UNIDADE 8  Práticas de estudo e pesquisa

Faça as atividades no caderno.

Pintura. Em primeiro plano, uma jovem de cabelos castanhos presos em um coque, vestindo blusa roxa de alças. Ela está sentada diante de uma mesa coberta por toalha xadrez. Seu tronco e sua cabeça estão levemente inclinados para baixo e os olhos voltados para baixo. Sobre a mesa, há dois livros abertos. Ela escreve em um bloco de folhas de fichário. Atrás dela, janela de moldura branca, com um pequeno vaso sobre o parapeito, no canto direito. Do lado de fora, vista de um jardim e parte do muro avermelhado e uma grade.
uílis tíli. Estudante de Biologia. 2017. Óleo sobre tela, 62 centímetros por 52 centímetros. Coleção particular.
  1. Observe a imagem.
    1. Que situação você identifica nela?
    2. Que elementos presentes na imagem auxiliaram a construir essa resposta?
  2. Já no século dezesseis, como nos conta Píter Burc, um historiador inglês, a prática de tomar notas era incentivada e ensinada.
    • Anotações podem ser feitas de várias maneiras. Você conhece ou usa alguma? Em caso afirmativo, em que situações? Com que finalidade?
  3. Converse com seus colegas e o professor para compararem maneiras diversas de anotar.

Saiba +

Píter Burc (1937-)

Professor de História da Cultura na Universidade de Cambridge (Inglaterra), é autor, entre outros, de dois volumes que compõem a série Uma história social do conhecimento, lançados em 2000 e traduzidos para o português em 2003. Nessa obra, Bãrke traça um grande panorama da construção do conhecimento coletivo ocidental, partindo das “casas do conhecimento”, como eram chamadas as bibliotecas por ocasião da invenção da imprensa, passando pelas universidades e suas (re)organizações curriculares, pela Enciclopédia de Diderot, chegando às redes digitais e à Wikipedia. Em um de seus capítulos, o autor localiza as anotações como importante recurso de estudo no século dezesseis.

Leitura 1

Ícone. Tema contemporâneo transversal: Ciência e tecnologia.

Contexto

Você lerá a seguir três textos. O primeiro é um verbete de enciclopédia e os demais são apontamentos sobre esse verbete. Possivelmente você tem o hábito de fazer apontamentos, como anotar informações durante as aulas ou ao ler um livro. Mas você sabia que o apontamento é um gênero textual?

britânica escoça

AUTORIA

britânica escoçaé uma plataforma digital em língua portuguesa desenvolvida pela Enciclopédia Britânica.

Antes de ler

O verbete enciclopédico sobre o qual foram feitos os apontamentos é dedicado às inovações tecnológicas a partir do século vinte.

  • Que invenções tecnológicas você imagina que serão mencionadas no verbete?
  • E quanto aos apontamentos? Como você imagina que eles serão?

Texto 1

Tecnologia e invenção

A tecnologia é o uso do conhecimento para inventar novos dispositivos ou ferramentas. Ao longo da história, a tecnologia vem facilitando a nossa vida. reticências

Fotografia em preto e branco. Ambiente industrial. Do lado esquerdo, inúmeras bobinas de linhas enfileiradas. Do lado direito, mulheres de perfil sentadas operando máquinas têxteis dispostas lado a lado em uma fila que se estende por todo o comprimento do galpão. Do alto, fios de linha que abastecem as máquinas.
Mulheres trabalhando em máquinas têxteis em 1910. Boston, Estados Unidos.

Tecnologia moderna

Produção em massa

Os métodos atuais de fabricação conseguem produzir materiais em grande quantidade, o que é chamado de produção em massa. Uma técnica importante da produção em massa é a linha de montagem. Na linha de montagem, os operários ficam dispostos ao longo de uma esteira transportadora, e cada um é responsável por uma tarefa apenas. À medida que cada operário repete sua tarefa, o produto vai se formando. No início do século vinte, Henry Ford aperfeiçoou essa técnica para fabricar carros nos Estados Unidos.

No final do século vinte, robôs começaram a substituir pessoas nas linhas de montagem.

Ar e espaço

O brasileiro Alberto Santos Dumôn construiu e pilotou o primeiro balão dirigível autêntico em 1901, contornando com ele a Torre Eiffel, em Paris. Em 1903 os irmãos Ruáit, nos Estados Unidos, construíram planadores motorizados que dependiam de ventos ou de sistemas de catapultagem para levantar voo. Nunca tiveram, no entanto, acompanhamento oficial de seus feitos; mesmo assim, seu trabalho pioneiro faz parte da fase inicial da história da aviação. No dia 23 de outubro de 1906, em Paris, novamente Santos Dumont realizou o primeiro voo com um biplano que se elevou no ar sem utilizar rampas, catapultas, declives, ventos ou quaisquer outros meios que não fossem o seu próprio motor. A façanha foi imediatamente festejada e considerada o invento do avião. O inventor Igor Sicórsqui, nascido na Rússia, desenvolveu nos Estados Unidos o helicóptero, por volta de 1930. Quase ao mesmo tempo, o inglês Frênqui Uítol desenvolveu turbinas a jato para aviões.

Os cientistas alemães usaram foguetes na Segunda Guerra Mundial (1939-45). Os motores dos foguetes carregam oxigênio, além de combustível, o que permite seu funcionamento no espaço sideral, onde não existe atmosfera. Depois da guerra, a então União Soviética e os Estados Unidos desenvolveram programas espaciais para transportar o homem em espaçonaves. Os soviéticos, em 1957, colocaram em órbita o primeiro satélite artificial da Terra. Os americanos foram os primeiros a pisar na Lua, em 1969.

Fotografia em tons de sépia. Um dirigível, composto por um balão alongado, dotado de motores e equipamentos que possibilitam manobrá-lo, sobrevoa a torre Eiffel, em Paris, França.
Santos Dumôn contorna a Torre êifel com seu dirigível em 1901. Paris, França.

Energia

No início do século vinte, os cientistas encontraram fórmas de armazenar a energia solar. Painéis solares usam espelhos para concentrar o calor solar, transformando a luz do Sol em eletricidade.

Os cientistas também descobriram como usar a energia dos átomos, as partículas minúsculas que compõem todas as coisas. Essa energia é chamada de energia nuclear. Sua primeira aplicação foi na fabricação de bombas muito destrutivas, usadas pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, a ciência aprendeu a usar a energia nuclear para produzir eletricidade.

Fotografia. Painéis de captação da energia solar dispostos sobre o telhado de uma construção. Ao fundo copas de árvores e uma torre de telecomunicações sob céu azul com algumas nuvens.
Casa com painéis solares no telhado em Taquaritinga (São Paulo), 2021.

Eletrônicos e computadores

Os produtos eletrônicos trouxeram muitas mudanças na vida das pessoas durante o século vinte. A eletrônica conta com a eletricidade para enviar e processar informações. Entre os primeiros aparelhos eletrônicos estão os rádios. Na década de 1920 já havia programas de rádio que eram transmitidos para as casas das pessoas. A televisão, outro aparelho eletrônico, se popularizou entre as décadas de 1930 e 1950. Os primeiros computadores também foram criados durante a década de 1940.

No final do século vinte, os produtos eletrônicos ficaram menores, com a redução dos componentes em pequenos circuitos integrados, chamados chips. Esses chips tornaram viável a fabricação de computadores pessoais. Outras invenções desse século também usam circuitos integrados, como reprodutores de Cê dês e Dê vê dês, telefones celulares, câmeras digitais, tablets e muitos outros aparelhos.

Tecnologia e medicina

Também no século vinte, a ciência começou a aplicar tecnologia diretamente em seres vivos. Dispositivos elétricos foram desenvolvidos para auxiliar pessoas portadoras de deficiências. Alguns aparelhos, como os auditivos e as máquinas de hemodiálise, funcionam fóra do corpo. Outros dispositivos são implantados pelos médicos dentro do corpo, como os marca-passos, que regulam as batidas do coração.

Os cientistas aprenderam também a cortar e recompor genes. Os genes são minúsculas partes que existem no interior das células e carregam informações sobre os seres vivos. A engenharia genética pode ajudar a curar doenças e a produzir plantas resistentes a pragas.

TECNOLOGIA E INVENÇÃO. In: Britânica Escola on-line. Enciclopédia Escolar Britânica, 2018. Disponível em: https://oeds.link/2uRqno. Acesso em: 20 julho 2022.

Apontamentos organizados em esquema manuscrito

Texto 2

Esquema. No centro da imagem, uma caixa de texto com as palavras: Tecnologia moderna. Delas, saem diversas setas apontando para todos os lados, com textos. Em sentindo horário: Tecnologia moderna: produção em massa; linha de montagem: início séc. XX: tarefas → operários; final séc. XX: tarefas → robôs. Tecnologia moderna: ar e espaço: 1901: balão dirigível. 1903: planador motorizado. 1930: helicóptero e turbina a jato. 2ª GM: foguetes com motores com oxigênio. 1957: satélite artificial. 1969: chegada do homem à Lua. Tecnologia moderna: energia: solar; eletricidade; atômica. Tecnologia moderna: eletrônicos e computadores: 1920: rádios domésticos. 1930-50: popularização das TVs. 1940: primeiros computadores. final séc. XX: chips (circuitos integrados): computadores pessoais, leitores: CDs, DVDs e celulares. Tecnologia moderna: tecn. e med.: eng. genética: criar plantas resistentes e curar doenças. dispositivos p/ pessoas com def.: dentro do corpo, ex.: marca-passos; fora do corpo: ex.: hemodiálise.

Apontamentos organizados em esquema manuscrito feito por estudante de Ensino Médio da rede particular de ensino. Arquivo pessoal.

Apontamentos organizados em quadro feito em editor de texto

Texto 3

Tecnologia e invenção (Enciclopédia Escolar Britannica on-line)
Abordagem do texto: histórica
Curiosidade: participação do Brasil Alberto Santos Dumont
Lembrete: pesquisar sobre União Soviética

Tecnologia moderna

I – Prod. em massa

linha de montagem
início séc. XX: tarefas
operários
final séc. XX: tarefas
robôs

II – Ar e espaço

1901: balão dirigível
1903: planador motorizado
1930: helicóptero e turbina a jato
2ª GM: foguetes com motores com oxigênio
1957: satélite artificial
1969: chegada do homem à Lua

III – Energia

Século XX:
en. solar
eletricidade
en. atômica
eletricidade

IV – Eletrônicos e computadores

1920: rádios domésticos
1930-50: popularização das TVs
1940: primeiros computadores
final séc. XX:
chips (circuitos integrados) → computadores pessoais, leitores de CD e DVD, celulares, câmeras digitais etc.

V – Tec. e med.

a) dispositivos p/ pessoas c/ deficiência
– dentro do corpo, ex.: marca-passos
fora do corpo, ex.: hemodiálise
b) eng. genética
– curar doenças
– criar plantas resistentes

Apontamentos organizados em quadro feito em editor de texto por estudante de Ensino Médio da rede particular de ensino. Arquivo pessoal.

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

Estudo do texto

Faça as atividades no caderno.

  • Antes da leitura, você levantou hipóteses sobre os textos. Retome o que tinha pensado e responda oralmente às questões a seguir.
    1. As invenções tecnológicas mencionadas no texto 1 correspondem às que você havia cogitado?
    2. Os apontamentos estão de acordo com o que você havia suposto? Por quê?

Sobre o texto 1

1. Analise as afirmações a seguir e, no caderno, corrija as incorretas.

Versão adaptada acessível

1. Analise as afirmações a seguir e corrija as incorretas.

  1. O público-alvo do texto são especialistas em tecnologia moderna.
  2. O texto contempla a evolução da tecnologia ao longo dos últimos 300 anos.
  3. Cada informação do texto é acompanhada de um julgamento sobre ela.

2. O texto é dividido em partes. Avalie as afirmações e reescreva em seu caderno a que indica corretamente a ordem dessa divisão.

Versão adaptada acessível

2. O texto é dividido em partes. Avalie as afirmações e reescreva a que indica corretamente a ordem dessa divisão.

  1. Tecnologia moderna → Tecnologia e invenção → Produção em massa, Ar e espaço, Energia, Eletrônicos e computadores, Tecnologia e medicina.
  2. Tecnologia e medicina → Tecnologia moderna → Produção em massa, Ar e espaço, Energia, Eletrônicos e computadores, Tecnologia moderna.
  3. Tecnologia e invenção → Tecnologia moderna → Produção em massa, Ar e espaço, Energia, Eletrônicos e computadores, Tecnologia e medicina.
  4. Produção em massa → Tecnologia e invenção → Ar e espaço, Energia, Eletrônicos e computadores, Tecnologia moderna, Tecnologia e medicina.
Ilustração. Um celular, um pen drive e um notebook.

3. Analise as afirmações e reescreva em seu caderno apenas a alternativa que indica corretamente o critério usado para estabelecer a ordem dessa divisão.

Versão adaptada acessível

3. Analise as afirmações e reescreva apenas a alternativa que indica corretamente o critério usado para estabelecer a ordem dessa divisão.

  1. Do mais importante para o menos importante.
  2. Do mais antigo para o mais novo.
  3. Do internacional para o nacional.
  4. Do geral para o específico.
  1. Como essa divisão é representada graficamente no texto?
  2. Releia o trecho a seguir.

Produção em massa

Os métodos atuais de fabricação conseguem produzir materiais em grande quantidade, o que é chamado de produção em massa. Uma técnica importante da produção em massa é a linha de montagem. Na linha de montagem, os operários ficam dispostos ao longo de uma esteira transportadora, e cada um é responsável por uma tarefa apenas. À medida que cada operário repete sua tarefa, o produto vai se formando. No início do século vinte, Henry Ford aperfeiçoou essa técnica para fabricar carros nos Estados Unidos.

No final do século vinte, robôs começaram a substituir pessoas nas linhas de montagem.

TECNOLOGIA E INVENÇÃO. In: Britânica Escola on-line. Enciclopédia Escolar Britânica, 2018. Disponível em: https://oeds.link/2uRqno. Acesso em: 20 julho 2022.

Faça as atividades no caderno.

  1. Na frase “No início do século vinte, Henry Ford aperfeiçoou essa técnica para fabricar carros nos Estados Unidos.”, o trecho “essa técnica” evita a repetição de outro trecho. Qual?
  2. Considere as duas primeiras frases do texto. Que trecho da primeira frase é repetido na segunda?
  3. Reescreva a segunda frase evitando a repetição desse trecho.

Sobre os textos 1 e 2

  1. Leia atentamente o texto 2.
    1. Que informação verbal está mais destacada?
    2. Essa informação corresponde a que outra do texto 1?
    3. Que recursos visuais possibilitam esse destaque?
Ilustração. Satélite de telecomunicações com painéis de captação de energia solar e uma antena parabólica.
  1. Em torno da informação de maior destaque, há outras informações verbais.
    1. Elas correspondem a quais informações do texto 1?
    2. Que recurso gráfico liga essas informações ao elemento visual principal?
    3. No texto 1, havia uma ordem de apresentação dessas informações. No texto 2, essa ordem é representada? Explique.
  2. Releia os trechos.

Texto 1

Ar e espaço

O brasileiro Alberto Santos Dumôn construiu e pilotou o primeiro balão dirigível autêntico em 1901, contornando com ele a Torre Eiffel, em Paris. Em 1903 os irmãos Ruáit, nos Estados Unidos, construíram planadores motorizados que dependiam de ventos ou de sistemas de catapultagem para levantar voo. Nunca tiveram, no entanto, acompanhamento oficial de seus feitos; mesmo assim, seu trabalho pioneiro faz parte da fase inicial da história da aviação. No dia 23 de outubro de 1906, em Paris, novamente Santos Dumôn realizou o primeiro voo com um biplano que se elevou no ar sem utilizar rampas, catapultas, declives, ventos ou quaisquer outros meios que não fossem o seu próprio motor. A façanha foi imediatamente festejada e considerada o invento do avião. O inventor Ígor Sicórsqui, nascido na Rússia, desenvolveu nos Estados Unidos o helicóptero, por volta de 1930. Quase ao mesmo tempo, o inglês Frênqui Uítol desenvolveu turbinas a jato para aviões.

Os cientistas alemães usaram foguetes na Segunda Guerra Mundial (1939-45). Os motores dos foguetes carregam oxigênio, além de combustível, o que permite seu funcionamento no espaço sideral, onde não existe atmosfera. Depois da guerra, a então União Soviética e os Estados Unidos desenvolveram programas espaciais para transportar o homem em espaçonaves. Os soviéticos, em 1957, colocaram em órbita o primeiro satélite artificial da Terra. Os americanos foram os primeiros a pisar na Lua, em 1969.

TECNOLOGIA E INVENÇÃO. In: Britânica Escola on-line. Enciclopédia Escolar Britânica, 2018. Disponível em: https://oeds.link/2uRqno. Acesso em: 20 julho. 2022.

Faça as atividades no caderno.

Texto 2

Esquema. À esquerda, as palavras: ar e espaço. Delas saem seis setas. De cima para baixo: 1901: balão dirigível. 1903: planador motorizado. 1930: helicóptero e turbina a jato. 2ª GM: foguetes com motores com oxigênio. 1957: satélite artificial. 1969: chegada do homem à Lua.

Apontamentos organizados em esquema manuscrito feito por estudante de Ensino Médio da rede particular de ensino. Arquivo pessoal.

  1. No trecho do texto 1, há um intertítulo antes dos parágrafos. O que justifica o uso dele?
  2. De que maneira essa justificativa é representada no trecho do texto 2?
  3. A divisão de parágrafos do trecho do texto 1 é de algum modo representada no trecho do texto 2?
  4. No trecho do texto 1, as informações dos parágrafos estão ordenadas segundo uma lógica. Qual?
  5. Essa lógica permanece no texto 2? Explique.
  1. No texto 2, há representações gráficas como “2ªgê ême”, séc.” e “ex.”.
    1. Como é chamado esse tipo de representação gráfica?
    2. Qual é a sua função?
    3. Considerando essa função, por que essas palavras foram usadas no texto 2?
    4. A que expressão do texto 1 refere-se a representação “2ªgê ême”?

Sobre o texto 3

  1. O texto 3 apresenta três colunas.
    1. Qual é a função da primeira coluna à esquerda?
    2. E da coluna ao meio?
    3. E da terceira coluna à esquerda?
  2. Como o texto 3 preservou a ordem das informações do texto 1?

Sobre os textos 2 e 3

Em apontamentos, é comum usar sinais gráficos e outras ferramentas para registrar e organizar informações da fórma mais breve possível. Há recursos desse tipo em comum nos textos 2 e 3?

O gênero em foco

Apontamentos

Apontamento é uma síntese escrita de algo que foi lido, ouvido ou assistido. Também chamado de anotação, nota ou tomada de nota, esse gênero textual apresenta variadas formas, todas elas, porém, com o mesmo objetivo: reter e organizar informações a serem usadas posteriormente para determinado fim (estudo, aula, seminário, palestra, base para a escrita de outro gênero textual etcétera).

Os tipos de apontamento mais usuais são: o linear e o modular. Para entendê-los, vamos usar o trecho da notícia a seguir para dar exemplos de cada um.

Tecnologia acessível impulsiona surgimento de produtos inovadores – e também dos perigosos

As mesmas técnicas e componentes que geram dispositivos inteligentes úteis e benéficos à humanidade podem criar armas perigosas. Lidar com essa dicotomia é um grande desafio

reticências

Os sistemas de inteligência artificial estão cada vez mais capazes de gerar áudios e vídeos críveis por conta própria. Isso vai acelerar o processo de realidade virtual, jogos on-line e animação de filmes. Mas também tornará mais fácil para pessoas mal-intencionadas a divulgação de informações erradas on-line reticências.

Fotografia. Em primeiro, plano, um drone, dispositivo eletrônico radiocontrolado em formato geométrico. Ele paira sobre uma  escadaria que está à direita da imagem. À esquerda, um jovem que veste camiseta e calças jeans observa o drone a distância.
Teste de drone na Califórnia, nos Estados Unidos, em 2018.

méts kêidi . Tecnologia acessível impulsiona surgimento de produtos inovadores – e também dos perigosos. Gazeta do Povo, 10 março 2018. Disponível em: https://oeds.link/TGkMNO. Acesso em: 15 abril 2022.

Apontamento linear

No apontamento linear, as informações são selecionadas e anotadas na ordem em que são recebidas e a lógica entre elas não necessariamente é explicitada. Em outras palavras, é a seleção linear das informações principais do texto segundo critérios do anotador.

Nesse tipo de apontamento, é comum dividir a página em ao menos duas colunas: uma para as informações do texto-fonte e outra para comentários pessoais do anotador.

Confira o exemplo a seguir.

Ilustração. À esquerda, dentro de um boxe em formato de página de bloco de notas, o texto está dividido em duas colunas. Primeira coluna - Inteligência artificial: inteligência dos computadores; Informações mentirosas: fake news? Segunda coluna - Inteligência artificial (IA):  sistemas de (IA) mais desenvolvidos  capazes de gerar áudios e vídeos com alto grau de realidade +: melhoria: realidade virtual, jogos, animações -: produção de informações mentirosas. À direita, um bloco de notas com um diagrama composto de formas retangulares coloridas dispostas em colunas.
Apontamento modular

No apontamento modular, as informações são organizadas em módulos, ou seja, a partir de elementos centrais que geram desdobramentos: exemplos, oposições etcétera O apontamento modular pode ser de dois tipos:

A organização das informações pode ser do tipo entroncamento de oposições: o módulo fica à esquerda da página e seus desdobramentos, à direita. Esses desdobramentos, porém, devem ser estruturados por oposições. Outra possibilidade é o tipo arborescente, em que a organização das informações na página lembra uma árvore, sendo o módulo, o tronco, e seus desdobramentos, os galhos. O módulo fica no centro da página e os desdobramentos e as informações complementares ficam em torno dele, como no exemplo a seguir.

Esquema. Centralizado, o texto: Evolução da inteligência artificial. Dele, saem setas com os seguintes textos: Def.: Inteligência dos computadores. Pró: Melhoria: realidade, virtual, games, animações. Contra: Produção de inf. falsas. Ilustração. Uma borracha, um bloco de notas e uma caneta.
A linguagem do apontamento

Confira algumas dicas para que seu apontamento seja breve, mas sempre compreensível.

Utilize palavras-chave: elas condensam etapas ou ideias essenciais do texto (energia atômica, eletricidade, linha de montagem, tecnologia etcétera).

Empregue palavras genéricas: sinônimos e coletivos ajudam a resumir informações sem comprometer o sentido (veículos, produtos eletrônicos, produtos inovadores etcétera).

Use orações formadas de sujeito + predicado: elas evitam que as palavras fiquem soltas, sem sentido.

Abrevie: perceba que nos modelos anteriores foram usadas abreviaturas. Entre as mais usadas, estão: ex. (exemplo), ême tê ô (muito), quê quê (qualquer) e quê dê ó (quando).

Abuse de símbolos lógicos: nos modelos anteriores, foram usados os símbolos mais e . Além desses, outros usados são: > e <, = e .

Como você faria os apontamentos dessa seção?

Oralidade

Exposição oral

Agora que você aprendeu as principais características do apontamento, chegou a hora de usá-lo como ferramenta para uma exposição oral. Aproveitando que o texto de Leitura 1 foi dedicado à tecnologia, você irá escolher algum assunto ligado a essa área, como a evolução dos videogames, o uso de drones para monitoramento urbano ou qualquer outro de sua preferência, desde que dentro do campo da tecnologia.

Fotografia. Turma de estudantes em uma sala de aula. À esquerda, seis jovens estão sentados em carteiras dispostas lado a lado. Todos estão olhando na direção de um jovem, à direita da imagem, que está em pé, vestindo camisa xadrez e calças jeans, com um tablet em uma das mãos, fazendo uma apresentação. Ao fundo, janelas envidraçadas permitem a entrada da luz natural no ambiente.
Durante uma exposição oral, você pode ter um apontamento à mão, mas isso não pode restringir sua desenvoltura nem impedir o contato visual com o público.

Etapa 1: Escolha do tema e preparação do apontamento

  1. Ao escolher o tema, tenha cuidado para não ser abrangente demais, pois isso pode deixar sua pesquisa pouco consistente, já que não haverá como se aprofundar em tudo durante o tempo de exposição. Prefira temas mais restritos, que possibilitem algum aprofundamento. Por exemplo: se o tema geral for a evolução dos videogames, escolha um elemento dessa evolução, como o desenvolvimento da jogabilidade ou da qualidade gráfica.
  2. Escolhido o tema, consulte fontes diversas: livros, sites, revistas impressas. Se julgar interessante, selecione imagens ou áudios para ilustrar sua apresentação. Lembre-se de selecionar fontes confiáveis, como portais de conteúdo sérios, sites de institutos, organizações reconhecidasetcétera
  3. Estude o material de pesquisa com profundidade e, em seguida, selecione as informações centrais que farão parte de sua exposição oral.
  4. Sua exposição deverá ter uma progressão lógica, por isso utilize critérios de organização, como: do geral para o específico ou ordem cronológica.
  5. A organização das informações deve ser feita em um apontamento cujo modelo será o de sua preferência: linear ou modular. Ambos os modelos têm ferramentas que possibilitam a organização das informações de fórma hierárquica. No modular arborescente, por exemplo, a informação mais geral fica em um boxe bem ao centro da página e as mais específicas, em torno dele.
  6. Lembre-se de que o apontamento é enxuto, pois contém apenas o essencial. Por isso, cuide para não inserir muitas informações. Além disso, lembre-se de usar abreviaturas, sinais gráficos, entre outros elementos que facilitam o registro de informações de fórma enxuta.
  7. Seja qual for o modelo, lembre-se de que o propósito desse apontamento é uma exposição oral, portanto tudo o que nele estiver deve ser uma espécie de tópico central do que você vai expor oralmente e não material para leitura em voz alta. Desse modo, registre nele apenas palavras-chave e frases breves que sirvam de lembrete e não de fonte para leitura.

8. Revise seu apontamento checando se as informações estão organizadas de modo a auxiliar na apresentação planejada por você.

Etapa 2: Tratamento do material audiovisual

  1. Caso tenha optado por apoio audiovisual, escolha materiais com boa qualidade técnica que ofereçam boa reprodução. Materiais de baixa qualidade técnica podem até ser usados, desde que muito relevantes para ilustrar determinada informação; por exemplo, o registro das primeiras gravações de rádio para exemplificar os primórdios dessa tecnologia.
  2. Crie um arquivo de exposição e grave nele os materiais na ordem em que serão usados na apresentação. Não se esqueça de citar as fontes dos materiais.

Etapa 3: Apresentação

  1. Tenha seu apontamento à mão.
  2. Caso utilize materiais audiovisuais de apoio, teste-os com certa antecedência para evitar problemas na apresentação.
  3. Feitos os testes, inicie a exposição apresentando-se e cumprimentando o público. Lembre-se de que você deve ser ouvido por toda a turma.
  4. A exemplo da voz, sua postura corporal deve transmitir segurança. Portanto, evite encostar-se à lousa ou ficar sentado. Permaneça em pé e, caso se sinta confortável, gesticule, afinal o corpo é também um instrumento de comunicação.
  5. Introduza o tema da pesquisa e faça uma síntese do que será apresentado. Por exemplo: “A apresentação tratará da evolução gráfica dos videogames. Inicialmente, será feito um panorama histórico dos videogames. Depois, serão exibidas rapidamente imagens de jogos ao longo dos tempos para proporcionar uma primeira percepção da evolução gráfica. Por fim, cada imagem será comentada com base na explicação da tecnologia gráfica usada naquele jogo.”.
  6. Consulte seu apontamento para conduzir a apresentação. Recorra a ele no início de cada etapa ou para citar exemplos pontuais. Como se trata de uma apresentação oral, é muito importante manter contato visual com o público.
  7. Abra espaço para que a turma faça perguntas e esclareça dúvidas a respeito do que foi apresentado.
  8. Por fim, encerre sua apresentação agradecendo ao público e abrindo espaço para responder possíveis dúvidas.

Etapa 4: Avaliação

Depois das apresentações de todos os estudantes e com a orientação do professor, avalie a atividade de acordo com os critérios a seguir.

  • O apontamento foi seguido na apresentação?
  • Se foi seguido, ele contribuiu para uma apresentação ordenada e consistente?
  • Houve outros elementos pesquisados que poderiam ter sido incluídos no apontamento?
  • Os materiais audiovisuais de apoio contribuíram para complementar a apresentação?
  • Houve pontos da apresentação que ficaram pouco claros para o público?
  • Em caso de dúvidas da plateia, o expositor soube saná-las?
  • A voz e a postura corporal transmitiram clareza e segurança ao público?
  • O público se mostrou interessado ao longo da apresentação?
  • Caso a atividade fosse repetida, que pontos poderiam ser melhorados?

Conhecimentos linguísticos e gramaticais 1

Faça as atividades no caderno.

Afirmar, negar e pôr em dúvida

1. A seguir, é apresentado um trecho do verbete de enciclopédia utilizado na seção anterior e uma versão modificada dele. Leia-os.

Texto 1

Os métodos atuais de fabricação conseguem produzir materiais em grande quantidade, o que é chamado de produção em massa. Uma técnica importante da produção em massa é a linha de montagem. Na linha de montagem, os operários ficam dispostos ao longo de uma esteira transportadora, e cada um é responsável por uma tarefa apenas. À medida que cada operário repete sua tarefa, o produto vai se formando. No início do século vinte, Henry Ford aperfeiçoou essa técnica para fabricar carros nos Estados Unidos.

TECNOLOGIA E INVENÇÃO. In: Britânica Escola on láine. Enciclopédia Escolar Britânica, 2018. Disponível em: https://oeds.link/2uRqno. Acesso em: 20 julho. 2022.

Texto 2

Reconhecidamente, os métodos atuais de fabricação conseguem produzir materiais em grande quantidade, o que é chamado produção em massa. Uma técnica muito importante de produção em massa é, sem dúvida, a linha de montagem. Na linha de montagem, os operários ficam dispostos ao longo de uma esteira transportadora, e cada um é responsável por uma tarefa apenas. À medida que cada operário repete sua tarefa, o produto vai, obviamente, se formando. No início do século vinte, Henry Ford aperfeiçoou, inegavelmente, essa técnica para fabricar carros nos Estados Unidos.

Reescrita do texto 1.

  1. Ao texto 2, algumas palavras foram acrescidas. Quais são?
  2. Asseverar significa declarar algo com segurança, dar algo como certo. Qual dos dois textos parece mais asseverativo? Por quê?

Faça as atividades no caderno.

2. Leia a tirinha.

Tirinha. Em três cenas. Personagens: Linus, menino com poucos fiapos de cabelos, vestindo casaco vermelho e calça comprida cinza. Lucy, menina de cabelos pretos, de boina roxa e mochila nas costas, vestindo casaco rosa, calça comprida roxa listrada de preto. Cena 1. À esquerda, parte da estrutura de uma casa. À direita, Linus e Lucy estão caminhando para a direita em um terreno gramado.  Linus diz: EU ACHO QUE NÃO DEVIA IR MAIS À ESCOLA... Cena 2. Os dois continuam caminhando. Ao fundo, uma cerca. Linus diz: EM VEZ DE FICAR MAIS SABIDO, EU ESTOU FICANDO CADA DIA MAIS BURRO... Cena 3. Linus e Luxu estão parados em um ponto de ônibus. Do lado direito, uma caixa de correio azul. Linus diz: EU ACHO QUE MAIS UM MÊS E EU VOU FICAR TOTALMENTE BURRO...

chuls charles Ém Minduim. O Estado de São Paulo, São Paulo, 15 setembro 2013. Caderno 2, página C6.

  1. Ao explicar o motivo para não ir mais à escola, Linus apresenta uma oposição de ideais em relação à escola. Que oposição é essa?
  2. Linus parece ter certeza de que não deve ir mais à escola? Justifique sua resposta.

Modalizadores

Sempre que usa a língua, o falante expressa sua fórma de ver o mundo, seja dando uma opinião, seja mostrando seu posicionamento ou sentimento em relação ao que fala.

A língua oferece diferentes recursos para tanto: é possível usar adjetivos, verbos e advérbios para mostrar que o conteúdo de um enunciado é verdadeiro, falso, possível, provável, necessário, obrigatório, urgente, lamentável, surpreendente etcétera Entre esses recursos estão os chamados modalizadores.

Modalizadores são palavras que atuam como indicadores da posição que o falante tem sobre o que diz e sobre o ato de dizer.

Vejamos mais de perto como é possível afirmar algo com muita certeza ou colocar em dúvida o que falamos. Leia os enunciados a seguir.

Realmente a prova estava muito difícil.

Provavelmente a seleção brasileira chegará à final.

Sem dúvida esta é a matéria mais difícil da matemática.

De jeito nenhum eu faltarei à escola amanhã.

As palavras destacadas carregam um julgamento do enunciador sobre o que está dito no enunciado. Elas avaliam se há certeza ou dúvida sobre o que se fala. Repare que é possível afirmar ou negar algo com certeza ou demonstrar dúvida. Nos exemplos apresentados, realmente e sem dúvida afirmam com certeza que a prova estava muito difícil e que determinada matéria é a mais difícil da matemática; de jeito nenhum, por outro lado, nega com certeza a falta à escola no dia seguinte; já provavelmente deixa entender que o enunciador tem dúvidas sobre o que diz, ou seja, ele não tem certeza se a seleção brasileira chegará à final.

Retomando a atividade 1, que abriu esta seção, notamos que o texto 2 apresentava vários modalizadores que atribuíam certeza aos enunciados.

Faça as atividades no caderno.

Releia:

Reconhecidamente, os métodos atuais de fabricação conseguem produzir materiais em grande quantidade, o que é chamado produção em massa. Uma técnica muito importante de produção em massa é, sem dúvida, a linha de montagem. Na linha de montagem, os operários ficam dispostos ao longo de uma esteira transportadora, e cada um é responsável por uma tarefa apenas. À medida que cada operário repete sua tarefa, o produto vai, obviamente, se formando. No início do século vinte, Henry Ford aperfeiçoou, inegavelmente, essa técnica para fabricar carros nos Estados Unidos.

Reescrita do texto 1.

As palavras em destaque expressam uma avaliação, um julgamento do enunciador sobre o que está sendo dito. No exercício, você conheceu a palavra asseverar, que significa declarar algo com segurança, e foi convidado a refletir sobre qual dos dois textos é mais asseverativo. O texto 2, por apresentar modalizadores que indicam a verdade e a certeza do enunciador sobre o que diz, é o mais asseverativo. Perceba que reconhecidamente, sem dúvida, obviamente e inegavelmente são afirmativos em relação aos enunciados que seguem.

A fala de Linus, no primeiro quadrinho, apresenta uma afirmação, “eu acho que não devia ir mais à escola”, mas ele não aparenta ter certeza do que diz, por isso esse enunciado é acompanhado de um modalizador de dúvida, eu acho. O mesmo acontece no último quadrinho, em que afirma, sem ter certeza, que em mais um mês ele ficará totalmente burro; essa incerteza é marcada pelo mesmo modalizador, eu acho.

Resumindo: na língua portuguesa há certos modalizadores que possibilitam ao enunciador avaliar o que está sendo dito no enunciado. Essas palavras ou expressões marcam certeza ou dúvida e podem ser classificadas em:

  • afirmativas: realmente, certamente, inegavelmente, indubitavelmente, reconhecidamente, evidentemente, obviamente, seguramente, entre outras;
  • negativas: de fórma alguma, de maneira nenhuma, de jeito nenhum, coisa nenhuma, entre outras;
  • de dúvida: talvez, possivelmente, provavelmente, eventualmente, porventura, quiçá, entre outras.

A qual classe de palavras pertencem os modalizadores listados?

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. O trecho a seguir é parte da coluna de jornal da psicóloga Vera Iaconelli. Nele, a autora reflete sobre seu gosto por futebol. Leia-o para responder às questões.

Minhas questões sobre o futebol

Você ama seu time? Passa grande parte do tempo, depois do jogo, pensando nas piadas que fará com os colegas de trabalho, se tiver ganho, e pensando nas respostas que dará às piadas que farão com você, se tiver perdido? Então, é para você mesmo que eu quero fazer algumas perguntas.

Ao longo dos anos, fui me dando conta de que eu só gostava do futebol e abstraía os times. Lamentava, quando uma bela jogada não era finalizada, mesmo que fosse do time adversário. No final não tinha jeito, eu acabava torcendo pelo futebol e não pelos clubes. Como se o futebol pudesse realmente ser um espetáculo de esporte e aquela baboseira de “que vença o melhor” tivesse valor.

reticências

A pergunta que não quer calar: posso ser considerada torcedora de futebol, mesmo se eu não for fiel a um time?

IACONELLI, Vera. Minhas questões sobre futebol. Folha de São Paulo, São Paulo, 17 junho 2018. Caderno Esporte – Especial, página 3.

  1. No primeiro parágrafo, a autora se dirige ao leitor. Que recursos são utilizados para isso?
  2. Ao explicar sua relação com o futebol, a autora utiliza um modalizador. Qual é este modalizador e qual é a sua importância no enunciado em que aparece?

2. Leia a tirinha do Garfield.

Tirinha. Em três cenas. Personagem: Garfield, um gato alaranjado com listras pretas. Ele está em pé sobre uma calçada de cimento, diante de um terreno gramado, voltado para a esquerda. Cena 1. Garfield está com o braço direito estendido para a frente e apontando com um dedo para a esquerda. Os olhos estão bem abertos e a boca voltada para cima. Ele pensa: A LIZ ESTÁ CHEGANDO. Cena 2. Com os dois braços voltados para baixo, próximos ao corpo, ele diz: E JON FOI CORRENDO ABRAÇAR ELA. Cena 3. Garfield está com os olhos quase totalmente fechados, a boca voltada para baixo, em uma expressão decepcionada. Ele pensa: TALVEZ TIVESSE SIDO MELHOR SE ELE TIVESSE ESPERADO O CARRO DELA PARAR. À sua frente, o som de TUM.

dêivis dim. Garfield. Folha de São Paulo, São Paulo, 8 maio 2015. Ilustrada, página C13.

  1. No último quadro, há uma figura de linguagem e um elemento não verbal que indicam o que acontece com a personagem Jon. Que elementos são esses?
  2. A última fala de Garfield é uma hipótese. Qual é o modo verbal utilizado com o verbo ter? Por que esse modo verbal foi utilizado?
  3. O sentido produzido pela utilização desse modo verbal é também reforçado pelo uso de um modalizador. Qual é esse modalizador e o que ele indica?

Leitura 2

Ícone. Tema contemporâneo transversal: Ciência e tecnologia.

Contexto

Você vai ler uma entrevista concedida pelo médico e pesquisador brasileiro Miguel Nicolelis (1961-) ao site de uma revista. Ele comenta a evolução de seus trabalhos e detalha uma pesquisa liderada por ele, que possibilitou a comunicação entre os cérebros de dois ratos.

Guilherme Rosa e Miguel Nicolelis

AUTORIA

Guilherme Rosa é jornalista formado pela Universidade de São Paulo (úspi). Trabalhou para a revista Galileu e para o site da revista Veja na editoria de Ciência.

Miguel Nicolelis é médico e neurocientista, considerado referência mundial em pesquisas sobre a comunicação entre cérebro e computadores.

Antes de ler

Considerando o tema da entrevista, responda:

  • O conteúdo será compreensível só por cientistas?
  • Leia o título da entrevista e levante uma hipótese que justifique a escolha de uma fala específica do entrevistado como título da entrevista.

Uma rede de cérebros seria capaz de realizar tarefas que um computador normal não faria

Ciência

“Uma rede de cérebros seria capaz de realizar tarefas que um computador normal não faria”

Em entrevista ao site de VEJA, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis fala sobre as possibilidades criadas pela pesquisa na qual sua equipe conseguiu conectar remotamente os neurônios de dois ratos

Por Guilherme Rosa

28 fevereiro 2013

Fotografia. Homem meio calvo de óculos, de cabelos, barba e bigode grisalhos vestindo camisa azul e calça jeans. Ele está com o braço direito semiflexionado à altura do peito e segura um microfone sem fio, posicionando-o próximo do rosto, e seu braço esquerdo está semiflexionado para a frente, com a mão espalmada para cima. Ao fundo, cor azul-escura.
Miguel Nicolelis em fotografia de 2015.

Nesta quinta-feira, o neurocientista Miguel Nicolelis lançou sua mais nova pesquisa na revista Scientific Reports. Desta vez, o brasileiro demonstrou a possibilidade de transmitir informações entre os cérebros de dois ratos. Após ter instalado eletrodosglossário na cabeça dos animais, a equipe liderada pelo pesquisador conseguiu transmitir os sinais elétricos gerados pelos neurônios de um dos cérebros para o outro, fazendo os ratos agirem em colaboração – mesmo quando separados por um continente.

Essa pesquisa foi realizada ao mesmo tempo, e publicada duas semanas depois de outra que estudava a capacidade de ratos sentirem a luz infravermelhaglossário . Por meio de sensores infravermelhos instalados na cabeça do animal e eletrodos ligados ao seu córtex tátilglossário , os pesquisadores conseguiram criar um novo sentido. Segundo Miguel Nicolelis, as duas pesquisas tinham como objetivo medir os limites da plasticidade cerebral, a capacidade de o cérebro se adaptar a novos estímulos e interpretar sinais que nunca havia recebido antes. Ambas obtiveram sucesso em sua empreitada. Em entrevista ao site de Veja, Nicolelis falou um pouco mais sobre o estudo e suas consquências, como a criação de uma rede mundial de cérebros – a brainet.

Até agora, o senhor vinha realizando uma série de pesquisas sobre as interfaces cérebro-máquina. Onde esta pesquisa sobre a interface cérebro-cérebro se insere em seus estudos?

Ela é uma progressão natural das pesquisas anteriores. Em nossos laboratórios, nós buscamos descobrir os limites do cérebro, queremos descobrir até onde podemos levar o órgão a incorporar novos sensores. Já fizemos ele se comunicar com máquinas, com avatares em computador e até com sensores de luz infravermelha. Desta vez, nós tentamos descobrir se o cérebro é capaz de assimilar os sentidos de outro corpo. Essa pesquisa surgiu no mesmo período do estudo que permitiu aos ratos sentirem a luz infravermelha – elas caminharam juntas. O objetivo de ambas era estudar quais os limites da plasticidade cerebral cortical. Nossa ideia era publicar as duas pesquisas juntas, mas os editores de revista Nature recomendaram que dividíssemos as descobertas em dois trabalhos. Um foi publicado na revista Nature Communications e o outro na revista saientifiqui repórts.

A ideia de realizar uma interface cérebro-cérebro é nova?

Eu propus publicamente essa nova interface em meu livro, Muito Além do Nosso Eu (Companhia. das Letras), publicado em 2011. Mas eu já tinha proposto isso em nossos laboratórios em 2006, e fomos examinando essa possibilidade com o decorrer do tempo. Como resultado do estudo, descobrimos que o cérebro do segundo rato, o decodificador, começou a representar não só os próprios bigodes, mas também os bigodes do outro animal. Nós criamos a representação de um outro corpo em seu cérebro, o que foi totalmente inesperado. Isso demonstrou o tamanho da plasticidade cerebral, capaz de assimilar os sentidos de outro animal e se comunicar usando apenas a atividade elétrica produzida em seu interior.

Esses sinais elétricos são sempre transmitidos entre os animais da mesma fórma?

Não, uma série de fatores na atividade neuronal pode afetar a clareza da transmissão da informação. A atenção – ou distração – com que o animal realiza a atividade afeta a qualidade da transmissão. A precisão com que realiza os movimentos também. Existe uma variabilidade biológica na transmissão desses sinais.

No estudo, o senhor diz que os animais foram capazes de perceber isso, e melhoraram a clareza da transmissão. Como isso foi possível?

O primeiro animal não recebia sua recompensa completa a menos que o segundo realizasse sua tarefa de fórma correta. O codificador não gostava quando o outro rato apertava a alavanca errada – ele queria a recompensa. Por isso, nas tentativas seguintes ele mudava seu comportamento: prestava mais atenção na tarefa, usava movimentos mais precisos e, assim, seus sinais cerebrais ficavam mais claros. O comportamento de um animal influenciava o outro, eles estavam se comunicando. Seus cérebros se sincronizavam para realizar a tarefa.

Mas o rato tinha como saber que estava se comunicando com outro animal?

Nesse caso, o codificador não sabia que existia outro rato. Ele só sabia que queria ganhar sua recompensa, e aprendeu que se fizesse a tarefa bem feita a recompensa vinha. Eles estavam se comunicando indiretamente, mas influenciando diretamente o comportamento um do outro. Nesse momento, estamos realizando experimentos com dois macacos, que estão aprendendo a controlar avataresglossário em um mundo virtual. Eles veem um ao outro na tela, e sabem que existe outro animal no ambiente. Nossa intenção é que eles aprendam a usar uma interface cérebro-cérebro para trocar informações e realizar tarefas nesse mundo virtual.

E como isso pode levar ao desenvolvimento de um computador orgânico?

A minha ideia é colocar mais ratos, ou macacos, interagindo por meio dessa rede que criamos. Se tivermos sucesso ao fazer isso, podemos criar um sistema computacional com uma arquitetura orgânica, formado por múltiplos cérebros – eu chamo essa ideia de brainet. Teoricamente, uma rede de cérebros seria capaz de realizar tarefas que um computador normal não faria muito bem. Eu quero ver, por exemplo, se um cérebro pode estocar informações de uma maneira distribuída de maneira que um rato só não tenha toda a informação, mas a rede inteira estoca a informação. Essa rede de cérebros seria capaz de realizar computações sem depender de uma base predeterminada de instruções – os algoritmosglossário . Foi isso que eu falei no Encontro Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Boston, e causou tanta repercussão.

[Durante o encontro, Nicolelis disse que não é possível transformar a atividade do cérebro em uma série de algoritmos, e nenhum engenheiro é capaz de reproduzi-lo em um computador. Essa previsão contradiz as teorias de uma série de cientistas, como o futurista Rei Curzvêil, que previam que, no futuro, os computadores estariam tão avançados que sua inteligência artificial superaria a humana e seria possível fazer o upload de pensamentos, memórias e consciências nessas máquinas. O momento exato em que isso aconteceria ficou conhecido como Singularidade. Em sua fala, Nicolelis disse que esse momento nunca irá chegar, pois a consciência é fruto da interação imprevisível e não linear entre bilhões de células.]

Sua declaração atacando a Singularidade causou comoção na comunidade científica. O senhor esperava por isso?

Não sei se a comoção foi tão grande. Os neurocientistas gostaram muito do que falei, porque sabem que isso é verdade. O pessoal das ciências da computação e da inteligência artificial é que pareceu ficar preocupado, pois alguém começou a falar contra essa ideia. A Singularidade começou a ser vendida como se fosse apenas questão de tempo, uma verdade inexorável. Mas nós, neurocientistas, sabemos que isso não vai acontecer nunca.

Por enquanto, as informações que vocês trocaram entre os cérebros foram muito simples. Como será possível chegar ao nível necessário para criar a brainet ?

Em nossa pesquisa medimos cêrca de 50 neurônios. Nós temos que aumentar muito a complexidade do sinal transmitido entre os cérebros. Mas é difícil fazer isso com os ratos. Teríamos que usar mais eletrodos. Em nossa pesquisa com macacos já estamos usando dezenas e até centenas de eletrodos.

Seria possível usar essa rede para transmitir pensamentos e memórias?

Ainda não sabemos, não temos nenhuma evidência para falar isso. Mesmo assim, eu ouso dizer que, muito no futuro, eventualmente seremos capazes de fazer isso.

Qual foi o papel do Instituto Internacional de Neurociências de Natal nessa pesquisa?

Ele teve um papel muito importante. No estudo que transmitiu os sinais pela internet entre Estados Unidos e Brasil, os registros da atividade cerebral dos ratos codificadores foi realizada em Natal. A nossa pesquisadora, Carolina Cúnic, foi responsável por criar e treinar esses ratos codificadores. Além disso, toda a tecnologia de implantes cerebrais, de estimulação do córtexglossário , foi transferida para lá. A pesquisa terá repercussão mundial. O que mais podemos pedir? Que outro instituto brasileiro terá seu trabalho coberto por toda a imprensa mundial? Isso é extremamente raro. Esse é apenas o começo de uma série de trabalhos que vão começar a ser publicados – ninguém faz ciência do dia para a noite. Um deles, feito inteiramente no Instituto, é sobre a doença de Parkinson, demonstrando a viabilidade de uma técnica de estimulação medular em macacos.

O senhor começa seu estudo citando uma frase do engenheiro rálf Rártlei sobre a transmissão de informações entre organismos biológicos: “em qualquer comunicação, aquele que envia a informação seleciona mentalmente um símbolo particular e, por meio de algum tipo de movimento corporal, como os mecanismos vocais, faz com que o destinatário seja dirigido para esse símbolo particular”. O que essa citação tem a ver com sua pesquisa?

Na realidade, nós criamos uma fórma de comunicação completamente inédita, em qualquer espécie. Ninguém sabe como esse tipo de interface pode acontecer, que símbolos podem ser usados. Nós estamos criando um novo tipo de interface, que ninguém sabe onde poderá nos levar. Daqui a décadas, ou até uma centena de anos, com a criação de técnicas não invasivas para ler os sinais do cérebro, nós poderemos ver até seres humanos se comunicando por meio disso. Qual a simbologia que será usada? Não sabemos. Eles serão criados na medida em que formos desenvolvendo a tecnologia. Eu achei a citação completamente apropriada.

ROSA, Guilherme. Uma rede de cérebros seria capaz de realizar tarefas que um computador normal não faria. Veja, 28 fevereiro 2013. Disponível em: https://oeds.link/Vbs3Cg. Acesso em: 15 abril 2022.

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

Estudo do texto

Faça as atividades no caderno.

  1. Antes da leitura, você levantou hipóteses sobre a linguagem e o título da entrevista. Retome o que você havia pensado e responda oralmente às questões.
    1. O conteúdo da entrevista só pode ser compreendido por cientistas?
    2. Você considerou sua hipótese sobre a escolha do título plausível após a leitura da entrevista? Explique.
  2. Releia os dois primeiros parágrafos.
    1. Quem é o autor desse trecho: o jornalista ou Nicolelis?
    2. Qual é a relação desse trecho com o restante do texto, composto de perguntas e respostas?
  3. O jornalista conhecia a pesquisa de Nicolelis antes de entrevistá-lo ou tomou conhecimento dela durante a entrevista? Justifique sua resposta com base no texto.
  4. O resultado da pesquisa liderada por Nicolelis foi publicado originalmente na revista de divulgação científica Scientific Reports, e sua entrevista, no site da revista Veja. Leia o boxe Saiba+ e responda:
    1. Veja é uma revista jornalística. O público-alvo de uma revista jornalística é o mesmo que o de uma revista de divulgação científica? Por quê?
    2. O que o fato de a entrevista ter sido publicada em uma revista jornalística influencia na linguagem?
    3. Editoria é uma seção dedicada a um tema específico em uma publicação. Em qual editoria essa entrevista foi publicada? Justifique.

Saiba +

Revista de divulgação científica

Como indica o nome desse tipo de publicação, revista de divulgação científica é um periódico que divulga descobertas nos mais variados campos da ciência: medicina, biologia, física, astronomia, matemática, história, arqueologia etcétera Uma das mais prestigiadas do mundo na área de ciências naturais é a britânica Scientific Reports, na qual foi divulgada a pesquisa liderada por Nicolelis. No Brasil, há publicações especializadas, como a Ciência Hoje e a Pesquisa Fapesp. Voltado principalmente à comunidade científica, esse tipo de revista costuma apresentar linguagem mais técnica e maior grau de profundidade, o que dificulta a leitura por parte de um leitor não especializado.

Fotografia. Reprodução de capa de revista. Na parte superior, o título: CIÊNCIA HOJE, em letras maiúsculas estilizadas, cada palavra em uma cor, respectivamente verde e azul. Abaixo do título, fotografia de região montanhosa sob céu nublado. Sobreposto a essa imagem, posicionado dentro de uma circunferência traçada em branco, o texto: QUANDO TODA A QUÍMICA SERÁ VERDE? Urgência para um futuro sustentável. Ao lado, ilustração que representa parte do globo terrestre. Dispostos por toda a capa, há traços conectando a circunferência a vários hexágonos, também traçados em branco.
REVISTA Ciência Hoje, Rio de Janeiro, norteponto 379, agosto 2021. Capa.
  1. Considerando o veículo de publicação da pesquisa e a trajetória profissional de Nicolelis, apresente uma hipótese que justifique por que ele foi entrevistado por uma revista jornalística brasileira de grande circulação.
  2. Leia a seguir o verbete de dicionário da palavra “interface”.

interface

Acepções    Locuções

Substantivo feminino

1. elemento que proporciona uma ligação física ou lógica entre dois sistemas que não poderiam ser conectados diretamente

2. área em que coisas diversas (dois departamentos, duas ciências etcétera.) interagem

3. Rubrica: informática.

fronteira compartilhada por dois dispositivos, sistemas ou programas que trocam dados e sinais

4. Rubrica: informática.

meio pelo qual o usuário interage com um programa ou sistema operacional (por exemplo, DOS, Windows)

5. Rubrica: geofísica.

superfície que separa as camadas sísmicas da Terra

6. Rubrica: física.

superfície definida pela fronteira entre dois sistemas ou duas fases

INSTITUTO Uáis. Interface. Dicionário Eletrônico Uáis da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

Faça as atividades no caderno.

  1. Ao longo da entrevista, a palavra interface é usada várias vezes. Qual dos sentidos indicados no verbete corresponde ao empregado no texto?
  2. Que elementos do texto possibilitaram chegar a essa conclusão?

7. Nicolelis fala em brainet.

Consulte em um dicionário inglês-português os verbetes brain e net e explique o significado da palavra brainet usada por Nicolelis.

8. Leia as afirmações a seguir.

um A brainet já é uma realidade.

dois Nicolelis acredita que, num futuro próximo, memórias e pensamentos serão transmitidos pela brainet.

três A equipe de Nicolelis foi a primeira a promover a comunicação entre cérebros.

Em seu caderno, copie somente a alternativa correta.

Versão adaptada acessível

Indique e registre somente a alternativa correta.

  1. Somente um está incorreta.
  2. Todas as afirmações estão incorretas.
  3. Somente três está correta.
    1. e três estão incorretas.
  1. Que reações do rato receptor possibilitaram aos pesquisadores concluir que ele estava assimilando sentidos do rato de origem?
  2. Marque em seu caderno a ilustração que representa corretamente a comunicação entre ratos feita pela equipe de Nicolelis?
Versão adaptada acessível

10. Indique a ilustração que representa corretamente a comunicação entre ratos feita pela equipe de Nicolelis.

a.

Esquema. Composto de figuras simplificadas de ratos em tons de roxo e setas vermelhas. a. À esquerda, rato 1. À direita, rato 2. Entre eles, duas setas em sentidos opostos.

b.

Esquema. Composto de figuras simplificadas de ratos em tons de roxo e setas vermelhas.b. À esquerda, rato 1. À direita, rato 2. Entre eles a palavra internet. Entre os ratos e a palavra, duas setas em sentidos opostos.

c.

Esquema. Composto de figuras simplificadas de ratos em tons de roxo e setas vermelhas.c. À esquerda, rato 1. À direita, rato 2. Entre eles, uma seta para a direita.

d.

Esquema. Composto de figuras simplificadas de ratos em tons de roxo e setas vermelhas.d. À esquerda, rato 1. À direita, rato 2. Entre eles a palavra internet. Entre os ratos e a palavra, uma seta no sentido do rato para a palavra.

Legenda: Sentido das informações:

11. Analise as afirmações e copie em seu caderno apenas a alternativa verdadeira.

Versão adaptada acessível

11. Analise as afirmações e registre apenas a alternativa verdadeira.

  1. A ideia de Nicolelis é criar uma rede de cérebros independentemente de sistemas computacionais.
  2. Uma pesquisa importante sobre a doença de Parkinson foi realizada no Brasil.
  3. A próxima etapa da pesquisa está sendo realizada em humanos.
  4. A pesquisa foi realizada integralmente nos Estados Unidos.
  1. Alguns cientistas acreditam que chegará o momento em que todo o conteúdo da mente humana poderá ser armazenado em computadores.
    1. Que termo em inglês é usado no texto para se referir a esse processo de armazenamento de informações?
    2. Nicolelis concorda ou não com essa previsão? Por quê?
  2. Suponhamos que você tivesse de usar essa entrevista como fonte de informação para uma pesquisa. Copie no caderno para qual (ais) dos temas a seguir ela seria útil.
Versão adaptada acessível

13. Suponhamos que você tivesse de usar essa entrevista como fonte de informação para uma pesquisa. Registre para qual (ais) dos temas a seguir ela seria útil.

  1. Redes sociais via internet.
  2. Fontes renováveis de energia.
  3. Interação entre seres vivos e máquinas.
  4. Tratamento e cura de doenças cerebrais.
  5. Transmissão de informações entre cérebros.
  6. Criação de robôs para executar tarefas humanas.

O gênero em foco

Entrevista

Entrevista é um gênero textual baseado em um diálogo cujo objetivo é a coleta de informações sobre determinado assunto. Trata-se, portanto, de um gênero marcado pela interação entre pessoas, no caso, o entrevistador e o entrevistado.

Essa interação pode ser registrada e publicada de diversas maneiras: impressa, radiofônica, audiovisual. Tratando-se do formato escrito, a entrevista costuma apresentar os elementos explicados no esquema a seguir.

Ilustração. Três pessoas em pé reunidas. Da esquerda para a direita: moça de cabelos castanhos, vestindo blusa verde azulada de mangas longas, saia roxa e meias rosa. Ela está de perfil, fazendo anotações em uma caderneta; jovem de cabelos ruivos, mais baixa que a primeira, vestindo blusa verde de mangas curtas e calça comprida laranja. Ela está de frente segurando um tablet com ambas as mãos; homem de cabelos pretos, mais alto que ambas, vestindo camisa social verde azulada e calça comprida verde. Ele sorri, com as costas das mãos apoiadas nos quadris e o rosto voltado para a moça que faz anotações.

Título: expressão curta escrita pelo entrevistador ou citação de uma frase do entrevistado capaz de destacar o assunto

Ler pensamentos é algo que não está longe

Linha fina: frase breve que identifica o entrevistado e sintetiza o tema da entrevista

Brasileiro que chefia uma das áreas de pesquisa da Microsoft diz que inteligência artificial vai superar a capacidade humana de traduzir linguagens e mudará a forma como as pessoas trabalham hoje

Autoria: identificação do entrevistador

Por Anaïs Fernandes

Abertura: parágrafo ou conjunto de parágrafos que apresenta o entrevistado em detalhes e contextualiza o conteúdo da entrevista, preparando o leitor para o diálogo direto entre entrevistador e entrevistado

Aos 60 anos, o brasileiro Rico Malvar é cientista-chefe da Microsoft e gerencia o grupo de projetos de acessibilidade. Coordena projetos estratégicos envolvendo os vários grupos de pesquisa da divisão de pesquisa de inteligência artificial, que hoje tem 8 000 cientistas espalhados por sete laboratórios no mundo e quatro Advanced Technology Lab (ATL) – um deles, inclusive, no Brasil. “O ambiente de inovação precisa ser tolerante ao erro”, afirma. “Diria que 90% das pesquisas que fazemos não vão dar em nada. Mas os outros 10% são sucessos estrondosos.” O carioca, que decidiu ser engenheiro aos 8 anos de idade, também aponta os próximos passos da empresa e prevê que máquinas terão a capacidade de ler o pensamento dos humanos em um futuro não muito distante.

Intercalação de perguntas e respostas: registro, em discurso direto, das falas do entrevistador e do entrevistado; as primeiras costumam vir destacadas em negrito ou itálico

Como o senhor entrou na Microsoft?

Numa tarde de domingo, em 1997, eu estava pensando: “Poxa, o departamento de pesquisa da Microsoft está crescendo, mas não tem uma área de processamento de sinais multimídia, como áudio e vídeo”. Peguei o contato do CTO [diretor-chefe de tecnologia] e enviei a ele um e-mail com a sugestão de que a Microsoft deveria investir em pesquisas na área. Na segunda-feira de manhã, recebi um e-mail do departamento de recrutamento da Microsoft dizendo que queriam coordenar minha viagem para ir lá conversar com eles. Eu pensei: “Oba, não levou nem 24 horas”.

[...]

FERNANDES, Anaïs. Ler pensamentos é algo que não está longe. Veja, 6 novembro 2017. Disponível em: https://oeds.link/wuMRjl. Acesso em: 15 abril 2022.

Tipos de entrevista

Há vários tipos de entrevista, alguns deles explicados no quadro a seguir.

TIPO

OBJETIVO

EXEMPLO

Ritual

obter uma declaração cuja relevância se deve mais ao momento da aparição do entrevistado do que propriamente o que ele tem a dizer

entrevista com um atleta logo após a conquista de um campeonato

Temática

esclarecer ou aprofundar determinados conteúdos por meio de consulta a uma autoridade no assunto

entrevista com um cientista para explicar resultados de uma pesquisa (como é o caso da entrevista com Miguel Nicolelis, que você leu nesta Unidade)

Investigativa

descobrir e esclarecer fatos relevantes que até então eram desconhecidos para determinado público

entrevista com uma testemunha de um escândalo de corrupção

Enquete

obter um contexto de amostragem com base numa grande quantidade de respostas para determinada questão

consulta a passageiros de ônibus a respeito da qualidade dos serviços prestados pelas empresas de transporte

Entrevista como fonte de pesquisa

Típica da esfera jornalística, a entrevista também é usada no universo da pesquisa científica em seus variados campos do conhecimento. Isso acontece de duas maneiras: por meio da consulta e da produção de entrevistas.

Pense, por exemplo, em uma pesquisa histórica cujo tema é um período específico da República brasileira. O estudo de entrevistas concedidas por autoridades naquele tempo e sobre aquele tempo certamente será de grande valia para o trabalho.

Já a produção de entrevistas pode ser um importante recurso de pesquisa de diversas maneiras. Confira algumas possibilidades:

depoimento de autoridade: consultar um ou mais especialistas para esclarecer e aprofundar determinado tema de pesquisa, como ouvir uma geógrafa explicar as causas e as consequências do efeito estufa;

instrumento de pesquisa de campo: ouvir um grupo de pessoas para verificar de que maneira determinado fenômeno acontece na realidade, como ouvir relatos de refugiados de guerra como parte da análise do modo com que dado município lida com esse tipo de imigrante;

amostragem estatística: consultar várias pessoas com base em um questionário que demande respostas objetivas, como pesquisas de intenção de voto ou de satisfação.

Conhecimentos linguísticos e gramaticais 2

Faça as atividades no caderno.

Orações subordinadas substantivas (2)

Você já começou a estudar as orações subordinadas substantivas na Unidade 4. Viu as objetivas diretas, as objetivas indiretas e as apositivas. Agora, você vai estudar as subjetivas, as predicativas e as completivas nominais.

1. Retome este trecho da entrevista que você leu:

Nesse caso, o codificador não sabia que existia outro rato. Ele só sabia que queria ganhar sua recompensa, e aprendeu que se fizesse a tarefa bem feita, a recompensa vinha. Eles estavam se comunicando indiretamente, mas influenciando diretamente o comportamento um do outro. Nesse momento, estamos realizando experimentos com dois macacos, que estão aprendendo a controlar avatares em um mundo virtual. Eles veem um ao outro na tela, e sabem que existe outro animal no ambiente. Nossa intenção é que eles aprendam a usar uma interface cérebro-cérebro para trocar informações e realizar tarefas nesse mundo virtual.

ROSA, Guilherme. Uma rede de cérebros seria capaz de realizar tarefas que um computador normal não faria. Veja, 28 fevereiro 2013. Disponível em: https://oeds.link/Vbs3Cg. Acesso em: 15 abril 2022.

a. Escreva separadamente todas as orações do período destacado em amarelo. Dica: antes, identifique todos os verbos.

Versão adaptada acessível

a. Escreva separadamente todas as orações do período "Nossa intenção é que eles aprendam a usar uma interface cérebro-cérebro para trocar informações e realizar tarefas nesse mundo virtual."

Dica: antes, identifique todos os verbos.

b. Considere apenas as duas primeiras orações do período.

Esquema.
Nossa intenção é que eles aprendam [...]
Nossa intenção é: oração principal
que eles aprendam: oração subordinada substantiva

Vamos transformar esse período composto em um período simples.

Nossa intenção é o aprendizado deles.

  • Qual é o tipo de predicado dessa oração? E qual é a função sintática do que está em destaque?
    1. Observe o paralelo:
Esquema. Nossa intenção é que eles aprendam [...] Nossa intenção é o aprendizado deles.

Considerando o paralelo, como você imagina que é chamada a oração subordinada substantiva em destaque?

Veja que a segunda oração, a oração adverbial substantiva que eles aprendam, foi substituída por o aprendizado deles (cujo núcleo é um substantivo – aprendizado).

Faça as atividades no caderno.

2. Leia a tirinha do Calvin.

Tirinha. Em quatro cenas. Personagens: Calvin, menino de cabelos espetados, usando camiseta listrada e short preto. Pai de Calvin, homem de cabelos escuros, de óculos, vestindo camisa branca e calças pretas. Cena 1. À esquerda, o homem está sentado em uma poltrona lendo um livro. À direita, Calvin está em pé diante dele, segurando algumas fotografias com ambas as mãos. Com os olhos fechados, ele diz: BEM, PAI. É PENA QUE VOCÊ NÃO TENHA SIDO MAIS LEGAL COMIGO ESSES ANOS TODOS. Cena 2. O pai de Calvin, agora mostrado de perfil na poltrona, com as pernas estendidas e cruzadas sobre os tornozelos, pergunta: COMO É? Calvin,   entregando ao pai as fotografias, diz: EU QUERO DIZER QUE NÃO ME SINTO PARTICULARMENTE INCLINADO A DIVIDIR MEUS MILHÕES COM VOCÊ. OLHA SÓ. Cena 3. Com a cabeça levemente inclinada para baixo, o pai de Calvin observa as fotografias em suas mãos. Ele pergunta: DINOSSAUROS? Calvin, olhando para o pai com expressão alegre, diz: HAROLDO E EU FOMOS AO JURÁSSICO HOJE E VOLTAMOS COM ESSAS BELAS FOTOS! VAMOS FICAR RICOS! Cena 4. O pai devolve as fotografias a Calvin dizendo: ENGRAÇADO, NUNCA VI DINOSSAUROS TÃO PEQUENOS E TÃO PLÁSTICOS. Ao lado, Calvin, com as mãos para cima e a boca bem aberta, diz: EI! O QUE VOCÊ ESTÁ INSINUANDO?!

uáresân bíu. O melhor de Calvin. O Estado de São Paulo, 9 agosto 2014. Caderno 2, página C6.

  1. Por que Calvin achou que ficaria rico?
  2. Por que a fala do pai de Calvin produz a reação final de Calvin?
  3. Releia:

É pena que você não tenha sido mais legal comigo esses anos todos.

uáterson, Bill. O melhor de Calvin. O Estado de São Paulo, 9 agosto 2014. Caderno 2, página C6.

Substitua a oração subordinada, como já fizemos nas atividades anteriores, pelo pronome isso e escreva em seu caderno.

Versão adaptada acessível

Substitua a oração subordinada, como já fizemos nas atividades anteriores, pelo pronome isso e escreva-a.

  • Qual é o sujeito do verbo ser?
  • O pronome que você usou para substituir a oração subordinada substantiva tem função de sujeito. Qual é, então, a função da oração subordinada substantiva no período composto?

Veja como fica a classificação da oração com essa função.

Esquema.
É pena / que você não tenha sido mais legal comigo esses anos todos.
É pena: oração principal
que você não tenha sido mais legal comigo esses anos todos: oração subordinada substantiva subjetiva

3. Leia a tirinha a seguir.

Tirinha. Em quatro cenas. Personagens: Snoopy, cachorro de pelo branco com orelhas pretas caídas e mancha preta nas costas. Um inseto. Cena 1. Snoopy está sentado de perfil em um terreno gramado, com o corpo voltado para a direita. Olhando para frente, na direção de um pequeno inseto no gramado, ele pensa: AINDA BEM QUE EU NÃO SOU UM INSETO, A VIDA DE INSETO É TERRÍVEL. Cena 2. Snoopy, com a cabeça voltada para baixo, na direção do inseto, pensa: TENHO CERTEZA [DE] QUE ESTE INSETO QURIA SER EU. Cena 3. À esquerda, o insetor diz: AI, AI. À direita, Snoopy está olhando para o  inseto. Cena 4. Snoopy, de perfil com a cabeça voltada para a esquerda, pensa: EU SABIA. ESSE SUSPIRO FOI DE INVEJA!.

chuls charles Ém Minduim. O Estado de São Paulo, São Paulo, 2 agosto 2014. Caderno 2, página C6.

  1. No terceiro quadrinho, a fala que representa o suspiro do inseto é composta de uma interjeição, “ai, ai”. O que ela expressa nesse contexto?
  2. A última fala de Snoopy indica que ele compreendeu o sentido do suspiro do inseto? Justifique.
  3. A fala de Snoopy no segundo quadrinho, “Tenho certeza que este inseto queria ser eu.”, é composta de um período composto. Explique como você concluiu qual é a oração subordinada.

Faça as atividades no caderno.

Oração subordinada substantiva subjetiva

Releia este enunciado de Calvin.

É pena que você não tenha sido mais legal comigo esses anos todos.

uáterson, Bill. O melhor de Calvin. O Estado de S. Paulo, 9 agosto 2014. Caderno 2, página C6.

Perceba que temos um verbo e uma locução verbal: é e tenha sido. Isso nos indica que estamos diante de um período composto. Se analisarmos, agora, os termos que acompanham cada um deles, identificaremos as funções que exercem na estrutura sintática.

Esquema.
É pena que você não tenha sido mais legal comigo esses anos todos.
É pena: 1ª oração, oração principal
É: verbo de ligação
pena: predicativo do sujeito
que você não tenha sido mais legal comigo esses anos todos: 2ª oração, oração subordinada substantiva subjetiva

O verbo da primeira oração (ser) é de ligação, ou seja, sua função é ligar o sujeito a uma característica dele, o que chamamos de predicativo, que, no caso dessa oração, é o termo pena. Mas não há nessa oração um sujeito com o qual o verbo se relacione. Esse sujeito, na verdade, é toda a oração subordinada que você não tenha sido mais legal comigo nesses anos todos. Fica mais evidente essa relação se substituirmos a oração toda por um pronome, já que ela é equivalente a um substantivo. Veja:

É pena isso.

É importante notar que as orações subordinadas substantivas subjetivas quase sempre aparecem após a oração principal, ao contrário do substantivo ou pronome com função de sujeito, que quase sempre aparecem antes do verbo.

Oração subordinada substantiva predicativa

Retome estas duas orações iniciadas pela palavra que.

Nesse caso, o codificador não sabia que existia outro rato.

Nossa intenção é que eles aprendam reticências

ROSA, Guilherme. Uma rede de cérebros seria capaz de realizar tarefas que um computador normal não faria. Veja, 28 fevereiro 2013. Disponível em: https://oeds.link/Vbs3Cg. Acesso em: 15 abril 2022.

A primeira dessas orações pode ser substituída pelo pronome isso (não sabia isso). Podemos dizer que ela complementa o sentido do verbo saber. Você já estudou esse tipo de oração subordinada, são as orações subordinadas substantivas objetivas diretas. Elas são assim classificadas porque têm a função sintática de objeto direto de um verbo. Já a segunda oração, apesar de também ser iniciada pela palavra que, tem uma função sintática diferente: o verbo ser (na fórma é) é um verbo de ligação, – ele apenas liga o sujeito da oração a um predicativo. Na substituição, a melhor opção é o pronome essa.

Repare que o pronome essa concorda no gênero feminino com o núcleo do sujeito: intenção.

Nossa intenção é essa.

Faça as atividades no caderno.

Isso nos indica que toda a oração subordinada é um predicativo deste sujeito:

Esquema.
Nossa intenção é que eles aprendam a usar uma interface cérebro-cérebro [...]
Nossa intenção é: 1ª oração, oração principal
que eles aprendam a usar uma interface cérebro-cérebro: 2ª oração, oração subordinada substantiva predicativa

Oração subordinada substantiva completiva nominal

Na atividade 3, você analisou a tirinha da personagem Snoopy.

A fala do cãozinho, no segundo quadro, apresenta três orações. A primeira tem como núcleo o verbo ter (tenho), a segunda, o verbo querer (queria) e a terceira o verbo ser (ser).

Esquema.
Tenho certeza que este inseto queria ser eu.
Tenho certeza: 1ª oração
que este inseto queria: 2ª oração
ser eu: 3ª oração

A segunda oração é subordinada à primeira e a terceira é subordinada à segunda. A função sintática da segunda oração não está relacionada ao verbo da oração principal, como no caso das orações subordinadas subjetivas, nem ao sujeito da primeira oração, como no caso das orações predicativas, e sim à palavra certeza, que é o objeto direto de tenho. Essa oração complementa o sentido do substantivo certeza. Portanto, é uma oração subordinada substantiva completiva nominal.

Para testarmos se essa é realmente uma oração substantiva, temos de substituí-la por um pronome. Veja:

Tenho certeza disso.

Disso é uma contração da preposição de mais o pronome isso (de + isso), o que nos indica que o complemento nominal do substantivo certeza deve ser iniciado pela preposição de. Porém, quando analisamos a oração dita pela personagem Snoopy, vimos que essa preposição não foi utilizada. O período com a preposição ficaria da seguinte fórma:

Tenho certeza de que este inseto queria ser eu.

Isso não quer dizer que há erro na tirinha, este é um caso de variação linguística muito comum. A relação de regência, ou seja, a dependência entre duas palavras, em que uma complementa a outra, pode necessitar da presença de uma preposição ou não. No caso da palavra certeza, há variação entre o uso do complemento nominal com e sem preposição:

Tenho certeza que este inseto queria ser eu.

Tenho certeza de que este inseto queria ser eu.

Qual está correto? Os dois, a depender do contexto de uso. Em textos em que você precisa utilizar uma norma prestigiada socialmente, sempre utilize a preposição em casos como esse; no dia a dia, em situações em que essa norma não é necessária, não há problema em não utilizar a preposição.

Vimos que as orações subordinadas substantivas são introduzidas por conjunção integrante, geralmente que. Além dessa, a conjunção se pode ter essa função. Um exemplo: “Não sei se esse inseto queria ser eu”.

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. Leia a tirinha a seguir.

Tirinha. Em três cenas. Personagens: Níquel Náusea, um rato azul de esgoto. Um beija-flor de corpo verde e bico laranja. Cena 1. À esquerda, o beija-flor, pairando no ar e voltado para Níquel Náusea, pergunta: SABIA QUE O BEIJA-FLOR BATE ASA SETETENTA VEZES POR SEGUNDO? À direita, voltado para o beija-flor, Níquel Náusea diz: É? Cena 2. O beija-flor diz: NÃO SOU INCRÍVEL? Níquel Náusea, de boca aberta, com os dentes inferiores aparecendo, responde: NÃO. Cena 3. Níquel Náusea, de boca bem aberta, com os dentes superiores e inferiores aparecendo, agora voltado para o lado oposto ao do beija-flor, diz: INCRÍVEL É QUEM CONTOU!

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: nem tudo que balança cai. São Paulo: Devir, 2003. página 12.

Há na tirinha a utilização de uma oração subordinada substantiva objetiva direta e uma substantiva subjetiva. Identifique o período e indique a oração principal e a subordinada de cada uma.

2. O texto a seguir é o primeiro parágrafo de uma reportagem sobre a criação de palavras pelos usuários da internet. Leia-o para responder às questões:

Ninguém sabe quantas palavras nascem a todo momento. Os estudiosos da linguagem só têm certeza de que elas devem ser muitas e de que a imensa maioria é raramente usada, geralmente esquecida. Afinal, existem muito mais palavras do que um único ser humano conseguiria aprender ao longo da vida. Para se ter uma ideia, o serviço de busca Google registrou 13 milhões de palavras distintas em língua inglesa usadas pelo menos 200 vezes em páginas na internet até 2006, enquanto pesquisadores estimam que o tamanho do vocabulário de um adulto com bom nível educacional não ultrapassa 100 mil palavras.

zolnérquevétchi Igor. A vida das palavras. Pesquisa fapésp, São Paulo, edição 185, junho 2011. Disponível em: https://oeds.link/PcUTJl. Acesso em: 15 abril 2022.

  1. Segundo esse trecho da reportagem, a maioria das palavras criadas permanece sendo utilizada pelos usuários de uma língua?
  2. Para comprovar a afirmação de que existem mais palavras em uma língua do que um único ser humano conseguiria aprender, o autor do texto faz uma comparação. Qual é essa comparação?
  3. Em sua opinião, por que os usuários de uma língua criam palavras a todo momento?
  4. O trecho “Os estudiosos da linguagem só têm certeza de que elas devem ser muitas e de que a imensa maioria é raramente usada” é estruturado por um período composto. Indique as orações principal e subordinada.
  5. As orações subordinadas complementam o sentido de um verbo ou de um substantivo? Com base em sua resposta, classifique essas orações de acordo com a nomenclatura que aprendeu nesta Unidade.
  6. A reportagem se refere a um estudo publicado em maio na revista PLoS ONE. No estudo, os pesquisadores buscam entender melhor como o vocabulário de uma comunidade evolui com o tempo e, para isso, analisaram por dez anos milhares de palavras em grupos de discussão na internet.

Em sua opinião, os resultados poderiam ser diferentes em um estudo recente ou que considerasse a última década? Explique sua hipótese.

Questões da língua

Faça as atividades no caderno.

Recursos gráficos de destaque

Você já notou que em muitos textos algumas palavras e expressões são destacadas com recursos gráficos? Observe alguns trechos da entrevista que estudou nesta Unidade.

reticências O objetivo de ambas era estudar quais os limites da plasticidade cerebral cortical. Nossa ideia era publicar as duas pesquisas juntas, mas os editores de revista Nature recomendaram que dividíssemos as descobertas em dois trabalhos. Um foi publicado na revista Nature Communications e o outro na revista Scientific Reports reticências

reticências Eu propus publicamente essa nova interface em meu livro, Muito Além do Nosso Eu (Companhia das Letras), publicado em 2011 reticências

reticências A minha ideia é colocar mais ratos, ou macacos, interagindo por meio dessa rede que criamos. Se tivermos sucesso ao fazer isso, podemos criar um sistema computacional com uma arquitetura orgânica, formado por múltiplos cérebros – eu chamo essa ideia de brainet. Teoricamente, uma rede de cérebros seria capaz de realizar tarefas que um computador normal não faria muito bem reticências

ROSA, Guilherme. Uma rede de cérebros seria capaz de realizar tarefas que um computador normal não faria. Veja, 28 fevereiro 2013. Disponível em: https://oeds.link/Vbs3Cg. Acesso em: 15 abril 2022.

Por que estas palavras foram destacadas no texto com o mesmo recurso gráfico?

Versão adaptada acessível

Por que as palavras Nature, Nature Communications, Scientific Reports, Muito Além do Nosso Eu, brainet foram destacadas no texto com o mesmo recurso gráfico?

Uso de itálico

Aquela letra inclinada à direita, simbolizada nos programas de edição digital de textos com a letra i maiúscula, é o tipo itálico, uma tipografia criada em 1501 pelo italiano Francesco Grifo. No início, o itálico era utilizado como fonte de texto e não para destaques, como o fazemos hoje, porque economizava espaço na impressão. Essa fonte foi inspirada na letra cursiva, por isso apresenta inclinação.

Uma curiosidade: o nome do italiano que criou o tipo itálico (Francesco Grifo) deu origem à ideia de grifo no texto, uma outra fórma de destaque de palavras ou expressões. Em Portugal, o tipo itálico é conhecido como grifo.

Não existem regras rígidas para o uso desse recurso nos textos atuais; convencionou-se, no entanto, que o itálico deve ser utilizado em títulos de livros, revistas, periódicos, peças de teatro, título de Cê dês, Dê vê dês, músicas, pinturas, entre outros, citados no texto. Outro uso bastante comum do itálico é para destacar palavras estrangeiras.

Há outros recursos gráficos utilizados para destaque, como o bold. Porém, para os casos listados anteriormente, prefira o itálico.

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. O texto a seguir é a apresentação da entrevista do linguista brasileiro Ataliba de Castilho para uma revista de divulgação científica. Leia-o para responder às questões.

Autodenominado caipira por ter nascido em Araçatuba e crescido em São José do Rio Preto, o linguista Ataliba Castilho diverte-se com as mudanças da língua. Uma das mais recentes é a transformação do pronome que em palavra variável, como em “Ques pessoas?”, identificada em redes sociais por um de seus estudantes de doutorado na Universidade Estadual de Campinas (unicâmpi). Para ele, “ao se esforçarem para que as pessoas obedeçam às regras, os gramáticos não viram que estavam dando um cala-boca no cidadão brasileiro”. A crítica aos gramáticos não significa que Castilho tenha alguma aversão a normas da língua culta, mas apenas que valoriza os limites geográficos e históricos do idioma.

reticências

Casado com a também linguista Célia Maria Moraes de Castilho, três filhos e quatro netos, Castilho viaja bastante: esteve em um congresso em Lisboa em julho e pretende ir a outro, em Coimbra, no próximo mês. Ele recebeu a equipe de Pesquisa fapésp na sua casa, em Campinas, próxima à unicâmpi, onde se aposentou em 1991 e continua como professor colaborador voluntário.

Fotografia. Retrato frontal de um homem sorridente, meio calvo e de cabelos brancos, de óculos, vestindo camiseta azul, camisa bege e jaqueta preta.
Ataliba Teixeira de Castilho (1937-), linguista, em Campinas (São Paulo), em fotografia de 2017.

FIORAVANTI, Carlos. Ataliba Teixeira de Castilho: o linguista libertário. Pesquisa fapésp, edição 259, setembro 2017. Disponível em: https://oeds.link/aRA6WP. Acesso em: 15 abril 2022.

a. Há três ocorrências de itálico no texto. Quais são?

Versão adaptada acessível

a. Há três ocorrências de itálico no texto: que (especificamente no trecho: "Uma das mais recentes é a transformação do pronome que em palavra variável..."), ques e Pesquisa Fapesp. Releia o texto e reflita sobre o uso dessa marca nele.

  1. O que justifica o uso de itálico em cada uma delas?
  2. O linguista diz que “ao se esforçarem para que as pessoas obedeçam às regras, os gramáticos não viram que estavam dando um cala-boca no cidadão brasileiro”. O que você entende dessa afirmação? Concorda com ela?

2. Leia uma pergunta e a resposta, parte da entrevista do professor de Literatura e tradutor Boris Xináidermân:

Em 1964 foi lançado Guerra em surdina sobre o mesmo tema, em meio ao início da ditadura militar. O senhor sofreu algum tipo de intimidação?

Aquele livro era algo entre considerações pessoais e ficção. É um relato da guerra escrito no plano interior e expressava o que vai por dentro de um indivíduo naqueles momentos. Por isso o nome Guerra em surdina. Já Caderno italiano trata de minhas memórias do período e é uma narração autobiográfica. Em 1964 não aconteceu nenhuma reação extremada, embora o livro fugisse dos relatos oficiais da féb. Sofri depois, por causa de algumas atitudes de protesto durante a ditadura militar.

MARCOLIN, Neldson. Boris Xináidermân: memórias de um ex-combatente. Revista fapésp, edição 236, outubro 2015. Disponível em: https://oeds.link/F7OmDQ. Acesso em: 15 abril 2022.

a. Há duas ocorrências de itálico no texto. Justifique o uso nesses dois casos.

Versão adaptada acessível

a. No texto, estão em itálico as palavras Guerra em surdina e Caderno italiano. Justifique o uso nesses dois casos.

b. Há outro momento no texto em que o itálico poderia ter sido utilizado, mas não o foi. Identifique-o e justifique o uso.

Produção de texto

Entrevista do tipo enquete

O que você vai produzir

Nesta Unidade, você aprendeu a utilizar entrevistas como fonte de pesquisa. Agora, chegou o momento de exercitar essa importante ferramenta de estudo. Para isso, sua turma realizará entrevistas do tipo enquete sobre melhorias no ambiente escolar e participará delas. O resultado do trabalho poderá auxiliar na adoção de medidas que possam promover essas melhorias.

Ilustração. Diversas mãos de pessoas  vestindo trajes de mangas longas, de diversas cores, que seguram microfones e gravadores.

Planejamento

  1. Em sala e com o auxílio do professor, você e seus colegas devem pensar juntos em problemas que encontram na escola. Eles podem ser dos mais variados: desde comportamentais (convívio entre estudantes, direção e professor, funcionários e estudantes) até estruturais (falta de acessibilidade e de materiais eletrônicos de apoio, instalações necessitando de melhorias etcétera).
  2. Vocês irão selecionar os cinco problemas mais citados pela turma.
  3. Para cada problema, serão apresentadas ao menos duas soluções.
  4. Será criada uma lista com os cinco problemas e as duas propostas de solução mais votadas para cada um.
  5. As etapas 1 e 4 devem ser realizadas em todas as turmas do 8º ano.
  6. As listas das turmas serão reunidas pelo professor em uma única. Em caso de problemas iguais, permanecem as duas soluções mais escolhidas.
  7. O professor apresenta essa lista final às turmas.

Produção

1. Com base na lista final, cada turma deve elaborar as perguntas seguidas de duas opções de resposta fechada (as soluções). A linguagem deve ser clara, formal e de acordo com a norma-padrão. Para essa etapa, é proposto o modelo a seguir.

Enquete sobre problemas na unidade escolar segundo os estudantes do 8º ano

Entrevistado(a):
Turma:

Questão 1: Qual é a solução para o problema X?
( )
solução 1 ( ) solução 2

  1. Elaborada a enquete, cada estudante da turma A fica encarregado de entrevistar um da turma B. A entrevista pode ser presencial ou on-line.
  2. Todos os dados da turma B são reunidos e analisados pela turma a.
    • Para o problema X, quantas foram as respostas da turma indicando a solução 1 e a solução 2?
    • Esses números correspondem a que porcentagem?
  3. Essa análise deve ser registrada em um relatório final, cujo modelo pode ser o seguinte:
Enquete sobre problemas na unidade escolar segundo os estudantes do 8º ano

Turma:

Questão 1: Qual é a solução para o problema X?
Porcentagem das respostas:
solução 1: X %
solução 2: X %

Revisão

1. Em conjunto com sua turma, avalie atentamente a enquete com base nos critérios a seguir.

Em relação à proposta e ao sentido do texto

Em relação à ortografia e à pontuação

1. As perguntas foram claras e diretas?

1. A linguagem usada foi a norma-padrão?

2. As respostas foram fechadas, ou seja, cada uma delas propunha claramente uma solução?

2. Todas as perguntas foram iniciadas com letra maiúscula e finalizadas com ponto de interrogação?

3. As propostas de solução eram bem diferentes entre si?

3. Todas as soluções foram iniciadas com letra maiúscula e finalizadas com ponto final?

4. Os entrevistados foram devidamente identificados?

5. Os dados foram analisados corretamente?

Circulação

  1. Os resultados das enquetes de todas as turmas podem ser publicados em um blog a ser elaborado com o auxílio do professor.
  2. Os dados podem ser publicados por turma ou consolidados em um único, o que requereria uma análise mais completa desses dados.
  3. Para enriquecer a publicação, seria interessante publicar imagens e vídeos que ilustrem os problemas apontados pelos estudantes.
  4. O blog pode ser encaminhado à direção da escola como uma iniciativa de propor melhorias no ambiente escolar.

Avaliação

  1. Como foi a experiência de realizar uma enquete?
  2. E de participar dela?
  3. Enquetes podem representar a opinião de uma coletividade?
  4. A opinião dos demais colegas propiciou a você ver problemas que até então não havia notado?

Projeto

Ícone. Tema contemporâneo transversal: Cidadania e civismo.

Cidadania

Quarta etapa

Finalizando...

Nesta etapa, será realizado um trabalho de síntese e avaliação das ações desenvolvidas na etapa anterior.

Além disso, tudo o que foi feito ao longo do ano em relação ao projeto será apresentado na Mostra da cidadania, que acontecerá no mesmo dia das partidas finais do torneio esportivo. Nessa mostra, em um horário predefinido, os grupos farão uma exposição oral com base no material visual que estiver exposto.

Atividades para todos os grupos

Reportagens

Na etapa anterior, você e seus colegas fizeram anotações e registraram (inclusive com fotografias, informativos, fôlderes obtidos) o desenvolvimento das ações realizadas nas quatro frentes de atividades.

Essas anotações e todo o material coletado na etapa anterior deverão agora ser trocados entre os grupos, para a elaboração de reportagens sobre cada um deles.

Com base no material recebido, cada grupo produzirá uma reportagem para divulgar os frutos das ações de outro grupo. Além do material recolhido, cada grupo fará entrevistas com os componentes do grupo cujo material está servindo de mote para a sua reportagem e com pessoas que tenham participado (ou estejam participando) das ações propostas.

A reportagem deverá mostrar como a cidadania se dá por um processo e que a educação é um dos instrumentos mais importantes para sua construção. As quatro propostas de atuação, de alguma fórma, levaram ao sentimento de pertencimento das pessoas a um grupo, a uma comunidade, a uma realidade. Daí a importância do trabalho realizado pelos quatro grupos e da reportagem que vai dar conta de divulgá-lo.

Para finalizar a reportagem, cada grupo deverá perguntar aos entrevistados: “O que é ser cidadão?”. As respostas serão gravadas e as mais significativas serão reproduzidas em folhas de papel sulfite, devidamente identificadas, para que sejam expostas.

Organização do material e montagem do evento

Toda a turma deverá colaborar para que a Mostra da cidadania seja um sucesso. A ajuda do professor de Arte será bem-vinda. Além do torneio esportivo, a exposição do material produzido ao longo do ano será essencial para isso. Portanto, analise com os colegas e com os professores que participaram do projeto os espaços da escola para decidir em que locais serão expostos os materiais que todos fizeram.

Seguem sugestões para a organização da Mostra como um todo:

O título Cidadania deverá aparecer logo no início da exposição e de fórma bem destacada. Seria interessante fazer uma faixa grande para apresentá-lo.

Em seguida, podem entrar as respostas dos entrevistados à pergunta “O que é ser cidadão?”, identificadas. Para enriquecer essa parte da exposição, pode ser feita uma pesquisa na internet sobre como respondem a essa pergunta pessoas de destaque em nossa sociedade e as respostas podem ser apresentadas em folhas de papel sulfite.

O mural dos textos expositivos precisa ser organizado como um espaço em que as pessoas possam ler cada um deles sem aglomeração.

Os trabalhos relacionados à cidade, feitos na segunda etapa, também podem ser agrupados num espaço amplo, separados de acordo com a frente desenvolvida. Nesse espaço, pode ser disponibilizada também a coletânea montada pela turma na seção Produção de texto da Unidade 4.

Fechando a mostra, entram as reportagens com os resultados das ações realizadas. Se houver a produção de objetos nessas ações, eles também poderão ser expostos, sempre identificados (depois da mostra eles deverão ser devolvidos aos seus autores).

É preciso prever e organizar um espaço para a exposição oral dessas reportagens em horário previamente definido.

Quinta etapa

Avaliação

Avaliação do grupo

Para este Projeto, a avaliação do grupo deve se balizar por estes itens:

  • adequação aos prazos: todos colaboraram para que os prazos estabelecidos fossem rigorosamente cumpridos?
  • implementação das ações: escolhidas as ações, os grupos empenharam-se para que elas tivessem realmente um impacto sobre as pessoas (da escola ou da comunidade) de modo que todos exercitassem a prática da cidadania?
  • produção do material: os textos produzidos foram revisados e estavam adequados? O material produzido pelos grupos foi cuidadosamente guardado até a data da exposição? Os textos estavam legíveis? Os materiais foram afixados de fórma a facilitar sua leitura?
  • montagem da mostra: houve colaboração e auxílio mútuo no momento de montar a mostra? Os espaços garantiam uma circulação adequada e a leitura dos textos sem aglomeração?
  • apresentação oral: as reportagens foram adequadamente apresentadas para que o público tivesse uma noção precisa do que foi o desenvolvimento das campanhas na escola?

Caso algum item tenha deixado a desejar, reflita com o professor e os colegas sobre como poderiam corrigir as falhas.

Avaliação individual

Reflita sobre sua participação individual neste projeto:

  • Você deu o melhor de si para realizar as atividades?
  • Foi pontual na entrega de material?
  • Esforçou-se suficientemente para realizar as ações necessárias?
  • Aceitou sugestões dos demais componentes do grupo?

Autoanálise

No início deste projeto, você respondeu a uma série de perguntas sobre sua atuação como cidadão. Pedimos que, agora, releia essas perguntas para verificar se houve alguma mudança em seu comportamento.

Pense se, no decorrer da realização do projeto, você se sensibilizou com a situação de outras pessoas e, tendo em vista seus deveres, conscientizou-se de que a cidadania se constrói no dia a dia pela atuação de cada um de nós.

Glossário

córtex tátil
: região do córtex cerebral ligada à função do tato.
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algoritmo
: conjunto das regras e procedimentos lógicos perfeitamente definidos que levam à solução de um problema.
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avatar
: representação gráfica de um ser vivo em um ambiente virtual.
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córtex
: membrana que recobre um órgão.
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eletrodo
: condutor elétrico do qual se fornece ou se retira corrente elétrica de um sistema.
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luz infravermelha
: tipo de radiação eletromagnética imperceptível pelo olho humano.
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