MP003

SUMÁRIO

Seção Introdutória, p. MP004

Os componentes desta coleção, p. MP004

Livro do Estudante, p. MP004

Manual do Professor, p. MP004

A proposta didática desta coleção, p. MP004

A concepção de Geografia, p. MP004

Os objetivos do ensino de Geografia, p. MP004

O trabalho com as competências, p. MP005

As Competências Gerais da Educação Básica, p. MP005

As Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental, p. MP005

As Competências Específicas de Geografia para o Ensino Fundamental, p. MP005

O trabalho com as habilidades, p. MP007

A visão geral dos conteúdos, p. MP008

Os princípios norteadores desta coleção, p. MP011

Os conteúdos temáticos, p. MP011

A alfabetização cartográfica, p. MP012

Literacia e numeracia na Geografia, p. MP012

Literacia, p. MP012

Numeracia, p. MP013

Educação em valores e temas contemporâneos, p. MP013

A avaliação, p. MP014

A estrutura dos livros, p. MP015

Para começar, p. MP015

Abertura da unidade, p. MP015

Desenvolvimento dos conteúdos e das atividades, p. MP015

Para ler e escrever melhor, p. MP015

O mundo que queremos, p. MP015

O que você aprendeu, p. MP015

Para terminar, p. MP015

Referências bibliográficas, p. MP015

Orientações Específicas, p. MP017

Conheça a parte específica deste Manual, p. MP017

Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento e Habilidades trabalhados neste livro, p. MP019

Tema atual de relevância trabalhado neste livro, p. MP020

Unidade 1 – A paisagem, p. MP034

Unidade 2 – O espaço rural, p. MP062

Unidade 3 – O espaço urbano, p. MP090

Unidade 4 – Cuidados com a natureza e seus recursos, p. MP124

MP004

SEÇÃO INTRODUTÓRIA

Os componentes desta coleção

Esta coleção oferece instrumentos e suporte para o trabalho do professor no desenvolvimento das propostas pedagógicas. As estratégias de aula, guiadas por competências e habilidades, podem ser construídas por meio da mobilização dos conteúdos do Livro do Estudante, apoiados pelas orientações fornecidas no Manual do Professor. A avaliação e o acompanhamento das aprendizagens dos estudantes também encontram respaldo no Livro do Estudante. Além disso, todos os recursos oferecidos podem ser adaptados pelo professor para atender às necessidades da turma e dialogar com o projeto pedagógico da escola.

Livro do Estudante

Formam a parte principal desta coleção os cinco volumes do Livro do Estudante, nas versões impressa e digital, do ao 5º ano. O conteúdo de cada volume é organizado em quatro unidades que compreendem um conjunto de capítulos, cuja proposta é detalhada no item A estrutura dos livros (página MP015).

Manual do Professor

Este Manual do Professor, nas versões impressa e digital, foi elaborado com a finalidade de auxiliar o professor na utilização dos livros da coleção e na realização de propostas de trabalho complementares. O conteúdo está organizado em duas partes.

A primeira parte, a Seção Introdutória, aqui apresentada, expõe a proposta da coleção para o ensino de Geografia, descreve os princípios norteadores da coleção, apresenta a estrutura dos livros e explicita a concepção de avaliação adotada.

A segunda parte deste Manual compreende as orientações específicas de trabalho relativas a cada página e seção do Livro do Estudante, que compreendem explicações de caráter prático referentes às atividades propostas, incluindo considerações pedagógicas a respeito de eventuais dificuldades que os estudantes possam apresentar durante a resolução e oferecendo alternativas para a consolidação do conhecimento dos temas contemplados.

A proposta didática desta coleção

A concepção de Geografia

A proposta de trabalho desta coleção parte da concepção de Geografia como ciência que, dialogando com outras áreas do conhecimento, estuda, analisa e compreende o mundo em que vivemos sob o ponto de vista de sua ordenação espacial. Em outras palavras, a Geografia possibilita a compreensão do espaço geográfico, resultante da relação entre a sociedade e a natureza e entendido como a materialização dos tempos da vida social.

Para estudar o espaço geográfico é necessário um modo de pensar próprio da ciência geográfica, o que requer fundamentação teórica e habilidades específicas, como o domínio de conceitos básicos da Geografia – natureza, sociedade, lugar, paisagem, território, região – e de seus procedimentos peculiares – observação, descrição, análise e síntese, entre outros.

A Geografia também deve possibilitar, por meio da compreensão do espaço geográfico, a formação de um indivíduo que se perceba como sujeito social, crítico e consciente para o exercício da cidadania.

Desse modo, esta coleção pretende oferecer ao estudante elementos que o auxiliem na compreensão das relações entre a sociedade e a natureza e dos processos de transformação advindos dessa interação, assim como possibilitar ao estudante o desenvolvimento de valores que se materializem em atitudes de participação e de colaboração para a vida em sociedade.

Os objetivos do ensino de Geografia

Para que a Geografia escolar possa cumprir seu papel de fornecer elementos necessários à compreensão da realidade e à formação da cidadania, definimos para esta coleção objetivos que levem o estudante a:

MP005

O trabalho com as competências

O ensino de Geografia visa ao desenvolvimento global do estudante a partir do trabalho com competências e habilidades.

Os conteúdos temáticos e as atividades desta coleção foram elaborados com o propósito de desenvolver as competências e as habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ressalta-se que todas as competências e habilidades da BNCC são trabalhadas ao longo da coleção e estão referenciadas nas Orientações Específicas do Manual do Professor, junto dos tópicos e atividades do Livro do Estudante em que são desenvolvidas.

As Competências Gerais da Educação Básica

De acordo com a BNCC, a noção de competência está relacionada com a:

Boxe complementar:

[...] mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018. p. 8. Disponível em: http://fdnc.io/b9o. Acesso em: jan. 2021.

Fim do complemento.

São dez competências gerais estipuladas na BNCC, inter-relacionadas e pertinentes a todos os componentes curriculares, que os estudantes deverão desenvolver para garantir, ao longo de sua trajetória escolar, uma formação humana integral que visa à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

As Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental

No Ensino Fundamental, são definidas competências específicas para cada uma das quatro áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas). No caso das Ciências Humanas, espera-se que os estudantes desenvolvam o conhecimento com base na contextualização marcada pelo raciocínio espaço-temporal, por meio do qual se entende que a sociedade produz o espaço em que vive, apropriando-se dele em diferentes contextos históricos. A capacidade de identificar esses contextos é a condição para que o ser humano compreenda, interprete e avalie os significados das ações realizadas no passado e/ou no presente, o que o torna responsável tanto pelo saber produzido quanto pelo entendimento dos fenômenos naturais e históricos dos quais é parte.

As Competências Específicas de Geografia para o Ensino Fundamental

Ao longo do Ensino Fundamental, os estudantes devem desenvolver determinadas competências referentes à aprendizagem da Geografia. O reconhecimento da diversidade e das diferenças entre grupos sociais com base em princípios éticos (respeito à diversidade sem preconceitos étnicos, de gênero ou de qualquer outro tipo) e o estímulo da capacidade de empregar o raciocínio geográfico para pensar e resolver problemas gerados na vida cotidiana são condições fundamentais para o desenvolvimento das competências previstas na BNCC.

Em articulação com as competências gerais e com as competências específicas da área de Ciências Humanas, estruturam-se competências próprias da Geografia e que refletem as suas especificidades como componente curricular, articuladas com conceitos e princípios do raciocínio geográfico.

A seguir, apresentamos um quadro que indica quais são as Competências Gerais da Educação Básica, as Competências Específicas de Ciências Humanas e as Competências Específicas de Geografia para o Ensino Fundamental elencadas na BNCC.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Competências Gerais da Educação Básica

Competências Específicas de Ciências Humanas

Competências Específicas de Geografia

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.

1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.

2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

MP006

Quadro: equivalente textual a seguir.

Competências Gerais da Educação Básica

Competências Específicas de Ciências Humanas

Competências Específicas de Geografia

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.

3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.

5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

MP007

O trabalho com as habilidades

Para garantir o desenvolvimento das competências gerais e específicas previstas na BNCC, os diferentes componentes curriculares apresentam um conjunto de objetos de conhecimento e habilidades. Os objetos de conhecimento “são entendidos como conteúdos, conceitos e processos”, enquanto as habilidades “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 28, 29).

Apresentamos, nos quadros a seguir, a relação entre as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades previstos na BNCC para o componente curricular Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental, e os conteúdos temáticos do Livro do Estudante.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Base Nacional Comum Curricular

Conteúdos temáticos do Livro do Estudante

Unidades temáticas

Objetos de conhecimento

Habilidades da BNCC desenvolvidas nos conteúdos temáticos

Conexões e escalas

Paisagens naturais e antrópicas em transformação

EF03GE04: Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares.

Unidade 1: A paisagem

• A paisagem e seus elementos.

• Transformações na paisagem.

• Representação da paisagem.

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06: Identificar e int er pretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

EF03GE07: Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE01: Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo.

EF03GE02: Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econômica de grupos de diferentes origens.

Unidade 2:

O espaço rur al

• A paisagem e a vida no campo.

• Representação do espaço rural.

• Conservação ambiental no espaço rural.

• O trabalho no campo.

• Atividades econômicas no espaço rural: a agricultura, a pecuária, o extrativismo.

Mundo do trabalho

Matéria-prima e indústria

EF03GE05: Identificar alimentos, minerais e outros produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando as atividades de trabalho em diferentes lugares.

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06: Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

EF03GE07: Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE01: Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo.

EF03GE02: Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econômica de grupos de diferentes origens.

Unidade 3:

O espaço urbano

• As paisagens e a vida na cidade.

• Representação do espaço urbano.

• Mudanças e permanências na cidade.

• O trabalho na cidade.

• Atividades econômicas no espaço urbano: a indústria, o comércio e os serviços.

• A relação entre o campo e a cidade.

Conexões e escalas

Paisagens naturais e an trópicas em transformação

EF03GE04: Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e an trópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares.

Mundo do trabalho

Matéria-prima e indústria

EF03GE05: Identificar alimentos, minerais e outros produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando as atividades de trabalho em diferentes lugares.

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06: Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

EF03GE07: Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE03: Reconhecer os diferentes modos de vida de povos e comunidades tradicionais em distintos lugares.

Unidade 4:

Cuidados com a natureza e seus recursos

• Recursos naturais renováveis e não renováveis.

A transformação dos recursos naturais pelo trabalho humano.

O modo de vida de populações tradicionais.

A produção e o destino do lixo.

Reciclagem e coleta seletiva.

Água e abastecimentp humano.

Degradação ambiental no campo e na cidade.

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Produção, circulação e consumo

EF03GE08: Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reuso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno.

Impactos das atividades humanas

EF03GE09 : Investigar os usos dos recursos naturais, com destaque para os usos da água em atividades cotidianas (alimentação, higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os problemas ambientais provocados por esses usos.

EF03GE10: Identificar os cuidados necessários para utilização da água na agricultura e na geração de energia de modo a garantir a manutenção do provimento de água potável.

EF03GE11: Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural , assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e máquinas.

MP008

A visão geral dos conteúdos

Nesta coleção, os conteúdos distribuídos entre os volumes atendem às competências e habilidades da BNCC em perspectiva progressiva, possibilitando aos agentes da relação ensino-aprendizagem, em especial aos professores e estudantes, o respaldo necessário para incorporar à dinâmica das aulas os temas pulsantes no mundo contemporâneo e as questões, inquietações e sabedorias que envolvem os lugares de vivência e os circuitos sociais que compõem a comunidade escolar.

As unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades estabelecidos na BNCC para os anos iniciais do Ensino Fundamental, em Geografia, evidenciam a existência de conexões entre conteúdos com previsão de abordagem em anos diferentes por meio de recorrências, aprofundamentos e extrapolações. Desse modo, ao incorporar as diretrizes fornecidas pela BNCC, os cinco volumes do Livro do Estudante que compõem esta coleção favorecem a progressão da aprendizagem do estudante, propondo abordagens que conduzem ao desenvolvimento de novos objetos de conhecimento e novas habilidades para explorar os conteúdos abrangidos pelas unidades temáticas a cada ano letivo.

O quadro a seguir apresenta um panorama dos conteúdos abordados neste volume, associando-os às práticas pedagógicas e aos roteiros de aulas, que serão retomados nas orientações feitas página a página nas Orientações Específicas deste Manual. O quadro também indica momentos sugeridos para a realização de etapas da avaliação das aprendizagens.

Quadro: equivalente textual a seguir.

3º ano

bimestre – Unidade 1: A paisagem - Total de aulas previsto: 20

Base Nacional Comum Curricular

Unidades temáticas

Objetos de conhecimento

Habilidades

Conexões e escalas

Paisagens naturais e antrópicas em transformação

EF03GE04

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06 e EF03GE07

Cronograma

Conteúdos

Páginas

Práticas pedagógicas

Semana

Aulas previstas

1

2

Para começar: Avaliação diagnóstica

8-11

Sondagem do repertório de conhecimentos, das competências e habilidades já dominadas e de outros aspectos relativos ao processo de aprendizagem dos estudantes.

2

2

Abertura da unidade 1: A paisagem

12-13

Reconhecimento de características de paisagens retratadas em fotografias.

3

2

Capítulo 1: A paisagem e seus elementos

O que é paisagem

Elementos da paisagem

14-15

Compreensão do conceito de paisagem. Identificação de diferentes elementos em uma paisagem.

4

2

• Os elementos distinguem as paisagens

16-17

Distinção de diferentes paisagens por meio da análise dos elementos que as compõem.

5

2

• Para ler e escrever melhor: Os elementos da paisagem

18-19

Desenvolvimento da capacidade leitora e de produção de texto.

Diferenciação entre paisagens naturais e culturais.

6

2

Capítulo 2: As paisagens são tr ansformadas

• A natureza transforma a paisagem

• As pessoas transformam a paisagem

20-23

Análise de processos de origem humana e natural relacionados à transformação das paisagens.

7

2

• O mundo que queremos: Onde está o rio?

24-25

Reflexão sobre a canalização de rios em espaços urbanos.

8

2

Capítulo 3: Representando a paisagem dos lugares

• A paisagem vista de cima e de lado

• A paisagem vista de cima para baixo

26-27

Análise de imagens a partir de diferentes pontos de vista.

9

2

• Planta: uma forma de representação

28-33

Reconhecimento das características de uma planta.

10

2

O que você aprendeu: Avaliação processual

34-37

Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre.

MP009

Quadro: equivalente textual a seguir.

2º bimestre – Unidade 2: O espaço rural - Total de aulas previsto: 18

Base Nacional Comum Curricular

Unidades temáticas

Objetos de conhecimento

Habilidades

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE01 e EF03GE02

Mundo do trabalho

Matéria-prima e indústria

EF03GE05

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06 e EF03GE07

Cronograma

Conteúdos

Páginas

Práticas pedagógicas

Semana

Aulas previstas

11

2

Abertura da unidade 2: O espaço rural

38-39

Reconhecimento de características típicas do campo em uma representação artística (pintura).

12

2

Capítulo 1: A paisagem e a vida no campo

Paisagens rurais

40-42

Análise da relação entre as formas da paisagem e o modo de vida de pessoas que residem no campo.

13

2

Campo: uma forma diferente de organizar o espaço

Representando o espaço rural

43-45

Reconhecimento das formas de organização do espaço rural.

Identificação de elementos comuns em áreas rurais representados em imagens aéreas e em plantas cartográficas.

14

2

A vida no campo

46-47

Reconhecimento de aspectos do modo de vida em espaços rurais.

15

2

O mundo que queremos: Conservação ambiental no espaço rural

48-49

Reflexão sobre a importância da conservação do meio ambiente em espaços rurais.

16

1

Capítulo 2: O trabalho no campo

A agricultura

50-51

Reconhecimento de modalidades de trabalho e de a tividades produtivas vinculadas à agricultura.

16

1

A pecuária

52-53

Reconhecimento das atividades produtivas relacionadas à pecuária.

17

1

17

1

O extrativismo

54-55

Reconhecimento das atividades produtivas relacionadas ao extrativismo.

18

2

Para ler e escrever melhor: O que a fábrica produz com o milho?

56-57

Desenvolvimento da capacidade leitora e de produção de texto.

19

2

O que você aprendeu: Avaliação processual

58-63

Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre.

Quadro: equivalente textual a seguir.

3º bimestre – Unidade 3: O espaço urbano - Total de aulas previsto: 18

Base Nacional Comum Curricular

Unidades temáticas

Objetos de conhecimento

Habilidades

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE01 e EF03GE02

Conexões e escalas

Paisagens naturais e antrópicas em transformação

EF03GE04

Mundo do trabalho

Matéria-prima e indústria

EF03GE05

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06 e EF03GE07

Cronograma

Conteúdos

Páginas

Práticas pedagógicas

Semana

Aulas previstas

20

2

Abertura da unidade 3: O espaço urbano

64-65

Interpretação de imagem que representa um espaço urbano.

MP010

Quadro: equivalente textual a seguir.

Cronograma

Conteúdos

Páginas

Práticas pedagógicas

Semana

Aulas previstas

21

1

Capítulo 1: A paisagem e a vida na cidade

Conhecendo a cidade

66-67

Reconhecimento de características típicas das paisagens urbanas e do modo de vida nas cidades.

21

1

Representando a cidade

68-69

Interpretação de imagem aérea e planta cartográfica para identificar características do espaço urbano.

22

1

Capítulo 2: A vida na cidade

Viver na cidade

70-72

Análise do modo de vida em espaços urbanos.

22

1

O olhar indígena sobre a cidade

73

Reflexão sobre as diferenças entre o modo de vida nas cidades e em aldeias indígenas.

23

1

Capítulo 3: As cidades têm história

74-75

Análise da evolução histórica das cidades.

23

1

As cidades mudam

76-77

Compreensão dos processos de transformação do espaço urbano ao longo do tempo.

24

2

Para ler e escrever melhor: A história de Cuiabá

78-79

Desenvolvimento da capacidade leitora e de produção de texto.

25

1

Capítulo 4: O trabalho na cidade

O trabalho na indústria

80-81

Reconhecimento das atividades econômicas e profissionais predominantes nas cidades.

Reconhecimento das atividades relacionadas à indústria.

25

1

O trabalho no comércio e nos serviços

O comércio

82-83

Reconhecimento das atividades relacionadas ao comércio.

26

2

Os serviços

Os serviços públicos

Relações entre campo e cidade

84-87

Reconhecimento das atividades relacionadas à prestação de serviços.

Análise das possibilidades de integração entre a tividades realizadas no campo e na cidade.

27

2

O mundo que queremos: A oferta de serviços públicos é desigual

88-89

Reflexão sobre o a necessidade de o poder público garantir equidade no acesso aos serviços e às infraestruturas necessários à qualidade de vida da população.

28

2

O que você aprendeu: Avaliação processual

90-95

Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre.

Quadro: equivalente textual a seguir.

4º bimestre – Unidade 4: Cuidados com a natureza e seus recursos - Total de aulas previsto: 20

Base Nacional Comum Curricular

Unidades temáticas

Objetos de conhecimento

Habilidades

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE03

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Produção, circulação e consumo

EF03GE08

Impactos das atividades humanas

EF03GE09, EF03GE10 e EF03GE11

Cronograma

Conteúdos

Páginas

Práticas pedagógicas

Semana

Aulas previstas

29

2

Abertura da unidade 4: Cuidados com a natureza e seus recursos

96-97

Interpretação de fotografias para identificar aspectos de ambientes naturais.

30

1

Capítulo 1: As pessoas utilizam recursos da natureza

• Recursos naturais renováveis e não renováveis

• O trabalho transforma os recursos naturais

98-101

Compreensão do conceito de recurso natural. Distinção entre recursos naturais renováveis e não renováveis.

30

1

• Os povos da floresta

• Os quilombolas

Os caiçaras

102-105

Reconhecimento dos principais povos tradicionais brasileiros e valorização de sua cultura e modo de vida.

31

1

31

1

Capítulo 2: O que fazer com o lixo?

Os 5 Rs

106-109

Reflexão sobre a gestão adequada dos resíduos sólidos.

MP011

Quadro: equivalente textual a seguir.

Cronograma

Conteúdos

Páginas

Práticas pedagógicas

Semana

Aulas previstas

32

2

O mundo que queremos: Reutilizar o plástico: bom para a natureza

110-111

Conscientização sobre a importância da reutilização de materiais feitos de plástico para reduzir o impacto ambiental provocado pelo descarte inadequado desse tipo de material.

33

1

Capítulo 3: Água: usar bem par a ter sempr e

O que é preciso faz er para não faltar água

112-113

Conscientização sobre a necessidade de consumir a água de modo racional.

33

1

A água que consumimos

114-115

Compreensão dos processos envolvidos no tratamento e distribuição da água encanada e no esgotamento sanitário.

34

1

Capítulo 4: A degradação ambiental no campo e na cidade

Degradação ambien tal no campo

116-118

Reconhecimento de atividades humanas responsáveis por problemas ambientais no espaço rural.

34

1

O extrativismo mineral é uma das atividades que mais degradam o ambiente

119-120

Reconhecimento dos impactos provocados pela atividade extrativista.

35

2

Problemas ambientais na cidade

121-123

Reconhecimento e compreensão da origem dos principais problemas ambientais urbanos.

36

2

Par a ler e escrever melhor: Fertilizantes e agrotóxicos contaminam os rios

124-125

Desenvolvimento da capacidade leitora e de produção de texto .

Compreensão dos problemas que podem ser gerados pelo uso inadequado de fertilizantes e agrotóxicos.

37

2

O que você aprendeu: Avaliação processual

126-129

Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre.

38

2

Para terminar: Avaliação de resultado

130-133

Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do ano letivo.

Os princípios norteadores desta coleção

Os conteúdos temáticos

Nesta coleção, partimos do entendimento de que a contribuição da Geografia para a formação dos estudantes resultará da compreensão que eles terão da realidade em seu conjunto. Assim, ao estudar o espaço geográfico, os estudantes devem refletir sobre a dinâmica social, a dinâmica dos fenômenos naturais e a relação dos seres humanos entre si e com a natureza. Acreditamos que, ao propiciar aos estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental conhecimentos sobre o mundo e reflexões sobre o lugar em que vivem, contribuímos para a sua formação cidadã.

Levando em conta a necessidade de adequação dos conhecimentos básicos da Geografia ao público a que se destinam e considerando suas especificidades para as diferentes faixas etárias, esta coleção oferece um percurso didático para a alfabetização geográfica por meio de conteúdos temáticos e de atividades que visam desenvolver habilidades fundamentais para uma aprendizagem significativa.

O livro do ano apresenta os temas sobre a identidade; os grupos sociais; as noções de lateralidade, trabalhadas a partir do próprio corpo; os lugares de vivência: a moradia e a escola; e o reconhecimento dos ritmos da natureza no cotidiano, em comparação a outros locais, promovendo uma análise, ainda que introdutória, em múltipla escala. No livro do 2º ano, a principal escala de análise passa a ser o bairro, mas também há a identificação de semelhanças e diferenças com relação a outros lugares. São estudados os meios de transporte e de comunicação, para propiciar aos estudantes um entendimento articulado entre fluxos de pessoas, mercadorias e informações. O livro do 3º ano é dedicado à leitura e à análise da paisagem como procedimentos para a compreensão do espaço geográfico. Os estudantes são levados a reconhecer os elementos formadores e transformadores das diferentes paisagens, do campo e da cidade, e a percebê-las como produto da relação entre a sociedade e a natureza.

MP012

No livro do 4º ano, trabalhamos com a organização político-administrativa do Brasil e suas paisagens naturais e sociais. Abordamos, também, a produção e o trabalho no campo e na cidade e suas interdependências, bem como a formação da população brasileira. O livro do 5º ano tem como foco a dinâmica populacional brasileira, a urbanização e a formação das redes urbanas, além da tecnologia no mundo do trabalho e a questão ambiental.

A alfabetização cartográfica

Nesta coleção, propomos, em todos os volumes, de forma gradual e em consonância com o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, um trabalho voltado para a alfabetização cartográfica.

O domínio da linguagem cartográfica permite a leitura e a interpretação de informações representadas em mapas com diferentes características, que constituem um recurso fundamental da Geografia. Ao longo dos livros desta coleção, trabalhamos conteúdos e conduzimos abordagens que estimulam o desenvolvimento de habilidades e noções necessárias à leitura e interpretação de mapas: noções de visão frontal, vertical e oblíqua; imagem bidimensional e tridimensional; alfabeto cartográfico (ponto, linha e área); lateralidade, localização e orientação; interpretação e construção de legenda. Considerando a organização seriada do ensino e a diferença do potencial de leitura dos estudantes, a proposta voltada para a cartografia nesta coleção obedece a uma complexidade crescente, fornecendo subsídios necessários à compreensão das representações gráficas, principalmente os mapas.

Literacia e numeracia na Geografia

A elaboração desta coleção também foi guiada pelo entendimento de que o domínio da linguagem – leitura, escrita e oralidade – e do pensamento matemático – raciocínio lógico – se constitui como uma ferramenta de grande valia para a compreensão da realidade, além de facilitar a inserção do indivíduo na vida em sociedade.

Literacia

Reconhecendo a importância do papel da escola no ensino da língua como base para o desenvolvimento de cidadãos críticos e participativos e para o domínio de todos os componentes curriculares que estruturam a Educação Básica, acreditamos que um material didático que reconheça o professor como organizador de situações de mediação entre o objeto de conhecimento e o estudante não pode negligenciar o trabalho com a linguagem, qualquer que seja o componente curricular.

Assim, entendemos que a Geografia pode contribuir para que os estudantes, sobretudo nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, desenvolvam habilidades importantes para a alfabetização e literacia e para a sua consolidação, conduzindo a realização de procedimentos de estudo que favorecem a fluência em leitura oral, a aquisição de vocabulário e a compreensão e a produção de textos. Acreditamos que a aprendizagem dos conteúdos próprios da Geografia é potencializada quando os estudantes, ao desenvolver essas e outras habilidades relativas ao domínio da língua, interpretam melhor os diferentes tipos de informação apresentados na forma escrita, passando a ter mais facilidade para compreender o objetivo das atividades pedagógicas que lhes são propostas e mobilizando repertórios cognitivos que permitam construir respostas bem elaboradas.

A contribuição da Geografia para o desenvolvimento da leitura, da escrita e da oralidade possibilita aos estudantes reconhecer e utilizar vocabulário específico do componente curricular, descrever paisagens e fenômenos, discutir ou argumentar oralmente a respeito de um assunto, justificar este ou aquele posicionamento mediante um argumento, produzir textos expositivos e instrucionais, escrever bilhetes etc., ao mesmo tempo que os torna aptos a refletir sobre assuntos diversos e a comunicá-los.

Dessa maneira, surge como ponto fundamental o trabalho com a literacia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. De acordo com a Política Nacional de Alfabetização (PNA), o aprendizado de leitura e escrita se dá aos poucos, sendo desenvolvido antes, durante e após a alfabetização. No ano do Ensino Fundamental:

Boxe complementar:

[...] está a literacia básica, que inclui a aquisição das habilidades fundamentais para a alfabetização (literacia emergente), como o conhecimento de vocabulário e a consciência fonológica, bem como as habilidades adquiridas durante a alfabetização, isto é, a aquisição das habilidades de leitura (decodificação) e de escrita (codificação). No processo de aprendizagem, essas habilidades básicas devem ser consolidadas para que a criança possa acessar conhecimentos mais complexos.

[...] a literacia intermediária (do 2º ao 5º ano do ensino fundamental), abrange habilidades mais avançadas, como a fluência em leitura oral, que é necessária para a compreensão de textos.

[na literacia disciplinar] (do 6º ano ao ensino médio), está o nível [...] onde se encontram as habilidades de leitura aplicáveis a conteúdos específicos de disciplinas, como geografia, biologia e história.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA : Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília, DF: MEC: Sealf, 2019. p. 21.

Fim do complemento.

É sob esse enfoque que esta coleção propõe atividades que visam explorar a literacia básica no ano e a literacia intermediária nos anos subsequentes. Nesta obra, procurou-se evidenciar, para o professor, de que maneira os conteúdos apresentados podem ser usados como objeto para reflexão sobre a literacia.

O trabalho com a linguagem pretende promover maior reflexão para que a aprendizagem dos conteúdos seja potencializada. Sob a rubrica Literacia e Geografia, nas Orientações Específicas deste Manual, constam orientações e sugestões didáticas para trabalhar o domínio da linguagem.

Foram focalizados na coleção três aspectos: leitura e compreensão; produção escrita; oralidade e fluência em leitura oral.

Leitura e compreensão

A antecipação das informações apresentadas e o levantamento de conhecimentos prévios do estudante são importantes para a formação do leitor proficiente. Nesta coleção, esse aspecto é trabalhado não apenas com base nos textos verbais que compõem as unidades, mas também na leitura das imagens de abertura de cada unidade dos livros. Os objetivos são ampliar o vocabulário dos estudantes, propor estratégias de interpretação de texto que levam em conta a decodificação e auxiliar o estudante a perceber que as diferentes linguagens (verbal e não verbal) se relacionam na construção do sentido global.

Também nesse sentido, os textos de apresentação dos conteúdos têm estrutura clara e linguagem concisa e acessível aos estudantes, transmitindo os assuntos de modo objetivo.

MP013

As atividades são voltadas para a assimilação e compreensão dos conteúdos e para a reflexão sobre eles, abrangendo em muitos momentos a leitura em voz alta, o reconto do que foi lido, a produção escrita e os quatro processos gerais de compreensão da leitura: localizar e retirar informação explícita; fazer inferências diretas; interpretar e relacionar ideias e informação; e analisar e avaliar conteúdos e elementos textuais.

Produção escrita

A proposta de produção textual parte da leitura e da análise da estrutura de um texto, procedimentos estes que servirão de base para a escrita do estudante, tanto em relação à forma como ao conteúdo, geralmente relacionado com o tema da unidade. Esse trabalho ocorre especialmente na seção Para ler e escrever melhor, nos livros do 2º ao 5º ano.

Em outros momentos, além dessa seção, há atividades em que é solicitada a produção de palavras, frases e pequenos textos (ou suportes) de circulação social, como relato, bilhete, diário, cartaz, pesquisa, entre outros.

Oralidade e fluência em leitura oral

O trabalho com a oralidade ocorre em diversos momentos ao longo dos livros, especialmente nas páginas de abertura das unidades, por meio de atividades de leitura de imagens e ativação de conhecimentos prévios relacionados aos temas que serão abordados. Há também ocasiões em que o estudante poderá realizar relatos, explicações, argumentações, entrevistas, entre outros gêneros orais.

Nesse trabalho, objetiva-se levar o estudante a perceber a importância da organização das ideias para a eficácia na comunicação e a defesa do seu ponto de vista, além da adoção de atitudes e procedimentos pertinentes a esses momentos de interação, como o uso de linguagem adequada à situação de comunicação e o respeito à opinião dos colegas e à vez de cada um se expressar.

Numeracia

O ensino de Matemática é área do conhecimento essencial para a formação de cidadãos ativos e críticos. Acreditamos que os conhecimentos relativos à numeracia encontram conexões significativas com o estudo da Geografia, em especial da cartografia. Por meio da aquisição e da prática do pensamento matemático, o estudante compreende melhor o mundo em que vive; mobiliza habilidades necessárias para resolver as atividades propostas; reconhece e se vale, por exemplo, dos números, das operações matemáticas elementares, bem como das noções de posicionamento e do próprio raciocínio lógico-matemático, que, vinculado à capacidade dedutiva, é importante para resolver problemas, analisar dados quantitativos e elaborar hipóteses. Dessa maneira, surge como ponto fundamental o trabalho com a literacia numérica, em Geografia, nos anos iniciais do Ensino Fundamental. É sob esse enfoque que esta coleção propõe atividades que visam explorar o domínio do pensamento matemático, a partir de algumas situações de ensino e aprendizagem, apontando para o professor de que maneira os conteúdos apresentados podem ser usados como objeto para reflexão sobre a numeracia. Assim, o professor pode atuar como facilitador da conexão da Geografia com o pensamento matemático e contribuir para o desenvolvimento das noções de figuras geométricas, raciocínio lógico-matemático, recursos de contagem etc., potencializando o desenvolvimento das habilidades relativas à numeracia.

Nas Orientações Específicas deste Manual, o professor encontrará a seção Numeracia e Geografia, com sugestões didáticas para trabalhar a cognição matemática.

Educação em valores e temas contemporâneos

A educação escolar comprometida com a formação de cidadãos envolve a mobilização de conhecimentos que permitam desenvolver as capacidades necessárias para uma participação social efetiva, entre eles o domínio da língua e os conteúdos específicos de cada componente curricular. Tais conhecimentos devem estar intrinsecamente ligados a um conjunto de valores éticos universais, que têm como princípio a dignidade do ser humano, a igualdade de direitos e a corresponsabilidade social.

A educação em valores requer dos estudantes conhecer questões importantes para a vida em sociedade, refletir e se posicionar em relação a elas. Pressupõe reflexões sobre questões globais combinadas com ações locais: em casa, na sala de aula, na comunidade.

Nesta coleção, os valores são trabalhados de forma transversal e relacionados a fatos atuais de relevância nacional ou mundial divididos em quatro grandes temas:

MP014

A avaliação

A avaliação, por meio das diferentes modalidades propostas, é entendida nesta coleção como parte de um processo de acompanhamento da evolução da aprendizagem do estudante e da turma, que fornece subsídios para a reorientação da prática pedagógica em busca dos objetivos da aprendizagem, em um processo diagnóstico, contínuo, integral e diversificado. Portanto, acreditamos que a avaliação deve ser capaz de fornecer ao professor parâmetros dos avanços e das dificuldades do estudante e evidenciar os ajustes necessários para o contínuo aprimoramento do trabalho docente de mediação do processo de ensino e aprendizagem.

Por essa perspectiva, a proposta se alinha aos princípios da avaliação formativa, que, sem negligenciar o produto do trabalho pedagógico, compreende também todo o percurso que leva até ele, permitindo averiguar a evolução do estudante ao longo do processo de aprendizagem, nos aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais. Ao propor com constância, no escopo da avaliação formativa, atividades diversificadas e não dissociadas das práticas de aprendizagens regulares, mobilizando competências e habilidades dentro e fora da sala de aula, incluindo as atividades para casa, o professor pode verificar como o estudante está aprendendo e quais conhecimentos e atitudes está adquirindo.

Cabe ressaltar que a avaliação formativa é um preceito legal, já existente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, e estabelece que a verificação do rendimento escolar deve ser “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

Ampliando os aspectos formais, temos que a avaliação no sistema educacional brasileiro, em decorrência de sua abrangência, acontece de modo interno e formativo – aplicado pela própria instituição escolar –, e externo e em larga escala, por exemplo, aplicado pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), pela Prova Brasil e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Para serem contínuas e cumulativas, as práticas avaliativas, no âmbito escolar, devem ser consideradas em vários momentos. No início do ano letivo, a avaliação se apresenta como um movimento inicial e diagnóstico em relação aos saberes dos estudantes. Por meio de estratégias diversificadas o professor precisa saber: o que os estudantes pensam, quais são suas potencialidades, interesses, expectativas, dúvidas, bagagem cultural e educacional e referenciais de conhecimento. Essa sondagem, no início da etapa, permite ao docente refletir sobre o plano elaborado, observando: a adequação da programação proposta; as possibilidades de sucesso de estratégias e recursos previstos; e o potencial para levar ao desenvolvimento de conhecimentos, competências, habilidades e valores previstos tendo em vista a realidade e as características dos estudantes.

Nesta coleção, em cada volume, o professor terá a oportunidade de aproveitar a seção Para começar, antes do início da unidade 1, para realizar uma avaliação diagnóstica. As atividades do boxe Vamos conversar, propostas na abertura de cada unidade, também permitem verificar tanto os saberes prévios dos estudantes quanto os equívocos e preconceitos que se formaram em situações de aprendizagem anteriores.

Já as ações avaliativas, realizadas durante o processo, estão voltadas para detectar situações em que há necessidade de intervenção para tornar o trabalho docente mais eficiente e garantir o sucesso escolar do estudante. Nesses momentos, quais critérios podem ser utilizados em relação ao trabalho docente? Para orientar essas decisões, apresentamos, a seguir, características consideradas essenciais no processo de avaliação formativa pelo sociólogo e pensador da educação de origem suíça Philippe Perrenoud.

Boxe complementar:

A avaliação só inclui tarefas contextualizadas.

A avaliação refere-se a problemas complexos.

A avaliação deve contribuir para que os estudantes desenvolvam mais suas competências.

A avaliação exige a utilização funcional de conhecimentos disciplinares.

A tarefa e suas exigências devem ser conhecidas antes da situação de avaliação.

A avaliação exige uma certa forma de colaboração entre pares.

A correção leva em conta as estratégias cognitivas e metacognitivas utilizadas pelos alunos.

A correção só considera erros importantes na ótica da construção das competências.

A autoavaliação faz parte da avaliação.

PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 26.

Fim do complemento.

Na proposta de ensino em que o estudante é considerado sujeito da aprendizagem e que contempla a avaliação formativa em seus princípios, amplia-se a possibilidade de o estudante compreender seu próprio desempenho e refletir sobre ele. Para que isso aconteça de maneira consistente, o professor cumpre um importante papel ao promover diálogos, comentários, observações e devolutivas constantes.

A autoavaliação é outro instrumento que pode ser utilizado pelo professor no processo geral da avaliação da aprendizagem dos estudantes. Ela permite aos estudantes conhecer o seu próprio processo de aprendizagem, reconhecendo avanços e dificuldades. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a participação do professor na autoavaliação dos estudantes é essencial, estimulando-os e considerando-os sujeitos críticos e ativos no processo de ensino e aprendizagem.

Além da proposta da avalição diagnóstica por meio da seção Para começar e das diversas atividades dispostas ao longo do conteúdo do Livro do Estudante, que formam uma importante base para a realiza-ção do processo de acompanhamento do progresso dos estudantes, esta coleção propõe a realização de momentos avaliativos no fechamento de importantes etapas de aprendizagem, aqui consideradas como os períodos bimestrais. Para isso, o instrumento de avaliação processual colocado à disposição do professor é a seção O que você aprendeu, ao final de cada uma das quatro unidades que estruturam o Livro do Estudante, que fornece a oportunidade de apurar aspectos da evolução do processo pedagógico ao longo do bimestre.

Na etapa de finalização do ano letivo, após a unidade 4 do Livro do Estudante, propomos a realização de uma avaliação de resultado. Essa avaliação é importante não apenas para verificar a evolução dos estudantes durante todo o percurso que se completa ao final do quarto bimestre e as condições com que seguem para o próximo ano, mas também para subsidiar os professores e os gestores escolares para a realização de eventuais ajustes nos projetos pedagógicos e nas estratégias didáticas.

É importante ressaltar que as propostas de avaliações diagnósticas, processuais e de resultado se complementam no processo de acompanhamento da aprendizagem e na perspectiva da avaliação formativa e, por isso, não devem ser consideradas isoladamente; tampouco devem ser reduzidas a mero instrumento de aferição de notas sem resultar em um processo mais profundo de análise qualitativa do desempenho geral e individualizado dos estudantes e das práticas pedagógicas.

MP015

A estrutura dos livros

A organização dos Livros do Estudante desta coleção foi planejada de modo a facilitar o processo de ensino e aprendizagem e, consequentemente, alcançar os objetivos propostos. Cada volume está organizado em quatro unidades, que podem ser distribuídas ao longo dos quatro bimestres de trabalho escolar.

As unidades apresentam uma estrutura clara e sistemática, com pequenas variações de um volume a outro.

Para começar

Aplicada no início do ano letivo, antes de introduzir a unidade 1, a avaliação diagnóstica apresentada na seção Para começar tem o objetivo de identificar os conhecimentos prévios e o domínio de pré-requisitos para os conteúdos que serão trabalhados ao longo do ano. A avaliação diagnóstica também permite constituir parâmetros iniciais para o acompanhamento continuado dos estudantes por meio das atividades realizadas no decorrer dos bimestres e das avaliações processuais ao final deles.

Abertura da unidade

As unidades iniciam-se com uma dupla de páginas com imagens que procuram estimular a imaginação e motivar o estudante a expressar e expandir seus conhecimentos prévios sobre os temas que serão tratados na unidade.

As questões propostas no boxe Vamos conversar levam o estudante a fazer a leitura das imagens, resgatando e comparando ideias e conhecimentos anteriores. O objetivo é estabelecer conexões com a experiência e os interesses do estudante e com estratégias que provoquem e articulem o seu pensamento. Trata-se de conectar o que ele já sabe com o que vai aprender.

Desenvolvimento dos conteúdos e das atividades

Após a abertura da unidade são apresentados os conteúdos, distribuídos em capítulos. Os capítulos trazem informações em textos expositivos e em linguagem adequada a cada faixa etária, de forma organizada, clara e objetiva. As informações, por sua vez, estão agrupadas em subtítulos, a fim de facilitar a leitura e a compreensão por parte dos estudantes. Ao longo dos livros há uma preocupação em esclarecer e exemplificar o conteúdo específico por meio de imagens, como fotografias, ilustrações, esquemas, mapas, gráficos, que também oferecem informações complementares.

Para ler e escrever melhor

O trabalho com a literacia se dá especialmente nessa seção, voltada à leitura, compreensão e produção de textos expositivos. Em geral, os conteúdos de Geografia são abordados em textos desse tipo, por isso a importância de ensinar o estudante a ler, compreender e produzir textos com estrutura expositiva. Nessa seção, os textos apresentam marcadores textuais, sinalizando ao estudante as palavras-chave para a compreensão da estrutura expositiva.

O trabalho dos estudantes com as formas de organizar o texto expositivo segue quatro etapas:

MP016

Marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e adolescentes.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: a educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018.

Documento que determina as competências, as habilidades e as aprendizagens essenciais em cada etapa da Educação Básica em todo o território nacional.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC: SEB: Dicei, 2013.

Publicação que apresenta, na íntegra, o texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

BRASIL. Ministério da Educação. Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º anos) do Ensino Fundamental. Brasília, DF: MEC: SEB, 2012.

Documento que apresenta os elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização do Ensino Fundamental.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: MEC: SEF, 1997. v. 1, 4, 5, 8, 9 e 10.

Diretrizes para orientar os educadores por meio da normatização de alguns aspectos fundamentais concernentes a cada componente curricular.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília, DF: MEC: Sealf, 2019.

Publicação oficial que institui a Política Nacional de Alfabetização no Brasil.

CALLAI, Helena C. O município: uma abordagem geográfica nos primeiros anos da formação básica. In: CAVALCANTI, Lana de S. (org.). Temas da Geografia na escola básica. Campinas: Papirus, 2013.

Texto sobre o estudo do município nos anos iniciais da Educação Básica.

CARLOS, Ana F. A. A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

Livro com contribuições de diferentes geógrafos sobre o ensino de Geografia e reflexões a partir de seus temas de estudo.

CASTELLAR, Sonia M. V. (org.). Metodologias ativas: pensamento espacial e as representações. Colaborador: Raul Borges Guimarães. São Paulo: FTD, 2018.

Livro sobre metodologias ativas aplicadas ao pensamento espacial e às representações.

CASTROGIOVANNI, Antonio C.; COSTELLA, Roselane Z. Brincar e cartografar com os diferentes mundos geográficos. 2ª ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2016.

Livro sobre práticas para desenvolver processos interdisciplinares de construção e compreensão dos mapas.

CASTROGIOVANNI, Antonio C. et al. (org.). Movimentos para ensinar Geografia: oscilações. Porto Alegre: Letra 1, 2016.

Livro sobre o ensino de Geografia em diferentes instâncias e situações de ensino e aprendizagem.

CAVALCANTI, Lana de S. O ensino de Geografia na escola. São Paulo: Papirus, 2012.

Livro sobre a formação e a prática do professor de Geografia.

FUNARI, Pedro P.; PIÑÓN, Ana. A temática indígena na escola: subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2014.

Livro sobre as representações dos indígenas.

HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. Livro que discute o papel da avaliação na escola e como ela pode contribuir para o processo de aprendizagem.

JECUPÉ, Kaká Werá. A terra dos mil povos: história indígena do Brasil contada por um índio. 2ª ed. São Paulo: Peirópolis, 2020.

Livro sobre a história dos povos indígenas que habitavam as terras que formaram o Brasil.

KOZEL, Salete (org.). Mapas mentais: dialogismos e representações. Curitiba: Appris, 2018.

Livro sobre o conceito de mapa mental, sua aplicação teórica e metodológica.

NEVES, Iara C. B. et al. (org.). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 8ª ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.

Livro sobre a leitura e a escrita como um trabalho integrado dos professores de todos os componentes curriculares.

PANIZZA, Andrea de C. Paisagem. São Paulo: Melhoramentos, 2014. Livro sobre ensino e aprendizagem de Geografia com base na observação da paisagem.

PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica. As competências para ensinar no século XXI : a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Livro que discute a construção de uma educação com a participação de toda a comunidade escolar.

PIAGET, Jean; INHELDER, Bärbel. A representação de espaço na criança. Porto Alegre: Artmed, 1993.

Livro sobre a construção da representação espacial nas crianças, considerando as relações topológicas, projetivas e euclidianas.

PONTUSCHKA, Nídia N.; PAGANELLI, Tomoko I.; CACETE, Núria H. Para ensinar e aprender Geografia. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2015.

Livro sobre a construção da Geografia escolar e sua relação com os conhecimentos prévios dos estudantes e os conhecimentos acadêmicos dessa ciência.

QUEIROZ, Ana P. C. de; MACIEL, Adriano S. Avaliação formativa: instrumento de formação contínua do professor em serviço. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 6, n. 5, maio 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fA7. Acesso em: jan. 2021.

Obra que discute a importância da avaliação formativa para o trabalho do professor.

ROSS, Jurandyr L. S. (org.). Geografia do Brasil. 6ª ed. São Paulo: Edusp, 2019.

Livro de referência sobre temas essenciais no estudo da Geografia.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4ª ed. São Paulo: Edusp, 2008.

Livro sobre o conceito de espaço geográfico.

SIMIELLI, Maria Elena R. O mapa como meio de comunicação e a alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, Rosângela D. de (org.). Cartografia escolar. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2011.

Texto sobre o mapa como meio de comunicação e o processo de alfabetização cartográfica no ensino de Geografia.

STRAFORINI, Rafael. Ensinar Geografia: o desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais. 2ª ed. São Paulo: Annablume, 2004.

Livro sobre o ensino de Geografia nos anos iniciais como um caminho para compreender a realidade em que se vive.

VERASZTO, Estéfano V.; BAIÃO, Emerson R.; SOUZA, Henderson T. de (org.). Tecnologias educacionais: aplicações e possibilidades. Curitiba: Appris, 2019.

Livro sobre o uso de ferramentas tecnológicas gratuitas como apoio ao ensino.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Livro que tem como tema central a relação entre pensamento e linguagem.

MP017

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

CONHEÇA A PARTE ESPECÍFICA DESTE MANUAL

Objetivos pedagógicos da unidade

Em todas as aberturas são apresentados os objetivos gerais da unidade.

Reprodução em miniatura do Livro do Estudante.

Orientações pedagógicas

Comentários e orientações para a abordagem do tema proposto, além de informações que auxiliem a explicação dos assuntos tratados.

Introdução da unidade

O texto de Introdução da unidade traz, de forma sucinta, os conteúdos em destaque nos capítulos que a compõem, relacionados aos objetivos pedagógicos explicitados na página.

BNCC em foco na unidade

Indica quais são as competências, as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades da Base Nacional Comum Curricular trabalhados na unidade.

Imagem: Ilustração. Exemplifica como será página de conteúdo do livro. Página dupla composta por textos, imagens e conteúdo para o professor. Fim da imagem.

MP018

Objetivos pedagógicos

Apresenta as expectativas de aprendizagem em relação aos conteúdos e habilidades desenvolvidos no capítulo ou na seção.

Sugestões de respostas e orientações para a realização ou ampliação de algumas atividades propostas. Em geral, as respostas esperadas dos estudantes encontram-se na miniatura da página do Livro do Estudante.

Textos informativos e sugestões de atividades complementares para explicar, aprofundar ou ampliar um conceito ou assunto.

Imagem: Ilustração. Exemplifica como será página de conteúdo do livro. Página dupla composta por textos, imagens e conteúdo para o professor. Fim da imagem.

MP019

UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES TRABALHADOS NESTE LIVRO

Unidade 1

Quadro: equivalente textual a seguir.

Unidades Temáticas

Objetos de Conhecimento

Habilidades

Conexões e escalas

Paisagens naturais e antrópicas em transformação

EF03GE04: Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares.

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06: Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

EF03GE07: Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

Unidade 2

Quadro: equivalente textual a seguir.

Unidades Temáticas

Objetos de Conhecimento

Habilidades

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE01: Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo.

EF03GE02: Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econômica de grupos de diferentes origens.

Mundo do trabalho

Matéria-prima e indústria

EF03GE05: Identificar alimentos, minerais e outros produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando as atividades de trabalho em diferentes lugares.

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06: Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

EF03GE07: Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

Unidade 3

Quadro: equivalente textual a seguir.

Unidades temáticas

Objetos de Conhecimento

Habilidades

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE01: Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo.

EF03GE02: Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econômica de grupos de diferentes origens.

Conexões e escalas

Paisagens naturais e antrópicas em transformação

EF03GE04: Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares.

Mundo do trabalho

Matéria-prima e indústria

EF03GE05: Identificar alimentos, minerais e outros produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando as atividades de trabalho em diferentes lugares.

Formas de representação e pensamento espacial

Representações cartográficas

EF03GE06: Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

EF03GE07: Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

Unidade 4

Quadro: equivalente textual a seguir.

Unidades Temáticas

Objetos de Conhecimento

Habilidades

O sujeito e seu lugar no mundo

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

EF03GE03: Reconhecer os diferentes modos de vida de povos e comunidades tradicionais em distintos lugares.

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Produção, circulação e consumo

EF03GE08: Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reuso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno.

Impactos das atividades humanas

EF03GE09: Investigar os usos dos recursos naturais, com destaque para os usos da água em atividades cotidianas (alimentação, higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os problemas ambientais provocados por esses usos.

EF03GE10: Identificar os cuidados necessários para utilização da água na agricultura e na geração de energia de modo a garantir a manutenção do provimento de água potável.

EF03GE11: Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural, assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e máquinas.

MP020

TEMA ATUAL DE RELEVÂNCIA TRABALHADO NESTE LIVRO

A produção e o meio ambiente

Nas últimas décadas, o debate envolvendo os problemas ambientais ganhou mais importância e ressonância em todo o mundo. O reconhecimento das mudanças climáticas em processo e do alcance global de seus efeitos – inegavelmente nocivos – tornou inevitáveis a investigação dos mecanismos geradores e, principalmente, a busca por alternativas que possam, efetivamente, conter o agravamento dos principais problemas ambientais que ameaçam a qualidade de vida e a sobrevivência de grande parte da população mundial hoje e no futuro.

No processo de compreensão das causas dos problemas ambientais na atualidade, foi necessário ampliar o foco de análise dos agentes diretamente envolvidos em atividades degradantes ao meio ambiente, como madeireiros, mineradores e proprietários de indústrias poluentes, para todo o sistema produtivo contemporâneo, cujo circuito abrange desde as atividades de extração de recursos naturais até o descarte dos resíduos resultantes do consumo final das mercadorias. Para compreender essa dinâmica, tão importante quanto a identificação do modo como as atividades dos três setores da economia se integram para estimular e alimentar o mercado consumidor é a aferição da escala crescente de produção e consumo que o sistema tem gerado. O nó que entrelaça as causas dos problemas ambientais em geral é o descompasso entre o ciclo de produção e consumo e a capacidade do meio ambiente de se regenerar dos impactos provocados pela extração de recursos naturais e de absorver os resíduos liberados em todas as etapas desse ciclo.

O debate sobre o tema fez surgir, por exemplo, conceitos como o de sociedade de consumo, desenvolvimento sustentável e justiça ambiental como categorias que dão suporte às hipóteses que buscam explicar os problemas ambientais e socioambientais e às teses que buscam meios para superá-los.

[...] Por um lado, o ambiente natural está sofrendo uma exploração excessiva que ameaça a estabilidade dos seus sistemas de sustentação (exaustão de recursos naturais renováveis e não renováveis, desfiguração do solo, perda de florestas, poluição da água e do ar, perda de biodiversidade, mudanças climáticas etc.). Por outro lado, o resultado dessa exploração excessiva não é repartido equitativamente e apenas uma minoria da população planetária se beneficia dessa riqueza. Assim, se o consumo ostensivo já indicava uma iniquidade de classe, ou intrageracional, entre fortunados e afortunados, incluídos e excluídos, o discurso ambientalista tem mostrado, principalmente a partir da década de 90, que passa a indicar também uma iniquidade intergeracional, já que este estilo de vida ostentatório e desigual pode dificultar a garantia de serviços ambientais essenciais para as futuras gerações.

O consumo total da economia humana tem excedido a capacidade de reprodução natural e assimilação de rejeitos da ecosfera, enquanto fazemos uso das riquezas produzidas de uma forma socialmente desigual e injusta. Essas duas dimensões, exploração excessiva dos recursos naturais e iniquidade inter e intrageracional na distribuição dos benefícios oriundos dessa exploração, conduziram à reflexão sobre a insustentabilidade ambiental e social dos atuais padrões de consumo e seus pressupostos ético-normativos. A noção de Justiça Ambiental tem procurado associar o reconhecimento das limitações físicas da Terra ao reconhecimento do princípio universal de equidade na distribuição e acesso aos recursos indispensáveis à vida humana, associando a insustentabilidade ambiental aos conflitos distribuitivos e sociais.

PORTILHO, Fátima. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. São Paulo: Cortez, 2005. p. 23.

Neste livro, que tem na paisagem o conceito que estrutura a abordagem ao longo de suas quatro unidades, a relação entre a produção e o meio ambiente se expressa predominantemente nas características das paisagens disponibilizadas para a análise no conteúdo teórico e nas atividades. O material possibilita que os estudantes reflitam sobre a influência das atividades humanas, em especial as relacionas à produção e ao consumo, nas formas do espaço rural e urbano, criando oportunidades para discutir em diversos momentos a questão ambiental. Na unidade 1, o livro apresenta o conceito de paisagem e promove o reconhecimento dos elementos que a constituem, problematizando a origem dos elementos culturais a partir dos mecanismos de produção em que o ser humano intervém na natureza. A unidade 2 explora a relação entre as paisagens do campo e as atividades produtivas típicas do espaço rural e, de modo semelhante, a unidade 3 demonstra a relação entre as paisagens urbanas com o modo de vida e com as atividades econômicas predominantes nas cidades. Por fim, a unidade 4 aborda explicitamente a relação entre a sociedade e a natureza, explorando o conceito de recurso natural e problematizando os impactos ambientais gerados pelas atividades humanas.