UNIDADE cinco  O continente asiático

Fotografia. Vista de uma área alagada com diversas pessoas circulando. A água atinge a altura dos joelhos das pessoas. Algumas seguram guarda-chuvas abertos. Uma mulher carrega uma sacola grande e um homem atravessa a água segurando uma bicicleta parcialmente coberta por água.
Pessoas caminham em rua inundada de tchênái, Índia (2021). A ocorrência de fortes chuvas em determinado período do ano é uma das caracteríticas marcantes da Índia e de outros países do continente asiático.
Orientações e sugestões didáticas

Apresentação

Esta Unidade, intitulada “O continente asiático”, relaciona-se às seguintes Unidades Temáticas da Bê êne cê cê: O sujeito e seu lugar no mundo, Conexões e escalas, Mundo do trabalho, fórmas de representação e pensamento espacial e Natureza, ambientes e qualidade de vida.

A Unidade trabalhará as Competências Gerais da Educação Básica número 1, número 3, número 7 e número 9, transcritas nas Orientações Gerais deste Manual do Professor.

Em consonância com as Competências Específicas do Componente Curricular Geografia, os conteúdos trabalhados nesta Unidade (no texto principal, nas seções e nas atividades propostas) buscam: (3) Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem; (6) Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

Fotografia. Vista de uma área urbana densamente ocupada. No primeiro plano, árvores secas. No segundo plano, conjuntos de edifícios altos, a maioria envidraçados, e agrupados pelo mesmo estilo arquitetônico. No terceiro plano, montanhas com vertentes íngremes e vegetação rasteira.
Montanhas delimitando a expansão urbana em um trecho de Pequim, China (2022). O crescimento de muitas cidades chinesas é um reflexo do desenvolvimento econômico do país.

Nesta Unidade, vamos estudar os aspectos gerais do continente asiático.

Além da enorme variedade de paisagens, a Ásia apresenta grande diversidade social, cultural e econômica.

A Ásia é o continente mais populoso do mundo e também é considerada o berço das religiões. Apesar da riqueza cultural vinculada à multiplicidade de crenças, ocorrem muitos conflitos no continente asiático por divergências religiosas.

Você sabe quais são as principais religiões praticadas no continente asiático e quais delas também têm seguidores no Brasil? Você já leu notícias sobre algum conflito religioso na Ásia?

Que outros aspectos da diversidade cultural da Ásia você conhece? E o que você já estudou sobre o desenvolvimento econômico desse continente?

Você verá nesta Unidade:

Aspectos físicos da Ásia

Regionalização do continente

Aspectos econômicos

A população asiática

Diversidade cultural e religiosa

Orientações e sugestões didáticas

Nesta Unidade

Esta Unidade aborda o espaço geográfico da Ásia. São apresentados os aspectos físicos, econômicos e humanos, procurando-se enfatizar os contrastes existentes no maior continente do mundo. Com base no reconhecimento das características regionais da Ásia, espera-se que os estudantes possam relacionar fórmas de relevo, clima, vegetação e hidrografia com a distribuição populacional, as atividades econômicas desenvolvidas e os problemas ambientais existentes no território. Além disso, a Unidade busca valorizar as diferentes manifestações culturais, abordando a importância da diversidade na composição da sociedade.

São trabalhados ao longo da Unidade os seguintes Objetos de conhecimento:

  • As manifestações culturais na formação populacional.
  • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.
  • Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial.
  • Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas.
  • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras fórmas de representação para analisar informações geográficas.
  • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania.

CAPÍTULO 10 Ásia: aspectos naturais e regionalização

A Ásia é um extenso continente localizado, em sua maior parte, no Hemisfério Norte, estendendo-se da latitude 80grausnorte até a latitude 10grausSul no Hemisfério Sul.

ÁSIA: DIVISÃO POLÍTICA

Mapa. Ásia: divisão política. Mapa representando os países do continente asiático e suas capitais. Rússia (parte asiática) Mongólia: Ulan Bator China: Pequim (Beijing) Coreia do Norte: Pyongyang Coreia do Sul: Seul Japão: Tóquio Taiwan (República da China): Taipé Filipinas: Manila Malásia: Kuala Lumpur Brunei: Bandar Seri Begawan Indonésia: Jacarta Timor Leste: Dili Vietnã: Hanói Camboja: Phnom penh Tailândia: Bangcoc Laos: Vientiane Mianmar: Yangon Bangladesh: Dacca Butão: Thimphu Índia: Nova Délhi Nepal: Katmandu Sri Lanka: Colombo Maldivas: Male Paquistão: Islamabad Afeganistão: Cabul Tadjiquistão: Duchambe Quirguistão: Bishkek Uzbequistão: Tachkent Cazaquistão: Astana Turcomenistão: Achkhabad Irã: Teerã Iraque: Bagdá Turquia (parte asiática): Ancara Síria: Damasco Líbano: Beirute Chipre: Nikósia Israel: Jerusalém Jordânia: Amã Kuait: Al Kuait Arábia Saudita: Riad Catar: Doha Barein: Manama Iêmen: Sana Emirados Árabes: Abu Dabi. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 815 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019.página. 95.

O continente pode ser dividido em seis regiões: Ásia Setentrional, Sudeste Asiático, Ásia Central, Oriente Médio, Ásia Meridional e Extremo Oriente. Cada uma dessas regiões tem características físicas, econômicas e sociais próprias. No Extremo Oriente estão localizados o Japão e a China, países que são grandes potências econômicas mundiais. O Sudeste Asiático passou a crescer economicamente a partir da década de 1970, quando grandes empresas se instalaram na região.

Neste Capítulo, apresentaremos um panorama do continente asiático, considerando seus aspectos físicos e as características principais de cada região.

Orientações e sugestões didáticas

Sobre o Capítulo

Por sua grande diversidade física, cultural e econômica, o continente asiático pode ser dividido em seis regiões: Ásia Setentrional, Sudeste Asiático, Ásia Central, Oriente Médio, Ásia Meridional (ou Subcontinente Indiano) e Extremo Oriente. Neste Capítulo, essa regionalização serve como ponto de partida para o aprofundamento do estudo sobre o continente.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero sete, ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um cinco.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

ê éfe zero nove gê ê zero quatro: Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

ê éfe zero nove gê ê zero sete: Analisar os componentes físico-naturais da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos de sua divisão em Europa e Ásia.

ê éfe zero nove gê ê zero nove: Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

ê éfe zero nove gê ê um cinco: Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ê éfe zero nove gê ê um seis: Identificar e comparar diferentes domínios morfoclimáticos da Europa, da Ásia e da Oceania.

ê éfe zero nove gê ê um sete: Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

ê éfe zero nove gê ê um oito: Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.

Relevo

A Ásia é banhada ao norte pelo oceano Glacial Ártico, a leste, pelo Pacífico e, ao sul, pelo Índico. As fronteiras ocidentais são constituídas pelos montes Urais (que separam as porções europeia e asiática da Rússia), pela cadeia do Cáucaso e pelos mares Cáspio, Negro e Mediterrâneo.

No continente asiático, encontram-se os dois extremos de altitude da Terra: a depressão continental na região do mar Morto, que chega a –416 metros, e o monte éveres, localizado na Cordilheira do Himalaia, cujo pico está .8848 metros acima do nível do mar.

O tipo de relevo predominante no continente são os planaltos. Neles, estão os divisores das bacias hidrográficas da Ásia e as nascentes dos principais rios, como o Ganges, o Indo, o ruãng rô (Amarelo), o iãn sei(Azul) e o óbi.

No Japão, as formações montanhosas são recentes, principalmente o monte Fuji (com mais de três mil metros de altitude). O relevo montanhoso predomina também na península da Coreia e na China, que apresenta montanhas elevadas a oeste. No território da Mongólia, encontram-se planaltos áridos de até dois mil metros de altitude.

Há planícies nos extremos do continente e em áreas banhadas por grandes rios. Entre as principais, estão as da Sibéria, em território russo; a dos rios sir dáriae amú dária, a leste do mar Cáspio; a dos rios Indo e Ganges, ao sul do Himalaia; e a dos rios Amarelo e Azul, no extremo leste do território chinês.

ÁSIA: FÍSICO

Mapa. Ásia: físico. Mapa representando as altitudes do continente asiático, os picos e as profundidades marítimas, em metros. Altitudes de 4.000 metros concentram-se na porção central do continente, onde estão as formações do Himalaia, Caracorum, Tian Shan, Pamir, Hindu Kush e Montes Kun Lun. Na porção oeste, estão Elburz e Montes Zagros. As altitudes entre 1.500 e 4.000 metros estão situadas na porção oeste da Penísula Arábica, na região de Taurus, do Cáucaso e de Elburz; a noroeste, nos Montes Urais; na porção central, no Planalto do Tibete; ao norte, nos Montes Altai, Montes Khangai, Montes Saian e Montes Iablonovi; a nordeste, nos Stanovoi, Kolima e na península de Kamtchatka; a leste, no centro do Japão; no sudeste, no norte da Península da Indochina e na península Malaia e no centro da Ilha Nova Guiné. As altitudes entre 500 metros e 1.500 metros concentram-se no Planalto do Irã, Planalto da Arábia, Deserto da Arábia, Deserto do Irã, Deserto de Gobi, Península de Taimir, Península da Indochina e Planalto do Decã. As terras mais baixas, com altitudes ente zero e 500 metros, concentram-se na Planície da Sibéria (ao norte), no entorno do Mar de Aral e Cáspio (a oeste), no Deserto de Thar, na Planície Indo-Gangética, na porção leste da Índia, na costa leste da China, na Mesopotâmia, e no Planalto Central Siberiano (ao norte). As áreas de depressão do continente correspondem às áreas da Depressão Caspiana (a oeste) e Depressão de Turfan (na porção central). Os picos são: Ararat, com 5.165 metros, e Damavand, com 5.605 metros de altitude, a oeste. Ismail Sanami, com 7.465 metros de altitude; KDois, com 8.611 metros; Dhaulagiri, com 8.172 metros;  Everest, com 8.848 metros; Kanchenjunga, com 8.579 metros; e Minya Konka, com 7.590 metros, ao centro. Monte Fuji, com 3.776 metros de altitude, a leste. Kinabalu, com 4.102 metros, e Kerenci, com 3.798 metros de altitude, a sudeste. À direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 875 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 94.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Duas cordilheiras se destacam no território asiático. A primeira compreende o Cáucaso, os montes Zagros, o rríndu câsh, o Kolima e o Himalaia. A segunda é formada pelos montes Urais e pelas montanhas de Nova Zembla.

Os estudantes devem reconhecer que, devido à grande extensão territorial do continente, de mais de 44 milhões de quilômetros quadrados, e à presença de 50 países, a Ásia possui grande variedade de relevo, clima, cultura e população.

A leitura do mapa físico da Ásia possibilita exercitar a construção de saberes geográficos relacionados à extensão, à delimitação e à localização.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero sete, ê éfe zero nove gê ê um cinco, ê éfe zero nove gê ê um seis e ê éfe zero nove gê ê um sete.

A formação do Himalaia

Além de apresentar as maiores altitudes da Terra, o Himalaia é o conjunto de montanhas mais jovem do planeta, formado nos últimos 50 milhões de anos como resultado da colisão entre a placa Indiana (que havia se desprendido do supercontinente gôndwãna durante a deriva continental) e o sul do continente asiático. Em virtude dos choques entre as placas, a cordilheira eleva-se cêrca de 5 centímetros por ano. Butão, China, Índia, Nepal e Paquistão são localizados, total ou parcialmente, no Himalaia.

Hidrografia

A oeste do continente asiático localizam-se os rios Tigre e Eufrates. Muitos povos, no decorrer de milhares de anos, fixaram-se em suas margens. Em virtude das variações na declividade dos terrenos por onde fluem, esses rios ganharam diferentes usos, como navegação, irrigação e geração de energia por meio da construção de hidrelétricas.

Nas áreas de planalto, os extensos rios óbi, ieníssei e Lena são bastante utilizados para a geração de energia elétrica, embora grande parte dos cursos de água permaneça congelada durante o inverno.

Fotografia. Vista de uma superfície plana coberta de gelo. No primeiro plano, a superfície possui árvores isoladas secas e sem folhagem, bancos e duas pessoas no parapeito. No segundo plano, há duas pontes sobre o superfície com gelo. No terceiro plano, edifícios e neve. Acima, céu com nuvens e sol.
Área com águas do rio óbi, congeladas durante o período de inverno, em novocibírsqui, Rússia (2022).

A leste do mar Cáspio, os principais rios são o sir dária e o amú dária, que deságuam no Mar de Aral (mar interior). No entanto, devido ao clima sêco dessa região, muitos rios possuem cursos de água temporários.

Os rios Indo e Ganges são importantes para o abastecimento de áreas densamente povoadas do Paquistão e da Índia, respectivamente. Na China, os rios Azul e Amarelo cortam as planícies e, junto às suas desembocaduras, estão situadas as áreas com maior densidade demográfica do planeta.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

A Cordilheira do Himalaia atrai turistas de todo o mundo, principalmente alpinistas que intencionam escalar o monte éveres.

Se julgar pertinente, comente que o aquecimento global preocupa alguns pesquisadores, que identificam as consequências do fenômeno para o Himalaia, entre elas, o surgimento de lagos que podem alterar o modo de vida nos povoados da região.

Observação

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Texto complementar

Os rios Tigre e Eufrates

O texto a seguir trata da diminuição do volume dos rios Tigre e Eufrates.

reticências Os leitos desses rios, cujas águas irrigam parte do Iraque, Irã, Turquia e Síria, perderam o equivalente a um mar Morto, determinou o estudo. reticências

A Turquia é quem manda nas nascentes dos rios Tigre e Eufrates e possui um projeto de infraestrutura e de reservatórios que controla quanta água é liberada para a Síria, Irã e Iraque. Como a bacia não é coordenada em conjunto por esses países, o contrôle turco e a distribuição para os outros países é motivo de rivalidade na região.

ESTUDO releva diminuição da água nos rios Tigre e Eufrates. Veja, 6 maio 2016. Disponível em: https://oeds.link/BrikqB. Acesso em: 19 maio 2022.

Clima

A ampla extensão latitudinal do continente asiático proporciona variados tipos de clima, que, combinados a outros elementos (relevo, vegetação, hidrografia), formam diversificados ambientes naturais.

O norte do continente apresenta climas polar e frio, com invernos longos e rigorosos, cujas temperaturas podem atingir 50 graus Célsius negativos.

As penínsulas da Indochina e Malaia e o arquipélago da Insulíndia apresentam climas equatorial e tropical, marcados pelas altas temperaturas e pelas chuvas abundantes.

A Ásia Central, localizada a leste do mar Cáspio e ao norte da Cordilheira do Himalaia, é caracterizada pela ocorrência de climas Desértico e Semiárido, influenciados pela continentalidade, visto que estão distantes da atuação das massas de ar úmidas originadas nos oceanos.

No Oriente Médio, que compreende países mais a oeste da Ásia, predominam os climas Desértico e Semiárido, motivo pelo qual os desertos dominam as paisagens. A região é marcada por elevada amplitude térmica, podendo registrar variações de até 50 graus Célsius do dia para a noite nas áreas mais sêcas. As áreas mais habitadas são aquelas em que há o afloramento de águas subterrâneas, como ocorre em Damasco (Síria) e em Riad (Arábia Saudita).

A parte mais oriental da Ásia – onde se localizam China, Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, taiuã e Mongólia – apresenta os climas Subtropical e Temperado. No oeste da China, predominam os climas Frio de Montanha e Desértico. O deserto de Gobi ocupa o sul do território da Mongólia e parte da China.

ÁSIA: CLIMA

Mapa. Ásia: clima. Mapa da distribuição dos principais tipos de clima do continente asiático. Equatorial: extremo sul do continente, abrangendo as ilhas do Sudeste Asiático e Península da Indochina. Tropical: porção sul do continente, abrangendo a Índia e a Península da Indochina. Subtropical: porção sul e sudeste do continente, abrangendo o norte da Índia, centro e leste da China, Coreia do sul e Sul do Japão. Desértico: porção central e oeste, abrangendo a Península Arábica e o interior do continente. Semiárido: porção central e oeste, abrangendo o interior do continente. Mediterrâneo: porção oeste do continente, próximo ao Mar Mediterrâneo. Temperado: porção do leste e noroeste, abrangendo o norte do Japão. Frio: predominante na porção norte do continente, abrangendo a porção leste da Rússia. Frio de montanha: porção central, abrangendo o norte da Índia. Polar: no extremo norte do continente, abrangendo o litoral norte da Rússia. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 1.030 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 20.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Explore o mapa climático da Ásia, enfatizando a variedade de climas. Essa característica está relacionada à grande extensão territorial do continente. Se possível, utilize o mapa climático de outro continente, como a Oceania, para efeito de comparação. A leitura do mapa possibilita trabalhar o raciocínio geográfico relacionado à extensão e à delimitação.

Observação

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Atividade complementar

Com base na leitura do trecho a seguir, oriente os estudantes a organizar-se em grupos para pesquisar mais informações sobre as consequências das mudanças climáticas no continente asiático.

Em seguida, peça-lhes que elaborem um relatório com as informações de cada consequência pesquisada e possíveis ações para minimizar os problemas enfrentados pela população do continente.

Esta atividade pode contribuir para o trabalho com práticas de pesquisa como revisão bibliográfica, análise documental e construção de relatórios.

Com impactos na vida humana, no meio ambiente e na economia, os extremos climáticos na Ásia preocupam as autoridades da ônu por causarem deslocamentos prolongados, aumento nos níveis de insegurança alimentar, temperaturas e no nível do mar, degelo de geleiras, queda no Píbi, bem como perda efetiva de horas de trabalho no continente.

Na Ásia, as mudanças climáticas mataram milhares, deslocaram outros milhões e custaram bilhões só em 2020, é o que revela o novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (ó ême ême) intitulado o Estado do Clima na Ásia 2020.

reticências

NAÇÕES UNIDAS. Extremos climáticos e meteorológicos assolaram a Ásia em 2020. Brasília, Distrito Federal: ônu Brasil, 28 outubro. 2021. Disponível em: https://oeds.link/KjdNEe. Acesso em: 19 maio 2022.

Vegetação

No extremo norte da Ásia, predomina a Tundra, tipo de vegetação resistente aos solos denominados permafrostglossário , e, mais ao sul, a Taiga (Floresta de Coníferas), intensamente explorada pela indústria de madeira e celulose.

Nas regiões com ocorrência de climas Equatorial e Tropical, encontram-se florestas Tropicais e Equatoriais, com alta biodiversidade. No subcontinente indiano, também há ocorrência de Savanas em áreas semiúmidas.

Na Ásia Central, a vegetação é constituída, principalmente, de espécies típicas das Estepes e dos Desertos, devido aos climas mais secos. Já na parte oriental do continente, existem florestas dos tipos Subtropical e Temperada.

Desmatamento

cêrca de 60% da Floresta Tropical da Ásia já foi devastada. As árvores nativas são derrubadas para dar lugar a campos destinados à agricultura ou à formação de pastos para a pecuária. A madeira é usada como fonte de energia ou como matéria-prima para as indústrias de móveis e de papel. Além de comprometer a biodiversidade, o desmatamento deixa os solos descobertos e mais expostos à erosão.

ÁSIA: VEGETAÇÃO

Mapa. Ásia: vegetação. Mapa representando a distribuição dos principais tipos de vegetação no continente asiático. Tundra: predominante no extremo norte do continente. Floresta de Coníferas (Taiga): predominante nas porções norte e central do continente. Floresta Temperada e Subtropical: na porção oeste, próximo ao mar Cáspio, extremo leste da Rússia e Japão. Vegetação mediterrânea: na porção oeste, próximo ao mar Mediterrâneo. Pradaria: pequenos fragmentos na porção central e oeste do continente. Estepe: porções central e oeste do continente. Savana: no Sudeste Asiático e porção oeste da Índia. Deserto: fragmentos na porção central e oeste do continente. Floresta Tropical e Equatorial: no extremo sul do continente, abrangendo as ilhas do Sudeste Asiático e o litoral na Península da Indochina. Vegetação de altitude: fragmentos no norte da Índia e nordeste da Rússia. Áreas cultivadas: predominante no centro norte do continente, Índia e leste da China. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 1.210 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 22.

Ler o mapa

  1. Que tipo de vegetação nativa predomina atualmente na Zona Tropical?
  2. Cite tipos de vegetação encontrados no Brasil que apresentam características semelhantes.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

A ameaça à biodiversidade na Ásia pode ser abordada de fórma interdisciplinar com o componente curricular Ciências. Uma possibilidade é pedir aos estudantes que pesquisem informações sobre a ameaça de extinção de espécies da fauna e da flora em hotspots do continente e montem um perfil em uma rede social para divulgar as informações obtidas. A atividade pode contribuir para o desenvolvimento de práticas de pesquisa como revisão bibliográfica, análise documental, construção de relatórios e análise de mídias sociais.

Explique a eles que em regiões como a Indonésia o desmatamento de florestas corresponde, aproximadamente, ao tamanho do território da Irlanda. Uma das principais preocupações de ambientalistas é o risco de extinção dos orangotangos da região.

Observação

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Respostas

Ler o mapa:

  1. Florestas Equatoriais e Tropicais, que apresentam alta biodiversidade.
  2. No Brasil, a Floresta Amazônica (Equatorial) e a Mata Atlântica (Tropical) têm características semelhantes.
Meio ambiente.

Uso dos solos

O solo é um recurso natural de grande importância, e sua manutenção é fundamental para o êxito da atividade agrícola.

Muitos dos problemas ambientais que ocorrem no continente asiático estão ligados ao uso intensivo do solo e aos impactos ambientais negativos gerados pelas atividades agropecuárias.

Para combater a erosão e evitar o empobrecimento dos solos, é necessário adotar ações como manejo adequado, rotação de culturas, adubação voltada à manutenção dos níveis desejáveis de matéria orgânica, conservando ou melhorando a fertilidade do solo e suas características físicas, químicas e microbiológicas. Sem a utilização de técnicas adequadas, o solo se esgota e a produtividade é afetada, diminuindo as colheitas e a possibilidade de reservar alimentos para os períodos sem plantio.

Cultivo em terraços

No sul da Ásia, nas regiões tropicais da Índia e do Sudeste Asiático, a exploração dos solos em áreas de altas taxas de precipitação e nas encostas de maior declividade provoca a perda de nutrientes, que são diluídos e transportados pela água das chuvas, empobrecendo os solos.

Uma das soluções utilizadas pelas populações dessas áreas é o cultivo em curvas de nível, conhecido como terraceamento, que torna a erosão do solo menos intensa, retendo os nutrientes nas áreas de plantio.

Fotografia. Vista para uma cadeia de montanhas cujas vertentes são cobertas por plantações de folhagem verde e realizadas nas curvas de nível. No primeiro plano, vertente inclinada ocupada por curvas de nível e uma pequena casa. No segundo plano, vertente inclinada ocupada por curvas de nível. Na base da vertente, presença de um meandro de curso d’água, e no topo, árvores isoladas. No terceiro plano, diversas vertentes inclinadas e ocupadas por curvas de nível de vegetação verde baixa cortada arredondada e em níveis.
O uso de terraços para evitar a erosão e aumentar a área de plantio nas encostas de montanhas é uma técnica milenar empregada no Sudeste Asiático. Na fotografia, cultivo de arroz em mú cãn tchái, Vietnã (2020).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

O tópico sobre uso dos solos possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

Observação

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Texto complementar

Degradação do solo

A Plataforma Intergovernamental nas Nações Unidas sobre a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas elaborou um relatório a respeito da degradação do solo, envolvendo mais de 40 países, e concluiu que:

reticências. No Sudeste Asiático e na região do Congo, em África, continua a assistir-se à conversão de florestas de turfa em plantações de óleo de palma. Segundo o relatório, os estilos de vida marcados por um elevado consumo na maioria dos países desenvolvidos, a par do aumento do consumo nas economias emergentes, são as principais causas associadas à degradação dos solos.

reticências Para regiões em desenvolvimento, como em certas partes da Ásia reticências o custo da inação face à degradação dos solos é, no mínimo, três vezes mais elevado do que o custo da ação. E os benefícios da recuperação dos solos são dez vezes mais elevados do que os custos, segundo o relatório.

Learri istífen. 75% das terras do planeta apresentam degradação do solo. Náchional Geográfique, 16 abril. 2018. Disponível em: https://oeds.link/0s6k5b. Acesso em: 19 maio 2022.

Atividade complementar

A degradação dos solos pode ser abordada de fórma interdisciplinar com o componente curricular Ciências. Os estudantes poderão investigar e explicar as causas e as consequências do uso intensivo do solo, além das características das técnicas de plantio a seguir, relacionando-as às vantagens e desvantagens de cultivo: rotação de culturas; adubação e reposição; afolhamento; cordões de vegetação permanente.

Organize os estudantes em grupos e peça a cada um que busque as informações sobre uma das técnicas de cultivo. Depois, eles devem compartilhar as informações com os colegas.

Meio ambiente.

Busca pela sustentabilidade

Um projeto que prevê a construção de edifícios e ambientes dotados de tecnologias verdes e abastecidos com fontes renováveis de energia deve transformar Ísquendar, na Malásia, na primeira “metrópole inteligente” da Ásia. A expectativa do governo malaio é de que, em 2025, aproximadamente três milhões de pessoas estejam vivendo na cidade.

As preocupações do governo malaio em relação ao meio ambiente e à qualidade de vida não se restringem ao projeto de Ísquendar. Outras ações estão sendo estudadas para desenvolver novos conceitos de ocupação espacial no país, como o das “aldeias inteligentes”, “cidades florestas” e “ecocidades”, planejadas para integrar funções urbanas e atividades agrícolas em espaços com ambientes construídos e vegetação preservada.

Na China, também existem projetos de áreas urbanas mais verdes e sustentáveis, como a “cidade floresta” em líudjô, planejada para abrigar em um futuro próximo 30 mil moradores, 40 mil árvores e cêrca de um milhão de plantas de espécies variadas. Um dos objetivos é incorporar parte da vegetação à fachada dos prédios, a fim de melhorar a qualidade do ar, diminuir a temperatura da cidade e servir de barreira para ruídos.

Os ideais de sustentabilidade ainda são pouco incorporados efetivamente à construção civil no mundo, pois, em muitos casos, não passam de estratégias publicitárias para vender imóveis. As boas iniciativas, porém, indicam caminhos para repensarmos os jeitos de morar e viver.

Fotografia. Vista para um grande salão com luminosidade natural. No primeiro plano, enorme maquete de uma área urbana com edifícios altos e condomínios residenciais horizontais entrecortados por cursos d’água e quarteirões muito arborizados. No segundo plano, pessoas circulam pelo salão e observam a maquete.
Maquete de parte de uma “cidade floresta” é apresentada em djorrô báru, Malásia (2016).

Poluição dos mares

O litoral asiático é bastante poluído. Parte dessa poluição está associada à grande circulação de navios que chegam ao continente e partem dele. Em áreas superpovoadas no leste e no sudeste da Ásia, assim como na Índia, no Paquistão e em bãngladéch, parte significativa dos dejetos residenciais e industriais é lançada sem tratamento nos oceanos.

Outro problema vinculado à poluição dos oceanos também presente na Ásia é o acúmulo de resíduos plásticos, que são levados, por exemplo, à praia de diversas ilhas.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

De acordo com o planejamento da “cidade floresta” de Liuzhou, a floresta urbana absorverá quase 10 mil toneladas de cê ódois e 57 toneladas de poluentes por ano, o que equivale à retirada de 2 100 carros das ruas. Com esse plano também se pretende que a cidade seja autossuficiente em energia por meio do uso de fontes geotérmicas e painéis solares. Discuta com os estudantes os possíveis impactos ambientais dessas medidas.

A abordagem de sustentabilidade possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero sete, ê éfe zero nove gê ê um sete e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Atividade complementar

O tsunami que atingiu a Usina de Fucuchimaem 2011 provocou o segundo maior acidente nuclear da história, atrás apenas do desastre de xernobíl (ocorrido em 1986, na Ucrânia).

Para auxiliar o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero nove gê ê zero nove, buscando a compreensão por parte dos estudantes sobre as situações vivenciadas pela população de Futaba e as consequências ambientais do vazamento nuclear, proponha uma pesquisa a respeito do acidente.

Organize os estudantes em grupos e oriente-os a buscar informações sobre a relação entre o tsunami e o acidente. Em Unidades anteriores, eles puderam comparar as diferentes fontes energéticas; agora, peça-lhes que relacionem os efeitos do vazamento nuclear para o meio ambiente e para a população.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o estudante:

NAÇÃO nuclear: a questão Fucuchima. Direção: Atsuchi Funarráchi. Japão, 2012. Duração: 96 minutos.

O documentário aborda a vida dos moradores de Futaba, realocados no subúrbio de Tóquio após o vazamento da Usina de Fucuchima.

Multiculturalismo

Paisagens e modos de vida

No imenso território asiático, a ampla diversidade dos ambientes naturais proporciona uma enorme pluralidade de modos de vida, que distingue os diversos povos do continente.

Nas regiões equatorial e tropical, por exemplo, onde se desenvolvem florestas densas e com alta biodiversidade, habitam povos tradicionais que sobrevivem da exploração dos recursos oferecidos pela natureza por meio de atividades como caça, pesca e extrativismo vegetal.

Algumas características do quadro natural do Japão, tais como o território composto de muitas ilhas, o litoral bastante recortado e a dinâmica das correntes marítimas, favoreceram o desenvolvimento das atividades pesqueiras e o elevado consumo de peixe no país.

Na Ásia Central, região caracterizada pela baixa umidade e pela presença das estepes e da vegetação de deserto, há povos nômades que vivem do pastoreio de ovelhas, camelos, vacas e cavalos. Para se proteger das condições climáticas adversas, caracterizadas pela grande amplitude térmica diária, a população dessa região desenvolveu um tipo de moradia, denominado iúrt, cujas estruturas de bambu ou madeira são recobertas por grossas camadas de feltro e lã, facilmente transportadas em carroças nos períodos de migração.

Já nas elevadas altitudes da Cordilheira do Himalaia, é comum que homens e mulheres também utilizem vestimentas espessas, feitas com pele de animais, capazes de suportar o clima caracterizado pelas baixas temperaturas ao longo do ano. As particularidades das roupas variam de acordo com os grupos étnicos e religiosos da região.

Fotografia. Destaque para uma superfície coberta de grama e duas moradias pequenas, sem janelas e revestidas de tecidos. Uma delas é arredondada e branca e, a outra, é retangular e azul. Duas pessoas estão sentadas no chão, cada uma em um dos lados da moradia branca. Acima, céu azul com nuvens.
Os iúrts, moradias típicas dos povos nômades cazaques da Ásia Central, são adaptados ao clima frio da região. Fotografia de iúrts nas montanhas do Quirguistão (2022).
Fotografia. Destaque para um grupo de pessoas em pé, composto por crianças e adultos vestindo roupas pesadas, coloridas, lenço na cabeça e agasalhos. Acima, céu azul.
Habitantes da região de lhôca, no Tibete, no sudoeste da China, usando roupas adequadas ao clima da região (2017).
Ícone. Sugestão de vídeo.

 BALI, obra-prima dos deuses. Direção: Miriam bãrch. Estados Unidos, 1990. Duração: 52 minutos. Documentário sobre a ilha de Bali, na Indonésia, onde a religião e a arte estão muito presentes no dia a dia de um povo que mantém suas tradições vivas.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Durante o desenvolvimento dos conteúdos da Unidade, é trabalhada a diversidade da população que compõe o continente asiático. Nesse momento, é importante que os estudantes percebam que o ambiente, os recursos naturais, o clima e o relevo influenciam no modo de vida das populações.

Este tópico possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Diversidade cultural.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero quatro e ê éfe zero nove gê ê zero sete.

Regionalização da Ásia

Como você sabe, existem fórmas diferentes de regionalizar os espaços, que variam conforme os critérios escolhidos. Nesta Unidade, apresentaremos o continente asiático dividido em seis regiões: Ásia Setentrional, Sudeste Asiático, Ásia Central, Oriente Médio, Ásia Meridional e Extremo Oriente. Além disso, vamos conhecer um pouco sobre cada uma dessas porções da Ásia.

ÁSIA: REGIONALIZAÇÃO

Mapa. Ásia: regionalização. Mapa representando a divisão do continente asiático em regiões e os países que as compõem. Ásia Setentrional, em rosa-claro: Rússia (parte asiática). Sudeste Asiático, em amarelo: Mianmar, Laos, Tailândia, Camboja, Vietnã, Malásia, Cingapura, Brunei, Indonésia, Filipinas e Timor Leste. Ásia Central, em verde-escuro: Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguistão, Tadjiquistão. Oriente Médio, em laranja: Afeganistão, Irã, Iraque, Arábia Saudita, Kuait, Barein, Catar, Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Egito (parte asiática), Palestina, Israel, Jordânia, Síria, Líbano e Turquia (parte asiática). Ásia Meridional, em lilás: Paquistão, Índia, Bangladesh, Butão, Nepal, Sri Lanka e Maldivas. Extremo Oriente, em verde-claro: Mongólia, China (República Popular), Coreia do Norte, Coreia do Sul, Taiwan (República da China Nacional) e Japão. À direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 930 quilômetros.
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas geográfico escolar. oitava edição. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página. 47.

Ásia Setentrional

A Ásia Setentrional abrange a porção asiática da Rússia em toda a sua extensão leste-oeste. Apresenta climas dos tipos polar e frio, com invernos longos e rigorosos, cujas temperaturas podem atingir até 50 graus Célsius negativos.

Suas formações vegetais estão adaptadas às rigorosas condições climáticas. Predominam a Taiga ou Floresta de Coníferas, que cobre grande parte da região e é intensamente explorada para a obtenção de madeira e celulose, e a Tundra, ao norte, uma vegetação rasteira muito resistente às baixíssimas temperaturas.

A hidrografia da Ásia Setentrional é formada por rios extensos, como o óbi, o ienísseie o Lena, bastante aproveitados para a geração de energia elétrica em seus trechos de planalto, ao sul. Boa parte dos cursos de água permanece congelada durante o inverno.

A região é ocupada por campos de exploração de petróleo e gás, além de grandes plantações agrícolas que se beneficiam do solo denominado tiernossion, rico em nutrientes.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Ao abordar a regionalização do continente asiático, explore o mapa desta página, a fim de facilitar o entendimento pelos estudantes das áreas que correspondem a cada região. Sempre que iniciar o estudo de uma nova região, retome o mapa e questione os estudantes a respeito dos países que a compõem. Destaque que apenas a Rússia faz parte da Ásia Setentrional, lembrando-lhes, também, da porção europeia do país, de menor extensão.

Relembre-os de que o solo tiernossion apresenta coloração negra proveniente do acúmulo de material orgânico, o que confere a ele alta produtividade. Sua ocorrência se destaca no norte do continente asiático, do mar Negro à Sibéria.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero sete, ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um cinco e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Sudeste Asiático

A região do Sudeste Asiático é constituída:

  • pela península da Indochina, localizada entre o golfo de Bengala e o Mar da China Meridional;
  • pela península Malaia, entre o estreito de Málaca e o Mar da China;
  • pelo arquipélago da Insulíndia (também conhecido como arquipélago Malaio), que se estende do oceano Índico ao oceano Pacífico.

As fórmas de relevo predominantes são os baixos planaltos e as planícies. Cabe ressaltar a presença de formações montanhosas, sobretudo na Indonésia. Os climas equatorial e tropical predominam na região, favorecendo a ocorrência de formações florestais exuberantes.

A Insulíndia abriga a Indonésia, região onde há grande incidência de vulcões e terremotos. Em 2004, um tsunami provocado por um abalo sísmico próximo ao litoral da Indonésia, no oceano Índico, atingiu países do Sudeste Asiático, da Ásia Meridional e da África. As ondas se propagaram a 800 quilômetros por hora. A catástrofe teve como consequência a morte de cêrca de duzentas e trintamil pessoas e deixou 125 mil feridos, além de 1,7 milhão de desabrigados.

Fotografia. No primeiro plano, um barco de madeira verde tombado no chão entre entulhos e destroços que cobrem a superfície de terra de um quarteirão. Ao lado, uma rua coberta de lama seca, com dois veículos, motocicleta e quatro pessoas circulando. À esquerda, quarteirão coberto por entulhos e destroços. No segundo plano, quarteirões com entulhos e destroços entremeados de algumas edificações destruídas ou danificadas. Ao fundo, presença de montanhas e céu encoberto por nuvens.
Estragos decorrentes do tsunami ocorrido no final de 2004, no Sudeste Asiático. Na fotografia, área atingida na cidade de banda achém, Indonésia (2005).
Crescimento econômico

Alguns países do Sudeste Asiático, como Malásia, Cingapura, Tailândia e Indonésia, apresentaram grande crescimento econômico nas décadas de 1970 a 1990, impulsionado pela expansão das transnacionais japonesas e estadunidenses.

As empresas instalaram-se na região pelo baixo custo da mão de obra e das matérias-primas. Com a modernização e o capital trazidos pelas transnacionais, os governos locais fizeram amplos investimentos em educação, o que contribuiu para acelerar o crescimento regional.

O Vietnã, também situado no Sudeste Asiático, é formalmente uma república socialista. O país enfrenta a coexistência dos setores estatal e privado da economia e tenta atrair capitais estrangeiros que dinamizem seu desenvolvimento.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Explique, brevemente, que os tsunamis são ondas que podem ultrapassar 30 metros de altura, provocadas por movimentos da crosta oceânica. Em geral, são formados a partir de anomalias, como terremotos, deslocamentos de massa continental, erupções vulcânicas ou ainda queda de meteoritos. Apesar de qualquer lugar do mundo estar sujeito a tsunamis, eles ocorrem com maior frequência nos territórios próximos ao oceano Pacífico.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero sete, ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o estudante:

O IMPOSSÍVEL. Direção: Ruán Antonio Baiôna. Espanha, 2012. Duração: 114 minutos.

O filme retrata a história de uma família que sobreviveu ao tsunami na Indonésia em 2004.

Ícone, indicação de livro.

Sugestão para o professor:

VISENTINI, Paulo Fagundes. A revolução vietnamita: da libertação nacional ao socialismo. São Paulo: Editora Unésp, 2008.

Livro sobre a Guerra do Vietnã nas décadas de 1950 a 1970 e os significados político e histórico das tensões no país.

Ásia Central

A região da Ásia Central é composta de cinco países situados a leste do mar Cáspio: Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Tadiquistão e Quirguistão (como pode ser observado no mapa Ásia: regionalização”). Nesses países predominam populações eslavas e de origem turca, estas últimas majoritariamente muçulmanas.

Aspectos físicos

Com uma área de aproximadamente 4 milhões de quilômetros quadrados, a Ásia Central apresenta planícies e altos planaltos no leste, além de montanhas na divisa com o Oriente Médio (onde estão localizados Irã e Afeganistão).

A vegetação é constituída basicamente por estepesglossário e espécies típicas de áreas desérticas. Esse tipo de paisagem natural decorre do predomínio dos climas Semiárido e Desértico na região.

Dois grandes rios, o sir dária e o amú dária, localizam-se na rede hidrográfica da Ásia Central, que apresenta muitos cursos de água temporários devido aos baixos índices pluviométricos.

Dificuldades políticas e econômicas

A Ásia Central é marcada por conflitos entre etnias, agravados no passado pela relação comercial desigual com a Rússia. Esses conflitos favoreceram o surgimento de economias e estruturas sociais precárias, marcadas pela instabilidade política e pela miséria da população.

O clima da Ásia Central é desfavorável para a agricultura. Uma perspectiva de desenvolvimento da região está associada à exploração do petróleo na Bacia do mar Cáspio. Embora as reservas aparentemente não sejam tão abundantes quanto se imaginava, esse recurso vem impulsionando as economias do Cazaquistão e do Turcomenistão, que dividem o contrôle da Bacia do Cáspio com a Rússia, o Irã e o Azerbaijão.

Fotografia. No primeiro plano, vista para uma via pública para pedestres, com alguns bancos e pessoas circulando. Nas laterais da via, jardim coberto de grama e postes. No segundo plano, árvores, edifícios e arranha-céus e uma grande torre prateada, com uma esfera dourada no topo.
A arquitetura moderna dos prédios revela o poder econômico concentrado na cidade de Nursultan, capital do Cazaquistão, em grande parte vindo da comercialização de petróleo. Fotografia de 2021.
Orientações e sugestões didáticas

Texto complementar

Mar Cáspio

O texto a seguir trata da disputa pelo contrôle da região do mar Cáspio, consequência do interesse no petróleo.

Diferentes atuações externas dos Estados Unidos da América podem ser observadas em torno dos interesses deste país para a obtenção de recursos naturais como o petróleo, já que o seu contrôle estratégico permite criar condições de dependência de outros países e ter maior influência local. Exemplo disso são as zonas do Cáucaso e da Ásia Central, onde existe um fluxo importante de petróleo e gás para a Europa, que torna essas regiões altamente vulneráveis, além da emergência de países como a China, com grandes necessidades de energia, e a Rússia, com a ideia de um ressurgimento global. reticências

Ao se analisar a partir da lógica realista, o petróleo é um recurso que reforça a preponderância militar dos Estados Unidos da América, sendo que é graças aos produtos derivados dessa matéria-prima que é possível manter todo o aparato bélico do país. A participação estadunidense em diferentes conflitos não se reduz à necessidade de recursos energéticos, senão que também a aspectos estratégicos e geopolíticos que o permitem ter presença em zonas importantes para outros países, como, por exemplo, a presença no mar Cáspio e em alguns países da antiga União Soviética.

Nessa zona, as redes de transporte em barcos, trens e dutos dos recursos energéticos são um elemento estratégico, visto que o contrôle das rotas permite ter certo poder que influencia as relações internacionais. A construção de novas rotas tem sido alvo de disputas entre diferentes atores, posto que os oleodutos passam a ser identificados como potenciais instrumentos de poder, em vez de serem simples ferramentas de desenvolvimento e integração regional. reticências

Trata-se de um ponto-chave entender a importância da região do mar Cáspio para conhecer o papel que países como a Rússia desempenham. Mesmo que não seja um país importador de gás e petróleo como a China e Estados Unidos, os russos têm deixado claros os seus interesses de exercer o domínio do transporte de energia como uma estratégia para serem novamente reconhecidos como potência global ao controlar a distribuição desses recursos até a Europa. reticências

BORDA, C. A. Rodríguez; SUÁREZ, N. I. Palomo. Diplomacia energética: o papel do petróleo na política externa dos Estados Unidos. revista científica general. José María Córdova, Bogotá, volume 14, número 17, página 252-253, janeiro a junho 2016.

Oriente Médio

A região asiática do Oriente Médio é habitada principalmente por árabes de maioria muçulmana. Compreende os seguintes países: Arábia Saudita, Iraque, Síria, Jordânia, Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, barêin, cuáit, Afeganistão, Israel, parte da Turquia, Irã e Líbano. Esse último apresenta o maior percentual de população cristã na região (cêrca de 35%). As populações do Irã, do Afeganistão e da Turquia, embora de maioria islâmica, têm origem persa, pashtun e turca, respectivamente. Israel, com população majoritariamente judaica, é uma exceção.

O Oriente Médio é marcado por grandes conflitos geopolíticos, sobretudo entre árabes e judeus.

Aspectos físicos e econômicos

O relevo do Oriente Médio é constituído em grande parte por planaltos circundados por montanhas. Em geral, as planícies estão situadas entre o litoral e os conjuntos montanhosos. No interior da região, entre os rios Tigre e Eufrates, localiza-se a planície da Mesopotâmia, de grande valor histórico-cultural.

Os climas predominantes são o Desértico e o Semiárido, motivo pelo qual quase toda a região é constituída por desertos. As temperaturas variam de mais de 40 graus Célsius durante o dia a menos de 10 graus Célsius à noite. A alta amplitude térmica levou à concentração da população em cidades como Damasco, na Síria, e Riad, na Arábia Saudita, localizadas em regiões em que as águas subterrâneas afloram à superfície, formando oásis.

As formações vegetais predominantes são as estepes áridas e as plantas xerófilas (adaptadas a climas desérticos) e, nos locais de climas mais úmidos, a vegetação mediterrânea.

A região é conhecida por ser a grande produtora de petróleo do mundo. Ela abriga alguns dos maiores produtores mundiais, como Arábia Saudita, Irã e Iraque.

Fotografia. Vista de cima de uma área urbana adensada. No centro, quarteirão com diversos edifícios altos e torres modernas entre duas grandes avenidas perpendiculares. Nas laterais, quarteirões ocupados por edificações horizontais. Acima, céu encoberto de nuvens.
Riad é a capital da Arábia Saudita e importante centro financeiro do Oriente Médio. Fotografia de 2021.
Orientações e sugestões didáticas

Observação

Os conteúdos desta página e da anterior possibilitam o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero sete, ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Atividade complementar

No Oriente Médio destacam-se conflitos motivados principalmente pelo contrôle de regiões estratégicas, além daqueles associados a diferenças culturais e religiosas. A região do Oriente Médio terá destaque na Unidade sete; entretanto, sugerimos que os estudantes iniciem os estudos a respeito desses conflitos nesse momento para que possam aprofundá-los posteriormente. Organize os estudantes em grupos e peça-lhes que pesquisem os conflitos na região do Oriente Médio. É importante que busquem informações sobre os grupos envolvidos, as motivações dos conflitos e a situação atual. Sugerimos os seguintes tópicos para pesquisa:

  • relação entre árabes e israelenses;
  • a Guerra do Golfo;
  • a Guerra dos Seis Dias;
  • a guerra civil na Síria.
Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o professor:

VALSA com bachir. Direção: Ari fôlman. Israel, 2008. Duração: 90 minutos.

Essa animação conta a triste história da Guerra do Líbano de 1982, pelo olhar de um veterano que por muito tempo tentou reprimir as memórias que tinha do conflito.

Ásia Meridional

A Ásia Meridional, ou subcontinente indiano, caracteriza-se por abrigar povos indianos e indochineses. Os países que a compõem são: Índia, Sri Lanka, Paquistão, Nepal, Butão e bãngladéch. (Observe o mapa Ásia: regionalização.)

Aspectos físicos

A região apresenta três grandes unidades de relevo: a Cordilheira do Himalaia, o Planalto do Decã e a planície Indo-Gangética.

A Cordilheira do Himalaia é uma cadeia de altas montanhas situada na fronteira da China com a Índia, localizada no Nepal e no Butão. Registra mais de 2.000 quilômetros de extensão e picos muito elevados, incluindo o éveres.

O planalto do Decã, na porção centro-sul da Ásia Meridional, é constituído por rochas muito antigas e desgastadas por processos erosivos.

Fotografia. Destaque para o topo de uma cadeia de montanhas com vertentes inclinadas e cobertas de neve. Acima, céu azul.
Vista do monte éveres, localizado na Cordilheira do Himalaia, Nepal (2021).

A planície Indo-Gangética, situada entre a Cordilheira do Himalaia e o Planalto do Decã, é formada pela ação das águas das chuvas e dos rios Indo e Ganges.

O clima predominante é o tropical, sujeito ao regime das monções, cuja principal característica é a sucessão de um inverno relativamente sêco (novembro a fevereiro), uma estação quente e sem precipitações (março e abril) e um verão muito chuvoso (junho a setembro). O período sêco corresponde às monções de inverno; os quatro meses de chuva correspondem às monções de verão.

Desigualdades socioeconômicas

Considerando os aspectos econômicos, a Índia é o país mais importante da Ásia Meridional. A população indiana tem aproximadamente 1,4 bilhão de habitantes e apresenta como uma de suas características mais significativas grandes desigualdades sociais. Outros problemas sociais também marcam a população da Índia, como elevado índice de analfabetismo entre os adultos, saneamento básico deficiente e numerosos casos de desnutrição infantil.

Orientações e sugestões didáticas

Texto complementar

Viver no Butão

O trecho a seguir apresenta algumas medidas tomadas pelo Butão, que instituiu a “Felicidade Interna Bruta (fíb)” como ideal norteador das políticas públicas.

reticências a exportação de madeira poderia encher os cofres públicos, mas, à luz da fíb, ficou estipulado que 60% do território permaneça coberto por florestas originais. De onde tirar dinheiro, então? De uma carta na manga, ou melhor, do Himalaia. “O Butão é favorecido por rios que nascem nas montanhas. A geração de energia hidrelétrica se tornou um poderoso engenho de crescimento econômico, e sem desalojar pessoas nem danificar o ambiente” reticências. Ambiente que faz do Butão um dos países mais bonitos do mundo. Com rios de água cristalina, florestas coloridas e fauna com direito a tigres, elefantes, rinocerontes e pandas, o país é chamado de “último éden” reticências. Com tantas credenciais, o país poderia virar um dos maiores polos turísticos do mundo. Mas não. O turismo é limitado para não prejudicar a cultura nem o meio ambiente. reticências Em 2005, foram 13 mil [turistas]. Para comparar: Pôrto Seguro, na Bahia, recebeu cêrca de 1 milhão.

reticências A “changrilá da vida real” também não é tão florida quanto parece. reticências Os trabalhadores, por exemplo, não podem formar sindicatos. O governo argumenta que, como há pouca industrialização no país, não há “necessidade” de uniões trabalhistas. reticências para seguir a diretriz da “preservação da cultura”, a população é obrigada a usar as roupas tradicionais da maioria budista. reticências A preocupação em ter uma sociedade homogênea deu margem a um caso de violação dos direitos humanos denunciado pela Anistia Internacional. Em 1985, além de exigir que os nepaleses adotassem o modo de vida budista, o governo criou uma lei de cidadania estipulando que, entre os que não fossem filhos de butaneses, só seria cidadão quem provasse ter vivido no Butão antes de 1958. Pediam documentos de uma época em que o país tinha quase 100% da população analfabeta. Isso tornou imigrantes ilegais milhares de pessoas nascidas no Butão quase 30 anos antes de inventarem a lei. reticências Até hoje, 90% dos emigrantes vivem no Nepal, em campos de refugiados da ônu.

COZER, Raquel. Sorria, você está no Butão. Superinteressante, 7 novembro. 2016. Disponível em: https://oeds.link/uTFL8b. Acesso em: 19 maio 2022.

Extremo Oriente

O Extremo Oriente, região com grande variedade de paisagens, agrupa China, Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, taiuã e Mongólia. (Observe novamente o mapa Ásia: regionalização.)

Aspectos físicos

O relevo do Japão é caracterizado pela presença de montanhas recentes, principalmente o monte Fuji, com mais de .3000 metros de altitude. O país-arquipélago tem mais de 200 vulcões, alguns dos quais estão ativos, e sofre frequentes abalos sísmicos. Isso acontece em virtude de sua instabilidade geológica, decorrente de sua localização no chamado Círculo de Fogo do Pacífico (região com aproximadamente .40000 quilômetros de extensão onde ocorrem cêrca de 90% dos abalos sísmicos e do vulcanismo do planeta).

Fotografia. Vista aérea de uma ilha com um vulcão no centro, lançando fumaça densa na atmosfera. As vertentes do vulcão são cobertas por vegetação com folhagem escura. Ao redor da ilha, o mar.
Devido à intensa atividade vulcânica da região onde se encontra o arquipélago japonês, algumas ilhas podem aumentar de tamanho. Fotografia da ilha de nixinoximá, Japão (2020), que teve um grande crescimento durante as últimas décadas.

Planaltos áridos, de até .2000 metros de altitude, ocorrem na Mongólia, enquanto extensas planícies dominam as paisagens da península da Coreia e da China. Verificam-se na região os climas Subtropical e Temperado, com influência das monções no Japão e na península da Coreia, que favorecem o desenvolvimento das florestas Subtropical e Temperada. No oeste da China, predominam os climas Frio de Montanha e Desértico, o que propicia o desenvolvimento de vegetação xerófila e de estepes, também encontradas na Mongólia, em razão dos climas Árido e Semiárido que ocorrem no país.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Terremotos e tsunamis

[Música instrumental de fundo]

[Locutor] A ocorrência de terremotos e tsunamis é bastante comum em algumas regiões do planeta, em especial aquelas localizadas no chamado Círculo de Fogo do Pacífico. É o caso de alguns países asiáticos do Extremo Oriente e do Sudeste Asiático, como Japão e Indonésia.

Embora, nem todos os abalos sísmicos tragam consequências diretas para a população, alguns provocam grandes catástrofes, com prejuízos econômicos e humanitários incalculáveis.

Em 2004, por exemplo, na região da Indonésia, um tsunami provocou a morte de cerca de 230 mil pessoas e deixou mais de 1 milhão de desabrigados em 14 países. O tremor submarino atingiu a magnitude 9,1 –um dos maiores já registrados – e se propagou por centenas de quilômetros, chegando à costa das Maldivas e da Somália.  

Em 2011, um tsunami que atingiu o Japão foi responsável pela morte de mais de 15 mil pessoas, além de ter causado danos em áreas urbanas e rurais. Também no Japão, esse fenômeno foi o responsável por um dos maiores acidentes nucleares do mundo, na usina nuclear de Fukushima. Oitenta por cento da radiação liberada no ambiente espalhou-se pelo Oceano Pacífico; o restante atingiu diretamente o Japão.

Como são fenômenos naturais, os terremotos e tsunamis não podem ser evitados; porém, graças ao desenvolvimento da tecnologia, as áreas de ocorrência já podem ser monitoradas, o que garante previsões com relativa antecedência e a consequente minimização dos danos causados por eles.

Na Indonésia e em outros países do Sudeste Asiático, boias marinhas com sensores que detectam a formação das ondas gigantes foram instaladas no mar, e sirenes avisam a população quando há risco de tsunamis. Embora o sistema ainda apresente falhas, ele deve contribuir para evitar grandes catástrofes.

O Japão, dentre os países que são mais atingidos por esses fenômenos sísmicos, conta com centenas de sismógrafos espalhados por seu território.

Esses aparelhos captam ondas de abalos terrestres e são capazes de reagir em caso de tremor, emitindo alertas alguns segundos antes de um terremoto se efetuar. 

No caso de tsunamis, o tempo entre o alerta e a ocorrência das ondas gigantes costuma ser bem maior, o que faz com que mais pessoas possam se deslocar com tempo e segurança para um local seguro. O país possui um dos sistemas mais avançados de defesa civil do planeta.

Os alertas são transmitidos para a população nas rádios, em canais de TV e por aplicativos de celulares, que disparam um  alarme  em  caso de  tremor.  Esses alertas são fundamentais para que a população tome medidas de proteção. 

Desde cedo, nas escolas, as crianças recebem treinamentos sobre como agir em situações de emergência, e nas empresas é bastante comum que funcionários recebam treinamentos bimestrais ou trimestrais.

A engenharia civil e a arquitetura também trabalham em favor da redução de danos provocados por terremotos.

A tecnologia, portanto, tem permitido a obtenção de informações sobre esses eventos, o que possibilita o estudo de medidas para a proteção das populações e das cidades, reduzindo, assim, os prejuízos humanos e econômicos decorrentes desses temidos fenômenos sísmicos.

Desenvolvimento econômico

Em linhas gerais, o Extremo Oriente apresenta um bom nível de desenvolvimento econômico. O Japão é uma das maiores potências econômicas do planeta, e a China foi o país que apresentou o crescimento mais acelerado nas duas primeiras décadas do século vinte e um. Coreia do Sul e taiuã também se caracterizam pelo dinamismo de suas economias.

A Coreia do Norte, república socialista, conserva uma rígida economia planificada, de estilo soviético, e enfrenta sérias dificuldades. A Mongólia, socialista até 1990 e atualmente um Estado democrático de regime parlamentarista, é um país em desenvolvimento, cuja população vive sobretudo da agricultura e do pastoreio.

Orientações e sugestões didáticas

Observação

Os conteúdos desta página e da anterior possibilitam o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero sete, ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Atividade complementar

O Extremo Oriente tem os melhores indicadores de desenvolvimento econômico e social da Ásia. Proponha aos estudantes que pesquisem o í dê agá dos países pertencentes à região, buscando informações a respeito da expectativa de vida, da mortalidade infantil, do nível de escolaridade e do Píbi, a fim de comparar as diferenças entre eles. A atividade possibilita o trabalho com as práticas de pesquisa revisão bibliográfica e análise documental.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o estudante:

THE PROPAGANDA Game. Direção: Álvaro Longoria. Espanha, 2015. Duração: 38 minutos.

Esse documentário em fórma de diário acompanha o cineasta Álvaro Longoria em uma visita à Coreia do Norte para explorar a manipulação da informação.

Ícone. Seção Mundo em escalas. Composto por dois pinos de localização conectados por setas.

Mundo em escalas

As monções e o Himalaia

No Sudeste Asiático e na Ásia Meridional ocorrem os climas Subtropical, Equatorial e Tropical, este último sujeito ao regime das monções.

Durante as monções de verão, quando os ventos sopram do oceano Índico em direção ao continente, o Himalaia representa uma barreira para a entrada de umidade, contribuindo para a ocorrência de chuvas. Já nas monções de inverno, ao contrário, os ventos sopram da Ásia Central em direção aos oceanos, ao sul e ao sudeste, resultando em períodos secos e frios.

ÁSIA: MONÇÕES

Mapa. Ásia: Monções. Mapa mostrando o volume médio de precipitação e o funcionamento do regime de monções no continente asiático. Precipitação 0 a 250 milímetros predomina em: Mongólia, Uzbequistão, Cazaquistão, sul do Paquistão, oeste do Afeganistão, oeste da China. 250 a 1.000 milímetros: Tadjiquistão, Quirguistão, centro, leste e nordeste da China, leste do Afeganistão, norte do Paquistão e centro da Índia. 1.000 a 3.000 milímetros: Nepal, Butão, Bangladesh, leste e extremo oeste da Índia, Sri Lanka, Mianmar, Tailândia, Camboja, Laos, Malásia, Indonésia, Filipinas, Taiwan, Coreia do Norte, Coreia do Sul, grande parte do Japão. Mais de 3.000 milímetros: Vietnã, porções da Malásia, das Filipinas, da Indonésia, de Mianmar, do Japão e do Taiwan e Brunei. Monções de verão: setas do Oceano Índico em direção ao norte da Índia, Península da Indochina, sudeste da China e Filipinas. Monções de inverno: setas do norte e centro da Índia, Nepal, Península da Indochina e sudeste da China em direção ao Oceano Índico. Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 850 quilômetros.
Fonte: Enciclopédia do estudante: Geografia Geral. São Paulo: Moderna, 2008. página 36.

Leia o texto e responda às questões a seguir.

A fôrça da monção asiática, o regime de chuvas de verão de países da região, diminuiu nos últimos 80 anos. É o oposto do que se esperava acontecer, tendo em vista o aquecimento global. A descoberta foi realizada por estudo de um time internacional de cientistas.

A origem da monção asiática é o contraste térmico entre o oceano e o continente. O contraste se fórma em função da radiação solar, que varia durante as estações do ano. No verão, ela provoca chuvas fortes e concentradas, fundamentais para agricultura e a indústria de países como a China e a Mongólia.

Vários fatores influenciam a fôrça das monções, entre os quais a insolação, as erupções vulcânicas e os aerossóis emitidos por atividades humanas. Segundo o estudo, pesquisas anteriores haviam detectado uma diminuição na fôrça da monção asiática desde por volta de 1970.

Ao mesmo tempo, a região experimentou um crescimento na concentração de aerossóis, particularmente no noroeste da China, ao longo das últimas décadas. Os cientistas procuraram investigar se as alterações na monção estariam associadas à variabilidade natural, ou se poderiam ser atribuídas ao aumento dos aerossóis.

reticências

MONÇÕES da Ásia perderam fôrça. Ciência e Clima, São Paulo, 6 junho. 2019.

  1. Que fenômeno é abordado com destaque no texto? Por que esse fenômeno pode ser considerado surpreendente?
  2. Entre as possíveis causas do fenômeno estudado, quais estão sendo investigadas pelos cientistas?
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Os objetivos desta seção são explicar as características físico-naturais presentes no sul e no Sudeste Asiático, como o regime de monções, e associar a fórma de ocupação aos usos da terra, utilizando as atividades econômicas realizadas na Índia e os consequentes impactos ambientais como exemplos. Para alcançar esses objetivos, é fundamental a leitura do texto articulada à interpretação do mapa que representa as monções asiáticas. Além de obter informações importantes relativas ao tema abordado, a interpretação do mapa possibilita exercitar saberes geográficos relacionados à extensão, à delimitação e à causalidade.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero sete, ê éfe zero nove gê ê um seis e ê éfe zero nove gê ê um sete.

Respostas

  1. A diminuição da fôrça da monção asiática, responsável pelo regime de chuvas de verão na região. O fenômeno é surpreendente porque se esperava justamente o processo oposto por causa do aquecimento global.
  2. Os cientistas estão investigando se as causas estão relacionadas a fatores naturais ou ao aumento na concentração de aerossóis na região.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. Copie no seu caderno o quadro, completando-o com o que foi estudado neste Capítulo.

Regionalização da Ásia

Países

Características políticas e econômicas

Ásia Setentrional

Sudeste Asiático

Ásia Central

Oriente Médio

Ásia Meridional

Extremo Oriente

2. Leia a notícia a seguir.

A nova ilha, que nasceu em meados de novembro de 2013 por uma forte atividade vulcânica, não para de crescer. Agora mede aproximadamente 1.950 metros de leste a oeste e 1 800 de norte a sul, no total 2,45 quilômetros quadrados, segundo a guarda costeira.

Estes [os guardas costeiros] realizam missões regulares de reconhecimento aéreo para verificar o estado da ilha que surgiu em meio ao pequeno arquipélago de ogasauára.

É a primeira vez em 40 anos que emerge uma ilha nesta zona meridional do Japão. A recém-nascida, muito frágil inicialmente, tem cada vez mais chances de sobreviver.

No Japão, zona sísmica e vulcânica, surgiram entre quatro e cinco ilhas desde o fim da guerra do Pacífico, uma delas em 1986, que desapareceu em dois meses, e outra em setembro de 1973 também em nixinoximá.

Cresce ilha vulcânica que surgiu em 2013 ao sul de Tóquio. gê um, 27 fevereiro. 2015. Seção Natureza. Disponível em: https://oeds.link/csjziO. Acesso em: 26 abril. 2022.

  1. Qual é o fenômeno comentado na notícia?
  2. Por que surgem e desaparecem ilhas no arquipélago japonês?
  1. As frases a seguir tratam das características naturais de algumas regiões da Ásia. Reescreva-as em seu caderno, completando as lacunas adequadamente.
    1. A lacuna é composta de cinco países situados no leste do mar Cáspio, apresentando relevo de lacuna e lacuna no leste, além de lacuna na divisa com o Oriente Médio. A vegetação é de estepes e há lacuna em decorrência dos climas lacuna e lacuna .
    2. A região do lacuna compreende as penínsulas da lacuna e lacuna , além do arquipélago da lacuna. As fórmas de relevo são os lacuna e as lacuna, predominando os climas lacuna e lacuna. Nessa sub-região há incidência de terremotos, vulcões e tsunamis.
    3. A região do lacuna apresenta relevo constituído por planaltos circundados por montanhas e planícies litorâneas, com destaque para a planície da lacuna, formada pelos rios lacuna e lacuna. Os climas predominantes são o lacuna e o lacuna.
  2. Responda às questões com base na imagem e na legenda.
Fotografia. Vista para uma área externa, com piso de areia e pedregulhos. No primeiro plano, destaque para uma criança de cabelo curto, máscara de proteção, uniforme vermelho, em pé, de costas, com as pernas abertas e o braço esquerdo esticado na direção a uma bola no ar. No segundo plano, um grupo de crianças de uniforme e máscara em diferentes posturas corporais. Ao fundo, edificação, árvores e mastro com bandeira. Acima, céu coberto por fumaça e luz do Sol.
Crianças usando máscaras em local atingido por fumaça decorrente de incêndio florestal, em meulábo, Indonésia (2017).
  1. Quais são as principais causas de desmatamento no Sudeste Asiático?
  2. A poluição gerada pelo incêndio florestal é um problema só de quem a produz?
Orientações e sugestões didáticas

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

  • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.
  • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

  • ê éfe zero nove gê ê zero nove (atividades 1, 2, 3 e 4)
  • ê éfe zero nove gê ê um sete (atividades 1 e 3)

Respostas

  1. Ásia Setentrional – Rússia (porção asiática) – Exploração de petróleo e gás, prática da agricultura, principalmente nos solos de tiernossion. / Sudeste Asiático Vietnã, Laos, Camboja, Tailândia, Mianmar, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Filipinas e Timor Leste – Empresas transnacionais que empregam mão de obra com baixo custo. O Vietnã é uma república socialista. / Ásia Central Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Tadiquistão e Quirguistão – Exploração de petróleo. No plano político, destacam-se os conflitos entre etnias e a instabilidade política. / Oriente Médio Arábia Saudita, Iraque, Síria, Jordânia, Palestina, Líbano, Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, barêin, cuáit, Irã, Afeganistão, Israel e Turquia – A região apresenta grandes conflitos geo­políticos, como o embate entre palestinos e israelenses. / Ásia Meridional Índia, Síri Lanca, Paquistão, Nepal, Butão e bãngladéch – O país mais importante economicamente é a Índia, que apresenta crescimento, mas também grandes desigualdades sociais. / Extremo Oriente China, Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, taiuã e Mongólia – Japão, Coreia do Sul e taiuã apresentam altos níveis de desenvolvimento. A China é um país emergente. A Coreia do Norte é uma república socialista. A Mongólia vive um processo de transição para o capitalismo.
    1. O surgimento de uma ilha devido à intensa atividade vulcânica.
    2. Porque o país se encontra em uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica, conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico.
    1. Ásia Central – planícies – altos planaltos – montanhas – espécies típicas de áreas desérticas – semiárido – desértico.
    2. Sudeste Asiático – Indochina – Malaia – Insulíndia – baixos planaltos – planícies – equatorial – tropical.
    3. Oriente Médio – Mesopotâmia – Tigre – Eufrates – árido – semiárido.
    1. Exploração de madeira, sobretudo pela indústria de móveis, e abertura de campos e pastos para a agropecuária.
    2. Não. A poluição ultrapassa o local onde é produzida e pode atingir outras regiões, gerando problemas ambientais.

CAPÍTULO 11 População, diversidade cultural e economia

A Ásia é o continente mais populoso do mundo. Possui regiões muito povoadas e outras com índices baixos de povoamento, por serem desérticas ou montanhosas.

A variedade religiosa também caracteriza o continente asiático, considerado o berço das três maiores religiões do planeta: o cristianismo, o islamismo e o hinduísmo. Muitas outras religiões são praticadas no continente, como o xintoísmo, no Japão, o judaísmo, em Israel, e o budismo, na China.

Existem no continente países com maior desenvolvimento, como Japão e Coreia do Sul, que apresentam economias dinâmicas, mão de obra altamente qualificada e altos níveis socioeconômicos; outros com índices altos e medianos, mas que apresentaram crescimento nas últimas décadas, como a China e os Tigres Asiáticos; e, finalmente, países com baixíssimos índices de desenvolvimento, como o Afeganistão e o Iêmen.

As atividades econômicas são muito diversificadas: há a prática da agricultura de subsistência, com pouca produtividade, a presença de indústrias que empregam mão de obra barata, campos com agricultura altamente mecanizada, indústrias que empregam alta tecnologia e elevados investimentos em pesquisa e ciência.

Fotografia. Vista panorâmica de uma área urbana de adensamento predominantemente horizontal. No primeiro plano, um grande muro de pedra em cor alaranjada cerca a área urbana. Próximo ao muro, diversas árvores. No segundo plano, uma edificação em tons de azul com uma abóboda dourada no centro. No terceiro plano, torres e edificações de diversos tipos e tamanhos em tons terrosos. Acima, céu azul e nuvens.
Vista panorâmica da cidade de Jerusalém, considerada sagrada por cristãos, muçulmanos e judeus. Israel, 2021.
Orientações e sugestões didáticas

Sobre o Capítulo

Este Capítulo tem o foco direcionado aos aspectos sociais da Ásia, abordando a população e considerando sua distribuição pelo continente, seu elevado crescimento demográfico e a desigualdade social, que acentuam a pressão sobre o uso dos recursos naturais. Também é abordada a diversidade religiosa no continente asiático, com destaque para o cristianismo, o islamismo e o hinduísmo, considerando o elemento religioso em posição de destaque por sua relevância e influência nas culturas asiáticas. Ao final do Capítulo, são apresentadas e caracterizadas as atividades econômicas do continente, que refletem espaços de produção bastante desiguais.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero três e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

ê éfe zero nove gê ê zero três: Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

ê éfe zero nove gê ê zero nove: Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

ê éfe zero nove gê ê um zero: Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.

ê éfe zero nove gê ê um dois: Relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil.

ê éfe zero nove gê ê um três: Analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima.

ê éfe zero nove gê ê um quatro: Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

ê éfe zero nove gê ê um cinco: Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

A população da Ásia

A Ásia reúne mais da metade da população mundial. A Índia e a China são os países mais populosos do continente – e do mundo –, somando cêrca de 2,8 bilhões de habitantes.

A distribuição da população pelo continente é irregular. Há áreas onde a densidade demográfica ultrapassa .1000 habitantes por quilômetro quadrado, como Bangladesh, e outras que registram menos de 10 habitantes por quilômetro quadrado, como desertos e altas montanhas.

PLANISFÉRIO: DENSIDADE DEMOGRÁFICA (2020)

Mapa. Planisfério: densidade demográfica, 2020. Mapa do mundo representando níveis de densidade demográfica.
Nível de densidade demográfica (habitantes por quilômetro quadrado).
Baixo: Canadá, área no extremo norte do Brasil, sul da Argentina, na porção norte da África, no norte da Rússia, no oeste da China, em grande parte da Austrália.
Médio: porção leste dos Estados Unidos, interior do México, costa atlântica do Brasil, noroeste do América do Sul, porção central e extremo norte da África, porção norte do Oriente Médio, e oeste da Europa.
Alto: Índia, centro da Europa, centro e leste da China, Japão e Sudeste Asiático.
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 2.695 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION. Population Density, v4.11 (2000, 2005, 2010, 2015, 2020). Socioeconomic Data and Applications Center, Nova iórque, Columbia University, 1997-2022. Seção Maps. Disponível em: https://oeds.link/FJZTLA. Acesso em: 26 abril. 2022.

Políticas de contrôle demográfico

Em termos absolutos, a população asiática está em crescimento. Os fatores que colaboram para esse fenômeno são as elevadas taxas de natalidade, associadas à redução da mortalidade ao longo do século vinte, possibilitadas pela melhoria das condições de higiene e pela ampliação do atendimento médico-hospitalar. No entanto, em termos relativos, a população tende a crescer menos na maioria dos países asiáticos, em alguns casos em decorrência de esforços governamentais para reduzir as taxas de natalidade.

Assim, alguns países chegaram a adotar medidas de contrôle de natalidade, como a Índia, que tem como principal política a esterilização de mulheres. Outro país conhecido por suas políticas de natalidade é a China, que durante mais de 30 anos proibiu casais de terem mais de um filho. Apenas os casais que vivessem no meio rural poderiam ter dois filhos, caso o primeiro fosse menina. Porém, em 2015, com as quedas das taxas de natalidade, o país começou a permitir que todos os casais tivessem dois filhos.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Retome com os estudantes os conceitos de população absoluta e relativa, demonstrando que os países asiáticos continuam crescendo se considerarmos o número total de habitantes; entretanto, ao considerarmos a população relativa, verificaremos que o crescimento não é alto.

Explique, brevemente, a diferença entre os conceitos malthusianos e neomalthusianos. No primeiro pensamento, em determinado momento o crescimento da população seria maior do que a produção de alimentos, o que nunca aconteceu de fato. Os neomalthusianos relacionavam o crescimento demográfico ao empobrecimento de um país e acreditavam que o Estado deveria controlar as taxas de natalidade.

Promova a leitura do planisfério para demonstrar a densidade demográfica no mundo e como fórma de trabalhar saberes geográficos relacionados à extensão, à delimitação e à analogia.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um cinco.

Desigualdades socioeconômicas

A Ásia é um continente marcado por desigualdades sociais. Grande parcela da população asiática é analfabeta e tem baixo poder aquisitivo.

Embora os indicadores sociais tenham apresentado melhora nos últimos anos, as taxas de mortalidade infantil continuam elevadas, e a expectativa de vida permanece baixa. No final da década de 2010, o analfabetismo atingia 61% dos afegãos e 42% dos paquistaneses.

Os melhores índices educacionais da Ásia são encontrados no Japão, na Coreia do Sul e em Israel, que possui quase 100% da população alfabetizada e mão de obra altamente qualificada.

O í dê agá (acompanhe exemplos no quadro) indica o nível de desenvolvimento humano de diferentes países. Já o Índice de Gini é utilizado para medir o grau de desigualdade na distribuição de renda em um país. Nesse índice, zero representa a igualdade absoluta e 100 a desigualdade absoluta (observe o mapa “Planisfério: distribuição de rendimentos (2018)”).

Ásia: IDH de países selecionados (2020)

País

IDH

Nível de desenvolvimento

Lugar no ranking

Japão

0,919

Muito alto

19

Coreia do Sul

0,916

Muito alto

23

Malásia

0,81

Alto

62

China

0,761

Alto

85

Turcomenistão

0,715

Médio

111

Índia

0,654

Médio

131

Síria

0,567

Baixo

151

Afeganistão

0,511

Baixo

169

Elaborado com base em dados obtidos em: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Global Human Development Indicators. Human Development Reports Nova iórque. Seção Country Profiles. Disponível em: https://oeds.link/0vGWCg. Acesso em: 27 abril. 2022.

PLANISFÉRIO: DISTRIBUIÇÃO DE RENDIMENTOS (2018)

Mapa. Planisfério: distribuição de rendimentos, 2018. Mapa representando o Índice de Gini por país. O Índice de Gini mede o grau de desigualdade na distribuição dos rendimentos da população de um país. O valor zero representa igualdade absoluta e o valor 100 representa desigualdade absoluta. Índice de Gini De 16,0 a 30,0: países da Escandinávia e Leste Europeu, Argélia, Cazaquistão, Iraque, entre outros. De 30,1 a 35,0: Canadá, Austrália, Mauritânia, Serra Leoa, Guiné, França, Itália, Alemanha, Polônia, Mongólia, Camboja, Japão, entre outros. De 35,1 a 40,0: Uruguai, Sudão, Etiópia, Índia, Irã, Rússia, Iêmen, Portugal, Espanha, Indonésia, Tailândia, Mianmar, entre outros. De 40,1 a 45,0: Argentina, Bolívia, Peru, Equador, Angola, República Democrática do Congo, Tunísia, Níger, Nigéria, China, Turquia, Estados Unidos, México, entre outros. De 45,1 a 63,0: Brasil, Honduras, Colômbia, Venezuela, Chile, Paraguai, Angola, Moçambique, África do Sul, República Centro-Africana, entre outros países da África e América Central. Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 3.400 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 34.

Ler o mapa

  1. O que significam as cores mais escuras na legenda e no mapa?
  2. Compare a desigualdade na distribuição de rendimentos nos países do continente asiático e no Brasil.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Cabe observar que, nesse imenso continente, somente Japão e Israel e, mais recentemente, a Coreia do Sul garantem boa qualidade de vida à maioria de seus habitantes.

O desenvolvimento econômico de países como Índia e China ocorre com base no modelo urbano-industrial (marcado por uma industrialização dependente de capital estrangeiro). Por isso, os impactos no meio ambiente são cada vez mais crescentes.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um quatro.

Respostas

Ler o mapa:

  1. As cores mais escuras indicam maior desigualdade na distribuição dos rendimentos da população do país.
  2. Entre os países mais populosos do continente asiático, o que apresenta maior desigualdade de rendimentos é a China. O Brasil tem distribuição de renda mais desigual do que quase todos os países asiáticos.
Meio ambiente.

Urbanização e pressão sobre o meio ambiente

Apesar de a população asiática ser predominantemente rural, existem no continente grandes aglomerações urbanas, como em Tóquio, em Jacarta, em Nova Délhi e em Manila.

As grandes concentrações populacionais ocorrem sobretudo nas regiões litorâneas, como o que se observa na China, no Vietnã e na Índia, mas também aparecem nas regiões interioranas que contam com a presença de grandes rios, como o ruãng rô (Amarelo) e o iãn sei (Azul), na China, o Ganges, na Índia, e o Indo, no Paquistão.

Como em outras regiões do planeta, a alta concentração populacional nas margens dos rios é preocupante, porque significa uma enorme pressão sobre as águas, que sofrem com a poluição e outros problemas ambientais, comprometendo o abastecimento da população.

Nas regiões com aglomerações urbanas, especialmente nos países em desenvolvimento, grande parte da população vive em situações precárias, com infraestrutura deficitária, como falta de saneamento básico e ausência de transporte público de qualidade. Países como o Afeganistão, o Camboja, a Índia, bãngladéch e Nepal apresentam grandes parcelas de sua população urbana vivendo em favelas.

População das grandes aglomerações urbanas asiáticas, em milhões (2021)

Tóquio (Japão)

39,1

Jacarta (Indonésia)

35,4

Nova Délhi (Índia)

31,9

Manila (Filipina)

24

Seul (Coreia do Sul)

22,4

Mumbai (Índia)

22,2

Xangai (China)

22,1

Elaborado com base em dados obtidos em: LARGEST urban agglomerations worldwide inby population. Statista, 2022. Seção istatistiquis. Disponível em: https://oeds.link/HUBg8C. Acesso em: 30 abril. 2022.

Fotografia. No centro, uma mulher de roupa e lenço laranja na cabeça caminhando com sacola e garrafas de água nas duas mãos. Ao redor dela, chão de terra com entulhos, lixo construções precárias. Dois cachorros estão na rua. Acima, céu com nuvens.
Na fotografia, é possível observar as condições precárias de moradia e de infraestrutura em uma parte da cidade de Daca, bãngladéch (2022).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Destaque o crescimento econômico apresentado pela China nas últimas décadas, fundamentado nos investimentos em infraestrutura e na plataforma de exportação. Se considerar necessário, retome com os estudantes as Zonas Especiais Econômicas e sua relação com a industrialização chinesa e com a atração de investimentos estrangeiros. Destaque que o crescimento do PIB chinês, entretanto, não está vinculado a um modelo sustentável de desenvolvimento do ponto de vista social e ambiental.

Este tópico possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um dois.

Texto complementar

Concentração de renda

Segundo o relatório sobre desigualdade no mundo, produzido pelo economista francês tomá piquetí:

A concentração de renda no topo da pirâmide social é maior no Brasil do que em muitos países ricos, mas ela tem crescido mais aceleradamente na China, na Rússia e na Índia reticências. O relatório, que será divulgado na abertura de uma conferência de dois dias em Paris, diz que a metade mais pobre da população mundial viu sua renda crescer de fórma significativa nas últimas três décadas, mas sugere que uma elite formada por 1% dos habitantes do planeta ficou com um pedaço maior da riqueza produzida no período reticências. Para os autores do documento, o fato de a concentração de renda no topo ter permanecido estável no Brasil e aumentado em outras economias emergentes nos últimos anos reflete as diferenças entre as políticas adotadas pelos governos desses países.

BALTHAZAR, Ricardo. Desigualdade é maior no Brasil, mas cresce mais na China, afirma relatório. Folha de São Paulo, 14 dezembro. 2017. Caderno Mercado.

Ícone. Seção Em prática. Composto por um mapa e um pino de localização sobre o mapa.

Em prática

Cidadania e civismo.

Desigualdade de gênero

As desigualdades sociais do continente asiático também podem ser observadas por meio das diferenças nas relações de gênero, isto é, nos tratamentos distintos dados a homens e mulheres. As desigualdades de gênero ocorrem na discriminação contra as mulheres nas distintas oportunidades de trabalho, nas diferenças salariais, nos baixos indicadores de ensino formal feminino e até nos elevados índices de violência doméstica.

Algumas regiões do continente asiático, quando comparadas com outras regiões do mundo, apresentam indicadores mais alarmantes em diversos aspectos das desigualdades de gênero.

Segundo projeções da ônu, em 2019, cêrca de 9 milhões de meninas entre 6 e 11 anos no mundo todo nunca iriam ter acesso à educação formal, ou seja, não iriam encontrar em momento algum da vida a oportunidade de ir à escola e aprender a ler e a escrever. Em contrapartida, a mesma situação deveria afetar um número bem menor de meninos, cêrca de 3 milhões. Esse tipo de desigualdade é especialmente grave na África Subsaariana e em alguns países da Ásia, como o Afeganistão e o Paquistão.

No mapa, é possível visualizar os índices de desigualdade de gênero em diversos países. Quanto maior o índice, maiores são as disparidades entre homens e mulheres.

PLANISFÉRIO: DESIGUALDADE DE GÊNERO (2019)

Mapa. Planisfério: desigualdade de gênero, 2019. Mapa mostrando o índice de desigualdade de gênero por país. Índice de desigualdade de gênero. Menos de 0,15: Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Suécia, Finlândia, Noruega, Islândia, Irlanda, Polônia, Grécia e outros países da Europa. De 0,15 a 0,30: Estados Unidos, Líbia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Ucrânia, Cazaquistão, China, Uruguai e alguns outros. De 0,31 a 0,45: Brasil, Suriname, México, Colômbia, Peru, Equador, Chile, Argentina, Egito, Argélia, Turquia, Mongólia, Vietnã, África do Sul, Romênia, Sri Lanka, Tailândia, Vietnã, Filipinas, entre outros. De 0,46 a 0,60: Venezuela, Paraguai, Bolívia, Guiana, Namíbia, Moçambique, Marrocos, Etiópia, Quênia, Uganda, Honduras, Índia, Paquistão, Irã, Iraque, Mianmar, Indonésia, Malásia, entre outros. Mais de 0,60: Afeganistão, Papua Nova Guiné, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Mauritânia, Afeganistão, Iêmen, entre outros. Sem dados: Angola, Somália, Groenlândia, entre outros. Na parte inferior direita, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 3.350 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: Gender Inequality. Views of the World. Disponível em: https://oeds.link/Xi8XDI. Acesso em: 30 abril. 2022.

A igualdade de gênero deve ser um interesse de todos, pois a discriminação contra as mulheres prejudica a sociedade inteira, perpetuando as injustiças sociais.

  1. Que recurso visual foi empregado no mapa para representar o índice de desigualdade de gênero?
  2. De acordo com o mapa, quais países do continente asiático apresentam elevados índices de desigualdade de gênero?
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

A seção possibilita desenvolver a seguinte Competência Geral da Educação Básica: (1) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

É importante que os estudantes percebam que podem existir desigualdades de oportunidades entre as pessoas, caracterizadas por motivos diversos, como diferenças econômicas e étnicas. Chamamos de desigualdade de gênero quando essas diferenças de oportunidades são movidas exclusivamente pelo fato de uma pessoa ser do gênero feminino. Assim, em um grupo populacional com as mesmas características econômicas, é possível que exista desigualdade entre homens e mulheres; estas, com menos acesso a oportunidades.

A abordagem da desigualdade de gênero está relacionada com o tema contemporâneo Educação em Direitos Humanos.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um quatro.

Atividade complementar

Organize a turma em grupos para realizar uma pesquisa a respeito das disparidades entre mulheres e homens no Brasil e na Ásia. Oriente os estudantes a pesquisar temas como os sugeridos a seguir, procurando obter informações como seus conceitos e dados estatísticos:

  • diferenças salariais;
  • divisão do trabalho doméstico;
  • divisão de cuidado com os filhos;
  • violência doméstica;
  • feminicídio.

Os estudantes devem apresentar os dados do Brasil sobre cada um dos temas e uma comparação com um país da Ásia, a critério do grupo.

A pesquisa pode ser realizada em diferentes fontes, como instituições de pesquisa, artigos científicos e jornais. É possível ampliar a proposta incluindo entrevistas ou aplicação de questionários sobre a percepção das pessoas em relação à desigualdade de gênero ou, ainda, sobre a fórma como essa desigualdade pode ser percebida nas produções artísticas e publicitárias ao longo do tempo.

Nesta atividade, podem ser trabalhadas práticas de pesquisa como: revisão bibliográfica, análise documental, construção e uso de questionários, entrevistas, estudo de recepção, análise de mídias sociais e construção de relatórios.

Respostas

  1. Para representar os indicadores de desigualdade de gênero foram utilizadas diferentes cores.
  2. Os países asiáticos que apresentam os índices mais altos de desigualdade de gênero são o Afeganistão e o Iêmen.
Multiculturalismo

Diversidade cultural e religiosa

A Ásia abriga diversos povos e culturas. No continente, coexistem muitas línguas e dialetos. Os idiomas mais difundidos são o mandarim, o hindi, o árabe, o japonês, bem como os idiomas eslavos e o inglês.

No que diz respeito às religiões, observa-se a prática do islamismo no Oriente Médio e parte da Ásia, do hinduísmo e do budismo na Ásia Meridional e no Sudeste Asiático. O cristianismo é praticado por diversos grupos dispersos pelo continente.

No entanto, nem sempre a pluralidade religiosa na Ásia se baseia na tolerância e na boa convivência entre os povos. Na atualidade, existem no continente conflitos religiosos e territoriais, por exemplo, entre árabes e judeus em Israel e na Palestina, tibetanos e chineses no Tibete, muçulmanos, hinduístas e sikhsglossário na Caxemira. Um estudo de 2019 abrangendo 198 países identificou que, entre os oito com os mais elevados índices de hostilidades envolvendo a religiosidade, sete se encontravam na Ásia. Observe os dados do quadro.

Países com maior número de hostilidades envolvendo religião (2019)

Índia

Ásia

Paquistão

Ásia

Sri Lanka

Ásia

Síria

Ásia

Iraque

Ásia

Líbia

Ásia

Israel

Ásia

Nigéria

África

Elaborado com base em dados obtidos em: PEW Research Center. Countries with very high social hostilities involving religion. In: PEW RESEARCH CENTER. Globally, social hostilities related to religion decline in 2019... Washington, D.C: Pew Research Center, 2021.Disponível em: https://oeds.link/jNxXyw. Acesso em: 30 abril. 2022.

Fotografia. Em um espaço público, à noite, há muitas mulheres e crianças vestidas com lenço na cabeça. Elas estão de frente e aglomeradas. Há alguns postes de aquecimento no local, entre as pessoas. Ao fundo, em uma parte menos iluminada, muitas pessoas de pé com a lanterna do celular acesa.
Mulheres protestam em defesa da liberdade religiosa em Nova délhi, Índia (2019).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Durante o desenvolvimento do tema, esteja atento para que não haja disseminação de preconceitos entre os estudantes, alertando-os sobre o fato de não existir uma manifestação cultural ou religiosa mais correta ou melhor que a outra.

Este tópico está relacionado com o tema contemporâneo Diversidade cultural.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero três e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Texto complementar

Um pouco de História

Segundo estudiosos, os primeiros habitantes da Ásia Central eram nômades. Para saber mais sobre a história dessa região, leia o texto:

Os nomes regionais “Transoxiana” ou “”, entre outras designações para a Ásia Central, resultaram das invasões estrangeiras reticências. À governação árabe, durante os séculos nove e dez, sucedeu a dinastia Samanid da Pérsia reticências. A era do Grande cãn dos mongóis teve início no século treze reticências. O império de gêngis cãndeixou um legado de línguas túrquicas, que substituíram o persa e o árabe reticências. Os mongóis destruíram os principais centros de aprendizagem e comércio persas e árabes, o que contribuiu para que as línguas túrquicas se tornassem dominantes na região reticências.

Segundo ríê lí reticências, “os russos tiveram um primeiro contato com a Ásia Central em 1715 reticências”. A partir de então, os vales da Ásia Central foram divididos em três canatos: bucara (oásis de zerávchã), quíva (a jusante do amúr dária) e cocande (Vale de Fergana) reticências. As invasões estrangeiras não se limitaram a atos de conquista, a medida em que geravam uma vasta interação cultural, proporcionando uma fusão de culturas, línguas, religiões e pessoas, que contribuíram para que a noção de identidade na região se tornasse extremamente complexa reticências. As principais instituições informais centro-asiáticas que provaram resistir à passagem do tempo foram as tribos e os clãs reticências.

DUARTE, Paulo. Ásia Central: a geopolítica do centro do mundo. Revista de Geopolítica, Natal, volume5, número 2, página 79-96, 2016.

Ícone. Seção Integrar conhecimentos. Composto por uma mão segurando um globo formado de peças de quebra-cabeça.

Integrar conhecimentos

Geografia e História

Multiculturalismo

Ásia: berço das religiões

As três maiores religiões em número de seguidores do mundo originaram-se na Ásia: o cristianismo, o islamismo e o hinduísmo. Observe o infográfico.

Características dos principais grupos religiosos presentes na Ásia

Infográfico. Características dos principais grupos religiosos presentes na Ásia. Infográfico composto por mapa da Ásia, ilustrações e textos descritivos sobre as principais religiões do continente. No mapa, cores representam a religião predominante em cada país. Cristianismo, em amarelo: Filipinas,  Coreia do Sul e Timor Leste. Islamismo, em verde: Turquia, Síria, Palestina, Líbano, Jordânia, Iraque, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Omã, Catar, Barein, Irã, Paquistão, Afeganistão, Turcomenistão, Uzbequistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Bangladesh, Malásia, Cingapura, Indonésia e Brunei. Hinduísmo, em rosa: Índia, Punjab e Nepal. Budismo, em laranja: Mongólia, China (República Popular), Coreia do Norte, Taiwan, Sri Lanka, Mianmar, Laos, Tailândia, Vietnã, Camboja, Butão. Outras, em lilás: Japão. Judaísmo: Israel. Budismo No mapa, destaque para a China. Ilustração: estátua de Buda dourado, sentado com os joelhos dobrados e as mãos sobre as pernas Texto: Originário da Índia, o budismo é bastante difundido na China. No mundo, eles somam quase 500 milhões. Xintoísmo No mapa, destaque para o Japão. Ilustração: portal vermelho. Texto: Religião tradicional japonesa, o xintoísmo reverencia os espíritos da natureza. Sikhs No mapa, destaque para o Punjab, localizado no norte da Índia e nordeste do Paquistão. Ilustração: pessoa sentada com joelhos dobrados, as mãos dobradas para cima e ao redor linhas douradas. Texto: Com base em sua identidade religiosa, os sikhs desejam criar um Estado independente no Punjab, região situada entre a Índia e o Paquistão. Judaísmo No mapa, destaque para Israel. Ilustração: estrela de seis pontas. Texto: Hegemônico em Israel, o judaísmo tem presença restrita em outros países asiáticos. Islamismo No mapa, destaque para a Arábia Saudita. Ilustração: uma lua crescente e uma estrela azul. Texto: Com cerca de 1,6 bilhão de adeptos, o islamismo é a religião que mais cresce no mundo. Hinduísmo Destaque para a Índia. Ilustração: divindade com quatro braços. Ao lado, há uma pessoa menor agachada e com um instrumento tocando os pés da divindade. Texto descritivo: Com mais de 1 bilhão de adeptos, essa religião politeísta, ou seja, com vários deuses, tem origem na Índia. Cristianismo Destaque para as Filipinas. Ilustração: cruz com desenhos dourados. Texto descritivo: Muito difundido nas Filipinas, o cristianismo é praticado esparsamente no restante da Ásia. No mundo, mais de 2 bilhões de pessoas o seguem. Na parte inferior direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 950 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: calendário atlânte di agostíni 2008. Novara: , 2008. página. 267-1103; ôu bráien djoêne pólmer mártin. O atlas das religiões: o mapeamento completo de todas as crenças. São Paulo: Publifolha, 2008. página. 22-32; THE FUTURE of world religions: population growth projections,tuêni tén tuêni fífti. Pew Research, Washington, D.C., 2 abril. 2015. Seção Research Topics. Disponível em: https://oeds.link/Ci1n12. Acesso em: 30 abril. 2022.
  1. Elabore um breve texto descrevendo a distribuição espacial das principais religiões do continente asiático.
  2. Cite as principais diferenças e semelhanças entre as três maiores religiões que se originaram na Ásia.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

A diversidade religiosa asiática pode ser abordada em caráter interdisciplinar com o professor de História. Se julgar pertinente, complemente as atividades da seção organizando os estudantes em grupos e solicitando uma pesquisa sobre as principais características das religiões mais populares no continente. Cada grupo pode pesquisar uma dessas religiões.

Esta seção possibilita a abordagem do tema contemporâneo Diversidade cultural.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero três e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Respostas

  1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes, com base na interpretação do infográfico, indiquem que a religião islâmica está predominantemente presente na porção oeste do continente asiático, isto é, nos países do Oriente Médio e nas ex-repúblicas soviéticas situadas na Ásia. A Indonésia também é um país cuja religião predominante é o islamismo. Na Índia e nos países situados na fronteira norte desse país predomina o hinduísmo. O budismo é predominante nos países da península da Indochina, na Coreia do Norte e na Mongólia, e o cristianismo predomina nas Filipinas e na Coreia do Sul. Por fim, no Japão predomina a religião xintoísta.
  2. Entre as três maiores religiões que se originaram na Ásia, a cristã e a islâmica apresentam mais semelhanças, pois são monoteístas e seus seguidores creem em figuras centrais, como Maomé e Jesus Cristo, e nos preceitos de livros sagrados, o Alcorão e a Bíblia. Já a religião hinduísta se difere por ter diversas divindades com diferentes nomes e fórmas e por se associar a conteúdos filosóficos.

Agropecuária

Grande parte da população da Ásia se concentra em áreas rurais, e suas atividades estão voltadas para o setor primário da economia. A agropecuária e a exploração dos recursos naturais são atividades fundamentais, sobretudo para os países em desenvolvimento no continente.

Agricultura

A agricultura praticada na Ásia varia em termos do tipo de cultura, do nível de tecnologia empregada e do destino da produção. Em geral, as atividades agrícolas no continente asiático são realizadas com pouca tecnologia, baixo nível de mecanização e emprego de mão de obra familiar, e a produção é destinada basicamente ao consumo interno. Vários povos praticam a agricultura de subsistência, para consumo da própria família. Porém, há países, como Japão e Israel, que empregam técnicas modernas com alta produtividade.

Em áreas tropicais, são comuns as plantations, propriedades agrícolas cuja produção é voltada para a exportação. Resquício do colonialismo europeu, nessas propriedades agrícolas monocultoras são cultivados produtos tropicais, como café, tabaco, algodão, frutas, chá, cana-de-açúcar, entre outros.

A rizicultura ocupa grandes áreas de plantio no continente asiático. China e Índia são os dois maiores produtores mundiais de arroz, seguidos por bãngladéch e Vietnã. Os cereais são plantados em regiões mais setentrionais, como Cazaquistão, Uzbequistão e Rússia.

Fotografia. Destaque para plantação de arroz com folhas verdes, pequenas e finas em um terreno levemente alagado. Sobre o terreno, cinco pessoas ao lado uma da outra, agachadas e com as mãos esticadas na direção às plantas. Ao fundo, algumas construções e árvores.
O arroz está na base da alimentação das populações da Índia, bem como do leste e do sudeste da Ásia. Na fotografia, pessoas semeiam arroz em rângpúr, bãngladéch (2020).

Pecuária

A pecuária na Ásia é praticada, principalmente, de fórma extensiva, e a maior parte da produção é voltada para a subsistência. Os principais rebanhos são de bovinos, suínos, ovinos e bufalinos.

Esse tipo de atividade é realizado em amplas extensões de terra na Ásia Central e no Oriente Médio, áreas com vegetação de baixo porte (como as estepes) utilizadas como pastagens.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Destaque que as diferenças existentes no continente asiático também estão presentes nas atividades econômicas, ressaltando a importância da agropecuária e da exploração dos recursos minerais na composição do Píbi de muitos países. É importante os estudantes perceberem que na mesma atividade econômica, no caso, a agropecuária, as características das técnicas empregadas são diferentes: enquanto em vários países se pratica uma agricultura tradicional, caracterizada pela produção de subsistência e pela baixa mecanização, países como Japão e Israel empregam técnicas modernas que garantem altíssima produtividade.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o estudante:

quinaburri. Direção: dêni cúqui. Filipinas, 2015. Duração: 15 minutos.

O curta-metragem retrata a vida dos trabalhadores filipinos na extração de coco, lutando diariamente para garantir seu sustento.

Atividade complementar

Exiba o curta-metragem quinaburri e proponha aos estudantes que realizem uma resenha crítica sobre a obra. Para isso, além das informações abordadas no vídeo, a resenha deve conter a análise dos estudantes referente ao que foi exposto. Aproveite o tema sobre precarização do trabalho para abordar os conceitos de trabalho em condições análogas às de escravidão e a situação da mão de obra em algumas regiões da Ásia.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um zero e ê éfe zero nove gê ê um três.

Indústria

Nos últimos anos, o continente asiático passou por um processo de intensa industrialização, que ficou concentrado, porém, em alguns países. De modo geral, o crescimento econômico e industrial asiático ocorreu por meio de políticas de curto e médio prazos, que atraíram indústrias de outros países em combinação com altos investimentos em educação e desenvolvimento de tecnologia.

Entre os países asiáticos, o Japão figura como o mais industrializado, apresentando modernos sistemas de produção, que são referências mundiais nos setores de informática, robótica, eletroeletrônico e automobilístico.

A indústria da Coreia do Sul, embora seja mais recente, atua em diversos setores, desde automobilístico até o naval. O crescimento da indústria de alta tecnologia nestes países está diretamente ligado aos volumosos recursos investidos em universidades e institutos de pesquisa.

No Sudeste Asiático, o processo de industrialização ocorreu de maneira acelerada nas últimas décadas em taiuã, Coreia do Sul, Cingapura, Róng Kóng e, mais recentemente, na Malásia, no Vietnã, na Indonésia, nas Filipinas e na Tailândia. Nesse grupo de países, os parques industriais se desenvolveram principalmente por meio da produção e da exportação em larga escala de artigos com preços altamente competitivos no mercado internacional.

A Índia também apresentou considerável crescimento industrial nas últimas décadas, sobretudo nos setores mecânico, têxtil, siderúrgico e de informática. O nível de instrução mais elevado de uma parcela da população indiana formou uma elite atuante em setores de tecnologia sofisticada, entre os quais sobressaem os de informática, microeletrônica e medicamentos.

Já a China tem apresentado um dos mais elevados índices de crescimento do mundo, em boa parte em razão da mão de obra abundante e barata, da grande disponibilidade de matéria-prima e da presença de um mercado consumidor crescente.

Fotografia. Destaque para uma linha de produção industrial, com uma bancada no centro e ferragens de bicicletas sobre ela. Ao redor da bancada, diversas pessoas segurando ferramentas e manuseando as ferragens. Ao fundo, outros equipamentos industriais.
Trabalhadores em indústria de bicicletas em chânguá, taiuã (2020). A produção de bicicletas no país representa grande parte do que é fabricado em todo o mundo.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Ao abordar o setor secundário, é importante destacar a restrita distribuição espacial da indústria, concentrada em alguns países do continente. Nesse contexto, destaque a crescente industrialização dos Tigres Asiáticos e da China, que serão estudados de fórma mais aprofundada na próxima Unidade. Estimule os estudantes a comparar o processo de industrialização na China ao ocorrido no Japão no que diz respeito ao contexto econômico em que se iniciaram, a mão de obra em cada país e a produção.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um zero e ê éfe zero nove gê ê um três.

Ícone, indicação de livro.

Sugestão para o professor:

mêison cólin. Uma breve história da Ásia. Petrópolis: Vozes, 2017.

Essa obra traça um panorama da atual configuração da Ásia, relacionando-a com a história do continente.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. Com base no gráfico, o que é possível afirmar sobre a população asiática?

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO EM PAÍSES ASIÁTICOS SELECIONADOS (2020)

Gráfico. Distribuição da população em países asiáticos selecionados, 2020. Gráfico de barras mostrando a porcentagem de população urbana e rural em alguns países do continente asiático. Os países estão apresentados no eixo vertical e a porcentagem de população urbana e rural está apresentada no eixo horizontal. Para população urbana, barras em vermelho. Para população rural, barras em verde. Afeganistão. População urbana: 26%; População rural: 74%. Bangladesh. População urbana: 38%; População rural: 62%. Camboja. População urbana: 24%; População rural: 76%. China. População urbana: 61%; População rural: 39%. Cingapura. População urbana: 100,0%; População rural: 0,0%. Coreia do Sul. População urbana: 81%; População rural: 19%. Índia. População urbana: 35%; População rural: 65%. Indonésia. População urbana: 57%; População rural: 43%. Japão. População urbana: 92%; População rural: 8%. Vietnã. População urbana: 37%; População rural: 63%.
Elaborado com base em dados obtidos em: THE WORLD BANK. Rural population (projeção). Data Bank, Washington, D.C., 2020. Disponível em: https://oeds.link/FbTOWd. Acesso em: 30 abril. 2022.

2. Leia a notícia a seguir sobre o fim da política do filho único na China.

O Partido Comunista da China anunciou nesta quinta-feira (29) o fim da política do filho único, permitindo que agora cada casal tenha até dois filhos.

O anúncio foi feito na reunião anual do partido. Todos os casais do país poderão agora ter dois filhos, uma reforma que põe fim a mais de 30 anos da política que limitava os nascimentos no país.

Desde o fim de 2013 a China já adota medidas de relaxamento do contrôle de natalidade. Apesar das mudanças, pesquisas mostraram que o número de chineses que querem ter o segundo filho ficou abaixo do esperado.

reticências

O governo chinês sempre defendeu que a restrição ao número de filhos, sobretudo em áreas urbanas, contribuiu para o desenvolvimento do país e para a saída da pobreza de mais de 400 milhões nas últimas três décadas. No entanto, também admitiu que estava chegando a hora de essa política ser encerrada.

O envelhecimento rápido da população está entre os efeitos secundários mais prejudiciais da política do filho único para a China. reticências

China acaba com a política do filho único e permitirá duas crianças por casal. gê um, 29 outubro. 2015. Seção Mundo. Disponível em: https://oeds.link/mj1VTV. Acesso em: 30 abril. 2022.

  1. Por que o governo chinês estabeleceu a política do filho único?
  2. Qual problema a China provavelmente enfrentará em decorrência dessa política?
  3. Na sua opinião, por que os chineses não querem ter mais filhos?
Orientações e sugestões didáticas

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados à habilidade:

ê éfe zero nove gê ê zero nove (atividades 1 e 2)

Respostas

  1. Grande parte da população ainda vive no campo. Dos 10 países selecionados, metade possui a população rural maior que a urbana.
    1. O governo chinês queria diminuir o avançado crescimento populacional do país, que era, e ainda é, o mais populoso do mundo. De acordo com o governo, essa medida era uma maneira de diminuir a pobreza no país.
    2. Além de a população crescer menos, posteriormente haverá diminuição da população economicamente ativa, o que vai impactar na economia chinesa, devido ao decréscimo da mão de obra no país e ao envelhecimento da população.
    3. Resposta pessoal. Se julgar pertinente, comente que houve aumento no padrão de vida das famílias chinesas, o que impactou diretamente nos custos de ter um filho e sustentar a família. Por isso, muitas famílias não querem ter mais filhos.

Ícone. Seção Ser no mundo. Composto por um globo terrestre e uma linha laranja ao seu redor.

Ser no mundo

Meio ambiente.

Desenvolvimento industrial chinês e meio ambiente

A população chinesa está espalhada de fórma desigual no território. A porção oeste apresenta vazios demográficos em virtude da presença de áreas desérticas e de elevadas altitudes, que dificultam a ocupação. É nessa região que está situada a província de quíngái, grande parte localizada em deserto. Atualmente, abriga cêrca de 6 milhões de habitantes, de diversos grupos étnicos, como os (54%) e os tibetanos (21%). Observe a localização da província no mapa e, em seguida, leia a reportagem.

CHINA: LOCALIZAÇÃO DA PROVÍNCIA DE quíngái

Mapa. China: localização da província de Qinghai. Mapa da China com sua divisão em províncias e a província de Qinghai, na porção central do território, em laranja. A capital de Qinghai é a cidade de Xining, na porção nordeste da província. Na parte inferior esquerda, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 445 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: Ferreira, Graça M. L. Atlas Geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 104.

A poluição atinge até o paraíso mais remoto da China

Luta contra a degradação ambiental é uma prioridade na agenda do Partido Comunista

Os vales alpinos da província de quíngái, no oeste da China, parecem um paraíso. As pradarias se estendem até onde a vista alcança. O ar é tão puro que duas irmãs acabam de abrir uma loja on-line para vendê-lo em saquinhos. No seu solo se encontra o maior parque de energia solar da China; durante uma semana neste verão, a região se abasteceu exclusivamente de energias limpas. O Planalto Tibetano, do qual é parte, é chamado de “o terceiro polo” do mundo e considerado o grande pulmão desta China asfixiada pela poluição atmosférica.

Orientações e sugestões didáticas

Seção Ser no mundo

Esta seção apresenta variadas etnias e manifestações culturais presentes no território chinês e discute os problemas ambientais do país à medida que aumenta a produção industrial.

O tema abordado está em consonância com a seguinte Competência Geral da Educação Básica: (7) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

A abordagem desta seção possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

Habilidades

ê éfe zero nove gê ê zero três: Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como fórma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

ê éfe zero nove gê ê zero quatro: Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

ê éfe zero nove gê ê um zero: Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.

Mas mesmo neste paraíso há zonas com veneno. “Os nossos animais andaram perdendo os dentes, por causa da poluição”, queixa-se dórdji, um camponês de 40 anos, de etnia tibetana, assentado em daotâng, uma pequena localidade a cêrca de 100 quilômetros de chiníng, capital e um dos centros industriais da província.

dórdji atribui os problemas dos seus rebanhos, e de outros da região, à poluição que chega de chiníng, uma cidade que nos últimos anos figurou entre as mais contaminadas da China. É difícil afirmar com segurança, pois mineradoras também atuam nessa mesma área e são apontadas por outros pecuaristas como as culpadas. reticências

reticências O meio ambiente pagou o preço da rápida industrialização e crescimento econômico da China. Não se trata só do ar: dois terços dos rios do país estão sujos, alguns a tal ponto que o consumo da sua água é perigoso para seres humanos e animais. Quase 20% do solo cultivável contém elementos nocivos.

A China declarou “guerra à poluição” em 2014, depois que sucessivos episódios graves de poluição em Pequim deram a volta ao mundo. Desde então, o Governo adotou medidas como o fechamento de fábricas sujas, a imposição de duros padrões de emissões e inspeções rigorosas. Criou planos de ação específicos para lutar contra a poluição do ar, do solo e da água. reticências Segundo a ônguiGreenpeace, na última primavera chinesa um terço das cidades teve piora na qualidade do ar em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nem mesmo as províncias menos industrializadas se livram da poluição e da mudança climática causadas pela ação humana.

reticências

Os ambientalistas denunciam com regularidade os efeitos nocivos dessa exploração para o ecossistema de uma zona vital para a China e o mundo, onde nascem alguns dos principais rios da Ásia. Para a população tibetana, que se ressente dos efeitos sobre a água e os pastos, a exploração mineral representa um ataque aos seus valores religiosos e a uma natureza com a qual há séculos convivem em harmonia. Ativistas pressionam para que algumas áreas de quíngái sejam declaradas “lugares naturais sagrados”, sob o contrôle da comunidade tibetana.

, Macarena Vidal. A poluição atinge até o paraíso mais remoto da China. El País, 17 outubro. 2017. Seção Internacional. Disponível em: https://oeds.link/PfcsnF. Acesso em: 30 abril. 2022.

De acordo com o que foi exposto no texto, responda:

  1. Quais problemas vêm sendo enfrentados pela população tibetana da província de quíngái?
  2. Quais medidas vêm sendo adotadas pelo governo chinês para frear os impactos socioambientais provocados pelo intenso desenvolvimento industrial das últimas décadas?
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. A população tibetana vem enfrentando a poluição, que chega da cidade de chiníng, importante centro industrial da região, e das mineradoras que atuam nessa mesma área. De acordo com os ambientalistas, as atividades industriais e de exploração de matéria-prima, além de serem nocivas para o ecossistema da região (onde se localizam as nascentes de alguns dos principais rios da Ásia), representam um ataque aos valores religiosos da população tibetana e seu modo de vida ligado à natureza. Por isso, os ativistas pressionam para que algumas áreas de quíngái sejam declaradas “lugares naturais sagrados”, sob o contrôle da comunidade tibetana.
  2. O governo da China vem adotando medidas rigorosas de contrôle da poluição ambiental desde 2014, como fechamento de fábricas poluentes, imposição de duros padrões de emissões, inspeções rigorosas e criação de planos de ação específicos contra a poluição do ar, do solo e da água.

Questões para autoavaliação

Nesta Unidade, as questões sugeridas para autoavaliação – e que também podem ser utilizadas, a seu critério, para o diagnóstico do grau de aprendizagem dos estudantes – são as seguintes:

  1. Como é o relevo e quais são os tipos de clima e vegetação que ocorrem na Ásia?
  2. Como o continente asiático pode ser regionalizado?
  3. O que é possível afirmar sobre a agricultura no continente?
  4. Como a indústria se desenvolveu na Ásia?
  5. Quais aspectos demográficos podem ser ressaltados a respeito da Ásia?
  6. Quais são os aspectos sociais mais relevantes na Ásia?
  7. Por que a Ásia é considerada o berço das religiões? Quais são as principais religiões do continente?

Glossário

Permafrost
Tipo de solo que fica congelado durante o ano inteiro. Muito comum na região ártica, é composto de terra, rochas e água em estado sólido (gelo).
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Estepe
 Formação vegetal rasteira dominada por gramíneas em regiões marcadas por baixas precipitações.
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Sikhs
 Seguidores do siquísmo, religião com aproximadamente 500 anos de existência, originária da região do Punjab (localizada entre a Índia e o Paquistão). Esse grupo reúne cêrca de 25 milhões de pessoas, que desejam criar um Estado independente com base em sua identidade religiosa.
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