UNIDADE 2  Quando a síntese é o melhor caminho

Faça as atividades no caderno.

Fotografia. Imagem em preto e branco. Formato paisagem. A foto mostra quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, caminhando em um terreno árido. À esquerda da foto, uma mulher usa blusa e saia. Ela está de costas, segurando uma caixa sobre a cabeça e uma trouxa no braço direito. À direita, um homem de chapéu, blusa e calça listrada. Ele está de costas, com uma trouxa nas costas e segurando uma espingarda. À frente deles, duas crianças vestidas com camisa e shorts. Elas estão descalças e segurando trouxas.
Cena do filme Vidas secas, do cineasta Nelson Pereira dos Santos, 1963.
  1. Observe a imagem e responda:
    1. Descreva o que você vê na imagem.
    2. Quem essas personagens representam? O que sabemos sobre elas?
    3. Qual situação social é retratada nessa imagem?
    4. Como você resumiria o assunto apresentado na imagem?
Versão adaptada acessível
  1. Que elementos descritos da imagem chamaram mais a sua atenção?
  2. Quem essas personagens representam? O que sabemos sobre elas?
  3. Qual situação social é retratada nessa imagem?
  4. Como você resumiria o assunto apresentado na imagem?
  1. O que você sabe sobre a seca e os problemas que ela acarreta para a população e o meio ambiente?
  2. A região onde você vive enfrenta problemas com secas ou enchentes?

Saiba +

Terra, planeta água

Você já deve ter ouvido a expressão “Terra, planeta água”. No entanto, apesar de a superfície terrestre ser constituída na maior parte por água (a proporção é de aproximadamente 70% de água e 30% de terras emersas), há outros fatores a considerar: o volume de água salgada e de gelo e neve (que são impróprios para o consumo), a profundidade do planeta em termos de diâmetro (que é maior do que sua superfície), o grande contingente de pessoas que precisam dela, a distância entre a concentração de água e a localização das populações ê tê cê ponto Ou seja, temos muita água, mas é preciso cuidar dela e economizar no consumo.

Déficit de chuvas no Cantareira nos últimos 12 meses é de 31%, número é igual ao de 2013, ano pré-crise hídrica

Todos os reservatórios que abastecem Grande São Paulo atingiram menor capacidade dos últimos seis anos. Sabésp diz que não há risco de desabastecimento 'neste momento'.

Bárbara Muniz Vieira e Renata Bitar

gê um São Paulo — São Paulo

Faltando poucos dias para o final do ano, o déficit de chuvas no Sistema Cantareira nos últimos doze meses foi de 31%, número igual ao de 2013. O reservatório chegou a 25% de seu armazenamento neste domingo (26), menor volume dos últimos seis anos.

A falta de chuvas preocupa especialistas, que temem falta de água nas residências no ano que vem.

A comparação com 2013 é importante porque foi o ano anterior à crise de abastecimento que atingiu a região metropolitana de São Paulo em 2014 e 2015. Outros sistemas produtores também foram afetados.

Gráfico. Cantareira – Percentual de Chuvas em Relação à Média Histórica (2011-2021). Gráfico em colunas de porcentagem por ano:  
2011: -8%. 
2012: -8%. 
2013: -31%. 
2014: -38%. 
2015: 5%. 
2016: -1%. 
2017: -16%. 
2018: -21%. 
2019: -12%. 
2020: -23%. 
2021: -30,6%.
Cantareira Percentual de chuvas em relação à média histórica (2011-2021).

Todas as represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo atingiram a menor capacidade de abastecimento dos últimos seis anos. Os volumes também são menores do que na mesma data de 2013 reticências.

"Ao longo de 2021, todos os indicadores mostram uma piora da situação dos mananciais. Comparativamente a 2013, na antessala da crise hídrica anterior, nossa situação é pior. Para o verão, os prognósticos climáticos – que, vale ressaltar fortemente, têm se confirmado ao longo do ano – indicam que teremos chuvas abaixo da média. Não haverá, portanto, uma recarga suficiente para enfrentar 2022 e os problemas de abastecimento ficarão ainda mais intensos."

Em nota, a Sabésp afirmou que não há risco de desabastecimento na região metropolitana de São Paulo neste momento, mas reforça a necessidade de uso consciente da água reticências.

VIEIRA, Bárbara Muniz; BITAR, Renata. Déficit de chuvas no Cantareira nos últimos 12 meses é de 31%, número é igual ao de 2013, ano pré-crise hídrica. Gê um São Paulo, São Paulo, 26 dezembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/vDE8PUfevereiro 2022.

  1. A que região a reportagem se refere?
  2. No texto, localize a informação que expressa o percentual de déficit de chuvas no Sistema Cantareira no ano de 2021.
  3. Observe o gráfico e localize nele a mesma informação identificada no texto, na questão anterior. Em que tipo de texto foi mais fácil localizar esse dado? No texto expositivo ou no gráfico?

Leitura 1

Faça as atividades no caderno.

Contexto

Podemos conhecer e analisar informações não apenas com base em notícias e reportagens, mas também lendo infográficos, mapas, gráficos e outros textos informativos construídos depois de uma pesquisa. Esses textos sintetizam, ou seja, resumem, dados e informações.

Você agora vai ler um infográfico da Agência Nacional de Águas (ãna) que revela uma situação preocupante em nosso país.

Antes de ler

Observe o infográfico e responda:

  • Você já leu textos como esse? Como podemos ler textos assim?
  • Quais informações são apresentadas nesse tipo de texto?
  • Por que o infográfico possui cores diferentes para apresentar essas informações?

Autoria coletiva

A autoria coletiva é aquela em que a produção de um texto conta com vários autores.

No caso da infografia, além da autoria coletiva, ela é multidisciplinar, pois conta com profissionais de diferentes áreas para produzir textos explicativos com elementos não verbais.

Ilustração. À esquerda, um homem usando blusa de mangas compridas e calças está sentado em uma poltrona, de costas, segurando um tablet. Acima da cabeça dele, há um balão de diálogo com o desenho de uma lâmpada. Na frente dele, um homem vestindo camisa e calça está olhando para a direita, na direção de uma lousa digital, com a mão esquerda no queixo e a mão direita no bolso. Acima da cabeça dele, há um balão de diálogo com duas barras. À direita, uma mulher com cabelos na altura do ombro, usando blusa regata e saia, está de perfil, com uma caneta na mão, fazendo uma marcação na lousa. Na outra mão, ela segura um papel. Acima da cabela dela, há um balão de diálogo com duas barras. Entre eles, uma mesa baixa de madeira com um notebook aberto sobre ela. Acima do computador, um balão de diálogo vazio.

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Autoria coletiva em infográficos

Muitos profissionais, trabalhando em equipe, são responsáveis pela elaboração de infográficos. Um deles é o designer gráfico, que inicialmente colabora com a execução de um rascunho do projeto que guiará os demais membros da equipe. Ele também pode ou não ser o ilustrador que trabalhará no aspecto visual. Trata-se, então, de quem cuida da estética aliada à funcionalidade do produto em questão, em projetos que envolvem tanto publicações impressas quanto digitais. O designer foca-se na criação de elementos gráfico-visuais que sirvam para ilustrar textos bastante resumidos, incluindo dados numéricos, a fim de facilitar ao máximo a compreensão do leitor acerca de determinado assunto. Para isso, é fundamental que haja também a atuação de especialistas vinculados ao tema; eles são os responsáveis pelo fornecimento dos dados a serem usados no material. A elaboração de infográficos conta ainda com profissionais ligados à criação, à revisão e à edição de textos, que cuidarão da parte verbal.

Infográfico. Um mapa do território brasileiro com cada uma de suas regiões pintada com uma cor diferente. Na parte superior, o texto: A DISTRIBUIÇÃO DESPROPORCIONAL DE ÁGUA NO BRASIL. ONDE TEM MUITA GENTE, TEM POUCA ÁGUA DOCE. Abaixo, na ilustração do mapa, sobrepostos em cada região, há desenhos de pessoas e gotas de água. A gota representa a água doce, e as pessoas representam a população. Os dados são: Norte: População: 8,6%. Disponibilidade de Água: 68%. 
Nordeste: População: 27,6%. Disponibilidade de Água: 3%. 
Centro-Oeste: População: 7,6%. Disponibilidade de Água: 16%. 
Sudeste: População: 41,9%. Disponibilidade de Água: 6%. 
Sul: População: 14,3%. Disponibilidade de Água: 7%.

ãna. A distribuição desproporcional de água no Brasil. Brasília, Distrito Federal: Agência Nacional de Águas, 2017.

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Monitoramento de águas

Vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, a ãna é uma autarquia federal do Brasil que tem como atribuição a gestão dos recursos hídricos nacionais.

Em 2019, a ãna lançou o aplicativo Hidroweb Mobile, disponível gratuitamente para aparelhos móveis, que fornece informações em tempo real sobre dados de chuva, nível e vazão dos rios do país e informações das mais de 3 mil estações hidrometeorológicas espalhadas pelo Brasil.

Logotipo. Na parte superior, o texto Hidroweb mobile. Abaixo, ilustração de ondas do mar.
Logotipo do aplicativo Hidroweb.

Estudo do texto

Faça as atividades no caderno.

1. Após a leitura da fotografia, da reportagem, do gráfico e do infográfico, responda:

Em relação ao aspecto visual, o que, de maneira geral, há de diferente entre eles?

2. Suponha que você se deparasse com o infográfico apresentado sem uma contextualização prévia. O que o auxiliaria a concluir sobre o assunto de que ele trata?

3. Em relação às informações fornecidas pelo infográfico, responda:

a. Qual instituição disponibilizou esses dados? Como é apresentada essa informação?

b. Qual região possui mais abundância de água, segundo o infográfico?

c. Qual região do país possui a maior população?

d. Segundo os dados apresentados, quais regiões poderiam ter problemas com abastecimento de água?

4. Observe o infográfico e responda:

a. Qual é o título do infográfico? E o subtítulo?

b. O que o título e o subtítulo indicam quanto à síntese apresentada no infográfico?

5. Com base em seus conhecimentos em relação às questões que envolvem uma crise hídrica, aponte duas razões para haver, em certos períodos, baixíssimos níveis de água.

6. Para o leitor, o efeito de sentido do infográfico seria o mesmo se não tivéssemos o uso de cores e a legenda?

7. Compare o gráfico da abertura com o da página anterior.

O que esses textos têm de semelhante quanto ao uso da linguagem?

8. Para quais outros tipos de informação você acredita que os infográficos possam ser utilizados?

9. Se as informações estivessem demonstradas em um gráfico, como elas estariam? Como você explicaria a diferença entre um gráfico e um infográfico?

10. Na região onde você vive, os aspectos indicados no infográfico são percebidos de que fórma? Quais ações são realizadas para sanar problemas como esse ou outros que também tenham a ver com pautas de sustentabilidade e preservação de recursos naturais?

11. No Saiba+ você viu que, devido à quantidade de água existente no planeta, a Terra é comumente chamada de planeta água. Compare como esse tema foi tratado na fotografia, na reportagem, nas curiosidades do Saiba+ e no infográfico.

12. Com base nas informações apresentadas no infográfico “A distribuição desproporcional de água no Brasil”, como seria a elaboração de uma notícia difundida no jornal local de sua cidade, nos meios impressos e digitais? Com mais dois colegas, elabore um texto para divulgar essas informações.

13. Com seus colegas, façam uma pesquisa sobre alguma situação social problemática em sua região. Depois, organizem um infográfico que sintetize essas informações pesquisadas. Que tal, em seguida, gravar um vídeo curto para apresentar essa pesquisa?

O gênero em foco

Infográfico

O infográfico é um gênero textual presente no campo de estudo e pesquisa e no campo jornalístico-midiático. Não raro vemos reportagens acompanhadas de infográficos que sintetizam ou complementam as informações fornecidas pelo texto.

Para sua elaboração, dois trabalhos são realizados: um resumo, com os pontos relevantes sobre o assunto, e a criação de imagens visuais que o ilustrem ou lhe agreguem sentido. Assim, as cores, os traços e as fórmas usados compõem, juntos, um importante significado.

Há, também, os infográficos independentes, ou seja, aqueles que não são publicados com outros gêneros textuais.

Titulo do Infografico

Texto do Infografico

Preenchido dinamicamente
Legenda da imagem
    Imagem meramente ilustrativa

    Gire o seu dispositivo para a posição vertical

    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Gráfico e infográfico

    Gráfico é uma representação visual de dados ou valores numéricos usados para demonstrar padrões e tendências, bem como para comparar informações qualitativas e quantitativas em determinado espaço de tempo. É uma ferramenta muito utilizada em algumas áreas, como Matemática, Estatística, Economia, Geografia, entre outras. Observe o exemplo desse infográfico que faz uma comparação entre a média histórica de chuvas e o período chuvoso de 2020/2021, que colocou em alerta o monitoramento de reservatórios do Centro-Oeste de Minas.

    Gráfico. Em colunas. Comparação entre a média histórica de chuvas e o período chuvoso de 2020/2021. Coluna azul representa a chuva observada durante a estação chuvosa 2020/2021. Coluna vermelha representa o histórico da média de chuva. Sobre as colunas, os dados:
Out. 11% abaixo da média. 
Nov. 34% abaixo da média. 
Dez. 33% abaixo da média. 
Jan. 28% abaixo da média. 
Fev. 32% acima da média. 
Mar. 47% abaixo da média. 
Abr. 100% abaixo da média.

    inmét; gê um. Comparação entre a média histórica de chuvas e o período chuvoso de 2020/2021. In: SILVA, Anna Lúcia. Em meio à crise hídrica no país, situação de hidrelétricas e reservatórios é monitorada no Centro-Oeste de Minas. gê um Centro-Oeste de Minas, 2021. Disponível em: https://oeds.link/yj69g6. Acesso em: 24 março 2022.

    Infográfico é um gênero textual que articula elementos gráfico-visuais (fotografia, desenho, gráficos etcétera) a textos sintéticos, informativos. Pode ou não acompanhar outros textos, complementando-os.

    Tanto o gráfico quanto o infográfico circulam na mídia impressa e na digital, estando presentes também em livros ou documentos. Podem compor igualmente anúncios de propaganda e de publicidade.

    Existem diversos tipos de infográfico, classificados de diferentes fórmas. Em relação à presença ou não de movimento, os vistos nesta Unidade são os chamados estáticos, pois trazem apenas a representação imóvel de imagens visuais aliadas a pequenos textos verbais, tradicionalmente usados não só no suporte impresso, mas também no digital.

    Com o avanço dos recursos tecnológicos, porém, surgiram os infográficos animados e os interativos. Os animados podem se apresentar em GIF (sigla em inglês para Graphics Interchange Format) – uma fórma de imagem, geralmente em movimento, muito próxima do que seria um vídeo, mas bastante breve – ou de vídeo, propriamente dito. Já os interativos, além de também conterem o aspecto do movimento, possibilitam que o leitor explore o infográfico da maneira como desejar, por meio de cliques nos pontos sobre os quais quer se aprofundar, por exemplo. Compare:

    Diagrama. No centro, um círculo divido ao meio e colorido metade de laranja e metade de azul. Dentro do círculo, centralizado, está escrito Infográfico. Logo abaixo, do lado esquerdo, aparece a palavra Digital. E do lado direito, Impresso.  À esquerda do círculo,  três retângulos na cor laranja estão conectados por fios à palavra Digital: 
Imagens estáticas (fotografias, ilustrações, gráficos, mapas etc.); Imagens em movimentos (vídeos, animações etc.); Textos, sons e hyperlinks. 
À direita do círculo,  dois retângulos na cor azul estão conectados por fios  à palavra Impresso: Imagens (fotografias, ilustrações, gráficos, mapas etc.); Textos.

    No entanto, independentemente do tipo, é importante ter claro que um bom infográfico deve apresentar imagens visuais que sejam facilmente compreensíveis ao leitor e cujos elementos gráficos constitutivos carreguem um significado ligado ao assunto em pauta; ele tem de fornecer um resumo verbal extremamente eficiente sobre o conteúdo, com o mínimo de informações possível, mas, ao mesmo tempo, sem perder o que é essencial.

    A presença de dados numéricos pode auxiliar nessa intenção. O contraste entre porcentagens é uma possibilidade de tornar evidente a gravidade de uma determinada situação, sem que para isso seja necessário recorrer ao uso de palavras. O título, por fim, também é de grande importância. Na maioria das vezes, é ele que guia a compreensão do leitor sobre o assunto do infográfico, caso ele não tenha recebido uma contextualização prévia.

    Conhecimentos linguísticos e gramaticais 1

    Faça as atividades no caderno.

    O tópico do texto

    Todo texto, falado ou escrito, gira em torno do mesmo tópico.

    Observe o infográfico a seguir e depois responda às questões propostas.

    Infográfico. Apresenta-se sobre um fundo azul-esverdeado, representando a água. Sobre ele, uma gota de água da mesma cor do fundo. Uma faixa preta com o texto: DIA MUNDIAL DA ÁGUA cobre uma parte da gota. Na parte inferior da gota, o texto: A seca que o país vem atravessando nos últimos meses acendeu novos questionamentos sobre a água que chega até a população. Conheça alguns fatos importantes sobre a água no Brasil: Sobre outras faixas pretas, abaixo da gota, há um gráfico em pizza e os textos: O Brasil é dono de 12% da água doce corrente do mundo. Só no estado de São Paulo ocorre desperdício de 10.000 L por segundo. Esse montante seria o suficiente para abastecer 3 milhões de pessoas por dia. Na parte inferior da imagem,  há um gráfico em colunas. Consumo de água no país: População Rural: 1%. Indústria: 7%. População Urbana: 9%. Pecuária: 11%. Agrícola: 72%. Belém (PA) tem hoje a água mais barata do Brasil: R$ 0,80 por m³ de água tratada. Canoas (RS) tem a mais cara: R$ 4,63 por m3 de água tratada.

    INNOVARE Pesquisa. Dia Mundial da Água, março 2015. Disponível em: https://oeds.link/w8anpU. Acesso em: 20 fevereiro 2022.

    1. Esse infográfico foi publicado no Dia Mundial da Água em um ano em que alguns estados brasileiros estavam enfrentando uma grande seca. Qual é o tópico ou assunto principal abordado no infográfico? Com que objetivo esse infográfico pode ter sido publicado?
    2. A quem podem interessar as informações do infográfico? Leve em consideração a fonte de pesquisa.
    3. Além das informações escritas, que outros recursos o infográfico utiliza para destacar e organizar as informações?
    4. Considere a organização do assunto do infográfico e indique:
      • Que informações focalizam quantidades? Quais revelam comparações?

    Embora seja possível darmos várias informações diferentes ao falar ou escrever um texto, é importante não perder de vista o assunto ou tópico principal. Todo texto, assim, precisa apresentar certa organização tópica, ou seja, organizar as informações de maneira lógica.

    No infográfico sobre a seca, a opção para mostrar os prejuízos do desperdício de água foi separar as informações em seis blocos. O primeiro é mais genérico e serve para apresentar o assunto e introduzir as demais informações. Por isso, veio com bastante destaque. Observe:

    Infográfico. Apresenta-se sobre um fundo azul-esverdeado, representando a água. Sobre ele, uma gota de água da mesma cor do fundo. Uma faixa preta com o texto: DIA MUNDIAL DA ÁGUA cobre uma parte da gota. Na parte inferior da gota, o texto: A seca que o país vem atravessando nos últimos meses acendeu novos questionamentos sobre a água que chega até a população. Conheça alguns fatos importantes sobre a água no Brasil:

    INNOVARE Pesquisa. Dia Mundial da Água, março 2015. Disponível em: https://oeds.link/w8anpU. Acesso em: 20 fevereiro 2022.

    Os demais blocos relacionam-se ao primeiro de maneira sequencial, pois representam os fatos importantes anunciados. Isso fez com que cada informação ficasse sintética e fosse encadeada à próxima de modo bastante esquemático. Esse recurso facilitou a distribuição de todas as informações no espaço disponível e também a leitura.

    Com seus colegas, analisem as informações apresentadas em cada bloco. Qual é a importância de cada um para o propósito do infográfico?

    Faça as atividades no caderno.

    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Organização tópica

    A atenção à organização tópica é fundamental em gêneros textuais que resumem informações, como o infográfico, o resumo etcétera Ao planejar a organização tópica, é possível utilizar palavras, esquemas, símbolos e imagens para aumentar a compreensão das informações.

    Usando a linguagem verbal e também outras linguagens (imagens paradas ou em movimento, sons, cores, números, símbolos, formatos de letra, desenhos etcétera), um infográfico pode organizar as informações, realizando definições, ordenações, enumerações, exemplificações e explicações.

    Ilustração. Três barras  parcialmente preenchidas, em diferentes níveis. Na frente de cada uma delas, um círculo pequeno preenchido.
    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Palavras que marcam ordenação e enumeração

    Na organização tópica de um texto, podem ser usadas palavras ou marcadores de ordenação e enumeração. Com esses marcadores, é possível ordenar as informações em um texto. Alguns exemplos de marcadores desse tipo são: antes, depois, em seguida, após, a princípio, em primeiro lugar etcétera

    Como você transformaria as informações apresentadas no infográfico "Dia Mundial da Água" em um resumo expositivo? Você utilizaria algumas dessas expressões?

    Paráfrase

    Da mesma fórma que é possível retomar ideias já expressas em um texto por meio de palavras sinônimas, também é possível fazer retomadas dizendo o que já foi dito antes de outra maneira, isto é, fazendo uma paráfrase.

    Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.


    Leia o primeiro passo de um infográfico sobre alerta a tissunãmis:

    1. Sensores instalados no fundo do mar captam com grande precisão quando há oscilação de pressão no fundo do oceano provocada por um tissunãmi.

    COMO funciona o sistema de alerta de tissunãmis, março 2011. ígui. Disponível em: https://oeds.link/hmjXCM. Acesso em: 20 fevereiro 2022.

    Nesse trecho há duas palavras que não são exatamente sinônimas, mas nomeiam o mesmo objeto. Quais são elas?

    Ainda que as duas palavras que você indicou na sua resposta possuam significados diferentes, nesse passo do infográfico essas palavras são usadas como sinônimos, com a finalidade de tornar as frases similares e evitar repetições.

    Atividades 1

    Faça as atividades no caderno.

    1. Como ficaria o alerta de tissunãmi, da página anterior, se estivesse em uma manchete de notícia de jornal?
    2. Leia este infográfico:
    Infográfico. Sobre um plano de fundo de terra árida. Na parte superior, o texto: CAATINGA: A BELEZA DO BIOMA DO SERTÃO NORDESTINO. Abaixo, à esquerda, desenho de árvores secas, seguido  do texto: No idioma tupi, caatinga significa mata branca. Ao lado, o sol, acompanhado do texto: Clima semi-árido. Na parte inferior esquerda, o mapa do Brasil destacando na cor laranja os estados: Alagoas, Bahia, Sergipe, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Norte de Minas Gerais. Fora do mapa, o texto: Ocupa 11% do território nacional, com 844.453km², ligado por uma seta à região destacada. No centro do infográfico, dentro de um retângulo com bordas tracejadas, o texto: No bioma, já foram registradas: 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 de anfíbios, 241 de peixes. Logo abaixo: Mais de 300 ANIMAIS são endêmicos do bioma, ou seja, só podem ser encontrados nessa região. Do lado esquerdo do infográfico,  o texto: Alguns animais típicos são: MOCÓS, CARCARÁ, CALANGOS, TATU-BOLA, ARARA-AZUL-DE-LEAR. Os mais conhecidos tipos de vegetação são os cactos, entre eles o XIQUE-XIQUE, o MANDACARU e o FACHEIRO. 27 MILHÕES de pessoas vivem no domínio da Caatinga.  Próximos ao texto, desenhos de uma arara, um tatu-bola, cactos e a silhueta de um homem sobre o lombo de um cavalo.

    FUNDAÇÃO Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Caatinga: a beleza do bioma do sertão nordestino, abril 2015.

    1. Considerando o título, qual é o objetivo do infográfico?
    2. O que significa a palavra caatinga na língua tupi?
    3. Observe a seguir uma fotografia da Caatinga brasileira e responda: por que será que o povo Tupi nomeou dessa fórma esse tipo de vegetação?
    Fotografia. Imagem colorida, formato paisagem. Em primeiro plano, uma planta com espinhos, típica da Caatinga. Em segundo plano, o bioma Caatinga.

    Caatinga no Baixão das Andorinhas, na Serra Vermelha, no Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí). Fotografia de abril de 2015.

    Faça as atividades no caderno.

    3. Considere o trecho:

    Mais de 300 animais são endêmicos do bioma – ou seja, só podem ser encontrados nessa região.

    FUNDAÇÃO Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Caatinga: a beleza do bioma do sertão nordestino, abril 2015.

    1. Qual é o propósito desse trecho no infográfico?
    2. O enunciado apresenta duas informações em relação aos animais da Caatinga. Identifique-as.
    3. Essas informações têm relação de paráfrase. Justifique.
    4. Que expressão do trecho indica tratar-se de uma explicação?
    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Palavras que marcam explicação

    Na organização tópica de um texto, podem ser usados marcadores de explicação. Com eles, é possível detalhar o entendimento das informações. Alguns exemplos de marcadores de explicação são: isto é, ou seja, quer dizer, por outras palavras, entre outros.

    Hipônimo e hiperônimo

    Observe que, ao introduzir a palavra Caatinga no título do infográfico, especifica-se o assunto que será tratado. Já quando, no subtítulo, se afirma “a beleza do bioma do sertão nordestino”, chega-se a uma informação geral, na medida em que a Caatinga é nomeada como bioma.

    Caatinga hipônimo da palavra bioma

    Bioma hiperônimo de Caatinga e de outros tipos de bioma, como Cerrado, Mata Atlântica etcétera

    Hiperônimo o que é geral

    Hipônimo o que é específico

    Faça esta atividade para entender melhor essas duas noções: escreva cinco nomes de animais que sejam hipônimos pertencentes ao hiperônimo mamíferos.

    A estratégia de constituir informações do específico para o geral ou do geral para o específico possibilita, ao leitor/ouvinte, entender as relações de sentido entre as nomeações na construção do tema do texto.

    Saiba +

    Biomas brasileiros

    No Brasil, podemos encontrar seis tipos de biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal.

    Considerada a maior reserva biológica do planeta, a Floresta Amazônica abriga, ao menos, metade de todas as espécies vivas do planeta.

    O Cerrado é considerado a savana com maior biodiversidade do mundo. A Mata Atlântica conta com recursos hídricos que abastecem 70% da população nacional.

    Fonte: í bê gê É. Biomas brasileiros. í bê gê É educa jovens. Disponível em: https://oeds.link/0QOW4a. Acesso em: 16 abril 2022.

    Atividades 2

    Faça as atividades no caderno.

    1. Leia o texto:

    reticências

    O bioma, na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (í bê gê É) é o “conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria”. Em outras palavras, ele pode ser definido como uma grande área de vida formada por um complexo de ecossistemas com características homogêneas.

    Muitas vezes, o termo “bioma” é utilizado como sinônimo de “ecossistema” mas, diferente do ecossistema, à classificação de bioma interessa mais o meio físico (a fisionomia da área, principalmente da vegetação) que as interações que nele ocorrem. O perfil do local e a dimensão também importam na classificação: um ecossistema qualquer só será considerado um bioma se suas dimensões forem de grande escala.

    Por exemplo, existe o bioma da Mata Atlântica e, dentro dele, ecossistemas como a floresta ombrófila densa, a mata de araucária, os campos de altitude, a restinga e os manguezais.

    Um bioma é definido por um tipo principal de vegetação (embora num mesmo bioma possam existir diversos tipos de vegetação) e também de animais típicos, embora estes não influam tanto na definição. Os biomas brasileiros são a Amazônia, o Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, o Pampa e o Pantanal.

    O QUE é um Ecossistema e um Bioma. Dicionário Ambiental. ((o))eco, Rio de Janeiro, julho 2014. Disponível em: https://oeds.link/xIIcQU. Acesso em: 20 fevereiro 2022.

    1. No início do texto, é apresentada a definição de bioma do í bê gê É. Como o autor faz para explicar o sentido da palavra bioma?
    2. Que expressão do texto justifica sua resposta anterior?
    3. Por que bioma não pode ter a mesma definição que ecossistema, segundo o texto?
    4. Depois de afirmar que um ecossistema só será bioma se “suas dimensões forem de grande escala”, o texto fornece mais um esclarecimento sobre esse ponto. De que a faz isso?
    5. Que expressão do texto justifica sua resposta anterior?
    6. No texto, as informações estão organizadas do geral para o específico ou do específico para o geral? Justifique.
    1. Segundo o texto, há elementos que definem um bioma.
      1. Quais são eles?
      2. Qual desses elementos é mais forte? Justifique.
    2. Analise como o texto foi organizado.
      1. Quais palavras foram usadas para evitar repetições ao longo dos parágrafos, fazendo retomadas?
      2. Há termos que foram usados para dar explicação? Quais?

    Faça as atividades no caderno.

    4. O texto a seguir é um trecho da resenha de Paulo Ramos sobre o livro Persépolis.

    ’’Persépolis’’ relata em quadrinhos história real sobre o Irã

    Quem não costuma ler quadrinhos talvez estranhe “Persépolis” (Companhia das Letras, 2007). Isso porque se trata de uma história real. A obra é baseada na trajetória da própria autora, Marjane Satrapi, que a escreveu e desenhou.

    O relato autobiográfico segue uma linha cronológica. Começa com sua infância no Irã, na década de 1980. O tenso e violento cenário político do país levou os pais a incentivarem sua ida para a Europa, onde passou uma adolescência conturbada. Anos depois, já adulta, retornou ao país natal, já com outro olhar sobre sua cultura.

    RAMOS, Paulo. ‘‘Persépolis’’ relata em quadrinhos história real sobre o Irã. Folha de São Paulo, São Paulo, 26 fevereiro 2018. Ilustrada, página C6.

    1. Qual é a intencionalidade do texto?
    2. Como o autor organiza as informações no segundo parágrafo? Que expressões revelam essa organização?
    3. As expressões que você identificou na atividade anterior revelam qual opção de organização?
    4. Encontre, no texto, uma opinião que é pessoal do autor e um fato que pode ser comprovado.
    5. Faça mais pesquisas a respeito dessa obra e expresse o que você pensa da opinião pessoal do autor.
    Capa de livro. A capa tem o fundo na cor laranja. Na parte superior, a silhueta de uma cidade, com fumaça entre os prédios. Logo abaixo, o nome da autora: Marjane Satrapi. Em seguida, o título do livro: PERSÉPOLIS. Na parte inferior, ilustração de uma menina de perfil, com lenço na cabeça e uma pinta no nariz.
    Capa do livro Persépolis, de Marjane Satrapi, publicado pela Companhia das Letras em 2007.

    Saiba +

    Marjane Satrapi

    Marjane Satrapi foi a primeira iraniana a escrever história em quadrinhos. Sua obra Persépolis recebeu uma adaptação animada para o cinema, dirigida por ela junto a víncent parronô e indicada ao Óscar em 2008.

    Fotografia. Imagem colorida, formato retrato. Em primeiro plano, Marjane Satrapi, mulher com cabelos castanhos lisos, na altura dos ombros. Ela usa um vestido com fundo claro e floral vermelho, salto alto preto e bolsa preta. Ela está de pé em um tapete vermelho. Em segundo plano, diversas pessoas segurando câmeras fotográficas.
    Marjane Satrapi, autora do livro Persépolis, no Festival de Cannes, França, em 2008.

    Leitura 2

    Faça as atividades no caderno.

    Contexto

    A reportagem que você lerá a seguir, publicada no jornal Folha de São Paulo em 23 de janeiro de 2018, aborda uma situação que atinge uma região brasileira. Para a escrita desse texto, muitas informações foram levantadas pelo autor por meio de consultas a fontes, com o intuito de traçar um perfil o mais completo possível do assunto.

    João Pedro Pitombo

    AUTORIA

    Jornalista, atualmente é correspondente em Salvador. Atuou como repórter de Economia e Política no jornal A Tarde e trabalhou como repórter televisivo em Angola. Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas, desenvolveu pesquisa em Cibercultura pela Universidade Federal da Bahia (úfiba).

    Antes de ler

    Leia o título da reportagem a seguir.

    • A partir deste título, qual tema o texto discutirá?
    • Qual é a função principal desta reportagem?
    • Você acredita que o assunto do texto é de pequena ou grande gravidade?
    • Você já leu outros textos sobre esse assunto? Quais informações você conhece e espera encontrar na reportagem?

    1 em cada 3 represas do Nordeste está seca

    1 em cada 3 represas do Nordeste está seca

    55% dos açudes e reservatórios monitorados por agência de águas na região têm menos de 10% de sua capacidade

    Estiagem dura sete anos no semiárido; governo federal já gastou noventa milhões de reais com caminhões-pipa

    João Pedro Pitombo

    De Salvador

    reticências

    Segundo dados da ãna (Agência Nacional de Águas), dos 436 reservatórios da região usados exclusivamente para armazenamento de água e com medições recentes, 240 (55%) estão com o nível inferior a 10% de sua capacidade. Destes, 143 – quase um terço do total – estão completamente vazios.

    Os números não incluem os reservatórios ligados ao Sistema Interligado Nacional, como os do rio São Francisco, usados prioritariamente para geração de energia elétrica.

    Além do Castanhão, outros grandes reservatórios como Orós (Ceará), Engenheiro Francisco Saboia (Pernambuco) e o sistema Coremas-Mãe dágua (Paraíba) estão com nível abaixo de 10% da capacidade.

    A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior do Rio Grande do Norte e que comporta até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, chegou a 11,32% de sua capacidade e entrou no volume morto.

    INSEGURANÇA HÍDRICA

    A seca dos reservatórios é resultado da estiagem que atinge o semiárido nordestino

    nos últimos sete anos e deixou rastro de quebras de safra nas lavouras, perda dos rebanhos e falta de água nas cidades.

    Mesmo chuvas registradas no ano passado em parte do semiárido não foram suficientes para garantir a segurança hídrica da região.

    Exemplo disso é a barragem do Prata, uma das que abastece o agreste pernambucano, que saiu do volume morto e alcançou 43% de sua capacidade com as chuvas de maio e junho de 2017. Mesmo assim, cidades da região ainda chegam a ficar 28 dias sem água para cada dois de abastecimento.

    Isso porque a barragem de Jucazinho, maior daquela região, está em colapso. Há pouca oferta de água para uma das regiões do sertão mais densamente povoadas no semiárido.

    “Somos a região que tem mais gente e menos água no país. É um problema que a gente convive desde sempre, mas se aprofundou com a última seca”, afirma Raquel Lyra (Pê ésse dê bê), prefeita de Caruaru, maior cidade do agreste com 350 mil habitantes.

    Além da falta de água nas casas dos moradores e para a lavoura na zona rural, o racionamento tem afetado a economia da cidade, que sedia o segundo polo de confecções do país. A produção de jeans, que demanda grande quantidade de água para as sucessivas lavagens do tecido, é uma das mais prejudicadas.

    A adutora do Agreste, que trará água do rio São Francisco para a região, anda a passos lentos com o estrangulamento de repasses federais. O governo estuda uma solução paliativa até que a obra fique pronta.

    “Vamos ter que trazer água da Paraíba, de uma área que foi perenizada com a transposição [do rio São Francisco]”, diz Ricardo Tavares, presidente da Compesa, companhia de água de Pernambuco.

    SEM COLHEITA

    Em outros Estados, a situação se replica. No Ceará, há 39 municípios que estão em situação de racionamento. Destes, 21 cidades só têm abastecimento garantido até o fim de janeiro e outras 18 só têm água suficiente até o fim de fevereiro, caso não chova.

    No Rio Grande do Norte, dos 47 açudes monitorados pelo governo, 35 estão no volume morto ou completamente vazios. De cada três cidades do Estado, duas estão em situa­ção de racionamento ou colapso total no abastecimento.

    Já no sertão baiano, a região do sisal e da Chapada Diamantina são as mais prejudicadas com o esvaziamento de barragens do Apertado, Pedras Altas e São José do Jacuípe, resultando em racionamento em cidades como Seabra e Senhor do Bonfim.

    Caminhões-pipa são utilizados para garantir o abastecimento das casas, fazendo a chamada “indústria da seca” funcionar a todo vapor. Somente o governo federal gastou noventa milhões de reais no ano passado com caminhões-pipa, que abasteceram 818 municípios.

    Enquanto a solução não vem, cidades chegam a ficar cinco anos sem água nas torneiras, caso de Jataúba, município de 17 mil habitantes na fronteira entre o agreste e o sertão pernambucano.

    Dono de um lote na zona rural da cidade, o agricultor Fernando Santiago, 32, não sabe o que é colher uma safra há oito anos. Desde então, a única coisa que brotou em sua roça é palma, espécie resistente à seca usada na alimentação de bodes e cabras.

    “A única coisa que nos salva são os rebanhos de caprinos e ovinos. São animais rústicos que se adaptam bem ao clima seco. No mais, estamos praticamente sem ter como trabalhar”, diz Fernando, que chega a pagar até R$ 200duzentos reais por um caminhão-pipa e ter água em casa para beber e cozinhar.

    Fotografia. Imagem colorida, formato paisagem. Barragem, um rio com um pequeno barco amarrado a um tronco. Ao redor, terra seca.
    Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, Rio Grande do Norte, seca no último dia 7. Nordeste tem mais da metade dos reservatórios abaixo de 10%. Fotografia de 2018.

    PITOMBO, João Pedro. 1 em cada 3 represas do Nordeste está seca. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 janeiro 2018. Cotidiano, página B3.

    Estudo do texto

    Faça as atividades no caderno.

    1. Com base nas hipóteses que você levantou e na leitura do texto, responda:
      1. Conte, em poucas palavras, a um amigo qual é o tema principal da reportagem que você leu – apoiando-se no título, mas sem copiar exatamente o que está escrito nele. O que você diria?
      2. Qual é o objetivo do texto ao tratar desse tema?
      3. Que informação o título da reportagem apresenta, para que o leitor possa supor qual é a gravidade do assunto apresentado?
    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Reportagem

    A reportagem é um gênero textual jornalístico que engloba pesquisa, interpretação e tratamento de informações. Você vai estudá-la detalhadamente no volume do 8º ano desta coleção. Circula nas mídias impressa, televisiva, radiofônica e digital.

    1. Considere o texto que entra logo depois do título da reportagem.
      1. Transcreva as informações, excluindo as porcentagens e fazendo as adaptações necessárias.
      2. A exclusão dessas porcentagens contribui para que o enunciado fique mais sintético, porém provoca alteração no que se refere ao sentido dele. Explique essa alteração.
      3. Indique outra fórma de sintetizar, ou seja, resumir as informações apresentadas no subtítulo da reportagem sem que se percam dados importantes.
      4. O que os subtítulos acrescentam às informações anunciadas no título? Como essa parte colabora com o tema abordado?
    2. Leia novamente os dois primeiros parágrafos da reportagem e indique sobre o que eles tratam, usando suas palavras e sem repetir informações como datas, quantidades numéricas e porcentagens.
    3. Como leitor dessa reportagem, o que você gostaria de escrever ao jornal e ao jornalista que redigiu a matéria? Elabore um comentário que expresse sua opinião sobre a reportagem como leitor.
    4. Releia o quinto parágrafo da reportagem:

    A seca dos reservatórios é resultado da estiagem que atinge o semiárido nordestino nos últimos sete anos e deixou rastro de quebras de safra nas lavouras, perda dos rebanhos e falta de água nas cidades.

    PITOMBO, João Pedro. 1 em cada 3 represas do Nordeste está seca. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 janeiro 2018. Cotidiano, página B3.

    • Agora, selecione e transcreva o menor trecho que você julga conter a ideia principal dessa passagem.

    6. Releia o terceiro parágrafo da reportagem e faça um enunciado sintetizando as ideias apresentadas nele.

    7. Considere a passagem da reportagem intitulada “Insegurança hídrica” e o problema de que ela trata. Relacione-os no caderno:

    a. Causa.

    b. Consequência.

    c. Possível solução.

    I. Uso de água da Paraíba para o abastecimento do semiárido nordestino.

    II. Estiagem que atinge o semiárido nordestino nos últimos anos.

    III. Prejuízo às lavouras, aos rebanhos, ao abastecimento de água nas cidades e à economia local.

    8. Leia a seguir mais um trecho extraído da reportagem:

    A adutora do Agreste, que trará água do rio São Francisco para a região, anda a passos lentos com o estrangulamento de repasses federais.

    PITOMBO, João Pedro. 1 em cada 3 represas do Nordeste está seca. Folha deSão Paulo, São Paulo, 23 janeiro 2018. Cotidiano, página B3.

    Fotografia. Imagem colorida, formato paisagem. Adutora, construção em formato de rio.
    Adutora do Agreste parcialmente concluída. Fotografia de 2020.

    No contexto da reportagem, “estrangulamento” está sendo usado em sentido literal ou figurado? Como você transmitiria a mesma ideia dessa expressão de fórma objetiva? Consulte um dicionário, se julgar necessário.

    9. A reportagem deve comprometer-se em fornecer ao leitor dados verídicos. Para isso, é necessário que o jornalista responsável por ela se apoie em fontes seguras. Releia a reportagem, localize e elenque as fontes que foram consultadas.

    10. Leia, a seguir, a letra da canção “Sobradinho”. Nela, é feita uma crítica aos impactos sociais e ambientais gerados pela construção da usina de Sobradinho, no interior da Bahia, pois essa obra causou o alagamento de diversas cidades do entorno. Após a leitura, responda às questões propostas:

    Sobradinho

    O homem chega, já desfaz a natureza,

    tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar.

    O São Francisco lá pra cima da Bahia

    diz que dia menos dia vai subir bem devagar.

    E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o Sertão ia alagar.


    O sertão vai virar mar, dá no coração

    o medo que algum dia o mar também vire sertão.


    Adeus, Remanso, Casa Nova, Sento-Sé.

    Adeus, Pilão Arcado, vem o rio te engolir.

    Debaixo dágua lá se vai a vida inteira,

    por cima da cachoeira, o gaiola vai subir.


    Vai ter barragem no Salto do Sobradinho,

    e o povo vai-se embora com medo de se afogar.


    Remanso, Casa Nova, Sento-Sé,

    Pilão Arcado, Sobradinho

    Adeus, Adeus...

    SÁ, Luiz Carlos; GUARABYRA. Sobradinho. Intérpretes: Sá e Guarabyra. In: SÁ e GUARABYRA. Pirão de peixe com pimenta, 1977. Rio de Janeiro: Som Livre. 1 cedê. Faixa 1.

    1. De que maneira é possível relacionar a reportagem com a letra dessa canção?
    2. Indique o que, figurativamente, a palavra mar significa nos 7º e 8º versos da letra da canção.
    3. Relacione a passagem citada no item anterior com a reportagem e explique como o receio de o “mar virar sertão” se tornou realidade.
    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Intertextualidade

    É a relação de influência entre textos. Essa influência pode estar explícita, quando um texto retoma claramente parte de outro texto, ou implícita, quando um texto carrega ideias parecidas com as de outro.

    Saiba +

    “O sertão vai virar mar”

    Para compor a letra de “Sobradinho”, Sá e Guarabyra inspiraram-se na profecia “o sertão vai virar mar, e o mar vai virar sertão”, atribuída a Antônio Conselheiro (1830-1897). Líder religioso e importante figura histórica, Conselheiro peregrinou por alguns estados do Nordeste e, nessas andanças, ganhou a simpatia de pessoas mais pobres que passaram a segui-lo até fundarem uma comunidade na região de Canudos, no sertão baiano, que chegou a contar com entre 15 e 25 mil moradores. As ideias de Conselheiro e a prosperidade de Canudos incomodaram as autoridades políticas e religiosas, e sua população foi dizimada pelo Exército da República, durante a Guerra de Canudos (entre 1896 e 1897). Esse massacre foi relatado no livro Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha (1866-1909).

    Fotografia. Imagem colorida, formato paisagem. Vista aérea de uma barragem composta por rio, cabos de energia elétrica e uma ponte com aberturas sobre a água.  No fundo, vegetação.
    Vista de drone da barragem da Usina Hidrelétrica de Sobradinho (Bahia). Fotografia de 2018.

    O gênero em foco

    Resumo

    Um texto que, por sua natureza, não tenha comprometimento com a concisão carrega diversas informações que podem ser hierarquizadas: há as que são absolutamente indispensáveis e há as que são apenas suplementares, ainda que também sejam importantes para a construção de sentido. Nos gêneros textuais norteados pela redução de informação, é essencial que o foco tenha essa hierarquia: o autor deve identificar aquilo que deve manter e o que pode excluir. Enquanto a reportagem é um exemplo de texto construído sem a necessidade de ser sucinto, o resumo é um modelo de gênero textual guiado pela redução. Ao se deparar com um texto a ser resumido, algumas estratégias podem ser adotadas.

    Seleção

    A principal estratégia para a produção de um resumo é chamada de seleção, realizada por meio do movimento de cópia e apagamento no texto a ser resumido. Para compreender melhor como se dá essa estratégia, vamos usar como exemplo o primeiro parágrafo da reportagem intitulada “1 em cada 3 represas do Nordeste está seca”, apresentada nesta Unidade. Observe:

    Esquema composto por texto e destaques em amarelo.
Texto:
Segundo dados da ANA (Agência Nacional de Águas), dos 436 reservatórios da região usados exclusivamente para armazenamento de água e com medições recentes, 240 (55%) estão com o nível inferior a 10% de sua capacidade. Destes, 143 – quase um terço do total – estão completamente vazios.

Destaques: no texto, há destaque em amarelo nos termos:
436 reservatórios da região; 240 (55%) estão com o nível inferior a 10% de sua capacidade; 143; estão completamente vazios.

    PITOMBO, João Pedro. 1 em cada 3 represas do Nordeste está seca. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 janeiro 2018. Cotidiano, página B3.

    Nesse parágrafo, as passagens destacadas são aquelas consideradas essenciais – farão parte do resumo, portanto –, e as demais são as acessórias, isto é, contêm informações importantes, mas, caso suprimidas, não impactam o sentido global do parágrafo – consequentemente, podem ser excluídas.

    Uma possibilidade de resumo desse primeiro parágrafo seria, então:

    Segundo dados da ãna, dos 436 reservatórios da região, 240 (55%) estão com o nível inferior a 10% de sua capacidade e 143 estão completamente vazios.

    Generalização

    Outra estratégia possível para a produção de um resumo é a generalização, que consiste em trocar uma ou mais informações específicas por outra geral. Observe:

    Texto em boxe: "Já no sertão baiano, a região do sisal e da Chapada Diamantina são as mais prejudicadas com o esvaziamento de barragens do Apertado, Pedras Altas e São José do Jacuípe, resultando em racionamento em cidades como Seabra e Senhor do Bonfim."
Destaque em amarelo nos trechos: "do Apertado, Pedras Altas e São José do Jacuípe" e " Seabra e Senhor do Bonfim".

    PITOMBO, João Pedro. 1 em cada 3 represas do Nordeste está seca. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 janeiro. 2018. Cotidiano, página B3.

    Uma possibilidade de resumo desse parágrafo implica generalizar as duas passagens que enumeram as cidades afetadas pela seca das barragens, trocando os nomes próprios, específicos, por um nome comum, geral (o próprio termo cidade, no caso):

    Já no sertão baiano, a região do sisal e da Chapada Diamantina são as mais prejudicadas com o esvaziamento de barragens de algumas cidades, resultando em racionamento em outras.

    Fotografia. Imagem colorida, formato paisagem. Uma barragem de água. Ao redor, vegetação.  Acima, céu com nuvens.
    Barragem de São José do Jacuípe (Bahia), em 2016.
    Construção

    Na estratégia de construção, o que se faz é reelaborar um trecho valendo-se de palavras e organizações diferentes, recurso denominado paráfrase, como você já viu. Na reportagem estudada, lê-se:

    Texto em boxe:  "[...] deixou rastro de quebras de safra nas lavouras [...]."
Destaque em amarelo no trecho: "deixou rastro de".

    PITOMBO, João Pedro. 1 em cada 3 represas do Nordeste está seca. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 janeiro 2018. Cotidiano, página B3.

    A passagem destacada indica um modo de escrever subjetivo, especialmente pelo uso da palavra rastro em sentido figurado. Uma alternativa seria trocá-la por um termo objetivo:

    reticências acarretou quebras de safra nas lavouras reticências

    Escolha uma das técnicas de resumo indicadas anteriormente para aplicar em seus estudos para as avaliações escolares. Depois, compartilhe com seus colegas como foi estudar utilizando esse modo de sintetizar informações (do livro didático, das anotações do caderno, de outros livros analisados etcétera).

    Leia a reportagem a seguir.

    Postos registram furtos de 560 doses de vacina contra febre amarela em São Paulo

    Frascos foram levados de duas unidades de saúde; se fracionados, protegeriam 2.800 pessoas

    Segundo prefeitura, segurança foi reforçada após episódios; na rede privada, lotes começam a chegar na sexta-feira

    Angela Pinho

    De São Paulo

    A cidade de São Paulo registrou furtos de 56 frascos de vacina contra a febre amarela em dois postos de saúde municipais. Cada recipiente contém dez doses plenas da imunização – em um total de 560. Fracionadas, elas poderiam proteger até 2.800 pessoas.

    A vacina vem sendo controlada por meio de senhas distribuídas em casas na capital paulista, numa campanha em quatro etapas. Nas clínicas privadas, ela está em falta. Novos lotes começam a chegar nesta sexta-feira (9).

    Os furtos nas unidades básicas de saúde foram divulgados em comunicado publicado nesta quarta-feira (7) pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde no “Diário Oficial” do município.

    O maior deles ocorreu em 31 de janeiro na U bê ésse Jardim Edite, em Cidade Monções (zona sul), perto da avenida Luís Carlos Berrini. Segundo a Secretaria de Saúde da gestão João Dória (Pê ésse dê bê), foram subtraídas cinco caixas de vacina e cinco do diluente usado na imunização, totalizando 50 frascos dos dois itens.

    O boletim de ocorrência informa que eles ficavam em local de acesso ao público.

    O outro furto ocorreu na U bê ésse Malta Cardoso, no Rio Pequeno (zona oeste). Na delegacia, um funcionário da unidade informou que quatro frascos foram levados no dia 29, e dois, no dia 30.

    De acordo com a Secretaria da Saúde, a segurança foi reforçada nos locais onde as vacinas são armazenadas. A pasta afirmou ainda que as unidades estão à disposição dos órgãos de investigação.

    Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que funcionários já foram ouvidos e “diligências estão sendo feitas para identificar e prender os criminosos”.

    A cidade de São Paulo não tem nenhum registro de caso humano de febre amarela. No entanto, a aparição de macacos infectados em áreas de mata da capital, como no Horto Florestal (zona norte), provocou corrida pela vacina.

    Diante das filas, a prefeitura desde o dia 23 passou a distribuir senhas de casa em casa, inicialmente nos distritos leste, sudeste e sul, para que as pessoas fossem se vacinar nas U bê ésses. As regiões das duas unidades alvos de furto seriam contempladas em outras fases da campanha, até maio.

    Nas duas áreas, não há atualmente registro de caso da doença nem em macacos.

    A vacina também está disponível em 17 postos de saúde para moradores que planejam viajar a áreas de risco. Nas clínicas privadas, o estoque se esgotou e começa a ser reposto na sexta.

    Segundo a empresa Sanofi-Pasteur, a partir dessa data começam a chegar as doses do lote liberado em caráter de urgência pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – o produto é o mesmo, a única diferença é que os rótulos não estavam traduzidos para o português. No mês passado, clínicas cobravam até R$ 250duzentos e cinquenta reais pela vacina.

    POSTOS registram furtos de 560 doses de vacina contra febre amarela em São Paulo. Folha de São Paulo, São Paulo, 8 fevereiro 2018. Cotidiano, página B5.

    Agora, leia uma possibilidade de resumo dessa reportagem:

    Na cidade de São Paulo, dois postos de saúde municipais tiveram furtados frascos com 560 doses de vacina contra febre amarela, que, fracionadas, poderiam proteger até 2.800 pessoas. As vacinas, que estão em falta em clínicas privadas, estão sendo controladas por meio de distribuição de senhas nos postos.

    O maior desses furtos, divulgados pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde, ocorreu na U bê ésse Jardim Edite, na zona sul de São Paulo, onde 50 frascos da vacina e do diluente usado na imunização foram subtraídos. A U bê ésse Malta Cardoso, na zona oeste de São Paulo, também foi alvo dos furtos, tendo, ao todo, seis frascos levados.

    Segundo a Secretaria da Saúde, a segurança foi reforçada onde as vacinas são armazenadas. Já a Secretaria da Segurança Pública informou que as medidas cabíveis, em relação a esse crime, estão sendo tomadas.

    Inicialmente, a distribuição de senhas ocorre nos distritos leste, sudeste e sul, e posteriormente contemplaria as duas regiões afetadas pelos furtos. Não há, ainda, nenhum registro da doença nesses lugares.

    A vacina também está disponível em 17 postos de saúde para moradores que planejam viajar a áreas de risco. Nas clínicas privadas – onde, no mês passado, se cobrava até R$ 250 duzentos e cinquenta reaispor vacina –, a previsão é que o estoque comece a ser reposto na sexta.

    Observe que, de cada parágrafo, se extraíram as informações consideradas essenciais para o entendimento do fato em questão. No primeiro parágrafo, por exemplo, optou-se por mencionar somente a quantidade de doses furtadas (560), em vez de citar o número de frascos (56), porque as duas informações são equivalentes (560 doses estão contidas em 56 frascos) e porque a menção aos frascos é fornecida adiante ao leitor.

    Além disso, muitas passagens são escritas de outro modo, em prol da síntese. Leia os parágrafos a seguir:

    Texto em boxe: De acordo com a Secretaria da Saúde, a segurança foi reforçada nos locais onde as vacinas são armazenadas. A pasta afirmou ainda que as unidades estão à disposição dos órgãos de investigação.
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que funcionários já foram
ouvidos e ‘diligências estão sendo feitas para identificar e prender os criminosos’
 Destaque para grifos nos trechos: ‘De acordo com a Secretaria da Saúde’; Por meio de nota,  a Secretaria da Segurança Pública’ e  Funcionários já foram ouvidos e ‘diligências estão sendo feitas para identificar e prender os criminosos’.

    POSTOS registram furtos de 560 doses de vacina contra febre amarela em São Paulo. Folha de São Paulo, São Paulo, 8 fevereiro 2018. Cotidiano, página B5.

    No resumo, a transformação se deu da seguinte fórma:

    Texto em boxe:  Segundo a Secretaria da Saúde, a segurança foi reforçada onde as vacinas são armazenadas. Já a Secretaria da Segurança Pública informou que as medidas cabíveis, em relação a esse crime, estão sendo tomadas.
Destaque para grifos nos trechos: ‘Segundo a Secretaria da Saúde’; ‘Já a Secretaria da  Segurança Pública’ e ‘as medidas cabíveis, em relação a esse crime, estão sendo tomadas.’.

    Os trechos sublinhados referem-se a esse movimento de reescrita. A mudança é sutil, mas, ao final do resumo, o resultado é expressivo.

    Observe este outro trecho da reportagem original:

    Texto em boxe:  Na delegacia, um funcionário da unidade informou que quatro frascos foram levados no dia 29, e dois, no dia 30.
Destaque para grifos no trecho: ‘e dois’.

    POSTOS registram furtos de 560 doses de vacina contra febre amarela em São Paulo. Folha de São Paulo, São Paulo, 8 fevereiro 2018. Cotidiano, página B5.

    No resumo, houve a somatória desses dados, com base na estratégia de generalização, além do apagamento das datas:

    Texto em boxe:  A UBS Malta Cardoso, na zona oeste de São Paulo, também foi alvo dos furtos, tendo, ao todo, seis frascos levados.
Destaque para grifos no trecho: ‘ao todo, seis frascos levados.’.

    Conhecimentos linguísticos e gramaticais 2

    Faça as atividades no caderno.

    Coesão textual

    1. Leia a sinopse do livro Samuca e seus grilos na cuca, de Jonas Ribeiro:

    Samuel, mais conhecido por Samuca entre seus amigos e familiares, é um garoto muito tímido. Bom mesmo, ele achava, era o Lourival Sensacional, o apresentador de tê vê que preenchia suas tardes. O que Samuca nunca poderia imaginar é que Lourival era tio de seu melhor amigo, Adriano, e que a vida do apresentador não era tão sensacional como ele pensava. Uma viagem de férias com os pais será um verdadeiro rito de passagem na vida de Samuca, e mostrará que todos temos nosso valor, além de, claro, muitos grilos na cuca.

    GUIA de Literatura Infantil – Juvenil 2021/22, Editora do Brasil. São Paulo: Editora do Brasil, 2021. página 71.

    Capa de livro. A capa destaca a ilustração da cabeça de um menino de cabelos encaracolados. Na parte superior, o nome do autor: Jonas Ribeiro. Em seguida, o título do livro: SAMUCA E SEUS GRILOS NA CUCA.

    RIBEIRO, Jonas. Samuca e seus grilos na cuca. São Paulo: Editora do Brasil, 2010. Capa de livro.

    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Sinopse

    O texto que você leu é uma sinopse de livro publicada em um catálogo de editora. Uma sinopse tem a função de fazer um relato breve ou uma síntese de algum conteúdo, principalmente, cultural, como um livro, um espetáculo, um filme etcétera, com o intuito de apresentar ao leitor as informações principais da obra.

    1. Como a personagem principal do livro é caracterizada?
    2. Crie hipóteses: qual é o significado da expressão grilo na cuca?
    1. No texto é relatado um tipo de lazer de Samuca.
      1. Que lazer é esse?
      2. Dois fatos inimagináveis em relação a Lourival Sensacional são revelados a Samuca. Quais são?
      3. No trecho “a vida do apresentador não era tão sensacional como ele pensava”, quem realiza a ação de ter pensado?
      4. Qual palavra comprova sua resposta anterior? Por quê?
    2. A informação acerca de um novo acontecimento é introduzida no último período do texto.
      1. Que expressão introduz esse acontecimento?
      2. O que esse acontecimento causa na vida de Samuca? Por quê?

    Faça as atividades no caderno.

    Coesão: continuidade no assunto e avanço do texto

    A sinopse que você leu, da obra Samuca e seus grilos na cuca, conta algumas coisas da vida da personagem principal. Logo no primeiro período do texto, afirma-se que Samuel, mais conhecido como Samuca, é "um garoto muito tímido". Essa expressão identifica a personagem: trata-se de um garoto, mas não de um garoto qualquer e, sim, de um garoto “muito tímido”. Em seguida, afirma-se:

    Bom mesmo, ele achava, era o Lourival Sensacional, o apresentador de tê vê que preenchia suas tardes.

    CATÁLOGO de Literatura Infantil – Juvenil, Editora do Brasil. São Paulo: Editora do Brasil, 2017. página 102.

    1. Quais palavras desse trecho retomam a personagem principal?

    Ainda que o nome da personagem não seja repetido, há palavras que possibilitam ao leitor entender que é dela que se está falando:

    Esquema. Em destaque dentro de uma seta, as palavras: ELE e SUAS. A seta indica para um quadro com o texto: SÃO PRONOMES QUE RETOMAM AS REFERÊNCIAS ANTERIORES.

    Você já sabe que os substantivos pertencem à classe de palavras que nomeia os objetos e seres sobre os quais falamos ou escrevemos e que os substantivos podem ser qualificados como adjetivos.

    Os substantivos podem ser retomados ou antecipados por outras palavras, por exemplo pelos pronomes. Isso evita que precisemos repetir várias vezes o mesmo substantivo e também garante que sejam construídas conexões entre as palavras. Só assim o texto pode ir sendo tecido para ganhar coesão e soar como um todo unido, “amarrado”, coeso.

    A coesão é tão importante que garante também outras qualidades a um texto: a continuidade do mesmo assunto e o avanço das ideias a respeito dele.

    2. Leia a tirinha a seguir e identifique os pronomes empregados para evitar repetições no texto:

    Tirinha. Em três cenas. Personagens: Jon, um homem com cabelos castanhos e ondulados e olhos grandes. Ele usa um terno vermelho e uma gravata borboleta verde e amarela. Garfield, um gato robusto laranja com listras pretas e olhos grandes. Eles estão frente a frente. Cena 1. À esquerda, Jon está segurando um buquê de flores mordidas, sem pétalas. Ele olha para Garfield com os olhos semifechados e diz: VOCÊ COMEU AS FLORES QUE EU COMPREI PARA MINHA MINA! Garfield olha para ele sem expressão. Cena 2. Ainda olhando para Garfield, Jon diz: E AGORA O QUE EU FAÇO? Cena 3. Garfield, com a boca aberta, pensa: PEDE PRA ELA CHEIRAR O MEU BAFO. Jon olha para Garfield com a boca voltada para baixo, desapontado.

    dêivis dim. Garfield. 2012. Disponível em: https://oeds.link/vYgJkr. Acesso em: 11 maio 2022.

    Atividades

    Faça as atividades no caderno.

    1. Leia esta tirinha do Menino Maluquinho:

    Tirinha. Em quatro cenas. Personagens: Menino Maluquinho, um menino com cinco fiapos de cabelo na cabeça, usando blusa amarela. Mãe do menino maluquinho, mulher com cabelos azuis na altura do ombro, usando blusa rosa e saia azul. Cena 1. O Menino Maluquinho está deitado na cama com diversas pintas vermelhas no rosto. Ao lado, a mãe dele está sentada na ponta da cama, segurando um caderno e um lápis. O Menino Maluquinho diz: MÃE! ESCREVA AÍ MEU TESTAMENTO: ASSIM QUE EU MORRER. Cena 2. O Menino Maluquinho, de perfil, diz: ...MINHA TARTARUGA FILOMENA VAI RECEBER TODA A MINHA HERANÇA... Cena 3. O Menino Maluquinho, com os olhos fechados e apontando para cima, diz: ...BASTANDO PARA ISSO QUE ELA SEJA UMA TARTARUGUINHA MAIOR DE IDADE... Cena 4. Olhando para frente, ele diz: ...ISTO É, TENHA MAIS DE CENTO E OITENTA ANOS!

    ZIRALDO. Tirinha do dia. Menino Maluquinho, 3 fevereiro 2018. Disponível em: https://oeds.link/h1aueG. Acesso em: 20 fevereiro 2022.

    1. O que causa humor na tirinha?
    2. No penúltimo quadrinho, que pronome substitui a palavra tartaruga?
    3. Por que o menino pede à mãe que escreva um testamento?
    1. Na história, há um acontecimento que desencadeia a narrativa.
      1. Que acontecimento é esse?
      2. Conseguimos ver uma continuidade do assunto ao longo dos quadrinhos? Como isso acontece?
      3. Como são apresentadas novas informações nos quadrinhos?
      4. Que marcas de pontuação o autor usa nos balões para mostrar que o assunto é o mesmo, mas avança?

    Você observou que, para fazer referência a ele, Menino Maluquinho, e também a Filomena, sua tartaruga, são usadas palavras que identificam as personagens e as retomam ao longo do texto. Essas retomadas trazem coesão para o texto.

    A coesão também fica garantida pela continuidade do mesmo assunto, no texto todo. E foi isso que o autor fez ao retratar o menino doente em todos os quadrinhos: não saiu do assunto, mantendo assim a coesão textual.

    Novas informações precisam ser acrescentadas no mesmo assunto. Para isso, o autor usa a linguagem verbal reproduzindo novas falas do menino nos balões, marcando esse avanço com o uso de reticências entre as orações do longo período que o menino elabora.

    3. O que você imagina que aconteceu antes de o Menino Maluquinho fazer esse pedido do testamento para a mãe? E o que aconteceu depois? Amplie a tirinha, criando esses quadrinhos e estabelecendo uma continuidade para as situações apresentadas.

    Faça as atividades no caderno.

    4. Agora, pense e responda:

    a. Como o Menino Maluquinho poderia chamar a mãe?

    b. Como a mãe poderia chamá-lo? Pense, com seus colegas, em diferentes possibilidades e usos.

    Como você acabou de ver, a coesão textual também pode ocorrer por meio do uso de palavras sinônimas.

    Mas atenção! O fato de serem sinônimas não faz com que sejam a mesma palavra; são palavras diferentes com significados em comum. Chamar alguém de pirralho nem sempre será o mesmo que chamar de criança, pois, dependendo do contexto de uso, pirralho pode soar como ofensa ou, ao contrário, como uma expressão carinhosa.

    Duas conclusões importantes a se tirar daí:

    1. As palavras sinônimas não têm significado idêntico, mas semelhantes (se fossem idênticos, uma delas já teria desaparecido da língua).

    2. O sentido de cada palavra depende completamente da situação em que é usada; só o contexto de uso do texto pode fornecer pistas sobre o que o falante quis dizer.


    5. Leia um trecho do cordel As proezasglossário de João Grilo, de João Ferreira de Lima:

    Na noite que João nasceu,

    Houve um eclipse na lua,

    E detonou um vulcão

    Que ainda hoje continua

    Naquela noite correu

    Um lobisomem na rua.


    Assim mesmo ele criou-se

    Pequeno, magro e sambudoglossário ,

    As pernas tortas e finas

    A boca grande e beiçudo

    No sítio onde morava

    Dava notícia de tudo.

    Lima, João Ferreira de. As proezas de João Grilo. Fortaleza: Tupynanquim, 2001. página 1.

    Saiba +

    Literatura de cordel

    A literatura de cordel é uma manifestação literária da cultura popular brasileira típica do Nordeste do país. Sua fórma mais comum de apresentação são os “folhetos”, pequenos livros que, nas feiras e nos mercados, ficam pendurados em barbantes ou cordas, por isso o nome cordel.

    a. Que acontecimento o cordelista conta nessas estrofes?

    b. Tente deduzir com base na leitura o significado do verso “dava notícia de tudo”.

    c. Quais locuções adverbiais no texto indicam tempo?

    d. Quais locuções adverbiais indicam lugar?

    e. Inspire-se na história de João Grilo e escreva um texto narrativo que compartilhe sua história de nascimento.

    Faça as atividades no caderno.

    6. Leia algumas estrofes do cordel A chegada de Lampião no céu, de Guaipuan Vieira:

    Mas o que devo a visita

    Pedro fez indagação

    Lampião sem bater vista:

    Vê padim Ciço Romão

    Pra antes do ano novo

    Manda chuva pro meu povo

    Você só manda trovão

    Pedro disse: é malcriado

    Que mais ninguém aceitou

    Saia daqui sem demora

    Sua hora se esgotou

    Volte lá pro seu Nordeste

    Que só o cabra da peste

    Com você se acostumou.

    VIEIRA, Guaipuan. A chegada de Lampião no céu. oitava edição Fortaleza: Cecordel, 2005. página32.

    1. Considerando a leitura das duas estrofes e também do título, qual é o tema abordado no cordel?
    2. Você sabe quem foi Lampião?
    3. O que significam padim e cabra da peste? Que outra expressão, nessas duas estrofes, representa também a variedade linguística própria do Nordeste?
    4. Quais advérbios foram usados no texto? Como eles colaboram para a coesão textual?
    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Advérbios e coesão

    Alguns advérbios podem, também, contribuir para a coesão e para a sequência do texto. É o caso dos advérbios e das locuções adverbiais que indicam tempo e lugar: aqui, , ali, entre outros.

    A variação linguística acontece porque, apesar de todos no território nacional falarem o português, a língua pode variar bastante nesse espaço. Existem diferentes tipos de variação linguística. No caso do cordel, acontece a variação regional, que retrata o modo de falar daquela região.

    7. Leia a tirinha do Armandinho e responda às questões propostas:

    Tirinha. Em três cenas. Personagens: Armandinho, um menino com cabelos azuis, usando blusa branca e short azul. Mãe do Armandinho, destaque para as pernas de uma mulher usando calça e sapatos. Pai do Armandinho, destaque para as pernas de um homem usando calça e sapatos. Cena 1. A mãe de Armandinho de perfil. Ao lado, Armandinho, de perfil, está segurando um prato com comida e olhando para cima. A mãe diz: VOCÊ PAGA A COMIDA DE ACORDO COM O PESO, FILHO! Armandinho, olhando para cima, diz: AH... 
Cena 2. Armandinho, olhando para frente, diz: ENTÃO O PAPAI SE DEU MAL... Cena 3. À esquerda, a mãe de Armandinho, no meio, Armandinho, e do outro lado, o pai de Armandinho. Eles estão de perfil em uma fila. Armandinho, com os olhos arregalados e a boca aberta, diz: ... ELE É PESADO PRA CARAMBA!

    béc, Alexandre. Armandinho. Diário Catarinense, Florianópolis, 24 e 25 março 2018. Passatempo, página 28.

    1. Qual é a situação que causa o humor na tirinha?
    2. A quem o pronome ele do último quadrinho se refere?
    3. É a fala da mãe, no primeiro quadrinho, que confunde Armandinho. Como ela poderia ter falado de modo a não criar mal-entendidos?

    Questões da língua

    Faça as atividades no caderno.

    Acentuação (1)

    Leia, a seguir, o infográfico “Bebidas com cafeína”.

    Infográfico. Apresenta-se sobre um fundo marrom escuro. Na parte superior, o texto: BEBIDAS COM cafeína. Famosa por estar no café, poucos imaginam que está presente em aproximadamente 60 tipos diferentes de plantas, remédios, chás e até nos refrigerantes. Curioso para saber quais bebidas contam com a cafeína em sua composição? Abaixo, apresentação da fórmula química molecular da cafeína:  C8H10N4O2. Ao redor da fórmula, quatro  círculos com os textos:  Por ser altamente solúvel em água, a cafeína se apresenta em maior quantidade no café coado que no expresso. Uma dose diária de cafeína pode ajudar a combater risco de Alzheimer. Classificada como alcaloide do grupo das xantinas, a cafeína é designada quimicamente como 1,3,7 – trimetilxantina. O Comitê Olímpico Internacional baniu o uso da cafeína em competições até 2004. Na parte inferior, oito ilustrações de bebidas com café, uma ao lado da outra: um copo com ACHOCOLATADO, com 220 ml, tem 5 mg de cafeína. Uma xícara de CHÁ VERDE, com 240 ml, tem 25 mg de cafeína. Uma lata de REFRIGERANTE À BASE DE COLA, com 355 ml, tem 36 mg de cafeína. Uma cuia  de CHÁ MATE, com 240 ml, tem 47 mg de cafeína.  Um pote de CAFÉ INSTÂNTANEO, com 240 ml, tem 57 mg de cafeína. Uma lata de BEBIDA ENERGÉTICA, com 250 ml, tem 76 mg de cafeína. Uma máquina com uma xícara de CAFÉ EXPRESSO, com 30 ml, tem 77 mg de cafeína. Um coador sobre uma jarra de CAFÉ COADO, com 240 ml, tem 108 mg de cafeína.

    MEXIDO de ideias. Bebidas com cafeína. Disponível em: https://oeds.link/UlHmXU. Acesso em: 20 fevereiro 2022.

    1. Qual é o objetivo do infográfico? Como você o identificou?
    2. Por que o infográfico usa imagens de bebidas de tamanhos diferentes?
    3. O que representa a numeração correspondente a cada imagem?
    Hiatos

    Há palavras cujo encontro vocálico é separado em sílabas diferentes. É o caso, como na palavra cafeína, em que o encontro entre as vogais e é separado em ca-fe-í-na. Chamamos de hiato a separação silábica dos encontros vocálicos.

    Via de regra, na acentuação de hiatos, são acentuados e tônicos precedidos por vogal ou ditongo e estando sozinhos ou acompanhados de -s na sílaba. Observe as palavras cafeína e saúde.

    Esquema. Palavras em destaque com sepação silábica indica. ca fe í na, cuja sílaba tônica é: í. sa ú de, cuja sílaba tônica é: ú.

    Atividades

    Faça as atividades no caderno.

    1. Leia as duas tirinhas do Armandinho, de Alexandre béc.

    um

    Tirinha. Em três cenas. Personagens: Armandinho, menino com cabelos azuis, usando blusa branca e short azul. Uma menina com cabelos pretos presos em dois rabos, usando blusa verde, short azul e óculos. E Pudim, um menino com cabelos castanhos, usando blusa branca com listra amarela e short verde. Cena 1. Armandinho, de perfil e olhando para frente. Ele escuta a menina falar: É POR CAUSA DO EIXO DE ROTAÇÃO DA TERRA... QUE É INCLINADO! Cena 2. Armandinho está com a mão no queixo. À sua frente, a menina, de perfil, está olhando para Armandinho. Ela diz: AQUI ESTAMOS NO VERÃO, MAS É INVERNO NO HEMISFÉRIO NORTE! À direita, Pudim, de perfil, está atrás da menina. Ele diz: ONDE ESTÃO OS PAÍSES RICOS! Cena 3. Armandinho está atrás da menina. Ambos estão olhando para o  Pudim. Ela diz: O NOSSO PAÍS É MUITO RICO, PUDIM. À direita, Pudim olha para a menina com a boca fechada.

    béc, Alexandre. Armandinho. Diário Catarinense, Florianópolis, 9 fevereiro 2018. Passatempo, página 22.

    dois

    Tirinha. Armandinho em três cenas. Cena 1. Um homem usando uniforme, capacete e esquis nos pés. Ele está saltando sobre uma montanha de neve. Abaixo, o texto: JOGOS OLÍMPICOS DE INVERNO?! Cena 2. Armandinho está olhando para a televisão, onde há um homem esquiando. Armandinho diz: MAS ESTAMOS EM PLENO VERÃO?! Ao lado, o sapo está olhando para a TV e sorrindo. Cena 3. Armandinho está caminhando para a direita, longe da televisão. Ele diz: ESSE CLIMA ESTÁ MESMO MALUCO... Ao lado, o sapo está olhando para o lado, com a boca voltada para baixo.

    béc, Alexandre. Armandinho treze. Florianópolis: A. C. béc, 2019. página 44.

    1. O que causa o humor na primeira tirinha?
    2. E na segunda tirinha?
    3. No texto, há palavras com acentuado. Identifique-as.
    4. Entre as palavras identificadas, qual é acentuada pelo fato de ser um hiato? Separe as sílabas para justificar a resposta.
    5. Considerando a palavra por você indicada no item anterior, explique: qual é a necessidade do uso do acento?

    2. Pesquise em jornais e revistas, com seus colegas, palavras com hiatos acentuados.

    Ícone pontos de atenção e noções complementares

    Hiatos não acentuados

    Palavras paroxítonas com e tônicos depois de ditongos não são acentuadas, como feiura e baiuca. Também não recebem acento palavras paroxítonas em que o tônico é seguido de , como moinho ou campainha, entre outras. Também não recebem acento palavras paroxítonas em que o tônico é seguido de , como moinho ou campainha, entre outras.

    Produção de texto

    Faça as atividades no caderno.

    Ícone. Tema contemporâneo transversal: Ciência e tecnologia.

    Resumo e infográfico

    O que você vai produzir

    Nesta Unidade, você se deparou com duas maneiras de apresentar informações de fórmareduzida: o resumo e o infográfico. O resumo vale-se apenas de palavras. O infográfico também se vale de palavras – ou de dados numéricos –, de fórma ainda mais sucinta do que um resumo. Só que, além de palavras, faz uso de imagens visuais, como desenhos, gráficos ilustrados, fotografias etcétera

    Sabendo disso, você e dois colegas vão escolher um tema, especificar um subtema e fazer uma pesquisa sobre ele; depois vão apresentar uma síntese de seu trabalho à turma e ao professor.

    Planejamento

    1. Reúna-se com dois colegas e escolham um destes grandes temas:
      • Sustentabilidade;
      • Respeito à diversidade;
      • Educação;
      • Cultura;
      • Solidariedade.
    2. Especifiquem um subtema dentro do tema que escolheram. Definam esse subtema com base em algum problema social da sua região ou do país.
    3. Pesquisem e selecionem três textos sobre esse subtema em jornais e revistas impressos e digitais. Em seguida, resumam esses textos, que podem ser notícias, reportagens, verbetes, pesquisas científicas etcétera
    4. Analisem, a partir da leitura, partes desses textos que indicam dados e fatos e partes que são opiniões do autor ou de pessoas entrevistadas, por exemplo. Pinte com cores diferentes para melhor reconhecimento.

    Produção individual

    1. Leia e analise os textos e os resumos produzidos, conferindo se as informações mais importantes foram sintetizadas.
    2. Analise cada parágrafo e selecione as passagens que julgar essenciais no texto, usando a regra de seleção (cópia e apagamento). Você pode marcar os trechos principais sublinhando-os ou destacando-os com caneta marca-texto. Se preferir, copie no caderno ou em uma folha à parte os trechos que selecionar.
    Versão adaptada acessível

    2. Analise cada parágrafo e selecione as passagens que julgar essenciais no texto, usando a regra de seleção (cópia e apagamento). Registre no suporte de sua preferência os trechos que selecionar.

    Faça as atividades no caderno.

    1. Use a regra de generalização quando for possível.
    2. Não se esqueça da regra de construção: reescreva, parafraseando trechos com suas palavras, de maneira mais objetiva e sintética.
    3. Além disso, consulte um dicionário que o auxilie a procurar palavras que podem substituir as que estão na reportagem.
    4. Registre seu resumo em uma folha para mostrá-lo a seus colegas de equipe.
    5. Não se esqueça de colocar a referência do jornal ou revista do qual o texto foi extraído. Baseie-se nestes exemplos:

    Reportagem de jornal

    SOBRENOME DO REPÓRTER, Nome do repórter. Título da reportagem. Nome do jornal, localidade do jornal, data de publicação da reportagem (com o mês abreviado em três letras e ponto, exceto maio, que deve ser escrito por extenso). Nome do Caderno em que circulou a reportagem, página(s) de publicação da reportagem.

    Reportagem de revista

    SOBRENOME DO REPÓRTER, Nome do repórter. Título da reportagem. Nome da revista, localidade da revista, número da edição, página(s) de publicação da reportagem, data de publicação (com o mês abreviado em três letras e ponto, exceto maio, que deve ser escrito por extenso).

    Produção coletiva

    1. Leia o resumo de seus dois colegas de equipe e disponibilize o seu para eles lerem.
    2. Reúnam-se para registrar o resultado da pesquisa e dos resumos de vocês.
    Ilustração. Duas meninas e um menino uniformizados em uma sala de aula. Eles estão sentados ao redor de uma mesa e seguram um panfleto. Sobre a mesa, panfletos, livros, cadernos e canetas. No fundo, uma lousa e uma estante com livros.
    1. Comparem os três resumos e identifiquem informações semelhantes ou equivalentes. Registrem essas informações em uma folha de papel, sem repeti-las.
    2. Analisem no que os resumos se diferenciam.
    3. Leiam o registro que vocês montaram e discutam a melhor organização para a elaboração da versão completa final – o que deve vir no início, o que deve entrar junto, o que deve concluir o texto.

    Faça as atividades no caderno.

    1. Redijam a versão completa final, lendo em voz alta cada trecho à medida que forem escrevendo. Articulem as partes de seu registro, usando adequadamente conjunções, pronomes, advérbios etcétera para garantir a continuidade e o avanço no texto. A ideia é “costurar” todas as passagens, para que seu registro seja coeso, com começo, meio e fim.
    2. Em seguida, com base no tema e nas ênfases em comum nos resumos, criem um infográfico que expresse ao leitor informações importantes sobre dados, pesquisas e/ou fatos. Usem legendas para explicitar os símbolos e/ou cores empregadas.

    Revisão

    1. Leiam individualmente a versão final, anotando o que acharem que deve mudar ou ser ajustado.
    2. Releiam juntos a versão final, revisando e alterando o que for preciso. Não se esqueçam de levar em consideração estes critérios:
      • ortografia, acentuação e pontuação;
      • concordâncias verbal e nominal;
      • continuidade e avanço do texto;
      • coesão entre as partes.
    3. Passem a limpo a versão final revisada do seu registro.

    Avaliação

    1. Como foi para você a experiência de fazer um resumo individualmente e depois compor um infográfico coletivo? Como você avalia sua participação nessas duas atividades? Converse com sua turma e o professor.
    2. Você conseguiu ou não aplicar as regras de redução de informação para elaborar seu resumo? Com qual delas você se sentiu mais à vontade? Qual delas representou maior dificuldade?
    3. Seu resumo manteve a continuidade e promoveu adequadamente o avanço do texto? E o registro final?
    4. O infográfico expressou as informações mais importantes, coletadas por meio da leitura de textos científicos e jornalísticos?

    Circulação

    1. Você e seus dois colegas vão apresentar os textos elaborados para a turma em uma data combinada com o professor.
    2. As orientações para a realização dessa apresentação encontram-se na seção Oralidade.

    Oralidade

    Faça as atividades no caderno.

    Roteiro de fala com palavras-chave

    Em vários momentos de sua vida escolar, é provável que você tenha a tarefa de planejar e fazer uma apresentação oral para a turma e o professor. Esse formato de exposição possibilita que você desenvolva uma articulação oral, habilidade que será exigida ao longo da vida e em diversas situações.

    Uma apresentação oral bem conduzida norteia-se por uma boa introdução do que será dito ao público, pelo domínio do conteúdo desenvolvido, pela espontaneidade no falar. Roteiros de fala com palavras-chave contendo, sinteticamente, as informações que serão apresentadas representam um guia de fala. Você vai elaborar um roteiro de fala com seus dois colegas de equipe para apresentar o registro de sua pesquisa para a turma. Esse roteiro vai ajudá-lo também a gravar um vídeo para a difusão da pesquisa feita anteriormente.

    Ilustração. Crianças uniformizadas em uma sala de aula. Uma menina e um menino estão segurando uma folha de papel. Eles estão de pé. Atrás deles, uma lousa com o texto: Seminário. Na frente, outras crianças  estão sentadas em carteiras enfileiradas, olhando para o menino e para a menina.

    Palavras-chave: o que são?

    São os termos ou expressões que representam a síntese extrema de parte do sentido de um texto. Se, para cada parágrafo do seu registro de pesquisa, vocês atribuírem uma palavra-chave, terão um roteiro de pesquisa com os tópicos do texto que devem ser desenvolvidos oralmente. Por exemplo, a primeira parte da reportagem “1 em cada 3 represas do Nordeste está seca”, lida nesta Unidade, poderia ser roteirizada por estas palavras-chave:

    Ilustração. Um pedaço de folha de papel com o texto: Roteiro de fala: Seca, Nordeste, represas. 
Reservatórios nordestinos. 
Sistema Interligado Nacional. 
Estiagem no semiárido nordestino. 
Indústria da seca.

    Um roteiro de fala com palavras-chave representa um guia de fala, um instrumento auxiliar na apresentação oral, pois permite que se tenha um roteiro sobre o que se vai falar e que a fala saia espontaneamente. Pense e responda: Quais seriam as palavras essenciais que resumiriam as ideias da pesquisa realizada anteriormente?

    Planejamento

    • Combinem com o professor e a turma o tempo que cada equipe terá para fazer a apresentação.
    • Retomem com a equipe o registro final que fizeram para tirar dele as palavras-chave para o roteiro de fala. Discutam parágrafo a parágrafo a melhor palavra ou as melhores palavras-chave para ajudar a lembrar as informações na hora da apresentação. Registrem também as palavras-chave do infográfico criado.
    • Distribuam as partes da apresentação oral entre vocês. Cada um vai registrar em uma ficha individual as palavras-chave referentes à parte que vai falar. Se, ao longo da apresentação, um integrante do grupo sentir a necessidade de intervir, mesmo que seja a vez de outro colega, isso pode ser feito, com polidez.
    • Ensaiem a apresentação, considerando as palavras-chave e o tempo que tiverem para ela.

    Apresentação

    Algumas etapas precisam ser incluídas na apresentação oral de sua equipe. Lembre-se de que a apresentação será '‘ao vivo", mas poderá ser gravada para disponibilização em vlog científico da turma, por exemplo.

    Cumprimentar o público – como“ Bom dia!” ou “Boa tarde!”.

    Explicar o tema e o subtema da apresentação – explicitem o que vocês vão apresentar, justificando (dizendo por que selecionaram esse tema e esse assunto).

    Iniciar a apresentação – orientem-se pelo roteiro de fala elaborado. Não deixem de, ao longo da exposição e, principalmente, ao final dela, perguntar ao público se há dúvidas em relação ao que está sendo apresentado.

    Encerrar a apresentação – agradeçam a atenção concedida.

    Atentem também para outros detalhes.

    Altura da voz – deve ser relativamente alta, expressando segurança; atentem para a entonação e o ritmo da fala (sem pressa, para possibilitar ao espectador acompanhar as ideias expostas).

    Contato visual com o público – olhem para o máximo de pessoas que conseguirem, sem focar em apenas uma ou duas. Essa postura, além de propiciar um resultado positivo em relação à compreensão do que está sendo abordado, demonstra respeito por quem se dispõe a ouvir.

    Movimento do corpo e das mãos – tentem andar no espaço livre que tiverem, pois isso dinamiza a apresentação; movimentem-se com naturalidade, evitem gesticular demais com as mãos.

    Importante: faça anotações enquanto os colegas apresentam seus temas para realizar perguntas e mobilizar uma troca de conhecimentos.

    Avaliação

    Avalie a apresentação verificando se você e seu grupo cumpriram estes aspectos:

    A apresentação foi iniciada com uma saudação ao público?

    O tema e o subtema da apresentação foram esclarecidos incialmente à turma?

    O roteiro de fala elaborado por vocês foi usado na apresentação?

    Vocês responderam às dúvidas do público?

    A apresentação foi encerrada adequadamente, com um agradecimento?

    A altura da voz, a entonação e o ritmo da fala de cada membro do grupo possibilitaram aos espectadores acompanhar as ideias expostas?

    Durante a apresentação, vocês mantiveram contato visual com o público?

    Para dinamizar a apresentação, o grupo movimentou-se, evitando gesticular excessivamente com as mãos?

    Projeto

    Faça as atividades no caderno.

    Perspectivas

    Uma história ancestral africana nos conta que dois amigos lavradores trabalhavam em suas lavouras quando um homem cruzou rapidamente o campo, passando bem no meio dos dois e desaparecendo em seguida. Trajava roupas esquisitas e usava um chapéu de duas cores: de um lado, branco; de outro, vermelho. Um dos amigos perguntou ao outro se conhecia aquele estranho que usava chapéu branco. O outro respondeu que o chapéu do homem era vermelho, e não branco. E então iniciou-se a discussão: “Branco, não; vermelho!”; “Vermelho, não; branco!!!”. Nunca mais a paz reinou entre eles.

    O que faltou aos amigos? Entender que cada um podia, sim, ter visto uma cor diferente no chapéu. Admitir que ambos estavam com a razão. Reconhecer que cada um de nós tem um olhar particular sobre tudo. Por que é tão difícil aceitar que o outro vê e entende a realidade de maneira diversa da nossa? Observe a figura. O que você enxerga nela?

    A fim de mostrar que uma mesma realidade pode suscitar vários enfoques, dependendo do ângulo pelo qual está sendo observada e das crenças, da ideologia e da vivência do observador, você vai participar do projeto Perspectivas.

    Esse projeto será desenvolvido em cinco etapas, no decorrer do ano, em datas previamente combinadas, e culminará com a exposição do material produzido e um sarau aberto a toda a comunidade escolar.

    Ilustração. Ilusão de ótica. Focando no centro da imagem, na parte preta, silhueta de um candelabro. Focando nas laterais brancas, destaca-se a silhueta do rosto de duas pessoas se olhando, de perfil.
    Uma mesma figura pode se revelar diferente a cada olhar: um candelabro ou duas faces frente a frente?

    Primeira etapa

    "O mito é o nada que é tudo” (Fernando Pessoa)1nota de rodapé

    Para começar, você e seus colegas de turma registrarão, em uma folha pautada, o número de chamada, o nome e o número de telefone de cada um, para que possam estabelecer uma comunicação rápida. Essa providência será muito útil quando as atividades previstas nas etapas do projeto forem se desenvolvendo.

    Feito isso, o professor organizará a turma em quatro grupos. Vocês precisarão da parceria com os professores de Ciências, Matemática, Geografia, História e Arte, uma vez que os conhecimentos de várias áreas serão solicitados e articulados na realização das atividades.

    Ícone. Tema transversal contemporâneo Multiculturalismo.
    Ícone. Tema contemporâneo transversal: Ciência e tecnologia.

    Atividade para todos os grupos

    Você e seus colegas leram mitos e explicações sobre eles na Unidade 1: como surgiram, o que significaram e o que significam. Viram que foram criados pelos diferentes povos para buscar explicações para os fenômenos considerados inexplicáveis.

    É interessante observar que, na atualidade, muitos desses fenômenos têm explicações científicas. No entanto, as explicações atuais não invalidaram os mitos ancestrais, que continuam a ser cultivados e a influenciar inúmeras outras produções artísticas.

    Nesta etapa, o foco está na pesquisa e na seleção de um mito, de acordo com a seguinte distribuição:

    Grupo 1 Mito sobre a criação do mundo

    Grupo 2 Mito sobre a criação da Terra

    Grupo 3 Mito sobre a criação do homem

    Grupo 4 Mito sobre a criação de elementos da natureza (chuva, relâmpago, arco-íris, vento, fogo etcétera)

    Em seguida, procurem a correspondente explicação científica para os fenômenos. Caso as explicações sejam muito longas, vocês poderão fazer um resumo das informações. Sigam as orientações desta Unidade para elaborar os resumos.

    Para discussão nos grupos

    A discussão de cada grupo deverá partir destas afirmações:

    Os mitos revelam uma compreensão viva e intuitiva da realidade, ancorada no sobrenatural, sem necessidade de comprovação. Já o pensamento científico é basea­­do em experimentações e provas.

    As questões a seguir devem nortear a discussão:

    • Essas interpretações da realidade excluem uma à outra? Por quê?
    • Corremos o risco de transformar a ciência em mito? Lembrem-se de que muitas descobertas científicas já foram superadas.
    • Qual é a importância da ciência no contexto atual?

    Anotem o resultado da discussão em uma folha e, depois, passem a limpo digitando-o. Providenciem a impressão desse resultado.

    • Escrevam ou imprimam os textos para que sejam afixados lado a lado em cartolina ou folha A3 dividida ao meio. Do lado esquerdo, devem ficar os textos que reproduzem os mitos e, do lado direito, a explicação científica. Ambos os lados devem conter ilustrações e títulos. Na parte inferior, no centro, deverá constar o resultado da discussão em grupo.
    • É importante citar a qual mitologia pertence o texto pesquisado e a fonte.
    • O material produzido deverá ser cuidadosamente guardado para futura exposição a ser realizada no final do projeto.

    Glossário

    proeza
    : travessura.
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    sambudo
    : criança de baixa estatura para sua idade e desnutrida.
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    Nota de rodapé
    1
    PESSOA, Fernando. Mensagem. edição comentada por Jane Tutikian. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 2006. página 20.
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