UNIDADE oito A EXPANSÃO DOS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO dezenove
Você estudará nesta unidade:
Formação dos Estados Unidos
Territórios indígenas nos Estados Unidos
Guerra de Secessão
Racismo e segregação racial
A relação dos Estados Unidos e os demais países do continente americano
Após a independência das treze colônias da América inglesa, em 1776, iniciou-se o processo de formação e de organização do novo país que viria a se chamar Estados Unidos. No século dezenove, o Estado recém-constituído começou a definir suas políticas de atuação interna e no continente americano. A delimitação e a expansão do território dos Estados Unidos contaram com compras e anexações de diversas áreas que não estavam integradas às antigas colônias. Foram incorporadas ao território nacional áreas tradicionalmente habitadas por povos indígenas, que foram expulsos de suas terras.
Além disso, no século dezenove, foi iniciada uma guerra civil entre as regiões sul e norte dos Estados Unidos. Essa guerra expôs o choque de interesses entre os grupos que se organizaram em tôrno das atividades realizadas nas antigas treze colônias: a região norte, que se industrializava e tinha interesse na ampliação dos mercados consumidores, e a região sul, que tinha como base uma economia agrária, estruturada no trabalho escravo.
Foi também ao longo do século dezenove que o govêrno dos Estados Unidos promoveu uma política intervencionista nos demais países do continente americano.
De que fórmas as decisões tomadas pelos governantes estadunidenses influenciam, até hoje, os rumos e as decisões de diversos países?
CAPÍTULO 18 A EXPANSÃO PARA O OESTE E A GUERRA DE SECESSÃO
Após a independência dos Estados Unidos, as treze colônias originais se tornaram estados e novos territórios foram incorporados ao país que se formava.
A Louisiana e a Flórida foram compradas da França e da Espanha em 1803 e 1819, respectivamente. A anexação da Flórida facilitou o acesso ao oceano Atlântico e ao Mar do Caribe, proporcionando melhor circulação de mercadorias até os portos. O estado de Óregon foi cedido pela Grã-Bretanha em 1845.
No mesmo ano, a intenção de incorporar o Texas levou os Estados Unidos a uma guerra contra o México. Vitoriosos, os estadunidenses anexaram a região e os atuais estados da Califórnia, Arizona, Novo México, Oklahoma, Colorado, Idaho e parte de Utah.
A expansão dos Estados Unidos foi tão rápida quanto violenta. De um lado, representou o nascimento da nação que se tornaria a maior potência econômica mundial. De outro, provocou a dizimação da maioria dos indígenas que viviam naqueles territórios.
A formação de um país
A formação dos Estados Unidos (século dezenove)
Elaborado com base em dados obtidos em: THE NATIONAL atlas of the United States of America. Territorial acquisitions. U.S. Department of the Interior/U.S. Geological Survey. Disponível em: https://oeds.link/TvYdZP. Acesso em: 26 fevereiro 2022.
As ações da Restauração conservadora que tomou conta da Europa após 1815 ameaçavam a autonomia e os interesses econômicos dos Estados Unidos, que haviam conquistado sua independência sob os lemas liberal e republicano.
Com o objetivo de impedir a intervenção europeia no continente americano, em 1823 o então presidente estadunidense James Monrow elaborou a Doutrina Monroe, com o lema “A América para os americanos”. Por meio dessa doutrina, os Estados Unidos se comprometiam a não interferir nas questões europeias, desde que a Europa não interferisse na América.
Mais tarde, porém, a Doutrina Monroe foi desvirtuada e passou a ser usada para justificar a expansão estadunidense. Surgia, assim, a doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual os estadunidenses tinham a missão divina de levar a “civilização” aos povos considerados “bárbaros e inferiores”.
Segundo o Destino Manifesto, os estadunidenses eram o povo eleito por Deus para expandir seu poder em direção às terras do oeste e a outras regiões da América. Essa ideia foi amplamente divulgada pelos meios de comunicação dos Estados Unidos no século dezenove e até hoje está presente no imaginário de muitos estadunidenses.
Lei de Terras
A ocupação do oeste tomou fôrça em 1862 com a Homestead Act ou Lei de Terras. Por meio dela, o govêrno concedia um lote de terra para qualquer família ou cidadão maior de 21 anos que estivesse dispôsto a migrar para o oeste e que se comprometesse a cultivar as terras recebidas no prazo de cinco anos. Com a chegada constante de imigrantes, essa lei favoreceu o desenvolvimento de um amplo mercado interno na região.
Território e identidade
Devido às características econômicas e sociais, três regiões diferenciadas se formaram nos Estados Unidos, reafirmando alguns aspectos que já existiam desde o período colonial. O norte definiu-se como um grande centro urbano e industrial, enquanto o sul se caracterizava pela economia agroexportadora e escravista. O oeste emergia como uma área de pequenos agricultores e criadores independentes.
O processo de expansão territorial e econômica contribuiu para a construção da identidade do povo estadunidense. Em um país jovem, composto de imigrantes de várias origens e religiões, a ideia de que a conquista do oeste era uma epopeia nacional colaborou para a unificação dos habitantes do território e a construção do sentimento de pertencimento aos Estados Unidos.
Expulsão dos antigos donos
Na expansão para o oeste, muitas terras foram tomadas dos povos indígenas para abrigar os novos imigrantes.
Os sioux (que viviam nas planícies do norte dos Estados Unidos) e os apaches (que viviam no sudoeste), entre outros grupos indígenas, resistiram à expansão estadunidense. Porém, no final do século dezenove, eles já tinham sido dizimados. Uma das táticas adotadas pelas fôrças do govêrno estadunidense para derrotar os nativos foi acabar com os búfalos da região, principal fonte de alimentos para a dieta desses povos.
Ler a charge
• Que relação pode ser estabelecida entre esta charge e a expansão dos Estados Unidos para o oeste no século ? dezenove
KARNAL, Leandro. Estados Unidos: a formação da nação. São Paulo: Contexto, 2001. Livro sobre a história dos Estados Unidos abordando temas como a colonização, a independência e a presença de indígenas e afrodescendentes na formação do país.
Integrar conhecimentos
História e Geografia
A retração dos territórios indígenas
Entre 1600 e 1900, milhões de europeus imigraram para a América do Norte. O avanço desses imigrantes rumo ao interior do território que hoje corresponde aos Estados Unidos repeliu os habitantes nativos, confinando-os em áreas cada vez menores.
Em certas regiões, alguns grupos indígenas conseguiram se inserir economicamente na sociedade que se estabeleceu em suas terras, mas na maioria dos casos só restou dos diversos povos e culturas o nome dado aos territórios conquistados: Dakota, Ilinois, Iowa etcétera.
Ocupação das terras indígenas
Elaborado com base em dados obtidos em: U.S. Department of the Interior. Bureau of Indian Affairs. Disponível em: https://oeds.link/RnAGNE; Were American Indians the Victims of Genocide? History News Network, setembro 2004. Disponível em: https://oeds.link/I8APCY. Acessos em: 26 fevereiro 2022.
- Em que região dos Estados Unidos os indígenas estavam concentrados no final do século dezoito?
- Que fatores contribuíram para a retração dos territórios indígenas a partir de meados do século dezenove?
- Em 2010, houve uma pequena ampliação dos territórios indígenas do país. O que explicaria esse crescimento?
- Que marcas os indígenas deixaram no atual território estadunidense?
A Guerra de Secessão
Até meados do século dezoito, o arroz e o tabaco dominavam a agricultura do sul dos Estados Unidos. Depois, com o surgimento de fábricas têxteis na Inglaterra, a produção de algodão foi estimulada, e os estadunidenses passaram a exportar essa matéria-prima em larga escala. No início do século dezenove, as plantações de algodão já eram hegemônicas na paisagem sulista e eram cultivadas, basicamente, com a mão de obra de africanos escravizados.
Embora o tráfico negreiro tenha sido proibido nos Estados Unidos desde 1808, as fazendas sulistas continuaram a ser abastecidas pelo comércio ilegal de escravizados. Em 1860, havia 4 milhões de cativos nos Estados Unidos, o que representava um terço da população do sul.
Na segunda metade do século dezenove, a questão da manutenção da escravidão nos Estados Unidos gerava grande polêmica e dividia o país. Os estados do sul eram a favor de mantê-la. Porém, os estados do norte, com a atividade industrial em franca expansão e a produção rural organizada em pequenas propriedades, defendiam o trabalho livre e assalariado. Apesar dessas diferenças, tanto no sul quanto no norte prevalecia a ideia de superioridade do homem branco.
The Liberator
Em 1830, o estudante Uílham Guérisan fundou, em Nova York, o jornal The Liberator, que pregava o fim imediato da escravidão nos Estados Unidos. A maioria dos leitores, a princípio, era formada por negros alfabetizados pelas igrejas protestantes. Os próprios negros foram responsáveis pela sobrevivência do jornal. Aos poucos, outros pregadores abolicionistas, incluindo brancos, passaram a se dedicar ao periódico.
O jornal The Liberator funcionou até dezembro de 1865.
Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.
A caminho da guerra civil
A questão escravista e o modêlo de ocupação das novas terras do oeste foram os principais motivos para a eclosão da guerra civil nos Estados Unidos.
Os fazendeiros do sul pretendiam expandir suas grandes propriedades em direção ao oeste, com o emprêgo de mão de obra escrava. Os estados do norte, ao contrário, queriam impedir o avanço da escravidão e defendiam o estabelecimento de pequenas propriedades familiares nessas novas terras. Para os nortistas, os escravizados deveriam ser libertos porque representavam potenciais consumidores de seus produtos. No entanto, decretar o fim do trabalho cativo interferiria no direito de os estados do sul governarem a si próprios.
Como os sulistas, representados pelo Partido Democrata, dominavam o govêrno e o Poder Legislativo federal, em 1854 aprovaram no Congresso a Lei Kansas-Nebraska. Essa lei definia que a legalidade da escravidão nos territórios federais deveria ser decidida pelos colonos de cada região, por meio do voto. Os setores abolicionistas reagiram à lei, considerada escravagista, fundando o Partido Republicano.
Para agravar a discussão, o norte, interessado em estimular sua crescente indústria, defendia o aumento das tarifas alfandegárias para se proteger da concorrência dos produtos importados e criar um poderoso mercado interno. O sul, por sua vez, queria manter as tarifas de importação baixas para adquirir produtos estrangeiros mais baratos.
Em 1860, Êibrarram Linkón, que era antiescravista, apesar de não ser abolicionista declarado, foi eleito presidente do país, o que deixou o sul ainda mais insatisfeito. Diante dessa situação, o estado da Carolina do Sul decidiu separar-se dos Estados Unidos. Dez estados seguiram o exemplo e formaram os Estados Confederados da América. O presidente escolhido foi jéfêrson dêivis. Os demais estados formaram o grupo conhecido como União.
Ler a charge
• Nesta charge, em litogravura, qual dos personagens representa ? E Êibrarram Linkón ? Como você chegou a essa conclusão? jéfêrson dêivis
A “casa” dividida
A formação dos Estados Confederados da América foi o estopim para a eclosão da guerra civil nos Estados Unidos, também chamada de Guerra Civil Americana ou Guerra de Secessão (1861-1865). O conflito colocou em lados opostos o exército da União, representado pelos estados do norte e por vários estados do oeste, e o exército confederado. O sul contava com militares experientes, enquanto o norte tinha outras vantagens: número superior de soldados, recursos de comunicação mais sofisticados e indústrias que garantiam o armamento e abasteciam as tropas.
A liderança política do presidente Lincon foi muito importante para o desfecho do conflito. Ele proibiu a entrada de mercadorias de primeira necessidade nos estados do sul e decretou a Lei do Confisco, que autorizava a apreensão dos bens dos confederados, incluindo os escravizados, que caíssem nas mãos da União.
Aos olhos dos escravizados, essas medidas tornaram-se uma grande oportunidade para conquistar a liberdade. Dessa fórma, quando o exército da União invadia uma área sulista, muitos cativos promoviam fugas coletivas.
Lincon decretou o fim da escravidão em todos os estados em janeiro de 1863. Enfraquecido e sem recursos, o sul se rendeu dois anos depois. Leia um trecho do depoimento da ex-escravizada Mídie Fríman, aos 86 anos, que vivia no Arkansas na década de 1930.
“O dia em que a liberdade chegou, eu estava pescando com papai. reticências Papai pulou pra cima, reticências segurou a minha mão e saiu correndo para casa. ‘É a vitória’, ele não parava de repetir. ‘É a liberdade. Agora nós seremos livres!’ Eu não entendia o que tudo aquilo significava.”
YETMAN, Norman R. editor. Voices from slavery: 100 authentic slave narratives. Nova YorkDover Publications, 2000. página 131. (Tradução nossa).
. Direção: Réuriét Estados Unidos, 2020. Duração: 125 minutos O filme conta a história de uma mulher negra, , que lutou pela sua liberdade e de dezenas de escravizados durante a Guerra de Secessão nos Estados Unidos. Réuriét Tôbmen
Segregação racial
A abolição da escravidão e a vitória dos antiescravistas na Guerra de Secessão não garantiram aos negros dos Estados Unidos a conquista da cidadania, pois eles continuaram marginalizados e sem acesso à educação e à propriedade de terras, além de não terem direito ao voto. Prevalecia em todo o país a ideia de que os negros eram inferiores.
Nesse cenário, os habitantes do sul tornaram-se cada vez mais segregacionistas. As leis djim , aprovadas em 1870, por alguns estados da federação, consideravam negros e brancos iguais, mas definiam que eles deviam ser separados, principalmente em espaços públicos, reservando a convivência apenas em ambientes de trabalho. Dessa fórma, os negros estavam impedidos de frequentar restaurantes, estações de trem, escolas, barbearias e banheiros públicos destinados aos brancos. Essas leis só viriam a ser revogadas na década de 1960.
Ainda em 1870, foi promulgada a 15ª emenda à Constituição estadunidense, que determinou o voto universal, ou seja, estendido a todos os cidadãos o direito de votar. Contudo, diversas restrições foram acrescentadas para impedir o voto da população negra, como as exigências de saber ler e escrever e de possuir propriedades.
O sul em chamas: a Cu Clús Clã
A Cu Clús Clã ( ká ká ká), associação secreta criada em 1865 por veteranos do exército confederado, insatisfeitos com os rumos do país e com o fim da escravidão, é um dos exemplos máximos da intolerância racial nos Estados Unidos.
Racista e terrorista, a ká ká ká pregava a supremacia branca e colocava-se como a defensora dos bons costumes, da moral cristã e da ordem social e “natural”. Seus membros promoviam uma série de atentados contra a população negra, além de atacar judeus, chineses, brancos que apoiavam os direitos dos negros e outros grupos considerados inferiores pela organização. As principais fórmas de violência utilizadas pela ká ká ká eram os linchamentos, as invasões de propriedades e os assassinatos.
Mesmo colocada na ilegalidade em 1871, a ká ká ká continua atuando no país até os dias de hoje.
Documento
A fotografia de guerra
A fotografia teve um papel muito importante durante a Guerra de Secessão. Inicialmente, ela era utilizada apenas para registrar o conflito e fazer propaganda de guerra. Depois, também foi empregada como arma de espionagem pelos estadunidenses.
As imagens registradas pelos fotógrafos eram diretas e chegavam a mostrar o rosto de soldados mortos nos campos de batalha. Por esse motivo, elas foram vistas pelo público como fidedignas e realistas, recebendo maior credibilidade que as notícias divulgadas pela imprensa sobre a guerra. O fotógrafo e jornalista Mátiu Brêidi chegou a declarar que a câmara fotográfica era “o ôlho da história”.
- Descreva essa fotografia. Que sensações ela provoca em você?
- Qual pode ter sido o objetivo de registrar a Guerra de Secessão em fotografias?
- Para tirar essa fotografia, deslocou o cadáver de um soldado confederado para um local mais visível ao observador e, ainda, inseriu no cenário um rifle. Diante desse exemplo, é possível dizer que a fotografia é um retrato fidedigno da realidade? Justifique.
- Na sua opinião, qual é a importância da fotografia para o estudo da História? Como o historiador deve examinar um documento fotográfico?
Atividades
Faça as atividades no caderno.
1. Leia o texto a seguir, referente à ocupação das terras indígenas do oeste dos Estados Unidos ao longo do século dezenove. Trata-se de um trecho da resposta do cacique Ciátou, em 1855, ao pedido de compra das terras de sua tribo feito pelo govêrno estadunidense.
“O presidente declarou em Washington que deseja comprar a nossa terra. Mas como se há de comprar ou vender o céu, a terra? Tal ideia é estranha para nós. Se não possuímos a presença do ar, e o brilho da água, como se há de comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo. reticências”
FIGUEIREDO, Carlos organização. 100 discursos históricos. 5. edição Belo Horizonte: Leitura, 2002. página 275.
- Monte uma ficha contendo os seguintes dados do texto: ano da resposta, quem a pronunciou, a quem era destinada e qual era seu objetivo.
- Por que o govêrno estadunidense queria comprar as terras indígenas?
- Segundo o cacique, a prática de comprar terras era estranha para os indígenas. Explique.
- Qual foi a consequência dessa política estadunidense para os indígenas do território? E para os Estados Unidos?
2 . Elabore um quadro em seu caderno e sistematize as informações sobre a Guerra de Secessão. Siga o modêlo:
Quando ocorreu |
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Principais motivos |
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Estopim para a guerra |
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Final do conflito |
- Neste Capítulo você estudou algumas das origens históricas do racismo nos Estados Unidos. A segregação racial, iniciada na década de 1870 e que durou até a década de 1960, aproximadamente, marginalizou os negros nos Estados Unidos, alimentando todos os tipos de preconceito contra essa população. Considerando essas informações e com base em seus conhecimentos, responda: O que você pensa sobre o racismo? Debata com os colegas e crie uma campanha de combate ao racismo.
- Observe a imagem a seguir e responda às questões propostas.
- Em que consistiam as chamadas leis djim ? Em sua opinião, em que medida essas leis impediam o pleno funcionamento da democracia nos Estados Unidos?
- Em que período as leis djim foram revogadas?
- O fim da escravidão nos Estados Unidos, em 1863, não representou a completa inserção dos negros na sociedade estadunidense. Explique essa situação com base nessa fotografia e nas informações deste Capítulo. Justifique sua resposta.
CAPÍTULO 19 CRESCIMENTO ECONÔMICO E IMPERIALISMO
Após a independência, no século dezoito, os Estados Unidos se tornaram exemplo e inspiração para os outros países do continente americano.
Contudo, no século seguinte, o espírito imperialista se sobrepôs. Se liberdade e emancipação foram princípios que nortearam a história estadunidense, nem sempre esses valôres foram observados em sua relação com as nações latino-americanas.
No início do século dezenove, o expansionismo era uma política de Estado, inspirada na Doutrina Monroe, cujo lema era “a América para os americanos” (ou melhor, “a América para os estadunidenses”).
Em 1846, diversos territórios que pertenciam ao México foram anexados. E, após vencer a guerra Hispano-Americana, em 1898, os estadunidenses intervieram em diversos países da região. Granada, Haiti, Honduras, Nicarágua, Cuba, Pôrto Rico, Panamá e o próprio México fazem parte da longa lista.
O crescimento econômico estadunidense
A vitória da União na Guerra Civil Americana permitiu consolidar nos Estados Unidos o modêlo econômico liberal, defendido pela burguesia industrial, financeira e comercial do norte do país. Várias pequenas fábricas de carvão e aço passaram a ocupar cada vez mais o espaço da antiga economia agrícola e artesanal.
No campo, a mecanização da agricultura aumentou enormemente as áreas de cultivo e a produtividade. O desenvolvimento da pecuária nas planícies do oeste teve como consequência o extermínio dos povos nativos e transformou a região em um imenso curral. A construção de extensas ferrovias, que ligavam diversas regiões portuárias ao interior do país e facilitavam o transporte de matérias-primas, pessoas e mercadorias, foi essencial para a expansão econômica estadunidense.
A construção de ferrovias transcontinentais foi uma marca do otimismo tecnológico e modernizador do período. Revelava a mentalidade e o orgulho dos estadunidenses em ocupar o vasto território do país e em criar meios para explorar os seus recursos naturais. A modernização também se estendeu aos meios de comunicação, com o aperfeiçoamento do telefone e a criação da máquina de escrever, por exemplo. Em 1900, a fôrça da economia dos Estados Unidos despontava em vários setores. Além de possuir a maior malha ferroviária, o país já ocupava o primeiro lugar na produção mundial de aço.
A “terra da liberdade e das oportunidades”
O desenvolvimento econômico e a política do govêrno dos Estados Unidos de conceder terras para a ocupação do oeste atraíram muitos imigrantes para o país a partir da segunda metade do século dezenove. Divulgava-se a ideia de que o país era a “terra da liberdade e das oportunidades”.
A maioria dos imigrantes eram ingleses, irlandeses, alemães, canadenses, chineses e mexicanos. Foram para os Estados Unidos por diversos fatores; no caso dos europeus, que constituíram a maioria dos imigrantes, a razão principal foi o processo de modernização capitalista nos campos, que criou uma massa de camponeses sem terra e sem trabalho nas cidades industriais europeias.
Em geral, os imigrantes assumiram os trabalhos mais árduos, como pequenos agricultores, trabalhadores braçais nas ferrovias, na construção civil e nas indústrias, onde recebiam baixos salários. Isso contribuiu para aumentar as desigualdades sociais no país. Outro obstáculo à integração socioeconômica de muitos imigrantes era o preconceito, principalmente contra os católicos e os não europeus. Esse preconceito resultou, até mesmo, em medidas anti-imigratórias.
A pressão social contra os asiáticos ou europeus, católicos em sua maioria, resultou em medidas governamentais para conter a imigração. Em 1882, o Congresso proibiu a entrada de chineses, presidiários, indigentes e criminosos (lista posteriormente acrescida de anarquistas e outros “elementos indesejáveis”). Em 1885, proibiu-se a importação de mão de obra contratada. Em 1907, proibiu-se a entrada de japoneses. Nos tempos de Primeira Guerra Mundial, contrariando o veto do presidente Uílson, o Congresso criou o requisito de alfabetização para a entrada de imigrantes. Finalmente, nos anos 1920, foram aprovadas leis que atribuíam quotas a nacionalidades, restringindo o ingresso de latino-americanos e eslavos.
KARNAL, Leandro . êti áli História dos Estados Unidos: das origens ao século vinte e um. São Paulo: Contexto, 2007. página 132.
Ler a fotografia
• Como é a expressão dos imigrantes retratados na fotografia? Que expectativas eles podem ter trazido para a América? Que sonhos poderiam ter em relação à nova terra?
Lugar e cultura
Imigrantes nos Estados Unidos
Os imigrantes estão presentes na história estadunidense desde o surgimento e a formação do país.
Nova York, a cidade que durante séculos recebeu milhões de estrangeiros que moldaram a demografia dos Estados Unidos, tornou-se reticências pioneira no que diz respeito aos direitos dos imigrantes no país. A Câmara Municipal aprovou, por 33 a 14, o direito de voto para os residentes da cidade que não têm cidadania americana. A medida permitirá que votem mais de 800 mil imigrantes com vistos permanentes ou autorizações de trabalho, além dos que não tiverem documentos mas estejam protegidos por auxílio imigratório aprovado pelo govêrno federal.
ARROYO, Lorena. Nova York permite que mais de 800 mil imigrantes sem cidadania votem nas eleições locais. O Globo, 11 dezembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/U6P8Xt. Acesso em: 26 fevereiro 2022.
Dos cêrca de 8 milhões de habitantes de Nova York, 37% são imigrantes (dados de 2021). No mundo, Nova York é a cidade que mais abriga chineses, porto-riquenhos, dominicanos e mexicanos fóra de seus países de origem. Mais de 200 idiomas são falados na cidade e cêrca de metade dos nova-iorquinos fala um outro idioma em casa, com seus familiares.
Em 2018, o grafiteiro brasileiro Eduardo Kobra produziu um mural em uma escola pública no bairro de Manhattan, na cidade de Nova York, em homenagem aos imigrantes que chegaram à região entre o final do século dezenove e início do vinte. O mural tem 800 metros quadrados e representa os rostos de cinco imigrantes reais que chegaram à cidade de Nova York.
- Em 2021, Nova York era uma das cidades-santuário nos Estados Unidos. Procure o significado de “cidade-santuário” e pesquise exemplos de outras cidades e de estados do país que se declaram “santuários”.
- Reúna-se com um colega para fazer uma pesquisa e elaborar um texto sobre a questão: Os imigrantes contribuem positivamente para a cultura do local em que vivem? Por quê?
Urbanização acelerada
Com a acelerada industrialização e a chegada maciça de imigrantes, algumas regiões dos Estados Unidos tiveram grande desenvolvimento urbano, que se concentrou na área dos Grandes Lagos, na costa do oceano Pacífico e no nordeste do país. Um exemplo desse crescimento foi a cidade de Nova York.
Enquanto o seu navio [do imigrante] entrava no Pôrto de Nova York reticências, o que se apresentava diante dele era uma grande e uniforme cidade, “cheia de vida, com o burburinho do comércio, o murmurinho do impacto da chegada”: ancoradouros de ferro, um imenso tráfego de navios indo e vindo, reticências uma enorme e plana cidade no horizonte tão vasta como se sugerisse um mundo sem fim reticências.
Lúcacs, Dión . Uma nova república: história dos Estados Unidos no século vinte. Rio de Janeiro: Jorge zarrár, 2006. página 20-21.
A população urbana dos Estados Unidos saltou de 15%, em 1850, para 40%, em 1900. A expansão urbana no país, somada à consolidação de um sistema ferroviário ligando as costas leste e oeste, foi fundamental para a formação do mercado interno e para o surgimento de uma classe média numerosa, ávida por adquirir bens e orgulhosa das conquistas materiais garantidas pela prosperidade estadunidense.
Ao mesmo tempo que os Estados Unidos despontavam como uma das maiores economias capitalistas do mundo, uma mentalidade que valorizava o individualismo competitivo se consolidava no país. A crença nos Estados Unidos como a “terra da liberdade e das oportunidades” se associava à ideologia do Destino Manifesto.
A relação dos Estados Unidos com os países da América Latina
Já estudamos que a ideologia do Destino Manifesto foi um dos argumentos dos estadunidenses para policiar a América Latina e garantir os seus interesses econômicos e políticos. Um dos seus ideólogos, Diosáia Istróng, afirmava:
Se prevejo corretamente, essa poderosa raça avançará sobre o México, a América Central e a do Sul reticências. Essa raça está predestinada a suplantar raças fracas, assimilar outras e transformar as restantes até toda a Humanidade ser anglo-saxonizada.
. Citado em: MARQUES, Ademar; LOPEZ, Luiz Roberto. Imperialismo: a expansão do capitalismo. Belo Horizonte: Lê, 2000. página 13.
A primeira fase da expansão dos Estados Unidos ocorreu com a ampliação das fronteiras, da costa atlântica à costa do oceano Pacífico. Nessa fase, o país obteve diversos territórios por meio da compra ou da conquista.
O imperialismo estadunidense
Fonte: Bruít Éctór H. O imperialismo. São Paulo: Atual, 1994. página 52.
Na segunda metade do século dezenove, com o avanço da industrialização no país, os Estados Unidos estenderam sua política imperialista para a América Central e a América do Sul por meio de empresas mineradoras (Chile e Bolívia), petrolíferas (México e Venezuela), açucareiras (Cuba) e fruticultoras (América Central).
Os Estados Unidos não construíram um império colonial, administrado diretamente por autoridades da metrópole. Optaram por um imperialismo “informal”, com o qual lucraram milhões de dólares ao longo do século dezenove e início do vinte.
A política do Big Stick
A partir da segunda metade do século dezenove, o imperialismo estadunidense na América Latina assumiu uma política de “portas fechadas” para qualquer outra potência, visando diminuir a influência da Europa no continente.
Essa política era derivada da Doutrina Monroe e passou, ao mesmo tempo, a ter um viés imperialista. A interpretação da doutrina pelo presidente teodór rúsvelt ficou conhecida como Corolário Rusevélt e concebia a intervenção estadunidense como um direito e um dever para manter a ordem e, principalmente, os interesses dos Estados Unidos no continente. Rusevélt afirmou:
“Tudo que este país deseja é ver que nos países vizinhos reina a estabilidade, a ordem e a prosperidade. Todo Estado cujo povo se conduza bem pode contar com nossa cordial amizade [e] não deverá temer intervenções dos Estados Unidos. No entanto, uma desordem crônica ou uma impotência resultante do relaxamento geral dos laços da sociedade poderiam exigir na América, como em qualquer outra parte, a intervenção de uma nação civilizada. No hemisfério ocidental, a Doutrina Monroe pode obrigar os Estados Unidos, embora contra a vontade, a exercer, em casos de flagrante desordem ou de impotência, um poder de polícia internacional.”
Bruít ÉctórH. O imperialismo. São Paulo: Atual, 1994. página 54.
Rusevélt inaugurava, assim, a política do Big Stick, sintetizada com base na ideia de “falar macio e carregar um grande porrete”. De acôrdo com essa política, os governos latino-americanos deveriam cumprir suas obrigações financeiras com os Estados Unidos e adotar políticas de proteção aos interesses econômicos das empresas estadunidenses. Caso não cumprissem essas determinações, poderiam sofrer intervenções armadas, que teriam supostamente a intenção de manter a estabilidade nas relações entre as diversas regiões do continente.
O caso cubano
Por sua posição geográfica estratégica e sua proximidade com o sul dos Estados Unidos, Cuba despertou os interesses estadunidenses.
O volume do comércio entre Cuba e Estados Unidos era significativo e os investimentos estadunidenses na produção de açúcar e mineral (ferro, manganês e níquel) alcançaram níveis extraordinários no final do século dezenove.
Na guerra de independência de Cuba, que ocorreu entre 1895 e 1898, os cubanos, liderados por rossê Martí e com a ajuda dos Estados Unidos, derrotaram as tropas espanholas. Porém, essa ajuda teve um custo alto para Cuba. Após a morte de Martí, os estadunidenses submeteram a ilha a uma vergonhosa tutela. O novo país independente foi obrigado a incluir em sua Constituição a Emenda Platt, que vigorou de 1901 a 1934. Essa emenda cedia aos Estados Unidos a base militar de Guantánamo, onde permanecem até hoje, e autorizava a intervenção na ilha para defender interesses do país. Com base na emenda, as tropas estadunidenses invadiram a ilha algumas vezes, como em 1902, a fim de derrotar um movimento revolucionário.
A Emenda Plát representou o domínio militar, político e econômico dos Estados Unidos sobre Cuba. Além disso, resultou em uma série de governos corruptos e incompetentes, como o do sargento Fulgêncio Batista, que subiu ao poder em 1933 e foi deposto em 1959 com a Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro.
O canal do Panamá
A criação da república do Panamá é um exemplo do domínio imperialista dos Estados Unidos na América Latina.
Por volta de 1888, uma empresa francesa começou a construção do canal do Panamá, que pertencia à Colômbia. O canal interligaria o oceano Atlântico ao Pacífico. A companhia enfrentou uma série de dificuldades e, por falta de recursos, propôs a venda do projeto ao govêrno dos Estados Unidos por 40 milhões de dólares em 1902. Porém, a Colômbia não aceitou o tratado proposto pelo govêrno estadunidense, pois feria a soberania colombiana, uma vez que o contrôle do canal ficaria nas mãos dos Estados Unidos.
A companhia francesa, interessada em concretizar o negócio com os Estados Unidos, começou a incentivar uma revólta interna dos panamenhos contra o domínio colombiano. Os Estados Unidos enviaram navios de guerra para a região. A luta pela independência do Panamá começou em novembro de 1903. A esquadra estadunidense impediu a entrada das tropas colombianas, colaborando para a vitória da rebelião, que organizou rapidamente um govêrno provisório no novo país.
No mesmo ano, os Estados Unidos e o novo país independente assinaram um tratado pelo qual os estadunidenses concordavam em pagar certa quantia em troca de obter o contrôle perpétuo do canal. Apenas em 1977, depois de décadas de protestos panamenhos, os presidentes dos Estados Unidos, Dimi Carter, e do Panamá, general Omar Torrírros, assinaram dois novos tratados que substituíram aquele acôrdo, transferindo o contrôle do canal para o Panamá a partir de 1999, o que de fato ocorreu.
Atividades
Faça as atividades no caderno.
- Explique por que os Estados Unidos receberam tantos imigrantes na segunda metade do século dezenove.
- Explique por que podemos afirmar que os Estados Unidos optaram por um “imperialismo informal” durante o século dezenove e o início do século vinte.
- Utilize seus conhecimentos sobre o processo que levou à construção do canal do Panamá e relacione-o com a política do Big Stick.
- Explique a política do Big Stick. Dê pelo menos um exemplo de episódio relacionado a essa política.
- Sob orientação do professor, reúnam-se em grupos. Observem a charge a seguir e façam as atividades propostas.
- O que o homem vestido de rei está representando? Por que ele usa roupas de rei? Respondam com base em seus conhecimentos de História.
- Quem é o homem de chapéu e óculos dentro do navio? Há uma imagem neste Capítulo que pode auxiliar nessa identificação.
- A Doutrina Monroe, em sua origem, podia ser considerada uma estratégia de defesa dos estadunidenses contra a ameaça de recolonização do continente americano. Contudo, essa doutrina passou a ser usada “para outros fins”. Como ela passou a ser usada? Que elementos da charge nos mostram isso?
Para refletir
Por que o problema da imigração é tão sério e complexo no mundo contemporâneo?
A política migratória nos Estados Unidos já passou por diferentes diretrizes ao longo do tempo, mas sempre foi uma questão muito discutida no país. Em 2016, dônald tramp, que venceu a disputa presidencial dos Estados Unidos, fazia declarações anti-imigratórias em seus discursos de campanha, tanto é que uma de suas propostas como candidato era a de construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. O muro seria construído para evitar a entrada de mexicanos no território estadunidense.
Em 2021, jou baiden foi eleito presidente dos Estados Unidos e passou a adotar um discurso favorável à tolerância em relação aos imigrantes. Em 2022, o govêrno retomou um programa criado anteriormente por Barack Obama, que presidiu o país entre 2009 e 2017, e que permite aos filhos de imigrantes menores de 21 anos serem aceitos no país para reunificarem os laços familiares. A condição é que os imigrantes estejam em condições legais de serem reconhecidos no país. Este programa baseou-se na Lei de Menores da América Central. No entanto, alguns estados republicanos, que defendem restrições às políticas migratórias, entraram com um processo contra as medidas tomadas pelo govêrno.
Leia a seguir um artigo sobre essa questão:
O status de proteção temporária que a Administração de jou baiden concedeu aos cidadãos venezuelanos que se encontram nos Estados Unidos devido à crise de seu país constitui o primeiro grande sinal factual de uma mudança de rumo de Washington em relação à América Latina. A guinada parece lenta e complicada diante dos dois conflitos mais imediatos na região, Venezuela e Cuba. A Casa Branca destaca que a modificação da estratégia em relação ao regime castrista [de Cuba] “não figura entre as principais prioridades de Báiden” e que, embora não compartilhe da estratégia de sanções reticências em relação a Caracas e vá recuperar a cooperação internacional, tampouco tem pressa para amenizar as punições. A mensagem serve para manter a pressão em qualquer negociação futura, mas também constata as dificuldades. As últimas decisões tomadas por dônald tramp, aliás, aumentaram a tensão internacional.
reticências
“Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo a militar, se for necessário”, disse trãmp em agosto de 2017, no meio de suas férias, de seu clube de golfe em Bedminster (Nova Jersey). “Não vou descartar a opção militar, é nosso vizinho e temos tropas em todo o mundo. A Venezuela não está muito longe e as pessoas ali estão sofrendo e morrendo”, continuou, com seu estilo tão particular, capaz de vincular uma ação armada pela conveniência da localização.
MARS, Amanda. Báiden promove um complicado giro na política dos Estados Unidos em relação à América Latina. EL País, 10 março 2021. Disponível em: https://oeds.link/02lAAi. Acesso em: 26 fevereiro 2022.
- É possível relacionar o discurso do ex-presidente dônald tramp com a Doutrina Monroe?
- Procure na internet o significado do conceito de Estado. Com base em sua descoberta e nas informações do texto anterior, explique qual deveria ser o papel do Estado na garantia dos direitos humanos e da cidadania dos imigrantes que vivem em seu território.
Para compreender e discutir os conflitos e as tensões no mundo contemporâneo, como as ondas de imigração, é necessário utilizar corretamente conceitos como os de Estado, país e govêrno. Considere as afirmações a seguir:
- O govêrno é uma das instituições que fazem parte do Estado; o govêrno tem, de modo geral, a função de administrar o Estado;
- O conceito de país refere-se a uma designação geográfica; relaciona-se, de modo geral, ao território físico em que um Estado age. Obs.: Esses conceitos são genéricos, considerados de acôrdo com os objetivos desta seção.
3. Vamos tentar exercitar o uso desses conceitos? Em seu caderno, escreva um parágrafo sobre a questão da imigração latino-americana para os Estados Unidos utilizando os conceitos de Estado, govêrno e país. Se necessário, faça uma pesquisa sobre o tema da imigração e aprofunde o significado desses conceitos. Em seu texto, procure responder: Por que a imigração é uma questão tão complexa no mundo contemporâneo?