UNIDADE 1. VAMOS COMEÇAR

Objetivos da Unidade

Localizar objetos e seres vivos de acordo com sua posição relativa usando termos como na frente, atrás, entre, direita, esquerda, em cima ou embaixo.

Relacionar, um a um, elementos de duas coleções.

Identificar e comparar quantidades com base em uma imagem.

Reconhecer quantidades iguais e quantidades diferentes.

Classificar objetos de acordo com determinadas características.

Organizar e ordenar representações por meio de atributos.

Desenvolver noções de símbolos e códigos.

Desenvolver noções de comparação de grandezas usando termos como mais grosso, mais fino, cabe mais, cabe menos, mais pesado, mais leve, mais comprido, mais curto, mais baixo, mais alto etc .

Classificar eventos que envolvam o acaso.

Apropriar-se de procedimentos de jogos.

Na situação apresentada nestas páginas, crianças, supervisionadas por adultos, brincam em uma área livre. Com base na cena, é possível falar sobre temas que serão abordados na Unidade. Pode ser explorada a descrição da localização de pessoas e de objetos no espaço em relação à sua própria posição e de acordo com determinado ponto de referência.

Explore a imagem com os estudantes, pedindo a eles que observem com atenção os detalhes da cena e, principalmente, a posição de Guilherme e de Letícia, personagens apresentados neste volume.

BNCC em foco:

EF01MA02, EF01MA03, EF01MA09, EF01MA11, EF01MA12, EF01MA15, EF01MA20

Aproveite esse momento para verificar se os estudantes já conhecem, pelo uso social, alguns dos termos que serão estudados: na frente, atrás, entre, em cima, embaixo, direita ou esquerda .

Peça aos estudantes que comentem o que eles veem na imagem destas páginas. Verifique o que eles conseguem perceber e se conhecem a brincadeira de amarelinha. Aproveite para explorar os números que aparecem.

Faça questionamentos, de modo que os estudantes possam expor oralmente seus conhecimentos, como:

Qual é a cor da camiseta da criança que está em cima do balanço? (Verde.)

A mulher de boné está na frente ou atrás da pilha de madeiras? (Atrás.)

Observe a ponte entre as casas das árvores e as crianças que brincam nela para verificar se cada afirmação a seguir é verdadeira ou falsa:

O menino na ponte está entre duas meninas. (Verdadeira.)

Atrás do menino que está na ponte, há uma menina de camiseta amarela. (Verdadeira.)

Na ponte, na frente do menino, há uma menina que está com o cabelo preso. (Verdadeira.)

Há três meninas na ponte. (Falsa.)

O homem está embaixo da ponte. (Verdadeira.)

Para cada questionamento, comente com os estudantes a resposta esperada.

Nesta Unidade, podem ser identificados conhecimentos anteriores de Matemática que os estudantes tenham produzido, tanto na escolarização anterior (Educação Infantil) como em práticas sociais (jogos, brincadeiras, atividades cotidianas etc.).

Objetivo

Localizar objetos e pessoas de acordo com sua posição relativa, usando termos como na frente, atrás, entre.

As situações de conversa são recursos preciosos para estabelecer vínculos com os estudantes e deles com a aprendizagem. Nesta primeira Unidade, é importante inaugurar alguns procedimentos de trabalho, convidando-os a protagonizar o lugar de aprendizes, comprometendo-se com seu processo de aquisição do conhecimento como uma experiência estimulante, enriquecedora e divertida. Diversos recursos podem ser empregados nesse momento introdutório: brincadeiras no espaço externo, desenhos e conversas. Explore as habilidades e preferências dos estudantes, relacionando-as aos desafios que serão encontrados na escola, criando, assim, uma boa oportunidade para conhecê-los e vincular-se a eles. Ao conversar, eles têm a oportunidade de ampliar seu universo cultural por meio da exploração de diferentes informações e assuntos.

Atividade 1

Antes de pedir que resolvam esta atividade, faça uma fila na sala com alguns estudantes e escolha um deles para abordar itens como os que apareceram na atividade. Certifique-se de que eles compreenderam o uso dos termos na frente, atrás e entre ao se colocarem na mesma posição de Caio antes de responderem.

Atividade 2

Proponha situações similares com os estudantes (explorando a noção de entre).

Pergunte a eles qual seria a resposta caso as crianças da ilustração estivessem viradas com o rosto para a frente. Espera-se que percebam que a resposta seria a mesma.

BNCC em foco:

EF01MA11

Sugestão de trabalho interdisciplinar

O professor de Educação Física pode explorar as noções tratadas nesta página encenando situações similares às das atividades 1 e 2.

Atividade 3

Encene a situação com os estudantes, trocando as duplas (menino/menina) várias vezes para que eles percebam onde cada um deve ficar para estar na frente e atrás da placa ou de outro objeto que escolher.

A vivência das ideias trabalhadas possibilita uma aprendizagem significativa e a observação das dificuldades no entendimento das ideias e no uso dos termos adequados a cada situação.

Pergunte: “O que teria de acontecer para que as duas crianças ficassem na frente da placa?”. Esse tipo de questão mobiliza os estudantes a pensar “além” do que estão vendo.

Desafio

A proposta desafia os estudantes a utilizar algumas das noções abordadas em uma situação-problema apoiada pelo recurso visual. Outro modo de vivenciar atividades como essa é preparar previamente recortes de revistas com fotografias de diversos objetos ou pessoas em uma mesma cena. Na frente da sala, para que todos possam ver as imagens, dê dicas sobre quem ou qual objeto, dentre os retratados, você escolheu. Utilize a maior variedade de termos estudados até o momento.

Sugestão de leitura para o professor

Livro

LORENZATO, Sergio. Educação Infantil e percepção matemática. Campinas: Autores Associados, 2017. Coleção Formação de Professores.

Nesse livro, abordam-se aspectos teóricos e práticos que fundamentam o ensino-aprendizagem da Matemática na Educação Infantil. São apresentadas teorias que envolvem a aprendizagem dos conceitos de número, de senso espacial e de medida.

BNCC em foco:

EF01MA11

Sugestão de atividade

Na frente, entre ou atrás?

Proponha aos estudantes que descrevam a posição que ocupam na sala de aula usando os termos estudados. Mostre a eles a situação ilustrada ao lado, em que Roberto pode dizer que senta na frente de Larissa, que senta atrás de Pedro ou, ainda, que senta entre Pedro e Larissa.

CRÉDITO: PAULO MANZI

Objetivo

Localizar objetos e seres vivos de acordo com sua posição relativa usando termos como direita ou esquerda.

A noção de direita ou esquerda é fundamental para a localização e a orientação. É interessante apresentá-la associando-a aos sinais → e ←, respectivamente.

Para explorar as atividades, utilize esses termos para localizar objetos na sala, posicionando-se da mesma maneira que os estudantes para que sua mão direita e sua mão esquerda coincidam com as posições das mãos deles ao apontar para os objetos. Aproveite para perguntar a eles com que mão escrevem (apresentando os termos destro e canhoto); auxiliando na construção de uma referência corporal.

Atividade 1

Esta atividade é muito importante para avaliar se os estudantes têm dificuldade de reconhecer seu lado direito e seu lado esquerdo. Inicialmente, proponha a eles que simulem, em trios, a mesma configuração da imagem feita com duas meninas e um menino. Depois, leia com eles o comando da atividade e analise a imagem.

Quanto às questões cujas respostas são pessoais, peça a alguns estudantes que respondam oralmente para toda a turma. Avalie a resposta que cada um deles apresentou.

Para explorar mais, pergunte: “O que aconteceria se Pedro ficasse voltado para a frente? As respostas seriam as mesmas?”. Espera-se que os estudantes percebam que as respostas não seriam as mesmas, pois a orientação do menino mudaria. Se eles não entenderem, proponha que vivenciem novamente a experiência: posicione três estudantes como na ilustração e peça ao que está entre os outros dois que localize sua direita e sua esquerda.

Crianças dessa idade não têm consciência de todos os detalhes do corpo. Proponha atividades que contribuam para o desenvolvimento dessa consciência corporal, usando o conceito de direita ou esquerda. Por exemplo: peça a elas que levantem o braço direito, dobrem a perna esquerda, apontem o olho direito etc. Atividades como essa possibilitam uma conversa não formal sobre a importância de cada membro do corpo e sua utilidade, além de ser uma atividade prática que trabalha a lateralidade.

BNCC em foco:

EF01MA11

Atividade 2

Leia o comando, explore a imagem com os estudantes e explique como devem fazer a colagem, depois de eles identificarem a figura em cada caso.

Sugestão de atividade

Uma atividade interessante pode ser realizada com papel pardo ou papel manilha (de tamanho adequado para o tamanho dos estudantes), giz, tesoura com ponta arredondada e quatro bolas de meia. Desenhe, com os estudantes, o contorno do corpo deles no papel pardo. Depois, os contornos são recortados e neles são colocados o nariz, a boca, as orelhas, os olhos, a roupa etc. Em seguida, o boneco vira um alvo, e a turma brinca de atirar bolas de meia nele, enquanto você determina onde os estudantes devem acertá-las (braço direito do boneco, mão esquerda, perna esquerda etc.).

BNCC em foco:

EF01MA12

Objetivo

Localizar objetos de acordo com sua posição relativa usando termos como em cima, embaixo.

Durante a realização das atividades destas páginas, é importante chamar a atenção dos estudantes para a necessidade de haver um ponto de referência. Se, na atividade 2, por exemplo, tivesse sido solicitado pintar de azul as caixas que estão em cima, sem especificar “em cima de quê”, não seria possível ter certeza da resposta.

As noções de em cima e embaixo desenvolvem-se de modo concomitante com outras noções já abordadas e também podem ser exploradas por meio de diversas situações lúdicas.

Em sala de aula, brincadeiras como empilhar cubinhos, encaixar peças e outras similares favorecem o desenvolvimento dessas noções.

Atividade 1

Esta atividade propicia uma síntese dos conceitos de direita e esquerda (trabalhados anteriormente) e inicia o trabalho com o conceito de em cima. O foco é a localização espacial comunicada por meio do vocabulário de posição. Aprender esses conceitos também facilita o aprendizado de outras disciplinas. Os estudantes precisam organizar as peças no espaço da figura antes de colá-las.

BNCC em foco:

EF01MA12

Sugestão de leitura para o professor

Livro

PANIZZA et al. Ensinar Matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Essa obra busca criar um meio de comunicação entre pesquisadores e educadores de Matemática, integrando conceitos teóricos com a prática educacional, por meio da articulação das pesquisas apresentadas com propostas para as aulas.

Atividade 2

Depois de os estudantes pintarem as caixas de verde ou de azul, pergunte a eles: “Qual é a cor das caixas que estão embaixo das caixas azuis?”, “Qual é a cor das caixas que estão em cima das caixas verdes?”. Em ambos os casos, a resposta é a cor vermelha.

Atividade 3

Peça aos estudantes que descrevam a posição de outros objetos na ilustração, por exemplo: “Onde está a bola?”. (Está em cima da cama.)

Se julgar conveniente, comente com eles que dizer “em cima da cama (ou da mesa)” é o mesmo que dizer “sobre a cama (ou sobre a mesa)”.

Podem-se resgatar também conceitos já estudados, por exemplo, pedindo aos estudantes que desenhem um objeto que eles colocariam entre o travesseiro e a bola.

Para explorar mais, proponha atividades similares para eles vivenciarem na sala de aula. Por exemplo, usando a mesa do professor como referencial, coloque objetos à direita, à esquerda, em cima e embaixo dela para os estudantes descreverem, oralmente, essas localizações.

Sugestão de atividade

Brincadeira do robô

Esta brincadeira pode ser realizada antes ou depois da atividade 1, página 18.

Nela, um estudante assume o papel de robô e vai seguindo as ordens dos colegas para ir para a frente ou para trás (número de passos) e virar à direita ou à esquerda, a fim de partir de um ponto de referência e chegar a outro – por exemplo, do fundo até a frente da sala de aula.

BNCC em foco:

EF01MA11Sugestão de trabalho interdisciplinar

Realize um trabalho com Geografia. Proponha aos estudantes que desenhem um mapa da sala de aula em uma malha quadriculada. Os desenhos representando as carteiras, a mesa do professor, a lousa etc. devem ser simples. Para o mapa, eles deverão usar os conceitos estudados até o momento e o aprendizado do dia a dia. Peça que descrevam suas localizações na sala de aula. Caso encontrem dificuldade, faça perguntas como: “Você senta à direita de...? Quem senta à sua frente?”. Incentive a participação de todos e promova uma reflexão a respeito dos termos usados.

Objetivos

Relacionar, um a um, elementos de duas coleções.

Identificar e comparar quantidades com base em uma imagem.

Reconhecer quantidades iguais e quantidades diferentes.

A correspondência um a um é um processo anterior à compreensão da contagem e necessário para sua aprendizagem. Por meio dela, pode-se levar os estudantes a comparar quantidades e concluírem se uma delas é maior que, igual a ou menor que a outra. Ela é importante para a contagem, pois permite dar indícios do processo de construção do conceito de número.

Atividade 1

Por meio da correspondência um a um, o estudante deve perceber que cada criança deve ser ligada a um único carrinho, mas não necessariamente ao que está a seu lado. Há outras respostas possíveis; por exemplo, o menino loiro pode ser ligado ao carrinho amarelo.

Nesta atividade, os estudantes são incentivados a estabelecer uma associação entre as crianças e os carrinhos e verificar que há a mesma quantidade de ambos. Pergunte: “E se outra criança chegasse, o que teria de acontecer para que a quantidade de carrinhos fosse a mesma que a quantidade de crianças?” (Resposta esperada: Deveria haver mais um carrinho.). É importante possibilitar novas problematizações com base na cena que observam. “E se” sempre remete a uma situação de hipótese, fora da situação concreta apresentada, o que contribui para a abstração matemática.

BNCC em foco:

EF01MA02, EF01MA03

Atividade 2

Os estudantes deverão observar a cena e fazer a correspondência um a um entre as crianças e as cordas, comparando as quantidades por meio de estratégias pessoais.

Depois, os registros devem ser realizados da maneira que souberem, com desenhos, traços, pontinhos etc.

Atividade 3

Ao compararem a quantidade de botões de cada grupo, os estudantes perceberão quantidades iguais e quantidades diferentes. Uma estratégia que eles podem usar é tomar um grupo (por exemplo, o de botões verdes) e comparar a quantidade de botões dele com a dos demais grupos. Comente essa possibilidade com a turma, caso ela não apareça.

Atividade 4

Nesta atividade, os estudantes se deparam com a comparação de duas quantidades diferentes (3 e 5). Peça a eles que contem como fizeram para descobrir que as meninas não receberam quantidades iguais de presilhas. Proponha outros questionamentos: “Quem recebeu mais presilhas?” (Leila.); “O que deve ser feito para que as duas sobrinhas fiquem com a mesma quantidade de presilhas?” (Leila deve dar uma presilha para Luísa.); “Nesse caso, com quantas presilhas fica cada uma?” (Cada uma fica com 4 presilhas.).

BNCC em foco:

EF01MA02, EF01MA03; competência geral 9; competências específicas 7 e 8

Sugestão de atividade

Dança das cadeiras

Os estudantes podem vivenciar uma situação de correspondência com sobra fazendo a brincadeira da dança das cadeiras. Nela, os estudantes andam em volta das cadeiras enquanto a música toca, cada um deverá sentar-se em uma cadeira quando a música parar e aquele que ficar sem cadeira sairá da brincadeira. Em cada rodada, retira-se uma cadeira, para que sempre sobre um estudante. Vence quem conseguir sentar na última cadeira.

Após a brincadeira, retome com a turma a quantidade de cadeiras e a de participantes que havia no começo, registrando-as na lousa, por meio de desenhos, a fim de facilitar a comparação das quantidades.

Objetivos

Desenvolver noções de símbolos e códigos.

Apropriar-se de procedimentos de jogos.

Ajude os estudantes na leitura e na compreensão das regras.

O jogo como atividade humana, fora da escola, está ligado ao prazer de jogar, conviver e resolver desafios. É importante que, dentro da escola e da sala de aula, o jogo como estratégia de ensino seja, em um primeiro momento, uma brincadeira, ou seja, uma atividade lúdica que enriqueça a convivência. Assim, conhecendo as características e o funcionamento de cada jogo, os estudantes poderão, em um segundo momento, tendo mais familiaridade com os jogos, interagir e aprender com as situações propostas.

Neste início de 1º ano, um grande investimento deve ser feito na aprendizagem dos procedimentos de jogos pelos estudantes. Isto é, eles precisam aprender modos de decidir quem será o primeiro a jogar, a esperar sua vez, a perceber a necessidade de permanecer atento enquanto os colegas jogam, a manusear o dado corretamente etc.

Provavelmente, os estudantes precisarão jogar muitas vezes para incorporar esses procedimentos ao seu modo de jogar, pois se trata de conteúdos apreendidos durante a ação, ou seja, jogando. Ainda assim, será necessário que você explicite a eles alguns desses procedimentos.

O desenvolvimento cognitivo dos estudantes depende de diversos fatores, como as atividades escolares didaticamente orientadas para a aprendizagem. Estabelecer relações entre cenas ou objetos e os símbolos que os representam é um dos aspectos importantes desse desenvolvimento, que pode ser trabalhado de maneira lúdica por meio de jogos como esse.

Esse jogo possibilita o reconhecimento de símbolos convencionais, que podem ser desconhecidos por alguns estudantes, mas favorecem a associação de ideias. Para tal associação, eles dispõem do estabelecimento de relações lógicas entre os símbolos e as ações representadas nas cenas das cartas. A grande contribuição desse jogo, no momento, é possibilitar a identificação desse estabelecimento de relações, raciocínio necessário principalmente na aprendizagem matemática.

A cada novo jogo apresentado, você pode propor alguma maneira de decidir quem começa, por exemplo: jogar dados (quem tira o maior número começa); jogar “pedra, papel e tesoura”; dois ou um, entre outras. Você também pode organizar uma lista com essas sugestões e afixá-la na parede ou no mural da sala, para que os estudantes as utilizem como recurso quando sentirem necessidade.

BNCC em foco:

EF01MA09; competência geral 9; competências específicas 7 e 8

Peça aos estudantes que recortem as cartas do jogo da página 205 e converse com eles sobre cada cena e cada símbolo. É importante que eles se familiarizem com as peças antes de começarem a jogar, inclusive simulando algumas jogadas e fazendo associações, para que compreendam que todas as peças podem ser associadas e que a correspondência estabelecida entre os símbolos e as cenas é única.

Realize uma partida com a turma, observando se os estudantes respeitam as regras do jogo e se relacionam cada símbolo à cena correspondente. Comente que a atenção é indispensável para evitar passar a vez na jogada e que cada jogada tem duas possibilidades de encaixe de cartas.

Questões sobre o jogo

Após os estudantes jogarem algumas vezes, proponha que, individualmente ou em duplas, respondam às questões. Simule as duas questões sobre o jogo colocando as peças sobre uma mesa, conforme indicado. Deixe que discutam as situações em grupos de três ou quatro integrantes, de modo que eles possam expressar suas argumentações.

Variações

Uma sugestão é promover o mesmo jogo com 4 estudantes, organizados em duplas, em que cada participante joga de forma alternada com seu parceiro. Outra possibilidade que pode ser bastante enriquecedora do ponto de vista da formação cidadã é pedir aos estudantes que elaborem novas cartas, envolvendo placas de trânsito desenhadas por eles, com seu significado.

Por volta do segundo semestre, quando os estudantes tiverem um repertório diversificado de decisões, convém deixar que escolham, em pequenos grupos, como será realizada cada partida. Quanto aos outros procedimentos, o melhor é circular entre os grupos enquanto jogam, fazendo comentários sobre como se organizam e ajudando quem precisar.

BNCC em foco:

EF01MA09; competência geral 9; competências específicas 7 e 8

Objetivo

Desenvolver a noção de comparação de grandezas usando termos como mais grosso, mais fino, cabe mais, cabe menos, mais pesado, mais leve, mais comprido, mais curto, mais baixo ou mais alto.

As atividades destas páginas exploram os conceitos que envolvem as noções de espessura, de capacidade e de massa, bem como de comparação de grandezas de mesma espécie.

Atividade 1

Se julgar oportuno ou necessário, possibilite situações em que os estudantes desenvolvam concretamente a percepção de grosso ou fino. Por exemplo, eles podem segurar lápis, canos, livros ou outros objetos de diferentes espessuras para identificar o mais grosso e o mais fino entre eles.

Atividade 2

A noção de caber mais ou caber menos relaciona-se à ideia de capacidade, que pode ser explicada de forma simples, como o volume interior de um objeto. Todo objeto físico tem volume, por menor que seja, mas nem todos podem ser preenchidos internamente, ou seja, nem todos têm capacidade. Assim, esse tipo de comparação envolve objetos como copos, latas, baldes, tanques e outros similares.

Atividade 3

Pergunte aos estudantes como saber em cada caso, em quais pratos da balança estão a fruta mais pesada e a mais leve. Espera-se que observem a posição dos pratos e que identifiquem a fruta mais pesada no prato posicionado mais para baixo.

Se possível, leve uma balança de dois pratos para a sala de aula, para que os estudantes percebam como ela funciona.

Pergunte aos estudantes se eles sabem para que serve uma balança. Uma possível resposta é: para descobrir o que (ou quem) pesa mais. Deixe que eles se expressem livremente. Se julgar oportuno, comente que a balança mede a massa de objetos ou pessoas (popularmente chamada de “peso”).

Pergunte o que significa quando os dois pratos estão equilibrados (na mesma altura). Espera-se que os estudantes levantem hipóteses acerca de ambos os pratos estarem com objetos de mesma massa.

BNCC em foco:

EF01MA15

Atividade 4

Providencie pedaços de barbante (ou palitinhos) de diferentes comprimentos. Organize os estudantes em duplas ou trios, distribua alguns desses pedaços de barbante para cada dupla ou trio e peça que identifiquem o mais comprido e o mais curto. Depois, cada grupo explica como fez para os demais estudantes.

Em seguida, explore a atividade proposta e peça que expliquem como identificaram qual é o cabelo mais comprido e qual é o mais curto.

Atividade 5

Comece explorando as ideias de alto ou baixo pedindo aos estudantes que deem alguns exemplos. Eles podem dizer que um poste é alto e um cãozinho é baixo. Nesse caso, podem considerar esses dois elementos em relação a uma pessoa, ou seja, o referencial adotado. É importante compreenderem que alto e baixo não são termos absolutos, mas relativos a um elemento comparativo. Por exemplo, um poste, se comparado a uma montanha, é baixo.

Atividade 6

Solicite a alguns estudantes que justifiquem a escolha que fizeram para os demais colegas.

Sugestão de atividade

Organizando uma fila

Leve a turma para uma área externa, como o pátio da escola, e forme grupos de cinco estudantes. Os componentes de cada grupo devem ficar próximos uns dos outros, mas separados dos integrantes dos outros grupos. Ao som de palmas, cada grupo deve se organizar para formar uma fileira em ordem decrescente de tamanho, do mais alto para o mais baixo, no menor tempo possível.

BNCC em foco:

EF01MA15

Objetivos

Organizar e ordenar representações por meio de atributos.

Classificar objetos de acordo com determinadas características.

Para as atividades desta página, auxilie os estudantes no recorte e na colagem das figuras.

Atividade 1

Matrioskas ou bonecas russas são uma série de bonecas, feitas geralmente de madeira, que se encaixam umas dentro das outras, da menor até a maior. O nome vem de matriona (matrona), que seria uma referência a “mulher de família”, “mãe”, “senhora”.

Antes de os estudantes efetuarem a colagem, proponha outras organizações:

de modo livre (socialize os diferentes procedimentos);

por tamanho, do menor para o maior ou do maior para o menor.

Para explorar outras noções, proponha disposições diferentes:

de cima para baixo (em coluna);

da esquerda para a direita (em linha).

Para a colagem, combine com os estudantes que eles devem fazer a organização dispondo as figuras da esquerda para a direita, alinhadas pela parte de baixo, observando o tamanho: da menor boneca para a maior.

Atividade 2

Peça aos estudantes que listem, oralmente, objetos encontrados nos ambientes de uma casa: no banheiro, na cozinha, na sala etc.

Depois de recortarem as figuras, peça aos estudantes que procurem as que são de objetos usados no banheiro e que coloquem-nas no quadro da direita. Em seguida, peça que façam o mesmo com as imagens de objetos usados na cozinha e as coloquem no quadro da esquerda.

Antes de efetuarem a colagem, solicite que verifiquem se precisam fazer alguma troca ou acerto. Oriente-os, se necessário.

BNCC em foco:

EF01MA09

Objetivo

Desenvolver noções de símbolos e códigos.

Um sistema de símbolos e códigos ajuda a transmitir uma mensagem ou a representar uma situação. Ele pode ser formado por um conjunto de letras, números, desenhos, sinais, ícones ou pela combinação desses elementos, e cada vez mais faz parte de nossa vida em sociedade. Saber interpretá-lo e utilizá-lo é fator essencial na formação do cidadão.

Após a leitura do texto com os estudantes, peça que listem, oralmente, algumas regras ou sinalizações de trânsito que conheçam. Espera-se que citem os semáforos (para carros e pedestres) e a faixa de segurança. É muito importante, desde cedo, educar para o trânsito.

Tome nota

Atividade 1

Explore a cena relativa ao texto com os estudantes. Observe como eles identificam a quantidade de semáforos na imagem. Pergunte a eles para que serve cada um dos semáforos.

Atividade 2

Explique aos estudantes que eles devem ligar cada cor do semáforo à palavra da coluna da direita correspondente ao significado de tal cor.

Reflita

Peça aos estudantes que observem o desenho de cada placa e digam o que ela pode indicar. Incentive-os a lembrar se já viram alguma delas nos caminhos que fazem cotidianamente.

BNCC em foco:

EF01MA09; competências gerais 4 e 10; competência específica 1

Sugestão de trabalho interdisciplinar

Para enriquecer o aprendizado dos estudantes, comente o regionalismo da palavra “semáforo”, que, em São Paulo, as pessoas usam as palavras “farol” ou “semáforo”; no Paraná,“sinaleira”; no Rio de Janeiro, “sinal”. Explore as palavras usadas na região em que moram e, se julgar oportuno, apresente casos semelhantes, em que palavras distintas são empregadas para o mesmo significado.

Objetivo

Classificar eventos que envolvam o acaso.

As atividades destas páginas exploram situações que envolvem o acaso para que os estudantes classifiquem eventos em acontecerá com certeza, talvez aconteça ou é impossível acontecer.

Atividade 1

Se possível, providencie carrinhos como os da atividade (ou algo similar) para que os estudantes possam vivenciar as situações propostas.

Socialize as escolhas marcadas com um X para que eles percebam que, ao fazer a escolha, já se observa a cor do carrinho. Portanto, com certeza sabemos dizer qual é essa cor. No entanto, isso não acontece quando se está de olhos fechados.

Repita algumas vezes o ato de pegar o carrinho (ou outro objeto) da mesa estando de olhos fechados, para que os estudantes percebam o que pode ou não ocorrer e estabeleçam a diferença entre as duas situações: escolher um carrinho e pegar um carrinho ao acaso.

Solicitar aos estudantes que identifiquem todas as possibilidades de cor do carrinho é importante, pois só assim eles poderão perceber se é possível ou não que o carrinho tenha determinada cor.

BNCC em foco:

EF01MA20

Se julgar oportuno, explore também a quantidade de veículos de cada cor e de cada tipo, fazendo comparações:

Há mais carrinhos verdes ou amarelos? (Amarelos.)

Há mais tanques ou caminhões? (Caminhões.)

Que cor de caminhão existe em maior quantidade? (Vermelha.)

Que tipos de veículo existem na mesma quantidade? (Carros antigos, tanques e carros de corrida.)

Quantos carros antigos azuis existem? (Nenhum.)

Questionamentos desse tipo propiciam aos estudantes responderem mais acertadamente às questões propostas nesta seção.

Atividade 2

Deixe que os estudantes vivenciem a situação de João para que validem suas respostas.

Aproveite a situação proposta e converse com eles sobre atitudes sustentáveis e cidadãos educados e conscientes.

Objetivo

Retomar os conceitos estudados.

A seção possibilita a sistematização de vários conceitos desenvolvidos ao longo da Unidade, promovendo um momento de avaliação processual sob a perspectiva da avaliação formativa.

Antes de os estudantes resolverem as atividades 1, 2 e 3, proponha situações similares para eles vivenciarem na sala de aula e retomarem os conceitos envolvidos. Por exemplo, usando a mesa do professor como referencial, coloque objetos à direita, à esquerda, em cima e embaixo dela para eles descreverem, oralmente, essas localizações.

Atividade 1

Nesta atividade, os estudantes precisam colocar em prática o que aprenderam sobre localização. Caso ainda surja alguma dúvida, peça a eles que se posicionem como Catarina e identifiquem o lado esquerdo.

Atividade 2

Esta atividade trabalha a localização da fruteira e do gato de acordo com a posição relativa de cada um. Antes do preenchimento das frases, escreva na lousa as palavras na frente, atrás, em cima, embaixo e entre e explore o significado de cada um desses termos.

Atividade 3

Esta atividade pode ser expandida com a proposta de novas questões para a turma, para que os estudantes respondam oralmente. Por exemplo:

O que há sobre a mesinha? (Um vaso com flor.)

De que lado de quem olha a poltrona está a janela? (Do lado direito.)

BNCC em foco:

EF01MA11, EF01MA12

Atividade 4

Esta atividade retoma a correspondência um a um e a comparação de quantidades de duas coleções. Pergunte aos estudantes como eles podem saber quais quadros têm quantidades iguais de frutas. Uma dúvida que pode surgir é: “O cacho de uvas da ilustração tem uma ou mais frutas uva?”. Caso permaneça a dúvida, questione se um cacho de bananas tem uma ou mais frutas banana. Socialize as diferentes respostas, validando-as ou não com toda a turma.

Atividade 5

Peça aos estudantes que se coloquem na posição de Lucas. Para isso, pode-se representar a fachada das construções na lousa.

Autoavaliação

As duas questões resgatam alguns dos conceitos explorados nesta Unidade. Aproveite para estimular os estudantes a refletir sobre o uso de tais conceitos em situações do cotidiano.

Para que esse momento seja construtivo para os estudantes em um processo de avaliação formativa, e também de apoio a futuras intervenções relacionadas ao conteúdo, as respostas não podem se limitar a “consigo” ou “não consigo”. É importante que percebam o quanto estão utilizando o vocabulário no dia a dia, como: na frente, atrás, esquerda, direita, em cima, embaixo, alto, baixo, curto, comprido, entre outros.

Desse modo, os estudantes podem indicar que ainda não utilizam os conceitos no cotidiano; que conseguem apenas com ajuda; que ainda se confundem com alguns termos ou que conseguem usá-los com tranquilidade.

Se possível, registre os resultados dessa conversa para retomá-los futuramente, tornando tais registros instrumentos de avaliação processual do professor e de autoavaliação do estudante.

BNCC em foco:

EF01MA03, EF01MA15

Sugestão de atividade

Figurinhas

Observe as figurinhas que Leandro e Raquel têm.

Agora, desenhe as figurinhas que faltam para que Leandro e Raquel fiquem com a mesma quantidade.

Peça aos estudantes que comparem seus desenhos. O importante é que Leandro e Raquel tenham quantidades iguais de figurinhas. Por exemplo, se desenharem mais 1 figurinha para Leandro e mais 4 figurinhas para Raquel, os dois ficarão com a mesma quantidade de figurinhas, ou seja, 7. Observe se alguém adotou uma resolução diferente ou se todos desenharam 3 figurinhas para Raquel.