UNIDADE 2  Aprender a estudar

Faça as atividades no caderno.

Pintura. O quadro apresenta tons alegres. Retrata uma jovem estudante com cabelos castanhos presos atrás da cabeça, usando um vestido preto com gola branca. Ela está sentada à mesa, olhando para um livro aberto e escrevendo em um caderno. Sobre a mesa, diversos livros. Atrás, parede com quadros.
puí jân . A estudante. 1933. Óleo sobre tela, 61 por 72 centímetros. Museu Nacional de Arte Moderna, Centro jórgi pumpidú, Paris, França.
  1. O título da tela é A estudante, e a obra data de 1933. Compare a situação retratada com a imagem dos seus colegas e de você mesmo estudando.
  2. Como você costuma estudar? Converse sobre isso com o professor e os colegas.
  3. Que tipo de texto você imagina que a estudante está lendo? Você costuma ler textos para estudar? Quais?

Saiba +

Jân Puí e o fauvismo

Jân Puí(1876-1960) foi um dos principais representantes do fauvismo. Originado na França no início do século vinte e associado à pintura, o movimento fauvista pregava uma “arte do equilíbrio”, da pureza e da serenidade, voltada para temas e situações alegres. A principal característica desse movimento foi a utilização das cores puras, que por si sós delimitavam, davam volume, relevo e perspectiva às obras.

Respostas e comentários

2. Respostas pessoais.

3. Respostas pessoais.

Competências gerais da Bê êne cê cê: 1, 3, 4 e 5.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental: 2, 3 e 4.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental: 2, 3, 4 e 5.

Objetos de conhecimento

Leitura: reconstrução das condições de produção e recepção dos textos e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero; relação entre textos; apreciação e réplica; estratégias e procedimentos de leitura; relação do verbal com outras semioses; procedimentos e gêneros de apoio à compreensão; curadoria de informação.

Oralidade: estratégias de produção: planejamento e produção de apresentações orais.

Produção de textos: consideração das condições de produção de textos de divulgação científica; Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição.

Análise linguística/semiótica: uso adequado das ferramentas de apoio a apresentações orais; Construção composicional e estilo; Gêneros de divulgação científica; Marcas linguísticas; Intertextualidade; Variação linguística; Textualização; Progressão temática; Fono-ortografia; Morfossintaxe; Modalização.

Resposta

2. Considerando que esta Unidade trata de gêneros textuais voltados para o estudo (texto expositivo e fichamento, ambos relacionados ao campo do estudo e pesquisa), esta questão antecipa o tema e permite aos estudantes refletir sobre ele. Dessa fórma, estimule-os a compartilhar como costumam estudar, quais materiais costumam consultar, quais instrumentos os auxiliam no estudo (como anotações de aula, livros e internet) etcétera

Leitura 1

Ícone. Tema contemporâneo transversal: Saúde.

Contexto

Como você descreveria seus hábitos alimentares? O que será que os alimentos revelam a respeito da cultura de um país? O texto expositivo que você vai ler estimula a reflexão sobre essas questões. Ele compõe o quarto capítulo do livro paradidático Alimento é vida, escrito pela bióloga Rosicler Martins Rodrigues.

Rosicler Martins Rodrigues

AUTORIA

Bióloga pós-graduada em Zoologia pela Universidade de São Paulo, é autora de livros paradidáticos e de divulgação científica. Entre outros títulos, em sua obra destacam-se A pré-história, A vida dos dinossauros, Cidades brasileiras e O mundo das plantas.

Antes de ler

O texto que você vai ler relaciona-se ao campo das práticas de estudo e pesquisa e é utilizado em contextos ligados à construção de conhecimento. Examine o título e o aspecto visual do texto. Converse com os colegas a respeito destas questões:

  • Em quais situações você procuraria um texto como o que vai ler?
  • Com base no título, suponha qual é o tema do texto.
  • Agora, observe as imagens. Elas relacionam-se com o tema que você supôs? Explique.
Capa de livro. Centralizados, sobre uma faixa roxa, o nome da autora: Rosicler Martins, e o título do livro: Alimento é vida. Na parte superior, fotografia de dois homens, duas mulheres e duas crianças sentados à mesa durante a refeição. Eles estão sorrindo. Na parte inferior, fotografia de verduras e legumes variados.
Capa do livro Alimento é vida, de Rosicler Martins Rodrigues.

Os hábitos alimentares dos brasileiros

Quando Pedro Álvares Cabral desembarcou nas terras que passaram a se chamar Brasil, em 22 de abril de 1500, fazia parte da expedição o escrivão Pero Vaz de Caminha, que tinha como missão relatar a dom Manuel, rei de Portugal, todos os acontecimentos a respeito da viagem. Assim ele escreveu, entre outros relatos:

Aqui não há boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer animal acostumado ao viver dos homens. Não comem senão raízes e sementes e frutos que a Terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos, que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes que comemos.

O que o escrivão não sabia é que a alimentação dos indígenas era outra e muito variada, com tudo o que a natureza oferecia, como mel, ovos, frutas, palmito, formigas e larvas. Também comiam pacas, onças, cutias, capivaras, macacos, rãs e cobras. Pescavam e faziam coleta de ostras e mexilhões. E para completar sua alimentação, cultivavam a mandioca e o milho, que eram a base de sua alimentação, além de feijão, batata e abóbora.

Respostas e comentários

Sobre Contexto

Neste primeiro momento, propõe-se antecipar os conhecimentos prévios dos estudantes a partir do título do texto que vão ler, “Os hábitos alimentares dos brasileiros”. O objetivo dessa estratégia é instigar os estudantes a levantar hipóteses sobre o texto, a fim de contribuir para o desenvolvimento da compreensão leitora.

Sobre Antes de ler

Em relação ao contexto de circulação do gênero, é importante que os estudantes associem o texto expositivo à esfera escolar e acadêmica. Espera-se que mencionem procurar textos desse tipo com intenção informativa, de instrução.

Sobre esta Unidade

O objetivo desta Unidade é levar os estudantes a conhecer e produzir um texto expositivo. Nas seções Leitura, eles verão os textos “Os hábitos alimentares dos brasileiros”, “Vela – Na linha de frente”, “O que é vela” e vão explorar a construção desse gênero, em Conhecimentos linguísticos e gramaticais. Eles poderão, também, sistematizar o fichamento de dados pesquisados para produzir um texto expositivo. Na seção Produção de texto e na seção Oralidade terão a oportunidade de treinar a exposição oral do tema pesquisado.

Os dois textos permitem explorar o tema contemporâneo transversal Saúde (subtemas: Educação Alimentar e Nutricional e Saúde). Reserve um momento para discutir com os estudantes os hábitos alimentares e práticas esportivas, mediando a reflexão para a promoção do autocuidado.

Habilidades trabalhadas nesta seção e em suas subseções (Estudo do texto e O gênero em foco)

(ê éfe seis nove éle pê dois nove) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etcétera – e os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguísticas características desses gêneros, de fórma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.

(ê éfe seis nove éle pê três zero) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de fórma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.

(ê éfe seis nove éle pê três um) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, “isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.

A herança indígena e portuguesa

Os indígenas não gostaram do sal e do azeite, nunca antes provados, pois usavam pimentas de cheiro, que davam um sabor especial à carne e [a] conservavam por algum tempo. Foram esses temperos que atraíram os franceses e os holandeses quando aportaram aqui.

Durante os anos de colonização, os portugueses aprenderam a comer abóbora, mandioca, batata, tomate e outros produtos da nova terra. Mas também cultivavam as plantas que estavam acostumados a comer, como cebola, alho, salsa e hortelã, louro, alface, berinjela e chicória.

Os indígenas, por sua vez, aprenderam a saborear a uva, o melão, a laranja, frutas que nunca tinham visto.

Os portugueses também trouxeram galinhas, porcos, cabras, carneiros, ovelhas, touros e vacas, e as terras ao redor das vilas e os quintais das casas foram sendo ocupados por hortas e pomares, galinheiros, chiqueiros e estábulos. Trouxeram também bacalhau, azeite, sardinha, azeitona, sal, vinho, vinagre e trigo.

Assim, mais tarde, os hábitos alimentares dos portugueses e dos indígenas foram para a mesa.

Fotografia. Destaque para uma penca de bananas presa em uma árvore. Algumas estão com a casca amarela e outras estão com a casca verde.
Bananeira. Há várias origens atribuídas à bananeira, sendo uma delas o Oriente. É um alimento rico em potássio e carboidratos. Dentre as várias espécies, algumas foram encontradas no Brasil naquela época.
Fotografia. Destaque para alguns pães assados em tamanhos variados sobre um prato retangular escuro. Eles estão sobre uma superfície amadeirada.
O pão português, que leva azeite, leite e ovos, tem massa saborosa e perfumada. É nutritivo, mas tem muitos carboidratos, ou seja, glicose e outros açúcares.
Fotografia. Uma tapioca gigante (massa branca fina) sobre uma frigideira de ferro redonda sendo preparada no forno a lenha. A mão de uma pessoa aparece ajeitando a borda da massa na frigideira.
A mandioca é a base da alimentação dos indígenas. Com o polvilho eles fazem a tapioca, que é o pão indígena. Por conter muito amido, é bom para quem não tem vida sedentária.

A influência africana

Os alimentos nativos da África chegaram com os negros trazidos para serem escravizados e trabalhar na lavoura e nos engenhos de açúcar. Negros de diferentes povos do continente africano desembarcavam no litoral do Brasil depois de longa viagem através do oceano Atlântico. As condições eram tão desumanas que muitos morriam durante a viagem. Os que sobreviviam eram colocados à venda nos mercados, de preferência separados de sua família. Viviam nas senzalas, alojamentos próximos das casas dos senhores de engenho.

Respostas e comentários

Orientação

Este é um bom momento para discutir com os estudantes elementos da história do Brasil, relacionando-os a diferentes fórmas de alimentação. Proponha que levantem hipóteses sobre o primeiro trecho da carta de Pero Vaz de Caminha.

Aproveite para questionar a visão colonialista por parte dos europeus em relação aos costumes indígenas. Explique aos estudantes que o termo escravo, que aparece no texto, coloca uma condição do próprio sujeito e, portanto, deve ser substituído por escravizado, que remete a quem foi forçado a essa situação.

Sugestão

Faça, com a turma, uma análise das fotografias contemporâneas de duas espécies vegetais: a bananeira e o coqueiro, plantas nativas de regiões do Oriente, trazidas para o território colonizado da América do Sul no século dezesseis, muito presentes na alimentação atual.

Proponha uma reflexão em parceria com o professor do componente Ciências sobre alimentação saudável. É possível desenvolver uma atividade com o professor do componente Arte sobre a culinária brasileira enquanto elemento fundamental da nossa cultura, explorando a diversidade cultural e promovendo a valorização das nossas matrizes culturais e históricas.

Indicação de artigo

O campo de investigação sobre fórmas de alimentação é recente. O professor Carlos Roberto Antunes dos Santos publicou o artigo “A alimentação e seu lugar na História: os tempos da memória gustativa”, na revista História: Questões & Debates, Curitiba: Editora ú éfe pê érre, número 42, página11-31, 2005. Você também pode encontrar esse artigo na internet, disponível em: https://oeds.link/Z1SRqY. Acesso em: 15 março 2022.

Os escravos eram alimentados com farinha de milho cozida na água e laranjas. De vez em quando, ganhavam peixe ou carne-seca e restos de algum porco abatido pelo senhor de engenho, que tinha comida farta. Quando recebiam esses restos de carne, cozinhavam com feijão, e essa fórma de misturar esses ingredientes pode ter sido a origem da nossa feijoada.

Pintura. O quatro mostra alguns  escravos em frente a uma casa. À esquerda, dois homens negros sentados no chão. Ao lado, uma mulher negra com turbante na cabeça está segurando uma criança no colo. Ao lado dela, uma mulher negra sentada, encostada em uma casa feita de barro e telhado de palha. Centralizadas na imagem, uma mulher negra em pé na porta da casa e outra mulher negra sentada próxima à porta, olhando para duas crianças. À direita, um homem negro está de joelhos no chão. Atrás, dois homens negros colhendo frutas de uma árvore. Ao fundo, alguns coqueiros e  vegetação.
Casa de negros. (cêrca de 1830). Litogravura de iôrrán morits Rugendas (Viagem pitoresca através do Brasil) que mostra uma moradia de escravos com plantas ao redor dela. 34,5 por 53, 8 centímetros. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).
Fotografia. Destaque para uma mesa com diversos pratos feitos de alimentos naturais. Atrás da mesa, uma mulher negra com vestido branco, avental azul e diversos colares. Ela corta alimentos sobre uma travessa metálica. Ao lado dela, no chão, uma grande panela.
Tabuleiro exposto na rua, no qual a baiana quituteira coloca os pratos que prepara para vender: vatapá, caruru, acarajé, mugunzá.

Alguns negros escravos moravam em casebres. Ao redor deles criavam galinha-d’angola e cultivavam vegetais trazidos da África, como coqueiros, pés de inhame e de quiabo, gengibre e melancia. Também adotaram a banana, o amendoim, a mandioca, o milho e as pimentas.

Os negros sempre foram numerosos na Bahia, onde até hoje as comidas de origem africana estão presentes nas casas, nos quiosques, nos tabuleiros das ruas, nos restaurantes e nos rituais religiosos, para serem oferecidas aos orixás. Mas a herança da culinária africana pode ser encontrada em todo o país.

Outros sabores

No fim do século dezenove, quando as plantações de café começaram a cobrir o solo dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, teve início a imigração italiana para o Brasil. Os italianos vieram para substituir os negros, agora libertos, na lavoura de café, e, pouco depois, vieram os espanhóis. Esses imigrantes trouxeram seus hábitos alimentares, como as massas italianas e os cozidos espanhóis à base de frutos do mar, que estão nas mesas brasileiras, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Aos pratos típicos da comida italiana e espanhola, somaram-se os quibes, as coalhadas e as esfirras dos sírios, árabes e libaneses; as salsichas e o joelho de porco dos alemães; o suquiáqui, os suchí e os sachimí dos japoneses; o frango xadrez, as massas e os pastéis dos chineses; os hambúrgueres e a batata frita dos norte-americanos; as tortilhas mexicanas, as saltenhas argentinas e bolivianas; além dos pratos de origem judaica, grega, francesa e de outros povos.

Nosso país tornou-se um dos grandes centros da gastronomia mundial, onde é possível encontrar uma infinidade de sabores. Mas, apesar dessa presença da culinária internacional, nosso prato de cada dia continua na mesa dos brasileiros: feijão com arroz, bife, ovo frito, couve e a salada de alface com tomate, às vezes com alguma variação. Aliás, uma combinação excelente de carboidratos, proteínas, vitaminas, gorduras e sais minerais.

Embora os supermercados ofereçam alimentos do mundo inteiro, cada família procura manter seus hábitos alimentares, de acordo com as tradições passadas de geração a geração.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 22-29. (Coleção Desafios).

Respostas e comentários

Sugestão

Neste momento, propomos usar estratégias diversas para estimular o desenvolvimento da compreen­são leitora dos estudantes: tratar a leitura como situação efetiva de interlocução entre leitor e texto, retomar elementos do contexto de produção, propor estratégias de previsão de leitura, levantar hipóteses sobre o assunto abordado no texto, estabelecer relações entre suas diferentes partes, entre outras. Propor-lhes que discutam conceitos relacionados com o período da escravização indígena e africana, abordados na página, expressos em palavras como mamelucos e tráfico negreiro, por exemplo.

Outra possibilidade de trabalho com interações em aula é a de retomar o contexto de produção do texto lido, o campo das práticas de estudo e pesquisa. Com base nesse conceito, é possível formular questões sobre quem escreve, para que escreve, para quem escreve, com que objetivos, ou seja, discutir as finalidades da atividade de leitura de texto. Com o professor de História, problematizem alguns dos termos encontrados no texto, como a conotação da palavra escravos no lugar de escravizados.

Orientação

Promova com a turma uma leitura das imagens apresentadas na página anterior, bem como um diálogo sobre o legado cultural que nos foi deixado por diferentes povos africanos. Procure evidenciar não somente as fórmas de alimentação que herdamos, mas também o tipo de moradia que permanece similar, em habitações construídas nas periferias e em propriedades da zona rural, assim como as tradições religiosas e musicais. Você também pode explorar com os estudantes a contribuição dos imigrantes para a formação da culinária brasileira e a grande diversidade de pratos, influência desses povos, apresentada no conteúdo sob o subtítulo Outros Sabores. Mencione aos estudantes a colaboração dos imigrantes em outros campos, como o educacional, quando fundaram escolas comunitárias nas propriedades rurais para que seus filhos tivessem acesso aos estudos, pois, quando chegaram ao Brasil, viviam e trabalhavam nas fazendas e as escolas ficavam distantes, na cidade.

Sugestão

Proponha aos estudantes que pesquisem sobre o que acontece atualmente com os descendentes dos negros escravizados: segundo dados do Indicador de Alfabetismo Funcional – ináf (2018), a desigualdade é grande: a parte da população que se declara branca reúne apenas 3% dos analfabetos; já entre os autodeclarados negros, esse percentual sobe para 8%.

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

Estudo do texto

Faça as atividades no caderno.

  1. Retome as questões prévias a respeito do texto e responda oralmente:
    1. Esse texto serviria para a situação identificada por você antes da leitura? Justifique.
    2. O tema que você inferiu antes da leitura se confirmou? Justifique.
    3. Que relações podem ser estabelecidas entre as imagens e o texto?
  2. Releia o boxe que apresenta informações sobre a autora. Por que ela é uma pessoa qualificada para tratar do assunto abordado no texto?
  3. Considere o contexto de produção do texto e converse com os colegas.
    1. Com que objetivo a autora escreveu esse texto?
    2. Quem é o público que ela pretende alcançar?
  4. O sumário é importante referência para pesquisa do conteúdo de uma obra. Observe a seguir o sumário do livro Alimento é vida.
Ilustração. Exemplifica um sumário. Na parte superior, o título: Sumário. Abaixo, os itens (título e número de página) ordenados na vertical, um em cada linha, na seguinte sequência: 
Apresentação, 4
1. As fontes da vida, 6
2. Os alimentos e seus nutrientes, 10
3. Como tudo começou, 14
4. Os hábitos alimentares dos brasileiros, 22
5. Gordo ou magro? Eis a questão!, 30
6. Açúcar e sal na dose certa, 38
7. Vegetariano ou carnívoro?, 46
8. Como conservar os alimentos, 50
9. Os alimentos orgânicos e os transgênicos, 55
10. Comida também é cultura, 59
Bibliografia e Sugestões de leitura para o aluno, 64

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 3. Sumário do livro.

Saiba +

Sumário ou índice?

A norma á bê eni tê 6027 define sumário como “Enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede”; e define índice como “Lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério (ordem alfabética, ordem de assunto), que localiza e remete para as informações contidas no texto”.

a. Para que serve o sumário de uma obra?

Respostas e comentários

1. a) Resposta pessoal.

1. b) Resposta pessoal.

1. c) As três imagens que estão na página 52 ilustram comidas dos três principais povos que formaram a identidade da alimentação brasileira.

2. Porque é uma especialista na área das Ciências Biológicas. Além disso, tem experiência na área de divulgação científica.

3. a) Espera-se que os estudantes reconheçam que foi com o objetivo de expor as origens dos hábitos alimentares dos brasileiros.

3. b) Pessoas interessadas em se aprofundar no tema, que estejam pesquisando sobre a alimentação brasileira.

4. a) Para mostrar ao leitor quais são os temas tratados no livro, além de informar a localização da página de cada capítulo.

Respostas

1. a) Espera-se que os estudantes reforcem que o texto é voltado para quem pesquisa ou deseja mais conhecimento sobre o tema: os hábitos alimentares dos brasileiros.

b) O tema do texto já está expresso no título. Já os subtítulos revelam cada um dos aspectos da formação dos hábitos alimentares dos brasileiros.

Sobre Saiba+

Para aprofundar o conceito de sumário e índice, elabore com os estudantes uma atividade sobre o vídeo da bibliotecária Gabriela Pedrão (disponível em: https://oeds.link/9C0o3Z; acesso em: 18 julho 2022).

Depois dessa atividade, proponha a eles que, em grupos, manuseiem volumes de enciclopédia e identifiquem as diferentes nomenclaturas.

Faça as atividades no caderno.

  1. O livro Alimento é vida é dividido em quantos capítulos?
  2. De que modo os capítulos revelam ao leitor o tema a ser abordado?
  3. Que outro capítulo você teria interesse em ler? Por quê?
  1. Quais são as três principais heranças dos hábitos alimentares dos brasileiros, de acordo com o texto?
  2. Como você já sabe, todo texto é escrito tendo em vista o suporte em que vai circular. O texto lido foi publicado em um livro paradidático. Leia a seguir o que dois verbetes de dicionários distintos trazem sobre o termo paradidático:

Que auxilia no processo de ensino juntamente com os materiais didáticos [...].

PARADIDÁTICO. Dicionário Caldas Aulete Digital. Disponível em: https://oeds.link/ySqAI0. Acesso em: 10 abril. 2022.

Que, não sendo exatamente didático, é empregado com esse objetivo (diz-se de livro, material escolar etcétera.).

PARADIDÁTICO. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

Reúna-se com um colega, discutam essas duas definições e redijam uma própria, com as palavras de vocês, para livro paradidático.

  1. No capítulo lido, há uma citação direta, ou seja, a transcrição literal do discurso de outro autor que foi consultado para a escrita do texto. Localize-a no texto para responder às questões.
    1. A quem é atribuída a autoria dessa citação?
    2. Para destacar que se trata de um trecho de terceiro, ou seja, cuja voz não é a do autor que estava desenvolvendo o texto anteriormente, qual recurso visual foi empregado?
    3. Como a autora introduz a citação direta?
    4. Contextualize a visão do autor da citação diante da colonização brasileira. Caso a citação fosse do ponto de vista de um indígena, poderia ser diferente? Como?
  2. Além da introdução, o trecho do texto expositivo está dividido em três partes, identificadas pelos subtítulos destacados a seguir.

A herança indígena e portuguesa

A influência africana

Outros sabores

No caderno, registre as ideias principais de cada um dos três subtítulos.

Versão adaptada acessível

• Registre as ideias principais de cada um dos três subtítulos.

Respostas e comentários

4. b) Dez capítulos.

4. c) Boa parte dos títulos revela sobre o que trata cada capítulo, pois utilizam uma linguagem denotativa e direta. Por exemplo: o capítulo 1 tratará das fontes de vida; já o capítulo 10 abordará a comida de uma perspectiva cultural.

4. d) Resposta pessoal.

5. As heranças indígenas, portuguesas e africanas.

6. Resposta pessoal.

7. a) Ao escrivão Pero Vaz de Caminha.

7. b) A citação foi reproduzida com a fonte em itálico.

7. c) Ela menciona a fonte (Pero Vaz de Caminha) e antes da citação direta utiliza dois-pontos.

7. d) Espera-se que os estudantes reconheçam que o ponto de vista mudaria e, portanto, a citação provavelmente abarcaria a realidade indígena, e o diferente estaria na figura do colonizador.

Respostas

4. d) Aproveite o momento para investigar interesses de aprofundamento que os estudantes tenham sobre esse assunto.

7. c) Retome o conceito de verbos de elocução – aqueles usados para introduzir a fala. Ao retomar o contexto de enunciação do texto, a autora utiliza os verbos escreveu e conta (pois é um relato escrito, feito por Pero Vaz de Caminha).

8. A herança indígena e portuguesa: choque de hábitos alimentares entre indígenas e portugueses no período da chegada de Cabral ao Brasil. Intensa troca de alimentos e hábitos entre indígenas e portugueses durante a colonização.

A influência africana: negros escravizados trazidos ao Brasil introduzem novas fórmas de preparo de alimentos e o hábito de consumir, cultivar e criar novas espécies animais e vegetais (galinha-d’angola, coco, inhame, gengibre, melancia, quiabo).

Outros sabores: a partir do final do século dezenove, imigrantes de diversas origens trazem ao Brasil seus hábitos alimentares.

Incorporação na culinária brasileira de pratos típicos italianos, espanhóis, sírios, árabes, libaneses, alemães, japoneses, chineses, estadunidenses, mexicanos, argentinos e bolivianos, bem como judaicos, gregos e franceses.

O Brasil é um notável centro da culinária internacional, mas também mantém suas tradições.

Faça as atividades no caderno.

9. Releia este trecho:

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas se surpreenderam com as caravelas e o homem branco reticências.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013.página23. (Coleção Desafios).

a. Qual é a função da informação destacada no trecho?

Versão adaptada acessível

a. No trecho, qual é a função da informação "Quando os portugueses chegaram ao Brasil"?

b. Que ideia o verbo em destaque traz sobre o encontro de portugueses e indígenas? Há outras fórmas de descrever esse período?

Versão adaptada acessível

b. No texto, que ideia o verbo "chegar" traz sobre o encontro de portugueses e indígenas? Há outras formas de descrever esse período?

c. Sobre a organização dos parágrafos do texto, é possível concluir que foi privilegiada uma ordem temporal, de lugar ou de causa e consequência?

Ícone retomada de tópicos

Progressão textual

Você já sabe que, no momento de ler e escrever um texto, é importante ficar atento ao modo como os parágrafos estão organizados. Eles apresentam uma sequência lógica? Há conexão entre eles? As ideias estão desenvolvidas de fórma objetiva? Em cada um é introduzida uma nova informação ao leitor? Esses aspectos são importantes para verificar se o texto avança adequadamente, se há progressão textual, ou seja, como ocorre o processo de construção textual: as relações de sentido entre os parágrafos e o encadeamento de ideias.

10. Além de explicações, o texto expositivo comumente apresenta exemplificações. Observe este trecho:

Alguns negros escravos moravam em casebres. Ao redor deles criavam galinha-dangola e cultivavam vegetais trazidos da África, como coqueiros, pés de inhame e de quiabo, gengibre e melancia. Também adotaram a banana, o amendoim, a mandioca, o milho e as pimentas.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 26. (Coleção Desafios).

  1. Quais foram os vegetais trazidos da África?
  2. Que palavra foi utilizada para apresentar o início da exemplificação?
  3. Que função tem essa exemplificação no texto expositivo?

11. Releia o seguinte trecho.

Os escravos eram alimentados com farinha de milho cozida na água e laranjas. De vez em quando, ganhavam peixe ou carne-seca e restos de algum porco abatido pelo senhor do engenho, que tinha comida farta. Quando recebiam esses restos de carne, cozinhavam com feijão, e essa fórma de misturar esses ingredientes pode ter sido a origem da nossa feijoada.

Fotografia. À esquerda, um recipiente redondo e branco com feijoada; à direita, outro recipiente redondo e branco, menor, com laranja e couve picadas. Ao fundo, mais dois recipientes brancos e pequenos com alimentos.
A feijoada é um prato bastante característico do Brasil e é servido com laranjas e vegetais.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 26. (Coleção Desafios).

Respostas e comentários

10. a) Coqueiros, pés de inhame, de quiabo, gengibre e melancia.

10. b) A palavra como.

10. c) A exemplificação ajuda o leitor a compreender um dado com mais detalhes ou a concretizar algum conceito mais abstrato.

Respostas

9. a) Situar o leitor sobre a época em que ocorreu o acontecimento que será mencionado na sequência.

b) O verbo pode trazer a ideia de ausência de conflitos na situação. Outra possibilidade seria usar os verbos invadiram/colonizaram etcétera

c) Nota-se que ela escolheu expor as origens dos hábitos de alimentação brasileiros de maneira cronológica e linear.

Sobre Progressão textual

A progressão textual é um procedimento utilizado pelos enunciadores para dar sequên­cia a seus textos, orais ou escritos. Ela consiste em fazer o texto avançar apresentando informações novas sobre aquilo de que se fala, que é o tema. Um requisito para a construção do texto, conhecido por todos os falantes, é que ele tenha unidade temática (mantenha “o fio da meada”) e, ao mesmo tempo, apresente informações novas sobre o tema. Outras informações sobre o assunto você encontra no site Glossário Cea­le (disponível em: https://oeds.link/ChLtyv, acesso em: 15 março2022).

Faça as atividades no caderno.

  1. Nesse parágrafo, sabe-se que o senhor do engenho tinha comida farta. Com base nesse dado, o que é possível inferir sobre a alimentação dos negros escravizados?
  2. Ao utilizar a locução verbal pode ter sido, a autora transmite certeza ou incerteza sobre a origem da feijoada? Explique.
  1. Releia as legendas que constam das imagens no texto “Os hábitos alimentares dos brasileiros”. Depois, copie no caderno as alternativas que melhor as explicam.
    1. As legendas contradizem a informação do texto principal.
    2. As legendas trazem informações adicionais ao texto principal.
    3. As imagens ilustram alimentos mencionados no texto principal.
    4. As imagens apresentam os povos que chegaram ao Brasil no fim do século dezenove.
  2. Além de fotografias, há no texto a reprodução de uma obra de arte. É uma litogravura do pintor alemão Rugendas publicada originalmente no livro Viagem pitoresca através do Brasil. Observe a imagem no texto e leia as informações presentes no boxe Saiba+, a seguir, para responder às questões.
    1. Essa imagem se relaciona com qual parte do texto? Como ela se relaciona?
    2. Em sua opinião, por que se optou por essa imagem para ilustrar o texto?

Saiba +

Rugendas (1802‑1858)

iôrram mórritis ruguendás foi um pintor, desenhista e gravador nascido na Alemanha. Veio para o Brasil em 1821 como desenhista documentarista da Expedição Lânguisdórfi, cujo objetivo era registrar a paisagem e a sociedade brasileira. O desenhista fez viagens exploratórias por Minas Gerais e São Paulo. Pelos seus desenhos, é possível imaginar que tenha passado por Mato Grosso, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco. Também retratou a capital brasileira daquele período, o Rio de Janeiro. De volta à Europa, publicou o volume Viagem pitoresca através do Brasil, com cem litogravuras baseadas no que observou aqui.

Capa de livro. Em fundo da cor de papel envelhecido. Na parte superior, o nome do autor: João Maurício Rugendas. Centralizado, o título do livro: Viagem Pitoresca através do Brasil. Abaixo, ilustração da silhueta de dois homens transportando uma liteira, espécie de cadeira portátil suportada por duas varas laterais.
Rugendás Iôrram Morrítis[Antigamente era comum traduzir nomes próprios]. Viagem pitoresca através do Brasil. São Paulo: Livraria Martins, 1940. Folha de rosto.
Respostas e comentários

12. Alternativas corretas: b e c.

13. a) Resposta pessoal.

Respostas

11. a) É possível inferir que a alimentação dos negros escravizados era pouca e pobre em variedade. A alimentação deles se limitava a farinha de milho cozida, laranjas e sobras de carne.

b) Essa locução verbal indica uma possibilidade, não expressa a certeza da autora sobre a origem da feijoada.

13. a) A imagem ilustra a parte que trata da chegada dos negros escravizados ao Brasil e sua contribuição para os hábitos alimentares dos brasileiros. O parágrafo é: “Alguns negros escravos moravam em casebres. Ao redor deles criavam galinha-d’angola e cultivavam vegetais trazidos da África, como coqueiros, pés de inhame e de quiabo, gengibre e melancia. Também adotaram a banana, o amendoim, a mandioca, o milho e as pimentas.”.

Orientação

O tipo de texto apresentado nesta página vem carregado de exemplificações, característica do gênero expositivo.

Nesse gênero, é possível identificar a importância de orientar um saber fazer organizado de fórma lógica, característica de sua situação de produção, a de instruir, objetivo da escola. As fórmas de dizer que usamos são definidas pela situação de comunicação em que nos encontramos: quem diz, o que diz, para quem, com que finalidade, em que espaço. Na escola, a relação ensino-aprendizagem comanda as interações. A linguagem decorrente é, portanto, carregada de intenções escolares, transformando os gêneros originários de outras esferas de produção de discurso em objetos de ensino-aprendizagem.

Indicação de livro

Conheça mais sobre o gênero expositivo na obra: chinêuli bernárd; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2004.

Sobre Saiba+

O pintor alemão Rugendas produziu grande quantidade de desenhos, litografias e pinturas ao longo de sua viagem ao Brasil, no início do século dezenove. Além disso, era também escritor. Para ampliar a reflexão dos estudantes, sugira a eles que vejam obras produzidas pelo artista alemão (disponível em: https://oeds.link/8ukrSm; acesso em: 19 julho 2022).

O gênero em foco

Faça as atividades no caderno.

Texto expositivo

Você leu um texto expositivo sobre os hábitos alimentares dos brasileiros. Durante o estudo do texto, pôde compreender como ocorre a construção de um texto expositivo.

Textos expositivos são comumente utilizados no contexto escolar ou acadêmico, sendo fundamentais para os estudantes em formação. Ao longo de sua vida escolar, você provavelmente já leu muitos deles.

Ícone pontos de atenção e noções complementares>

Textos expositivos: didáticos e paradidáticos

Alguns dos livros que trazem textos expositivos podem ser classificados em didáticos e paradidáticos. A obra que você está lendo neste momento é didática, tipo que se destina ao cotidiano escolar e costuma abordar os conteúdos de determinada disciplina para um ano específico da formação. Já as obras paradidáticas têm como propósito aprofundar ou complementar um tópico escolar, geralmente, por meio de uma abordagem interdisciplinar, tal como o texto “Os hábitos alimentares dos brasileiros”, que expõe o assunto alimentação, relacionando conteúdos ligados às disciplinas de História, Geografia e Ciências.

Fotografia. Vista de cima, uma jovem sentada no chão, com as pernas cruzadas, vestindo camiseta, short e tênis. Ela está com as mãos sobre um livro aberto, que está apoiado nas suas pernas. Sua cabeça está voltada para baixo, na direção do livro. Do lado esquerdo, estantes com livros.
Estudante em biblioteca na escola.

A linguagem do texto expositivo precisa ser compreensível e objetiva, possibilitando que o leitor identifique sem dificuldade o tema central; por isso, a escolha do vocabulário deve levar em consideração o perfil desse leitor – idade, conhecimentos prévios, grupo social em que circula.

Caso o livro Alimento é vida, de Rosicler Martins Rodrigues, se destinasse a um público infantil, alguns termos seriam substituídos por outros. E se fosse para o Ensino Médio, não só a linguagem mudaria, como também o grau de aprofundamento no tema.

A essa altura você já deve ter percebido que os objetivos centrais de textos expositivos são explicar e aprofundar um tema. Por isso, é muito comum haver repetições de termos, de modo a mostrar para o leitor que o texto se organiza em torno de ­determinado assunto, garantindo assim a manutenção temática.

Além da repetição de termos, um recurso bastante utilizado em textos expositivos é a repetição de um conceito registrado de maneira diferente.

Mais um recurso linguístico recorrente nos textos expositivos é o aposto, termo ou expressão que tem a função de explicar ou especificar o termo anterior. Costuma aparecer separado dos demais termos por vírgula, dois-pontos ou travessão.

Os textos expositivos comumente são divididos em partes – capítulos ou subtítulos – para organizar a abordagem dos diferentes aspectos do tema, os subtemas.

De que modo a manutenção temática aparece no texto expositivo lido?

Na atividade 4 da subseção Estudo do texto você teve a oportunidade de ver o sumário do livro Alimento é vida, em que a divisão dos capítulos possibilita que o leitor tenha uma prévia dos conteúdos abordados. Já no capítulo lido, os subtítulos fornecem pistas sobre os subtemas ou aspectos explorados.

Respostas e comentários

Sobre Texto expositivo

Para Chinêuli e Dolz, pesquisadores da Universidade de Genebra que classificam os gêneros textuais segundo as capacidades de linguagem dos indivíduos, elas podem ser agrupadas em “mundos discursivos”: relatar, narrar, argumentar, expor e instruir. Para esses autores, o agrupamento expor é definido como o mundo discursivo em que ocorrem “Transmissão e construção de saberes”. Nesse campo, estão reunidos os gêneros científicos e de divulgação científica, e os didáticos constituídos para o ensino das diversas áreas de conhecimento. Esse agrupamento inclui os artigos científicos, os relatos de experiências científicas, as conferências, os seminários, textos explicativos dos livros didáticos, os verbetes de enciclopédia e afins. A produção desses gêneros sempre envolve a necessidade de divulgar um conhecimento resultante de pesquisa científica. Assim, os textos didáticos são sempre expositivos.

Nos textos expositivos didáticos e paradidáticos, os pesquisadores compreendem que na situação escolar o gênero é, ao mesmo tempo, instrumento de comunicação e objeto de ensino-aprendizagem.

Orientação

O tema é mantido no texto por meio de repetições como ou seja, quer dizer, outras palavras, para oferecer explicações sobre os conceitos.

Em relação à organização dos parágrafos, ela deve seguir uma sequência lógica para que o leitor acompanhe o desenvolvimento do tema e o texto avance; é o que chamamos de progressão textual. No texto estudado, observamos que muitos parágrafos são introduzidos com expressões que situam temporalmente o leitor sobre o que está sendo explicado. Em outras palavras, o texto avança à medida que responde quando os fatos expostos ocorreram e o tempo vai transcorrendo.

Há outras estratégias empregadas na construção dos textos expositivos. O texto a seguir, publicado em um livro paradidático da área de Matemática, apresenta explicações sobre circunferências. Leia-o.

Circunferências imaginárias

Para localizar um ponto na superfície da Terra, seria interessante que o globo terrestre fosse dividido em regiões. Essa ideia nasceu na Grécia há mais de 2000 anos. Os gregos imaginaram a superfície da Terra dividida em regiões por meio de circunferências traçadas em sua superfície, tanto no sentido de um polo até o outro quanto situadas em planos paralelos ao Equador.

Os meridianos são circunferências de raio igual ao da Terra, que se cruzam no polo norte e no polo sul. A terra cortada por meridianos lembra a imagem de uma laranja descascada: os gomos são delimitados por meridianos.

Mapa. Meridianos. Globo terrestre destacando as linhas verticais. Na parte inferior direita, apresentação da rosa dos ventos e da escala de 0 a 1280. Fotografia. Uma mexerica sem casca. Mapa. Paralelos. Globo terrestre destacando as linhas em paralelos na horizontal, indicando o polo Norte, o Equador e o polo Sul. Na parte inferior direita, apresentação da rosa dos ventos e da escala de 0 a 1280.
Os meridianos lembram uma laranja descascada. / Paralelos.

Os paralelos são circunferências cujos raios são menores quando estamos próximos dos polos e aumentam à medida que nos aproximamos do Equador. A Terra cortada pelos paralelos lembra a imagem de uma laranja cortada em rodelas: o tampo da laranja lembra um pequeno paralelo; a laranja cortada ao meio, perpendicularmente aos gomos, sugere o Equador.

MACHADO, Nilson José. Medindo comprimentos. São Paulo: Scipione, 2010. página 28-29. (Coleção Vivendo a Matemática).

Tanto nesse texto de Nilson José Machado quanto no texto lido anteriormente, de Rosicler Martins Rodrigues, é possível perceber intenções dos autores em explicar os conceitos por meio de estratégias que conduzam o leitor a construir ideias e imagens sobre o objeto. Leia a seguir exemplos dessas estratégias, presentes nos textos lidos nesta Unidade.

Respostas e comentários

Orientação

A página trata de recursos linguísticos que podem ser utilizados na produção de textos expositivos.

Comente com a turma que a divisão em partes é usualmente utilizada para a organização do gênero textual expositivo, favorecendo o entendimento de suas particularidades: divisão em capítulos, subtítulos e subtemas. Em seguida, trata de conceitos já ­conhecidos dos estudantes, como a organização em parágrafos, a sequência lógica e a progressão textual.

Sugestão

Se julgar conveniente, desenvolva com os estudantes uma atividade relacionada ao tema “Alimentação” que requeira a organização e apresentação de pesquisas (exposição de gêneros textuais orais), como seminários e palestras apoiados por cartazes e resumos elaborados em gêneros digitais. Se possível, peça aos estudantes que levem livros paradidáticos da biblioteca para a sala de aula a fim de analisarem o sumário e a divisão de capítulos.

Para explicar os paralelos, Nilson José Machado compara-os a laranjas cortadas em rodelas:

Comparação

É muito utilizada para apresentar conceitos abstratos. Comparar algo abstrato a algo do cotidiano aproxima o leitor do conceito.

reticências o tampo da laranja lembra um pequeno paralelo; a laranja cortada ao meio, perpendicularmente aos gomos, sugere o Equador.

MACHADO, Nilson José. Medindo comprimentos. São Paulo: Scipione, 2010. página 28. (Coleção Vivendo a Matemática).

Rosicler Martins Rodrigues utiliza o contraste no último parágrafo do texto:

Contraste

É usado para expor alguma informação ou explicar um conceito.

Embora os supermercados ofereçam alimentos do mundo inteiro, cada família procura manter seus hábitos alimentares, de acordo com as tradições passadas de geração a geração.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 29. (Coleção Desafios).

Nilson José Machado define o que é meridiano:

Definição

É uma estratégia fundamental no texto expositivo para deixar evidente o que está sendo abordado.

Os meridianos são circunferências de raio igual ao da Terra, que se cruzam no polo norte e no polo sul.

MACHADO, Nilson José. Medindo comprimentos. São Paulo: Scipione, 2010. página 28. (Coleção Vivendo a Matemática).

Muitas vezes, as legendas são descritivas.

Descrição

É muito empregada quando é preciso apresentar todos os aspectos (as características) de algo que está em foco no texto.

Em uma das legendas no texto de Rosicler Martins Rodrigues, por exemplo, lemos:

[banana] É um alimento rico em potássio e carboidratos.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 24. (Coleção Desafios).

No texto de Rosicler Martins Rodrigues, a enumeração é bastante empregada:

Enumeração

É útil para apresentar em sequência uma lista de elementos.

Os portugueses também trouxeram galinhas, porcos, cabras, carneiros, ovelhas, touros e vacas, e as terras ao redor das vilas e os quintais das casas foram sendo ocupados por hortas e pomares, galinheiros, chiqueiros e estábulos. Trouxeram também bacalhau, azeite, sardinha, azeitona, sal, vinho, vinagre e trigo.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 25. (Coleção Desafios).

O texto expositivo também pode apresentar imagens que ampliam a compreensão de um conceito, como nos textos de Nilson José Machado e Rosicler Martins Rodrigues.

Respostas e comentários

Orientação

A organização esquemática das estratégias utilizadas nos gêneros textuais expositivos favorece a compreensão leitora.

Sugestão

Propomos desenvolver atividades de aprofundamento sobre fórmas de organização dos gêneros textuais expositivos, relacionando o conceito ao texto do paradidático. Utilize estratégias que propiciem aos estudantes o desenvolvimento de textos expositivos. Peça-lhes que reflitam sobre os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguísticas características do gênero texto expositivo, de fórma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos desses gêneros.

Conhecimentos linguísticos e gramaticais 1

Faça as atividades no caderno.

Progressão textual

Ao analisar o texto “Os hábitos alimentares dos brasileiros”, você reviu que um texto expositivo deve apresentar progressão textual. Progressão significa desenvolvimento, avanço. Dizemos que o texto deve progredir e introduzir sempre uma informação nova para avançar à medida que é desenvolvido. E essas informações devem relacionar-se, ou seja, deve haver conexão entre as frases e os parágrafos que compõem o texto.

1. Vamos reler um trecho desse texto e observar as palavras e expressões que realizam conexões entre orações e ideias, também chamadas elementos de coesão.

Durante os anos de colonização, os portugueses aprenderam a comer abóbora, mandioca, batata, tomate e outros produtos da nova terra. Mas também cultivavam as plantas que estavam acostumados a comer, como cebola, alho, salsa e hortelã, louro, alface, berinjela e chicória.

Os indígenas, por sua vez, aprenderam a saborear a uva, o melão, a laranja, frutas que nunca tinham visto.

Os portugueses também trouxeram galinhas, porcos, cabras, carneiros, ovelhas, touros e vacas, e as terras ao redor das vilas e os quintais das casas foram sendo ocupados por hortas e pomares, galinheiros, chiqueiros e estábulos. Trouxeram também bacalhau, azeite, sardinha, azeitona, sal, vinho, vinagre e trigo.

Assim, mais tarde, os hábitos alimentares dos portugueses e dos indígenas foram para a mesa.

Ilustração. Animais em um gramado verde. Na parte inferior, um porco cor-de-rosa na lama. Atrás, um cercado, um bode bege, duas galinhas, uma marrom e uma branca, e uma horta. No fundo, uma árvore frutífera, duas casas pequenas rosadas e duas palmeiras. Céu azul.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 25. (Coleção Desafios).

Escreva no caderno a nova informação que cada uma das expressões destacadas introduz.

Versão adaptada acessível

Escreva a nova informação que cada uma das expressões usadas no trecho introduz.

No primeiro parágrafo: Mas também

No segundo parágrafo: por sua vez

No terceiro parágrafo: também

No quarto parágrafo: Assim, mais tarde

Como podemos observar, os elementos de coesão destacados no texto não só encadearam as informações, como também contribuíram para a progressão do tema, evitando que o texto se tornasse circular, repetitivo.

2. Utilize outros elementos de coesão, articulando-os sempre à oração a seguir. Se necessário, faça adequações quanto a pontuação, maiúsculas e minúsculas etcétera.

Minha alimentação não foi adequada.

mas...  porque...  por outro lado...  nem...  quando...  portanto...

Respostas e comentários

Sobre Progressão textual

O conceito de progressão textual, ou progressão temática, como apontam os estudos de Linguística Textual, está relacionado aos de unidade, coerência e coesão textuais. O texto deve progredir com coerência e coesão para que sua unidade seja garantida. A progressão textual está relacionada à ideia de informatividade, em um processo crescente de novas informações.

Respostas

1. Mas também: cultivam plantas que costumavam comer; por sua vez: aprenderam a saborear frutas que não conheciam; também: trouxeram animais e alimentos desconhecidos pelos indígenas; assim, mais tarde: os hábitos alimentares de ambos foram depois adotados.

2. Possibilidade: Minha alimentação não foi adequada porque estive viajando. Por outro lado, conheci alimentos diferentes. Mas, quando voltei, fiquei atento aos nutrientes que estou ingerindo.

Habilidades trabalhadas nesta seção e em sua subseção (Questões da língua)

(ê éfe seis nove éle pê quatro três) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto – citação literal e sua formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos outros autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte, penso/amos que”...) e os elementos de normatização (tais como as regras de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de referências bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos.

(ê éfe seis nove éle pê três um) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, “isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.

(ê éfe seis nove éle pê cinco cinco) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.

(ê éfe seis nove éle pê cinco seis) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.

(ê éfe oito nove éle pê dois nove) Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas (“que, cujo, onde”, pronomes do caso reto e oblíquos, pronomes demonstrativos, nomes correferentes etcétera), catáforas (remetendo para adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores textuais, de coesivos etcétera, e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos de divulgação do conhecimento.

(ê éfe zero oito éle pê zero quatro) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordâncias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação etcétera

(ê éfe zero oito éle pê zero sete) Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria, complementos diretos e indiretos de verbos transitivos, apropriando-se da regência de verbos de uso frequente.

Faça as atividades no caderno.

Adjunto adnominal: por que o substantivo pode vir bem acompanhado?

1. Releia o trecho retirado do texto “Os hábitos alimentares dos brasileiros” e observe os substantivos destacados.

No fim do século dezenove, quando as plantações de café começaram a cobrir o solo dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, teve início a imigração italiana para o Brasil.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 28. (Coleção Desafios).

Compare o trecho do quadro anterior com este outro:

No fim do século dezenove, quando as plantações começaram a cobrir o solo, teve início a imigração para o Brasil.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 28. (Coleção Desafios). Adaptado.

a. Por se tratar de um texto expositivo de livro paradidático, cujo objetivo é transmitir informações mais específicas sobre a temática dentro de uma área de conhecimento, as palavras e expressões destacadas poderiam ou não ser dispensadas? Justifique sua resposta.

Versão adaptada acessível

a. Por se tratar de um texto expositivo de livro paradidático, cujo objetivo é transmitir informações mais específicas sobre a temática dentro de uma área de conhecimento, as palavras e expressões usadas no texto, "plantações", "solo" e "imigração", poderiam ou não ser dispensadas? Justifique sua resposta.

  1. Com base no texto, que informações cada uma delas acrescenta?

2. Releia mais um trecho.

Os italianos vieram para substituir os negros, agora libertos, na lavoura de café, e, pouco depois, vieram os espanhóis. Esses imigrantes trouxeram seus hábitos alimentares, como as massas italianas e os cozidos espanhóis à base de frutos do mar, que estão nas mesas brasileiras, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Ilustração. Na parte inferior, centralizada, uma mulher usando chapéu, camisa e saia. Ela está segurando uma enxada. Atrás, um homem usando chapéu, blusa de manga longa e calça está segurando uma peneira com as mãos. Ao fundo, diversas fileiras de uma plantação. No horizonte, o Sol.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página. 28. (Coleção Desafios).

  1. O pronome esses estabelece uma relação com a frase anterior: a que imigrantes ele se refere?
  2. O pronome possessivo seus especifica de quem são os hábitos alimentares: a quem ele se refere?
  3. O artigo definido os, na primeira frase, e o artigo as, na segunda, determinam que substantivos?

As palavras e expressões que acompanham os substantivos são chamadas adjuntos adnominais. Observe que a palavra adnominal significa junto (ad-) ao nome (nominal), no caso, junto ao substantivo.

Vimos, nos exemplos analisados, que adjetivos ou locuções adjetivas (italiana, de café), pronomes (esses, seus) e artigos (os, as) exercem a função sintática de adjuntos adnominais.

Respostas e comentários

1. a) Não, pois faltariam informações importantes para se entender o fenômeno da imigração italiana.

2. a) Refere-se aos italianos e espanhóis.

2. c) Os determina italianos, negros e espanhóis. As determina massas, mesas e regiões.

Sobre adjunto adnominal

Embora o adjunto adnominal seja um termo acessório na oração, em um texto expositivo, a informação precisa e detalhada pode ser fornecida por esse termo. Ao acrescentarmos adjuntos adnominais, determinamos (artigo, numeral, pronome) ou caracterizamos (adjetivo e locução adjetiva) os substantivos a eles relacionados. É importante explicar aos estudantes que adjunto adnominal é função sintática das seguintes classes de palavras: adjetivos e locuções adjetivas, artigos, numerais e pronomes adjetivos.

Respostas

1. b) A expressão “de café” especifica o tipo de plantação; “dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo” especifica a região do solo; e a palavra “italiana” especifica a nacionalidade da imigração.

As expressões “de café” e “dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo”: locuções adjetivas; “italiana”: adjetivo.

2. b) Aos hábitos alimentares de italianos e espanhóis.

Sugestão

Explique aos estudantes que é muito comum as manchetes de notícias apresentarem substantivos desacompanhados de adjuntos adnominais, porque é preciso dizer apenas o essencial, por falta de espaço. Geralmente, as informações adicionais em fórma de adjunto adnominal são apresentadas somente no corpo da notícia.

Faça as atividades no caderno.

Observe esta síntese:

Esquema. Composto por caixas de texto e setas. Da palavra Substantivo saem quatro setas que a conectam às seguintes caixas de texto, da esquerda para a direita:  Artigo. Adjetivo e locução adjetiva. Pronome: Adjuntos adnominais. Núcleo do sujeito ou do complemento verbal.
Ícone pontos de atenção e noções complementares>

Classes de palavras e função sintática

Quando estudamos as classes gramaticais, fazemos análise morfológica, isto é, identificamos as classes a que pertencem as palavras. As classes gramaticais são: substantivo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

É preciso pensar, porém, que uma palavra de determinada classe gramatical pode ter funções sintáticas diferentes, dependendo do contexto em que está sendo utilizada. Por exemplo, o substantivo pode ser núcleo do sujeito em um contexto e núcleo do objeto direto em outro:

Os imigrantes japoneses chegaram ao Brasil no século vinte.

Esquema.
• Os imigrantes japoneses chegaram ao Brasil no século XX.
imigrantes: substantivo com função de núcleo do sujeito
• Encontramos muitos imigrantes japoneses em São Paulo.
imigrantes: substantivo com função de núcleo do objeto direto

Em um texto expositivo de livro paradidático, o adjunto adnominal exerce função importante: ao modificar o substantivo, determinando-o, especificando-o, qualificando-o, torna o texto mais compreensível e preciso, garantindo o conteúdo informativo e o objetivo que se tem.

Definição e descrição: vocabulário preciso

1. Quando escolhemos o termo mais exato para o que pretendemos informar, estamos buscando a precisão do vocabulário. Observe a precisão do vocabulário utilizado no trecho que segue.

Os meridianos são circunferências de raio igual ao da Terra, que se cruzam no polo norte e no polo sul. A Terra cortada por meridianos lembra a imagem de uma laranja descascada: os gomos são delimitados por meridianos.

MACHADO, Nilson José. Medindo comprimentos. São Paulo: Scipione, 2010. página 28. (Coleção Vivendo a Matemática).

A palavra que define exatamente um meridiano é circunferência, que, por sua vez, é descrita como de raio igual ao da Terra. Desse modo, temos a exata noção do que são essas linhas imaginárias.

Suponha que você esteja escrevendo um livro paradidático de Matemática para ser publicado. Como você definiria com precisão o raio de uma circunferência?

Respostas e comentários

Sobre classes de palavras e função sintática

O adjunto adnominal pode aparecer tanto no sujeito quanto no predicado, basta ter um substantivo em um desses sintagmas para haver a possibilidade de ele vir acompanhado de adjunto.

Sobre definição e descrição

A precisão vocabular, exigência do gênero texto expositivo, é apresentada no trecho do texto Medindo comprimentos. Enquanto a definição apresenta o que é um conceito, objeto, alimento etcétera, a descrição apresenta suas características. O exemplo do texto combina definição e descrição, assim como qualquer verbete de dicionário. Por isso, um bom exercício para praticar concisão e precisão vocabular é a redação de verbete de dicionário.

Resposta

1. Segmento de reta que liga o centro de um círculo a um ponto qualquer desse círculo.

Outros exercícios de definição podem ser sugeridos: nomes de objetos variados, como termômetro (instrumento que...), chave de fenda (ferramenta...) etcétera

Sugestão para definição e descrição

Proponha aos estudantes que reflitam sobre os conceitos de definição e descrição com base no trecho de Gandavo. Você pode solicitar-lhes que formem grupos, leiam o texto descritivo, reflitam sobre o conceito de descrição e levantem hipóteses sobre o que o distingue do conceito de definição. Ao final da atividade, peça-lhes que escrevam uma definição e uma descrição de um mesmo objeto.

Faça as atividades no caderno.

2. Leia uma descrição feita por Pero de Magalhães Gandavo, um cronista e historiador português. O * foi utilizado para não identificar a fruta.

Também há uma fruta que lhe chamam *: há na terra muita abundância delas: parecem-se na feição com pepinos, nascem numas árvores muito tenras e não são muito altas, nem têm ramos senão folhas muito compridas e largas.

GANDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da Terra do Brasil. História da Província Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil. Brasília, Distrito Federal: Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal, 2008. página 109.

  1. Identifique a comparação que foi feita com um fruto conhecido pelos portugueses. Por que esse fruto foi escolhido?
  2. Que fruta o cronista descreve? Você considera uma boa descrição da fruta?

3. Descreva um coqueiro a uma pessoa que conhece o coco, mas não sua árvore. Vale pesquisar.

Paráfrase

Para adequar a linguagem de seu texto ao público-alvo, o autor pode usar um recurso que chamamos de paráfrase. Trata-se de transmitir o texto original substituindo palavras e recriando frases e estilo com o objetivo de expressar a ideia de um autor, em linguagem de fácil compreensão, sem alterar as informações.

4. Releia essa passagem do texto Os hábitos alimentares dos brasileiros.

Não comem senão raízes e sementes e frutos que a Terra e as árvores de si lançam.

E com isto andam tais e tão rijos, que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes que comemos.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 24. (Coleção Desafios).

Ela poderia ter optado por parafrasear esse texto e, nesse caso, teríamos algo do tipo:

Os indígenas se alimentavam apenas de raízes, sementes e frutos e eram mais robustos que os portugueses, que se alimentavam de trigo e legumes.

  1. Que efeito tem a publicação do texto original de Pero Vaz de Caminha citado no texto de Rosicler Martins Rodrigues? O que mudou entre os trechos?
  2. Retome o texto de Pero de Magalhães Gandavo, na atividade 2, e faça uma paráfrase para publicar em seu livro paradidático de História. Siga a ordem das informações do texto original e recrie-o com suas palavras. Faça as adaptações que achar necessárias para tornar o texto mais acessível.
Respostas e comentários

2. a) Compara-se a fruta com pepino pelo formato.

2. b) A banana. Resposta pessoal.

4. a) O efeito de garantir autenticidade ao texto e demonstrar a importância histórica do documento. Entre as mudanças estão o vocabulário e o tempo verbal.

4. b) Resposta pessoal.

Sugestão

Peça aos estudantes que elaborem uma paráfrase de algum texto escolhido por eles. Comente que, antes de ser uma simulação de um texto escrito por outros, pode tornar-se um diálogo entre textos. Nesse caso, é preciso considerar que todos os textos – inclusive as paráfrases – são sempre plenos de dialogismo, de hipertextualidade.

Resposta

3. Entre a descrição, podem aparecer as características da árvore, região de cultivo etcétera

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. A progressão do tema pode estar presente em um texto visual. A seguir, você vai ler a reprodução de uma obra do holandês M. C.écher, chamada Metamorfose dois, de 1939-1940. A palavra metamorfose, de acordo com o dicionário Houaiss, significa mudança completa de fórma, natureza ou estrutura; transformação. A leitura desse painel se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo.

Xilogravura. Painel composto de quatro faixas horizontais com imagens que se conectam entre si. Da esquerda para a direita e de cima para baixo: na primeira faixa, a palavra: METAMORPHOSE; ela se repete várias vezes, cruzando-se em retângulos que vão se transformando em um quadriculado em preto e branco, como um tabuleiro de xadrez, o qual se transforma progressivamente em uma superfície de répteis.
Xilogravura. Painel composto de quatro faixas horizontais com imagens que se conectam entre si. Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Na segunda faixa, uma colmeia vai se transformando em abelhas, borboletas e pássaros, sucessivamente, todos seguindo na mesma direção. Do lado contrário, peixes podem ser vistos.
Xilogravura. Painel composto de quatro faixas horizontais com imagens que se conectam entre si. Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Na terceira faixa, pássaros voando vão se transformando em um desenho tridimensional de blocos, que se transformam em uma cidade costeira.
Xilogravura. Painel composto de quatro faixas horizontais com imagens que se conectam entre si. Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Na quarta faixa, um jogo de xadrez se transforma em um quadriculado em preto e branco, do qual se formam novamente retângulos com a palavra METAMORPHOSE.
éscher mauríts cornélis. Metamorfose dois. (1939-1940). Xilogravura, 19 por 389 centímetros. Galeria Nacional de Arte, uóshinton, Estados Unidos.
  1. Depois de analisar o painel, explique como a progressão ocorre nessa sequência.
  2. Como podemos perceber a conexão entre as imagens?

2. Releia este trecho do texto “Os hábitos alimentares dos brasileiros”.

Aos pratos típicos da comida italiana e espanhola, somaram-se os quibes, as coalhadas e as esfihas dos sírios, árabes e libaneses; as salsichas e o joelho de porcos dos alemães; o suquiáqui, os suchí e os sachimí dos japoneses; o frango xadrez, as massas e os pastéis dos chineses; os hambúrgueres e a batata frita dos norte-americanos; as tortilhas mexicanas, as saltenhas argentinas e bolivianas; reticências.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 28-29. (Coleção Desafios).

  1. Por que a autora usou a expressão dos sírios, árabes e libaneses depois de enumerar os pratos típicos?
  2. A expressão destacada no texto é um adjunto adnominal, representado por uma locução adjetiva, que esclarece e especifica a origem dos pratos. Escreva no caderno os outros adjuntos adnominais encontrados no final do trecho.
Versão adaptada acessível

b. A expressão "dos sírios, árabes e libaneses", empregada no texto, é um adjunto adnominal, representado por uma locução adjetiva, que esclarece e especifica a origem dos pratos. Registre os outros adjuntos adnominais encontrados no final do trecho.

Respostas e comentários

1. b) As transformações se fazem pouco a pouco, mesclando fórmas da imagem anterior com as da imagem seguinte.

Respostas

1. a) A imagem começa com a palavra metamórfose (em grego, correspodendo a “metamorfose”, título da obra) em retângulos pretos que vão formar um quadriculado como de tabuleiro de xadrez, que se transforma sucessivamente em uma superfície de répteis, em uma colmeia, em insetos, peixes, pássaros e em um desenho tridimensional de blocos. Esses blocos se transformam em uma cidade costeira ligada por uma ponte a uma torre, onde se fórma novo quadriculado e se veem outras peças do jogo de xadrez, do qual se formam novamente retângulos com a palavra metamórfose.

2. a) Para esclarecer e especificar a origem dos pratos típicos citados.

b) As locuções adjetivas: dos alemães; dos japoneses; dos chineses; dos estadunidenses; e os adjetivos: mexicanas; argentinas; e bolivianas.

Orientação

Nessa atividade sobre progressão, optou-se por um exemplo visual, da obra de Mauríts Cornélis Éscher, artista gráfico holandês do século vinte, conhecido por suas técnicas de xilogravura (relevos em madeira) e litografia (desenhos em pedras) com imagens supreendentes e enigmáticas. Oriente os estudantes a observar a progressão que ocorre sob o tema da metamorfose, em que fórmas geométricas, animais e objetos vão surgindo a partir da imagem precedente. A coesão entre seus elementos garante a continuidade e a unidade do texto imagético.

Faça as atividades no caderno.

3. Em uma receita culinária, observamos a importância da presença dos adjuntos adnominais para que a orientação seja precisa. Na receita a seguir, foram retirados quase todos os adjuntos adnominais.

Muffin de banana

Ingredientes

Ovo: 2 unidades

Iogurte: 1 copo

Manteiga: 100 gramas

Bananas: 3 unidades

Farinha: 2 xícaras

Fermento: 1 colher

Margarina: suficiente para untar

Forminhas: 10 unidades

Modo de preparo

Peça a um adulto que preaqueça o forno a 200 grauscélsius.

Pique a banana em cubinhos.

Misture bem os ingredientes e coloque massa nas forminhas com ajuda de colher.

Coloque as forminhas dentro de uma assadeira e peça a um adulto que leve para assar por aproximadamente 30 minutos ou até que os bolinhos fiquem dourados.

Ilustração. Uma mesa. Sobre ela: dois ovos, um pote de margarina, três bananas, forminhas coloridas de bolo, um tablete de manteiga sobre um prato, um saco de farinha, uma xícara, um copo com líquido branco, uma colher e uma espátula.

PETTY, Maria Luiza. Lugar de criança é na cozinha. São Paulo: Editora jóta bê cê, 2014. página. 43 [Adaptado].

nanicas

natural

de trigo

em pó

de sopa

sem sal

de papel para muffin

ou empada

a, uma, grande, todos

  1. No caderno, escreva o texto, acrescentando os adjuntos colocados nos quadros. Para os ingredientes, utilize os do primeiro quadro e para o modo de preparo, os do segundo. Faça escolhas adequadas para que seu texto tenha sentido.
  2. Que informações retiradas do texto original poderiam comprometer a receita se não fossem consideradas?
  3. Releia o trecho a seguir e responda por que foi utilizado um artigo definido diante de forminhas e um artigo indefinido diante de assadeira.

Coloque as forminhas dentro de uma assadeira reticências.

PETTY, Maria Luiza. Lugar de criança é na cozinha. São Paulo: jóta bê cê, 2014. página 43.

Respostas e comentários

3. a) Iogurte natural; manteiga sem sal; bananas nanicas; farinha de trigo; fermento em pó: 1 colher de sopa; forminhas de papel para muffin ou empada; todos os ingredientes; a massa; ajuda de uma colher; assadeira grande.

3. b) A retirada do adjunto adnominal grande (adjetivo) pode comprometer a receita, visto que, se for usada uma assadeira pequena, a massa pode transbordar e inviabilizar o cozimento adequado.

3. c) A palavra forminhas já foi citada na lista dos ingredientes, o que não ocorreu com a palavra assadeira.

Sugestão

Peça aos estudantes que leiam a receita culinária antes de fazer o exercício. Pergunte a eles se é possível executá-la com as informações dadas e o que falta para que a receita seja bem-sucedida.

Proponha uma atividade em parceria com os professores dos componentes Educação Física e Ciências que aborde a importância do esporte para a saúde, explorando também a questão socioemocional do autocuidado.

Leitura 2

Contexto

Você vai ler dois textos sobre uma modalidade olímpica chamada vela. Esse esporte é o que mais trouxe medalhas de ouro para o Brasil em Olimpíadas, incluindo na competição de 2021, em Tóquio. O primeiro texto é um capítulo do livro Fique por dentro: esportes olímpicos, escrito por Benê Turco com o objetivo de ser uma fonte de pesquisa sobre 32 práticas esportivas para os interessados no assunto. Já o segundo texto foi extraído do livro O que é vela, de Silvia Vieira e Armando Freitas, que trata da história, das regras e de curiosidades sobre essa modalidade esportiva.

Benê Turco

AUTORIA

Nasceu em Pindorama, no estado de São Paulo, em 1976. É jornalista com passagens por vários órgãos de imprensa, como os jornais Diário Popular, Folha de São Paulo, Jornal da Tarde e A Gazeta Esportiva, sempre na editoria de esportes. Também já foi comentarista de atletismo na televisão.

Antes de ler

Observe o título dos textos e as imagens. Então, converse com os colegas a respeito das seguintes questões, tomando notas no caderno.

  • O que você sabe sobre a modalidade esportiva conhecida como vela?
  • O que você gostaria de saber sobre esse esporte?
  • Qual é a importância de ler dois textos sobre o mesmo assunto?

Texto 1

Vela

Na linha de frente

1º Os barcos a vela ajudaram a impulsionar a história humana. Primeiro, facilitando o transporte de mercadorias, pessoas e ideias, pelos rios e mares do mundo. Depois, estiveram na vanguarda dos grandes descobrimentos. Foi a bordo de caravelas que Cristóvão Colombo descobriu o continente americano e que, depois, Pedro Álvares Cabral aportou no Brasil.

2º As competições com esse tipo de embarcação surgiram no século dezessete, na Holanda, onde o barco era chamado de iate. Foi lá que o exilado rei chárlis segundo, da Inglaterra, se encantou com o esporte. Quanto retomou o poder, além de punir os inimigos, promoveu uma regata no rio Tâmisa, em Londres, que teve a participação também de barcos do duque de York.

Fotografia. Retrato de duas atletas lado a lado. À esquerda, uma mulher com cabelos longos ondulados, usando uniforme do Brasil e medalha no pescoço. Ela está com o braço direito esticado para cima, segurando um buquê de flores. À direita, uma mulher com cabelos presos para trás, usando uniforme do Brasil e medalha no pescoço. Ela está com o braço esquerdo semiflexionado para cima, segurando um buquê de flores. Elas estão sorrindo.
Martine Grael (filha de Torben Grael) e sua parceira na vela, Kahena Kunze, conquistaram o ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, e em Tóquio, em 2021.
Respostas e comentários

Sobre Antes de ler

A primeira questão levanta os conhecimentos prévios dos estudantes a respeito do tema dos textos (os barcos). Para solé (1998), a etapa que antecede a leitura é importante para que o leitor se situe e possa assumir papel ativo no processo da leitura.

Habilidades trabalhadas nesta seção e em sua subseção (Estudo do texto)

(ê éfe seis nove éle pê dois nove) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etcétera – e os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguísticas características desses gêneros, de fórma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.

(ê éfe seis nove éle pê três zero) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de fórma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.

(ê éfe seis nove éle pê três um) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, “isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.

(ê éfe seis nove éle pê três três) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etcétera na (re) construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e retextua­lizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etcétera – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etcétera em texto discursivo, como fórma de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão.

(ê éfe oito nove éle pê dois quatro) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.

Sobre Contexto

A seção anuncia os textos que farão parte da Leitura 2, sobre a modalidade olímpica vela. Os textos iniciais contribuem para o desenvolvimento da habilidade de antecipar. Para Coscarelli, em verbete do Glossário Ceale, “reticências Quando escolhe o texto para ler, o leitor já antecipa muita informação que nele espera encontrar, ou levanta questões que espera serem resolvidas pelo texto. O objetivo de leitura vai levar o leitor a levantar expectativas sobre o conteúdo do texto. Antecipar ou predizer o que vai ser lido costuma acontecer em muitos momentos da leitura e costuma tornar essa leitura mais eficiente”.

Disponível em: https://oeds.link/xBvhA6. Acesso em: 18 março 2022.

3º É por volta de 1850 que o esporte, então chamado de iatismo, ganha fórma. Primeiro na Grã-Bretanha, onde surgiu um clube que ainda existe, o Royal Cork Yacht Club. Depois, chegou à Europa Continental, aos Estados Unidos e ao mundo.

4º No século vinte, desenvolveram-se muitas fórmas de competição. Surgiram as grandes regatas, até mesmo intercontinentais. Nos Jogos Olímpicos, o torneio de vela foi programado já em Atenas em 1896. No entanto, o mau tempo impediu a realização das disputas e a estreia acabou acontecendo em Paris em 1900.

5º A International Sailing Federation (ISAF), fundada em 1906, dirige o esporte mundialmente. Um dos maiores astros olímpicos é o dinamarquês Pál Elvstran, tetracampeão na classe Finn, de 1948 a 1960.

6º A vela chegou ao Brasil junto com imigrantes europeus no século dezenove. O primeiro clube nacional foi o Iate Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro, fundado em 1906. Em 1934, surgiu a Federação Brasileira de Vela e Motor.

7º A primeira participação brasileira em Jogos Olímpicos aconteceu em Londres 1948. Vôlfigan Édigar Rixiterfoi 11º entre 21 competidores na classe Finn. E a dupla João José Bracony/Carlos Melo bitêncur Filho foi a 14º entre 17 concorrentes na classe Star.

8º O Brasil tem uma bela história na vela. Trata-se do esporte que mais medalhas olímpicas deu ao Brasil: 14. Em Atenas 2004, ganhou ouro com Torben Grael/Marcelo Ferreira na classe Star e com róbert chai na Laser. O dono do recorde com medalhas olímpicas para o Brasil também é da vela: Torben Grael, que tem duas medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze.

TURCO, Benê. Fique por dentro: esportes olímpicos. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cê ó bê, 2006.página 162-163.

Fotografia em tons de sépia. Uma embarcação Lérina, barco pequeno com velas.
Embarcação Lérina, participante dos Jogos Olímpicos de 1900, em Le Havre (França).
Respostas e comentários

Orientação

Mostre aos estudantes que o texto expositivo apresentado aborda elementos da história do esporte, obedecendo à organização desse gênero textual, associado à divulgação do conhecimento. Destaque para eles também, na lateral da página, como novas informações históricas ampliam o conhecimento sobre o tema.

Peça aos estudantes que verifiquem a data do texto para refletir sobre as mudanças que podem ter ocorrido no esporte ao longo do tempo. Posteriormente, eles terão a oportunidade de realizar uma pesquisa para comparar.

Silvia Vieira e Armando Freitas

AUTORIA

Silvia Vieira e Armando Freitas são autores da coleção O que é, elaborada por meio de uma parceria entre o Comitê Olímpico Brasileiro e a editora Casa da Palavra, com o propósito de divulgar e valorizar os esportes olímpicos, com obras que apresentam a história e as curiosidades de cada modalidade esportiva. Alguns títulos dessa coleção: Hipismo, Atletismo, Beisebol, Boxe, Canoagem, Judô etcétera

Capa de livro. Fotografia de embarcações a vela com bandeiras de alguns países navegam em águas oceânicas em um dia de céu azul. Na parte superior, sobre um retângulo horizontal azul-escuro, o nome dos autores: Silvia Vieira e Armando Freitas. Logo abaixo, o título do livro: O QUE É VELA.
Capa do Livro O que é vela, de Silvia Vieira e Armando Freitas.

Texto 2

O que é vela

Definições elementares

A vela pode ser definida como um esporte náutico em que um atleta velejador oferece o máximo de suas habilidades para conduzir uma embarcação que se movimenta graças ao impulso do vento sobre a vela (ou velas). É quase sempre praticada no mar, em áreas de águas oceânicas, em circuitos especialmente desenhados para competição. As disputas, que na linguagem técnica do esporte são denominadas regatas, também ocorrem em grandes lagos e nos rios, nas chamadas águas interiores.

Modalidade esportiva considerada nobre, a vela constou pela primeira vez na programação olímpica nos Jogos Olímpicos de Paris 1900. Os registros de época são muito precários, mas do pouco que se tem notícia sabe-se que as provas de vela, a exemplo daquelas disputas em outras modalidades, primaram pela falta de organização. Tudo porque as disputas ocorreram simultaneamente aos eventos da Exposição Internacional de Paris, que celebrava a chegada do século vinte.

O programa oficial da exposição, que também ficou conhecida como Feira Mundial, sequer considerava a agenda esportiva. A maioria dos historiadores relata que as competições aconteciam de fórma esparsa, com grandes intervalos entre etapas, o que fez com que as disputas iniciadas em maio só fossem terminar em outubro. Ingleses, alemães e os donos da casa – os franceses – foram os únicos a participar das regatas dos Jogos Olímpicos de Paris.

Nos Jogos Olímpicos de 1904, o esporte não constou da ­agenda de competições, voltando a ser disputado em 1908, em Londres. Um ano antes havia sido criada a internéchional Yacht Racing Union (ai you ar you), uma entidade que surgiu para firmar normas e regras para as regatas e determinar as especificações técnicas dos barcos de competição, parâmetros que norteariam velejadores de todo o mundo a partir de então.

Iatismo versus vela

Em 1996, a ai International Yacht Racing Union (IYRU) alterou a sua denominação e passou a ser chamada International Sailing Federation (ISAF). A mudança de nome foi feita com a intenção principal de afastar certo ar elitista que teimava em rondar a entidade. Com nova denominação, a maior autoridade de vela do mundo, oficialmente reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional, passou a valorizar termos como vela e velejar, substituindo os conceitos de iate e iatismo – também ligados às embarcações a motor. Dessa fórma, iniciou-se uma etapa de aproximação da modalidade esportiva com as pessoas comuns, desmistificando pouco a pouco a ideia de que a vela é privilégio para poucos.

Respostas e comentários

Sugestão

O texto “O que é vela” começa com a definição do esporte e relata a história da vela. Proponha aos estudantes que, ao longo da leitura, comparem os dois textos, buscando as diferenças e semelhanças entre eles.

Sobre Iatismo versus vela

Na leitura do texto sobre a mudança de denominação da internéchional Yacht Racing Union (IYRU), relacionada com o uso das palavras iate (embarcação geralmente usada por pessoas de segmentos mais abastados da população) e iatismo, prática esportiva em barcos a motor e considerado um esporte da elite.

Formalmente organizado, o esporte passou a crescer rapidamente em importância e alcance. Nos Jogos Olímpicos de Londres, 1908, as provas já tiveram por parâmetro as determinações da ai you ar you – atual ai és ei éf – e foram disputadas em dois locais distintos, ficando divididas entre o sul da Inglaterra e a Escócia. Muitos historiadores consideram que a primeira participação da vela na programação dos Jogos Olímpicos tenha se dado aí e não em 1900. O fato é que, com as normas já bem firmadas, a partir das competições de Londres 1908, a vela entrou definitivamente na programação dos Jogos Olímpicos.

Um pouco de história

Uma folheada rápida em livros de história é suficiente para comprovar que, desde tempos ancestrais, integrantes de diversas sociedades ao redor do mundo cultivavam o hábito de velejar por recreação ou lazer. Essa prática era muito difundida entre os europeus, mais fortemente entre os holandeses, por volta dos séculos quinze e dezesseis.

Com o início da fase histórica conhecida como período das navegações, e a consequente descoberta de novas fronteiras de ocupação e do caminho para as Índias, esse processo se intensificou e a navegação adquiriu um caráter mais comercial, digamos. No século dezessete, a Holanda, juntamente com Portugal e Espanha, já era uma potência marítima com colônias nas Américas e na África. Mantinha uma intensa comercialização de bens, com uma agressiva política de exploração de mercadorias originárias de países longínquos que, naquele momento histórico, tinham parte das terras ocupadas pelos holandeses.

Para a manutenção dessa prática comercial, o uso de embarcações era absolutamente imprescindível. Houve uma primeira fase em que pesados navios com arranjos variados de vela eram os meios de transporte utilizados, mas com o passar do tempo e a intensificação das transações internacionais, foi preciso apostar no desenvolvimento de embarcações mais velozes, de melhor desempenho. A ideia era cumprir o objetivo de trazer especiarias e outros produtos das colônias para a matriz no menor espaço de tempo possível e também dispor de “modernos equipamentos”, capazes de garantir mais segurança para a carga e mais sucesso na luta contra os piratas em alto-mar.

Foi então que surgiu na Holanda o jaghtschipt, uma embarcação que, ao mesmo tempo que atendia às demandas e aos propósitos comerciais do país, despertava interesse dos representantes das altas classes holandesas que o tinham entre suas propriedades para incrementar os próprios negócios, cumprir pequenas rotas internas, transportar cargas entre as cidades e, por fim, para exercitar o talento de velejadores.

O jaghtschipt, ou simplemente jaght, era prático, de condução relativamente fácil. E não foi necessário muito tempo para que esse barco fizesse sucesso, conquistando até um nobre ilustre: o rei chárlis dois, da Inglaterra, que passou anos exilado na Holanda depois de ver sua família ser expulsa da casa real por Óliver Crom-uél. chárlis dois passou um bom período em terras holandesas e mais tarde, de volta à Inglaterra, depois de encomendar melhorias no jaght e de ajudar a elaborar projetos de outros barcos, transformou-se no final dos anos 1660 num grande incentivador do iatismo, promovendo as primeiras regatas de barcos a vela em território britânico.

reticências

VIEIRA, Silvia; FREITAS, Armando. O que é vela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cê ó bê, 2006. página. 12-16.

Fotografia. Diversas embarcações a vela em águas oceânicas.
Modernas embarcações a vela, representando diversos países em regata olímpica. Japão, 2021.
Respostas e comentários

Orientação

Esse texto continua com alusões à história dos esportes de “vela”, agora ampliando o tema para as viagens com grandes navios nos séculos quinze, dezesseis e dezessete, um período conhecido como o das Grandes Navegações. É interessante ressaltar, nas interlocuções com os estudantes, o léxico próprio do campo da navegação presente no texto, identificando a situação de comunicação em que foi produzido.

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

Estudo do texto

Faça as atividades no caderno.

O que você desejava saber sobre a vela foi respondido pelos textos? Use suas anotações para lembrar de suas expectativas iniciais.

Sobre o texto 1

1. Quando lemos um texto, é importante saber sua referência bibliográfica, isto é, o conjunto de dados que permitem a identificação da obra reproduzida parcialmente. A referência aparece ao final do texto reproduzido. Observe os elementos que constituem a fonte do texto 1.

Esquema. Um referência bibliográfica cujos elementos que a constituem estão destacados em caixas de texto ligadas por fios. Texto: TURCO, Benê, ligado por um fio à caixa com o texto: Sobrenome e nome do autor. Texto: Fique por dentro: esportes olímpicos, ligado por um fio à caixa com o texto: Título e subtítulo da obra. Texto: Rio de Janeiro, ligado por um fio à caixa com o texto: Local de publicação. Texto: Casa da Palavra, ligado por um fio à caixa com o texto: Editora 1. Texto: /COB, ligado por um fio à caixa com o texto: Editora 2. Texto: 2006, ligado por fio à caixa com o texto: Ano. Texto: p. 162-165, ligado por um fio à caixa com o texto: Páginas citadas.
  1. Releia o oitavo parágrafo. Considerando o ano em que a obra foi publicada, as informações sobre o desempenho do Brasil no esporte podem estar desatualizadas? Justifique sua resposta.
  2. Faça uma pesquisa para verificar as informações e compartilhe com a turma o que você descobriu.
  3. Por que é importante saber a data de publicação de um texto?

2. O texto expositivo fórma uma rede de conteúdos em torno do tema principal. Uma maneira de estudá-lo é criando esquemas que identifiquem os assuntos abordados. Reproduza no caderno o esquema a seguir e complete-o com o assunto principal de cada parágrafo.

Versão adaptada acessível

2. O texto expositivo forma uma rede de conteúdos em torno do tema principal. Uma maneira de estudá-lo é criando esquemas que identifiquem os assuntos abordados. Reproduza o esquema a seguir e complete-o com o assunto principal de cada parágrafo.

Esquema. No centro, dentro de uma caixa de texto oval, a palavra: Vela. Conectada a ela, uma sequência de oito caixas de texto, em sentido horário: 1º parágrafo: importância dos barcos a vela. 2º parágrafo: *. 3º parágrafo: *. 4º parágrafo: *. 5º parágrafo: Fundação da ISAF; maior astro Paul Elvström. 6º parágrafo: *. 7º parágrafo: *. 8º parágrafo: *.
  1. No primeiro parágrafo, em que o tema é introduzido, o foco é informar que os barcos a vela impulsionaram a história humana.
    1. Como os barcos a vela cumpriram esse papel?
    2. Para organizar a menção às contribuições dos barcos a vela e articular as frases do parágrafo, foram usadas duas palavras. Identifique-as e explique como contribuíram para a coesão do texto.
Ícone pontos de atenção e noções complementares>

Os numerais como recursos de coesão

A coesão é a característica fundamental de textos compreensíveis. Nos textos expositivos, os numerais ordinais – como primeiro, segundo e terceiro – contribuem para a articulação das partes do texto, porque, como o nome diz, ordenam a sequência.

Respostas e comentários

1. a) Sim, as informações referem-se ao ano de 2004.

1. b) Resposta pessoal.

1. c) Para saber se as informações estão atualizadas e entender em que contexto foi escrito.

2. Resposta pessoal.

Espera-se que os estudantes relacionem suas expectativas de leitura com o texto lido. Comente com a turma que, ao ler um texto para saber mais sobre um assunto, é comum surgirem perguntas sobre o tema. Muitas vezes, um único texto não esclarece todas as dúvidas. Por isso, entre outras razões, é importante buscar mais de uma fonte de informação.

Respostas Sobre o texto 1

1. b) Se for possível, oriente os estudantes a fazer a pesquisa nos próprios dispositivos móveis.

Em relação às medalhas, em 2021 a modalidade vela foi o esporte que mais trouxe ouro para o Brasil. No total, são 19 medalhas; 8 de ouro, 3 de prata e 8 de bronze. O velejador róbert chai é o que acumula o maior número delas, detentor de 2 ouros, 2 pratas e 1 bronze. É importante o destaque para a dupla feminina Martine Grael e ­Kahena Kunze.

2. 2º parágrafo: Origem das competições; 3º parágrafo: Esporte se espalha pelo mundo; 4º parágrafo: Estreia olímpica do esporte; 6º parágrafo: Vela chega ao Brasil; 7º parágrafo: Primeira participação brasileira nas Olimpíadas; 8º parágrafo: História brasileira no esporte.

3. a) Facilitaram o transporte de mercadorias e ideias, além de contribuir nos desbravamentos de territórios, tais como diversos locais da América.

b) São as palavras primeiro e depois.

Sugestão

No momento da correção das respostas, seria conveniente associar os elementos temporais mencionados ao longo do texto e ressaltar que, embora não seja um texto próprio de livros didáticos ou científicos de História, é um estudo da história do esporte vela, associando três campos de atividades: esporte, estudo da língua e da história.

Faça as atividades no caderno.

  1. Após mencionar a importância dos barcos a vela, o texto aborda o surgimento do esporte e como ele se espalhou pelo mundo.
    1. Onde e quando surgiram as primeiras competições?
    2. Quando e como essa prática se tornou um esporte?
    3. Em que momento a vela chegou ao Brasil?
  2. No oitavo parágrafo, lê-se “O Brasil tem uma bela história na vela”.
    1. O que justifica o uso do adjetivo bela?
    2. Que outra expressão poderia ser utilizada para substituir o adjetivo bela nesse contexto?
  3. Analise as alternativas a seguir e reescreva, no caderno, a que expõe a estratégia predominante utilizada pelo autor para organizar os parágrafos do texto expositivo e apresentar o tema abordado. Explique sua resposta, indicando as expressões que sinalizam esse modo de organização.
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6. Analise as alternativas a seguir e reescreva a que expõe a estratégia predominante utilizada pelo autor para organizar os parágrafos do texto expositivo e apresentar o tema abordado. Explique sua resposta, indicando as expressões que sinalizam esse modo de organização.

a. Estratégia de comparação

b. Estratégia de enumeração

c. Estratégia de contraste

d. Estratégia de ordem temporal

7. Leia um trecho do texto que está na orelha do livro.

Origens, regras, personagens e fatos envolvendo todas as modalidades disputadas no maior evento esportivo da Terra. É o que o leitor vai encontrar em Fique por dentro: esportes olímpicos, um guia ricamente ilustrado para fazer a cabeça do público jovem que quer saber mais sobre seu esporte favorito ou conhecer todos aqueles disputados nos Jogos Olímpicos.

Fotografia. Destaque para as orelhas de um livro, compostas por texto e  fotografia dos autores.
Orelha do livro Fique por dentro: esportes olímpicos.

TURCO, Benê. Fique por dentro: esportes olímpicos. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cê ó bê, 2006. Orelha.

  1. A quem é destinada essa obra?
  2. Que expressões ou palavras do texto da orelha se aproximam da fala desse público?
  3. A que se refere a expressão maior evento esportivo da Terra?

Sobre o texto 2

  1. Como os autores definem a vela no primeiro parágrafo?
  2. Por que eles definem o esporte logo no início do texto?
  3. Em sua opinião, por que os autores revelam que os registros dos Jogos Olímpicos de 1900 eram precários?
  4. Qual é a função do boxe Iatismo × vela?
  5. Por que muitos historiadores consideram que a primeira participação da vela nos Jogos Olímpicos foi em 1908?
  6. Qual é a origem do nome iatismo?
Respostas e comentários

7. a) Ao público jovem interessado em modalidades olímpicas.

7. b) A expressão fazer a cabeça revela uma tentativa de se aproximar da fala dos jovens.

7. c) Aos Jogos Olímpicos.

1. Como um esporte náutico em que o velejador tenta conduzir a embarcação que se movimenta graças ao impulso do vento sobre a vela.

2. Para evidenciar o assunto e explicar ao leitor leigo o que é essa modalidade esportiva.

3. Provavelmente para deixar claro ao leitor as dificuldades de recuperar as origens desse esporte e também para não apresentar informações controversas.

4. Função explicativa: esclarece eventuais dúvidas sobre o uso dos termos iatismo e vela.

5. Porque apenas em 1908 o esporte participou sistematicamente da agenda dos Jogos Olímpicos e já estava organizado em uma entidade que regulamentou regras do esporte e especificações da embarcação.

6. No século dezessete, na Holanda, o barco de competições era chamado de iate. O termo iatismo ganhou força por volta de 1850, primeiro na Grã-Bretanha, onde surgiu o clube róial córc iát cûb.

Respostas

4. a) Surgiram na Holanda, no século dezessete.

b) Constitui-se como esporte por volta de 1850, na Grã-Bretanha, com o nome de iatismo, por ocasião do primeiro clube destinado à prática dessa modalidade.

c) No século vinte, com os imigrantes europeus.

5. a) Se justifica pelo fato de a vela ser o esporte olímpico que deu mais medalhas ao Brasil (até 2006, quando o livro foi publicado). Além disso, o atleta brasileiro recordista em medalhas é Torben Grael, praticante desse esporte.

b) Possibilidade de reescrita: O Brasil tem uma história bem-sucedida/vitoriosa na vela.

6. Alternativa d. As expressões É por volta de 1850, No século vinte, no século dezenove e no século dezessete, que iniciam ou estão no meio do parágrafo, sinalizam que prevalece o modo de organização pela ordem temporal, uma vez que o interesse do texto é apresentar uma descrição do histórico da modalidade.

Sugestão

Promova uma atividade em grupo com os estudantes. Peça-lhes que pesquisem sobre os Jogos Olímpicos contemporâneos e os jogos da Antiguidade grega, e façam uma relação entre eles. Se julgar oportuno, convide o professor de História para essa atividade. Você também poderá retomar com os estudantes os con­ceitos de denotação e conota­ção, propondo que reescrevam um dos parágrafos do texto De­finições elementares em lingua­gem conotativa e discutam, sob sua orientação, o efeito de sen­tido determinado pelo seu uso.

Faça as atividades no caderno.

Sobre os textos 1 e 2

  1. Que diferenças você reconhece entre os títulos e os subtítulos dos dois textos?
  2. Qual texto apresenta informações mais detalhadas? Justifique, considerando o perfil de cada publicação.
  3. Os dois textos tratam do mesmo tema: vela. Que palavras são utilizadas para substituir o termo vela?
  4. Releia estes dois trechos, respectivamente do texto 1 e do texto 2.

A International Sailing Federation (ISAF), fundada em 1906, dirige o esporte mundialmente. Um dos maiores astros olímpicos é o dinamarquês Pál Elvstran, tetracampeão na classe Finn, de 1948 a 1960.

TURCO, Benê. Fique por dentro: esportes olímpicos. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cê ó bê, 2006. página 13.

Nos Jogos Olímpicos de 1904, o esporte não constou da agenda de competições, voltando a ser disputado em 1908, em Londres. Um ano antes havia sido criada a International Yacht Racing Union (IYRU), uma entidade que surgiu para firmar normas e regras para as regatas e determinar as especificações técnicas dos barcos de competição, parâmetros que norteariam velejadores de todo o mundo a partir de então.

Ilustração. Um homem dentro de um pequeno barco a vela velejando em águas tranquilas.

VIEIRA, Silvia; FREITAS, Armando. O que é vela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cê ó bê, 2006. página 13.

  1. No trecho do texto 2, podemos substituir a expressão Um ano antes por qual data?
  2. Qual dos textos explica a função da entidade?
  3. Como foi o processo de nomeação da ai és ei éf? Onde você encontrou essas informações?
  1. Os dois textos citam a data de estreia do esporte nos Jogos Olímpicos. Entretanto, em um deles, essa informação é seguida de um comentário. Que função o comentário exerce?
  2. Para organizar o que você leu, crie uma linha do tempo com os principais acontecimentos da história da vela, utilizando os dados dos dois textos. Observe uma sugestão para você dar continuidade.
Linha do tempo. Três setas largas com textos. Elas estão na horizontal, apontadas para a direita, e possuem os seguintes textos, nesta ordem: Século XVII: Competições com barcos a vela na Holanda. 1850: Esporte ganha forma. 1900: Participação da vela nos Jogos Olímpicos de Paris.
  1. Quanto à linguagem dos dois textos, quais são os pontos em comum? E as diferenças?
  2. Agora que você leu dois textos sobre o mesmo assunto, responda novamente: por que é importante consultar mais de uma fonte na hora da pesquisa?
Respostas e comentários

1. Os títulos e subtítulos do texto 2 são mais objetivos, organizados com palavras-chave sobre o assunto que será tratado.

3. As palavras são: esporte, iatismo, modalidade esportiva e esporte náutico.

4. a) 1907.

6. Resposta pessoal.

7. Pontos comuns: linguagem denotativa de modo direto e objetivo. Diferença mais evidente: o estilo dos títulos e subtítulos.

8. Resposta pessoal.

Respostas Sobre os textos 1 e 2

2. O texto 2 apresenta mais informações sobre o esporte, uma vez que se dedica exclusivamente à modalidade. Já o texto 1 foi publicado em um livro, como um guia, com mais de 30 modalidades olímpicas e informações resumidas.

4. b) O texto 2, porque ele explica que a entidade surgiu para firmar normas e regras para as regatas e determinar as especificações técnicas dos barcos de competição, parâmetros que norteariam velejadores de todo o mundo.

c) Foi criada com o nome International Yacht Racing Union (ai you ar you), informação constante no texto 2. Só em 1996, de acordo com o boxe, sua nomeação foi alterada para International Sailing Federation (ai és ei éf). Essa informação é omitida no texto 1.

5. Ambos os textos citam a data de estreia do esporte nos Jogos Olímpicos em Paris, em 1900, mas apenas o texto 2 comenta que historiadores consideram oficial a estreia em 1908, em Londres, com a função de detalhar e ampliar a informação.

6. Possibilidade de resposta: Principais fatos para inserção na linha do tempo: 1907 – Fundação da ai you ar you / 1908 – Retorno da vela ao programa olímpico de Londres / 1934 – Surgimento da Federação Brasileira de Vela e Motor / 1948 – Primeira participação brasileira nos Jogos Olímpicos / 1996 – Alteração do nome ai you ar you para ai és ei éf / 2004 – Medalha de ouro para os velejadores Tórben Graél, Marcelo Ferrara e Robert Scheidt. A proposta é que os estudantes sistematizem as informações dos dois textos, com apoio visual. Se julgar pertinente, peça-lhes que ilustrem com fotografias a linha do tempo.

Faça as atividades no caderno.

9. Agora leia as informações sobre a modalidade esportiva e observe a fórma como elas são transmitidas.

Cartaz. Na parte superior, sobre fundo verde, o texto: Ministério do Esporte. Ao lado, à direita, a logomarca do Governo Federal do Brasil. Abaixo, sobre fundo azul-claro, centralizado, o título: Vela. Na parte inferior, o texto: REGRAS. Na sequência, em duas caixas de texto horizontais, com bordas brancas tracejadas, uma abaixo da outra, o texto escrito em branco e destacando as modalidades de vela em preto: Há diversas classes de vela, como Finn, 470, 49 er, Yngling, Tornado, RS:X, Star, Laser... São realizadas diversas regatas ao longo das competições, sendo que os atletas podem descartar o pior resultado. Na sequência, o texto: Quanto melhor a colocação na regata, menos pontos são acumulados. (destacado em preto). Vence o velejador que, ao fim do campeonato, tiver menos pontos. (destacado em branco). À direita, ilustração da silhueta de uma pessoa em um barco a vela. No fundo, cor azul.
Cartaz. Sobre fundo azul-claro, na parte superior, caixa com o texto destacado em branco: Existem regras para a ultrapassagem: Abaixo, três caixas de texto verticais com as bordas tracejadas de branco, uma ao lado da outra, com texto em branco e destaques em preto: Caixa de texto 1. Se os barcos estiverem recebendo o cento por lados diferentes, (destaque em preto a seguir) o que está à esquerda deve dar a passagem ao que está à direita. Caixa de texto 2. Já se os barcos estiverem recebendo o vento do mesmo lado, um ao lado do outro, (destaque em preto a seguir) o que recebe o vento primeiro deve liberar a passagem para o que recebe depois. Caixa de texto: 3. Se as embarcações estiverem recebendo o vento do mesmo lado, mas sem estar lado a lado, (destaque em preto a seguir) o que está mais atrás deve dar passagem ao que está à frente. Na parte inferior: GLOSSÁRIO, com as palavras destacadas em preto e o significado em branco. Cada palavra e seu significado está em uma caixa de texto com bordas tracejadas. Amura: lateral do braço que recebe o vento. Bariavento: posição aonde o vento chega primeiro. Biruta: aparelho para analisar a direção do vento. Bombordo: lado esquerdo da embarcação quando se olha em direção à proa. Compromisso: expressão usando quando dois barcos estão lado a lado, disputando posição. Estibordo: lado direito da embarcação quando se olha em direção à proa. Popa: parte de trás da embarcação. Proa: parte da frente da embarcação. Safo de popa: barco que está atrás em uma disputa de posições. Safo de proa: barco que está à frente em uma disputa de posições. Sotavento: posição aonde o vento chega depois. No fundo, cor azul.

BRASIL. Ministério do Esporte. Vela. Disponível em: https://oeds.link/wKRyKd. Acesso em: 10 abril. 2022.

  1. Você considera esse um bom esquema para conseguir informações sobre essa modalidade esportiva? Justifique, comentando os elementos do texto.
  2. Nesse esquema, foram utilizadas cores. De que forma esse recurso contribuiu para garantir o grau de informação do texto?
  3. Observe que nos verbetes do glossário a primeira palavra da definição é sempre um substantivo. Por quê?
  4. Se você fosse fazer um glossário sobre termos relacionados a novos esportes olímpicos, como você definiria as palavras que seguem? Inicie sua definição com a palavra que melhor define esses substantivos.
Respostas e comentários

9. a) Resposta pessoal.

9. b) O preto e o branco alternados sobre o fundo azul destacam e diferenciam os tipos de informação: por exemplo, no glossário, a palavra a ser definida se diferencia de sua definição.

9. c) Porque a palavra a ser definida é um substantivo.

9. d) Resposta pessoal.

Resposta

9. d) Peça aos estudantes que compartilhem os resultados dos verbetes, permitindo que complemente se julgarem necessário.

Orientação

Explore oralmente a leitura dos esquemas sobre a modalidade esportiva vela, suas regras e glossário. Aproveite a oportunidade para fazer os estudantes refletirem sobre o uso das condicionais, para explicitar regras, recurso muito utilizado também na redação de regras para jogos de tabuleiro ou de cartas. No glossário, há exemplos de um tipo de paráfrase, a que é desenvolvida nos verbetes, explicando os conceitos próprios dessa modalidade esportiva.

Conhecimentos linguísticos e gramaticais 2

Faça as atividades no caderno.

Regência verbal

1. Retome estes trechos do texto O que é vela:

Ingleses, alemães e os donos da casa – os franceses – foram os únicos a participar das regatas dos Jogos Olímpicos de Paris. 

reticências a vela entrou definitivamente na programação dos Jogos Olímpicos.

VIEIRA, Silvia; FREITAS, Armando. O que é vela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cê ó bê, 2006.página 13-14.

Observe os verbos e as expressões que os seguem, em destaque: o verbo participar vem seguido de objeto indireto, e o verbo entrar vem seguido de adjunto adverbial. Localize-os e converse com os colegas:

Versão adaptada acessível

Observe, no trecho, os verbos e as expressões que os seguem: o verbo participar vem seguido de objeto indireto, e o verbo entrar vem seguido de adjunto adverbial. Localize-os e converse com os colegas:

Para cada um desses verbos se usa ou não a mesma preposição? Por que vocês acham que isso acontece?

2. Os exemplos lidos na questão anterior nos indicam que os verbos da nossa língua têm exigências diferentes quando vêm acompanhados de um complemento ou de um adjunto adverbial.

Leia agora um trecho do texto Fique por dentro: esportes olímpicos e observe os verbos em destaque.

Versão adaptada acessível

2. Os exemplos lidos na questão anterior nos indicam que os verbos da nossa língua têm exigências diferentes quando vêm acompanhados de um complemento ou de um adjunto adverbial. Leia agora um trecho do texto Fique por dentro: esportes olímpicos e observe os verbos "retomar", "promover" e "ter".

Quanto retomou o poder, além de punir os inimigos, promoveu uma regata no rio Tâmisa, em Londres, que teve a participação também de barcos do duque de iórque.

TURCO, Benê. Fique por dentro: esportes olímpicos. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cê ó bê, 2006. página. 162.

  1. Os verbos retomar, promover e ter vêm acompanhados de objeto com ou sem preposição?
  2. Quais são seus objetos?

Como os verbos se comportam em textos

Vimos que os verbos estabelecem relações com seus complementos e com os adjuntos adverbiais.

Nessa relação, há um regente, aquele que rege, que comanda: nesse caso, o verbo.

Estamos tratando, portanto, de regência verbal.

1. O verbo determina se seu complemento vem sem preposição.

Esquema.
Os mamelucos comiam galinha ensopada com garfo e faca, sentados à mesa.

comiam: Verbo transitivo direto

galinha ensopada: Complemento sem preposição = objeto direto
Respostas e comentários

2. a) Sem preposição.

2. b) Os objetos são: o poder; uma regata; a participação.

Sobre Regência verbal

Regência verbal é tema associado à transitividade do verbo, ao tipo de complemento solicitado pelo verbo, no caso dos transitivos, ou, no caso dos intransitivos, à ausência de complemento. Nas atividades propostas, são tratados também exemplos de regência verbal em relação aos adjuntos adverbiais que acompanham os verbos intransitivos (“Foi então que surgiu na Holanda o jaghtstchip reticências). Segundo Marcos Banho, em Gramática pedagógica do português brasileiro (São Paulo: Parábola Editorial, 2012), As regências verbais mudam com o tempo porque os falantes passam a interpretar de fórma nova o significado dos verbos, atribuindo a eles novos sentidos reticências.

Respostas

1. Não. O verbo participar pede a preposição de; o verbo entrar pede a preposição em.

O objetivo é fazer os estudantes refletirem sobre a regência verbal, sobre as diferentes exigências de cada verbo.

Habilidades trabalhadas nesta seção e em sua subseção (Questões da língua)

(ê éfe seis nove éle pê quatro dois) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros relacionados à divulgação de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos, relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas) etcétera, exposição, contendo definições, descrições, comparações, enumerações, exemplificações e remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título, contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, intercalação de trechos verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos etcétera e reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das estratégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etcétera como fórma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros.

(ê éfe seis nove éle pê dois nove) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etcétera – e os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguísticas características desses gêneros, de fórma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.

(ê éfe seis nove éle pê três seis) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos.

(ê éfe oito nove éle pê dois cinco) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etcétera

(ê éfe zero oito éle pê zero nove) Interpretar efeitos de sentido de modificadores (adjuntos adnominais – artigos definido ou indefinido, adjetivos, expressões adjetivas) em substantivos com função de sujeito ou de complemento verbal, usando-os para enriquecer seus próprios textos.

(ê éfe zero oito éle pê um zero) Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos de sentido de modificadores do verbo (adjuntos adverbiais – advérbios e expressões adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios textos.

(ê éfe zero oito éle pê um dois) Identificar, em textos lidos, orações subordinadas com conjunções de uso frequente, incorporando-as às suas próprias produções.

(ê éfe zero oito éle pê um três) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais.

(ê éfe zero oito éle pê um seis) Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etcétera).

Faça as atividades no caderno.

2. O verbo determina se seu complemento vem com preposição e também qual é a preposição que será utilizada entre ele e seu complemento.

Esquema.
Os indígenas não gostaram do sal e do azeite [...].

gostaram: Verbo transitivo indireto.

do sal e do azeite: Complemento com a preposição de (de + o = do) = objeto indireto

3. O verbo determina a preposição que acompanha o adjunto adverbial.

Esquema.
Foi então que surgiu na Holanda o jaghtschipt, [...]

surgiu: Verbo intransitivo

na Holanda: Adjunto adverbial com a preposição em (em + a = na)

1. Escolha um verbo que você utiliza cotidianamente. Agora, faça uma prática de pesquisa e observação: busque em textos e escute em relatos e conversas como esse verbo é utilizado no dia a dia. Ele é acompanhado de preposições? Quais? Existem situações em que ele é usado sem preposição? Reúna essas informações, exponha o que concluiu sobre esse verbo para os colegas e escute com atenção os resultados que eles tiveram.

O que vocês descobriram sobre as regências dos verbos?

2. Leia esta tirinha do Calvin.

Tirinha. Em quatro cenas. Personagens: Calvin, um menino com cabelos espetados, usando pijama. Ele está deitado na cama, coberto. Pai de Calvin, um homem com cabelos escuros, usando óculos, camisa e calça. Ele está sentado na beirada da cama de Calvin, segurando um livro com as mãos. Cena 1. O pai, de costas para Calvin, diz: 'ERA UMA VEZ'... Calvin, olhando para as costas do pai, diz: PERA AÍ. Cena 2. Olhando para Calvin, o pai diz: O QUE FOI? Calvin, com a boca aberta, diz: ESSE LIVRO JÁ FOI UM BEST-SELLER? O AUTOR JÁ GANHOU ALGUM PRÊMIO PULITZER? FOI SUCESSO DE CRÍTICA? Cena 3. Destaque para o rosto de Calvin. Ele está apontando com o dedo indicador para a esquerda: EU SÓ QUERO HISTÓRIAS ALTAMENTE RECOMENDADAS. TEM COMENTÁRIOS ELOGIOSOS NA CONTRACAPA? Cena 4. O pai, de cabeça baixa, olhando para o livro, diz: ARRÃ... 'ERA UMA VEZ UM MENINO TAGARELA QUE COMEÇOU A TER QUE DORMIR SEM OUVIR HISTÓRIA NENHUMA'. Calvin, olhando para as costas do pai, diz: ESSE LIVRO FOI TRANSFORMADO EM FILME? NÓS PODERÍAMOS ESTAR ASSISTINDO A ISSO EM VÍDEO AGORA.

uáterson, Bill. A hora da vingança: as aventuras de Calvin & Haroldo. São Paulo: Conrad, 2009. página 118

  1. Como reage o pai diante das exigências do filho?
  2. Calvin compreende a atitude do pai? Por quê?
  3. Releia a última fala de Calvin. Você diria ou escreveria essa frase da mesma fórma que ele? Justifique sua resposta.

O verbo assistir, sem a preposição, tem o sentido de "auxiliar". De acordo com a norma-padrão, deveríamos usar o verbo assistir, no sentido utilizado na tirinha, regendo a preposição a, por isso Calvin diz “assistindo a isso em vídeo”, utilizando essa norma. Contudo, o uso que a maioria dos falantes adota é do verbo assistir sem preposição unindo-o a seu complemento. Por isso, ouvimos com frequência: “Vou assistir o jogo pela tê vê”; “Vamos assistir o filme amanhã?”, entre outros exemplos. Isso quer dizer que o uso da língua que se faz é diferente daquele que a norma-padrão determina.

Respostas e comentários

1. Resposta pessoal.

2. a) Ele começa a contar a história do próprio Calvin, que passa a ser personagem.

2. b) Não, pois ele continua insistindo com o mesmo tipo de pergunta.

2. c) Resposta pessoal.

Faça as atividades no caderno.

  1. Pesquise em dicionários o que diz a norma-padrão sobre a regência dos verbos preferir e obedecer. Depois, pesquise em textos literários e em reportagens como ele aparece e compare com a regência utilizada pelos falantes que você conhece.
  2. Leia um trecho do texto “Pensar o mundo”, de Antonio Cicero, um filósofo brasileiro.

ANOS ATRÁS, um dos admiráveis ciclos de conferências concebidos e organizados por Adauto Novais intitulava-se “Poetas que Pensaram o Mundo”. Sempre gostei desse título.

A sintaxe presente na expressão “pensar o mundo” não é corriqueira ou normal. Normalmente diríamos “pensar SOBRE o mundo”. Não é que seja gramaticalmente incorreto dizer “pensar o mundo”; apenas, não se trata de uma construção comum. O verbo “pensar” pode ser intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. reticências

Ilustração. Três pessoas pensando o mundo. À esquerda, uma mulher com cabelos grisalhos, usando blusa rosa. À direita, um homem calvo, usando óculos e blusa azul. Atrás, entre os dois, um menino com cabelos encaracolados, usando blusa amarela. Acima deles, um balão de pensamento com o desenho do globo terrestre e estrelas ao redor. O balão está conectado por bolinhas às três pessoas.

CICERO, Antonio. Pensar o mundo. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 setembro. 2009. Ilustrada, página E-16.

  1. Sobre o que reflete o filósofo nesse trecho inicial do texto?
  2. Na frase “Poetas que pensaram o mundo”, qual é a regência do verbo pensar?
  3. Que frase do texto apresenta o verbo pensar regendo seu complemento com preposição?
  4. O filósofo francês Renê Decartedisse no século dezesseis: “Penso, logo existo”. Como você classificaria o verbo pensar nessa frase?
  5. Quais são os sentidos do verbo pensar nas três fórmas que seguem:

Pensar o mundo.

Pensar sobre o mundo.

Penso, logo existo.

Um mesmo verbo pode ter sentidos diferentes e, portanto, regências diferentes, ou mesmo não precisar de complemento em determinado contexto, como é o caso do verbo pensar na frase de Decárte. Observe alguns exemplos.

aspirar: é transitivo direto quando significa inspirar, encher de ar os pulmões; é transitivo indireto quando significa desejar, pretender.

Aspirou o ar puro da manhã.

Treinava muito porque aspirava a uma vitória de seu time.

visar: é transitivo direto quando significa mirar ou dar visto; é transitivo indireto quando significa ter por objetivo, pretender.

Visou o ponto central e atirou o dardo com segurança.

Sua dedicação ao trabalho visava a uma rápida promoção na empresa.

5. Escreva um pequeno texto empregando o verbo viver em duas situações: uma com verbo intransitivo, outra com verbo transitivo. Depois, explique a diferença de sentido entre elas.

Respostas e comentários

3. Resposta pessoal.

5. Resposta pessoal.

Respostas

4. a) Sua reflexão é sobre os sentidos do verbo pensar, com e sem preposição.

b) Complemento sem preposição.

c) Pensar sobre o mundo.

d) O verbo é intransitivo.

e) Resposta pessoal em relação às duas primeiras. A terceira tem o sentido de alguém que usa a razão, que é um ser pensante.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Leia a tirinha de Custódio Rosa, chargista e cartunista brasileiro.

Tipo de imagem: Tirinha colorida em quatro  quadrinhos. Personagens: um rato rosado usando chapéu, terno e gravata borboleta. Um rato cinza de olhos grandes. Um rato cinza, menor, usando um boné vermelho para trás. Quadrinho 1. À esquerda, o rato rosado, olhando para os outros dois ratos, diz: ONTEM FUI A UM SARAU SUPIMPA,  CHEIO DE BOSSA E DE BROTINHOS. Quadrinho 2. O rato cinza, olhando para o rato menor, dando as costas para o rato rosado, diz: ELE FOI NUMA BALADA RESPONSA CHEIA DE MINA DA HORA. O rato menor, com os braços abertos, diz: MANEIRO! O VÉIO TIROU A MAIOR ONDA! Quadrinho  3. O rato cinza, olhando para o rato rosado, diz: ELE DISSE QUE O SENHOR DIVERTIU-SE À BRECA. Quadrinho 4. Destaque para o busto do rato cinza, que diz: ME SINTO A TECLA SAP ENTRE  GERAÇÕES.

ROSA, Custódio. Tecla sápi entre gerações. Disponível em: https://oeds.link/3LzIEB. Acesso em: 10 abril. 2022.

  1. A tirinha apresenta três personagens de diferentes gerações. Como podemos identificar o mais velho e o mais jovem?
  2. Por que a personagem da geração intermediária diz no último quadrinho que se sente a tecla sápi entre gerações?
  3. Os adjuntos adnominais que acompanham os substantivos sarau e balada caracterizam as personagens pela linguagem. Identifique cada um deles.
  4. reticências o senhor divertiu-se à breca.” O que isso quer dizer? Como você expressaria a mesma ideia se estivesse no lugar do mais jovem?
  5. Os dois primeiros quadrinhos utilizam o mesmo verbo, porém com preposições diferentes. O que justifica os diferentes usos?

2. Releia um trecho do texto O que é vela.

Charles segundo passou um bom período em terras holandesas e mais tarde, de volta à Inglaterra, depois de encomendar melhorias no jaght e de ajudar a elaborar projetos de outros barcos, transformou-se no final dos anos 1660 num grande incentivador do iatismo, promovendo as primeiras regatas de barcos a vela em território britânico.

VIEIRA, Silvia; FREITAS, Armando. O que é vela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cê ó bê, 2006. página16. 

a. Analise os verbos destacados quanto à sua regência e classifique‑os em verbo transitivo direto ou transitivo indireto.

Versão adaptada acessível

a. No texto, analise os verbos "encomendar", "transformar" e "promover" quanto à sua regência e classifique-os em verbo transitivo direto ou transitivo indireto.

  1. Quais são os complementos desses verbos?
  2. O verbo transformar no texto lido é pronominal – transformar-se –, que significa que vem acompanhado de um pronome pessoal oblíquo da mesma pessoa que a do sujeito:
Esquema.
Eu me transformo quando estou cansada.
Eu me: 1ª pessoa do singular
O verbo transformar pode ser empregado de fórma não pronominal. Observe um exemplo:

Transformei minha bola em um objeto de arte.

Nessa frase, há dois complementos verbais. Minha bola: objeto direto; em um objeto de arte: objeto indireto. Escreva uma frase em que o verbo seja ao mesmo tempo transitivo direto e indireto.

Respostas e comentários

1. e) O emprego de linguagem formal e informal.

Respostas

1. a) Pela expressão facial e pela vestimenta: olhar cansado, chapéu, gravata-borboleta e bengala usados pelo mais velho; boné, pelo mais novo, com expressão mais jovial. Além disso, o vocabulário utilizado por eles.

b) Porque ele precisa traduzir o vocabulário diferente utilizado pelos outros dois que não se entendem.

c) Sarau: supimpa; cheio de bossa e de brotinhos. Balada: responsa; cheia de mina da hora.

d) Divertir-se à breca quer dizer divertir-se muito.

Observe se os estudantes apresentam expressões que contenham esse sentido para a segunda pergunta da atividade.

2. a) Encomendar e promovendo são transitivos diretos; transformou-se é transitivo indireto.

b) Encomendar: melhorias no jaght; transformou-se: num grande incentivador do iatismo; promovendo: as primeiras regatas de barcos a vela.

c) A atividade apresenta caso de regência verbal de verbo que pode ser utilizado como pronominal ou não: transformar/transformar-se. Outros verbos podem ser exemplificados, como vestir (transitivo direto: “Vestiu a boneca”)/vestir-se de (transitivo direto e indireto: “Vestiu-se de baiana”, sendo o pronome se objeto direto, e de baiana, indireto).

Orientações

A tirinha da atividade 1 pode ser explorada oralmente, chamando a atenção dos estudantes para o fato de que os adjuntos adnominais representados por adjetivos e locuções adjetivas podem marcar as diferenças sociais de linguagem, um tipo de variação linguística relacionada a grupos sociais, de diferentes faixas etárias.

Questões da língua

Faça as atividades no caderno.

Pontuação (2)

1. No texto “Os hábitos alimentares dos brasileiros”, lemos:

Os indígenas, por sua vez, aprenderam a saborear a uva, o melão, a laranja, frutas que nunca tinham visto.

Os portugueses também trouxeram galinhas, porcos, cabras, carneiros, ovelhas, touros e vacas, e as terras ao redor das vilas e os quintais das casas foram sendo ocupados por hortas e pomares, galinheiros, chiqueiros e estábulos. Trouxeram também bacalhau, azeite, sardinha, azeitona, sal, vinho, vinagre e trigo.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 25. (Coleção Desafios).

  1. Levante uma hipótese para explicar por que a vírgula foi amplamente empregada nesse trecho.
  2. Observe o final de cada sequência destacada no segundo parágrafo. Por que a vírgula pôde ser dispensada antes da última palavra?
Versão adaptada acessível

b. Observe, no segundo parágrafo, o final de cada sequência de palavras "galinha, porcos, cabras, carneiros, ovelhas, touros e vacas"; "por hortas e pomares, galinheiros, chiqueiros e estábulos"; "bacalhau, azeite, sardinha, azeitona, sal vinho, vinagre e trigo". Por que a vírgula pôde ser dispensada antes da última palavra?

  1. Na primeira frase todas as vírgulas empregadas exercem a mesma função? Discuta com os colegas.

2. Releia outros dois trechos do texto “Os hábitos alimentares dos brasileiros”:

reticências fazia parte da expedição o escrivão Pero Vaz de Caminha, que tinha como missão relatar a dom Manuel, rei de Portugal, todos os acontecimentos a respeito da viagem.

reticências Viviam nas senzalas, alojamentos próximos das casas dos senhores de engenho.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 22-26. (Coleção Desafios).

Observe a função das expressões destacadas nas frases e levante uma hipótese para explicar por que uma vem entre vírgulas e a outra, entre vírgula e ponto final.

Versão adaptada acessível

No texto, observe a função das expressões "rei de Portugal" e "alojamentos próximos das casas dos senhores de engenho". Levante uma hipótese para explicar por que uma vem entre vírgulas e a outra, entre vírgula e ponto final.

Ícone retomada de tópicos

Aposto

É o termo ou expressão que tem a função de explicar ou especificar o termo anterior. Por exemplo:

“Os indígenas, por sua vez, aprenderam a saborear a uva, o melão, a laranja, frutas que nunca tinham visto”.

3. Releia mais um trecho.

Aos pratos típicos da comida italiana e espanhola, somaram-se os quibes, as coalhadas e as esfihas dos sírios, árabes e libaneses; as salsichas e o joelho de porcos dos alemães; o suquiáqui, os suchí e os sachimí dos japoneses; o frango xadrez, as massas e os pastéis dos chineses; os hambúrgueres e a batata frita dos norte-americanos; as tortilhas mexicanas, as saltenhas argentinas e bolivianas; além dos pratos de origem judaica, grega, francesa e de outros povos.

RODRIGUES, Rosicler Martins. Alimento é vida. São Paulo: Moderna, 2013. página 28-29. (Coleção Desafios).

Observe que, nesse trecho, além da vírgula para separar os elementos de uma enumeração, há a utilização do ponto e vírgula. Levante uma hipótese para explicar por que foi utilizado.

Respostas e comentários

Respostas

1. a) Provavelmente os estudantes chegarão à explicação correta: para separar elementos de uma enumeração.

b) A vírgula pode ser dispensada se o último elemento vier precedido da conjunção e.

c) Não, são empregadas tanto com função de aposto quanto para enumerar.

2. Oriente os estudantes a perceberem que se trata de uma explicação do termo anterior: dom Manuel e senzalas. As expressões destacadas são apostos.

3. Resposta pessoal. Oriente os estudantes a perceberem que as vírgulas foram usadas na enumeração para separar os nomes dos pratos típicos, e, para separar nomes dos pratos de cada nacionalidade, foi empregado o ponto e vírgula.

Orientação

Nesta seção sobre pontuação, são tratados apenas alguns empregos de vírgula e ponto e vírgula. Se julgar oportuno, amplie o tratamento com outros exemplos: uso da vírgula para separar vocativo, separar adjunto adverbial anteposto, orações adverbiais antepostas à principal (como no caso das condicionais no esquema sobre vela) e para orações coordenadas.

Faça as atividades no caderno.

Vírgula e ponto e vírgula

Essas questões possibilitam estabelecer algumas regras sobre o emprego da vírgula e do ponto e vírgula. Confira-as para ver se correspondem às suas hipóteses.

  1. A vírgula é empregada para separar elementos de uma enumeração, uma sequência de palavras. No caso da atividade 1, temos a sequência dos alimentos trazidos pelos portugueses ao Brasil, por exemplo. Antes da última palavra da sequência, é possível substituir a vírgula pela conjunção e. Lembre-se de que ela não deve ser empregada para separar sujeito e predicado nem verbo e complementos.
  2. A vírgula é utilizada para separar o aposto, que deve vir entre vírgulas ou entre vírgula e ponto final, se estiver no final da frase.
  3. O ponto e vírgula marca uma pausa maior que a vírgula se você estiver lendo o texto. No caso analisado, esse sinal foi utilizado para separar o conjunto dos nomes dos pratos típicos de cada nacionalidade, uma vez que a vírgula foi empregada na enumeração dos nomes dos pratos.

Bem, bom e mal, mau

Leia a tirinha do Custódio Rosa.

Tipo da imagem: tirinha colorida em quatro quadrinhos. Personagens: um rato com armadura preta, segurando uma espada sabre de luz; um rato cinza com olhos grandes. Eles estão frente a frente. Quadrinho 1. O rato com a armadura diz: EU SOU RATH VADER, E EU ESTOU DO LADO DO MAL. O rato cinza está com os olhos arregalados e a boca voltada para baixo. Quadrinho 2. O rato cinza, apontando o dedo para o rato de armadura, diz: VENHA PARA O LADO DO BEM, RATH VADER! Quadrinho 3. Olhando para o rato cinza, o rato de armadura diz: É BOM SER MAU. O QUE O LADO DO BEM TEM DE BOM? Quadrinho  4.  O rato cinza, segurando um caixa com chocolates na frente do rato de armadura, diz: BOMBOM!

ROSA, Custódio. Usos corretos de bem, mal, bom, mau. Disponível em: https://oeds.link/Edk4bg. Acesso em: 10 abril. 2022.

  1. Ao ler o primeiro quadrinho, percebemos que se trata de uma paródia (citação de outra obra com intenção cômica ou irônica)com a personagem Darth Vader, nascido como Ánáquim Iscái uólquer, que participa da trilogia original da série de filmes Star Wars.
    • Por que aparece Rath no lugar do nome da personagem original?
  1. As palavras mal e mau, bom e bem estão em destaque nos quadrinhos. Quais são os pares que se opõem, levando em conta os sentidos presentes na tirinha: mal e bom, mau e bem, mal e bem, ou mau e bom? Justifique sua resposta.
  2. Como a personagem do lado do bem tenta convencer Rath a ir para o seu lado?
  3. Por que surge o efeito cômico no último quadrinho?
Respostas e comentários

a) Porque a personagem é um rato.

b) Mal e bem; mau e bom. Mal e bem são substantivos no texto; mau e bom são adjetivos.

c) Com uma caixa de bombons.

d) Porque a personagem faz um trocadilho com a palavra bom, repetida duas vezes, bombom, oferecendo uma caixa deles a Rath.

Resposta para bem, bom e mal, mau

b) Comente que, na expressão “lado do bem”, a preposição de está contraída com o artigo o, que determina o substantivo bem.

Sobre o emprego de bom, bem, mau, mal

A dificuldade no emprego adequado de mau e mal é recorrente e muito comum. As questões sugeridas sobre a tirinha encaminham o estudante a perceber a diferença sob dois critérios:

1. de classe gramatical, pois, em certos contextos, mau é adjetivo, enquanto mal é substantivo;

2. de oposição de sentidos entre palavras da mesma classe gramatical, pois, em certos contextos, o adjetivo mau se opõe ao adjetivo bom, enquanto o substantivo mal se opõe ao substantivo bem.

O objetivo é contribuir para que o estudante possa recorrer a esses recursos em caso de dúvida. Ainda sobre mal e bem, convém tratar dessas palavras empregadas como advérbios de modo: falar bem/falar mal; escrever bem/escrever mal etcétera

Ícone. Ilustração de três triângulos apontando para o lado direito, indicando a seção Atividades.

ATIVIDADES

Faça as atividades no caderno.

1. Copie os trechos no caderno, usando vírgula ou ponto e vírgula para terminar de pontuá-los.

É provável que para muitos o nome de Hipócrates esteja associado apenas à medicina e à ética médica, graças ao conhecido “juramento de Hipócrates”. No século cincoantes de Cristo, entretanto, houve dois gregos que deixaram contribuições relevantes chamados Hipócrates: um matemático da Ilha Jônica de Quios outro médico também jônico da Ilha de Cós.

Há inferências que por volta de 10.000 antes de Cristo, caçadores-coletores tenham povoado a região andina e que já praticavam a agricultura em torno de 4.000 antes de Cristo desde 2.000 antes de Cristo existiam civilizações avançadas nos Andes. A Cordilheira, com sua diversidade de relevos clima solo vegetação recursos hídricos flora fauna cuja exploração havia começado nos remotos tempos pré-agrícolas, constituiu-se espaço de desafios e organização de povos, que têm nos incas a sua culminância.

chássô atîco. A ciência através dos tempos. segunda edição. São Paulo: Moderna, 2004. página 46 e 85.

Justifique o uso de cada sinal de pontuação que você tenha usado ao registrar os trechos no caderno.

  1. Procure em jornais e revistas três trechos de reportagens em que ocorram tanto vírgula quanto ponto e vírgula.
    1. Apresente o seu levantamento para os colegas e o professor, explicando os usos em cada ocorrência.
    2. Existia diferença de uso entre as reportagens que você selecionou?
    3. Após as apresentações dos colegas, reflita: os usos da vírgula e do ponto e vírgula foram semelhantes aos que você selecionou? Caso algum uso tenha sido diferente, explique-o.
  2. É frequente a dúvida de muitas pessoas de quando usar mal ou mau, bem ou bom.

Elabore uma boa explicação com exemplos em frases, para diferenciar o uso dessas quatro palavras.

Dicas a serem levadas em conta:

  • classes gramaticais
  • sentidos opostos
Respostas e comentários

Respostas pessoais.

Respostas

1. Incentive os estudantes a compartilhar com os colegas os trechos pontuados e justificar sua pontuação. No final, se necessário, esclareça o uso de cada sinal para que não haja dúvidas.

2. Organize a turma em grupos e peça aos estudantes que compartilhem entre si os trechos que selecionaram. Oriente-os no caso de haver dúvida no uso dessa pontuação.

Produção de texto

Fichamento

O que você vai produzir

Muitas vezes, no momento do estudo para uma prova ou na hora de um trabalho de pesquisa, lemos diversos materiais, mas não registramos nada, nem organizamos as informações coletadas. Um instrumento importante de registro e organização dos dados coletados na pesquisa é o fichamento. Você conhecerá mais sobre ele e vai produzi-lo com base nas instruções desta seção.

O ato de fichar (registrar) o material consultado nos estudos é uma prática fundamental na vida escolar e acadêmica, pois facilita a compreensão de um tema, além de servir como um arquivo que guarda as informações mais relevantes das leituras. Além disso, é possível criar fichamentos com ferramentas digitais que podem ser armazenadas e compartilhadas em grupos.

A estrutura do fichamento ou da ficha contém três partes principais.

Exemplo de ficha

Esquema. Exemplificando uma ficha. Os elementos linguísticos correspondentes à estrutura da ficha estão destacados com cores, fora da ficha, e ligados por um fio ao texto da ficha: Cabeçalho, ligado por um fio aos seguintes textos: Título genérico: Modalidades esportivas olímpicas; Título específico: Vela; N. ficha: 1. Referência bibliográfica, ligada por um fio ao seguintes texto: Referência bibliográfica: VIEIRA, Silva; FREITAS, Armando. O que é vela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/COB, 2006. Corpo, ligado por um fio ao seguintes texto: A obra apresenta a história, as regras e as curiosidades sobre a modalidade esportiva olímpica chamada vela. Também traz números do esporte, um glossário dos termos náuticos e locais onde é possível praticar esse esporte. Local, ligado por um fio ao seguintes texto: Local onde está a obra: Biblioteca Municipal Thales Castanho de Andrade, São Paulo (SP).
  • Cabeçalho: na parte superior, o cabeçalho contém título genérico e título específico, além do número da ficha. Tem a função de ajudar o estudante/pesquisador a identificar a área do conhecimento a que pertence a ficha e o tema principal dela.
  • Referência bibliográfica: é um elemento importante para a identificação do material consultado. Deve seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (á bê eni tê). Para isso, vale consultar a ficha catalográfica da obra, que traz todos esses dados necessários.
Ilustração. Exemplificando uma ficha catalográfica. Os números correspondentes ao texto estão fora da ficha, em pequenos círculos coloridos, e ligados por um fio. Na parte superior, o texto: Catalogação na publicação (CIF). Ficha Catalográfica feita pelo autor. Abaixo, dentro de um retângulo, o texto: S677t Sobrenome, nome, 1950. (Ligado por um fio ao número 1). Título / Nome Sobrenome. – Local: Editora, Ano. 200 p. (Ligado por um fio ao número 2). ISBN 12-34567-89-0. (Ligado por um fio ao número 3). 1. Assunto geral 2. Assunto específico. (Ligado por um fio ao número 4). 1. Título. (Ligado por um fio ao número 5). CDD: 1234.56. CDU 123.456.7(89)-0. (Ligado por um fio ao número 6).
A ficha catalográfica é um componente obrigatório dos livros. O í ésse bê êne é o número de registro da obra para sua identificação. Já o cê dê dê e o cê dê u são códigos de catalogação usados para a organização das bibliotecas.
Respostas e comentários

Sobre Fichamento

O conceito de fichamento está ligado aos procedimentos de leitura e sua finalidade é organizar anotações sobre textos lidos, muitas vezes utilizadas como referências em novas produções escritas ou apresentações orais.

Sugestão

Pergunte aos estudantes se já fizeram um fichamento e como procederam na ocasião. Caso alguns já tenham realizado esse procedimento, peça-lhes que expliquem para a turma o que é e como foi feito. Se não tiverem essa experiência, solicite a eles que levantem hipóteses sobre ela. Explique-lhes que fichamento consiste em um conjunto de notas organizado pelo leitor e que pode ter várias finalidades: destacar um trecho importante, organizar ideias-chave, registrar conceitos que não ficaram claros para o leitor ou elencar trechos que serão usados como citações em produções de texto etcétera Se julgar oportuno, peça que busquem na internet os significados para a palavra fichamento.

Depois dessa discussão, oriente-os a observar a marcação das cores que os autores usaram para distinguir elementos da ficha e peça-lhes que levantem hipóteses sobre sua finalidade.

Habilidades trabalhadas nesta seção

(ê éfe seis nove éle pê três cinco) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa, infográfico, relatório, relato de experimento científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que podem envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.

(ê éfe seis nove éle pê três seis) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos.

(ê éfe oito nove éle pê dois cinco) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etcétera

  • Corpo ou texto: é o conteúdo da ficha. Varia de acordo com o tipo de fichamento que se fará.
  • Local onde está a obra: é o registro para saber onde ela estava disponível no momento da consulta e poder recorrer a ela novamente, caso necessário.
Ícone pontos de atenção e noções complementares>

Associação Brasileira de Normas Técnicas (á bê eni tê)

Essa organização é responsável por criar os parâmetros que devem ser seguidos na formatação das referências bibliográficas. Essas regras também uniformizam a apresentação dos trabalhos acadêmicos, ajudando na compreensão dos conhecimentos científicos.

A seguir, você conhecerá os três tipos mais comuns de fichamento. Observe a correspondência entre as cores para compreender como a informação ocorre na prática.

1. Ficha de citação: é a reprodução (cópia fiel) de trechos do texto consultado considerados importantes para o estudo. Toda citação deve vir entre aspas, acompanhada do número da página de que o trecho foi extraído. Qualquer supressão de palavra ou frase deve ser assinalada com a pontuação adequada. Além disso, deve obedecer à organização da obra. Exemplo:

A vela pode ser definida como um esporte náutico em que um atleta velejador oferece o máximo de suas habilidades para conduzir uma embarcação que se movimenta graças ao impulso do vento sobre a vela (ou velas). É quase sempre praticada no mar, em áreas de águas oceânicas, em circuitos especialmente desenhados para competição. As disputas reticências também ocorrem em grandes lagos e nos rios, nas chamadas águas interiores. (página 12)

VIEIRA, Silvia; FREITAS, Armando. O que é vela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/cób, 2006. página 12.

  1. Ficha de resumo: é uma síntese das ideias principais do texto consultado (obra ou capítulo). Deve ser elaborada com as palavras do estudante/pesquisador sem fugir das ideias do texto-base. Geralmente, o resumo dessa ficha é feito com base nas anotações realizadas durante a leitura. Não precisa seguir a organização da fonte de referência. O exemplo desse tipo de ficha é apresentado na página 82.
  2. Ficha de comentários ou analítica: apresenta uma crítica do pesquisador sobre as ideias expressas pelo autor da obra consultada. O comentário pode ser sobre todo o livro ou de uma parte dele. A análise pode se concentrar na fórma (organização do livro, fotos etcétera.) ou no conteúdo do material consultado. Também pode destacar a contribuição da obra para determinada área do conhecimento, mesclando com trechos que sintetizam a ideia principal da obra. Observe o texto a seguir, que se inicia com uma síntese da obra, depois traz um comentário.

A obra O que é vela apresenta a história, as regras e as curiosidades sobre a modalidade esportiva olímpica chamada vela. Também traz números do esporte, um glossário dos termos náuticos e locais onde é possível praticar esse esporte. É um livro escrito em uma linguagem acessível para o público leigo neste esporte, contribuindo para a divulgação dessa prática esportiva ainda desconhecida pelo público brasileiro.

Respostas e comentários

Indicação de livro

Para aprofundar conhecimentos sobre estudo e pesquisa, consulte a clássica obra: SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. vigésima quarta edição São Paulo: Cortez, 2016.

Agora que você conhece os tipos de fichamento, vamos praticar sua elaboração.

Planejamento

Definição do tema

  1. A turma deve fazer uma votação para decidir um dos dois grandes temas:
    • Alimentação saudável.
    • Modalidades esportivas.
  2. Feita a votação, vocês devem formar duplas e, com o colega, fazer um recorte dentro desse grande tema. Por exemplo, se o tema escolhido foi modalidades esportivas, selecionem um esporte, como vôlei, futebol, esgrima ou atletismo, para pesquisar.
  3. Depois, vocês precisam definir o objetivo e o interlocutor da sua pesquisa. Por exemplo: apresentar a esgrima para crianças. Isso ajudará na seleção dos materiais a serem lidos.
  4. Na sequência, pensem por que esse tema escolhido é importante. Ou seja, deem uma justificativa para sua pesquisa.
  5. Por fim, anotem possíveis perguntas que gostariam de ver respondidas quando concluírem a pesquisa.

Levantamento bibliográfico

O método para responder às perguntas da pesquisa será o levantamento bibliográfico, ou seja, vocês devem consultar materiais que tratam do tema selecionado.

Consultem três fontes diferentes sobre o tema, registrando as informações obtidas de três maneiras: primeiro façam uma ficha de citação para uma das fontes, depois, uma ficha de comentários para a segunda fonte, e, por fim, uma ficha de resumo para a terceira fonte. Assim, poderão praticar os vários tipos de fichamento.

Consulte as informações em suportes diversos. Considerem as sugestões a seguir e os pontos de atenção necessários em cada suporte.

  • Jornais impressos: fiquem atentos à data de publicação, para buscar dados atualizados.
  • Sites: para fazer uma pesquisa eficiente na internet, selecionem grupos de palavras-chave específicas sobre o tema. Por exemplo, se colocarem em um buscador da internet a palavra vela, aparecerão sugestões ligadas não somente à prática esportiva, mas também à peça de cera com pavio. Para otimizar os resultados, use aspas e o sinal de adição. Digite, por exemplo: vela + “prática esportiva”. Nos buscadores, quando você coloca expressões entre aspas, são buscados sites em que essas palavras aparecem juntas. Já a pesquisa com o sinal de adição indica que você está interessado em páginas em que apareçam os dois termos.
  • Livros: prestem atenção nas informações que constam na quarta capa, na orelha e no prefácio para compreender se a obra trata do tema em uma perspectiva que é interessante para sua pesquisa.

Feito o levantamento bibliográfico, leiam com atenção o material, fazendo anotações úteis para os fichamentos.

Respostas e comentários

Orientação

Se considerar pertinente, na Definição do tema, consulte a turma para eleger temas da atualidade ou outros do interesse dos estudantes para a realização do fichamento. É possível também fazer o fichamento dos próprios conteúdos de língua portuguesa desta Unidade.

No item Levantamento bibliográfico, oriente os estudantes a descobrir outros comandos de busca. Em uma pesquisa simples com esses termos na internet, é possível conhecer outras dicas que permitem maior precisão nas buscas.

Produção

  1. Com o material e as anotações em mãos, é hora de preparar as fichas.
  2. Retomem a estrutura das fichas: cabeçalho, referência bibliográfica, corpo e local onde está a obra.
  3. Atentem para o tipo ou os tipos de ficha que estão produzindo:
    • Na ficha de citação, atenção ao especificar a página. De nada adianta copiar o trecho importante e colocar os números da página incorretos, pois, se precisarem consultar o livro, irão para a página errada.
    • Na ficha de resumo, sintetizem as ideias principais do autor, sem acrescentar dados nem sua opinião.
    • Na ficha de comentários, comentem as ideias principais discutidas no livro.
  4. Cada ficha deve ser um registro sintético para consulta posterior. A linguagem, portanto, deve ser objetiva e direta.

Revisão

1. Avaliem o que escreveram. Façam uma leitura silenciosa e atenta das fichas e siga os critérios a seguir.

Em relação à proposta e ao sentido do texto

Em relação à ortografia e à pontuação

1. As fichas organizam de maneira clara e concisa os dados coletados?

1. As referências bibliográficas foram escritas de acordo com as normas da ABNT?

2. As fichas têm as partes principais: cabeçalho, referência bibliográfica, corpo do texto e local onde a obra foi encontrada?

2. A ficha de citação apresenta corretamente o número das páginas da citação entre parênteses?

3. A ficha de citação traz informações relevantes sobre o tema em cópia fiel ao texto-base?

3. A ficha de citação indica corretamente as supressões realizadas no texto-base?

4. A ficha de resumo sintetiza em uma linguagem objetiva as ideias principais do autor do texto-base?

4. As vírgulas, os dois-pontos e os parênteses foram empregados corretamente nas fichas de resumo e de citação?

5. A ficha de comentários utiliza adjetivos e exemplos para justificar sua opinião sobre o texto-base?

5. Foi consultado um dicionário nos casos de dúvida de ortografia?

2. Concluída a análise das fichas, façam os ajustes necessários. Lembrem-se de que a função das fichas é organizar os dados coletados que podem servir para consulta em outras etapas de estudo.

Circulação

  1. Conversem sobre o processo de levantamento de dados e dos fichamentos e identifiquem pontos que possam ser aprimorados. Se necessário, façam ajustes nas fichas.
  2. Entreguem suas fichas ao professor para que ele as avalie. Depois, guardem-nas, pois elas serão úteis em um trabalho de exposição oral.

Avaliação

  1. Como vocês definiram o tema de sua pesquisa?
  2. O levantamento bibliográfico respondeu às suas perguntas de pesquisa?
  3. Vocês verificaram os dados encontrados durante o levantamento bibliográfico?
  4. Qual é sua opinião sobre o fichamento como método para organizar os estudos e as pesquisas?
Respostas e comentários

Orientações

Para a produção de fichas, proponha perguntas aos estudantes: O que vão escrever? Com que finalidade? Como vão escrever? Para quais leitores? Oriente-os a considerar os elementos específicos desse gênero: cabeçalho, que inclui título genérico, título específico e número da ficha; referência ou referências da pesquisa bibliográfica, corpo da obra pesquisada, organizado como citação, resumo ou comentário; local onde a obra pode ser encontrada. Lembre à turma que a ficha deve ser um registro sintético para consulta posterior. A linguagem, portanto, deve ser objetiva e direta.

No momento da revisão, os estudantes deverão fazer uma “leitura crítica” de sua produção, com base em dois conjuntos de critérios: proposta e sentido do texto e correção da ortografia e pontuação. A seguir, deverão fazer os ajustes necessários para que a ficha atenda aos critérios previamente definidos.

Na etapa de circulação, oriente-os a comentar e fazer os ajustes necessários, respeitosamente.

No momento da avaliação, proponha à turma uma roda de conversa sobre todo o processo de fichamento e como ele pode ajudar na sistematização do conhecimento.

Oralidade

Exposição oral

Agora, vocês vão se reunir com outra dupla para fazer uma apresentação oral sobre a pesquisa que realizaram e ficharam. Procurem formar grupos com colegas que selecionaram o mesmo grande subtema que vocês. Assim, vocês podem compartilhar os resultados e depois selecionar qual subtema vão apresentar à turma. Se o grande tema foi modalidades esportivas, vocês podem escolher falar de um ou dois esportes.

Etapa 1: Construção do texto oral

A apresentação oral também é um gênero textual com suas características composicionais e marcas linguísticas. Ela pode ser dividida nas seguintes etapas:

  1. Abertura: é o momento de os membros do grupo cumprimentarem o público e se apresentarem.
  2. Introdução: neste momento, apresentam-se ao público o tema e o planejamento da fala. Por exemplo: Nossa apresentação tratará da modalidade esportiva vela. Primeiro, contaremos um breve histórico sobre esse esporte. Depois, apresentaremos as regras dessa modalidade, para, então, descrever as embarcações. Por fim, apontaremos as principais conquistas dos brasileiros nessa modalidade.
  3. Desenvolvimento do tema: é a hora de expor de maneira detalhada o que foi anunciado na introdução. Procure chamar a atenção dos ouvintes para quando mudar de assunto ou quiser destacar algo, para que eles possam acompanhar sua fala. Exemplos de construções para essa fase: Agora, passaremos para outro tópico... É importante ressaltar que ... Como já foi dito...
  4. Síntese: próximo do final da apresentação, retome os pontos principais, oferecendo um resumo à plateia. Exemplo: Em resumo, a vela é um esporte...
  5. Conclusão: neste momento, são expostas as considerações finais sobre o trabalho, colocando-se uma pergunta para os colegas ou citando o que gostariam de pesquisar sobre o assunto. Exemplo: Para concluir, gostaríamos de convidá-los a pensar o que poderia ser feito para que o país se torne uma potência nesse esporte.
  6. Encerramento: nesta fase, são feitos agradecimentos ao público. Exemplo: Obrigado pela atenção de todos. Foi um prazer compartilhar um pouco do que aprendemos com vocês.

Seguindo essas etapas, organizem o texto oral do grupo. Depois, preparem o material visual.

Etapa 2: Preparação do material visual

  1. Nas apresentações orais, o material visual é um apoio para o texto falado, ajudando o expositor a não se perder durante sua apresentação e facilitando a compreensão dos ouvintes. Por isso, vale a pena pensar em como será feito.
  2. O material visual deve ser conciso e atraente. Para organizá-lo, utilizem as anotações da fase pré-levantamento bibliográfico e os fichamentos.
  3. Lembrem-se do objetivo, da justificativa e do método da pesquisa. Retomem as perguntas de pesquisa, verifiquem o que foi respondido pelas fichas e selecionem o que pode ser transformado em recurso visual.
Respostas e comentários

Sobre Exposição oral

Nesta seção, você vai trabalhar as habilidades relacionadas às atividades que os estudantes realizaram ao longo desta Unidade e que culminam com a exposição oral. Suas recomendações sobre esses procedimentos contribuirão para sustentar a qualidade da apresentação que a turma fará, uma vez que esses momentos de exposição podem causar constrangimento aos estudantes mais tímidos.

Orientação

Na preparação do material visual, acompanhe os estudantes orientando-os na escolha das imagens; peça-lhes que analisem se são adequadas ao tema escolhido, que observem os formatos e a quantidade de material para que seja conciso, pois ele servirá como apoio no momento da apresentação.

Habilidades trabalhadas nesta seção

(ê éfe seis nove éle pê três oito) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes fórmas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.

(ê éfe seis nove éle pê três seis) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos.

(ê éfe oito nove éle pê dois cinco) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etcétera

  1. Por fim, pensem que o material visual deve servir de apoio para responder a cinco perguntas para o público:
    • Qual é meu tema?
    • Por que escolhi esse tema?
    • Quais eram minhas indagações?
    • Como tentei respondê-las?
    • O que descobri?

Saiba +

TED

É o acrônimo para Tecnologia, Entretenimento e Design (Planejamento). Trata-se de um formato de conferências em que o palestrante tem 18 minutos para falar sobre um assunto de relevância mundial. O formato é organizado por uma fundação estadunidense sem fins lucrativos e está presente em diversos países do mundo. No Brasil, é possível encontrar conteúdos em língua portuguesa divulgados pela fundação nos canais oficiais das redes sociais e plataformas de vídeo.

  1. Então, preparem o material visual, de acordo com as seguintes instruções:
    • As apresentações devem ser simples, com letras legíveis, pouco texto e algumas imagens.
    • Caso selecionem vídeos, lembrem-se de que devem ser curtos e escolham o melhor momento para mostrá-los à turma.
    • Cite as fontes das fotografias e do vídeo.
    • Coloquem no final também as fontes bibliográficas do trabalho, para quem deseja consultá-las para se aprofundar no tema.
    • Façam ensaios da apresentação. Se possível, gravem em vídeos os ensaios, para que possam ser avaliados individual e coletivamente para encontrar pontos de aprimoramento da postura e da fala.

Etapa 3: Apresentação

No dia combinado com o professor, levem os materiais visuais e as anotações para a sala de aula. Na hora da apresentação, não se esqueçam dos seguintes aspectos da apresentação oral:

  1. Voz: deve ser ouvida por toda a turma. Não fale muito baixo, nem muito alto. Fique atento ao ritmo e não fale muito rápido, nem devagar, encontrando um meio-termo.
  2. Postura: adote uma postura corporal segura. Não encoste na lousa, não cruze os braços nem coloque as mãos no bolso. Deixe as mãos livres e faça movimentos controlados.
  3. Contato com a plateia: procure olhar nos olhos dos ouvintes e fazer perguntas para chamar a atenção do público.

Na hora de ouvir a apresentação dos colegas, adote também uma postura atenta, ouça a exposição, faça anotações e elucide eventuais dúvidas no momento adequado.

Avaliação

Após a apresentação de todos os grupos, avalie a atividade, com a orientação do professor, de acordo com os critérios a seguir:

  • O roteiro da apresentação foi bem planejado e ensaiado?
  • A apresentação oral respeitou o propósito de cada uma das partes desse gênero?
  • Os materiais visuais apoiaram a fala?
  • O volume e o ritmo da voz prenderam a atenção dos ouvintes?
  • A postura corporal adotada demonstrou segurança à plateia?
  • Os expositores falaram com propriedade?
  • A audiência acompanhou com interesse a apresentação?
Respostas e comentários

Indicação de artigo

O seu papel durante as apresentações também precisa ser planejado; você não deve interferir nas apresentações sem ser solicitado. Órli Mérion Uéber Mílan publicou um artigo sobre o assunto, “A comunicação oral na apresentação de atividades escolares”, que vale a pena conhecer. Disponível em: https://oeds.link/8tSdCD. Acesso em: 21 março 2022.

Orientação

Ao planejar o texto oral que será apresentado para a turma, os estudantes devem considerar os seis momentos indicados no livro: abertura, introdução, desenvolvimento do tema, síntese, conclusão e encerramento. Incentive-os a se prepararem em relação às etapas do que será exposto para os colegas; é preciso que considerem o modo como vão dizer o que prepararam, utilizando o vocabulário apropriado ao tema que escolheram e à formalidade da situação. Também é preciso que se preparem para falar com clareza e fluência, além de cuidar para que o tom de voz não seja inaudível ou, ao contrário, alto demais.

No dia da apresentação, repasse com os estudantes os três tópicos: voz, postura e contato com a plateia. Lembre-os de que a interação com a plateia, o tom de voz e a postura são importantes para que a apresentação flua sem problemas. Além disso, lembre-os de que o material de apoio (anotações/esquemas) não deve ser lido, mas serve para ajudá-los a não se esquecerem de apresentar alguma informação importante.

Após a apresentação dos grupos, a avaliação das apresentações pode ser realizada em dois tempos: um momento de autoavaliação, em que os estudantes analisam os aspectos de sua exposição oral para os colegas, e um momento de avaliação do professor, no qual serão considerados como critérios os estabelecidos no Livro do Estudante.

Projeto

Ícone. Tema contemporâneo transversal: Cidadania e civismo.

Cidadania

O que nos faz ser cidadãos? Responder a essa pergunta não é fácil. E é em busca de respostas para ela que este projeto é proposto.

Vamos começar pelo que informa este verbete de um dicionário.

  Verbete Atualizado  Verbete Original

cidadão

(ci.da.dão)

ésse eme.

1. Pessoa no gozo de seus direitos políticos e civis; indivíduo que é membro de um Estado e tem perante este a mesma condição que a maioria do povo: dever de obediência às leis e ao governo e direito a proteção.

CIDADÃO. Dicionário Caldas Aulete Digital. Disponível em: https://oeds.link/EXkICu. Acesso em: 10 abril. 2022.

De acordo com esse verbete, o cidadão tem direitos políticos e civis e proteção do Estado e, ao mesmo tempo, deve obediência às leis desse Estado. No entanto, pensar que a cidadania consiste apenas em ter direitos e deveres é um tanto simplista, já que eles se interligam: ao cumprir suas obrigações, você possibilita a outros que tenham seus direitos preservados. É uma construção coletiva perene.

Agora, faça um teste para ver se você pode ser considerado um bom cidadão. Leia atentamente estas perguntas e responda a elas mentalmente.

Você:

a) sempre joga lixo no lugar adequado, recicla lixo ou incentiva a reciclagem?

b) economiza água e eletricidade?

c) respeita a natureza?

d) respeita filas?

e) cede lugar, nos transportes públicos, a idosos, gestantes e pessoas com deficiência?

f) respeita espaços públicos, não causando danos ao patrimônio público?

g) respeita diversidade de religião, costumes e opiniões, evitando impor suas ideias aos outros?

h) combate o bullying cometido contra os colegas?

i) desliga seu celular na sala de aula, em cinema, teatro ou local de palestras?


Se você respondeu não a uma dessas perguntas, é importante refletir sobre os motivos que o impedem de tomar as atitudes corretas. Lembre-se de que vivemos em comunidade e, para que seja possível a construção de uma sociedade mais igualitária, com igualdade de direitos e oportunidades, é importante que cada um faça a sua parte.

Este projeto será desenvolvido em cinco etapas ao longo do ano letivo. Ao final, haverá a exposição do material produzido no decorrer das etapas, em uma Mostra da cidadania. Esse evento poderá ser aberto a toda a comunidade escolar. Será necessário contar com a participação de professores de História, Geografia, Ciências, Educação Física e Arte.

Respostas e comentários

Orientação

O projeto permite desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo (subtema: Educação em Direitos Humanos) ao articular a reflexão sobre o comportamento cidadão e o trabalho com a pesquisa sobre direitos de pessoas em situação de vulnerabilidade.

Ao explorar o verbete cidadão, explique aos estudantes que Estado, nessa definição, é interpretado como nação, conjunto das instituições (governo, Congresso, Poder Judiciário etcétera) que administram essa nação.

Habilidades trabalhadas nesta seção

Leitura

(ê éfe seis nove éle pê três dois) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etcétera), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos.

(ê éfe seis nove éle pê três quatro) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura, produzir marginálias (ou tomar notas em outro suporte), sínteses organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro comparativo, esquema, resumo ou resenha do texto lido (com ou sem comentário/análise), mapa conceitual, dependendo do que for mais adequado, como fórma de possibilitar uma maior compreensão do texto, a sistematização de conteúdos e informações e um posicionamento frente aos textos, se esse for o caso.

(ê éfe oito nove éle pê dois quatro) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.

Produção de texto

(ê éfe seis nove éle pê três cinco) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa, infográfico, relatório, relato de experimento científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que podem envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.

(ê éfe seis nove éle pê três seis) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos.

(ê éfe oito nove éle pê dois cinco) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etcétera

O professor vai organizar a turma em quatro grupos para o trabalho coletivo no desenvolvimento do projeto e vai ajudar a turma a guardar o material produzido em cada etapa.

Elabore uma lista com o número de chamada, o nome e os contatos (e-mails, telefones) de cada estudante. Esses dados serão necessários nos momentos em que você precisar compartilhar materiais, trocar ideias, combinar encontros etcétera.

Primeira etapa

O que é ser cidadão?

Atividade para todos os grupos

Na Unidade 1 deste volume, você leu textos reveladores da dura realidade enfrentada por cidadãos de determinadas áreas do Nordeste do país, principalmente em decorrência do fenômeno da seca. Como eles, outros cidadãos têm seus direitos tolhidos em função de inúmeros fatores. Você e seu grupo vão fazer uma pesquisa para produzir um artigo de opinião respondendo a uma das perguntas listadas a seguir, relacionadas à cidadania. Que pergunta você e seus colegas de grupo vão escolher?

  1. Como assegurar a cidadania das pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade?
  2. Como preservar a cidadania dos imigrantes?
  3. Como garantir a cidadania dos doentes?
  4. Como salvaguardar a cidadania de pessoas com deficiência?

Lembre-se de se orientar, na pesquisa, em relação a qualquer uma das perguntas, na direção de identificar e descrever as ações necessárias para a promoção do exercício dos direitos e das liberdades fundamentais, visando à inclusão social.

Após a escolha da pergunta por você e seu grupo, reúnam-se para uma primeira troca de impressões. Para que possam argumentar de fórma consistente é necessário conhecer o assunto de maneira aprofundada, o que requer pesquisas em fontes confiáveis. Antes da pesquisa, cada um expressará sua opinião inicial sobre o assunto e proporá algumas sugestões. Isso será importante para você e seu grupo confrontarem suas colocações iniciais com seu posicionamento após a conclusão da pesquisa.

Depois de feita a pesquisa, reunindo imagens, dados, legislações específicas e o que mais julgarem necessário para embasar o artigo, destaquem o que for mais relevante para compartilhar com o grupo. Após as discussões, planejem e elaborem o artigo de opinião que responderá à pergunta escolhida pelo seu grupo.

  • Iniciem com a introdução contendo a opinião do grupo sobre o assunto.
  • No desenvolvimento, defendam o posicionamento com argumentos consistentes, utilizando as informações pesquisadas.
  • A conclusão deve sintetizar os argumentos corroborando a opinião expressa no início.
  • A revisão e reescrita contribuem para o aperfeiçoamento do texto.
  • Guardem esse material para o evento de encerramento do projeto.
Respostas e comentários

Orientação

As etapas do trabalho deverão ser antecipadamente agendadas, de fórma que os estudantes possam organizar-se para realizar as atividades em seus devidos prazos. Com os outros professores participantes, acompanhe os grupos na pesquisa, nas anotações e na síntese das ideias presentes nas fontes consultadas, bem como no planejamento e na elaboração do texto. Os grupos poderão trocar seus textos para que comentários sejam feitos no sentido de aperfeiçoá-los.

Sugestão

A organização dos grupos poderá ser feita por sorteio ou de acordo com as afinidades entre os estudantes. Se possível, apresente à turma o vídeo da banda Skank, interpretando “Pacato cidadão”, de Samuel Rosa e Chico Amaral (disponível em: https://oeds.link/Adfv5f, acesso em: 16 março 2022), como motivação inicial para o trabalho a ser realizado ao longo do ano.

Indicação de livro

Se quiser se aprofundar na temática da atividade de pesquisa escolar, esta obra traz sugestões de como utilizá-la:

Banho, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. décima nona edição São Paulo: Loyola, 2015.