta nesta atividade envolve a revisão bibliográfica e a construção de relatórios. Sugerimos a seguinte fonte para consulta:

BRASIL. Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. As regiões hidrográficas. Disponível em: https://oeds.link/l7EZOq. Acesso em: 24 fev.fevereiro 2022.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Orientações

Neste momento são estudados os tipos climáticos que ocorrem no Brasil. Vale destacar a abrangência do clima tropical e de suas variações locais, assim como a influência da latitude na caracterização dos climas equatorial e subtropical.

Avalie a necessidade de retomar assuntos estudados no 6º ano para relacionar fenômenos climáticos, como a variação de temperatura e as precipitações, e fatores que interferem no clima, como a radiação solar, as massas de ar e a altitude. Retome o mapa de zonas térmicas da página 14 e explique a importância da latitude para o clima.

Resposta

Ler o mapa: Resposta variável de acordo com a unidade da federação onde o estudante vive.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Sugestões para o professor:

CAVALCANTI, Iracema F. de A. (org.organizador). Tempo e clima no Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2009.

Livro sobre os sistemas de tempo e as variações climáticas no território brasileiro.

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

Livro que reúne conceitos básicos de climatologia e meteorologia, com ênfase nas características de tempo e clima no Brasil e no restante da América do Sul.

Orientações

Ao abordar os tipos de clima no Brasil, a grande porção do território na Zona Tropical e a necessidade de determinados cuidados para se proteger em caso de tempestades e de raios, é possível trabalhar o tema contemporâneo Saúde.

Atividade complementar

Retome a diferenciação entre clima e tempo atmosférico, que são conceitos distintos, referentes a períodos temporais diferentes:

Tempo: condições atmosféricas em um dado momento e determinado local.

Clima: características permanentes ou duradouras do tempo em determinado local, incluindo as variações.

Para reforçar essa diferença, você pode citar algumas frases para que a turma identifique se elas se referem a clima ou tempo atmosférico. Por exemplo:

• Está quente hoje. Tempo.
• O inverno em Toronto é muito frio. Clima.
• Costuma chover bastante em março. Clima.
• Está secosêco esses dias em São Paulo. Tempo.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Resposta

É recomendado buscar abrigo no interior de casas, prédios ou veículos (carros, caminhões e ônibus) e fechar as janelas. Em caso de impossibilidade de tomar essas medidas, procurar áreas naturalmente protegidas, como desfiladeiros e vales. Ao ar livre, deve-se evitar segurar objetos metálicos, brincar com pipas, andar a cavalo ou nadar. É contraindicado buscar abrigo em barracas de camping ou ficar embaixo ou próximo de árvores.

Atividade complementar

Leve para a sala de aula previsões do tempo publicadas em jornais locais ou impressas de algum site, registradas em diferentes datas durante um período de dois anos.

Peça aos estudantes que ordenem o material cronologicamente e escrevam uma breve análise do que estão lendo. Eles devem descrever as variações de temperatura e dos índices de pluviosidade que ocorreram e apontar as possíveis semelhanças entre as mesmas épocas de cada ano, caracterizando ciclos correspondentes às estações do ano.

Peça-lhes, também, que localizem no mapa o município estudado e identifiquem o tipo climático da área em que está situado. Eles devem apontar como a análise do tempo realizada se encaixa na descrição do tipo de clima.

Caso haja diferenças significativas entre um ano e outro ou entre a análise realizada e as características do tipo climático do local, peça aos estudantes que indiquem possíveis explicações para isso, que podem estar ligadas a fenômenos naturais ou à ação humana.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Orientações

Neste momento serão trabalhadas as formações vegetais do Brasil. O mapa e as fotografias servirão de base para a abordagem do tema, mostrando a abrangência e as características de cada formação vegetal apresentada.

O impacto da ação humana sobre as formações vegetais ao longo do tempo também é analisado. A expansão de atividades econômicas e o crescimento das cidades sobre áreas de vegetação são apontados como os principais motivadores da degradação do meio ambiente. Essa temática pode ser trabalhada em conexão com o mapa da retração da vegetação original, apresentado na página 34.

Resposta

Ler o mapa: Resposta variável de acordo com o município onde o estudante vive. Se necessário, consulte um atlas para localizar o município e identificar a formação vegetal original da área onde está situado.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Sugestão para o professor:

AB’SÁBERABISSÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. 8. ed.oitava edição São Paulo: Ateliê, 2021.

Livro sobre as características e potencialidades das paisagens naturais do Brasil.

Orientações

Destaque para os estudantes que a ocupação humana ao longo dos séculos, desde a chegada dos europeus, é uma das principais causas da devastação da Mata Atlântica. Promova uma conversa acercaacêrca da importância de preservar as áreas remanescentes, visando à manutenção da biodiversidade, entre outros aspectos.

Ao tratar da Mata dos Pinhais, demonstre que a indústria madeireira, especialmente a de móveis, é uma das responsáveis pela degradação dessa área.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Sugestão para o estudante:

SOSésse ó ésse Mata Atlântica. Disponível em: https://oeds.link/99WPrX. Acesso em: 24 fev.fevereiro 2022.

Site da ONGôngui SOSésse ó ésse Mata Atlântica, que trabalha pela valorização e pela preservação da Mata Atlântica.

Orientações

Aponte, sempre que possível, a relação entre clima e vegetação, demonstrando a interdependência entre eles na caracterização das paisagens brasileiras.

Analisando as fotografias presentes no livro, peça aos estudantes que especulem sobre os motivos das diferenças entre as paisagens e discuta com eles as hipóteses que levantarem.

Outra formafórma de possibilitar a compreensão dessa relação é comparar os mapas de vegetação e clima, apontando correspondências de áreas entre os dois. É interessante incluir o mapa de relevo nessa análise.

Atividade complementar

Sugerimos que os estudantes façam uma pesquisa sobre as espécies vegetais que predominam na Caatinga e suas adaptações ao período mais secosêco (cascas grossas e galhos retorcidos das espécies arbóreas, raízes profundas para obter água e nutrientes do subsolo etc.etcétera). Além disso, podem investigar os usos das plantas dessa vegetação.

Nesta atividade, os estudantes realizam práticas de pesquisa, como a revisão bibliográfica e a análise documental.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Atividade complementar

Dossiê ambiental

Solicite aos estudantes que, em grupos, elaborem um relatório descrevendo as características ambientais do lugar onde vivem. Para isso, oriente-os a seguir o roteiro.

Passo 1. Retomem os mapas da Unidade e identifiquem as características de relevo, hidrografia, clima e vegetação da unidade da federação ou município.

Passo 2. Criem um quadro conforme o do modelo a seguir e preencham cada campo com uma breve descrição dos aspectos analisados.

Passo 3. Elaborem um pequeno texto que relacione as informações apresentadas no quadro comentando, por exemplo, as ligações entre a rede hidrográfica e a pluviosidade na área estudada ou relacionando o relevo com aspectos do clima local. Discutam com os colegas as condições ambientais do local estudado avaliando os impactos causados pela ação humana. Se necessário, recorram a livros, revistas, sites e redes sociais para ilustrar o dossiê e obter informações para o relatório.

A atividade complementar sugerida contribui para o desenvolvimento das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um. O intuito é fazer com que os estudantes realizem uma síntese das informações estudadas na Unidade com base no contexto espacial em que vivem. Além de servir como exercício de interpretação cartográfica, a elaboração do dossiê estimula a pesquisa e a organização das informações obtidas.

Esta atividade incentiva práticas de pesquisa, como a revisão bibliográfica, a análise documental, a análise de mídias sociais e a construção de relatórios.

Se preciso, oriente os grupos na leitura dos mapas da Unidade para que os estudantes identifiquem a localização exata do município no Brasil.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Orientações

Esta seção apresenta a ocupação do Pantanal, relacionando as características naturais da região com as atividades econômicas nela desenvolvidas e apontando aspectos culturais resultantes desse processo.

O conteúdo possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Diversidade cultural e o desenvolvimento de três Competências Específicas de Geografia, previstas na BNCCBê êne cê cê:

(1) Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

(2) Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formasfórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

(3) Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicacão do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Respostas

1. Os indígenas e, posteriormente, portugueses, espanhóis e bandeirantes.
2. Porque as épocas chuvosas e secassêcas condicionam a movimentação do gado pelas planícies, e é importante o pantaneiro conhecê-las para não pôr os animais em risco.

Orientações

Sugerimos que você leve para a sala de aula mapas que representem a cobertura original de cada tipo de vegetação e sua cobertura atualmente. Dessa maneira, os estudantes poderão observar as informações do texto representadas na linguagem cartográfica. Caso isso não seja possível, é interessante apresentar à turma ao menos os mapas da região ou da unidade da federação onde está situada a escola. Um exemplo é o mapa do Sistema de Informação Ambiental do Programa Biota/Fapespfapésp, o SinBiotasimbióta, que apresenta informações sobre a cobertura vegetal no estado de São Paulo, disponível em: https://oeds.link/FUDSDf (acesso em: 24 fev.fevereiro 2022).

O tópico sobre vegetação original e áreas antropizadas no Brasil possibilita trabalhar o tema contemporâneo Educação ambiental.

Resposta

Ler o mapa: São as áreas mais próximas ao litoral brasileiro e grande parte da região central do país, onde estão situadas as formações vegetais de Mata Atlântica e Cerrado, respectivamente.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Texto complementar

O texto a seguir é o trecho final de uma breve apresentação do histórico do desmatamento do Brasil no século XXvinte.

No transcorrer do século passado, as práticas tradicionais de derrubada e queimada historicamente feitas pelos agricultores brasileiros, que usavam como principal recurso para a recuperação dos solos a rotação de terras – os chamados pousios – mostraram-se cada vez mais ineficientes para suprir as demandas do crescimento populacional e outras pressões do mercado. A partir da década de 1960, o uso de fertilizantes químicos para recuperação dos solos representa o primeiro passo de um processo de modernização tecnológica da agropecuária brasileira dentro do que se convencionou chamar de revolução verde. Trata-se de um pacote tecnológico envolvendo o emprego de agrotóxicos, fertilizantes químicos, melhoramento genético de sementes, motomecanização, processamento industrial da produção e, é claro, dentro de um sistema de monocultura, grandes propriedades e crédito agrícola subsidiado. O setor sucroalcooleiro e a soja são os exemplos mais emblemáticos do que se passou a chamar de agronegócio brasileiro. A demanda por novas áreas para a expansão agrícola levou o agronegócio a outras fronteiras, em áreas da Amazônia e do Cerrado. As consequências todos conhecem: desmatamento, diminuição da biodiversidade e dos recursos genéticos, erosão, poluição dos solos e das águas.

[…]

No decorrer do século XXvinte, apesar de todo o arcabouço jurídico-institucional construído para controlar essa tendência histórica, apesar dos recursos tecnológicos disponíveis de controlecontrôle e fiscalização dos remanescentes florestais e do crescente reconhecimento pela sociedade da importância da preservação e recuperação florestal, os resultados são conhecidos de todos: grande parte da vegetação original do território brasileiro foi e continua sendo sistematicamente destruída.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiental. Desmatamento e recuperação florestal. São Paulo: SMA/CPLEA, 2006. p.página 7.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE11ê éfe zero sete gê ê um um.

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

• Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil.
• Mapas temáticos do Brasil.
• Biodiversidade brasileira.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

• EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um (atividades 4 e 5)
• EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove (atividade 2)
• EF08GE11ê éfe zero oito gê ê um um (atividades 1, 3 e 4)

Respostas

1. O relevo brasileiro é antigo e foi desgastado ao longo de milhões de anos por processos erosivos, que resultaram em um terreno de baixas altitudes quando comparado ao dos países sul-americanos próximos à cordilheira dos Andes, uma formação montanhosa mais recente e com altitudes superiores.
2. 1. Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname. A Guiana Francesa é um departamento ultramarino da França e também faz fronteira com o Brasil.
   2. Possuir fronteira que se limita com muitos países permite ao país (nesse caso, o Brasil) um maior poder de relacionamento diplomático, uma vez que a preservação dos espaços é de interesse comum.
3. Os Campos, que, no Brasil, ocorrem no estado do Rio Grande do Sul.
4. Alternativa a.
5. Resposta pessoal. Oriente a realização da pesquisa pelos estudantes. Entre os atrativos turísticos, eles podem citar as áreas serranas, as festas populares e/ou religiosas, as manifestações culturais e as áreas de interesse histórico.

Orientações

Este Capítulo trata de questões relacionadas à conservação e à preservação do meio ambiente no Brasil, como a importância da biodiversidade do território nacional, os tipos de Unidade de Conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, com foco na geração de energia elétrica.

A abordagem sobre o desenvolvimento sustentável possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Educação para o consumo.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

EF07GE03ê éfe zero sete gê ê zero três: Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades.

EF07GE04ê éfe zero sete gê ê zero quatro: Analisar a distribuição territorial da população brasileira, considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões brasileiras.

EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis: Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares.

EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove: Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais.

EF07GE10ê éfe zero sete gê ê um zero: Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras.

EF07GE12ê éfe zero sete gê ê um dois: Comparar unidades de conservação existentes no Município de residência e em outras localidades brasileiras, com base na organização do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUCisnuqui).

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis.

Texto complementar

Biopirataria na Amazônia: a recorrência de uma prática antiga

Dois anos após a esquadra de Cabral ter aportado em Porto Seguro, o Brasil já experimentava os primeiros envios de pau-brasil para a Europa. Começava a apropriação da biodiversidade brasileira... Desde aquele momento, vindas de diferentes países, com objetivos variados, seguiram-se incontáveis expedições exploratórias dos ecossistemas brasileiros e do conhecimento tradicional sobre eles. Muito material biológico foi levado e depositado em coleções estrangeiras. Muita informação foi produzida. [...]reticências

É preciso distinguir a biopirataria, representada pelo saque indiscriminado de material biológico, das atividades próprias da ciência, direcionadas à produção de informações sobre a fauna e a flora da região. [...]reticências

A Amazônia desperta debates intensos no ambiente científico. Mais precisamente, a biodiversidade nela contida tem gerado uma certa controvérsia no que tange à sua origem e manutenção. [...]reticências

Entender como essa diversidade foi formada e é mantida até os tempos atuais interessa muito para a formulação de programas de conservação. Não se consegue conservar o que não se conhece. Também não se consegue proteger o que é desconhecido. Como evitar a biopirataria em uma região onde não se conhecem as importâncias econômica, médica e social das espécies de plantas e bichos? [...]reticências

A criação de unidades de conservação impõe a delimitação de áreas nas quais há um controlecontrôle maior da retirada de material biológico, mas implica, indiretamente, que o entorno seja liberado para coleta ou outra atividade que modifique o ambiente. [...]reticências

VAL, Adalberto Luís; ALMEIDA E VAL, Vera Maria F. de. Biopirataria na Amazônia: a recorrência de uma prática antiga. ComCiência, 10 abr.abril 2003. Disponível em: https://oeds.link/p5xQ0T. Acesso em: 24 fev.fevereiro 2022.

Orientações

O tópico sobre países megadiversos trabalha o tema contemporâneo Educação ambiental.

Resposta

Ler o mapa:

Zona Tropical, onde a elevada temperatura e a umidade favorecem a biodiversidade.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE12ê éfe zero sete gê ê um dois.

Orientações

Se julgar pertinente, retome com os estudantes as atribuições dos três poderes do Estado brasileiro antes de apresentar a legislação ambiental e as Unidades de Conservação.

O tópico sobre política e legislação ambiental no Brasil trabalha o tema contemporâneo Educação ambiental.

Sugestões para o professor:

SISTEMA Nacional de Unidades de Conservação (SNUCisnuqui). Disponível em: https://oeds.link/U4AYA6. Acesso em: 22 mar.março 2021.

Página do Ministério do Meio Ambiente que explica o que é e quais são os objetivos do SNUCisnuqui.

ISAÍsa. Unidades de Conservação no Brasil. Disponível em: https://oeds.link/Qb1osp. Acesso em: 22 mar.março 2021.

Site do Instituto Socioambiental (ISAÍsa), ligado à defesa dos direitos indígenas e do meio ambiente, que trata das Unidades de Conservação.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE12ê éfe zero sete gê ê um dois.

Sugestão para o estudante:

Xingu. Direção: Cao Hamburguer. Brasil: O2ó dois Filmes, 2012. 1 DVDdêvedê (103 minminutos), son.sonorizado, color.

O filme narra a trajetória dos irmãos Villas-Bôas, que, na década de 1940, se alistam na Expedição Roncador-Xingu, promovida pelo governo de Getúlio Vargas, rumo ao oeste brasileiro, com o objetivo de interiorizar o povoamento do território. Os sertanistas acabam se envolvendo na luta pela demarcação da primeira terra indígena do Brasil, criada em 1961: o Parque Indígena do Xingu.

Orientações

Faça a leitura do mapa com os estudantes, propondo questões motivadoras para a análise das informações, como:

• Há mais Unidades de Proteção Integral ou de Uso Sustentável?
• Qual é a categoria que mais aparece no mapa?
• Na unidade da federação em que estamos, há muitas Unidades de Conservação? De que tipo?
• Vocês conhecem alguma Unidade de Conservação?

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove e EF07GE12ê éfe zero sete gê ê um dois.

Atividade complementar

Pesquisa e elaboração coletiva de mapa

É possível solicitar aos estudantes que realizem, em grupos, uma pesquisa sobre as Unidades de Conservação na unidade da federação em que vivem, organizando informações e coletando imagens e fotografias. Um mapa coletivo pode ser produzido utilizando-se uma cartolina ou papel Kraft, ou ainda na sala de informática da escola, por meio de algum programa de apresentação de imagens.

Respostas

Ler o mapa:

1. Na Floresta Amazônica e na Mata Atlântica. Oriente os estudantes a comparar este mapa com o “Brasil: vegetação original”, apresentado na página 29.
2. Resposta pessoal. Aproveite a atividade de pesquisa sobre a Unidade de Conservação identificada para promover práticas de pesquisa como revisão bibliográfica, análise documental e construção de relatórios.

Orientações

O objetivo desta seção é destacar uma das principais atividades econômicas do Brasil, a pecuária de cortecórte destinada à exportação, além de levantar seus consequentes impactos ambientais, que podem exercer influência na escala global.

Esta seção, ao relacionar o conhecimento geográfico com atitudes que os estudantes podem tomar para minimizar os impactos ambientais decorrentes de seu modo de vida, desenvolve o tema contemporâneo Educação para o consumo e as seguintes Competências Específicas de Geografia:

(2) Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formasfórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

(6) Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

(7) Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis.

Respostas

1. Espera-se que os estudantes percebam que a produção de carne bovina de cortecórte no Brasil (da qual parte é destinada ao mercado externo) tem um custo ambiental global, isto é, os impactos ambientais gerados por esse tipo de atividade podem influenciar outras localidades do mundo, por meio do aumento da emissão de gases do efeito estufa e do consequente aquecimento global. Uma maneira de minimizar os impactos gerados pela pecuária de cortecórte é reduzir o consumo de carne.
2. A redução do consumo pode diminuir os riscos à saúde. O consumo excessivo de carne bovina pode levar ao desenvolvimento de determinadas doenças.

Orientações

A importância estratégica dos recursos energéticos na gestão do território e a produção de energia no Brasil começam a ser tratadas neste momento. São apresentadas as variadas fontes que compõem a matriz energética brasileira, com destaque para a hidreletricidade.

Ressaltamos, ainda, a importação de recursos energéticos pelo Brasil, que compra gás natural boliviano e parte da eletricidade que pertence ao Paraguai, produzida na Usina Binacional de Itaipu.

Texto complementar

Desde 2011, quando foi iniciada, a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, gerou polêmica entre indígenas, profissionais da área de energia e engenharia e o governo federal. O texto a seguir representa um argumento a favor da usina.

Em busca do equilíbrio

[...]reticências A exploração sustentável da Amazônia e a preservação de sua tão rica biodiversidade, um dos maiores patrimônios naturais da humanidade, impõem-se. Conservar o bioma amazônico e empreender seu uso sustentável não são absolutamente incompatíveis.

Pelo contrário. Belo Monte e outras usinas hidrelétricas podem sim ser vetor da preservação e do uso sustentável da floresta, com a inclusão social das populações que vivem em condições precárias, sem acesso a serviços públicos básicos. [...]reticências

TOLMASQUIM, Mauricio. Em busca do equilíbrio. Brasil 247, 21 dez.dezembro 2013. Disponível em: https://oeds.link/ffQXEP. Acesso em: 24 fev.fevereiro 2022.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE10ê éfe zero sete gê ê um zero.

Texto complementar

O texto a seguir representa um argumento contrário à construção da usina de Belo Monte.

A usina de Belo Monte é boa para o Brasil? Não

Carro-chefe do PACpác, instalada em uma região da Amazônia com ausência histórica do Estado, Belo Monte é símbolo de inadimplência socioambiental. Obrigações do poder público e da empresa responsável pela construção da usina, a Norte Energia, têm sido sistematicamente descumpridas.

[…]

Diversas vezes o governo conseguiu derrubar a paralisação da obra usando uma medida judicial criada à época da ditadura, a suspensão de segurança, que se baseia no argumento de que o cronograma da obra é mais relevante que os direitos das populações atingidas. Isso dá à empresa a sensação de estar acima das leis estabelecidas no país simplesmente por tocar uma obra considerada “estratégica”. [...]reticências

A somatória de erros de Belo Monte não pode se repetir na Amazônia. A ausência de planejamento socioambiental responsável e respeito às instituições democráticas vão na contramão de qualquer projeto de desenvolvimento sustentável.

VILLAS-BÔAS, André. A usina de Belo Monte é boa para o Brasil? Não. Folha de S.PauloSão Paulo, São Paulo, ano 93, n. 90.94390943, 21 dez. 2013. Opinião, p. A3.

Resposta

A população indígena do Xingu utiliza o rio como fonte de alimentos, e foi diretamente afetada pela diminuição da pesca causada pelas obras.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE03ê éfe zero sete gê ê zero três e EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis.

Sugestão para o professor:

Itaipu Binacional. Disponível em: https://oeds.link/opHy0r. Acesso em: 30 mar.março 2022.

Página da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, na qual podem ser encontrados dados e informações sobre a usina.

Orientações

Contrapomos os combustíveis fósseis (petróleo, gás natural, carvão mineral) e a energia nuclear às fontes alternativas (eólica, solar e biomassa), que são menos poluidoras e utilizam recursos renováveis para a produção de energia. A abordagem dos combustíveis fósseis e seus impactos contribui para o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

Faça a leitura do gráfico com os estudantes. Identifique o tema do gráfico, o período, o que é representado em cada eixo, a unidade de medida usada e a principal informação que o gráfico mostra: o aumento da produção de gás natural entre 2017 e 2021 no Brasil.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis e EF07GE10ê éfe zero sete gê ê um zero.

Orientações

Leia o infográfico com os estudantes. Relembre o que é um bloco-diagrama, conteúdo visto no volume de 6º ano desta coleção. Localize a área representada no mapa do Brasil. Aproveite esse momento para retomar os elementos do mapa e suas funções, com destaque para a legenda.

Sugestão para o professor:

AGÊNCIA Nacional de Energia Elétrica. Disponível em: https://oeds.link/PN4DeI. Acesso em: 17 jun.junho 2022.

Nesse site encontram-se dados sobre a geração de energia no Brasil.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis e EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove.

Texto complementar

Em oito anos, mais de 1 milhão de brasileiros devem gerar sua própria energia

Você já pensou em gerar a sua própria energia elétrica em casa? Pois essa possibilidade já existe e deve ser cada vez mais comum no país. Segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (AneelAnêél), até 2024 cercacêrca de 1,2 milhão de residências no Brasil vão contar com energia produzida pelo sistema de geração distribuída, que permite que o consumidor instale pequenos geradores de fontes renováveis, como painéis solares e microturbinas eólicas, e troque energia com a distribuidora local, com objetivo de reduzir o valor da conta de luz.

[...]reticências

Na última terça-feira (1º), começaram a valer as novas regras aprovadas pela AneelAnêél para a geração distribuída no país, que devem aumentar a procura pelo sistema. Uma das novidades é a possibilidade de geração compartilhada, ou seja, um grupo de pessoas pode se unir em um consórcio ou em cooperativa, instalar uma micro ou minigeração distribuída e utilizar a energia gerada para reduzir as faturas dos consorciados ou cooperados [...]reticências.

Também foi autorizado pela AneelAnêél que o consumidor gere energia em um local diferente do consumo. Por exemplo, a energia pode ser gerada em uma casa de campo e consumida em um apartamento na cidade, desde que as propriedades estejam na área de atendimento de uma mesma distribuidora. [...]reticências

CRAIDE, Sabrina. Em oito anos, mais de 1 milhão de brasileiros devem gerar sua própria energia. Agência Brasil, 6 mar.março 2016. Disponível em: https://oeds.link/teDG70. Acesso em: 24 fev.fevereiro 2022.

Orientações

A abordagem sobre as fontes alternativas de energia contribui para o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis.

Orientações

A formação da biomassa poderá ser tratada em parceria com o professor de Ciências. Sugerimos uma pesquisa sobre o tema e um debate a respeito dos prós e contras da utilização da biomassa para a produção de energia.

Se julgar pertinente, discuta com os estudantes algumas das críticas relacionadas à expansão do cultivo de cana-de-açúcar para a produção de combustível no Brasil: maior concentração de terras, já que os grandes latifúndios são os maiores produtores e possuem capital de giro para a produção em larga escala; redução das áreas agrícolas destinadas ao cultivo de alimentos; aumento potencial do desmatamento para a conquista de novos espaços agrícolas; e uso de água na agricultura destinada à produção de biodieselbiôdízel.

Comente com os estudantes que as águas dos oceanos podem ser utilizadas para a geração de energia elétrica, a energia maremotriz. Ela pode se dar por meio de barragens ou turbinas submersas.

O Brasil não conta com esse tipo de usina ainda, mas já possui uma usina de ondas no Ceará, que produz energia através de braços mecânicos que se movimentam com a forçafôrça das ondas (conteúdo abordado no volume de 6º ano desta coleção).

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis e EF07GE10ê éfe zero sete gê ê um zero.

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

• Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil.
• Produção, circulação e consumo de mercadorias.
• Mapas temáticos do Brasil.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

• EF07GE06ê éfe zero sete gê ê zero seis (atividades 2, 5 e 6)
• EF07GE10ê éfe zero sete gê ê um zero (atividade 7)
• EF07GE12ê éfe zero sete gê ê um dois (atividades 4 e 9)

Respostas

1. Porque a prática da biopirataria faz com que grupos se beneficiem comercialmente de recursos genéticos e conhecimentos tradicionais sem beneficiar o país de origem e as comunidades detentoras dos saberes. No Brasil, um Termo de Cooperação entre o Ministério do Meio Ambiente, o Departamento de Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis une esforços para controlecontrôle de acesso, remessa e transporte de componentes do patrimônio genético e de acesso aos conhecimentos tradicionais associados ao país.
2. O desmatamento dessas áreas pode levar à diminuição das áreas de vegetação nativa e à perda de biodiversidade.
3. Esses países geralmente apresentam grande extensão territorial e diversidade climática. A maioria está localizada na Zona Tropical, marcada por elevadas médias térmicas e pluviométricas.
4. Essa área poderia compor uma Unidade de Proteção Integral. A melhor categoria seria Refúgio da Vida Silvestre.
5. A charge evidencia o desmatamento provocado pela extração de madeira na Amazônia, que leva à perda de biodiversidade.
6. Alternativa a.

Respostas

7. 1. Não. A comparação entre as informações demonstra que, apesar de haver queda significativa nos índices de desmatamento entre 2008 e 2012, esses valores passaram a ser crescentes nos anos mais recentes, demonstrando perda de eficiência nas estratégias de preservação da floresta.
   2. Para combater o desmatamento são necessárias políticas públicas que inibam o avanço ilegal de produtores agrícolas nas florestas, com medidas como maior fiscalização, multas, regularização fundiária e criação de Unidades de Conservação.
8. 1. O texto faz referência à produção de energia elétrica por fonte solar.
   2. A instalação desse tipo de energia é relevante em locais com forte incidência de raios solares e em áreas populacionais mais isoladas ou distantes dos centros produtores.
9. Resposta pessoal. Se necessário, oriente os estudantes na realização da pesquisa. A atividade trabalha práticas de pesquisa como a revisão bibliográfica e a análise documental.

Seção Ser no mundo

O objetivo desta seção é fazer com que os estudantes aprofundem seus conhecimentos sobre as territorialidades indígenas e quilombolas, valorizando questões identitárias e compreendendo a importância de se preservar a cultura nesses lugares. O conteúdo favorece o trabalho com o tema contemporâneo Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.

Esta seção trabalha as seguintes Competências Específicas do Componente Curricular Geografia: (6) Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza; (7) Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Habilidades

EF07GE03ê éfe zero sete gê ê zero três: Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades.

EF07GE04ê éfe zero sete gê ê zero quatro: Analisar a distribuição territorial da população brasileira, considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões brasileiras.

Orientações

Aproveite para apresentar outras comunidades tradicionais que existem no Brasil.

Comunidades tradicionais são os grupos que apresentam uma cultura diferenciada, com suas próprias formasfórmas de organização social e econômica, exploração dos recursos naturais e ocupação do espaço, e que se reconhecem como tais. Entre esses grupos estão indígenas, quilombolas, povos da floresta, povos do Cerrado, ribeirinhos e caiçaras.

Sugestão para o estudante:

PORTAL Ypadêípadê. Disponível em: https://oeds.link/XcWPue. Acesso em: 24 fev.fevereiro 2022.

Organizado pela Comissão Nacional para o Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT)cê êne pê cê tê do Ministério do Meio Ambiente, o portal Ypadêípadê trata das políticas voltadas aos povos e comunidades tradicionais do Brasil.

Respostas

1. Pesquisa pessoal, variável de acordo com o lugar onde o estudante vive e com as informações encontradas.
2. De acordo com o trecho da segunda reportagem, os mutirões desempenham um papel fundamental para a vitalidade da agricultura quilombola, promovendo a transmissão do conhecimento e a celebração da colheita e mantendo as práticas do Sistema Agrícola Quilombola.
3. Resgatar e preservar o conhecimento de comunidades tradicionais é reconhecer a importância delas na constituição da população brasileira.
4. Entre os principais obstáculos enfrentados por esses povos, destacam-se a marginalização e o isolamento, a lentidão no processo de reconhecimento territorial e demarcação de direitos nessas áreas, a ausência de leis rigorosas capazes de atender às necessidades específicas e a forte pressão exercida pelas áreas de fronteira agrícola.

Sobre o Capítulo

Este Capítulo descreve o processo de formação do território brasileiro desde a chegada dos colonizadores europeus.

Chamamos a atenção dos estudantes para influências das atividades econômicas sobre a expansão dos limites territoriais do Brasil.

Em seguida, é trabalhado o conceito de regionalização e seus diferentes objetivos, com ênfase no espaço geográfico brasileiro.

Resgatamos algumas fases da evolução da divisão regional do país. Esse tema introduz o estudo do espaço geográfico brasileiro com base nas cinco macrorregiões do IBGEí bê gê É, que constituem a regionalização mais conhecida pelos estudantes.

Destaca-se, ainda, a proposta que divide o Brasil em três complexos regionais. Para cada um desses complexos, apresentam-se as principais características que justificam suas especificidades.

Também são trabalhadas as políticas de “desenvolvimento regional”, apresentando-se as principais agências e suas áreas de atuação. Cabe ressaltar a importância desse conteúdo, que expressa as desigualdades espaciais presentes no Brasil e exemplifica a formafórma como o Estado pode usar a divisão regional para atingir determinado objetivo.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois, EF07GE03ê éfe zero sete gê ê zero três e EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um: Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acercaacêrca das paisagens e da formação territorial do Brasil.

EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois: Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas.

EF07GE03ê éfe zero sete gê ê zero três: Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades.

EF07GE05ê éfe zero sete gê ê zero cinco: Analisar fatos e situações representativas das alterações ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo.

EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove: Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais.

Orientações

É importante destacar que o processo de formação do território brasileiro causou o extermínio de grande número de indígenas.

Note que os limites territoriais atuais do país estão representados para fins didáticos. O uso concomitante de mapas que retratam fenômenos relacionados, mas em tempos diferentes, é interessante para facilitar a visualização de fases do processo de formação do território nacional, e também para praticar a interpretação cartográfica.

Sugestões para o professor:

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli A. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. 3. ed.terceira edição São Paulo: Eduspêduspi, 2018.

Atlas que apresenta análises e sínteses cartográficas sobre diferentes dinâmicas espaciais no Brasil.

MORAES, Antonio Carlos Robertróbert. Bases da formação territorial do Brasil: o território colonial brasileiro no longo século XVIdezesseis. 2. ed.segunda edição São Paulo: Annablume, 2011.

Livro sobre o processo de colonização portuguesa na América do Sul e a formação do território brasileiro.

Resposta

Ler o mapa: A ocupação territorial do Brasil ocorreu a partir do litoral para o interior.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois e EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove.

Texto complementar

Formação territorial do Brasil

Com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o Brasil, que é um dos maiores países do mundo, viu consolidada sua extensa área por meio de uma política que partiu do sistema de colonização. Ao “descobrirem” o Brasil, os portugueses já dispunham, de direito, de uma extensa faixa territorial que lhes havia sido outorgada pelo Tratado de Tordesilhas (1494) [...]reticências.

O povoamento se foi realizando por etapas, podendo fazer-se uma tentativa de periodização, estabelecendo como primeira etapa a ocupação da costa, do Rio Grande do Norte até São Vicente – atual São Paulo; numa segunda etapa, já no século XVIIdezessete, se pode admitir uma expansão para o oeste em três pontos bem precisos, ao Norte, na Amazônia, seguindo o leito do grande rio, no centro, na área aurífera de Minas Gerais e Goiás, estendendo-se até Cuiabá, e no Sul pelo avanço paulista em direção às missões jesuíticas, efetivando-se com a sua destruição. O processo de ocupação não foi sustado e teve grande dinamicidade nos séculos XVIIdezessete e XIXdezenove, quando os tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777) empurraram as fronteiras da então América portuguesa para terras anteriormente espanholas. Essa expansão foi possibilitada graças à União Pessoal das coroas portuguesa e espanhola em mãos do rei da Espanha. Com a União (1580-1640), súditos de uma e de outra Coroa passaram a agir no interior sem nenhum impedimento fronteiriço e, realizada a separação, fez-se necessária uma nova divisão política em que se reconheceu o uti possidetisúti possidétis. [...]reticências

ANDRADE, Manuel Correia de. Formação territorial do Brasil. In: BECKERbéquer, Berta K. et alêti áli. Geografia e meio ambiente no Brasil. São Paulo: HucitecUcitéc; Rio de Janeiro: Comissão Nacional do Brasil da União Geográfica Internacional, 1998.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois, EF07GE05ê éfe zero sete gê ê zero cinco e EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove.

Texto complementar

Segundo Anne Gilbertâni guílbêr, três conceitos de região foram desenvolvidos após 1970. O primeiro refere-se à região como uma resposta aos processos capitalistas, sendo a região entendida como a organização espacial dos processos sociais associados ao modo de produção capitalista. Trata-se da regionalização da divisão social do trabalho, do processo de acumulação capitalista, da reprodução da força de trabalho e dos processos políticos e ideológicos. Alguns autores argumentam ainda ser a região o resultado de práticas específicas de classe, de uma cultura distinta ou do regionalismo. [...]reticências

No segundo conceito, a região é considerada como foco de identificação, sendo “definida como um conjunto específico de relações culturais entre um grupo e lugares particulares”, uma “apropriação simbólica de uma porção do espaço por um determinado grupo” e, assim, “um elemento constituinte de uma identidade”.

Duas têm sido as fontes dessa abordagem. Uma é a geografia humanista, que se apoia nas filosofias do significado e que, em última instância, considera a região como um espaço vivido. Essa concepção se distancia muito da tradicional conceitualização da região fundada na paisagem e no gênero de vida. A outra é a geografia cultural renovada, cuja origem remonta aos estudos sobre a paisagem realizados por geógrafos alemães, franceses e anglo-saxônicos. [...]reticências

A região como meio para interações sociais constitui-se no terceiro modo de sua conceitualização pós-1970. Trata-se de uma visão política da região com base na ideia de que dominação e poder constituem fatores fundamentais na diferenciação de áreas. Os estudos de Predpréd, Gregorygrégori e Raffestinrafestân são exemplos desta abordagem pós-1970 da região.

CORRÊA, Roberto Lobato. Trajetórias geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. p.página 184-188.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois, EF07GE05ê éfe zero sete gê ê zero cinco e EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove.

Orientações

Ao trabalhar as diferentes propostas de regionalização, localize o município da escola e associe as características que fazem com que pertença a determinada região.

Demonstre que, na realidade, não encontramos áreas homogêneas. As regiões são delimitadas com base na observação das semelhanças predominantes nos elementos que as compõem.

O estudo aprofundado do Brasil com base nas macrorregiões do IBGEí bê gê É é realizado a partir da Unidade IVquatro deste livro.

Atividade complementar

Leve para a sala de aula mapas ou ilustrações que mostrem as atividades realizadas em determinada área e peça aos estudantes que produzam um mapa dividindo o espaço apresentado em regiões e expliquem os critérios utilizados. Nesta atividade espera-se que eles pratiquem a análise documental para apontar regionalizações com base no uso do solo, como áreas verdes, construções térreas, comércio, construções industriais etc.etcétera

Resposta

Ler o mapa: Resposta variável de acordo com a unidade da federação onde o estudante vive. É possível perguntar se há estudantes provenientes de outras regiões e que características eles identificam na região da escola e nas outras.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois.

O trabalho com os mapas de diferentes propostas de regionalização do Brasil contribui para o desenvolvimento da habilidade EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove.

Sugestão para o professor:

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Evolução da divisão territorial do Brasil: 1872-2010. Disponível em: https://oeds.link/eFQITx. Acesso em: 25 fev.fevereiro 2022.

Publicação digital com textos e mapas expondo a evolução territorial brasileira.

Orientações

Os territórios federais eram áreas administradas pelo governo federal, localizados na fronteira com outros países e em estados muito extensos e pouco povoados em relação aos demais estados.

Em 1904, criou-se o território federal do Acre, que em 1962 foi elevado a estado. Na década de 1940, foram criados os territórios federais de Fernando de Noronha, Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu. Posteriormente, os dois últimos foram incorporados aos estados do Mato Grosso e Paraná, respectivamente. O território de Fernando de Noronha foi anexado a Pernambuco.

Resposta

Ler o mapa: Resposta variável de acordo com a unidade da federação onde o estudante vive.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois.

Texto complementar

[...]reticências Se se admite que tanto as atividades desenvolvidas pelo homem quanto a organização espacial são consequência dos diferentes sistemas de produção que passaram por inúmeras transformações ao longo da história, forçoso é admitir também que essas transformações impõem a necessidade de, permanentemente, rever ou modificar a conceituação de região, que se vai tornando progressivamente mais complexa à proporção que os avanços culturais, científicos e tecnológicos vão sendo incorporados ao sistema de produção. [...]reticências

BEZZIbézi, Meri LourdesLurdes. Região: uma (re)visãorevisão ou visão historiográfica – Da gênese aos novos paradigmas. Rio Claro: UnespUnésp, 1996. p.página 1.

Orientações

Utilize os exemplos apresentados na página sobre o Nordeste brasileiro para conversar com os estudantes sobre outros estereótipos veiculados nos meios de comunicação, cuja desconstrução é possível e necessária.

É interessante solicitar aos estudantes que pesquisem exemplos de conteúdos veiculados na mídia que apresentem estereótipos sobre o lugar onde vivem. Se possível, apresente materiais com essas características e promova um debate, em sala de aula, sobre os exemplos extraídos de jornais, revistas, internet etc.etcétera

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um e EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois.

Atividade complementar

Se possível, leve para a sala de aula diversas imagens retratando diferentes estereótipos do Brasil, feitas por ou para estrangeiros, como cartazes de turismo, propagandas, novelas, séries, redes sociais etc.etcétera

Em duplas, os estudantes devem analisar uma das imagens, identificando os estereótipos presentes e discorrendo sobre possíveis motivos e consequências destes, apontando o que consideram verdadeiro ou falso, bem como positivo e negativo.

Cada dupla deverá criar uma breve história em quadrinhos sobre o tema. A atividade é livre, mas você pode sugerir algumas ideias, como:

• Um turista que chega ao Brasil e se surpreende com o que encontra.
• O encontro e o diálogo entre um estrangeiro e um brasileiro.
• A reflexão sobre como seria sua vida no Brasil se ele fosse tal como retratado na imagem.

Quando finalizadas, as histórias devem ser disponibilizadas para a comunidade escolar na sala de leitura ou em outro ambiente adequado.

A atividade proposta trabalha práticas de pesquisa como o estudo de recepção e a análise de mídias sociais.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois e podem servir para desencadear um trabalho com a habilidade EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um, como a atividade complementar sugerida.

Orientações

Comente com os estudantes que muitas pessoas na região do semiárido nordestino ainda sofrem com os efeitos da secasêca, não tendo recursos para implantar reservatórios de água, por exemplo.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois.

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

• Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil.
• Formação territorial do Brasil.
• Produção, circulação e consumo de mercadorias.
• Mapas temáticos do Brasil.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

• EF07GE02ê éfe zero sete gê ê zero dois (atividades 1, 3, 5 e 6)
• EF07GE03ê éfe zero sete gê ê zero três (atividades 1 e 3)
• EF07GE05ê éfe zero sete gê ê zero cinco (atividades 1, 3 e 6)
• EF07GE09ê éfe zero sete gê ê zero nove (atividade 2)

Respostas

1. a) Os povos indígenas.

b) O governo português criou as capitanias hereditárias e as destinou a pessoas de confiança do rei.

2. a) Séc.século XVIdezesseis: exploração do pau-brasil, principalmente no litoral do Nordeste e do Sudeste; produção de cana-de-açúcar, principalmente no litoral do Nordeste.

b) Séc.século XVIIdezessete: expansão da cana-de-açúcar para o litoral setentrional e para o Sudeste, e da pecuária para o interior do Nordeste e do Sul; extração das drogas do sertão na Amazônia.

c) Séc.século XVIIIdezoito: expansão da cana-de-açúcar no litoral e da pecuária no Nordeste, no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul; exploração de ouro e diamante no Sudeste e no Centro-Oeste.

d) Séc.século XIXdezenove: produção de café no Sudeste, e de cacau e algodão no Nordeste; expansão da borracha na região Amazônica.

3. Porque houve uma drástica diminuição populacional desses povos no continente americano. O estudante deve argumentar para defender sua posição.

4. a) Regionalizar é classificar áreas que apresentam características semelhantes, segundo os critérios adotados.

b) Uma porção do território que apresenta características semelhantes segundo os critérios adotados.

c) Auxiliar a administração pública, o planejamento das ações governamentais, a organização da coleta de dados estatísticos e estudos sobre determinadas porções do território.

5. a) Região Concentrada. b) Região Centro-Oeste. c) Região Nordeste. d) Região Amazônica.

6. Portugal iniciou o cultivo da cana-de-açúcar e implementou o sistema de capitanias hereditárias.

7. Não há apenas um critério válido a ser utilizado em uma regionalização. É possível escolher diversos critérios, que variam de acordo com os objetivos ou os interesses de quem elabora a regionalização. Assim, os critérios adotados podem ser naturais, históricos, culturais, políticos, sociais, econômicos etc.ê tê cê ponto

8. a) O Brasil tem cinco macrorregiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

b) Resposta pessoal.

A disseminação de estereótipos sobre as regiões brasileiras

[Locutora]:

[Tom de apresentação]

Os estereótipos são impressões alimentadas por conceitos preconcebidos sobre algo, mas que não representam a própria realidade do que se define.

[Locutora]: Quando se trata de um lugar, os estereótipos distorcem a compreensão sobre a sua paisagem e sobre as pessoas que vivem ali.

[Locutora]: O Brasil apresenta grande diversidade de paisagens e populações, mas muitos meios de comunicação reforçam imagens limitadas ou equivocadas sobre as regiões brasileiras.

[Locutora]: Para falar mais sobre o assunto, entrevistamos Pablo Ortellado, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

 [Locutora]: [Tom de convite] Vamos ouvi-lo?

 [Entrevistado]: [Tom de explicação] Os estereótipos e os preconceitos normalmente são uma ou duas coisas. Ou elas são reduções, da qual se pega uma pequena característica e se generaliza para uma realidade mais complexa. Ou uma distorção. Ou uma combinação de redução com distorção.

[Entrevistado]: Então, quando a gente vê os estereótipos que são utilizados para descrever regiões brasileiras, às vezes a gente vê reduções e às vezes a gente vê distorções.

[Entrevistado]: Por exemplo, a gente olha para o Nordeste e a gente caracteriza ou representa o Nordeste por meio do Sertão. O Sertão é um [Tom enfático] pedaço do Nordeste, um pedaço que recebe muita atenção, porque tem seca, porque tem muita pobreza.

[Entrevistado]: Às vezes, a gente combina essa redução com uma distorção, na qual, por exemplo, a gente diz que a pobreza é causada por falta de trabalho, porque as pessoas são preguiçosas, porque as pessoas não se empenham.

[Entrevistado]: [Tom de explicação] Isso é uma distorção, porque o fenômeno da pobreza está muito ligado à falta de recursos educacionais, à falta de acesso à empregos qualificados, que são muito mal distribuídos pelo país.

[Entrevistado]: Então, muitas vezes, esse fenômeno dos estereótipos é uma combinação de redução, na qual eu pego uma determinada característica, que é pequena, e transponho para o conjunto da região. A Região Nordeste não é o Sertão.

[Entrevistado]: [Tom enfático] A gente termina reduzindo aquela diversidade, que é sertão, que é praia, que é região metropolitana, a uma só delas e, às vezes, combina isso com uma distorção.

[Pequena pausa]

[Entrevistado]: Os estereótipos estão disseminados por toda a sociedade. As pessoas usam dessas reduções e dessas distorções para simplificar o nosso entendimento do mundo.

[Entrevistado]: Mas esses estereótipos passam a ter grandes efeitos quando eles são veiculados pelos meios de comunicação de massa, quando eles aparecem na televisão, em um filme, nos jornais, porque daí eles terminam informando as pessoas, fazendo com que as pessoas assimilem esse processo de redução de uma característica, pequena, tomando essa parte pelo todo.

[Entrevistado]: Isso acontece por exemplo quando as novelas caracterizam uma região por um aspecto que nem sempre é o mais relevante.

 [Entrevistado]: [Tom de exemplificação] Então, a gente vai tratar, por exemplo, a Região Norte, que tem uma região de floresta [Tom enfático] muito grande, que de fato é muito importante, e passa a representar a Região Norte como a Amazônia.

 [Entrevistado]: Quanto à Região Norte, embora ela tenha também a Amazônia, ela tem uma das regiões industriais mais importantes do país, que é Manaus, que é uma região muito urbana. Um dos grandes centros urbanos do país.

 [Entrevistado]: E, quando a gente olha para esse estereótipo, e pensa a Região Norte como floresta, a gente esquece da região metropolitana. Às vezes esses estereótipos também são utilizados porque facilitam. Eles são um ponto de apoio para construção de narrativas dramáticas.

[Entrevistado]: Então, as novelas usam os estereótipos para facilitar o entendimento, e elas exploram esses estereótipos.

[Entrevistado]: Então, a gente vai ver muitas novelas sobre o sertão do Nordeste. Muitas novelas caracterizando Minas pelo interior.

[Entrevistado]: E elas terminam consolidando e reforçando esse processo de formação de estereótipos, esse processo de redução, e muitas vezes de redução associada com distorção.

[Entrevistado]: Quando a gente não só reduz uma diversidade para uma só característica, mas a gente ainda interpreta essa característica como que tenha sido autoinfligida, então, que a pobreza é fruto da falta de trabalho, ou, então, uma cultura rural muito forte é falta de desenvolvimento econômico e coisas assim.

[Pequena pausa]

[Entrevistado]: Sempre que a gente escuta uma representação de uma determinada região, a gente tem que pensar que é um retrato, que alguém construiu esse retrato. E normalmente ele pegou um pedaço, até porque construir um retrato completo é muito complexo.

[Entrevistado]: Então, eu acho que a principal atitude que um estudante pode ter quando ele recebe a representação de uma região que ele não conhece, que ele não conhece a sua diversidade, é estar alerta de que quem está representando está apresentando só um pedacinho e que não deve tomar esse pedacinho pelo todo.

[Entrevistado]: Às vezes, essas representações são econômicas, dizem respeito à pobreza. Às vezes essas representações dizem respeito a características culturais.

[Entrevistado]: [Tom de exemplificação] Então, a gente pega uma região como a região de Goiás, que é muito apresentada por uma cultura sertaneja, com grandes cantores sertanejos que vem de lá, mas ela também tem uma cultura urbana muito forte. Ela tem companhias de dança contemporânea muito fortes, um circuito de rock muito forte.

[Entrevistado]: Então, quando a gente vê a representação daquela região como uma região rural, voltada para o agronegócio, com uma cultura sertaneja muito forte, a gente tem que entender que às vezes aquilo pode até ser verdade, mas há outras coisas que não estão presentes nessa representação.

[Entrevistado]: [Tom de exemplificação] Da mesma maneira, como a realidade na qual o próprio estudante vive. Às vezes, ele vive em uma cidade que aparece no noticiário, ou aparece na novela, representada só uma partezinha.

[Entrevistado]: Do mesmo jeito que ele sabe que essa realidade é mais complexa, porque ele vive nessa realidade, ele deve imaginar que a representação de outras regiões que ele não conhece também passaram por esse processo aí de redução.

Seção Para refletir

O objetivo desta seção é desconstruir alguns estereótipos relacionados à paisagem do semiárido brasileiro. Estimule os estudantes a pesquisar e apresentar outras iniciativas e projetos que têm sido implementados no semiárido ou em outras regiões do Brasil e que visem aproveitar as potencialidades naturais, além de contribuir para o desenvolvimento local, desconstruindo outras visões estereotipadas.

Além disso, trabalha o desenvolvimento do senso crítico e da autonomia, ajudando os estudantes a compreender a importância de não receber informações passivamente.

Esta seção favorece o desenvolvimento da Competência Geral da Educação Básica: (9) Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Habilidade

EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um: Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acercaacêrca das paisagens e da formação territorial do Brasil.

Orientações

Para trabalhar mais a fundo a habilidade EF07GE01ê éfe zero sete gê ê zero um, ofereça exemplos recentes da caracterização do Brasil na mídia, retirados, por exemplo, de comerciais ou novelas exibidos recentemente na TVtê vê. Utilize materiais aos quais os estudantes têm acesso e proponha a eles que identifiquem os estereótipos neles presentes.

Apresente paisagens brasileiras, costumes e produção cultural que não propaguem os estereótipos estudados, para não reforçá-los.

Resposta

1. A região do semiárido nordestino é retratada pela escassez hídrica (mesmo havendo açudes), resultando em solos inviáveis para as atividades agropecuárias. Devido à falta de políticas públicas adequadas, essa condição natural agrava os elevados índices de pobreza e, consequentemente, contribui para que haja fluxos migratórios em direção a outras áreas, sobretudo aos espaços urbanos das principais cidades do Brasil.

Resposta

2. Sim. A segunda reportagem demonstra que há visões positivas em relação ao semiárido do Nordeste. Trata-se de desconstruir o estereótipo de que o clima é a principal razão dos elevados índices de pobreza existentes. Por meio de investimentos em pesquisas científicas e implantação de infraestrutura, a vegetação da Caatinga, por exemplo, pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico da região.

Questões para autoavaliação

Na página final de cada Unidade, incluímos questões que podem, a seu critério, ser sugeridas aos estudantes para que eles realizem uma autoavaliação sobre o que apreenderam ao estudar os conteúdos da Unidade. Eles podem responder às questões de formafórma escrita, individualmente, ou podem conversar sobre elas em duplas ou em grupos, de maneira a incentivar a oralidade e a troca de ideias na sala de aula.

Nesta primeira Unidade do livro, as questões sugeridas para autoavaliação – e que podem ser utilizadas, a seu critério, para diagnóstico do grau de aprendizagem dos estudantes – são as seguintes:

1. Quais são as principais unidades de relevo do Brasil?
2. Quais são as regiões hidrográficas do Brasil?
3. Como os climas interagem com os tipos de vegetação e influenciam nas atividades desenvolvidas pelas pessoas?
4. Quais são as principais fontes de energia do Brasil e de que formafórma elas impactam o meio ambiente?
5. Como se deu a formação do território brasileiro?
6. Como é possível regionalizar o território brasileiro?
7. Quais são as regionalizações territoriais brasileiras mais utilizadas?