UNIDADE oito  Oceania

Fotografia. Vista aérea de uma ilha em formato de meia lua coberta por com vegetação densa e verde. Ao redor da ilha, presença de recife de coral e mar azul. Ao fundo, uma ilha menor também coberta de vegetação densa e verde, recife de coral e mar azul.
Vista aérea da ilha de Nova Bretanha, Papua Nova Guiné (2020).
Orientações e sugestões didáticas

Apresentação

Esta Unidade está relacionada às cinco Unidades Temáticas da Bê êne cê cê: O sujeito e seu lugar no mundo, Conexões e escalas, Mundo do trabalho, fórmas de representação e pensamento espacial e Natureza, ambiente e qualidade de vida.

A Unidade trabalhará as Competências Gerais da Educação Básica: (1) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; (3) Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural; (6) Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Os conteúdos trabalhados no texto principal, nas seções e nas atividades propostas buscam propiciar aos estudantes o desenvolvimento das seguintes Competências Específicas do Componente Curricular Geografia: (1) Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problema; (2) Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das fórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história; (3) Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

Fotografia. Vista oblíqua da área interna de um galpão. No centro, um corredor com uma pessoa de roupa preta circulando. Nas laterais direita e esquerda do corredor, pilhas enormes de lixo plástico compactadas.
Quantidades imensas de plástico têm se acumulado nas águas oceânicas de todo o mundo, o que é especialmente grave para o meio ambiente e para a população na Oceania. A redução do consumo e a reciclagem são essenciais para enfrentar o problema. Interior de empresa de reciclagem em Melbourne, Austrália (2019).

A Oceania tem grande diversidade de paisagens culturais e naturais. As montanhas rochosas, a grande quantidade de ilhas e arquipélagos e o deserto australiano são exemplos de paisagens do continente.

As mudanças climáticas têm sido um dos grandes desafios da atualidade para os países da Oceania. Recentemente, os noticiários vêm relatando problemas ambientais provocados por essas mudanças, como a acumulação de enormes quantidades de lixo no oceano Pacífico.

Como é possível enfrentar os problemas ambientais que afetam diretamente o continente?

Você verá nesta Unidade:

Quadro natural e regionalização

Características naturais da Oceania

A economia e o comércio internacional

A população da Oceania

Os maori e os aborígenes

Características gerais da Austrália e da Nova Zelândia

Orientações e sugestões didáticas

Nesta Unidade

A última Unidade do livro é dedicada ao estudo do espaço geográfico da Oceania, possibilitando aos estudantes compreender os aspectos físicos, sociais e econômicos do continente. Inicialmente, são abordadas as características gerais e a regionalização da Oceania, destacando-se aspectos da economia e do comércio internacional, o patrimônio natural e cultural, o modo de vida das populações de diferentes países e os problemas ambientais que enfrentam, o histórico da colonização e os processos de urbanização e industrialização. Em seguida, o foco recai sobre a Austrália e a Nova Zelândia, detalhando aspectos demográficos e socioeconômicos desses países.

As imagens de abertura desta Unidade são representativas de alguns dos principais temas abordados. A fotografia da esquerda apresenta uma das características naturais mais marcantes da Oceania: a grande quantidade de ilhas e arquipélagos, que confere ao continente aspectos únicos, tanto em relação aos elementos naturais quanto ao modo de vida e às atividades econômicas da população, fortemente ligadas ao clima e à hidrografia, entre outros. A fotografia da direita, por sua vez, chama a atenção para um grave problema ambiental do continente: o acúmulo de plástico nas águas oceânicas. Reduzir o consumo e reciclar os materiais descartáveis são medidas fundamentais para o enfrentamento desse problema.

São trabalhados ao longo da Unidade os seguintes Objetos de conhecimento:

  • Corporações e organismos internacionais.
  • As manifestações culturais na formação populacional.
  • A divisão do mundo em Ocidente e Oriente.
  • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.
  • Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas.
  • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras fórmas de representação para analisar informações geográficas.
  • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania.

CAPÍTULO 16 Oceania: quadro natural e sociedade

A Oceania é o menor continente do planeta e o menos populoso, formado por Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné e vários conjuntos de pequenas ilhas e atóisglossário dispersos pelo oceano Pacífico.

As ilhas e os atóis da Oceania se dividem em três grupos: Melanésia, ou “Ilhas Negras”; Micronésia ou “Pequenas Ilhas”; e Polinésia, que abrange o maior número de ilhas. Observe a distribuição dessas ilhas e atóis no mapa a seguir.

OCEANIA: FÍSICO E POLÍTICO

Mapa. Oceania: físico e político. Mapa mostrando as diferentes altitudes e os picos da Oceania. As altitudes mais elevadas estão representas em marrom escuro, enquanto as menos elevadas estão em verde. As altitudes mais elevadas, de 2.000 metros ou mais, estão na Papua Nova Guiné e na porção sul da Nova Zelândia. Altitudes entre 1.500 a 2.000 metros abrangem a Cordilheira Australiana, no extremo leste da Austrália. As altitudes que variam entre 500 metros e 1.500 metros, estão na Papua Nova Guiné, na Nova Zelândia e na costa leste e interior da Austrália. Áreas com altitudes entre 200 e 500 metros de altitude ocorrem na porção oeste e interior da Austrália, na Nova Zelândia e estreita faixa central de Papua Nova Guiné. As altitudes que variam entre 0 e 200 metros estão na faixa litorânea norte e áreas da porção leste da Austrália e sudoeste de Papua Nova Guiné. Os principais picos são: Wilhelm, com 4.508 metros de altitude, localizado em Papua Nova Guiné; Cook, com 3.764 metros de altitude, na porção da Nova Zelândia; Ruapehu, com 2.796 metros de altitude, no norte da Nova Zelândia; Kosciusko, com 2.230 metros, no sudeste da Austrália; Bruce, com 1.227 metros de altitude, na porção oeste da Austrália. Oceania político: Austrália (capital: Camberra); Nova Zelândia (capital: Wellington); Papua Nova Guiné (capital: Port Moresby). Micronésia: Ilhas Marshall (capital: Dalap Uliga-Darrit); Nauru (capital: Yaren); Estados Federados da Micronésia (capital: Palikir); Fiji (capital: Suva); Tuvalu (capital: Vaiaku). Melanésia: Palau (capital: Melekeok); Ilhas Salomão (capital: Honiara); Vanuatu (capital: Porto Vila). Polinésia: Kiribati (capital: Bairiki); Samoa (capital: Apia); Tonga (capital: Nukualofa); Polinésia Francesa (capital: Papeete); Ilhas Cook (Nova Zelândia). Na parte direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 855 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 108. Junto à costa nordeste da Austrália, localiza-se o maior recife de corais do mundo – a Grande Barreira Coralínea, com extensão de mais de 2 mil quilômetros.
Orientações e sugestões didáticas

Sobre o Capítulo

Neste Capítulo apresentaremos os diferentes aspectos físicos da paisagem, além de características populacionais, econômicas e sociais da Oceania. São enfatizadas as tentativas de integração econômica que envolvem os países do continente, além da atividade turística e da ocorrência de testes nucleares no Atol de Bikini. A análise da população destaca a atual situação dos povos nativos, os resultados do contato com os europeus e a afirmação de suas identidades culturais.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

ê éfe zero nove gê ê zero dois: Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

ê éfe zero nove gê ê zero três: Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

ê éfe zero nove gê ê zero quatro: Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

ê éfe zero nove gê ê zero oito: Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.

ê éfe zero nove gê ê zero nove: Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

ê éfe zero nove gê ê um quatro: Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

ê éfe zero nove gê ê um seis: Identificar e comparar diferentes domínios morfoclimáticos da Europa, da Ásia e da Oceania.

ê éfe zero nove gê ê um sete: Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

ê éfe zero nove gê ê um oito: Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.

Observação

Esta página apresenta informações textuais e cartográficas necessárias para o trabalho com as habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um sete.

Características naturais da Oceania

As paisagens da Oceania são bastante diversificadas e incluem desertos, praias, montanhas nevadas, fiordesglossário e vulcões ativos.

As unidades de relevo do continente foram formadas ao longo de várias etapas da história geológica do planeta Terra. O substrato geológico das grandes massas territoriais, como o escudo australiano, situado no centro da placa tectônica, é composto de terrenos bastante antigos, que datam do Período Pré-Cambriano.

A ação dos agentes internos e externos do planeta ao longo do tempo favoreceu o desenvolvimento de um subsolo altamente rico em recursos minerais e de um relevo amplamente desgastado, constituído de extensos planaltos rochosos, planícies sedimentares ao longo dos rios e altitudes que não ultrapassam os 500 metros acima do nível do mar.

Na Austrália, as maiores altitudes estão localizadas em sua porção leste, na Cordilheira Australiana.

Grande parte das ilhas e dos atóis da Oceania está situada no Círculo de Fogo do Pacífico, área caracterizada pela intensa atividade vulcânica em decorrência do encontro de placas tectônicas. Por isso, a formação de tais terrenos é mais recente. Muitas ilhas abrigam unidades de relevos e substratos desgastados, mas também formações geológicas do Período Cretáceo. Em alguns locais, é possível observar altitudes bastante elevadas, que atingem os .4000 metros, como o monte vílhem, localizado na Papua Nova Guiné.

Fotografia. Destaque para um lago azul circundado por montanhas com vertentes íngremes e cobertas por vegetação rasteira e fragmentos de rocha exposta. Acima, céu azul com nuvens.
Área superior do monte vílhem, considerado o ponto mais alto da Papua Nova Guiné (2017).

A grande variação latitudinal do continente influencia significativamente os tipos de clima encontrados na Oceania. As regiões próximas à linha do Equador e às Zonas Tropicais registram elevados índices de pluviosidade e temperaturas altas o ano todo. No entanto, parte do território da Oceania está inserida na Zona Temperada, como a ilha da Tasmânia, a porção sudeste e o sul da Nova Zelândia. Nesses locais, as temperaturas são mais amenas e os invernos úmidos são moderados.

O clima do continente também é fortemente influenciado pelos fatores da maritimidade e da continentalidade. Nas regiões litorâneas e nas diversas pequenas ilhas, os índices de pluviosidade são mais elevados, em virtude da umidade vinda do oceano Pacífico. Já na porção central da Austrália, grande parte da umidade é retida pela Cordilheira Australiana, o que possibilita a ocorrência de clima do tipo desértico, caracterizado pelos baixos índices de chuva, inferiores a 350 milímetros por ano.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Inicie este Capítulo informando aos estudantes que a Oceania foi denominada Novíssimo Mundo pelos colonizadores, por seus aspectos naturais e, principalmente, históricos. Entre os aspectos históricos, está o fato de que as expedições de exploração e de colonização europeias para a Oceania são posteriores às da América, chamada Novo Mundo. Entre os naturais, está a formação geológica de boa parte do continente, composto de inúmeras ilhas e arquipélagos, muitos de formação recente e vulcânica.

Observação

O conteúdo desta página pode contribuir para o trabalho com aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero quatro, ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um sete.

Atividade complementar

Proponha aos estudantes que realizem uma breve pesquisa sobre as ilhas que compõem a Micronésia, a Melanésia e a Polinésia. Oriente-os a buscar em livros e revistas, impressos ou digitais, as principais características de algumas ilhas e países dessas regiões, exercitando a revisão bibliográfica, a análise documental e a construção de relatórios como práticas de pesquisa. É possível dividir a turma em três grupos para que cada um deles exponha o resultado aos demais estudantes.

Há, por fim, a ocorrência de clima do tipo mediterrâneo, especialmente no extremo sul da Austrália, com verões quentes e secos e invernos frios e úmidos, além de locais cujas temperaturas são bastante frias, devido à influência das altas altitudes, como na Cordilheira Australiana e na porção central da Nova Zelândia e da Papua Nova Guiné.

OCEANIA: CLIMA

Mapa. Oceania: clima. Mapa mostrando os tipos de clima da Oceania. Tropical úmido: extremo norte da Austrália e predominante em Papua Nova Guiné. Tropical seco: porção norte e central da Austrália. Temperado úmido: costa leste da Austrália e porção norte da Nova Zelândia. Mediterrâneo: porção sul e costa oeste da Austrália. Temperado: extremo sul da Austrália e porção sul da Nova Zelândia. Desértico: porção sul e central da Austrália e fragmento na porção sul da Nova Zelândia. Frio de montanha: porção sudeste da Austrália e interior da Nova Zelândia e da Papua Nova Guiné. Na parte inferior direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 850 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION. Map Gallery – Region: Oceania. Socioeconomic Data and Applications Center, Nova iórque, Columbia University, 1997-2022. Seção Maps. Disponível em: https://oeds.link/yllFE3. Acesso em: 30 abril. 2022.

As unidades de relevo e os diferentes tipos de clima influenciam também na grande diversidade de vegetação presente na Oceania. Nas Zonas Equatoriais e Tropicais predominam vegetações caracterizadas por florestas densas e úmidas.

Nas faixas de transição entre os climas úmido e sêco, ocorrem os tipos de vegetação adaptados aos menores índices de pluviosidade e às temperaturas elevadas, como as Pradarias e as Savanas.

A vegetação rasteira, composta principalmente de gramíneas e arbustos, é adaptada à baixa umidade presente em locais de clima desértico do interior da Austrália.

Por fim, as Zonas Temperadas e de elevadas altitudes abrigam fragmentos de Florestas Subtropicais e vegetação de altitude, características de locais onde predominam temperaturas mais amenas ao longo do ano.

OCEANIA: VEGETAÇÃO

Mapa. Oceania: vegetação. Mapa mostrando os tipos de vegetação da Oceania. Floresta Tropical e Subtropical: fragmento na porção nordeste da Austrália e predominante na Papua Nova Guiné e nas demais ilhas da Oceania. Floresta Temperada: costa leste da Austrália e predominante no norte e na costa oeste da Nova Zelândia. Pradarias, Savanas e Campos Tropicais: porção norte da Austrália. Pradarias, Savanas e Campos Temperados: interior da Austrália e costa leste da Nova Zelândia. Vegetação de Altitude: fragmento da costa sudeste da Austrália e interior da Nova Zelândia e da Papua Nova Guiné. Vegetação de Deserto: interior da Austrália. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 675 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION. Population, Landscape, And Climate Estimates (PLACE), v2 (1990, 2000). Socioeconomic Data and Applications Center, Nova iórque, Columbia University, 1997-2022. Seção Data. Disponível em: https://oeds.link/N2wwpQ. Acesso em: 30 abril. 2022.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Explore com os estudantes os mapas que representam o clima e a vegetação da Oceania. Depois, peça a eles que relacionem, oralmente, a incidência de determinados tipos de vegetação, levando em consideração o clima.

A interpretação e a comparação dos mapas da página favorecem a construção do raciocício geográfico ao exercitar saberes como a extensão, a delimitação, a localização, a causalidade e a analogia.

Observação

O conteúdo desta página possibilita desenvolver aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê um seis e ê éfe zero nove gê ê um sete.

O comércio internacional e as atividades econômicas

A Austrália e a Nova Zelândia tiveram significativo desenvolvimento econômico nas duas últimas décadas do século vinte, fruto da sua maior integração na economia global, principalmente com o Japão e os Estados Unidos. Já no século vinte e um, a China se consolidou como o principal parceiro comercial de ambos os países.

Tanto a Austrália como a Nova Zelândia mantêm laços históricos e econômicos com os países europeus, que se concentram na manutenção das relações comerciais e no aprofundamento da cooperação entre os países.

A Apec

Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné integram a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (apéqui, na sigla em inglês), bloco estabelecido em 1989 cuja sede se localiza em Cingapura, na Ásia.

Embora o objetivo inicial da apéqui fosse obter um acordo de livre-comércio entre os países com maior desenvolvimento, o protecionismo econômico dificultou a eliminação de barreiras comerciais entre eles.

As imensas diferenças econômicas entre os países-membros da Apec também estão entre os fatores que criam dificuldades para que eles se integrem de modo mais coeso e fortaleçam o bloco, que representa quase a metade do comércio mundial.

PLANISFÉRIO: apéqui

Mapa. Planisfério: A APEC. Mapa de localização dos países membros da APEC. Apec: Rússia, China, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong, Taiwan, Filipinas, Tailândia, Brunei, Malásia, Cingapura, Indonésia, Vietnã, Papua Nova Guiné, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Peru, México, Estados Unidos e Canadá. Na parte inferior direita, rosa dos ventos e escala a de 0 a 1.420 quilômetros.
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas geográfico escolar. oitava edição. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página. 79.

Ler o mapa

Além da Oceania, em quais continentes há países participantes da apéqui?

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Ao trabalhar o conteúdo desta página com os estudantes, solicite a eles que façam, oralmente, uma breve comparação das diferenças econômicas entre os países-membros da apéqui. Caso tenham dificuldade, oriente-os nessa comparação, citando como exemplo países como Estados Unidos e Japão, de um lado, e Peru e Filipinas, de outro.

Observação

Este conteúdo favorece o trabalho com aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero dois e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Resposta

Ler o mapa:

América, Ásia e Europa (a Rússia também faz parte da Europa).

Ícone. Sugestão de site.

Sugestão para o professor:

ASIA-PACIFIC Economic Cooperation (apéqui). Disponível em: https://oeds.link/8RMbSR. Acesso em: 23 maio 2022.

O site, em inglês, reúne informações, notícias e projetos sobre o bloco econômico, que podem ser apresentados aos estudantes em sala de aula.

Turismo: uma das principais atividades no continente

Nas ilhas da Oceania, o clima quente e as paisagens diversificadas – que incluem desertos, praias paradisíacas, florestas tropicais, recifes de corais e piscinas naturais termais em crateras de vulcão – atraem turistas de todo o mundo.

A Austrália tem localidades consideradas Patrimônio da Humanidade pela unêsco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) por sua importância natural e cultural. Uma delas é a Grande Barreira Coralínea, formada por uma infinidade de anéis de coral próximos uns dos outros, que se estende por .2200 quilômetros e é uma atração para mergulhadores de todo o mundo.

A Austrália conseguiu organizar o turismo com alto padrão, oferecendo serviços de hotelaria, transporte e guia para suas diversas atrações. Além disso, sedia campeonatos de esportes radicais, eventos internacionais e apresentações artísticas renomadas na casa de espetáculos Opera House e recebe muitos universitários em suas grandes cidades, como Brisbane, Camberra, Sydney, Adelaide e Melbourne.

Na Nova Zelândia, há diversos parques naturais. O país dispõe de diversidade de paisagens, o que o torna um dos centros do turismo mundial, principalmente o chamado turismo de aventura.

Nos arquipélagos e nas pequenas ilhas da Oceania, as populações vivem da agricultura, da pesca e do turismo.

OCEANIA: PRINCIPAIS PATRIMÔNIOS DA HUMANIDADE

Mapa. Oceania: principais patrimônios da humanidade. Mapa mostrando a localização dos patrimônios culturais e naturais da Oceania. Patrimônio cultural: porção sudeste da Austrália; porção norte de Papua Nova Guiné, Ilhas Marshall; Estados Federados da Micronésia; Vanuatu; Fiji; Polinésia Francesa (França). Patrimônio natural: porção leste, norte e oeste da Austrália; porção sul da Nova Zelândia; Nova Caledônia (França); Ilhas Salomão; Kiribati; Ilhas Pitcairn (Reino Unido). Patrimônio cultural e natural: porção norte, centro e sul da Austrália, norte da Nova Zelândia e Palau. Na parte inferior direita, rosa dos ventos e escala a de 0 a 760 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION. Interactive Map. World Heritage Convention, Paris, 2022. Disponível em: https://oeds.link/KtSkAn. Acesso em: 30 abril. 2022.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

A região da Polinésia francesa abriga mais de 100 ilhas e atóis, que ocupam uma área de quatro milhões de quilômetros quadrados no oceano Pacífico. Dos locais que compõem a região, o Taiti é o mais procurado pelos turistas. Nas ilhas do Taiti, bem como nas da Melanésia e da Micronésia, prevalecem as atividades primárias, e a economia é muito dependente do turismo.

Observação

Os conteúdos desta página podem contribuir para o desenvolvimento das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um quatro e ê éfe zero nove gê ê um sete.

Atividade complementar

Oriente os estudantes a se organizar em seis grupos. Utilizando como base o mapa “Oceania: principais patrimônios da humanidade“, cada grupo deverá buscar informações a respeito de um bem do patrimônio de um dos países ou grupo de ilhas: Austrália, Papua Nova Guiné, Nova Zelândia, Melanésia, Micronésia e Polinésia.

Solicite aos estudantes que verifiquem se o patrimônio é cultural, natural ou cultural e natural. Os resultados do levantamento devem ser apresentados aos demais grupos na fórma de um cartaz com uma ou mais imagens do bem pesquisado e uma breve descrição de sua importância para a população local e para a humanidade. Essa atividade oferece aos estudantes a oportunidade de exercitar a revisão bibliográfica, a análise documental, a tomada de nota e a construção de relatórios como práticas de pesquisa.

Extrativismo, industrialização e urbanização

Os países da Oceania apresentam grandes contrastes e desigualdades no desenvolvimento socioeconômico, o que se reflete na diversidade de atividades econômicas observadas em cada local.

A Papua Nova Guiné é rica em petróleo, gás natural e minérios. O extrativismo é uma das principais atividades econômicas do país.

Já a Austrália e a Nova Zelândia apresentam um elevado grau de industrialização, desenvolvendo uma economia bastante diversificada, apoiada nos setores de indústria de base, produção de alimento, exploração de recursos minerais, principalmente carvão mineral, ouro e alumínio, e agropecuária altamente mecanizada e produtiva.

A industrialização desses países impulsionou o desenvolvimento de uma rede bem estruturada de transporte e comunicações. Os principais parques industriais da Austrália estão localizados nas regiões litorâneas, nas proximidades dos portos, para facilitar a circulação de produtos destinados ao mercado exterior.

Para acessar o interior do país e interligar as regiões mais distantes do litoral, sobretudo as áreas onde ocorre a exploração de recursos minerais, foram implantados, ao longo da recente história da Austrália, extensos eixos rodoviários e ferroviários, alterando as paisagens presentes no entorno.

AUSTRÁLIA: INFRAESTRUTURA E RECURSOS MINERAIS

Mapa. Austrália: infraestrutura e recursos minerais. Mapa mostrando a distribuição das reservas minerais e das infraestruturas de transporte no território australiano. Ferro: predominante na porção oeste e Tasmânia. Carvão: predominante na costa leste. Cobre: porção leste, norte, sudeste e Tasmânia. Ouro: porção oeste, sul e leste. Outras mercadorias: costa oeste e leste, porção norte e sul. Gás: interior da porção leste e costa noroeste. Petróleo: interior da porção leste, costa do noroeste e sul. Aeroporto: costa norte, sudoeste, sul, sudeste, nordeste e Tasmânia. Porto: costa leste, oeste e Tasmânia. Terminal intermodal: costa leste, oeste, sul e Tasmânia. Rodovia: predominante na porção sudoeste; sudeste, norte e nordeste. Ferrovia: duas principais linhas férreas cruzando o país de leste a oeste e de sul ao norte. Capital: Camberra, situada na porção sudoeste. Na parte inferior direita, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 340 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: AUSTRALIA. Departament of Infrastructure, Transport, Regional Development and Comunications. Disponível em: https://oeds.link/gO1RGX. Acesso em: 30 abril. 2022.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Reforce com os estudantes os contrastes na urbanização e na industrialização dos países da Oceania. As consequências da industrialização de países como Austrália e Nova Zelândia impactam diretamente nos países insulares, de economia menos desenvolvida.

A emissão de poluentes por meio da queima de combustíveis fósseis impacta no fenômeno do aquecimento global. Uma das consequências é o aumento do nível do mar, o que pode levar ao desaparecimento de ilhas do Pacífico Sul. Ressalte que, apesar de muito visíveis na Oceania, os efeitos das mudanças climáticas devem ser enfrentados em escala global. Os riscos da manutenção de práticas predatórias afetam o meio ambiente e a população de todo o planeta.

A leitura do mapa que representa a infraestrutura e os recursos minerais na Austrália favorece o desenvolvimento de saberes geográficos relacionados à localização e à conexidade.

Observação

O conteúdo desta página contribui para o trabalho com aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Aspectos urbanos da Oceania

O processo de colonização e o desenvolvimento industrial dos países da Oceania também impulsionaram a rápida urbanização do continente. Atualmente, cêrca de 70% da população do continente vive nas áreas urbanas.

As cidades também refletem os contrastes socioeconômicos verificados entre os países. Atualmente, Sydney, Auckland, Melbourne e as demais cidades australianas e neozelandesas, por exemplo, apresentam elevados indicadores das condições de vida da população. Por outro lado, no continente há locais cujas condições são extremamente precárias, como na cidade de Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné.

Fotografia. Vista aérea para uma cidade a beira-mar. À esquerda, arranha-céus espelhados em construção e outras edificações. À direita, um canal com uma marina e ponte ligando as duas zonas da cidade em destaque na imagem. Ao fundo, mar, ponte e outras zonas urbanas.
Vista de Perth, Austrália (2019). Essa cidade possui uma população com cêrca de 2 milhões de habitantes, sendo considerada a mais povoada da porção oeste do país.
Fotografia. Vista aérea uma área urbana a beira-mar, ocupada por edificações horizontais. Destaque para uma superfície plana ocupada por ruas e casas situadas em braços  que avançam a superfície do mar.
Área de ocupação por populações pobres em vila de Koki, Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné (2019).
Orientações e sugestões didáticas

Texto complementar

A situação de pobreza enfrentada por grande parcela da população de Papua Nova Guiné é agravada pelos terremotos que com frequência atingem o país. Leia a seguir uma notícia sobre um terremoto ocorrido em 9 de janeiro de 2022.

Terremoto de 5,9 graus abala o leste de Papua Nova Guiné

Um tremor de 5,9 graus foi sentido perto do litoral leste de Papua Nova Guiné, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (U ésse gê ésse).

O terremoto teve seu epicentro a 200 quilômetros do litoral da ilha Nova Bretanha, a 19 quilômetros de profundidade, e foi sentido às 23horas05, segundo o U ésse gê ésse.

Inicialmente não há registros de danos ou alertas de tsunami.

Papua Nova Guiné fica no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, que é altamente sísmico devido ao atrito entre placas tectônicas.

Em julho de 2020, um terremoto de 6,9 graus causou terror na capital Port Moresby, mas não foram registrados maiores danos.

Em fevereiro de 2018, outro movimento telúrico de 7,5 graus atingiu a área alta do país provocando deslizamentos que destruíram casas e deixaram ao menos 125 mortos.

TERREMOTO de 5,9 graus abala o leste de Papua Nova Guiné. Correio Braziliense, 9 janeiro. 2022. Disponível em: https://oeds.link/nAChRD. Acesso em: 24 maio 2022.

Observação

O conteúdo desta página contribui para o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Atividade complementar

Para evidenciar os contrastes socioeconômicos entre Nova Zelândia, Austrália e Papua Nova Guiné, peça aos estudantes que pesquisem dados demográficos e indicadores sociais desses países.

Oriente-os a reunir, preferencialmente, informações referentes a:

  • demografia e urbanização;
  • renda per cápita;
  • taxa de natalidade;
  • expectativa de vida.

Analise com os estudantes os dados que obtiveram e, em seguida, solicite a eles que elaborem individualmente um pequeno texto expondo suas conclusões.

Essa atividade possibilitará que exercitem a revisão bibliográfica, a análise documental, a tomada de nota e a construção de relatórios como práticas de pesquisa.

Multiculturalismo

População: a colonização e os povos nativos

A colonização da Austrália foi iniciada na segunda metade do século dezoito, quando os britânicos estabeleceram no local uma colônia penal. Até 1830, mais de 60 mil presos (na maioria opositores irlandeses) foram levados para o país e submetidos ao trabalho forçado.

Em 2021, a Oceania abrigava mais de 43 milhões de habitantes. Grande parte da população é descendente de europeus, principalmente de britânicos. Os nativos – como os aborígenes e os maori – lutam pela preservação de sua cultura diante das ações sistemáticas de desarticulação de seus costumes, línguas e valores desde a colonização europeia.

  • Os aborígenes (população nativa australiana), que têm por traço cultural uma identificação espiritual com a terra, foram sistematicamente agredidos, principalmente depois da descoberta de ouro no território. Quando os britânicos chegaram à Austrália, sua população era de aproximadamente 750 mil aborígenes.
  • Mais de 80% da população aborígene foi dizimada nas guerras pela posse das terras ou por envenenamento. Em 1901, estimava-se que essa população teria sido reduzida a apenas 93 mil pessoas. Os sobreviventes foram para áreas menos valorizadas, como os desertos, onde atualmente se localiza a maior parte das reservas desses povos. Em 2019, havia pouco menos de 850 mil aborígenes no território australiano.
Fotografia. Destaque para um grupo de pessoas dançando em um espaço a céu aberto. No centro, um homem com pinturas faciais e corporais, faixa vermelha na cabeça, braço esquerdo erguido com ramo de folhas na mão. Ao redor dele, algumas mulheres de roupa preta, adereço branco na cabeça, mãos erguidas com ramo de folhas nas mãos.
Grupo participa de dança de origem aborígene durante celebração do Dia da Austrália em Sydney, Austrália (2022).

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Os povos aborígenes da Austrália

[Locutor]: Atualmente, na Austrália, apenas cerca de 2% da população são compostos por povos nativos. Dentre eles, estão os aborígenes.

Vamos conhecer um pouco mais sobre eles?

Estudos sobre o genoma dessas populações indicam que os aborígenes partiram da África há 60 mil anos ou mais e chegaram à Oceania por meio de rotas marítimas. Eles permaneceram sem contato com os povos europeus durante milhares de anos até a chegada dos ingleses no século XVIII.

 Aqueles que habitavam o Outback, a parte desértica da Austrália, viviam de atividades de subsistência, como a caça, a coleta de espécies vegetais e a busca incessante por fontes de água. [Barulho de água]

Acostumados a usar pinturas no corpo e a realizar danças e rituais que imitavam os animais e cultuavam os elementos da natureza, esses povos se comunicavam com os espíritos para agradecê-los por conceder-lhes meios necessários à sobrevivência, como alimentos e águas das chuvas.

Caçavam com bumerangues, instrumentos de madeira, com forma abaulada, projetados para retornarem ao arremessador após serem lançados contra a presa. Os bumerangues são um dos símbolos da Austrália atual. 

A música é também um elemento importante da cultura desses povos. Os didgeridoos, instrumentos de sopro confeccionados manualmente com troncos ocos e compridos, eram acompanhados de outros instrumentos para dar ritmo a rituais e danças típicas. Para produzir o som, o instrumentista apoiava uma das extremidades no chão e a outra na boca. Ao soprar, um som grave e contínuo era emitido. [Som Grave]

Quando os ingleses chegaram ao continente, os aborígenes eram cerca de 750 mil, distribuídos em 500 grupos étnicos. Cada grupo possuía características e tradições culturais particulares e se comunicavam em línguas e dialetos diferentes.

Estima-se que, até o início do século XX, cerca de 80% da população original havia desaparecido.

Mesmo após a independência do país, em 1900, os povos aborígenes remanescentes continuaram sofrendo com a violência, a discriminação racial e a expropriação de suas terras.

Durante a maior parte do século XX, os governos australianos exerceram um grande controle sobre a população nativa. Por exemplo, os aborígenes precisavam de autorização para circular nas cidades próximas das áreas de reservas onde viviam. 

De lá para cá, muito esforço foi feito para garantir os direitos legais desses povos.

Apenas em 1967, eles conquistaram o direito ao voto nas eleições federais. Na década de 1970, a política de retirar crianças mestiças das famílias aborígenes foi finalmente abolida. Essa prática, que existia desde 1910, tinha por objetivo eliminar os traços da cultura tradicional desses povos.  

Em 1992, o Tribunal Superior de Justiça australiano anulou o conceito de “terra de ninguém”. Tal decisão reconheceu os direitos de propriedade territorial de muitas comunidades da Austrália rural. 

Ainda há muito a ser feito para reparar os danos causados ao longo dos séculos pela colonização e incluir plenamente os povos aborígenes e seus descendentes na sociedade australiana. 

  • Nos territórios da atual Nova Zelândia, os maori (povo originário da Polinésia) impuseram forte resistência à dominação colonial britânica, mas ao longo do século vinte sofreram grandes baixas populacionais. Estima-se que, a partir de 1840, a população maori tenha sido reduzida de 100 mil para 42 mil pessoas.
  • Por meio de muita luta, esse povo tem conquistado direitos que protegem seu modo de vida. Em 2020, eram aproximadamente 850 mil habitantes, o que corresponde a quase 17% do total da população neozelandesa.
Fotografia. Destaque para um grupo de mulheres dançando na frente da fachada de uma casa. Elas estão com o braço direito erguido e possuem o cabelo liso e comprido. Vestem saias de miçangas, adereços na cintura e na cabeça e blusas com desenhos geométricos e têm a boca e o queixo pintados de preto.
Pessoas de grupo cultural maori se apresentam em Wellington, Nova Zelândia (2021).
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Esta página contempla o tema contemporâneo Diversidade cultural.

Discuta com os estudantes as semelhanças e as diferenças nas relações travadas entre os colonizadores e os povos nativos na Austrália e na Nova Zelândia. Se possível, promova a exibição do filme Geração roubada, sugerido nesta página. A partir de referências do filme, é possível comparar os estereótipos atribuídos aos aborígenes e aos maori, ressaltando possíveis semelhanças e particularidades em cada caso. Analise também as políticas públicas voltadas a essas populações, comparando as ações assimilacionistas na Austrália e na Nova Zelândia.

Observação

O conteúdo apresentado contribui para o desenvolvimento das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero quatro e ê éfe zero nove gê ê zero oito.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o estudante:

GERAÇÃO Roubada. Direção: fílip nóis. Austrália, 2002. Duração: 78 minutos.

Ambientado na Austrália do início da década de 1930, o filme retrata a política assimilacionista adotada pelo Estado australiano entre os séculos dezenove e vinte por meio da história de três garotas de ascendência aborígene que foram separadas das famílias e levadas à fôrça para um campo onde deveriam ser treinadas para trabalhar para famílias brancas.

Ícone. Sugestão de livro.

Sugestões para o professor:

FLORES, Elio Chaves. Nós e Eles: etnia, etnicidade, etnocentrismo. In: ZENAIDE, M. N. T.; SILVEIRA, R. M. G.; FERREIRA, L. F. G (Organização.). Educando em Direitos Humanos: fundamentos culturais. João Pessoa: Editora da ú éfe pê bê, 2016. volume 2, página 25-40. Disponível em: https://oeds.link/gODVAA. Acesso em: 24 maio 2022.

Conceitos, dispositivos constitucionais, documentos oficiais e indicações bibliográficas referentes aos direitos humanos e às questões de etnia e etnicidade.

LE CLÉZIO, J. M. G. de. Raga: uma viagem à Oceania, o continente invisível. Rio de Janeiro: Record, 2011.

Narrativa da descoberta e da colonização das ilhas da Oceania por europeus, em uma composição literária que envolve relatos antropológicos, lendas e depoimentos fictícios e reais.

Ícone. Seção Lugar e cultura. Composto por um vaso colorido.

Lugar e cultura

A representação da paisagem por povos aborígenes da Oceania

A Oceania é caracterizada pelos seus aspectos físicos peculiares, onde predominam extensas áreas de planalto cujas elevações são bastante suaves. O clima Desértico predomina em praticamente todo o território da maior ilha do continente, a Austrália.

Os países que compõem a Oceania também são reconhecidos por abrigar muitos povos originários, que habitam aqueles locais há mais de 40 mil anos.

Na Austrália, por exemplo, os aborígenes, apesar de representarem menos de 4% da população atual, compõem cêrca de 500 povos diferentes, com idiomas e territórios próprios. São reconhecidos pela cultura e pelas expressões artísticas que celebram os elementos da natureza, em que o ser humano não é considerado superior, e sim um dos seres que se integram a ela.

Com uma paleta de cores fortes e diversificadas, as pinturas abstratas características da cultura aborígene retratam as paisagens de cor ocre presentes nas grandes áreas de deserto do país.

Observe a pintura do artista dêni íst úd, um ícone da arte aborígene australiana, e compare-a com a fotografia do Uluru (áiers róc), um rochedo considerado sagrado situado na região central da Austrália. Em seguida, responda às questões propostas.

Pintura. No primeiro plano, dois cangurus pulam sobre uma superfície plana coberta por vegetação rasteira. No segundo plano, pôr do sol atrás de um rochedo de cor avermelhada. A pintura é realizada por meio da justaposição de pontos.
íst úd dêni. Uluru. Sem data. Impressão em tecido sobre madeira, 32 por 39 centímetros.
Fotografia. No primeiro plano, superfície plana coberta por vegetação rasteira amarelada. No segundo plano, um rochedo de cor avermelhada. Acima, céu azul.
Rochedo de Uluru (Ayers Rock), situado no Parque Nacional de Uluru-Kata Tjuta, na região central da Austrália (2019).
  1. Compare a fotografia e a pintura. Quais elementos naturais estão presentes nas duas fórmas de representação?
  2. Em sua opinião, o que a pintura do aborígene dêni íst úd revela sobre a paisagem do rochedo de Uluru?
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Ao tratar dos povos nativos da Oceania é importante estar atento para não permitir a reprodução de estereótipos pelos estudantes. Enfatize que as culturas se diferenciam porque são construídas de acordo com necessidades e recursos distintos, não havendo a possibilidade de hierarquizá-las.

Durante a abordagem do assunto é possível desenvolver a Competência Geral da Educação Básica número 3: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Observação

Esta seção favorece o trabalho com as habilidades ê éfe zero nove gê ê zero três e ê éfe zero nove gê ê zero quatro.

Ícone. Sugestão de livro.

Sugestão para o professor:

Goldistáin, Ilana. Pintura aborígene da Austrália: Refletindo sobre as noções de arte, artista e autenticidade a partir de um contexto etnográfico específico. Paralaxe, São Paulo,volume5, número especial, página 135-148, 2018. Disponível em: https://oeds.link/z3qzAT. Acesso em: 24 maio 2022.

Nesse artigo, a autora apresenta uma análise das expressões artísticas, técnicas e interfaces multiculturais da produção pictórica de diferentes grupos étnicos da Austrália.

Respostas

  1. As duas imagens apresentam o rochedo Uluru; na fotografia é possível visualizar o rochedo, as nuvens e a vegetação. Na pintura aborígene estão presentes o rochedo, o sol, a vegetação e animais.
  2. Resposta pessoal. Esta atividade pode ser realizada oralmente, suscitando a troca de ideias entre os estudantes.

Testes nucleares

O atol de Bikini, que faz parte da Micronésia, foi palco de dezenas de testes nucleares realizados pelos Estados Unidos entre os anos de 1946 e 1958. No primeiro teste nuclear, em 25 de julho de 1946, uma bomba batizada de Baker foi detonada debaixo da água.

Fotografia em preto e branco. No primeiro plano, destaque para uma praia com coqueiros, quiosques e mar. No segundo plano, uma grande fumaça densa em formato de cogumelo no mar e céu com nuvens.
Explosão resultante de teste atômico realizado no atol de Bikini, Ilhas Marshall (1946).

Em 1954, no maior teste nuclear conduzido pelos Estados Unidos, uma bomba foi responsável pela pulverização de três ilhas e abriu uma cratera que pode ser vista em imagens de satélite. Observe na imagem de satélite a seguir a localização da cratera. O alto nível de radioatividade na água impediu, durante décadas, a pesca e a aproximação de seres humanos ao local.

Imagem de satélite. Vista aérea para um recife de coral alongado, no sentido sudoeste-leste, representando trecho do atol de Bikini. Na posição central do recife, há uma cratera coberta pela água do mar. À direita, uma pequena ilha coberta por vegetação densa, denominada de Namu. Ao Sul, porção de água do mar situada na parte interna do recife, denominada de Laguna. Ao norte, o mar azul escuro com a indicação Oceano Pacífico.
Imagem de satélite captada em 2017 mostra cratera provocada por teste nuclear no atol de Bikini.

A potência acumulada nesses testes equivaleu a sete mil vezes a da bomba lançada sobre a cidade japonesa de iroshíma em 1945, que, por sua vez, resultou na morte de pelo menos cem mil pessoas.

A França também realizou uma série de testes nucleares no atol de Moruroa, na Polinésia Francesa, até a década de 1990.

A região foi reaberta ao turismo após análises recentes dos níveis de radioatividade revelarem que, embora as ilhas não possam ser habitadas permanentemente por causa da contaminação do solo e da vegetação, o mar está livre de radiação em níveis perigosos para o ser humano, e o mergulho passou a ser a principal atração.

Em 2010, o atol de Bikini foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela unêsco.

Orientações e sugestões didáticas

Texto complementar

Testes nucleares e algumas de suas consequências

reticências O teste foi concretizado com o nome de código “Operação Crossroads”, em 1946, já depois do primeiro teste nuclear em Trinity, nos Estados Unidos da América, e do lançamento das duas bombas atômicas, no final da Segunda Guerra Mundial, em iroshímae Nagasaki, no Japão. As bombas foram batizadas de Able e Baker, sendo que esta última foi a primeira a ser detonada debaixo de água. reticências O propósito da “Operação Crossroads” era testar os danos que a bomba reticências teria em navios de guerra. Constatou-se, portanto, que o estrago causado pela Baker era reticências massivo, perfeito para afundar um bom número de navios. reticências A vegetação que ali cresce ainda contém elevados níveis de radioatividade reticências.

O solo contém um isótopo radioativo, chamado césio 137, que, em grandes quantidades, queima e mata num instante reticências. As bombas destruíram por completo toda a fauna e flora do mar que ali existia, formando uma cratera reticências. Todo este cenário contribuiu para atrair turistas à ilha, a qual é conhecida por oferecer o melhor mergulho para observação de naufrágio de todo o mundo.

CARVALHO, Bárbara; CARVALHO, Paulo. Turismo nuclear: da tragédia à aventura. Turydes, Granada, número 23, dezembro. 2017. Disponível em: https://oeds.link/HSlVHY. Acesso em: 24 maio 2022.

Observação

O conteúdo desta página favorece o trabalho com a habilidade ê éfe zero nove gê ê zero oito.

Ícone. Sugestão de vídeo.

Sugestão para o estudante:

DE VOLTA a Bikini. Direção: lóurence uába. Produção: Canal Azul. Brasil, 2008. Duração: 48 minutos.

O documentário mostra o atol de Bikini após a reabertura para o turismo. Os mergulhadores capturam imagens das consequências das explosões das bombas nucleares para a região.

Ícone. Seção Mundo em escalas. Composto por dois pinos de localização conectados por setas.

Mundo em escalas

Meio ambiente.

Crise do clima põe em xeque o modelo do extrativismo

Nauru é a menor república do mundo. É uma ilha que fica na Micronésia, banhada pelo oceano Pacífico, e tem cêrca de dez mil habitantes espalhados em 21 quilômetros quadrados. reticências

reticências Os primeiros visitantes europeus ficaram tão deslumbrados que a apelidaram de Ilha Agradável. Até que alguém descobriu naquele território pedras feitas de fosfato. Os compostos de fosfato são constituintes naturais de quase todos os alimentos e sua importância é fundamental para o processamento de determinados produtos alimentícios.

Com a descoberta, vieram as empresas interessadas em lucrar com o recurso. reticências As empresas continuaram minerando fosfato de fórma gananciosa durante 30 a 40 anos. reticências

Em 1968, os nauruenses decidiram tomar conta de seu país, tornaram-se independentes da Austrália e puseram uma grande soma da receita de suas minerações em um fundo, de empreendimentos imobiliários, que os governantes da época acreditavam ser estável. Não deu certo, e a riqueza da mineração do país foi desperdiçada.

Enquanto o governo tentava segurar um pouco a riqueza das minerações, décadas de dinheiro fácil acabaram por minar a consciência dos políticos, e a corrupção se alastrou. Ao mesmo tempo, a população passou a beber muito e o alcoolismo foi, durante muito tempo, a primeira causa de morte. A obesidade veio como resultado de uma nutrição baseada apenas em alimentos processados, já que grande parte do território do país estava sendo absorvido pela mineração, praticamente não havia terra para plantar.

reticências

Tudo isso resultou que atualmente Nauru vive uma falência dupla: 90% de seu território foi degradado pela mineração, o que é uma falência ecológica; e tem uma dívida de pelo menos 800 milhões de dólares, o que o leva a uma falência financeira.

GONZALEZ, Amelia. Crise do clima põe em xeque o modelo do extrativismo. gê um, 7 setembro. 2015. Disponível em: https://oeds.link/L7Il1A. Acesso em: 30 abril. 2022.

Fotografia. Vista para um conjunto de embarcações de diversos tamanhos no mar. No primeiro plano, destaque para duas embarcações pequenas carregando caixas vermelhas e amarelas e pessoas a bordo. No segundo plano, um quebra-mar, equipamentos portuários suspensos no ar. No terceiro plano, uma grande embarcação com contêineres e guindastes e embarcações menores. Acima, céu azul com nuvens.
Pôrto de aiuô, em Nauru (2018).
  1. Como se deu a exploração do fosfato em Nauru e quais foram as consequências para o país?
  2. O exemplo de Nauru pode ser considerado um alerta para outros países do mundo. Que alerta é esse?
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Esta seção contempla o tema contemporâneo Educação ambiental. Um trabalho integrado com Ciências poderá contribuir para ampliar as informações sobre as propriedades dos vários tipos de fosfato e os problemas decorrentes de sua exploração e utilização. Você pode também propor aos estudantes que façam um levantamento dos usos do fosfato na agricultura e nas indústrias de alimentos e de produtos de limpeza, exercitando a revisão bibliográfica e a análise documental como práticas de pesquisa. Oriente-os a relacionar a esses usos os prejuízos que podem causar ao solo, aos corpos-d'água ou à saúde humana.

Observação

A atividade proposta nesta seção favorece o desenvolvimento das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um sete.

Respostas

  1. A exploração se deu entre 30 e 40 anos e destruiu 90% da ilha. O governo tentou proteger a riqueza das minerações investindo em fundos imobiliários, mas perdeu tudo graças a uma combinação de má gestão e corrupção, levando o país a uma falência financeira.
  2. O extrativismo pode esgotar, assim como aconteceu em Nauru, os recursos naturais de amplas áreas e comprometer outras atividades produtivas. A mineração também pode gerar dependência econômica e política, além de originar, direta e indiretamente, problemas de saúde.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

  1. Responda às seguintes perguntas:
    1. Por que a Oceania é considerada um “continente-arquipélago”?
    2. Qual é o maior país do continente?
    3. Quais são os países da Oceania considerados com maior desenvolvimento?
    4. Que atividade vem sendo desenvolvida nos últimos anos para ajudar a economia dos pequenos países da Oceania?
  2. Sobre os povos aborígenes e maori, responda às questões propostas:
    1. Que tratamento os dois povos receberam dos colonizadores britânicos?
    2. Como estão, atualmente, esses povos no que se refere à composição da população da Oceania e à preservação dos seus costumes?
    3. Você acha que a situação enfrentada pelos nativos da Oceania pode ser comparada à dos indígenas do Brasil? Justifique.
  3. Sobre a apéqui, responda:
    1. Em termos de localização, o que todos os seus países têm em comum?
    2. Que diferenças entre os países dificultam o estabelecimento de uma zona de livre-comércio entre eles?
    3. Em relação às articulações econômicas, o que difere a Austrália e a Nova Zelândia dos outros países da Oceania?
  4. Identifique os países da Oceania representados nas imagens A e B e escreva o nome deles no caderno, justificando sua resposta.
Fotografia A. Destaque para uma superfície plana coberta por vegetação rasteira e seca e solo avermelhado. Ao fundo, um rochedo sem cobertura vegetal e solo avermelhado. Acima, o céu azul.
Deserto no Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta (2019).
Fotografia B. No primeiro plano, uma superfície coberta por água e circundada por uma floresta densa, com pinheiros de grande porte e folhagem verde. No segundo plano, cadeia de montanha coberta por vegetação densa e neve no topo. A cadeia de montanha é refletida na água. Acima, céu azul.
Cadeia montanhosa no Parque Nacional Westland (2019).
Orientações e sugestões didáticas

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

  • Corporações e organismos internacionais.
  • As manifestações culturais na formação populacional.
  • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.
  • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras fórmas de representação para analisar informações geográficas.
  • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

  • ê éfe zero nove gê ê zero dois (atividade 3)
  • ê éfe zero nove gê ê zero três (atividade 2)
  • ê éfe zero nove gê ê zero quatro (atividade 1)
  • ê éfe zero nove gê ê zero oito (atividade 1)
  • ê éfe zero nove gê ê zero nove (atividades 1, 2 e 3)
  • ê éfe zero nove gê ê um quatro (atividades 6 e 7)
  • ê éfe zero nove gê ê um seis (atividades 1, 4 e 5)
  • ê éfe zero nove gê ê um sete (atividades 1, 4 e 5)
  • ê éfe zero nove gê ê um oito (atividade 7)

Respostas

    1. Porque é um continente formado por países cujo território é uma ilha ou um arquipélago.
    2. A Austrália.
    3. Austrália e Nova Zelândia são os países considerados com maior desenvolvimento do continente.
    4. O turismo.
    1. Os dois povos foram submetidos ao domínio e à cultura dos colonizadores europeus.
    2. Em 2019, a população aborígene na Austrália era de quase setecentas e cinquenta mil pessoas; na Nova Zelândia, os maori somavam cêrca de 750 mil indivíduos em 2020, o que correspondia a 17% do total da população. Ameaçados pelo domínio colonial e pelos interesses econômicos, esses povos conseguiram preservar sua cultura por meio de muita luta.
    3. Os estudantes deverão comparar as relações entre os colonizadores europeus e os povos nativos do Brasil e da Oceania, identificando as diferenças e as semelhanças entre eles.
    1. São países banhados pelo oceano Pacífico.
    2. As diferenças econômicas e culturais dificultam as negociações entre os países.
    3. A Austrália e a Nova Zelândia têm maior integração com os países europeus, por causa de seus laços históricos e econômicos. Outro fator relevante é a integração econômica promovida no século vinte com o Japão e os Estados Unidos.
  1. A fotografia a mostra uma paisagem da Austrália, na qual vemos uma zona de deserto. A fotografia B é da Nova Zelândia, na qual vemos relevo montanhoso com altitudes elevadas.

5. Leia o texto a seguir.

A Nova Zelândia se viu abalada nesta segunda-feira por um forte terremoto de 6,3 pontos enquanto tentava se recompor e avaliar os danos do abalo de 7,8 que deixou dois mortos no domingo, além de causar graves danos na infraestrutura. Quase quatrocentas réplicas ocorreram após o primeiro tremor, registrado junto à cidade de Christchurch, que provocou um tsunami que fez com que a população das áreas costeiras tivesse que ser desalojada. O tremor de 6,3 voltou a ativar os alarmes.

“A devastação é absoluta. Não sei... serão meses de trabalho”, afirmou o primeiro-ministro neozelandês Djón Quí, depois de inspecionar Kaikoura e Marlborough com o responsável pela Defesa Civil, guérri bráunlín, o líder da oposição, êndrul lírou, e um grupo de jornalistas.

Em Kaikoura, uma pequena localidade com cêrca de 2 000 habitantes e onde se calcula haver cêrca de 1.200 turistas isolados pela falta de meios de transporte, é possível observar de cima as grandes pedras que rolaram sobre as estradas e as cicatrizes na superfície terrestre. O terremoto de 7,8 graus também causou danos em Wellington, a capital do país, situada no sul da Ilha Norte.

NOVA Zelândia sofre outro terremoto de 6,3 pontos enquanto avaliava os profundos danos. El País, 14 novembro. 2016. Seção Internacional. Disponível em: https://oeds.link/ZqmrxD. Acesso em: 30 abril. 2022.

O que justifica a grande ocorrência de abalos sísmicos na Nova Zelândia?

6. Observe o mapa e responda à questão proposta.

OCEANIA: IMPACTO ANTRÓPICO (2010)

Mapa. Oceania: impacto antrópico, 2010. Mapa mostrando o nível de impacto das atividades humanas na Oceania.
Impacto das atividades humanas.
Muito elevado: interior de Papua Nova Guiné.
Elevado: interior e litoral nordeste de Papua Nova Guiné, pequenos trechos da costa oeste, leste e sudeste da Austrália e porção norte e sul da Nova Zelândia.
Médio: porção central e norte de Papua Nova Guiné, porção sudeste e sudoeste da Austrália e porção norte e centro da Nova Zelândia.
Baixo: litoral sul de Papua Nova Guiné, porção norte, central e sul da Austrália, porção central da Nova Zelândia e as demais ilhas da Oceania.
Na parte inferior direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 695 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 29.

Com base na leitura do mapa, como é possível caracterizar o impacto antrópico na Oceania?

  1. Com base no que você aprendeu neste Capítulo, indique as principais atividades responsáveis pelo impacto antrópico nos países relacionados a seguir. Utilize novamente o mapa "Oceania: Impacto antrópico (2010)" como referencial.
    1. Papua Nova Guiné.
    2. Austrália.
    3. Nova Zelândia.
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. A Nova Zelândia situa-se na junção entre as placas tectônicas do Pacífico e Indo-Australiana, no Círculo de Fogo do Pacífico, região muito instável geologicamente, onde ocorrem muitos terremotos e há vulcões ativos.
  2. As áreas que apresentam maiores impactos antrópicos na Oceania estão localizadas no sudeste e no sudoeste da Austrália, e nas porções norte e sul da Nova Zelândia. A porção central da Papua Nova Guiné é a região que apresenta os índices mais elevados de impactos antrópicos do continente.
    1. O extrativismo de petróleo, gás natural e minérios é bastante significativo na economia de Papua Nova Guiné, causando os índices de impactos antrópicos observados no mapa.
    2. Ao sudeste e ao sudoeste da Austrália estão presentes as áreas mais industrializadas, além da criação de ovinos e cultura de trigo.
    3. As regiões com maiores impactos antrópicos na Nova Zelândia estão associadas às áreas de cultura de trigo e criação extensiva de ovinos.

CAPÍTULO 17 Austrália e Nova Zelândia

O domínio britânico na Oceania iniciou-se no século dezoito, na Austrália; depois, no século seguinte, estendeu-se à Nova Zelândia. Os dois países alcançaram a independência no século vinte.

Inicialmente, as economias australiana e neozelandesa giravam em torno das atividades de criação de ovelhas e exportação de lã e da exploração de ouro.

A maior parte dos habitantes de ambos os países é de origem britânica, o que se reflete na língua oficial, o inglês, nas religiões predominantes, o protestantismo e o catolicismo, e no modelo socioeconômico e político adotado, inspirado no capitalismo liberal do Reino Unido e dos Estados Unidos.

AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA: ECONOMIA

Mapa. Austrália e Nova Zelândia: economia. Mapa representando o espaço econômico da Austrália e da Nova Zelândia. Capital Austrália: Camberra. Nova Zelândia: Wellington. Cidade com mais de 1.000.000 de habitantes Austrália: Perth (na costa sudoeste), Adelaide e Melbourne (na costa sul), Sydney e Brisbane (na costa leste). Região industrial: entorno das cidades australianas de Perth, Adelaide, Melbourne, Sydney e Brisbane e pequenas zonas na porção norte da Nova Zelândia. Agricultura de cana-de-açúcar: porção nordeste da Austrália, na área litorânea. Cultura de trigo: porção sudeste, sudoeste e sul da Austrália, norte da ilha da Tasmânia e porção central e sul da Nova Zelândia. Criação intensiva de bovinos (leite): costa leste e sul da Austrália e extremo norte da Nova Zelândia. Criação extensiva de bovinos: porção central, nordeste e norte da Austrália. Criação extensiva de ovinos: porção oeste e interior da porção sudeste da Austrália, ilha da Tasmânia e porção norte e central da Nova Zelândia. Floresta: pequenos fragmentos no sudoeste e sudeste da Austrália, ilha da Tasmânia e porção oeste da Nova Zelândia. Áreas não cultivadas: predominante no interior da porção oeste e no sudoeste da Austrália, onde estão o Grande Deserto Arenoso, o Deserto de Gibson e o Grande Deserto de Vitória e pequeno trecho no interior da Nova Zelândia. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 455 quilômetros.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição. São Paulo: Moderna, 2019. página. 109.
Orientações e sugestões didáticas

Sobre o Capítulo

Este Capítulo aborda algumas das principais atividades econômicas e a matriz energética da Austrália e da Nova Zelândia, apresentando também a composição e a formação da população desses países.

Habilidades trabalhadas ao longo deste Capítulo

ê éfe zero nove gê ê zero quatro: Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

ê éfe zero nove gê ê zero seis: Associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias.

ê éfe zero nove gê ê zero nove: Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

ê éfe zero nove gê ê um três: Analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima.

ê éfe zero nove gê ê um quatro: Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

ê éfe zero nove gê ê um sete: Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

ê éfe zero nove gê ê um oito: Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.

Observação

As informações textuais e cartográficas desta página possibilitam iniciar o trabalho com as habilidades ê éfe zero nove gê ê zero quatro, ê éfe zero nove gê ê zero nove, ê éfe zero nove gê ê um três e ê éfe zero nove gê ê um sete.

Austrália: a “terra do sul”

O nome Austrália origina-se da palavra latina austrális, que significa “do sul”. Totalmente localizado no hemisfério sul, o país representa aproximadamente 85% da massa continental da Oceania, além de reunir a maior parte da população do continente.

Há enormes desertos quentes no interior do país, enquanto a costa do Pacífico recebe chuvas abundantes. No norte, o clima é quente e chuvoso, com forte influência das monções asiáticas e predomínio de Florestas Tropicais. No sul, onde vive boa parte da população, o clima é o Temperado.

Economia

A Austrália tem uma grande produção de ovinos e de lã. O país também desenvolve os cultivos de trigo, cana-de-açúcar, frutas, algodão e cevada. Embora grande parte do território australiano esteja situada em regiões áridas e semiáridas, a agricultura é altamente produtiva e voltada para a exportação. A Austrália é a segunda maior exportadora de trigo do mundo. Na costa oriental australiana, predomina a produção de cana-de-açúcar.

Os setores automobilístico, metalúrgico, siderúrgico, químico e petroquímico compõem um importante parque industrial, com presença marcante de empresas estrangeiras do Japão e dos Estados Unidos.

Fotografia. No primeiro plano, destaque para um recipiente redondo com lava amarela e vermelha dentro e pendurado por um gancho. No segundo plano, um local escuro com uma abertura e lava amarela e vermelha dentro.
Fundição de cobre em fábrica em Mount Isa, Austrália (2022).
Ícone. Sugestão de vídeo.
AUSTRÁLIA. Direção: . Estados Unidos, 2008. Duração: 165 minutos. O filme narra a história de uma aristocrata inglesa que herda uma fazenda de gado na Austrália no início da Segunda Guerra Mundial. Após tentarem tomar suas terras, ela se alia a um vaqueiro para retirar o gado do local, em uma jornada de milhares de quilômetros pelo país.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

A importância da Austrália para o continente deve ser compreendida pelos estudantes tanto pelas especificidades físico-naturais do território quanto pelo seu dinamismo econômico em diversos setores de produção. Destaque a importância dos recursos minerais em solo australiano, que asseguram o fornecimento de matérias-primas tanto para o parque industrial da Austrália como para a exportação.

Observação

O conteúdo desta página favorece o trabalho com as habilidades ê éfe zero nove gê ê zero quatro e ê éfe zero nove gê ê zero nove.

Atividade complementar

A Austrália apresenta características únicas, principalmente ligadas à fauna. Peça aos estudantes que pesquisem alguns exemplos de animais endêmicos da região, os motivos pelos quais eles só existem ali (características como isolamento geográfico e diferentes tipos de clima) e as principais ameaças a esses animais no quesito ambiental, atualmente. Por meio desta atividade, os estudantes poderão exercitar a revisão bibliográfica como prática de pesquisa.

O extrativismo mineral

A demanda asiática por recursos naturais e fontes de energia, principalmente por parte da China, tem crescido rapidamente e beneficiado a Austrália, cujo subsolo é rico em minérios como urânio, zinco, ferro, chumbo, bauxita, cobre, ouro, manganês, níquel e carvão mineral.

A Austrália é grande produtora de carvão. O país abriga a terceira maior reserva carbonífera do mundo – 14% das reservas mundiais –, é o quarto maior produtor e um dos maiores exportadores desse mineral.

Fotografia. Vista de uma mina aberta de carvão. No primeiro plano, fragmento florestal denso com folhagem verde. No segundo plano, uma superfície plana e circular com material escuro sendo empilhado por um guindaste preso em uma edificação situada na vertente de um morro. Há maquinários e tratores na área do empilhamento e, ao lado, algumas edificações. No terceiro plano, vertente do morro coberta por vegetação densa e folhagem verde.
Mina aberta de carvão em úlugóng, Austrália (2021).
Geração e consumo de energia

Embora muito poluente, o carvão é o combustível mais usado para a geração de energia elétrica na Austrália. Os investimentos em energias renováveis, porém, têm crescido no país.

AUSTRÁLIA: ESTATÍSTICAS DA PRODUÇÃO E DO CONSUMO DE ENERGIA (2019-2020)

Infográfico. Austrália: estatísticas da produção e do consumo de energia, 2019 e 2020. Infográfico composto por seis retângulos dispostos em duas colunas, apresentando dados de energia e ilustrações. Primeiro retângulo: ilustração de usina nuclear, carrinho de carvão mineral e torre de transmissão de energia elétrica. Ao lado, texto: 54% da energia elétrica gerada foi proveniente do carvão mineral. Segundo retângulo (ao lado do primeiro): ilustração de caminhões e tratores. Ao lado, texto: O diesel foi a principal fonte de energia consumida. Terceiro retângulo (embaixo do primeiro) ilustração de aerogerador. Ao lado, texto: 24% da energia foi gerada por recursos renováveis. Quarto retângulo (ao lado do terceiro): ilustração de painel solar e Sol. Acima e abaixo, texto: A geração de energia solar cresceu 42% entre 2018 e 2020. Quinto retângulo (embaixo do terceiro): ilustração de uma chama de fogo. Ao lado, texto: A produção de gás natural cresceu 8% entre 2019 e 2020. Sexto retângulo (ao lado do quinto): ilustração de navio. Ao lado, texto: 70% da produção energética foi exportada.
Elaborado com base em dados obtidos em: AUSTRALIA. Department of Industry, Science, Energy and Resources. Australian Energy Statistics. Disponível em: https://oeds.link/aNlcXS. Acesso em: 20 junho. 2022.
Mundo: Maiores reservas de carvão mineral (2020)

Estados Unidos

23,2%

Rússia

15,1%

Austrália

14%

China

13,3%

Índia

10,3%

Outros países

24,1%

Mundo: Maiores produtores de carvão mineral (2020)

China

50,7%

Indonésia

8,7%

Índia

7,9%

Austrália

7,8%

Estados Unidos

6,7%

Rússia

5,2%

Outros países

13%

Mundo: Maiores consumidores de carvão mineral (2020)

China

50,5%

Índia

11,3%

Estados Unidos

8,5%

Alemanha

3%

Rússia

2,7%

Austrália

1,5%

Outros países

22,5%

Quadros elaborados com base em dados obtidos em: bê pê. Statistical Review of World Energytuên tuên uãn. Londres: bê pê, 2021. Disponível em: https://oeds.link/C058Is. COAL Consumption by Country. worldometer. Disponível em: https://oeds.link/CgFCRj. Acessos em: 30 abr. 2022.

Ler os quadros

Quais fatores podem justificar a posição da Austrália quanto à produção e ao consumo de carvão?

Orientações e sugestões didáticas

Orientação

É interessante trabalhar com os estudantes os grandes impactos ambientais provocados pela extração mineral sobre o meio ambiente, destacando a retirada de vegetação e o desgaste do solo.

Observação

Os conteúdos desta página possibilitam trabalhar aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê zero nove e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Resposta

Ler os quadros:

A Austrália produz muito carvão mineral porque, além de apresentar reservas abundantes, está localizada em uma região próxima a grandes consumidores (a China, o principal deles), para os quais exporta quantidades consideráveis desse recurso energético. Em contrapartida, a Austrália apresenta baixos níveis de consumo de carvão mineral, o que pode ser explicado pelo seu reduzido contingente populacional. Além disso, o país vem procurando diversificar sua matriz energética, investindo mais em fontes renováveis.

Autogoverno e população

A Austrália conquistou seu autogovernoglossário em relação à Inglaterra em 1850; tornou-se Comunidade da Austrália em 1901 e alcançou a independência em 1942, quando passou a integrar a Comunidade Britânica das Nações (Commonwealth).

O país é uma monarquia parlamentar, com um governador-geral australiano, mas nomeado pela rainha da Inglaterra. O primeiro-ministro também é australiano. Em 1999, foi realizado um plebiscito que manteve o status de monarquia constitucional sob a coroa britânica.

A população da Austrália compreende grupos de pessoas provenientes de diversos países do mundo. A imigração foi facilitada devido ao desenvolvimento econômico que ganhou fôrça no país após a Segunda Guerra Mundial, ocasião em que os australianos se tornaram grandes fornecedores de produtos para a Europa.

A maior parte da população do país vive na costa leste, onde estão a capital e a maioria das cidades importantes.

Imigração

Grande parte da população australiana nasceu em outro país. A imigração é um fator preponderante na atual formação populacional e no crescimento demográfico do país. Em 2020, cêrca de 3,8% do total da população australiana era proveniente do Reino Unido e 2,2% da Nova Zelândia. Somados, os asiáticos, vindos principalmente da China, da Índia, das Filipinas, do Vietnã e da Malásia, representavam 8% dos habitantes.

AUSTRÁLIA: POLÍTICO

Mapa. Austrália: político. Mapa representando a distribuição dos territórios, as principais cidades e a capital do país. Território da capital (a sudeste): Camberra Nova Gales do Sul (na porção sudeste), onde está Camberra, a capital do país, e seu território. Cidades importantes de Nova Gales do Sul: Newcastle, Sydney e Wollongongo. Queensland (na porção nordeste). Cidades importantes: Burketown, Mount Isa, Rockhampton, Bundaberg, Brisbane e Ipswich. Território do Norte (na porção norte). Cidades importantes: Darwin e Alice Springs. Austrália Ocidental (porção noroeste, oeste e sudoeste). Cidades importantes: Port Hedland, Perth, Fremantle, Esperance e Kalgoorlie. Austrália Meridional (na porção sul).  Cidades importantes: Adelaide. Victoria (na porção sul).  Cidades importantes: Melbourne, Geelong, Moe. Tasmânia (ilha ao sul do continente). Cidade importante: Hobart. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 465 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: AUSTRALIA. National Library of Australia. Disponível em: https://oeds.link/aZRzgd. Acesso em: 30 abril. 2022. Comunidade da Austrália é o nome oficial do país, que se divide politicamente em territórios federais (insulares e continentais, como o Território do Norte) e seis estados: Austrália Ocidental, Austrália Meridional, Nova Gales do Sul, Queensland, Tasmânia e victória.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Para melhor compreensão do quadro populacional australiano, sugerimos que seja trabalhada a ideia de que a Austrália foi considerada um local “isolado” e “longínquo” por muito tempo. Somente a partir da Segunda Guerra Mundial sua indústria passou por um processo de dinamização, o país se fortaleceu economicamente e se tornou um polo de atração para a mão de obra imigrante. Vale destacar que a distribuição da população pelo país é muito desigual, resultante das características naturais do território.

Nova Zelândia

A Nova Zelândia é constituída de duas ilhas principais e outras menores, localizadas ao sul da Oceania.

O país foi batizado com esse nome por êbou tésmen– ao descobrir o arquipélago em 1642 – em homenagem à província holandesa de Zelândia. Tornou-se colônia britânica em 1849. Após sua independência, passou a fazer parte da Comunidade Britânica e hoje é uma democracia parlamentar estável.

Assim como a Austrália, a Nova Zelândia reconhece a rainha Elizabeth segunda, do Reino Unido, como chefe de Estado. O primeiro-ministro é neozelandês.

A maior parte da população da Nova Zelândia vive na Ilha do Norte.

Multiculturalismo

A economia e o povo das ilhas

A economia do país se assemelha à da Austrália, tendo como principais atividades a criação de ovinos, bovinos e suínos, a extração de lã e a produção de laticínios, responsáveis por parte considerável das exportações do país.

Do ponto de vista energético, a Nova Zelândia possui importantes reservas de carvão, petróleo e gás natural, e os numerosos lagos com rios de planalto garantem a geração de energia elétrica.

Além disso, por estar sobre uma área de tectonismo ativo, o país aproveita a energia retirada das águas quentes subterrâneas (energia geotérmica) para a produção de eletricidade.

A indústria neozelandesa alcançou grande desenvolvimento, e o turismo tornou-se importante fonte de renda. Em 2019, o país apresentava altos índices de expectativa de vida (82 anos) e renda per cápita (cêrca de US$ 41.791quarenta e um mil setecentos e noventa e um reais).

O inglês, falado pela maioria da população, e o maori são os idiomas oficiais da Nova Zelândia. Em 2020, 16,7% da população se identificou como maori. Já a população descendente de ao menos uma etnia europeia prevalece no país.

Fotografia. Vista para uma cidade à beira-mar. No primeiro plano, uma aglomeração de edifícios altos. No segundo plano, ocupação urbana adensada, arborizada, predominantemente horizontal e entrecortada pelo mar. Acima, céu azul com nuvens.
Vista de Auckland, Nova Zelândia (2020), onde vive cêrca de um quarto da população neozelandesa.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Esta página apresenta um panorama da constituição territorial e política da Nova Zelândia e algumas características de suas atividades produtivas e da composição de sua população.

No tópico “A economia e o povo das ilhas“ encontram-se elementos que podem ser utilizados como pontos de partida para um trabalho com o tema contemporâneo Diversidade cultural.

Observação

O conteúdo apresentado favorece o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero nove gê ê zero nove e possibilita trabalhar aspectos das habilidades ê éfe zero nove gê ê um três e ê éfe zero nove gê ê um oito.

Ícone. Seção Em prática. Composto por um mapa e um pino de localização sobre o mapa.

Em prática

População da Austrália: mapas coropléticos

Os mapas coropléticos são uma fórma de apresentar geograficamente dados quantitativos ordenados, representados principalmente pela diferenciação de cores entre áreas ou zonas estabelecidas.

A metodologia de elaboração desse tipo de mapa determina que os valores ou quantidades sejam apresentados em uma sequência de classes em ordem crescente, simbolizadas por meio de tonalidades de diversas cores ou intensidades de uma mesma cor.

Esse tipo de mapa é ideal para ilustrar a distribuição de dados que possuem uma dimensão espacial como uma das variáveis, por exemplo, habitantes por quilômetro quadrado, PIB por região. Índices de municípios, estados, países ou regiões, por exemplo, expressos em porcentagem, como taxas de natalidade, mortalidade e analfabetismo, também são apresentados em mapas coropléticos.

Para compreender melhor o método, vamos elaborar passo a passo um mapa coroplético que ilustra a população da Austrália. Acompanhe com atenção as instruções. Por meio dessa representação, será muito mais fácil fazer o reconhecimento das informações.

Identifique no quadro o número de habitantes por estados e territórios australianos, informação que será utilizada na composição do mapa coroplético.

Austrália: população (2020)

Estado e território

Número de habitantes (milhões)

Nova Gales do Sul

8,1

Victoria

6,6

Queensland

5,2

Austrália Meridional

1,8

Austrália Ocidental

2,7

Tasmânia

0,54

Território do Norte

0,24

Território da capital

0,43

Fonte: AUSTRALIA. Australian Bureau of Statistics. Disponível em: https://oeds.link/d7AWGp. Acesso em: 30 abril. 2022.

  • Em seguida, desenhe em uma folha de papel o contorno dos limites administrativos dos estados e territórios da Austrália. O mapa base a seguir pode ser utilizado como modelo. De preferência, utilize uma folha de papel vegetal sobre o mapa, para decalcá-lo. É importante se lembrar de não escrever no livro, pois ele será reutilizado no próximo ano.
  • Depois de desenhar o contorno da Austrália, reproduza a legenda na porção inferior, de acordo com as faixas populacionais indicadas. Trace pequenos retângulos em branco no início de cada linha, para que posteriormente seja possível preenchê-los com as cores utilizadas no mapa.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

O objetivo desta seção é apresentar aos estudantes, por meio de um exercício prático, a metodologia de elaboração de mapas coropléticos.

A atividade proposta contempla o trabalho com a Competência Específica de Geografia número 3: Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

Observação

Esta seção contribui para o desenvolvimento das habilidades ê éfe zero nove gê ê um quatro e ê éfe zero nove gê ê um sete.

AUSTRÁLIA: POLÍTICO

Mapa em preto e branco. Austrália: político. Mapa representando a distribuição dos territórios da Austrália. Território da capital (porção sudeste). Nova Gales do Sul (porção sudeste). Queensland (porção nordeste). Território do Norte (porção norte). Austrália Ocidental (porção noroeste, oeste e sudoeste). Austrália Meridional (porção sul). Victoria (porção sul). Tasmânia (ilha ao sul do continente). Há um carimbo no mapa indicando: MODELO. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 345 quilômetros.

Menos de 1 milhão

Mais de 1 milhão – menos de 3 milhões

Mais de 3 milhões – menos de 6 milhões

Mais de 6 milhões – menos de 7 milhões

Mais de 7 milhões

Os valores representados pelo número de habitantes nos territórios do país foram ordenados em cinco classes. Cada classe deverá ser simbolizada por uma tonalidade de cor, que varia da menos quente (amarela) para a mais quente (vermelho-marrom), possibilitando que seja estabelecida uma ordem visual, conforme os valores. Dessa fórma, é possível inferir que as cores menos quentes serão utilizadas para representar as populações menos numerosas e as cores mais quentes serão usadas para representar as populações mais numerosas. Utilize lápis de cor para preencher a legenda com as cores escolhidas.

Ilustração. Cinco retângulos de tamanhos iguais e cores diferentes. Da esquerda para a direita: amarelo-claro, amarelo-escuro, laranja-claro, laranja-escuro e vermelho

Observe novamente os dados do quadro e pinte os estados e territórios do mapa de acordo com as cores estabelecidas. Ao final, não se esqueça de inserir no mapa o título, a rosa dos ventos e a fonte dos dados apresentados no quadro.

Versão adaptada acessível

Os procedimentos listados para realização da atividade de elaboração do mapa podem ser adaptados para a construção de uma versão tátil. Para isso, materiais como papéis, tecidos, linhas de diferentes espessuras e botões, entre outros, podem ser usados para criar contornos e preencher formas. A ordem visual da escala de cores pode ser estabelecida por texturas, da mais lisa para a mais áspera.

Orientação para acessibilidade

Caso possível, proponha a elaboração de um mapa tátil a partir de materiais de diferentes texturas. Uma aula antes, oriente os estudantes a respeito dos materiais que eles devem levar à sala de aula para realizar a atividade. Contrastes do tipo liso e áspero, fino e espesso, tendem a favorecer a percepção tátil dos estudantes. Dessa forma, podem ser utilizados material emborrachado, diversos tipos de papéis, tecidos, linhas de diferentes espessuras, botões etc. Auxilie os estudantes durante a seleção e a organização dos materiais.

Sugere-se que o professor leve pronto o contorno do mapa da Austrália sobre uma base emborrachada. O contorno do país e as divisas dos estados e territórios australianos podem ser feitos previamente também pelo professor ou em sala de aula em conjunto com os alunos por meio do uso de barbante ou outros materiais maleáveis e os nomes desses locais indicados em alto-relevo, facilitando a percepção. Na sala de aula, oriente para que a turma represente os estados e territórios por meio de diferentes materiais (botões, tecidos, papéis, entre outros), de acordo com os dados do quadro da página 246 e as faixas de população em milhões indicadas na página 247. Explique que deve haver correspondência entre os tipos de materiais usados no mapa e na legenda, de modo a permitir a relação entre as informações. A transposição de uma representação visual para uma representação tátil tende a favorecer a ampliação do processo de ensino-aprendizagem. Se considerar pertinente, adapte o nível de complexidade da atividade.

Agora que você tem o mapa pronto, interprete-o e responda às questões propostas.

  1. Quais são os estados e territórios mais populosos da Austrália?
  2. Como podemos descrever o interior da Austrália em termos demográficos? Quais razões determinam essas características? Qual tipo de ocupação predomina nessa região?
  3. Quais são as vantagens oferecidas pela metodologia utilizada nos mapas coropléticos?
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. As unidades territoriais mais populosas da Austrália e que deverão estar pintadas nas tonalidades correspondentes aos intervalos “Mais de 7 milhões“ e “Mais de 6 milhões − menos de 7 milhões“ são, respectivamente, Nova Gales do Sul e Victoria.
  2. A população do interior da Austrália é menos numerosa por causa das características climáticas pouco favoráveis à ocupação humana. Na região encontram-se reservas destinadas aos aborígenes, que se distanciaram das faixas mais próximas do litoral, pressionados pelos colonizadores.
  3. Os mapas coropléticos possibilitam uma rápida visualização do fenômeno geográfico abordado; por meio da tonalidade das cores, pode-se entender, de maneira clara e intuitiva, a localização e a intensidade desse fenômeno na região.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. Leia o texto e responda.

As origens da Austrália moderna não são nada nobres. reticências os bons juízes da Velha Inglaterra decidiram livrar-se rapidamente de seus prisioneiros e ao mesmo tempo consolidar a possessão inglesa sobre o novo continente. Para isso, enviaram 736 detentos, 548 homens e 188 mulheres, com soldados, marinheiros e curadores, sob o comando do capitão ártur fílip, para estabelecer uma colônia penal em Port Jackson(mais tarde rebatizado sídnei rrárbôr)

Nos 81 anos seguintes, aproximadamente 162 mil prisioneiros foram enviados à Austrália para explorar seu território e, mais tarde, tornarem-se escravos não oficiais, desbravando o continente e assentando as bases da Austrália de hoje.

reticências Hoje, os efeitos desse passado ainda estão evidentes. reticências O cidadão australiano recusa, orgulhoso, toda fórma de autoritarismo, mesmo que superficial, preferindo suportar o ostracismoglossário para “domar” os seus instintos.

êitquen quélvin. Austrália. São Paulo: Manole, 1998. página. 16, 18.

  1. Por que o autor escreve que as origens da Austrália não são “nada nobres”?
  2. Qual relação é estabelecida entre passado e presente?

2. Observe as imagens e responda.

• Que aspectos físicos da Nova Zelândia a favorecem como um destino turístico?

Fotografia. Vista horizontal para uma praia. No primeiro plano, faixa de areia branca com fragmentos de rochas e arbustos com folhas verdes. No segundo plano, faixa de areia branca com algumas pessoas circulando e mar azul. No terceiro plano, morro coberto por vegetação densa e folhagem verde e algumas embarcações no mar. Acima, céu azul.
Praia no Parque Nacional Abel Tasman, Nova Zelândia (2020).
Fotografia. Vista para uma formação montanhosa com rocha exposta e algumas partes cobertas de neve.  Acima, o céu azul.
Geleira no Parque Nacional Mount Cook, Nova Zelândia (2020).
Orientações e sugestões didáticas

Seção Atividades

Objetos de conhecimento

  • As manifestações culturais na formação populacional.
  • A divisão do mundo em Ocidente e Oriente.
  • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania.
  • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras fórmas de representação para analisar informações geográficas.
  • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania.

Habilidades

Esta seção possibilita trabalhar aspectos relacionados às habilidades:

  • ê éfe zero nove gê ê zero quatro (atividades 2 e 4)
  • ê éfe zero nove gê ê zero seis (atividade 1)
  • ê éfe zero nove gê ê zero nove (atividade 4)
  • ê éfe zero nove gê ê um quatro (atividades 3 e 4)
  • ê éfe zero nove gê ê um sete (atividade 2)
  • ê éfe zero nove gê ê um oito(atividade 3)

Respostas

    1. Segundo o autor, as origens da Austrália não são nada nobres por ela ter sido usada como colônia penal, tornando-se destino de pessoas condenadas judicialmente pela Inglaterra. Portanto, seu povoamento foi iniciado, em grande parte, com criminosos.
    2. A relação que o autor faz entre passado e presente é a de que algumas características se estabeleceram a partir desses primeiros ocupantes, como a não aceitação do autoritarismo e a preferência pelo isolamento para “domar” seus instintos.
  1. A Nova Zelândia tem uma diversidade de paisagens que favorece o turismo, oferecendo desde as belas praias com clima quente até as montanhas com neve, o que atrai muitos visitantes ao país.

3. Analise o mapa e responda às perguntas na sequência.

PLANISFÉRIO: EMISSÃO DE cê ó dois(2018)

Mapa. Planisfério: emissão de dióxido de carbono, 2018. Planisfério representando os níveis de emissões de dióxido de carbono por país. Menos de 2,20: Brasil, Colômbia, Peru, Paraguai, Bolívia, Uruguai, Mauritânia, Costa do Marfim, Serra Leoa, Senegal, Nigéria, Níger, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Angola, Namíbia, Moçambique, Zâmbia, Quênia, Somália, Etiópia, Sudão, Quênia, Ruanda, Índia, Afeganistão, Malásia, Iêmen, entre outros países. De 2,20 a 5,10: Chile, Argentina, México, Egito, Cuba, Síria, Turquia, França, entre outros países. De 5,10 a 9,64: Líbia, África do Sul, Irã, Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Polônia, Mongólia, China, Japão, entre outros países. De 9,64 a 16,64: Estados Unidos, Canadá, Rússia, Cazaquistão, Emirados Árabes, Austrália, Arábia Saudita, entre outros países. Mais de 16,64: Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Catar. Na parte inferior direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 3.135 quilômetros.
Elaborado com base em dados obtidos em: THE WORLD BANK. Data Bank, Washington, D.C., 2022. Disponível em: https://oeds.link/JluIwF. Acesso em: 30 abril. 2022.
  1. Qual recurso é responsável pela emissão de cê ó dois na Austrália?
  2. Como é utilizado esse recurso?
  3. Qual é o nível de emissão de cê ó dois da Austrália em relação aos outros países?
  4. Que problemas ambientais o uso desse recurso acarreta?

4. Nos últimos anos, a Austrália passou por algumas ondas de calor severo. Em 2013, por exemplo, o Serviço de Meteorologia da Austrália foi obrigado a adicionar novas cores na escala de temperatura para indicar quando os termômetros registravam 50 graus Célsius ou mais.

Analise o mapa que representa as temperaturas que ocorreram em um dos dias de forte calor em 2019. Depois, responda: de que maneira essas condições do tempo atmosférico podem interferir no cotidiano das pessoas?

AUSTRÁLIA: TEMPERATURAS (25 DE JANEIRO DE 2019)

Mapa. Austrália: temperaturas (25 de janeiro de 2019). Mapa da Austrália representando a distribuição das temperaturas no continente em 25 de janeiro de 2019, em uma escala de cores do roxo a tons de vermelho, laranja, amarelo, verde-claro e azul-claro, sendo o azul mais claro a temperatura de zero grau, o verde 15 graus, o laranja-claro 30 graus e o roxo acima de 45 graus celsius. Temperatura (em graus Celsius). Acima de 45 graus Celsius: interior da porção sudeste e leste e porção oeste. 30 graus Celsius: faixa que acompanha o interior da costa sudoeste, sul, sudeste, leste e nordeste do continente. 15 graus Celsius: não ocorre. 0 grau Celsius: não ocorre. Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 525 quilômetros.
Fonte: djou náman.Australia heatwave: overnight minimum of 35.9C in Noona sets new record. The Guardian, Londres, 18 janeiro. 2019. Seção News. Disponível em: https://oeds.link/UHGODk. Acesso em: 30 abril. 2022.
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

    1. O recurso responsável pela emissão é o carvão mineral.
    2. O carvão mineral é a principal fonte de energia para as indústrias australianas e a sua queima libera dióxido de carbono na atmosfera.
    3. A Austrália está situada entre os maiores emissores de dióxido de carbono do mundo, como Rússia, Estados Unidos e Canadá.
    4. O dióxido de carbono é um importante fator de alterações climáticas, sendo considerado um dos responsáveis pelo aumento da temperatura média da Terra. A longo prazo, isso pode ocasionar perda de biodiversidade e derretimento das calotas polares.
  1. O calor extremo torna o ambiente inóspito para as pessoas, em especial crianças e idosos, que tendem a sofrer mais com as ondas de calor, que chegam a levar à morte em alguns casos extremos. Além disso, as elevadas temperaturas atrapalham o cotidiano de inúmeras maneiras, causando grande desconforto térmico e mal-estar.

A atividade possibilita trabalhar a construção do raciocínio geográfico, exercitando saberes como a extensão, a delimitação e a analogia.

Ícone. Seção Para refletir. Composto por silhueta de uma cabeça com engrenagens em seu interior.

Para refletir

Ciência e Tecnologia.

Redes sociais como um meio de propagação de notícias falsas: é possível combatê-las?

Ainda que apresentada como uma ferramenta de liberdade de expressão e de uso democrático, a internet tem sido utilizada como um importante meio de propagação de notícias falsas. Por trás de perfis em redes sociais comandados principalmente por robôs, conteúdos falsos são compartilhados maciçamente para fazer o usuário acreditar que se trata de verdades e, assim, difundir informações e construir um debate de ideias pautado em interesses econômicos, sociais e políticos específicos.

Leia o trecho de uma reportagem escrita em 2017 sobre o tema.

Fake news: robôs e eleições

A internet hoje é a segunda fonte de informação mais popular no país, segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia 2016 – Hábitos de Consumo de Mídia pela População Brasileira, da Presidência da República. Por meio da rede, citada por 89% dos entrevistados, é possível obter informações mais diversas do que aquelas disponíveis, por exemplo, nos poucos canais de tê vê aberta existentes no país. Porém, na rede mundial de computadores, diferentes grupos têm usado artifícios para influenciar os debates ou ajudar a “viralizar” (disseminar) informações que lhes interessam, muitas vezes sem que as pessoas que recebem os conteúdos saibam desses procedimentos.

O coordenador do Comitê, Gestor da Internet no Brasil (cê gê i ponto bê érre), Maximiliano Martinhão, alerta que no próximo ano [2018], durante a campanha eleitoral, a internet “sediará” esses debates. “Muitos dos embates entre planos de governo, propostas políticas, transparência e ética acontecerão nesse ambiente, fazendo com que o espaço de debate político criado por provedores de aplicações de conteúdos na internet se consolide cada vez mais como parte da esfera pública.” Diante disso, o Tribunal Superior Eleitoral (tê ésse é) criou o Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, com a atribuição de pesquisar, analisar e formular ações em relação a questões emergentes como as notícias falsas, as fake news.

Essas informações, contudo, são apenas a face aparente de um fenômeno mais profundo e relacionado à fórma como determinados conteúdos circulam e ganham projeção na internet.

reticências

O estudo Robôs, Redes Sociais e Política no Brasil, da Fundação Getulio Vargas, mostra como robôs ou bots (perfis falsos presentes em mídias sociais) são capazes de distribuir, em escala industrial, mensagens pré-programadas

De acordo com o estudo, a disputa política, nos próximos anos, pode ser influenciada por essas técnicas. Segundo o coordenador da pesquisa, Marco Aurélio Rudiguer, para evitar que isso ocorra, é importante que os provedores de rede garantam um ecossistema digital saudável.

Orientações e sugestões didáticas

Seção Para refletir

Esta seção favorece o desenvolvimento da Competência Geral da Educação Básica número 1: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Orientação

Esta seção contempla o tema contemporâneo Ciência e tecnologia.

reticências

Embora faça o alerta quanto aos impactos das novas tecnologias, Ruediger pondera que o problema tem uma dimensão ética, que ultrapassa a tecnológica. Por isso, ressalta que eleitores e partidos também têm a tarefa de promover um debate público qualificado e não manipulado, garantindo a lisura do processo político eleitoral e, ainda, do uso de recursos públicos.

MARTINS, Helena; VALENTE, Jonas. Fake news: contrôle na internet e desafios para as eleições de 2018. ê bê cê. Disponível em: https://oeds.link/SrRS6K. Acesso em: 30 abril. 2022.

A confiança na mídia

De acordo com o estudo global Edelman Trust Barometer 2018, o índice de confiança na mídia foi declinando ao longo da década de 2010 em diversos países. Na Austrália, por exemplo, o índice de confiança nas redes sociais é um dos mais baixos do mundo; em 2018 foi de apenas 31%.

No mesmo ano, o índice de confiança da Austrália nas ônguis era de 48%, nas empresas era de 45% e no governo era de 35%. Observe a evolução dos índices do país entre os anos 2012 e 2018 e compare-a com os dados do Brasil apresentados no quadro.

AUSTRÁLIA E BRASIL: ÍNDICES DE CONFIANÇA, EM % (2012-2018)

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

Austrália

Governo

33

32

38

37

45

37

35

Mídia

33

32

36

34

42

32

31

Negócios

45

44

49

46

52

48

45

ONGs

50

48

55

52

57

52

48

Índice médio de confiança

40

39

44

42

49

42

40

Brasil

Governo

27

36

27

32

21

24

18

Mídia

52

55

50

51

54

48

43

Negócios

55

58

57

59

64

61

57

ONGs

48

56

61

57

62

60

57

Índice médio de confiança

46

51

49

50

50

48

44

Elaborado com base em dados obtidos em: EDELMAN Trust Barometer-2018: Global Report. Disponível em: https://oeds.link/noX0yt. Acesso em: 30 abril. 2022.

  1. Na sua opinião, como é possível combater as notícias falsas propagadas pelas redes sociais?
  2. Após comparar os índices registrados no Brasil e na Austrália, aponte as diferenças entre os dois países. Produza um texto em seu caderno que expresse a sua opinião e procure responder: Por que esses países apresentam índices diferentes?
  3. Reflita e converse com os colegas:
    1. Que ações você realiza para descobrir se determinadas notícias veiculadas pelas redes sociais são verdadeiras?
    2. Seus colegas realizam ações diferentes das suas? Na sua opinião, os procedimentos realizados por eles são eficientes?
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. Resposta pessoal. É esperado que os estudantes mencionem que as notícias falsas podem ser combatidas com denúncias nas redes sociais e verificação da fonte das informações presentes na notícia por meio da busca em outros portais jornalísticos, por exemplo.
  2. Texto pessoal. Entre outras informações, é possível destacar, por exemplo, que o índice de confiança no governo é muito maior na Austrália do que no Brasil, porém, em outros aspectos, os índices de confiança dos brasileiros são maiores.
    1. Resposta pessoal. Professor, esta atividade pode suscitar um debate em sala de aula, com sua mediação.
    2. É interessante realizar um debate na sala de aula de modo que os estudantes possam trocar opiniões e aprofundar a reflexão sobre o tema.

Questões para autoavaliação

Nesta oitava Unidade, as questões sugeridas para autoavaliação – e que também podem ser utilizadas, a seu critério, para o diagnóstico do grau de aprendizagem dos estudantes – são as seguintes:

  1. Quais são as características físicas da Oceania? A que se deve sua grande variedade de paisagens?
  2. Quais são as principais atividades econômicas dos países da Oceania?
  3. Quais são os principais desafios dos países da Oceania no que diz respeito ao meio ambiente?
  4. O que é a apéqui e qual sua importância para o continente?
  5. Como se deu boa parte do povoamento dos países da Oceania?

Glossário

Atol
 Ilha oceânica de coral que fórma um círculo ou um anel, delimitando um lago em seu interior.
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Fiorde
 Entrada do mar em corredor longo e estreito entre montanhas rochosas com laterais íngremes.
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Autogoverno
 Governo autônomo.
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Ostracismo
 Exclusão, isolamento.
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