UNIDADE seis  Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos

Fotografia. No primeiro plano, vista para uma linha de montagem industrial, com destaque para uma mulher de pé, usando um uniforme verde, com touca azul e avental vermelho, manuseando uma máquina apoiada sobre uma bancada. No segundo plano, ao fundo, outra pessoa de frente para a bancada, manuseando outra máquina.
Trabalhadores em linha de montagem de indústria da província de djiãn su, China (2021). A indústria chinesa vem passando por um intenso processo de modernização tecnológica.
Orientações e sugestões didáticas

Apresentação

Esta Unidade relaciona-se às seguintes Unidades Temáticas da Bê êne cê cê: O sujeito e seu lugar no mundo, Conexões e escalas, Mundo do trabalho, fórmas de representação e pensamento espacial e Natureza, ambientes e qualidade de vida.

A Unidade trabalhará as Competência Gerais da Educação Básica número 3, número 6 e número 7, transcritas nas “Orientações Gerais” deste Manual do Professor.

Em consonância com as Competências Específicas do Componente Curricular Geografia, os conteúdos trabalhados nesta Unidade (no texto principal, nas seções e nas atividades propostas) buscam levar os estudantes a: (2) Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das fórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história; (3) Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem; (6) Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

Fotografia. Vista do espaço interno de uma sala com três pessoas, duas delas idosas, pedalando em bicicletas ergométricas. As pessoas vestem roupas esportivas coloridas.
Uma das principais características do Japão é a longevidade da população, o que reflete a qualidade de vida a que a maior parte dos japoneses tem acesso. Chiba, Japão, 2021.

Nesta Unidade, estudaremos alguns países e territórios que são destaque no continente asiático: a China, o Japão e os que compõem o grupo chamado de “Tigres Asiáticos”.

O Japão passou por uma ampla reconstrução após a Segunda Guerra Mundial e se tornou um país com elevado nível de desenvolvimento econômico e social. Na China, o desenvolvimento econômico é mais recente, ganhando impulso nas últimas décadas. Os países e territórios que ficaram conhecidos como Tigres Asiáticos, por sua vez, tiveram um grande desenvolvimento econômico nas décadas de 1980 e de 1990.

Você sabe como a China, um país socialista, tornou-se uma potência econômica no século vinte e um, superando o Japão? E sabe dizer quais são os Tigres Asiáticos? Você usa produtos fabricados em alguns desses países?

Você verá nesta Unidade:

Da China socialista à abertura econômica

Economia, população e a China como potência regional

Economia e população do Japão

Aspectos gerais dos Tigres Asiáticos

Orientações e sugestões didáticas

Nesta Unidade

Esta Unidade trata, inicialmente, dos aspectos da China no século vinte e um. Em seguida é feita uma abordagem histórica da formação desse país, sua revolução cultural, a passagem para o socialismo e sua abertura econômica, já no século vinte. Além disso, são tratadas as características da produção agropecuária, a matriz energética e a influência geopolítica do país em diversas áreas do mundo – com destaque para os recentes investimentos chineses no continente africano.

Em seguida, o Japão é o tema de trabalho, a partir de sua população e economia, que tornam esse um dos países mais relevantes no cenário econômico e político contemporâneo.

Concluindo esta Unidade, serão tratadas as características de Cingapura, rrong , taiuã e Coreia do Sul para compreensão desse grupo de países, conhecidos como Tigres Asiáticos.

São trabalhados ao longo da Unidade os seguintes Objetos de conhecimento:

  • As manifestações culturais na formação populacional.
  • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.
  • Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial.
  • Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas.
  • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras fórmas de representação para analisar informações geográficas.
  • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania.

CAPÍTULO 12 A China no século vinte e um

A China é o terceiro maior país do mundo em extensão e abrigava em 2022 a maior população do planeta, com mais de 1,4 bilhão de pessoas – número até então pouco maior que o da população da Índia e muito superior ao de habitantes dos Estados Unidos, terceiro país mais populoso, com menos de 330 milhões de pessoas.

Com mais de 5 mil anos de história, a China passou do artesanato e da agricultura rudimentar aos projetos aeroespaciais do século vinte e um, enfrentou interesses de países imperialistas e viveu uma revolução que implantou o socialismo no país.

O socialismo na China foi instituído após uma guerra civil que levou Mao tsé tungui ao poder. Com a morte de Mao, em 1976, assumiu o poder dãn chiáo pín, que promoveu uma série de reformas econômicas a partir da década de 1980. Tais reformas proporcionaram à China altas taxas de crescimento econômico e aumentos significativos da renda per cápita, tirando milhões de chineses da situação de pobreza. Contudo, não houve mudanças no sistema político, e o poder permanece centralizado no Partido Comunista.

Fotografia. No primeiro plano, vista para uma muralha, construída em uma superfície inclinada, com uma passarela na parte superior da muralha, por onde circulam algumas pessoas. No segundo plano, vista da continuação da muralha que segue a partir de uma torre de observação. Na parte de cima, vista do céu azul.
Vista da Grande Muralha da China, em trecho próximo a bédalin, China (2022).
Orientações e sugestões didáticas

Sobre o Capítulo

A compreensão do processo que levou a China a ser líder em exportações no mundo é trabalhada a partir do contexto histórico desse país: desde ser alvo de interesses imperialistas europeus até sua abertura econômica, iniciada na década de 1970. Além disso, suas características de produção agropecuária e industrial são trabalhadas considerando o impacto ambiental do atual modelo de produção chinês. O Capítulo também trabalha a diversidade de sua numerosa população, as questões geopolíticas e o crescimento da influência chinesa em diversos países.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

ê éfe zero nove gê ê zero três: Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

ê éfe zero nove gê ê zero oito: Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.

ê éfe zero nove gê ê zero nove: Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

ê éfe zero nove gê ê um um: Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil.

ê éfe zero nove gê ê um dois: Relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil.

ê éfe zero nove gê ê um quatro: Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

ê éfe zero nove gê ê um cinco: Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ê éfe zero nove gê ê um sete: Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

ê éfe zero nove gê ê um oito: Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.

O processo de modernização chinês

A partir do século treze, a China passou a estabelecer contato com o Ocidente por rotas comerciais até a Europa. Com as Grandes Navegações, os europeus passaram a se interessar cada vez mais pelo Oriente. No século dezesseis, os portugueses estabeleceram a colônia de Macau, no litoral sul da China. No início do século dezenove, o domínio ocidental instalou-se efetivamente na região. Os britânicos conseguiram impor o comércio de ópioglossário ao mercado consumidor chinês, após vencerem a China nas Guerras do Ópio.

O Império Chinês havia passado por grande desenvolvimento cultural entre os séculos dezessete e dezoito, com o expansionismo manchuglossário . Porém, a partir da segunda metade do século dezenove, o crescimento populacional, o aumento dos impostos e a corrupção levaram o grande império à decadência e à fragmentação de parte do seu território – controlado por rebeldes, com o apoio de potências europeias (como a Inglaterra e a França), e pelo Japão.

Movimentos nacionalistas contrários à ocupação estrangeira intensificaram-se e, em 1912, o imperador foi deposto. Iniciou-se então um período republicano. Porém, os problemas econômicos, políticos e sociais persistiram, pois a China continuava muito dependente das potências estrangeiras.

A crise social conduziu o país a uma longa guerra civil, opondo nacionalistas, liderados por chiân cái chéqui, e comunistas, sob o comando de Mao tsé tungui e do Partido Comunista Chinês. A guerra civil chegou ao fim em 1949, quando os comunistas implantaram a República Popular da China, com um modelo político e econômico socialista.

chiân cái chéqui e seus comandados refugiaram-se em Formosa, no arquipélago de taiuã, onde fundaram a República da China ou China Nacionalista, de economia capitalista.

Fotografia em preto e branco. Vista para uma multidão. No primeiro plano, duas fileiras compostas por homens e mulheres vestidos com uniformes militares. Atrás, no segundo plano, diversas pessoas aglomeradas, de crianças a adultos.
Soldados comunistas (homens e mulheres) cantam um hino à glória de Mao tsé tunguiao chegarem próximo à fronteira da colonização britânica, em Róng Kóng, no ano de 1949.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Enfatize a localização estratégica da China no Oriente, além da variedade de mercadorias, como frutas, temperos e especiarias, produzidas nessa região. A partir disso, é possível trabalhar os motivos que levaram potências estrangeiras a ocupar o país ao longo de sua história, com destaque para o Império Britânico. Durante o domínio britânico, os lucros dos ingleses eram tão altos que a expressão “Negócio da China” surgiu para definir uma transação comercial muito benéfica para um dos lados.

É importante que os estudantes compreendam que as diversas intervenções estrangeiras foram um fator importante para levar o país a uma intensa crise interna que culminou em uma guerra civil, em que Mao tsé tungui tomou o poder e estabeleceu o modelo socialista chinês.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Da China socialista à abertura econômica

Inicialmente, o modelo chinês baseou-se no exemplo da União Soviética, sua aliada até o final da década de 1950, quando ocorreu o rompimento político com a então superpotência mundial.

Durante toda a década de 1960, a China viveu um isolamento internacional. A partir de 1966, o governo promoveu a chamada Revolução Cultural, uma campanha que levou à radicalização do regime comunista e ao fortalecimento do poder pessoal de Mao tsé tungui. Para isso, estimulou a população, em especial a juventude, a se rebelar contra seus adversários dentro do Partido Comunista Chinês. cêrca de 20 milhões de estudantes formavam as Guardas Vermelhas, perseguindo a todos os que não seguiam os ideais do “Livro Vermelho”.

Cartaz. No lado esquerdo superior, destaque para o busto de um homem calvo, cabelo preto e camisa cinza. No lado direito inferior, destaque para três pessoas, um homem com uniforme industrial, segurando um armamento, outro homem com uniforme militar, segurando um livro vermelho, e uma mulher de camisa e chapéu de palha nas costas, típica de trabalhador rural. Ao redor deles, diversas pessoas representando camponeses, operários e militares seguram armas, bandeiras vermelhas e cartazes. Abaixo, texto escrito no alfabeto chinês.
Cartaz de propaganda da Revolução Cultural Chinesa (1966-1976), com imagem de Mao tsé tunguie jovens da chamada Guarda Vermelha (um deles segurando o Livro Vermelho), 1971. Litogravura, 55 por 75 centímetros.

A morte de Mao tsé tungui, em 1976, abriu caminho para a ascensão do político dãn chiáo pín. Com a mudança no poder, em 1977, a Revolução Cultural foi oficialmente encerrada.

dãn chiáo pín iniciou amplas reformas econômicas na China, visando à abertura para o modelo capitalista. Na década de 1980, foram criadas as Zonas Econômicas Especiais (zê ê ês). Elas atrairiam capitais, tecnologia e know-howglossário de empresas estrangeiras para estimular a exportação e, ao mesmo tempo, a expansão do mercado doméstico. As empresas estrangeiras foram atraídas pela farta mão de obra barata e pela possibilidade de venda de seus produtos para o imenso mercado consumidor chinês.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

É importante esclarecer aos estudantes que o apôio da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi fundamental à implantação do socialismo em solo chinês. Esse apôio se deu de inúmeras maneiras, inclusive com auxílios tecnológicos e financeiros, o que aproximou os dois governos. O cenário começou a se modificar a partir de 1956, com a morte de Stálin, quando crushóv assumiu e instituiu uma nova política de coexistência pacífica com os países capitalistas, além de negar auxílio à China para a produção de armamentos nucleares. Isso acabou levando à cisão sino-soviética. A partir de então, o discurso chinês passou por um processo de radicalização, culminando na Revolução Cultural, que se concentrou na imagem de seu líder, Mao tsé tungui.

Após a morte de Mao, dãn chiáo pínassumiu o poder e iniciou o processo de reformas econômicas na China. A principal medida foi a criação das zê ê ês, que se concentram próximo ao litoral chinês para facilitar o escoamento das mercadorias ali produzidas. As empresas estrangeiras são atraídas pelos baixos custos de produção e, principalmente, de mão de obra, pela fraca legislação ambiental e pela disponibilidade de matéria-prima. Sugerimos destacar que a China tira como vantagem desse acordo o aprendizado das tecnologias empregadas nessas indústrias, já que há obrigação de participação chinesa nas fábricas como premissa da instalação da transnacional.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito, ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um ume ê éfe zero nove gê ê um dois.

Economia.

Economia e desenvolvimento

No final da década de 1950, a China lançou a política econômica denominada Grande Salto para a Frente. O projeto, inspirado no modelo econômico e industrial soviético, estabeleceu a criação de um pátio industrial diversificado, com indústrias de base e bélicas. As indústrias mecânica e siderúrgica receberam atenção especial e passaram a se desenvolver de fórma acentuada.

No entanto, outras políticas econômicas fracassaram. A implantação de uma reforma agrária estatal, com a criação das Comunas Populares, desorganizou a produção de alimentos e contribuiu para a grande fome que, entre 1959 e 1962, matou cêrca de 20 milhões de chineses.

Em 1966, a economia chinesa sofreu o impacto de nova crise, dessa vez associada à Revolução Cultural; como consequência, o modelo industrial apresentou graves problemas na década de 1970: um quadro geral de obsolescênciaglossário , queda de qualidade e produtividade, péssimas condições de trabalho, baixa remuneração, falta de leis trabalhistas e de proteção sindical.

Com as reformas econômicas introduzidas por dãn chiáo pín, a atividade industrial voltou a se expandir, possibilitando o desenvolvimento das indústrias de bens de consumo, que, atualmente, têm recebido vultosos investimentos de empresas estrangeiras com filiais instaladas nas zê ê ês – principalmente as de Xangai (o mais importante centro industrial chinês) e guanzú.

Em 2001, a China entrou na Organização Mundial do Comércio (ó ême cê), sinalizando o desenvolvimento de uma economia competitiva e de caráter nitidamente capitalista.

CHINA: INDÚSTRIA

Mapa. China. Indústria. Mapa mostrando a organização do espaço industrial chinês. Zona Econômica Especial (ZEE): cidades localizadas no litoral da China, com destaque para Hainan, Zhanyang, Shenzhen, Shantou, Hong Hong, Xiamen e Xangai. Cidade aberta ao capital estrangeiro: cidades localizadas no litoral da China, com destaque para Beihai, Zhuhai, Zhanyang, Fuzhou, Wenzhou, Ningbo, Lianyuagang, Qingdao, Dalian, Changsha, Pequim (Beijing) e Xangai. Área de difusão industrial: porções litorâneas da China, com destaque para o entorno de Pequim (Beijing), Xangai e Hong Kong. Carvão: áreas localizadas no extremo Noroeste, porção central e Nordeste do país. Petróleo: áreas localizadas na porção Noroeste, Leste e Nordeste do país. Aeroespacial: porção Sudeste, no entorno de Hong Kong. Alta tecnologia: porção Sudeste, no entorno de Hong Kong. Automobilística: porção sul, central e nordeste, próximo à Pequim. Construção Naval: litoral Sul, Leste e Nordeste, próximo à Pequim. Urânio: porção central e Leste, próximo à Wuhan e Urumqi. Eletrônica: porção Sudeste, próximo à Guangzhou e interior do país, próximo à Chengdu. Siderúrgica: predominante na região Leste do país, próximo aos grandes centros: Pequim (Beijing), Xangai e Hong Kong. Química/Petroquímica: predominante na região central e Leste do país, próximo aos grandes centros: Pequim Xangai, Hong Kong. Centro industrial: Xangai, Kunming, Chengdu, Chongqing, Lanzhou, Sian, Pequim, Urumqi, Harbin, Changchun, Shenyang, Jinan, Nanquim, Wuhan, Anshan, Baotou, Fushu e Taiyuan. Na parte inferior à esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 490 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: MARTINELLI, Marcello. Atlas geográfico: natureza e espaço da sociedade. São Paulo: Editora do Brasil, 2003. página. 61; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 105.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Neste tópico, os estudantes devem analisar a transformação da China para o regime socialista e as ações do Estado, que se tornou o principal agente econômico do país. Depois de um momento inicial de crises e adaptação econômica, o quadro se configurou como estável a partir da fundação das zê ê ês. Sugerimos destacar a relevância da entrada do país na ó ême cê, explanando que essa organização é responsável por ditar as regras e estabelecer medidas que visam a um comércio mundial cada vez mais amplo. Essa é uma medida que demonstra o grau de integração econômica chinesa, enquanto na política a China se mantém como um país de regime fechado.

Explore o mapa apresentado na página como fórma de demonstrar a distribuição espacial dos principais recursos naturais e atividades econômicas vinculados à produção industrial chinesa e para trabalhar a construção do saber geográfico relacionado à extensão, à delimitação e à localização.

Este tópico possibilita abordar o tema contemporâneo Trabalho.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um um, ê éfe zero nove gê ê um dois e ê éfe zero nove gê ê um cinco.

Atividade complementar

É possível trabalhar com o mapa desta página apresentando aos estudantes as seguintes questões:

1. Podemos considerar que o objetivo de diversificar a indústria chinesa foi alcançado pelas zê ê ês?

Sim. Com base no mapa é possível verificar que há uma grande diversidade de produção no território chinês, principalmente na área mais próxima ao litoral.

2. Por que não há concentração de indústrias no noroeste chinês?

Em razão de suas condições climáticas e de relevo, que dificultam a ocupação da região.

Recursos minerais e energia

A industrialização exige grande quantidade de recursos minerais. A China possui muitas reservas de carvão, sua principal fonte de energia, e de petróleo, embora esteja entre os maiores importadores de petróleo do mundo. O país também extrai outros minérios, como tungstênio, estanho, cobre, chumbo, zinco, ferro e urânio, que favorece a implantação de usinas nucleares.

O grande potencial hidrelétrico chinês passou a ser intensamente explorado com a construção da hidrelétrica de Três Gargantas, no rio iãn sei (Azul). No entanto, a maior parte da energia consumida na China é produzida por termelétricas, que empregam o carvão mineral e geram intensa poluição nos grandes centros urbanos chineses.

Agricultura e pecuária

A grande extensão do território chinês, associada à diversidade de solos e climas, favoreceu o desenvolvimento de diferentes culturas agrícolas. As principais áreas produtoras estão na parte oriental do país, onde o relevo pouco acentuado e a abundância de água favorecem o desenvolvimento da agricultura.

A China é o maior produtor mundial de arroz, cultivado principalmente no vale do rio Y. O trigo é cultivado em associação com a soja no vale do rio ruãng rô (Amarelo). O algodão sustenta a maior produção têxtil do mercado mundial. Outros produtos importantes são o chá, o milho e a seda.

Na pecuária, a criação de suínos é a mais importante – a China tem o maior rebanho do mundo. Também têm destaque os rebanhos de equinos, ovinos, bovinos e a criação de aves.

CHINA: USO DA TERRA

Mapa. China: uso da terra. Mapa mostrando a distribuição dos principais usos da terra no território chinês. Agricultura intensiva (arroz, soja, trigo, milho): predominante na porção Leste; fragmentos no Noroeste, centro-norte e Nordeste do país. Policultura (arroz, trigo, algodão, chá): predominante na porção Leste, próximo à cidade Xangai. Arroz e culturas tropicais: predominante na porção Sudeste, próximo à cidade de Guangzhou, Aomeri, Hong Kong e Hainan. Associação silvicultura, criação e culturas (arroz, chá): predominante na porção centro-sul e Nordeste. Criação extensiva de ovinos: predominante na porção Sudoeste e fragmentos no Norte do país. Silvicultura: predominante no extremo Nordeste do país. Espaço árido pouco produtivo: fragmentos na porção Norte e Oeste. Desertos: predominante na porção Noroeste (Deserto de Takla Makan) e na porção Norte (Deserto do Gobi). Na parte inferior esquerda, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 495 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 104.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

É importante destacar que a China possui muitos recursos energéticos; porém, devido à sua intensa industrialização e a seu crescimento econômico, suas reservas não suprem integralmente a demanda por energia. Por esse motivo, o governo chinês importa recursos de energia de diferentes países, inclusive do Brasil.

Sobre a agricultura chinesa, sugerimos destacar a importância da cultura do arroz não só para os chineses, mas também para os demais habitantes dessa parte do continente asiático. Esse produto é cultivado há milhares de anos e tem alto valor nutricional.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um cinco, ê éfe zero nove gê ê um sete e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Multiculturalismo

População e desenvolvimento social

A população da China caracteriza-se pela diversidade étnica e cultural. Existem no país 56 etnias reconhecidas oficialmente, embora 91,6% dos chineses pertençam à etnia . São falados no país diversos idiomas, e as diferenças religiosas também são consideráveis.

Um grande desafio para o governo chinês consiste em manter a unidade nacional diante das desigualdades sociais e disparidades regionais.

China: percentual de religiões (2010)

Religiões populares chinesas

30,8%

Budismo

16,6%

Cristianismo

7,4%

Islamismo

1,8%

Outros

4,8%

Ateus, agnósticos e pessoas sem religião específica

38,6%

Elaborado com base em dados obtidos em: álbert, Eleanor; Religion in China. Council on Foreign Relations, 25 setembro. 2020. Disponível em: https://oeds.link/Zf3xf1. Acesso em: 25 abril. 2022.

CHINA: LÍNGUAS

Mapa. China: línguas. Mapa mostrando a distribuição das línguas predominantes no território chinês. Mandarim: predominante na porção noroeste, nordeste, centro e sul, com destaque para as províncias de Heilongjiang, Jilin, Liaoning, Beijing (Pequim), Tianjin, Hebei, Shanxi, Shandong, Shanxi, Xinjiang, Gansu, Ningxia, Henan, Anhui, Hubei, Chongqing, Sichuan, Guizhou, Yunnan. Línguas meridionais: predominantes na porção sudeste, com destaque para as províncias de Jiangsu, Xangai, Zhejiang, Jiangxi, Fujian, Hou Nan, Guangdong, Hong Kong, Macau, Hainan. À esquerda, rosa dos ventos. Na parte inferior, escala de 0 a 390 quilômetros.
Falados do norte ao sul do país, os dialetos do mandarim são compreendidos por 70% dos chineses. Elaborado com base em dados obtidos em: FERREIRA, Graça, M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. segunda edição.; terceira edição. São Paulo: Moderna, 2003; 2010.

A população chinesa está distribuída de fórma desigual no território. A parte oeste apresenta vazios demográficos. As maiores concentrações demográficas estão nas planícies costeiras e na região oriental, ao longo dos vales dos grandes rios. Xangai e bêijim (ou Pequim, capital do país), as duas cidades mais importantes e populosas, somavam em 2020 mais de 48 milhões de habitantes. A alta densidade demográfica gera problemas ambientais, como poluição atmosférica, contaminação dos rios e das áreas costeiras, desflorestamento e perda de solos agrícolas.

Orientações e sugestões didáticas

Texto complementar

Aspectos da economia

O trecho da reportagem apresenta alguns aspectos da fórmula chinesa de crescimento econômico.

reticências vale a pena levantar alguns pontos-chave, privilegiando a fase de transformações que se inicia em 1978 com as renovações de dãn chiáo pín. Herdando um mundo essencialmente rural, dãnpromoveu uma dinamização econômica e social centrada em melhorar as condições econômicas da imensa base de agricultura familiar, com suporte à produção local, comercialização, financiamento, acesso à terra e expansão de direitos sociais. Foi assim uma construção do país pela base, sendo os excedentes produtivos essenciais para o segundo eixo de expansão que seriam as cidades, ao mesmo tempo que do lado da demanda se criava uma ampla base de consumo popular. Assim a expansão da produção assegurou o seu complemento de demanda. Dos cêrca de 500 milhões de pessoas tiradas da pobreza no mundo nas últimas décadas, segundo o Banco Mundial, 350 milhões são chinesas.

Paralelamente, a China investiu fortemente em infraestruturas, em particular conectando as áreas rurais numa rede de energia e transporte que tende a aumentar a produtividade geral. reticências Um segundo impulso de infraestruturas, em particular com trens de grande velocidade, viria já neste milênio, mas no conjunto o essencial é que esta parte do desenvolvimento foi rigorosamente planejada, de fórma a assegurar a sinergia entre as redes e a tornar as empresas e regiões mais produtivas.

dáu bór, Ladislau. China’s Economy. Le Monde Diplomatique Brasil, 20 fevereiro. 2018. Disponível em: https://oeds.link/3Lg9yF. Acesso em: 23 maio 2022.

Orientações

Este tópico possibilita abordar o tema contemporâneo Diversidade cultural.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero três, ê éfe zero nove gê ê zero novee ê éfe zero nove gê ê um quatro.

CHINA: POPULAÇÃO (2018)

Mapa. China: população – 2018. Mapa do território da China demarcando as áreas com diferentes níveis de densidade demográfica, em habitantes por quilômetro quadrado. Essas áreas estão destacadas em tonalidades de cor que variam do mais claro, em amarelo (áreas de densidade mais baixa), para o mais escuro, em vermelho (áreas de densidade elevada). O mapa também localiza as principais aglomerações de habitantes por meio de círculos proporcionais que variam de 1 até mais de 10 milhões habitantes. 
População (em milhões de habitantes):
De 1,0 a 5,0 milhões de habitantes: destaque para Harbin, Changchun, Shenyang, Baotou, Taiyuan, Lanzhou, Xi’an,  Urumqi, Chengdu, Kunming, Guiyang, Nanning, Changsha, Shantou, Fuzhou, Tianjin e Qingdao.
De 5,1 a 10,0 milhões de habitantes: destaque para Wuhan, Chongqing, Guangzhou e Hong Kong.
Mais de 10,0 milhões de habitantes: Pequim e Xangai.
Densidade demográfica (em habitantes por quilômetro quadrado):
Menos de 1,0: predominante nas porções Oeste e Norte.
De 1,0 a 50,0: predominante no centro-leste e Nordeste.
De 50,1 a 200,0: predominante no centro-leste e Nordeste.
De 200,1 a 600,0: predominante no centro-leste e Nordeste.
Mais de 600,0: predominante no centro-leste e faixa litorânea.
Na parte inferior esquerda, a rosa dos ventos a escala de 0 a 385 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça, M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 104.

A distribuição de riqueza na China também é desigual. Os índices mais altos do Produto Interno Bruto (Píbi) per cápita, por exemplo, mostram que a riqueza do país está muito mais concentrada nas áreas costeiras, onde se encontram as zê ê ês e as indústrias de alta tecnologia. O interior do país apresenta os menores índices.

CHINA: Píbiper cápita(2021)

Mapa. China: PIB per capita – 2021. Mapa mostrando a distribuição do PIB per capita por províncias da China. Essas províncias estão destacadas em tonalidades de cor que variam do mais intenso, em vermelho escuro (PIB per capita mais elevado), para o mais claro, em amarelo (PIB per capita mais baixo). PIB per capita (em mil yuans). Acima de 115 mil yuans: Beijing (Pequim), Jiangsu, Xangai e Fujian. De 101 a 115 mil yuans: Zhejiang e Tianjin. De 86 a 100 mil yuans: Hubei, Chongqing, Guangdong, Hong Kong e Macau. De 71 a 85 mil yuans: Shanxi, Shandong, Mongólia Interior e Ordos. De 56 a 70 mil yuans: Xinjiang, Qinghai, Sichuan, Chengdu, Yunnan, Hou Nan, Jiangxi, Anhui, Henan, Ningxia, Shaanxi, Liaoning e Hainan. De 40 a 55 mil yuans: Xizang (Tibete), Gansu, Guizhou, Guangxi, Hebei, Jilin, Heilongjiang. Na parte inferior, a rosa dos ventos e ao lado, a escala de 0 a 510 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: CHINA'S Most Productive Provinces and Cities as per 2021 GDP Statistics. China Briefing, 7 fevereiro. 2022. Disponível em: https://oeds.link/MUVpLL. Acesso em: 30 abril. 2022.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

A população chinesa passou nas últimas décadas por um processo de melhoria nos aspectos econômicos, fazendo com que muitas pessoas saíssem da pobreza para um grau de consumo que é relevante para a economia do país. Sugerimos que essa melhora no nível econômico seja comentada, destacando-se os pontos de vista antagônicos dos quais ela pode ser observada: o da maioria da população, que atualmente tem possibilidade de consumo, e o de uma minoria que enriqueceu muito, o que acirrou as desigualdades sociais, principalmente nas regiões de alta concentração industrial, como as zê ê ês.

Os materiais cartográficos dispostos na página são importantes ferramentas de análise do conteúdo abordado e proporcionam o desenvolvimento do raciocínio geográfico ao exercitar a extensão, a delimitação, a localização e a analogia.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um quatroe ê éfe zero nove gê ê um cinco.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o estudante:

jóchua: Teenager vs. Superpower. Direção: djou Piscatella. Róng Kóng, 2017. Duração: 79 minutos.

Esse documentário oferece uma perspectiva histórica de Róng Kóng, desde protestos reprimidos no final da década de 1980, passando pela transição de Róng Kóng do domínio britânico para o chinês e culminando nos protestos organizados pelo adolescente jóchua uõng, que envolviam ocupar as ruas e lutar contra o domínio chinês.

Cidadania e civismo.

Política interna

O sistema político da China permanece sob um regime fechado e centralizado na estrutura de um partido único. Desde a Revolução Chinesa, o país reprimiu manifestações populares em favor de maior liberdade de expressão e da democracia e perseguiu aqueles que eram contra as políticas de governo.

Também são reprimidos os movimentos em prol da democracia e da liberdade nas regiões que defendem a separação em relação à China, seja por razões econômicas e políticas, como Róng Kóng e taiuã, seja por razões culturais e religiosas, como a região autônoma de chindjá, de maioria muçulmana, e o Tibete, de maioria budista.

Essas questões locais contribuem para fragilizar a imagem da China no cenário internacional, o que é aproveitado estrategicamente por competidores no mercado global. Nesse sentido, como defendem os chineses, o apôio dos Estados Unidos e de outros países ocidentais a manifestações populares contra o governo da China não se resumiria à defesa da democracia no mundo, seria também uma fórma de estimular fontes de desgaste ao país que mais cresceu economicamente nas últimas décadas.

Tibete livre

O Tibete, localizado no sudoeste da China, é uma região que guarda costumes milenares e abriga população de maioria étnica tibetana e de religião budista. Foi invadido pelo exército de Mao tsé tungui e incorporado ao território chinês em 1950, por interesses econômicos e geopolíticos.

Com a invasão chinesa, muitas rebeliões foram lideradas por monges budistas tibetanos, que tiveram de se refugiar em outras regiões, sobretudo no norte da Índia, com o intuito de manter suas práticas religiosas.

Mesmo tendo se tornado oficialmente uma região autônoma, o Tibete luta pela independência política. O governo chinês não reconhece as demandas do movimento separatista e justifica a ocupação em virtude dos investimentos econômicos destinados à região nos últimos anos.

Fotografia. Manifestação de rua composta por um grupo de pessoas segurando cartazes e faixas. Destaque para faixa amarela com texto: TIBET WILL BE FREE.
Tibetanos participam de manifestação nas ruas de Londres, Inglaterra (10 março. 2017), em direção à embaixada chinesa. O ato marca o 58º aniversário do levante nacional tibetano, no qual milhares de tibetanos foram mortos na revolta contra a invasão chinesa.
Ícone. Sugestão de livro.

TRAMONTINA, Carlos. A morada dos deuses: um repórter nas trilhas do Himalaia. São Paulo: Sá Editora, 2004. O livro narra a experiência do jornalista brasileiro ao escalar a mais alta montanha do planeta. Nele, o autor revela os hábitos dos moradores do Tibete, a cultura local e as belezas dos lugares por onde passou nessa aventura.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

As práticas políticas do governo chinês devem ser abordadas de maneira que os estudantes compreendam que o contrôle sobre as ações dos cidadãos chineses ocorre de maneira clara. A abordagem dessas ações possibilita trabalhar o tema contemporâneo Educação em Direitos Humanos.

Se julgar pertinente, proponha uma discussão sobre as vantagens da democracia em relação aos regimes autoritários. Sugerimos que seja explicada a ideia da abertura econômica do país, mas com a manutenção do regime político fechado. O artista é um dos ativistas mais perseguidos pelo regime socialista chinês: ele possui uma vasta obra de crítica, e você pode utilizá-la para incentivar discussões sobre a prática do autoritarismo.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o estudante:

UNDERCOVER in Tibet. Direção: téchi Despa e djéza níuman. Inglaterra/Alemanha, 2008. Duração: 48 minutos.

Esse documentário conta a história de um exilado tibetano que retorna ao Tibete para registrar como o domínio chinês controla a liberdade de expressão no país. A obra mostra, ainda, como esse domínio se dá no cotidiano dos tibetanos.

Potência em ascensão

A China se consolidou recentemente como a principal economia do continente asiático, superando o Japão, e cada vez mais se projeta como uma potência econômica global. Regionalmente, a China exerce liderança sobre o grupo de países chamado de Tigres Asiáticos (que estudaremos no Capítulo seguinte), estabelece importantes relações comerciais com a Austrália e a Nova Zelândia, os dois maiores países da Oceania, dos quais importa alimentos e matérias-primas essenciais para o desenvolvimento do país, além de ser o principal aliado da Coreia do Norte, país de orientação socialista com grande nível de isolamento externo.

Apesar das intensas relações comerciais entre China e Japão, também há divergências entre eles, que competem comercialmente no leste e no sudeste do continente asiático e ainda travam disputas territoriais. Uma dessas disputas envolve o domínio sobre as ilhas sencácu (para o Japão) ou djáôiutái (para a China). A China também disputa ilhas com outros países da região.

CHINA: INTERESSES E DISPUTAS REGIONAIS

Mapa. China: interesses e disputas regionais. Mapa mostrando as zonas aéreas de defesa da China e do Japão e as bases chinesas e estadunidenses no Mar da China Meridional e Oriental. Zona aérea de defesa chinesa identificada: porção do Mar da China Oriental, situada entre o centro do chinês, Sul da Coreia do Sul, Sul do Japão e Norte de Taiwan. Zona aérea de defesa japonesa identificada: porção do Mar da China Oriental, situada entre a fronteira do Japão e da Coreia do Sul, litoral da China, porção Nordeste de Taiwan e Sudeste do Japão. Principais bases das frotas chinesas: No Litoral Norte, centro e Sul chinês. Bases Estadunidenses: Litoral Oeste da Coreia do Sul e litoral Sul e Leste do Japão. Estão indicados textos relacionados a quatro ilhas localizadas no Mar da China Meridional. 1. Ilhas Senkaku/Diaoyutai: Japão, China e Taiwan reivindicam essas ilhas. O Japão administra as ilhas desde 1972. 2. Atol Scarborough: Conflito territorial entre China, Taiwan e Filipinas. 3. Ilhas Spratly: China, Malásia, Taiwan, Vietnã, Brunei e Filipinas reivindicam essa área, pois é rica em recursos naturais. 4. Ilhas Paracel: China, Taiwan e Vietnã reivindicam essas ilhas. Na parte inferior direita, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 570 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em:vôn rrêns hóing uílênd vágner zênd bêrnárd. China escalates tensions with neighbors. Der Spiegel, Hamburgo, 2 dezembro. 2013. Seção International. Disponível em: https://oeds.link/SFTdJ9. Acesso em: 30 abril. 2022.

China e África

O acelerado crescimento econômico chinês implica demanda crescente de matérias-primas e fontes de energia. Por esse motivo, a China passou a ter grande interesse nas relações com países africanos, uma vez que o subsolo da África é rico em minérios e algumas fontes energéticas, especialmente petróleo.

Nos últimos anos, a China se aproximou de diversos países africanos, como República Democrática do Congo, Sudão, África do Sul, Angola e Moçambique. Esses países receberam financiamento chinês para investir em instalação de empresas, obras de infraestrutura e empreendimentos locais de grande vulto. Em contrapartida, fornecem parte importante dos recursos naturais que abastecem a população e as indústrias da China, além de garantir a ampliação do mercado externo chinês.

Orientações e sugestões didáticas

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o professor e o estudante:

CHINA: da revolução comunista ao protagonismo mundial. Produção: João Paulo Charlô, Letícia Arcoverde, Ricardo Monteiro, Thiago Quadros e Mauricio Abbade. [São Paulo]: Nexo Jornal, 23 setembro. 2019. 1 vídeo. Duração: 12minutos31segundos. Disponível em: https://oeds.link/4px56L. Acesso em: 23 maio 2022.

Vídeo sobre o desenvolvimento político, social e econômico da China e sua trajetória até se tornar um país de destaque no cenário mundial.

Ciência e Tecnologia.

Influência global

Por ser o país que atualmente mais se aproxima do patamar econômico dos Estados Unidos, posicionados há muito tempo no topo do ranking mundial do Píbi, bem acima dos demais, a China exerce papel fundamental nas relações internacionais. A China desponta hoje como o principal parceiro comercial de inúmeros países em todos os continentes habitados na condição de grande importador de recursos naturais e de gêneros agropecuários e de grande exportador de produtos industrializados. As parcerias comerciais chinesas também abarcam os Estados Unidos. Apesar de competidores no mercado internacional, os países movimentam entre eles enormes volumes de mercadorias e capitais.

A China procura manter uma posição de independência em relação a conflitos e a outras questões mundiais. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ônu, sua participação nos assuntos de interesse global é importante para manter o equilíbrio de fôrças entre as nações.

Para se firmar no cenário internacional como potência do século vinte e um, a China vem destinando investimentos em diversos setores, tanto internos como em outras regiões do planeta. Entre eles, está a implantação de uma ampla rede de transportes terrestres e marítimos, denominada Nova Rota da Seda, que visa ampliar a interligação do país com parceiros comerciais em todo o mundo, sobretudo com os situados no continente europeu. Dessa fórma, a China espera obter maior inserção política e econômica em diversas regiões, investindo capital e gerando empregos em locais onde há carência de infraestrutura e mão de obra abundante. Dessa fórma, o projeto também contribui para impulsionar a economia dos países com quem a China estabelece parcerias.

A China tem se destacado ainda no investimento em fontes de energia limpa e no desenvolvimento de novas tecnologias. O país criou, por exemplo, seu próprio sistema de navegação por satélite, detém o maior radiotelescópio do mundo e avança nos planos para levar o ser humano novamente à Lua e a Marte.

Fotografia. Vista para um salão com uma maquete. No primeiro plano, destaque para um satélite amarelo com painéis solares nas laterais. No segundo plano, o Planeta Terra disposto no meio da imagem.
Maquete do bêidu, sistema de navegação por satélite chinês. O sistema é operado com informações enviadas por 35 satélites, o que possibilita à China se tornar independente e até competir com o gê pê ésse (Global Positioning System), operado pelos Estados Unidos.
Ícone. Sugestão de site.

EMBAIXADA da República Popular da China no Brasil. Disponível em: https://oeds.link/mCYEnk. Acesso em: 30 abril. 2022. A página oficial da Embaixada da China traz informações sobre o país e sobre intercâmbio comercial com o Brasil, cooperação científica e tecnológica, cultural e educacional.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

A geopolítica e as influências chinesas têm ganhado cada vez mais destaque no cenário internacional, possibilitando o trabalho com o tema contemporâneo Ciência e tecnologia.

Sugerimos informar aos estudantes que o país consegue exercer sua influência não só na Ásia, mas também em outras regiões do mundo, graças, principalmente, a seus fartos investimentos em extração de matéria-prima em várias partes do planeta e pelo fato de ter se tornado o principal parceiro econômico de muitos países. Seus grandes projetos de integração com outros países também demonstram que a China é cada vez mais um polo de influência na ordem multipolar da geopolítica contemporânea.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Ícone. Seção Integrar conhecimentos. Composto por uma mão segurando um globo formado de peças de quebra-cabeça.

Integrar conhecimentos

Geografia e Ciências

Meio Ambiente.

Poluição na China

O governo chinês priorizou o crescimento econômico em detrimento da conservação do meio ambiente. Assim, a China se depara atualmente com sérios problemas ambientais decorrentes da poluição.

Contaminação das águas

Há anos a contaminação das águas vem sendo apontada como um dos mais graves problemas ambientais e de saúde pública na China. Os produtos químicos lançados nos rios e lagos constituem a principal fonte de contaminação e atingem os reservatórios subterrâneos. Muitos desses produtos são tóxicos e nocivos à saúde humana.

Diante da gravidade da situação, as autoridades chinesas pretendem investir maciçamente na limpeza de rios e fontes de água potável nos próximos anos, endurecendo as leis ambientais e intensificando a fiscalização.

Poluição atmosférica

Em virtude do alto consumo de combustíveis fósseis em indústrias e termelétricas e do aumento considerável do número de veículos automotores que circulam pelas populosas cidades chinesas, a poluição atmosférica se agravou. As ruas e avenidas são as chaminés das cidades modernas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (ó ême ésse), a poluição do ar provoca, anualmente, a morte de mais de 7 milhões de habitantes das grandes cidades do mundo. Lentamente, a vida nos grandes centros urbanos transforma pessoas saudáveis em doentes crônicos, podendo causar sua morte em decorrência da exposição aos poluentes lançados na atmosfera pelos escapamentos de veículos.

Fotografia. No primeiro plano, superfície plana coberta de neve e pessoas de agasalho circulando e brincando. No segundo plano, estádio, torre e árvores apresentados sem nitidez, em razão da forte poluição atmosférica.
Forte poluição atinge Pequim, China (2022).
  1. Explique a frase: “As ruas e avenidas são as chaminés das cidades modernas”.
  2. Na sua opinião, de que fórma a contaminação das águas e a poluição atmosférica podem ser revertidas?
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Aproveite o conteúdo abordado nesta seção para propor aos estudantes uma discussão sobre o atual modelo de crescimento econômico chinês, seus problemas ambientais e suas consequências para a população, favorecendo o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e .

Respostas

  1. As ruas e avenidas são consideradas “chaminés” devido ao aumento do número de veículos em circulação na China. A queima dos combustíveis fósseis é responsável por grande parte da poluição atmosférica do país.
  2. Incentive os estudantes a levantar possíveis medidas para minimizar problemas ambientais como a contaminação das águas e a poluição atmosférica. Entre as medidas que podem ser listadas estão a fiscalização dos produtos químicos lançados nos recursos hídricos, a criação de leis ambientais mais rígidas, o investimento em transporte público e em combustíveis menos poluentes e o incentivo ao uso da bicicleta.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

  1. Responda às questões.
    1. Na China, quais são as peculiaridades dos importantes centros costeiros?
    2. É possível afirmar que o crescimento econômico chinês ocorre em todo o país? Justifique sua resposta.
  2. Reflita sobre as diferenças entre “crescimento econômico” e “desenvolvimento socioeconômico” e elabore um pequeno texto abordando o caso da China.
  3. Quais foram as implicações políticas da Revolução Chinesa de 1949?
  4. Explique a contradição existente no modelo político-econômico adotado pela China.
  5. Analise os dados do quadro e, com base neles, construa um gráfico de barras no seu caderno. Depois, responda:

Como o crescimento da população chinesa evoluiu entre 2000 e 2020? Que fatores explicam essa evolução?

CHINA: POPULAÇÃO

Taxa de crescimento

Ano

0,57%

2000

0,54%

2005

0,47%

2010

0,45%

2015

0,30%

2020

Fonte: POPULAÇÃO: taxa de crescimento – China. Indexmundi. Disponível em: https://oeds.link/4qo3Rh. Acesso em: 30 abril. 2022.

6. Observe o mapa a seguir.

CHINA: POLUIÇÃO DO AR (13 DE DEZEMBRO DE 2015)

Mapa. China: poluição do ar em 13 de dezembro de 2015. Mapa mostrando os níveis de poluição do ar no território chinês. Bom: porção central e Sul do país. Moderado: fragmentos do centro e Leste do país. Ruim para grupos sensíveis: Predominante no Leste e Nordeste. Ruim: pequenos fragmentos no Leste e Nordeste. Muito ruim: pequenos fragmentos no Leste e Nordeste, especialmente no entorno de Pequim (Beijing). Péssimo: pequeno fragmento no Nordeste. Na parte inferior direita, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 375 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: milérr, R. A.; milérr, E. A. Air Pollution and Cigarette Equivalence. Berkeley Earth, 17 dezembro. 2015. Disponível em: https://oeds.link/lKZjL4. Acesso em: 30 abril. 2022.

Compare este mapa com o mapa “China: indústria” e relacione a localização das indústrias com as áreas com mais poluição atmosférica no país.

Orientações e sugestões didáticas

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

  • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.
  • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas.
  • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

  • ê éfe zero nove gê ê zero nove (atividades 1, 2, 3, 4, 5 e 6)
  • ê éfe zero nove gê ê um cinco (atividade 6)
  • ê éfe zero nove gê ê um oito (atividades 1 e 6)

Respostas

    1. Os centros costeiros são as chamadas Zonas Econômicas Especiais (zê ê ês), áreas de atração de indústrias estrangeiras por meio de incentivos fiscais, abundância de mão de obra e de matéria-prima, fraca fiscalização ambiental e facilidade para exportação.
    2. Não; ele está muito concentrado nas áreas próximas ao litoral, especialmente nas zê ê ês.
  1. O crescimento econômico diz respeito ao aumento da produção e do Píbi de um país. Já o desenvolvimento socioeconômico se refere a condições de saúde, educação, transporte e segurança dos habitantes de um país. A China vem passando por um grande crescimento econômico nas últimas décadas, mas não ocorre a mesma proporção de desenvolvimento socioeconômico.
  2. A Revolução Chinesa de 1949 teve como principal consequência a instalação de um regime socialista no país, e o Estado passou a ser o principal agente de uma economia planificada.
  3. A contradição está no fato de a China ser considerada “socialista de mercado”, ou seja, um país que, politicamente, continua com um sistema socialista, enquanto sua economia está totalmente integrada ao mundo capitalista.
  4. O gráfico deverá demonstrar a queda do crescimento populacional da China. Isso se deve a fatores como a política do filho único no país, que multava os casais com mais de um filho, o acesso a métodos contraceptivos e o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho.
  5. É possível verificar que as áreas com maiores índices de poluição atmosférica são as de maior concentração de atividades industriais, como Xangai e Pequim. A resolução da atividade possibilita exercitar saberes geográficos como a extensão, a delimitação e a localização.

CAPÍTULO 13 Japão e Tigres Asiáticos

O Japão é uma das maiores economias do mundo. O país apresentou notável desenvolvimento tecnológico e industrial na segunda metade do século vinte e foi um dos responsáveis pelo grande crescimento econômico dos chamados Tigres Asiáticos – grupo formado inicialmente por Cingapura, taiuã, Róng Kóng e Coreia do Sul. Essa denominação provém do rápido crescimento industrial e desenvolvimento social que o grupo obteve, especialmente após a década de 1980, em decorrência de seu alinhamento com a economia do Japão e do Ocidente.

A partir da década de 1990, outros países se juntaram ao grupo e foram chamados de Tigres Asiáticos de Segunda Geração: Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã.

JAPÃO E TIGRES ASIÁTICOS

Mapa. Japão e Tigres Asiáticos. Mapa mostrando a localização do Japão, dos Tigres Asiáticos e suas respectivas capitais. Japão: Tóquio. Tigres Asiáticos Coreia do Sul: Seul Taiwan: Taipé Hong Kong Tigres Asiáticos de Segunda Geração Tailândia: Bangkok Vietnã: Hanoi Malásia: Kuala Lumpur Cingapura: Cidade de Cingapura Filipinas: Manila Indonésia: Jacarta Na parte inferior à esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 430 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página 107.
Orientações e sugestões didáticas

Sobre o Capítulo

Este Capítulo aborda as características do Japão, relacionando seus dados de população, industrialização, agricultura, matriz energética e influência na economia mundial. Além disso, aborda os chamados Tigres Asiáticos, países que demonstraram grande crescimento econômico, principalmente a partir da década de 1980, com um modelo de desenvolvimento próprio. Serão tratados mais especificamente Cingapura, Róng Kóng, taiuã e Coreia do Sul como exemplos da primeira geração dos Tigres Asiáticos.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

ê éfe zero nove gê ê zero oito: Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.

ê éfe zero nove gê ê zero nove: Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

ê éfe zero nove gê ê um zero: Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.

ê éfe zero nove gê ê um um: Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil.

ê éfe zero nove gê ê um três: Analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima.

ê éfe zero nove gê ê um cinco: Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

Economia.

Japão: população e economia

País-arquipélago de tradições milenares, o Japão tem apenas .378000 km² de extensão. É constituído por milhares de ilhas, entre as quais se destacam quatro: rônchu, rocáido, quiushú e shikóku. O país sobressai pela longevidade de sua população, pelos altos índices socioeconômicos e pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta.

O Japão abrigava em 2020 uma população de aproximadamente 126 milhões de habitantes e uma densidade demográfica de cêrca de 345 habitantes por quilômetro quadrado, considerada elevada. A população japonesa é predominantemente urbana (92%), concentrando-se em cidades como Tóquio (capital do país), iôcorrâma, Osaka, nagóia, Sapporo, Kobe, quiôto e Fukuoka. Na faixa que se estende de Tóquio a quiôto, encontra-se uma das maiores aglomerações urbanas do mundo, com mais de 80 milhões de habitantes. A concentração populacional em grandes áreas urbanas dificulta a solução, por parte do governo, do problema de espaço para moradia e trabalho.

A população japonesa apresenta queda constante da taxa de natalidade, há alguns anos, e elevada expectativa de vida (84,4 anos em 2019). Esse quadro aponta para o envelhecimento da população e para a necessidade da destinação de verbas públicas a um número cada vez maior de aposentadorias.

O alto nível educacional da população, a maior inserção da mulher no mercado de trabalho e a formação de uma sociedade informatizada e altamente competitiva contribuíram para a queda das taxas de natalidade.

Uma das consequências da queda do crescimento vegetativo é a carência de mão de obra. Com isso, muitos imigrantes foram para o Japão em busca de emprego e melhores salários, incluindo brasileiros descendentes de japoneses, em um movimento que teve início na década de 1980 e persiste até os dias atuais.

Fotografia. Vista para uma área urbana bastante adensada. No centro, uma avenida e ao redor dela, muitas edificações com estilos arquitetônicos e alturas variadas.  Ao fundo, na parte de cima da fotografia, vista de uma cadeia de montanhas e o céu azul.
Vista da cidade de Osaka, Japão (2020), em que é possível observar a intensa aglomeração urbana.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Sobre a queda da natalidade japonesa, comente que esse processo foi crescente após a Segunda Guerra Mundial, quando o país foi ocupado militarmente pelos Estados Unidos. Até então, o Japão tinha um projeto natalista e as famílias numerosas eram bem-vistas pelo imperador, já que estava em voga um projeto expansionista.

O tópico desta página possibilita a abordagem do tema contemporâneo Trabalho.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos da habilidade ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Ícone, indicação de site

Sugestão para o professor:

SASAKI, Elisa. A imigração para o Japão. Estudos Avançados, São Paulo, volume 20, número 57, maio-agosto. 2006. Disponível em: https://oeds.link/lcCfIk. Acesso em: 23 maio 2022.

Esse artigo aborda a imigração japonesa para o Brasil no início do século vinte, assim como o movimento de brasileiros migrando para o Japão a partir do final do mesmo século, os chamados decasséguis.

A atividade agrícola

A atividade agrícola no Japão enfrenta enormes desafios, entre os quais o relevo montanhoso, com vários vulcões ativos, e a pequena extensão territorial, fatores que dificultam a produção e, consequentemente, o abastecimento alimentar da população. Isso leva o país a recorrer à importação de alimentos.

Para superar essa limitação, os japoneses têm investido em recursos tecnológicos e técnicas agrícolas modernas e cada vez mais mecanizadas, obtendo alta produtividade com boa qualidade. Os principais produtos da agricultura japonesa são o arroz, o trigo e o chá-verde.

A atividade industrial

É na atividade industrial que se concentra a fôrça econômica do Japão.

O governo busca aliar valores tradicionais aos processos industriais do Ocidente, formando pactos com suas antigas elites (os zaibatsusglossário ) para investir maciçamente na criação da infraestrutura necessária às grandes indústrias.

Ramos industriais

O Japão está entre os mais importantes produtores mundiais em quase todos os ramos industriais, como:

  • siderúrgico: dependente de importações de matéria-prima, principalmente da Ásia, da América do Sul e da Austrália;
  • automobilístico: com um sistema de produção que emprega robótica e oferece alta qualidade, é um dos líderes de venda para os Estados Unidos;
  • eletroeletrônico: com grande produção de equipamentos de imagem e som, transmissão de dados digitais e microcircuitos;
  • naval: o país é um dos maiores construtores de navios do mundo;
  • têxtil: desenvolvimento de novas fibras têxteis artificiais.

Como as áreas montanhosas impedem a expansão para o interior, os japoneses construíram pôlderes (diques) e ilhas artificiais à beira-mar para a instalação de indústrias.

Fotografia. Destaque para uma linha de produção industrial composta apenas por máquinas cinzas com cabos azuis e pretos; na parte inferior, há mecanismos redondos.
A indústria automobilística é uma das que colocam o Japão em posição de destaque. Na fotografia, produção de equipamentos utilizados em carros elétricos em caminocáua, Japão (2021).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

O Japão é um país com pouca extensão territorial, o que o faz utilizar seus recursos com máxima capacidade de aproveitamento, por meio de suas inovações tecnológicas.

Neste momento, é importante que os estudantes compreendam aspectos da capacidade industrial japonesa, principalmente no que diz respeito à inovação tecnológica.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um um, ê éfe zero nove gê ê um três e ê éfe zero nove gê ê um cinco.

O tsunami de 2011 e a questão energética

No dia 22 de março de 2011, um tremor de 8,9 graus na escala Richter, seguido de um tsunami, atingiu a costa nordeste do Japão. A usina nuclear de Fucuchima foi fortemente abalada, obrigando as autoridades a evacuar a população em um raio de 20 quilômetros ao redor da central nuclear. Mais de 13 mil pessoas morreram em decorrência do desastre.

Em março de 2012, cêrca de trezentas e quarenta mil pessoas ainda ocupavam residências temporárias na região afetada pelo terremoto e pelo tsunami, apesar dos grandes esforços governamentais em limpar e reconstruir as áreas arruinadas – a prioridade foi a rápida reconstrução das infraestruturas de transporte.

Após o acidente nuclear, o Japão tem discutido sua política energética, enfrentando grande resistência popular à construção de novas usinas termonucleares.

Poderio militar e relações exteriores

O Japão tem grande poderio militar. Grandes investimentos têm sido feitos para modernizar as fôrças armadas, parte deles destinada à construção de mísseis capazes de interceptar armas ofensivas de longo alcance, bem como à compra de equipamentos, como navios e aviões militares. As fôrças armadas japonesas contavam, em 2021, com um orçamento de mais de 53 bilhões de dólares.

O Japão realiza operações de treinamento em conjunto com a Coreia do Sul. Nos últimos anos, os testes nucleares e os lançamentos de mísseis balísticos efetuados pela Coreia do Norte têm preocupado as autoridades japonesas. As fôrças armadas do Japão também temem as ações militares da vizinha China, pois os dois países mantêm uma disputa territorial no Mar da China Oriental. A Constituição do país limita o uso das fôrças armadas em conflitos internacionais.

Ícone. Sugestão de site.

MUSEU Histórico da Imigração Japonesa no Brasil. Disponível em: https://oeds.link/RONd7B. Acesso em: 30 abril. 2022. Nesse site é possível ter acesso a uma parte do acervo desse museu, incluindo fotografias e outros documentos dos imigrantes japoneses que começaram a chegar ao Brasil em 1908.

Fotografia. Vista do mar com destaque para três embarcações militares em tons de cinza com janelas e torres com antenas. Acima, o céu azul com nuvens e um helicóptero sobrevoando próximo às embarcações.
Embarcações e aeronaves da fôrça de Autodefesa do Japão em treinamento entre a Austrália e os Estados Unidos em 2021.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Sugerimos a utilização de um mapa do Japão em que seja possível observar o encontro das três placas tectônicas em seu território, retomando, se necessário, os conteúdos sobre movimentos das placas tectônicas trabalhados no 6º ano. Além de explicar o motivo de o país ser um conjunto de ilhas vulcânicas, é possível promover a reflexão sobre os fenômenos locais (terremotos, vulcanismo, maremotos e tsunamis).

Boa parte dos desafios que os japoneses enfrentam, portanto, vem do fato de o país estar em uma área sujeita a diversos fenômenos naturais que podem acarretar grandes desastres. Apesar dos treinamentos constantes e de construções preparadas para muitos desses fenômenos, a fôrça da natureza muitas vezes acaba por surpreender a população e o governo japoneses.

Quanto ao poderio militar, o país sofreu severas sanções pós-Segunda Guerra Mundial, mas atualmente tem uma crescente atividade militar por ser um aliado dos Estados Unidos na região e estar em uma posição estratégica, próximo à China e à Coreia do Norte, países que geram tensões com a potência estadunidense.

Observação

O conteúdo desta página possibilita o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Os Tigres Asiáticos

Na década de 1980, Cingapura, taiuã (Formosa), Róng Kóng e Coreia do Sul receberam a denominação de Tigres Asiáticos.

Esse grupo apresentou grande desenvolvimento socioeconômico em decorrência da forte atuação do Estado na proteção da indústria local, inspirado nos modelos político e econômico japonês e estadunidense. Essa proteção se concretizou na fórma de pesados impostos sobre os produtos importados e na implantação de estratégias para atrair investimentos estrangeiros. Houve ainda investimentos maciços na qualificação da mão de obra, ainda que barata, no incentivo às exportações e na melhoria na distribuição de renda.

Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã se juntaram ao grupo a partir da década de 1990, sendo chamados de Tigres Asiáticos de Segunda Geração.

Cingapura

A cidade-Estado de Cingapura foi colônia britânica até 1965, quando obteve a independência, tornando-se membro da Comunidade Britânica das Nações.

A partir de 1980, Cingapura entrou em uma fase de grande crescimento econômico, firmando-se como centro financeiro e de indústrias de alta tecnologia, atraídas de outras partes do mundo pela mão de obra barata. As principais atividades econômicas do país atualmente se concentram nos serviços portuários e bancários, no turismo e nas indústrias química e de equipamentos eletroeletrônicos.

A maioria da população de Cingapura é de origem chinesa (acima de 74%). Malaios, indianos, britânicos e japoneses compõem, entre outros, as minorias do país.

O país conseguiu integrar-se aos circuitos globalizados e desenvolveu políticas internas marcadas por investimentos em inovação tecnológica, que visam atrair capitais estrangeiros. O padrão de vida da população é bastante elevado.

Fotografia. Vista de uma paisagem urbana. No primeiro plano, observa-se uma estrutura formando um deck à beira mar, com piso de madeira, jardins, parapeito e algumas pessoas circulando. No segundo plano, diversos edifícios e arranha-céus modernos e espelhados.
Vista do distrito empresarial de Cingapura (2021).
Orientações e sugestões didáticas

Texto complementar

O texto a seguir aborda o envolvimento do Estado em atividades de desenvolvimento industrial e tecnólogico em alguns países asiáticos.

O papel do Estado

A primeira evidência vem do Japão e dos “Tigres Asiáticos”, incluindo Coreia, Cingapura e taiuã reticências. Esses países costumam ser apresentados como casos de êxito do livre mercado e da competição, em contraste com as dificuldades encontradas pelas economias centralizadas conduzidas pelo Estado reticências.

A análise mais aprofundada do caso dos países asiáticos mostra, no entanto, não o afastamento do Estado das atividades de desenvolvimento industrial e tecnológico, mas, ao contrário, um envolvimento governamental muito mais forte e decisivo do que o que jamais pôde ser feito no Brasil reticências. Existem pelo menos quatro diferenças importantes, no entanto, que costumam ser assinaladas. A primeira é que a ação governamental nos países asiáticos não se deu pela constituição de um grande conjunto de empresas estatais, como no Brasil, e sim pela associação entre o Estado e o setor privado. Segundo, naqueles países, as políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico se pautaram sempre por claras considerações macroeconômicas, voltadas sobretudo para a obtenção de competitividade nos mercados internacionais. Terceiro, o desenvolvimento da capacidade inovativa nas indústrias se deu a partir da produção de componentes simples, que foram gradualmente se sofisticando. E quarto, o fortalecimento de indústrias nacionais não se fez pela exclusão de firmas e tecnologias estrangeiras, mas a partir de associações com elas.

chuártsmên sáimon. A redescoberta da cultura. São Paulo: êduspi, 1997. Disponível em: https://oeds.link/NAIQsM. Acesso em: 24 maio 2022.

Atividade complementar

Apresente um mapa que mostre os portos mais relevantes do mundo e pergunte aos estudantes o motivo de Cingapura aparecer como um dos locais mais importantes na circulação comercial mundial.

Estimule-os a levantar hipóteses sobre a questão considerando as características estudadas e a posição do país. Espera-se que os estudantes reconheçam que o papel de destaque de Cingapura se deve à sua posição estratégica, entre o Sudeste Asiático, a China e a Oceania, além da boa estrutura de transportes desse país.

Hong Kong

O território chinês de Róng Kóng esteve sob administração britânica desde 1842 e foi devolvido à China em 1997. De acordo com as negociações entre os dois governos, para sua reintegração ao domínio chinês, Róng Kóng deverá manter a estrutura de governo autônoma e seu sistema socioeconômico por pelo menos meio século.

O relevo montanhoso e a escassez de água dificultam o desenvolvimento da agricultura em Róng Kóng. A indústria é bastante diversificada e voltada para a exportação, sobretudo de bens de consumo, como roupas, relógios, calculadoras, brinquedos etcétera.

Róng Kóng é um dos maiores centros financeiros e de serviços do mundo, concentrando grande quantidade de bancos, seguradoras e companhias de exportação e importação.

Fotografia. Vista do alto mostrando uma paisagem urbana bastante adensada. No centro, um canal com embarcações circulando. Nas laterais, as margens do canal densamente ocupadas por arranha-céus e outras edificações com estilos arquitetônicos e alturas diferentes. Ao fundo, na parte de cima da fotografia, vista de montanhas.
Vista de Róng Kóng, China (2021).

Taiwan

A presença chinesa em taiuã data do século treze. No século dezessete, os chineses anexaram o arquipélago, que, em 1887, passou a ser uma província da China. Desde essa época, o território é disputado por chineses e japoneses. Em 1949, com a revolução socialista na China, taiuã tornou-se um Estado à parte, capitalista, com a influência de fugitivos do regime socialista, liderados por chiân cái chéqui.

Recentemente, o governo de taiuã restabeleceu as comunicações marítimas e liberou o comércio e o transporte de passageiros entre algumas de suas ilhas e o território continental da China, mas recusa ceder ao Estado chinês, que almeja consolidar o projeto de um país e dois sistemas, reincorporando o território , onde permitiria que o capitalismo continuasse vigorando. Nos últimos anos, houve um aumento de tensão nas relações entre o governo chinês e taiuã, que passou a receber apôio aberto dos Estados Unidos, país interessado, por razões econômicas, na desestabilização da China.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Os estudantes devem compreender que os Tigres Asiáticos pautaram seu desenvolvimento econômico em medidas muito parecidas: uma produção voltada para o consumo de países desenvolvidos, por meio do investimento do Estado em infraestrutura para o país, além do investimento em educação e qualificação profissional, o que fórma uma mão de obra especializada, mas ainda barata. Esse processo acabou por atrair as empresas transnacionais para esses países e gerar grande desenvolvimento econômico.

Observação

Os conteúdos desta página e da anterior possibilitam o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito, ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um zero e ê éfe zero nove gê ê um um.

Coreia do Sul

Por causa do relevo montanhoso do seu território, a Coreia do Sul, localizada em uma península, tem uma agricultura pouco desenvolvida, cuja produção é insuficiente para o abastecimento da população. A atividade industrial, portanto, é fundamental para a economia do país, com destaque para o setor de telecomunicações e para a produção de automóveis e eletroeletrônicos.

O desenvolvimento econômico sul-coreano decorreu do modelo econômico que tornou o país uma plataforma de exportação, como ocorreu nos demais Tigres Asiáticos. Na base desse desenvolvimento, houve uma significativa liberação do comércio externo e a diminuição dos investimentos sociais do governo.

A crise econômica mundial de 1997 atingiu a Coreia do Sul intensamente, levando à liquidação de bancos e à privatização de empresas estatais. Medidas de ajuste estrutural da economia, tomadas a partir de 1998, deram resultado, apesar de seu alto custo social. Incluíam grandes investimentos em educação e em infraestrutura, principalmente a ligada ao parque de pesquisa em ciência e tecnologia. O í dê agá da Coreia do Sul, em 2019, foi de 0,916, considerado muito elevado (o 23º na classificação dos países). Além disso, quase 100% da população acima dos 15 anos no país é alfabetizada.

Fotografia. Destaque para uma vitrine com dois braços robóticos brancos e arredondados e pequenos aparelhos eletrônicos sobre uma bancada.
Robôs produzidos por multinacional sul-coreana demonstram smartphones em feira internacional de dispositivos móveis realizada em Barcelona, Espanha (2022).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Se julgar pertinente, comente que o modelo sul-coreano tem uma pequena diferenciação do adotado no restante dos Tigres Asiáticos: a presença dos chamados chaebols, que são conglomerados de empresas, comandados por uma empresa principal, que, por sua vez, é comandada por uma família sul-coreana. São exemplos de chaebols empresas mundialmente influentes, como Hyundai, LG e Samsung. Essas empresas já eram importantes em escala local, mas a partir da década de 1960 receberam volumosos investimentos do governo, além de isenções fiscais que possibilitaram sua rápida ascensão no cenário mundial.

Observação

Os conteúdos desta página e da anterior possibilitam o desenvolvimento de aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero oito, ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um zero e ê éfe zero nove gê ê um um.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. Observe os mapas e responda às questões.

Mapa. Mapa físico do Japão, mostrando a distribuição das altitudes do país. Altitudes (metros) Acima de 1.000 metros: pequenas porções localizadas no interior das principais ilhas do país. Entre 200 e 1.000 metros: predominante em todas as principais ilhas do país. Entre 0 e 200 metros: predominante em toda a porção litorânea do país. Pico: Monte Fuji, 3.776 metros, localizado no centro do país. Na parte inferior direita, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 225 quilômetros. Mapa. Mapa mostrando as áreas com diferentes níveis de densidade demográfica, em habitantes por quilômetro quadrado, no território japonês. Essas áreas estão destacadas em tonalidades de cor que variam do mais claro, em amarelo (áreas de densidade mais baixa), para o mais escuro, em vermelho (áreas de densidade elevada). Densidade demográfica (habitantes por quilômetros quadrados) Menos de 50 habitantes por quilômetros quadrados, em amarelo: predominante na porção Norte do país. De 50 a 200 habitantes por quilômetros quadrados, em laranja: predominante no centro-sul do país. Mais de 200 habitantes por quilômetros quadrados, em vermelho: predominante no entorno das principais cidades do país, localizadas ao longo do litoral. Cidades (população em milhões). Entre 1,0 e 5,0 milhões: Sapporo, Sendai, Kawasaki, Yokohama, Nagoya, Kyoto, Osaka, Kobe, Hiroshima, Kitakyushu e Fukuoka. 8,0 milhões: população em milhões: Tóquio. Na parte inferior direita, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 225 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página 106.
  1. De que assunto tratam os dois mapas? Verifique as informações que eles contêm e dê um título para cada um deles.
  2. Redija um parágrafo explicando de fórma sucinta a relação existente entre os dois mapas.
  1. Descubra o Tigre Asiático descrito em cada um dos itens a seguir. Escreva no caderno.
    1. A atividade industrial é de extrema importância para o país; seu relevo montanhoso impede maior desenvolvimento da agricultura.
    2. O território foi alvo de muitas disputas entre chineses e japoneses até que, em 1949, se tornou um Estado à parte, capitalista, com fugitivos do regime socialista implantado na China.
    3. É um dos maiores centros financeiros e de serviços do mundo. Foi devolvido à China em 1997, porém manteve sua estrutura de governo autônoma e seu sistema socioeconômico.
    4. Cidade-Estado membro da Comunidade Britânica das Nações. A maioria da população é de origem chinesa, mas também composta de malaios, indianos, britânicos e japoneses, formando um mosaico cultural.
  2. Faça a leitura do trecho a seguir.

Na Ásia, a política invariavelmente sanciona o que a economia já sabe. O Século do Pacífico começou a conhecer seu dê êne á nos jardins do palácio presidencial de Bogos, Indonésia, em 15 de novembro de 1994, quando os príncipes dos 18 países da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (apéqui), trajando descontraídas camisas de batik e sorvendo suco de tangerina, brindaram ao estabelecimento de total livre-comércio e investimentos no arco do Pacífico até no máximo 2020. reticências

ESCOBAR, Pepe. 21: O século da Ásia. São Paulo: Iluminuras, 1997. página 80-81.

  1. O texto menciona o uso da vestimenta típica da Indonésia (batik) por representantes de diferentes países em um mesmo evento. O que isso significa?
  2. Qual é a importância do livre-comércio para os países desse grupo?
Orientações e sugestões didáticas

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

  • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.
  • Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial.
  • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras fórmas de representação para analisar informações geográficas.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

  • ê éfe zero nove gê ê zero oito (atividade 2)
  • ê éfe zero nove gê ê um zero (atividade 3)
  • ê éfe zero nove gê ê um cinco (atividade 1)

Respostas

    1. O mapa da esquerda representa altitudes do Japão; o da direita trata da densidade demográfica no Japão. Verifique se os estudantes incluíram nos títulos os dados sobre o local e as informações representadas em cada mapa.
    2. Com base na análise comparativa dos dois mapas, é possível inferir que as grandes cidades japonesas e, consequentemente, as maiores concentrações populacionais se encontram em áreas de relevos mais rebaixados, pois são mais fáceis de ser ocupadas. A atividade possibilita desenvolver o racicínio geográfico relacionado à extensão, à delimitação, à localização e à analogia.
    1. Coreia do Sul.
    2. taiuã.
    3. Róng Kóng.
    4. Cingapura.
    1. A vestimenta é utilizada para representar a igualdade entre os líderes dos diferentes países da apéqui. Por se encotrarem na Indonésia, utilizaram um traje típico dessa região, simbolizando equilíbrio e crescimento entre os membros por meio do livre-comércio.
    2. O livre-comércio é importante para esses países porque representa uma possibilidade de crescimento econômico conjunto. Os blocos econômicos se inspiram na União Europeia e em sua taxa de crescimento econômico para planejar esse tipo de ação conjunta.

Ícone. Seção Para refletir. Composto por silhueta de uma cabeça com engrenagens em seu interior.

Para refletir

Meio ambiente.

As políticas ambientais adotadas localmente contribuem de fórma efetiva para a diminuição dos impactos no planeta Terra?

Apesar dos avanços verificados nas últimas décadas com relação à preservação e conservação do planeta Terra, as questões ambientais não são protagonistas nas políticas adotadas pelos países, evidenciando que ainda há um caminho longo a ser percorrido.

A Ásia sofre com as mudanças ambientais em curso, enfrentando as consequências do aquecimento global e a perda de solos férteis em virtude das práticas agrícolas que degradam excessivamente a superfície terrestre.

O mapa representa o índice de Desempenho Ambiental, elaborado pelas universidades de Columbia e Yale, nos Estados Unidos. Tal índice leva em consideração diversos aspectos, como qualidade do ar, recursos hídricos, agricultura, biodiversidade, pesca, clima, energia e desmatamento. Nesse índice os valores variam entre 0 e 100, e, quanto mais próximo de 100, mais perto da meta ambiental. Com base no índice foi possível estabelecer um ranking dos países, o qual foi dividido em 5 grupos. Os países do grupo 1 apresentam o melhor desempenho ambiental e os do grupo 5, o pior. Observe no mapa.

PLANISFÉRIO: ÍNDICE DE DESEMPENHO AMBIENTAL (2020)

Mapa. Planisfério: índice de desempenho ambiental - 2020. Planisfério mostrando a classificação dos países em grupos de acordo com o índice de desempenho ambiental. Índice. Grupo 1: Canadá, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Irlanda, Itália, Alemanha, Romênia, Dinamarca, Países Baixos, Bélgica, Croácia, Albânia, Lituânia, Letônia, Estônia, Grécia, Suécia, Finlândia, Noruega e outros países europeus. Grupo 2: Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador, Argentina, Paraguai, Uruguai, Irã, México, Cuba, Afeganistão, Israel, Jordânia, Líbano, Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Polônia, entre outros países do Leste Europeu, Ásia e América Central. Grupo 3: Peru, Bolívia, Guiana, Nicarágua, Costa Rica, Marrocos, Argélia, África do Sul, Namíbia, Emirados Árabes, Egito, Turquia, Cazaquistão, Arábia Saudita, Iraque, Tailândia, Sri Lanka, Omã, entre outros países. Grupo 4: China, Mongólia, Mauritânia, Angola, Tanzânia, Nigéria, Etiópia, Indonésia, Vietnã, Laos, Camboja, Filipinas, entre outros países. Grupo 5: Índia, Bangladesh, Paquistão, Afeganistão, Angola, Nigéria, Costa do Marfim, Mauritânia, entre outros países. Sem dados: Somália, Líbia, Madagascar, Groenlândia, entre outros países. Na parte inferior direita, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 2.445 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: uêndlin, Z. A.; EMERSON, J. W.; chêrbinin, A. de et al. Environmental Performance Index 2020. New Haven, CT: Yale Center for Environmental Law & Policy, 2020. Disponível em: https://oeds.link/z4s2bv. Acesso em: 30 abril. 2022.
Orientações e sugestões didáticas

Seção Para refletir

Em consonância com a Competência Específica de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental número 6, esta seção contribui para o estudante: Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Além disso, trabalha com a Competência Geral da Educação Básica número 7: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

O conteúdo desta seção possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Educação ambiental e desenvolver saberes geográficos como a extensão e a delimitação.

Habilidades

ê éfe zero nove gê ê um cinco: Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ê éfe zero nove gê ê um sete: Explicar as características físico-naturais e a fórma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

No que se refere ao desmatamento, alguns países abrigam pequenas parcelas de florestas primárias, demonstrando que, ao longo do processo histórico, a manutenção da cobertura vegetal não foi uma verdadeira preocupação das autoridades. O mapa “Planisfério: percentuais de Florestas Primárias (2019)”, a seguir, demonstra os percentuais de florestas primárias em diferentes regiões do mundo.

O desmatamento é uma das causas das mudanças climáticas globais. Levando em consideração que a retirada da cobertura vegetal em determinado país é capaz de influenciar as condições ambientais do país vizinho, como pensar em políticas locais, uma vez que muitos impactos ambientais são globais?

PLANISFÉRIO: PERCENTUAIS DE FLORESTAS PRIMÁRIAS (2019)

Mapa. Planisfério: percentuais de florestas primárias - 2019. Planisfério mostrando a classificação dos países de acordo com os percentuais de floresta primária existentes em cada território. Os países estão destacados em tonalidades de cor que variam do mais claro, em amarelo (países com menor presença de floresta primária), para o mais escuro, em verde escuro (países com maior presença de floresta primária). Floresta primária em porcentagem: Menos de 2,52%: Groenlândia, Islândia, Cazaquistão, Mauritânia, Egito, Líbia, Arábia Saudita, Iêmen, entre outros países do Norte da África, do Oriente Médio e da Ásia. De 2,52% a 10,25%: Uruguai, Quênia, Uzbequistão, Mongólia, entre outros países da África e Ásia. De 10,25% a 24,91%: Argentina, Chile, África do Sul, Madagascar, Somália, Etiópia, Costa do Marfim, Índia, Austrália, China, Ucrânia, Filipinas, entre outros países da África, Europa e Ásia. De 24,91% a 50,37%: Bolívia, Botsuana, Zâmbia, Camboja, Vietnã, Rússia, Irã, Turquia, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, França, Alemanha, Polônia, Estados Unidos, Canadá, México, Cuba, Honduras, entre outros países da Europa, Ásia e África. Mais de 50,37%: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Angola, República Democrática do Congo, Suécia, Moçambique, Indonésia, Japão, entre outros países da África, América do Sul, Ásia e Europa. Na parte inferior direita, rosa dos ventos e  escala de 0 a 2.430 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Land use indicator. Faostat. Seção Data. Disponível em: https://oeds.link/JU6Au7. Acesso em: 30 abril. 2022.
  1. Compare, de modo geral, os países da Ásia com os de outros continentes em relação ao índice de desempenho ambiental e ao percentual de florestas primárias.
  2. De acordo com o que foi discutido, como devem ser as políticas ambientais para que haja efetivamente a diminuição dos impactos no planeta Terra?
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. Para facilitar a resolução da questão, oriente o uso de um planisfério representando a divisão dos países em continentes. A Ásia abrange uma realidade heterogênea, mas a maioria dos países do continente não apresentava bom desempenho ambiental em 2020, compondo um quadro geral melhor apenas que o da África, onde não havia países no grupo 1 do índice de desenvolvimento ambiental. Em relação às florestas primárias, os dados de 2019 indicam que vários países asiáticos apresentavam baixos percentuais desse tipo de vegetação no território, compondo um quadro geral aquém do encontrado na América, na Europa e na Oceania. Com um cenário semelhante ao da Ásia estava apenas a África, onde diversos países também apresentavam baixos percentuais de florestas primárias.
  2. As políticas ambientais devem considerar diferentes aspectos, como qualidade do ar, recursos hídricos, agricultura, biodiversidade, pesca, clima, energia e desmatamento. Além disso, devem considerar os impactos das políticas globais, o que implica uma necessidade de cooperação entre os países.

Questões para autoavaliação

Nesta Unidade, as questões sugeridas para autoavaliação – e que também podem ser utilizadas, a seu critério, para o diagnóstico do grau de aprendizagem dos estudantes – são as seguintes:

  1. Como a China se tornou uma das economias mais importantes do século vinte e um?
  2. Quais são os interesses da China em outras regiões do mundo, como a África?
  3. Quais são as consequências ambientais do modelo de desenvolvimento chinês?
  4. Como o Japão venceu a sua pouca extensão territorial e a escassez de recursos naturais para se tornar uma das maiores economias do mundo?
  5. Quais são as características dos chamados Tigres Asiáticos?

Glossário

Ópio
 Substância de efeito analgésico extraída dos frutos da papoula, usada na produção de medicamentos e também como narcótico.
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Manchu
 Que é natural da Manchúria ou habita essa região.
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Know-how
 Conhecimento de normas, métodos e procedimentos em atividades profissionais, especialmente as que exigem formação técnica ou científica; habilidade adquirida pela experiência; saber prático.
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Obsolescência
 Condição do que é ou está prestes a se tornar obsoleto, inútil, ultrapassado.
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Zaibatsus
 Poderosos grupos financeiros japoneses controlados por famílias tradicionais, proprietárias de grandes empresas, que se unem e buscam parceria com o Estado no desenvolvimento de suas atividades produtivas.
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