UNIDADE 1 – QUEM EU SOU

Objetivos da unidade

• Perceber a diversidade étnica, física, cultural e de gênero em seus espaços de convivência, principalmente no ambiente escolar.
• Identificar as próprias características físicas e os gostos pessoais e os de outras pessoas.
• Reconhecer a importância do respeito às diferenças.
• Conhecer características básicas dos seres vivos.
• Identificar e nomear diferentes partes do corpo.
• Relacionar os órgãos dos sentidos às suas funções.
• Compreender que o corpo humano se modifica ao longo da vida.
• Reconhecer diferentes fases da vida humana.
• Compreender e exercitar o respeito às diferenças.

  O objetivo desta abertura é direcionar o olhar do estudante para si, para que analise algumas de suas características físicas e alguns de seus gostos pessoais. Com base nessas primeiras observações, o estudante será levado, ao longo da unidade, a constatar semelhanças e diferenças entre as pessoas. Nesse momento, é importante que as características não sejam abordadas sob uma perspectiva julgadora, que elenca características entre “boas” e “ruins”. Procure estimular um ambiente de respeito, para que os estudantes se sintam à vontade e respeitados.

  BNCC em foco:

  EF01CI02, EF01CI04

Vamos conversar

1. As pessoas estão se observando em espelhos, notando suas próprias características.

2. Comente que muitas crianças se parecem com seus pais, mas também há aquelas que não se parecem com seus familiares. É o caso, por exemplo, de crianças adotadas. Caso o assunto surja na conversa, aproveite para desconstruir eventuais opiniões estigmatizadas sobre adoção. Os estudantes também podem identificar semelhanças com os colegas. Observe as características que eles usam para estabelecer essas comparações.

3. Aproveite a oportunidade para desenvolver nos estudantes o hábito de se autovalorizar. Questione quais são as características de que eles mais gostam em si próprios, evitando abordagens que reforcem uma concepção idealizada de beleza.

   Se possível, leve um espelho para a sala de aula e faça uma atividade semelhante à da abertura. Um estudante por vez deve se observar e dizer uma característica que ele acredita que o torna único: formato dos olhos, cílios longos ou curtos, pintas, covinhas nas bochechas, entre outras características. Essa atividade é importante para o desenvolvimento da oralidade.

   Caso tenha disponibilidade, organize a turma em um espaço amplo e proponha também uma atividade com gestos como balançar os cabelos, cruzar os braços, pular com uma perna só, entre outros movimentos que permitam explorar as partes do corpo. Depois, reunidos em duplas ou pequenos grupos, estimule-os a imitar os gestos uns dos outros. Para crianças com deficiência visual, descreva os gestos que estão sendo feitos pelos colegas e ajude-as a imitá-los. Músicas e comandos sonoros também podem ser usados.

   Para o estudante ler

   RIBEIRO , N. Jeito de ser . São Paulo: Editora do Brasil, 2013.

   Livro sobre a individualidade e a diversidade, com questionamentos que farão os estudantes pensarem em si mesmos e terem empatia com os outros.

Objetivos da seção

• Desenvolver habilidades sociais, ao apresentar algumas de suas características a um colega.
• Conhecer as características de um colega.
• Reconhecer as próprias preferências.

  Peça aos estudantes que preencham a ficha individualmente e procure ajudar as crianças que estiverem encontrando dificuldades para realizar a tarefa. É provável que os estudantes ainda não tenham familiaridade entre si, por isso, ajude-os a se reunirem em duplas para trocar os livros. É interessante também promover um encontro com estudantes de outra turma, para que possam se apresentar e conhecer mais colegas.

  Atenção durante a conversa entre os estudantes. Verifique se há tratamento respeitoso entre eles e se não estão depreciando alguma preferência dos colegas. Esse pode ser um bom momento para estabelecer algumas regras de tratamento entre os colegas da turma. Se achar pertinente, elabore um quadro com boas regras de convivência, sugeridas pelos próprios estudantes.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI04

  Sugestão de atividade: Retrato falado

  Forme grupos de quatro integrantes e peça a cada grupo que descreva um componente para o restante dos colegas. A turma deve adivinhar, pela descrição, quem foi o integrante escolhido. Todos do grupo, inclusive o que será descrito, devem falar uma característica sua. As características podem ser físicas ou relacionadas ao jeito de ser (brincalhão, esportista, calmo etc.).

  Oriente os estudantes a não usarem nenhum termo depreciativo para descrever o colega ou a si mesmo. É importante mediar a brincadeira de maneira que as criancas não sejam expostas a constrangimentos ou ofensas.

Se preferir, em vez de duplas, monte grupos maiores de estudantes para que possam trocar seus livros e conhecer melhor uns aos outros.

A atividade pode ser ampliada para incluir mais características pessoais dos estudantes. Para isso, converse com eles sobre quais informações eles gostariam de usar para se apresentar a um colega novo. Sugira informações como a brincadeira predileta, a cor favorita, o desenho animado de que mais gosta, entre outras. Procure optar por informações que os estudantes possam registrar na forma de desenhos.

• Atividade 1. Ao propor a comparação de características próprias com as de um colega, esta atividade auxilia o desenvolvimento da habilidade EF01CI04.
• Atividade 2. As atividades desta página possibilitam ao estudante reconhecer suas preferências e as dos colegas, aprendendo a conhecer e apreciar aquilo de que gosta e ter empatia com a preferência dos outros. Esse tipo de habilidade está relacionado à competência específica 7 e à competência geral 4.

  Você pode propor uma atividade para facilitar a integração entre os estudantes. Organize-os em roda. Com uma bola na mão, coloque-se no centro da roda e diga seu nome, sobrenome, o município onde nasceu e algo que você gostava muito quando era menor. Em seguida, jogue a bola para um dos estudantes. Aquele que receber a bola deverá ir ao centro da roda e se apresentar, fornecendo também informações sobre o nome, local de nascimento e algo de que gosta. A brincadeira continua até que todos tenham se apresentado.

  Domínio da linguagem

  Oralidade. A capacidade de se apresentar de forma clara é importante para o desenvolvimento do domínio da linguagem. Ao se apresentar para outras crianças, a socialização do estudante é favorecida.

Objetivos do capítulo

• Perceber a diversidade étnica, cultural, física e de gênero em seus espaços de convivência.
• Identificar as próprias características físicas e gostos pessoais, bem como os de outras pessoas.
• Reconhecer a importância do respeito às diferenças.
• Conhecer as características básicas dos seres vivos.
• Identificar e nomear diferentes partes do corpo.
• Atividade 1. Estimule a reflexão dos estudantes sobre suas características físicas. Peça a eles que, mentalmente, se descrevam: a cor e o formato dos olhos, a altura, a cor do cabelo, a cor da pele etc. Esse é um importante exercício de auto-observação para a realização do autorretrato.
• Atividade 2. O intuito é que o estudante tente representar, por meio de um desenho, como ele próprio acha que é. Reforce que o importante não é saber desenhar, mas refletir sobre si e expressar como se enxerga. A representação por meio de desenho também é importante para a formação da percepção da criança a respeito de sua identidade. Estimule o desenho como forma de auxiliar a construção do pensamento abstrato. Se o estudante insistir no desenho, treine a oralidade com a descrição da imagem.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI04

  Texto complementar

  Formação da autoestima na infância

  O ‘eu’ é construído por imagens e opiniões que os outros significativos lançam através do ‘espelho social’ e que são incorporadas ao self desde a mais tenra infância [...]. Nessa perspectiva, as experiências familiares, com o professor e com o grupo social mais estendido, serão o molde para as opiniões que a criança irá formando sobre si e embasarão os valores atribuídos a si mesmo [...].

  Dentre os fatores determinantes para o desenvolvimento da autoestima, estão o valor que a criança percebe dos outros em direção a si, expresso em afeto, elogios e atenção; a experiência da criança com sucessos ou fracassos; a definição individual da criança de sucesso e fracasso; a forma desta reagir às críticas [...].

  A dominação de crianças, a ridicularização, a humilhação, a rejeição e a punição severa tendem a resultar em baixa autoestima. [...] O papel da escola é muito maior do que apenas repassar os conhecimentos científicos. Educar é criar condições para que, na sua interação, a criança possa desenvolver uma relação lógica com o mundo [...]. Nesse sentido, diversos trabalhos têm mostrado a importância do ambiente escolar e do relacionamento entre educadores e alunos como relevantes para a formação da autoestima da criança.

  ASSIS, S. G.; AVANCI, J. Q. Labirinto de espelhos: formação da autoestima na infância e na adolescência. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2004. p. 31-32; 37-38.

Explique aos estudantes que as pessoas têm particularidades que as diferenciam umas das outras. Nem mesmo gêmeos idênticos são exatamente iguais. Há sempre uma ou outra característica física que os distingue e que geralmente só são percebidas pela família e por amigos mais próximos.

Enfatize que as diferenças tornam as pessoas únicas e que não as tornam melhores ou piores que ninguém. É importante que os estudantes compreendam que as características físicas não determinam características sociais.

• Atividade 3. Espera-se que os estudantes reconheçam características diferentes entre as crianças. Ao explorar a imagem, estimule-os a reconhecer as situações ilustradas e as características físicas das personagens da cena.
• Atividade 4. Aproveite para valorizar as diferenças entre as pessoas, enfatizando que todas merecem respeito, independentemente das características físicas ou dos gostos pessoais.

Ao trabalhar com a habilidade EF01CI04, o professor tem a possibilidade de explorar algumas características das pessoas que são comuns a todos os seres vivos. Assim, após realizar a leitura do parágrafo inicial, peça aos estudantes que citem exemplos de seres vivos. Mencione alguns exemplos e questione-os se são seres vivos ou são elementos não vivos. Nessa faixa etária, é comum os estudantes pensarem que seres vivos são apenas aqueles que se deslocam ou se movem, como os animais. Mostre fotografias de plantas e fungos (bolores e cogumelos) e comente que eles também são seres vivos, pois nascem, se desenvolvem e morrem.

Aproveite para conhecer melhor a turma. Pergunte se todos têm animais de estimação ou plantas em casa. Deixe que contem suas histórias. Se possível, faça uma roda de conversa para que eles troquem experiências.

• Atividade 5. O objetivo desta atividade é que os estudantes identifiquem características que podem distinguir seres vivos de elementos não vivos. Com base nas características assinaladas nos quadros, espera-se que eles concluam que os seres vivos a serem identificados são o pássaro e a árvore.
• Atividade 6. Os estudantes podem desenhar, por exemplo, outro animal, um ser humano ou uma planta. Depois do desenho, peça a eles que expliquem, oralmente, por que acham que o ser representado é um ser vivo. Peça também que citem uma ou mais características que os tornam diferentes desse ser vivo.

  	BNCC em foco na dupla de páginas: EF01CI04

  Sugestão de atividade: Retrato da paisagem

  Material: lápis de cor, folhas de papel sulfite, prancheta ou superfícies duras para servir de apoio.

  Como fazer: Para desenvolver a capacidade de observação e os conceitos de seres vivos e elementos não vivos, é possível propor aos estudantes que façam um retrato de determinado ambiente, como um jardim ou uma praça. Assim, leve os estudantes para um desses espaços e oriente-os a observem o local. Em seguida, eles devem se sentar e iniciar seus desenhos.

  Oriente os estudantes a usarem lápis de cor para fazer o desenho. Para desenhar seres vivos, por exemplo, eles podem usar a cor vermelha; para desenhar elementos não vivos, podem usar a cor azul.

  Dessa forma, os estudantes devem evidenciar sua compreensão sobre os conceitos de seres vivos e elementos não vivos. Atente para eventuais representações incorretas e discuta-as coletivamente, sem individualizar as correções.

Objetivos da seção

• Seguir instruções para a realização de um experimento simples.
• Acompanhar a germinação do feijão e identificar características de um ser vivo.

  Como desdobramento da habilidade EF01CI04, os estudantes vão observar e comparar características visando identificar seres vivos. Inicie a atividade conversando sobre as diferenças entre um botão, uma pedra e o feijão. Estimule a oralidade com perguntas como: Qual é a cor do botão? Existem botões de outras cores? E formatos? Pergunte como seria possível identificar qual desses elementos é um ser vivo, registrando as principais ideias dos estudantes.

  Faça uma leitura pausada das instruções e auxilie-os na montagem dos copos. Comente que não é necessário cobrir os elementos com o algodão e que os copos devem ser mantidos em local fresco e arejado. Deve-se evitar luz direta do Sol, que prejudicará a germinação.

  Observe os copos diariamente com os estudantes, verificando e registrando a situação dos copos por meio de desenhos. Nas primeiras mudanças do feijão, questione-os sobre o que está acontecendo e o que acontecerá nos próximos dias.

  Ao fim do experimento, a terra e os demais elementos podem ser reaproveitados. Caso optem por manter a muda, plantem-na em um vaso maior para que se desenvolva.

  Questione-os sobre as características dos seres vivos e peça que identifiquem quais foram constatadas no experimento. Eles devem concluir que presenciaram o nascimento e o desenvolvimento inicial da planta. Caso a muda de feijão tenha seu ciclo de vida interrompido por algum motivo, acrescentem essa característica nos resultados obtidos.

O texto e as atividades das páginas 20 e 21 trabalham com a identificação de partes do corpo e suas respectivas funções. Dessa forma, esse conteúdo colabora com o desenvolvimento da habilidade EF01CI02.

Explore, com a turma, de que formas costumamos utilizar algumas partes do corpo, como os pés, a cabeça, os braços etc. Por exemplo: com as pernas nos locomovemos, com as mãos manipulamos objetos, na cabeça estão os olhos, orelhas, boca e nariz.

Crianças dessa faixa etária ainda não têm consciência de todos os detalhes do corpo. As atividades que trabalham esses aspectos contribuem para que elas desenvolvam sua consciência corporal. A música e a dança atuam como instrumentos de expressão corporal e colaboram com o autoconhecimento.

• Atividade 7. Conte à turma que você vai ler versos de uma canção que menciona diferentes partes do corpo. Realize uma primeira leitura sem interrupção e, ao fim, pergunte às crianças se gostaram da canção e se identificaram as palavras que se referem a nomes de partes do corpo. Em uma segunda leitura, incentive cada estudante a ler um dos versos em voz alta e a sublinhar as palavras identificadas. Os estudantes devem sublinhar: pé, joelho, mão e nariz.

  Avalie a possibilidade de criar uma coreografia na qual todos devem mostrar as partes do corpo citadas na música. Desafie-os a comporem novas rimas identificando outras partes do corpo, como panela/canela, jerimum/bumbum etc. Assim, a música contribui para promover a socialização e o desenvolvimento da linguagem, importantes no processo de alfabetização.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI02

  Texto complementar

  Consciência corporal

  Consciência corporal é o reconhecimento, a identificação e a diferenciação da localização do movimento das inter-relações das partes do corpo e articulações, também é a consciência que se tem da orientação espacial e da localização percebida do corpo no ambiente. [...]

  Para executar atividades da vida diária, bem como desempenhar habilidades complexas, é necessário ter uma consciência do corpo, de suas várias partes e de suas dimensões. Um aspecto da consciência corporal é a identificação das partes do corpo.

  À medida que as crianças se tornam mais velhas, elas conseguem denominar corretamente as principais partes do corpo [...] e designar partes corporais com maior especificidade. A velocidade com que uma criança aprende a denominar as partes corporais resulta, em grande parte, da quantidade do tempo que os pais ou outros adultos praticaram com ela. [...]

  As crianças também necessitam de uma sensação das dimensões espaciais do corpo, como em cima e embaixo. Elas normalmente dominam essas duas dimensões primeiro, depois em frente e atrás e, por fim, ao lado. [...]

  HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. p. 219.

Oriente os estudantes a se basearem nas palavras que sublinharam na atividade 7 para que possam realizar a atividade 8 mais facilmente. A importância da consciência corporal é abordada no Texto complementar.

• Atividade 8. Observe se os estudantes desenharam a formiguinha nas partes corretas do corpo. Esta é uma boa oportunidade para você avaliar o grau de consciência corporal dos estudantes. Caso perceba que alguns estudantes não acertaram, peça a eles que troquem seus livros com os colegas para ver se os resultados foram parecidos. Assim, eles mesmos poderão perceber e discutir as escolhas feitas. Pode-se também reencenar a música como forma de correção, auxiliando na capacidade dos estudantes de relacionar as partes do próprio corpo com o desenho, focando assim nas similaridades.
• Atividade 9. Incentive os estudantes a conversarem sobre como usam as partes do corpo no dia a dia. Dessa forma, eles poderão, por meio da experiência, dizer as funções principais dessas partes do corpo.
• Atividade 10. Os estudantes devem pintar cabeça, pescoço, braços e pernas. O tronco se estende dos ombros até a cintura.

  Educação em valores

• Valorização das diferenças. Ao trabalhar com as características do corpo, é fundamental desencorajar atitudes preconceituosas que possam surgir. É um importante momento para valorizar as diferenças entre as pessoas.

Objetivos da seção

• Comparar as próprias mãos com as dos colegas para constatar diferenças.
• Refletir sobre diferenças físicas entre as pessoas.

  Nesta atividade prática, direcione o olhar dos estudantes para diferenças físicas entre si e os colegas. Optou-se por analisar o formato da mão, pois essa abordagem permite desenvolver habilidades de fazer registros (desenho) e compará-los. Se julgar conveniente, proponha outros tipos de comparação: altura, comprimento do braço, cor dos olhos, entre outros. Cuide para não atribuir valor a nenhuma característica, como melhor ou pior, apenas apontar as diferenças. Essa atividade favorece o desenvolvimento da habilidade EF01CI04.

  Faça uma leitura pausada de cada passo do experimento, pois é importante que os desenhos sejam feitos segundo essas instruções. Assim, auxilie os estudantes a compreenderem como devem alinhar o pulso com o desenho. Caso o alinhamento não esteja correto, não será possível comparar o comprimento das mãos. Ajude-os a escolherem a mão direita ou a esquerda para a realização da atividade. Para saber mais sobre lateralização no desenvolvimento das crianças, leia o texto sugerido.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI04

  Texto complementar

  A lateralização no desenvolvimento infantil

  [Liliane] Lurcat estudou as relações entre o esquema corporal e o espaço sob a perspectiva do desenvolvimento infantil, contribuindo para o entendimento das relações espaciais e de suas implicações na lateralização, localização e orientação. A autora adverte que o meio ambiente é “lateralizado” a partir dos vetores do esquema corporal: frente/atrás, direita/esquerda, acima/ abaixo. Segundo ela, os lados direito e esquerdo são percebidos simultaneamente pela criança, porém frente/atrás não, pois a passagem da frente para trás supõe uma conversão. No esquema corporal, há uma polarização do campo superior e da frente devido aos movimentos de alimentação e à ação dos órgãos faciais. Lurcat constatou que o amadurecimento da lateralidade ocorre pela projeção gradativa do esquema corporal, primeiro do eixo frente/atrás, depois direita/esquerda.

  ALMEIDA, R. D. Uma proposta metodológica para a compreensão de mapas geográficos. In: ALMEIDA, R. D. (Org.). Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2007. p. 147.

• Atividades 1 a 4. Peça aos estudantes que justifiquem suas respostas baseando-se na observação comparativa dos desenhos. Espera-se que os estudantes percebam que uma mão pode ser maior, outra menor, uma mais comprida, outra mais larga. Notem porém, que as mãos também têm características semelhantes: são membros do corpo, possuem unhas, os dedos possuem digitais, servem para pegar objetos, levam a comida à boca etc.
• Atividade 5. Nesta atividade os estudantes devem verificar se os resultados que eles encontraram foram os mesmos que eles tinham previsto antes de começá-la. Comente que, muitas vezes, relacionamos o tamanho de uma pessoa com o tamanho de sua mão. Assim, explore os resultados obtidos procurando evidenciar que nem sempre há correspondências entre certas características do corpo.

  Para encerrar a atividade, peça aos estudantes que mencionem outras diferenças que eles percebem entre si. Encaminhe a conversa de modo a fazê-los perceber a diversidade de corpos. Pergunte se alguma dessas características físicas influencia na personalidade da pessoa. Leve-os a concluir que diferenças físicas não tornam uma pessoa legal ou chata, por exemplo.

  Para o estudante ler

  OTERO, R.; RENNÓ, R. Ninguém é igual a ninguém. São Paulo: Editora do Brasil, 2008.

  O livro apresenta, de forma lúdica, como é bom podermos ser nós mesmos.

Objetivos do capítulo

• Identificar e nomear diferentes partes do corpo.
• Relacionar os órgãos dos sentidos às suas funções.

  Neste capítulo, serão apresentados os órgãos dos sentidos e suas funções. Com isso, é favorecido o desenvolvimento da habilidade EF01CI02.

  Inicie o assunto do capítulo explorando as imagens da página. Peça aos estudantes que descrevam o que veem em cada uma. Depois, questione-os sobre cheiros, sabores, sons, cores e texturas de que mais gostam e como acham que percebem essas sensações. É possível que os estudantes associem essas sensações aos órgãos dos sentidos. Neste momento, no entanto, não exija respostas corretas; use o questionamento para verificar noções prévias dos estudantes.

  Comente sobre a importância dos sentidos para a sobrevivência e questione, por exemplo, como os sentidos da visão e da audição podem ser usados para evitar perigos. Comente que, sempre que vamos atravessar uma rua, devemos olhar os dois lados para identificar se não há nenhum carro se aproximando, além de manter-nos atentos aos sons de sirenes e buzinas, que também alertam para a proximidade de veículos.

  Educação em valores

  Inclusão. Ao comentar sobre a importância da visão e da audição, mencione que há pessoas com deficiências e que não conseguem enxergar ou ouvir como as demais. Esclareça que existem muitos recursos que ajudam essas pessoas a ter autonomia e levar uma vida normal. Caso exista algum estudante com deficiência visual ou auditiva na sala, peça que explique aos colegas como realiza algumas das atividades diárias. Promova um ambiente de respeito, para que ninguém se sinta constrangido.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI02

  Sugestão de atividade: Trabalho com os sentidos

  Para o tato, por exemplo, coloque, em uma caixa de sapato, objetos como papel, pedaço de madeira, lixa, borracha etc. Faça um buraco na tampa da caixa e feche-a com um pedaço de tecido, de modo que os estudantes não vejam o conteúdo. Assim, um por vez, eles devem colocar a mão no buraco e sentir os objetos para adivinhar o que são.

  Para o olfato, prepare pedaços de algodão embebidos em diferentes líquidos: café, leite com achocolatado, suco de limão etc. Coloque cada algodão em um copo distinto e feche-os com gaze e elástico. Com os olhos vendados, os estudantes deverão sentir o aroma em cada copo e tentar identificá-lo.

  Quanto à gustação, ofereça alimentos, como frutas de diferentes texturas e sabores, para os estudantes provarem. Antes, certifique-se de que não tenham nenhum tipo de alergia aos alimentos selecionados.

  Para a audição, leve objetos que emitam sons característicos, como buzina e chocalho. Peça aos estudantes que, com os olhos vendados, ouçam os sons e identifiquem os objetos que os emitem. Outra alternativa é que levem diferentes tipos de grãos (arroz, feijão, ervilha, milho), pequenas rochas, entre outros objetos pequenos para serem colocados dentro de latas. Ao balançar cada uma delas, eles podem analisar o tipo de som emitido pelos materiais.

  Para a visão, mostre folhas de papel pintadas com cores diferentes e peça aos estudantes que identifiquem essas cores.

Incentive os estudantes a refletirem sobre as diferentes possibilidades de usar o corpo para perceber o mundo e se comunicar. Apresente situações do cotidiano para que os estudantes identifiquem a importância dos cinco sentidos para nos relacionarmos com o mundo e questione-os: Como sabemos a cor de uma flor? Como sabemos que algo está seco ou molhado? Como sabemos que algum colega nos chamou para brincar? É importante que os estudantes reconheçam que ver, ouvir, sentir o gosto, o cheiro e o toque da pele constituem mecanismos fundamentais da experiência humana, pois, por meio dos sentidos, somos capazes de compreender o ambiente que nos cerca.

• Atividade 1. O objetivo desta atividade é que os estudantes completem os nomes das partes do corpo com as letras faltantes, contribuindo assim para a sua alfabetização. Espera-se que os estudantes mencionem as funções de cada parte do corpo na percepção do ambiente.
• Atividade 2. É possível que os estudantes mencionem principalmente as axilas, a barriga e os pés. Essa atividade tem por objetivo nomear partes do corpo humano e perceber como a palavra “pele” é escrita, além de identificar uma de suas funções, que é perceber o toque. Outro objetivo é que o estudante faça um autorretrato, aproveitando para reconhecer e apreciar as próprias características.

  As atividades 1 e 2, ao proporcionarem oportunidades de localizar e nomear partes do corpo, favorecem o desenvolvimento da habilidade EF01CI02.

Promova uma leitura compartilhada das adivinhas. Você pode dizer as adivinhas e depois pedir aos estudantes que leiam cada uma delas, uma a uma. O aprimoramento da habilidade de leitura é importante para o processo de alfabetização dos estudantes. Em seguida, estimule-os a imaginar a resposta e deixe que eles apresentem suas ideias antes de fornecer a resposta correta.

• Atividade 3. Essa atividade pode ser abordada de forma interdisciplinar com Língua Portuguesa, para que eles trabalhem a oralidade, além de favorecer o desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência geral 4. Ao ler as palavras do quadro e registrá-las por escrito, também é possível trabalhar o processo de alfabetização com os estudantes.
• Tarefa de casa. Oriente-os a repetirem as adivinhas em casa. Eles poderão recontar o que se lembram delas ou, ainda, ler as adivinhas a um adulto. Não deixe de perguntar para eles, no dia seguinte, como foi essa experiência.

  Comente que a pele recobre todo o corpo, mas a sensibilidade é diferente nas diversas partes. Os lábios e as pontas dos dedos, por exemplo, são muito mais sensíveis que as costas ou a barriga.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI02

  Para o estudante ler

  QUEIRÓS, B. C. de. Os cinco sentidos. São Paulo: Global, 2009.

  Livro sobre os cinco sentidos e como eles interferem em nossa forma de perceber o mundo.

Ao realizar as atividades 4 e 5, questione os estudantes sobre qual órgão percebe os cheiros. Pergunte se eles já perceberam que, quando estamos gripados, não conseguimos sentir direito o cheiro e o sabor dos alimentos. Comente que, quando o nariz fica “entupido”, isto é, cheio de muco, não conseguimos perceber bem os aromas. Isso influencia na percepção do sabor dos alimentos, que depende do olfato e da gustação. Pode-se também relacionar o tato à gustação, comentando que, ao colocar alimentos na boca, é possível sentir se eles estão quentes ou frios.

• Atividade 4. Peça aos estudantes que tentem descrever o cheiro de cada alimento representado nas imagens. Esse tipo de atividade, além de ajudar a enriquecer o vocabulário, é importante para que todos percebam como as preferências das pessoas variam e, assim, entendam e respeitem as preferências dos outros.
• Atividade 5. Pergunte como todos conseguiram responder a essa atividade sem provar os alimentos representados nos desenhos. Notem que foi preciso usar a visão para identificá-los, e a memória para classificá-los. Ou seja, os estudantes já teriam que ter experimentado os alimentos para conhecer o seu sabor.
• Atividade 6. Antes de iniciar o desenho, peça aos estudantes que se reúnam em duplas e observem os detalhes dos olhos uns dos outros. Aproveite essa atividade para nomear algumas partes dos olhos, como pálpebras, cílios, sobrancelhas etc.

  Para o estudante assistir

  Não tenha medo do escuro. Mimi e Lisa. Disponível em: http://fdnc.io/ehU. Acesso em: 24 abr. 2021.

  Lisa conhece Mimi, uma garota com deficiência visual. Juntas, se divertem e vivem aventuras.

Objetivos da seção

• Produzir um quadro relacionando texturas aos elementos representados.
• Investigar diferentes texturas.

  Tendo por base a habilidade EF01CI02, os estudantes terão a oportunidade de explorar e identificar diferentes texturas por meio de um dos órgãos do sentido, a pele. Para isso, separe a turma em grupos de três ou quatro estudantes e inicie a leitura das instruções do experimento, pausadamente.

  Oriente-os para que façam um desenho grande na cartolina, pois ele facilitará o preenchimento dos espaços com os diversos materiais.

  Os estudantes devem escolher os materiais para preencher cada parte do desenho do quadro. Podem, por exemplo, escolher materiais que tenham uma textura ou uma cor parecida com a parte representada. Assim, questione-os sobre os critérios que eles pretendem usar para selecionar os materiais e peça que reflitam sobre suas escolhas. Não é necessário impor nenhum tipo de regra nesse sentido; deixe-os livres para criar.

  Ao final da atividade, peça aos estudantes que observem e toquem as criações de outros grupos. Eles devem descrever as sensações táteis que cada material proporciona. Aproveite para explorar outros sentidos, pedindo que toquem os materiais com os olhos abertos e, depois, com os olhos fechados e comentem se perceberam alguma diferença. Pedir a eles que relatem essas experiências permite estimular a oralidade e a organização das ideias dos estudantes.

  Comente com os estudantes que, em museus e exposições, geralmente é proibido tocar nas obras de arte para evitar danos.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI02

  Texto complementar

  Como ler para estudantes com deficiência visual

  [...] A escritora Alessandra Roscoe promove leituras para bebês cegos ou com deficiências visuais severas.

  Ela usa vários artifícios sonoros, como instrumentos musicais, caixinhas de música, chocalhos e outros instrumentos criados para imitar barulho de chuva, de sininhos; cria ambientes envolventes, espalhando perfume quando fala de flores, por exemplo; oferece objetos para serem manipulados com diferentes texturas e cores, tudo para atrair a atenção dos pequenos. [...]

  Além de fazer a leitura com as crianças, a autora [dá dicas para] estimular o hábito entre as crianças. [...]

• atentar para os cinco sentidos: a leitura pode ser uma experiência sensorial quando se experimenta usar sons, objetos para serem tocados, aromas e sabores de dentro do livro;
• permitir que a criança “entre” na história: para isso, é preciso tirar os elementos do livro, fazendo com que ela sinta que faz parte daquele mundo imaginário;
• criar um ambiente propício para a história: um lugar calmo, uma música de fundo, de preferência sentados no chão, sob um tapete e de bom humor; [...].

  FRANZIN, A. Como ler para bebês cegos? Portal EBC. Disponível em: http://fdnc.io/ehV. Acesso em: 11 mar. 2021.

Objetivos da seção

• Conhecer direitos das pessoas com deficiência.
• Compreender e exercitar o respeito às diferenças.

  Um desdobramento da habilidade EF01CI02 é trabalhar com pessoas com deficiência, ou seja, pessoas que apresentam diferenças em relação a partes e funções do corpo humano. A seção é um dos momentos de trabalho do tema formação cidadã, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

  Realize a primeira leitura do texto sem interrupção e pergunte o que entenderam dele. Depois, explore cada imagem. Esclareça as possíveis dúvidas sobre o vocabulário e verifique se todos compreendem o significado da palavra direito.

  Nessa análise com os estudantes, questione se conhecem algum cadeirante. Pergunte como acham que essas pessoas realizam algumas tarefas. Caso exista algum colega com deficiência na turma, peça que conte aos demais sobre seu cotidiano.

  Explique que o material didático acessível para pessoas com deficiência visual, por exemplo, pode ser feito em braile ou ter audiodescrição. O transporte acessível refere-se a veículos preparados para transportar pessoas cadeirantes ou com outras deficiências. Oriente os estudantes a comentarem essas informações na atividade proposta para casa.

  Educação em valores

  Direitos humanos. Comente com os estudantes que as pessoas com deficiência devem ser incluídas na escola regular, respeitando diferenças, garantindo acessibilidade e condições de ensino adequadas. A educação inclusiva é um direito de toda pessoa com deficiência e um dever do Estado.

  Para o estudante assistir

  Leitura em braile. Multicultura. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nv2-2AGNreI . Acesso em: 11 mar. 2021.

  Vídeo apresentando pessoas com deficiência visual lendo em braile e falando da importância da leitura em suas vidas.

Objetivos do capítulo

• Compreender que o corpo humano se modifica ao longo da vida.
• Reconhecer diferentes fases da vida humana.

  Ao trabalhar a habilidade EF01CI04, é possível ampliar a percepção dos estudantes sobre as suas características, explorando aquelas que se modificam ao longo da vida.

  Leia o texto para os estudantes e pergunte como são as pessoas representadas nas imagens e também pessoas que eles conhecem em cada uma das fases da vida. Peça que descrevam algumas características de crianças, adolescentes, adultos e idosos que conhecem.

  Converse com os estudantes sobre os idosos. Comente que o corpo fica mais frágil nessa idade, por isso é preciso ter mais cuidado ao realizar tarefas e atenção maior com a saúde. Há muito o que aprender com pessoas mais idosas pela grande experiência adquirida ao longo da vida.

  Incentive os estudantes a falarem sobre o que brincam, o que fazem no tempo livre e o que gostavam de fazer quando eram mais novos. Pergunte se têm recordações de quando eram menores, o que comiam, o que conseguiam fazer, os passeios que realizavam etc.

  Pergunte a eles como acham que serão em cada uma das fases apresentadas. Esse exercício de imaginação ajuda a desenvolver a consciência de que o corpo está em modificação e continuará mudando por muitos anos.

• Atividade 1. Comece a atividade indicando crianças para lerem em voz alta as informações sobre as fases da vida, identificando dificuldades relacionadas à leitura. Retome a análise das imagens e peça a eles que descrevam mais características da infância. Proponha a criação de um mural para desenharem atividades relacionadas à infância.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI04

• Atividade 2. Aproveite esta atividade para verificar se os estudantes reconhecem a importância da passagem do tempo (sucessão de dias, meses e anos) para o desenvolvimento das pessoas. Ao final, peça a eles que identifiquem a sequência cronológica das imagens.
• Atividade 3. Aproveite esta atividade para reforçar a noção de que o corpo dos estudantes está em transformação. Estimule-os a observarem a fotografia escolhida e a falarem sobre as diferenças que eles veem ao comparar características de quando eram bebês às suas características atuais.

  Texto complementar

  Linguagem e a compreensão da passagem do tempo pelas crianças

  [...]

  O uso do tempo convencional pelas crianças mostrou estar fortemente relacionado ao uso dos pais. Fazemos aqui a distinção entre conceitos temporais que parecem ser apreendidos no cotidiano junto com o desenvolvimento da linguagem e os conceitos que dependem de outras variáveis para se desenvolverem. No caso da linguagem, quanto mais desenvolvida, maior será a familiaridade da criança com certos conceitos temporais (os que chamamos aqui de experienciais). A mediação do outro no desenvolvimento tanto da linguagem como do pensamento é crucial. Há indicação aqui de que a mediação pode variar entre famílias e que esta variação pode ter impacto maior no desenvolvimento de alguns conceitos temporais do que em outros.

  EISENBERG, Z. W. O desenvolvimento de noções temporais através da linguagem. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24 (1), 2011, p. 88.

Objetivos da seção

• Conhecer alguns direitos das crianças segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente.
• Compreender e exercitar o respeito às diferenças.
• Produzir um cartaz sobre os direitos das crianças.

  A seção é um dos momentos de trabalho do tema formação cidadã, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo. Ao longo de todo o volume, espera-se que a abordagem dos direitos de crianças, adolescentes, adultos e idosos, assim como dos portadores de necesidades especiais trabalhados na seção Álbum de Ciências da página 29, contribua para desenvolver noções sobre direitos e deveres como cidadão e o respeito à diversidade, e está relacionado à competência específica 5 e à competência geral 7. O tema também permite explorar características das fases da vida e o respeito às diferenças, de acordo com aspectos da habilidade EF01CI04.

  Leia o texto pausadamente com os estudantes e esclareça dúvidas de compreensão e vocabulário. Ao explorar as imagens, pergunte o que eles compreendem sobre os direitos apresentados. Questione se eles acreditam que esses direitos lhes são garantidos, explicando a resposta.

  É importante conscientizá-los de que todos têm direitos assegurados pela lei. A noção de que eles são cidadãos com direitos e que devem ser respeitados auxilia na construção da identidade das crianças.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI04

  Texto complementar

  O que é Constituição?

  Constituição é o conjunto de normas básicas de um país. Estas normas básicas estabelecem a forma de governo, a forma de Estado, como os representantes do povo são eleitos, as pessoas que podem votar e ser votadas, assim como os direitos das pessoas e da sociedade. Tratam também dos deveres do poder público e da maneira como ele se relaciona com a população. A atual Constituição Brasileira foi promulgada em 1988. [...]

  O que são direitos humanos?

  Conjunto mínimo de direitos necessários para assegurar a vida digna do ser humano. O rol de direitos humanos é vasto e abrange, entre outros, o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à educação, à saúde, à moradia, entre outros. Tais direitos são universais (são de todos, não importando a nacionalidade, credo, etnia, opinião política etc.), indivisíveis (não é possível proteger um direito e vulnerar outro) e interdependentes (os direitos se inter-relacionam). Direitos humanos são todos aqueles que precisam ser reconhecidos pelo Estado, necessariamente, para que as pessoas vivam com dignidade. […]

  MATO GROSSO. Todos têm direito a ter direitos: cartilha sobre os direitos do cidadão. Mato Grosso: Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, 2009. p. 8-9.

Após a realização do primeiro bloco de atividades, questione os estudantes sobre outros direitos que, na opinião deles, deveriam ser assegurados às crianças e aos adolescentes. Escute as ideias e proponha questionamentos simples com o intuito de levar os estudantes a perceber como a existência dos direitos afeta a comunidade.

• Atividades 1 e 2. Essas atividades verificam se o estudante compreendeu o texto que foi lido para ele e recuperam assuntos e informações pontuais em situações de escuta formal de textos. Aproveite para avaliar se os estudantes são capazes de localizar e retirar informações do texto e se fazem inferências a partir delas.
• Atividade 3. Peça aos estudantes que justifiquem suas respostas, sem exigir rigor na argumentação. O intuito da atividade é trabalhar com a leitura de imagens e fazer os estudantes refletirem sobre a importância de cada um dos direitos.
• Atividade 4. Se julgar conveniente, releia o texto pausadamente para os estudantes e peça que sublinhem os direitos das crianças mencionados. Depois, solicite que escolham um desses direitos para realizar a atividade.

  Educação em valores

  Cidadania. A noção de direitos e responsabilidades é necessária para o exercício pleno da cidadania. Trabalhe a noção de que todos os cidadãos têm direitos que devem ser garantidos e respeitados, assim como os direitos das crianças e dos idosos. Estes últimos não dizem respeito diretamente aos estudantes, mas eles devem compreender que também exercem a cidadania quando respeitam os idosos e seus direitos.

Objetivos da seção

• Retomar os objetivos estudados na unidade e o vocabulário aprendido.
• Avaliar o processo de aprendizagem em relação aos conteúdos abordados na unidade.
• Atividade 1. Estimule os estudantes a observarem a imagem com atenção para identificarem diferenças entre as crianças representadas. Depois, incentive-os a encontrarem semelhanças entre as crianças que estão representadas no desenho e pessoas que eles conhecem. Peça também que imaginem outras características das personagens que não sejam apenas físicas. Não deixe de verificar se as crianças emitem juízo de valor a respeito das características dos colegas ou se percebem que não há atributos bons ou ruins, cada um contribui para a individualidade. Lembre os estudantes que é importante respeitar as diferenças e não julgar as pessoas.
• Atividade 2. Estimule os estudantes a pensar nas mais diversas atividades para elencar o máximo de possibilidades que conseguirem na descrição das funções da mão.

  BNCC em foco:

  EF01CI02, EF01CI04

• Atividade 3. Verifique as respostas dos estudantes e explique que o quadro “membros” pode ser ligado a mais de uma parte do corpo (braços e pernas). Se desejar complementar a atividade, solicite a eles que nomeiem outras partes do corpo que conseguem identificar na fotografia. Caso você identifique alguma dificuldade nesta atividade, faça a atividade complementar sugerida acompanhando e ajudando as crianças a realizarem cada uma das etapas propostas.
• Atividade 4. Os estudantes devem pintar as pessoas, os demais animais e as plantas. Devem circular as pedras, a água e o banco. Podem circular outros elementos, como roupas e o livro. Questione os estudantes sobre os critérios que eles usaram para realizar essa classificação. Para auxiliar as crianças nessa aprendizagem, escreva cada característica dos seres vivos na lousa e depois faça uma leitura compartilhada de todas elas.

  BNCC em foco:

  EF01CI02

  Sugestão de atividade complementar

  Confeccione um quebra-cabeça com as seguintes partes: cabeça, pescoço, tronco e membros (pernas e braços). Você pode montá-lo a partir do contorno do corpo do estudante em papel Kraft, por exemplo. Depois de recortar as partes do corpo, providencie fichas com o nome das partes do corpo, com letras maiúsculas, e entregue ambos os materiais ao estudante. A criança deverá montar o quebra-cabeça e fazer a leitura dos nomes nas fichas, posicionando-as corretamente sobre o desenho do corpo humano no quebra-cabeça, montado.

• Atividade 5. Auxilie os estudantes na leitura das características apontadas em cada alternativa. Ao identificar cada uma delas, eles devem julgar se elas fazem parte ou não das características dos seres vivos. Caso o professor identifique alguma dificuldade na realização da atividade, retome os quadros da página 18 do Livro do Estudante. Depois, verifiquem se todos os seres vivos pintados na atividade 4 apresentam essas características.
• Atividade 6. As respostas vão depender de como os estudantes interpretam a imagem. Atente para que as explicações fornecidas por eles correlacionem corretamente os órgãos dos sentidos às suas funções. Por exemplo, na primeira imagem, podem citar o barulho que o líquido faz ao cair na xícara, o cheiro e o gosto da bebida, a temperatura da xícara antes e depois de colocar o líquido.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF01CI02

• Atividade 7. Permite que as crianças utilizem números naturais como indicador de ordem em diferentes situações cotidianas; nesse caso, para ordenar a sequência das fases da vida. Para isso, os estudantes devem reconhecer cada uma delas por meio da leitura de imagens e devem organizá-las em ordem cronológica. Aproveite para incentivá-los a identificar e descrever as características de cada uma delas.

  Aproveite a atividade 7 e verifique se os estudantes percebem o desenvolvimento do cavalo e da árvore ao longo do tempo, ou seja, eles também apresentam diferentes fases de vida. Comente que outros animais crescem e envelhecem, como cães e gatos. Se julgar oportuno, retome o fato de que a morte é uma etapa no ciclo de vida de todos os seres vivos. No último quadro, a ausência do cavalo significa que ele morreu, pois vive em média 30 anos.

• Atividade 8. Além de os estudantes reconhecerem as diferentes fases da vida de cada pessoa, o preenchimento das letras para completar o nome favorece o desenvolvimento da alfabetização. Espera-se que os estudantes comentem não apenas diferenças físicas entre as fases, mas também mencionem a autonomia para realizar diferentes atividades em cada fase da vida. Uma possibilidade para trabalhar o tema está na sugestão de atividade complementar.

  Educação em valores

  Respeito ao idoso. Ao tratar da velhice, pergunte aos estudantes como são os idosos que eles conhecem. Explique que, com a idade, o corpo tende a se tornar mais frágil, e alguns idosos precisam de ajuda para executar determinadas tarefas. Isso, no entanto, não deve ser a única ou principal característica associada à velhice. Comente que as pessoas mais velhas têm bastante experiência de vida e podem nos ensinar muitas coisas. Essa característica deve ser respeitada e valorizada.

  Sugestão de atividade complementar

  Disponibilize aos estudantes materiais com imagens para recorte (revistas, jornais e outros). Solicite a cada estudante que encontre gravuras de pessoas em diferentes fases da vida (infância, adolescência, fase adulta e velhice). Pendure quatro cartazes feitos de cartolina, cada um deles com o nome de uma das fases da vida. Por fim, ajude os estudantes a recortarem as imagens escolhidas e peça a eles que colem cada um dos recortes no cartaz correspondente. Com os cartazes preenchidos será possível explorar e valorizar a diversidade das pessoas em cada fase da vida.