UNIDADE D

CAPÍTULO 10 Atmosfera e hidrosfera

Fotografia. Um cachorro com o pelo longo branco e preto. Ele está correndo em um gramado com a língua para fora. O vento faz seu pelo ficar jogado para a direita, tampando parte do focinho.
Não somos capazes de ver o ar, mas podemos perceber evidências de que ele existe. Você é capaz de listar pelo menos cinco dessas evidências?

Motivação

A critério do professor, esta atividade poderá ser realizada em grupos.

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Interpretar uma situação envolvendo ar confinado.

Você vai precisar de:

  • uma tigela funda
  • um copo transparente
  • uma rolha
  • água

Procedimento

  1. Coloque a água na tigela e a ro­lha sôbre a superfície da água.
  2. Mergulhe o copo na água com a boca para baixo de modo que a rolha fique dentro do copo. Observe.
  3. Procure explicar o que aconteceu.
Ilustração. Uma cuba de vidro com água e uma rolha boiando. Acima, destaque para a mão de uma pessoa segurando um copo com a boca para baixo. Na imagem ao lado, a pessoa segura o copo parcialmente submerso na água. Dentro do copo há uma interrogação.

Desenvolvimento do tema

1. O ar ocupa espaço

No experimento que acabamos de descrever, a rolha serve para podermos visualizar o nível da água. Quando o copo é mergulhado com a boca para baixo, a rolha desce. Isso evidencia que o nível da água dentro do copo desce. Por que será que o nível da água desceu dentro do copo quando ele foi mergulhado?

O copo está cheio de ar. Quando ele é mergulhado, o ar continua em seu interior. Como o ar ocupa espaço, ele fórça a água para baixo e, por isso, a rolha desce. Esse experimento serve para mostrar que o ar ocupa espaço!

Quando enchemos um balão assoprando dentro dele, o balão aumenta de tamanho porque o ar expirado que assopramos lá para dentro ocupa espaço.

Se, com um canudinho, assopramos dentro de um copo com água, observamos bolhas dentro do líquido. Elas também evidenciam que o ar expirado ocupa espaço.

Fotografia. Sequência de três imagem de uma menina branca de cabelo castanho longo preso em um rabo, calça laranja e camiseta estampada, sentada de pernas cruzadas enchendo uma bexiga laranja. A cada imagem a bexiga está maior.

2. Resistência do ar

Ao andar de bicicleta, quanto mais rápido estivermos, mais sentiremos uma fôrça que se opõe ao nosso movimento. Essa fôrça é a resistência do ar.

Não é difícil entender por que o ar oferece resistência. Quando andamos de bicicleta, nosso corpo precisa “tirar do caminho” o ar que está na frente. É por causa disso que sentimos uma resistência ao nosso movimento.

Dentro de uma piscina também podemos sentir resistência aos nossos movimentos. Basta tentar mexer rapidamente os braços dentro da água para perceber isso. Nesse caso, é o líquido que oferece resistência. No ar essa resistência é menor do que na água, mas também existe.

Parte do combustível consumido para manter um automóvel em movimento é gasta para vencer a resistência do ar. Quanto mais rápido o veículo se desloca, maior é essa resistência, e mais combustível tem de ser queimado para vencê-la.

Fotografia. Uma pessoa de jaqueta preta e capacete preto e branco andando de moto. A moto está inclinada para a esquerda.
Os motociclistas estão familiarizados com a resistência que o ar oferece ao movimento.
Fotografia. Um carro de corrida amarelo em uma pista. Dentro, uma pessoa com capacete. Atrás, fumaça.
Esse veículo deve atingir altas velocidades e, por isso, seu formato é projetado para que a resistência do ar sôbre ele seja baixa. Dizemos que ele possui uma fórma aerodinâmica.
Fotografia. Um carro vermelho em uma cidade. Estão à mostra a parte dianteira e a lateral do automóvel. As rodas dianteiras estão viradas para à esquerda.
Esse outro é projetado para o tráfego intenso das grandes cidades, nas quais o trânsito é lento e congestionado. Sua fórma não revela a preocupação em diminuir acentuadamente a resistência do ar, que é pequena devido à baixa velocidade que o veículo geralmente desenvolve.

EM DESTAQUE

A resistência do ar e os paraquedas

Por causa do seu tamanho e formato, os paraquedas encontram alta resistência do ar ao seu movimento. É por isso que um para­quedista desce suavemente. Sua velocidade é reduzida pela resistência do ar. Assim como acontece com o paraquedas, o uso de asas-deltas e parapentes só é possível por causa da resistência do ar.

Elaborado com dados obtidos de: Seruêi, R. A.; Viuê, C. College Physics. décima primeira edição Boston: Cengage, 2018.

Fotografia. Uma pessoa no céu com um paraquedas vermelho aberto.
Parapentista planando sôbre a Serra da Moeda, Município de Moeda, Minas Gerais.

3. Vento

Durante uma ventania, os galhos e as folhas das árvores balançam.

O vento é o movimento do ar em relação à superfície da Terra. Além de ver os efeitos do vento sôbre as plantas, podemos sentir o ar em movimento: quando o ar colide com a pele, sentimos o vento “batendo” no corpo.

Motivação

A critério do professor, esta atividade poderá ser realizada em grupos.

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Interpretar uma situação envolvendo ar confinado.

Você vai precisar de:

  • uma garrafa descartável de refrigerante de 2 litros
  • um balão de borracha (bexiga)

Procedimento

  1. Coloque o balão dentro da garrafa, deixando a boca do balão para fóra. Com essa extremidade do balão, envolva a boca da garrafa de tal fórma que a borracha feche totalmente a abertura do recipiente.
  2. Assoprando, tente encher o balão que está dentro da garrafa.
  3. Proponha uma explicação para o que aconteceu.
Ilustração. Menino negro de cabelo preto cacheado, calça jeans, tênis roxo e camiseta vermelha. Ele segura uma garrafa de plástico transparente com uma bexiga verde dentro presa no gargalo.

Desenvolvimento do tema

4. O ar ocupa todo o espaço disponível

Por que, no experimento descrito, não é possível encher completamente o balão?

A explicação tem a ver com o ar que está dentro da garrafa. Como ele ocupa espaço, oferece oposição ao aumento do tamanho do balão. Esse experimento, além de evidenciar que o ar ocupa espaço, mostra que o ar ocupa todo o recipiente. Em outras palavras, o ar que está na garrafa não está no fundo dela, mas espalhado em seu interior.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Há páginas na internet que fornecem a previsão da intensidade e da direção dos ventos.

Dê uma busca e veja a previsão para a sua região.

Sendo assim, existe uma notável diferença entre gases e líquidos.

Podemos colocar água ou qualquer outro líquido em uma garrafa, por exemplo, de modo a preencher apenas parte do espaço interno da garrafa. Com o ar, que é um gás, é bem diferente. Se uma garrafa parece estar vazia, ela na verdade está cheia de ar. E esse ar ocupa todo o espaço disponível dentro dela.

Dentro de uma sala, podemos respirar junto ao chão. Também conseguimos respirar se estivermos agachados ou em pé. dêsse modo, percebemos que o ar ocupa todo o espaço disponível na sala.

Ilustração. Menino negro de cabelo preto cacheado, calça jeans, tênis roxo e camiseta vermelha. Ele está com a boca em uma garrafa de plástico transparente com uma bexiga verde dentro presa pelo gargalo. Da garrafa, linha de chamada para: O ar ocupa todo o espaço disponível e impede o balão de ser enchido totalmente.
O ar ocupa todo o espaço disponível e impede o balão de ser enchido totalmente.

Motivação

As fotos a seguir se referem a um experimento no qual se utilizam uma bola de futebol com câmara, uma bomba para encher bolas e uma balança cuja sensibilidade permita medir gramas. Relatamos o experimento, pois nem sempre há disponibilidade de tal balança para fazer o experimento. Caso haja, sugere-se realizá-lo.

O experimento começa com a bola contendo pouco ar. Se ela for jogada ao solo, não saltará. Se for apertada com o dedo, oferecerá pouca resistência ao aperto. A foto A foi tirada ao medir a massa da bola.

A seguir, bombeou-se bastante ar para dentro dela, até que ficasse bem rígida e oferecesse grande resistência ao ser apertada. Na foto B, a balança indica a nova massa da bola. Que conclusão podemos tirar?

Fotografia A. Uma bola branca com faixas laranjas em cima de uma balança digital. Abaixo, destaque para o visor da balança que marca 445 gramas. 
Fotografia B. Uma bola branca com faixas laranjas em cima de uma balança digital. Abaixo, destaque para o visor da balança que marca 449 gramas.
A. Massa de uma bola de futebol com câmara, preenchida com ar, porém flácida: 445 gramas. B. Massa da mesma bola, agora rígida após bombear bastante ar para dentro dela: 449 gramas.

Desenvolvimento do tema

5. O ar tem massa!

Vamos analisar o resultado do experimento relatado anteriormente. A massa inicial da bola, indicada no mostrador da balança, é 445 gramas. A massa final da mesma bola, agora com mais ar dentro dela, é 449 gramas. A que se deve esse aumento?

A diferença entre as medidas, 4 gramas, é a massa do ar bombeado para dentro da bola. O experimento permite concluir que o ar tem massa.

6. A atmosfera exerce pressão

Ao redor do planeta Terra há uma grande quantidade de ar que constitui a atmosfera terrestre. E todo esse ar tem massa e é atraído pela gravidade do planeta. Ou seja, todo esse ar tem pêso.

Pressão atmosférica ou pressão do ar é o nome que se dá a uma grandeza que é decorrente do pêso de todo esse ar que existe sôbre nós. A pressão atmosférica pode ser medida num aparelho chamado barômetro.

Diferentes locais podem possuir diferentes quantidades de ar acima de si. Os habitantes de uma cidade do litoral têm sôbre sua cabeça mais ar que os moradores de uma cidade que fica nas montanhas.

Assim, na cidade montanhosa um barômetro registra uma pressão atmosférica menor que na cidade litorânea, pois a quantidade de ar sôbre as montanhas é menor que sôbre a praia.

A pressão atmosférica depende da altitude do local

Ilustração. Uma montanha com uma cidade em cima, para a direita, no pé da montanha, uma cidade e uma praia. Ao lado, ilustração de um medidor redondo com o ponteiro na vertical. O barômetro é um aparelho que mede a pressão atmosférica. Na cidade que está em cima da montanha há uma seta para baixo: No alto de uma montanha, a pressão atmosférica é menor do que na praia. O ponteiro do medidor está inclinado para a esquerda. Na cidade litorânea há duas setas para baixo. Há mais ar sobre a cidade praiana do que sobre a montanhosa. Na praia, a pressão atmosférica é maior que no alto de uma montanha. O ponteiro do indicador está inclinado para a direita.
Quanto maior é a altitude de um local, menor é a pressão do ar. (Representação esquemática fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Elaborada a partir de róbinsson, J. K.; , J. E.; , R. C. Chemistry. oitava edição Hoboken: Pearson, 2020. página 376-379.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A palavra “atmosfera” vem do grego átmo, gás, e isféra, esfera. É a esfera de gás que envolve o planeta Terra.

A palavra “barômetro” vem das palavras gregas , pêso ou pressão, e , medida.

Existem diferentes unidades para expressar a pressão atmosférica. Entre elas estão o quilopascal (representado por ) e o milímetro de mercúrio (representado por ême ême agá gê). A pressão do ar ao nível do mar é de 101,3 quilopascáls, o que equivale a 760 milímetros de mercúrio. Esse valor diminui progressivamente quando subimos uma montanha.

A tabela a seguir relaciona os valores de pressão atmosférica, expressos nessas duas unidades (quilopascál e milímetro de mercúrio), para diferentes altitudes. Para facilitar, analise a tabela de baixo para cima. O valor de altitude zero metro (0 métro) corresponde ao nível do mar. À medida que subimos a serra, a altitude vai aumentando e a pressão atmosférica vai diminuindo. Apenas para melhor compreensão, saiba que o ponto mais alto da superfície da Terra é o pico do Monte Everest, que está a .8848 métros acima do nível do mar, ou seja, a quase 9 quilômetros de altitude.

Pressão atmosférica (valor médio) em diferentes altitudes

Altitude
(m)

Pressão atmosférica

(kPa)

(mmHg)

Neste sentido, aumenta a altitude em relação ao nível do mar.

10.000

26,5

198

Quando a altitude aumenta, a pressão atmosférica diminui (seja em kPa, seja em mmHg).

9.500

28,6

214

9.000

30,7

230

8.500

33,0

248

8 000

35,9

267

7.500

38,6

287

7.000

41,1

308

6.500

44,0

330

6.000

47,2

354

5.500

50,5

379

5.000

54,0

405

4.500

57,6

433

4.000

61,6

462

3.500

65,7

493

3.000

70,1

526

2.500

74,7

560

2.000

79,5

596

1.500

83,6

634

1.000

89,9

674

500

95,5

716

nível do mar → 0

101,3

760

Fonte: , J. Biologia do esporte. sétima edição Barueri: Manole, 2005. página 663.

Fotografia. Destaque para a mão de uma pessoa segurando uma bola de tênis.
As bolas de tênis são preenchidas com um gás chamado nitrogênio. Quando apertamos uma delas, comprimimos esse gás e provocamos aumento da pressão interna, que oferece resistência ao aperto. Quanto mais apertamos, maior é essa pressão. É por isso que não conseguimos “esmagar” completamente a bola.
Fotografia. Destaque para a sola do tênis de uma pessoa dando um passo. A sola é azul e amarela com detalhes em vermelho e apresenta diversos sulcos.
Existem alguns tênis para corrida ou caminhada cuja sola é feita de uma espuma plástica na qual existem muitas pequenas bolhas de gás aprisionado. O impacto da pisada comprime essas bolhas, aumentando a pressão interna. Ao oferecer resistência à compressão, o gás suaviza o impacto da pisada sôbre os pés e o restante do corpo.

Motivação

A critério do professor, esta atividade poderá ser realizada em grupos.

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Perceber a existência da pressão atmosférica.

Você vai precisar de:

  • dois desentupidores de pia novos e limpos
  • água

Procedimento

  1. Molhe ligeiramente a borda dos desentupidores.
  2. Coloque um de “boca” contra o outro e pressione-os de acôrdo com a figura.
  3. Solte um deles, mas segure o outro pelo cabo. Observe.
  4. Proponha uma explicação para o que aconteceu.
Ilustração. Destaque para as mãos de uma pessoa segurando dois desentupidores, um na frente do outro. Há duas setas na horizontal apontando para o centro, indicando o sentido do movimento.
Ilustração. Destaque para a mão de uma pessoa segurando dois desentupidores unidos pela borda de borracha.
(Representação fóra de escala. Cores fantasiosas.)

Desenvolvimento do tema

7. O poder da pressão atmosférica

No experimento apresentado, quando empurramos um desentupidor contra o outro, eles se deformam, expulsando parte do ar contido entre eles. Quando paramos de empurrar, o material flexível tende a recuperar a fórma original, mas essa tendência faz a pressão do ar restante entre eles ficar menor que a pressão atmosférica. Assim, por ser maior que a pressão interna, a pressão exercida pela atmosfera sôbre o conjunto mantém os desentupidores unidos. Quando você tenta separá-los, percebe quanto a pressão atmosférica oferece resistência.

Ilustração. Dois desentupidores unidos pela borda de borracha. Há setas vindas de todas as direções apontando para a junção.
(Representação fóra de escala. Cores fantasiosas.)

Em 1654, o inventor germânico Otto Fan Guerriquê (1602-1686) fez uma demonstração pública que ficou muito famosa. Para unir as duas metades de uma esfera metálica, ele simplesmente retirou o ar do interior da esfera formada por essas peças. Para isso usou um aparelho inventado por ele — a bomba de vácuo.

As duas metades ficaram tão firmemente unidas que nem oito pares de cavalos tiveram fórça suficiente para separá-las.

Assim como no experimento com os dois desentupidores, foi a pressão atmosférica que manteve as duas partes unidas.

Ilustração. Um objeto circular no meio, preso por cordas. As cordas estão presas em duas fileiras de cavalos, cada uma está indo em um sentido: uma para a esquerda e uma para a direita. Há o contorno de uma pessoa na frente de cada uma das filas de cavalos.
Ilustração do experimento de Otto Fan Guerriquê. (Representação fóra de escala. Cores fantasiosas.)

Fonte: , V. J.; , D. J. Inquiry into Physics. oitava edição Boston: Cengage, 2018. página 161.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

resistência do ar

vento

pressão do ar ou pressão atmosférica

Fotografia. Recipiente cilíndrico transparente fechado com uma válvula e um medidor redondo na parte de cima  no qual há inscritos números e o símbolo h P a. O ponteiro está inclinado para a direita. Dentro, duas ventosas de borracha pretas grudadas. Uma seta amarela aponta para a junção das borrachas.
Situação inicial: duas ventosas de borracha (indicadas pela seta amarela) foram pressionadas uma contra a outra e permanecem grudadas devido à pressão atmosférica. Elas foram colocadas dentro do recipiente, que foi fechado com uma tampa que o veda perfeitamente. A pressão do ar no interior do recipiente é igual à pressão atmosférica na localidade.
Fotografia. Recipiente cilíndrico transparente fechado com uma válvula e um medidor redondo na parte de cima  no qual há inscritos números e o símbolo h P a. O ponteiro está apontando para a esquerda. Dentro, duas ventosas de borracha pretas soltas.
A seguir, uma bomba de vácuo foi conectada ao encaixe azul da tampa e usada para tirar boa parte do ar do recipiente. Depois de desconectar esse aparelho, chegou-se à situação final (foto). Veja o medidor de pressão na tampa. A pressão diminui devido à retirada de ar e não é mais suficiente para manter as ventosas grudadas.

EM DESTAQUE

O canudinho e a pressão atmosférica

Tomar refrêsco com canudinho é uma interessante maneira de usar a pressão atmosférica a nosso favor.

Quando você toma refrêsco com canudinho, seus pulmões “retiram” ar de sua boca. Logo, a pressão na sua boca diminui e fica menor que a pressão atmosférica. Assim, a pressão atmosférica empurra o líquido para dentro do canudinho até a sua boca.

Portanto, ao tomar refrêsco de canudinho, nós não “chupamos” o líquido. Na verdade, é a pressão atmosférica que o empurra para dentro.

Elaborado com dados obtidos de: Rrêuit, P. G.; Sue-Rrokey, J.; Rrêuit, L. A. Conceptual Physical Science. sexta edição bóston: Pearson, 2017.

Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Realize uma pesquisa para conhecer a origem histórica do conceito de pressão atmosférica. Selecione os eventos e as curiosidades que mais chamaram sua atenção e relacione-os em seu caderno, preparando-se para expô-los em sala, aos colegas, no dia marcado pelo professor.

Ícone. Caderno.

ATIVIDADE

Para fazer no seu caderno

Você viu uma postagem afirmando que uma parte do território da Holanda está situada abaixo do nível do mar e, por isso, a pressão do ar nesse local é praticamente nula.

Verifique a veracidade da informação sôbre a altitude de parte do território holandês. A seguir, se essa informação for verdadeira, use argumentos científicos para confirmar ou rejeitar a conclusão tirada a partir dela.

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Dos esportes, passatempos e brincadeiras que vocês conhecem, quais dependem da pressão do ar ou da resistência do ar?

8. Hidrosfera e ciclo da água

Os seres vivos são completamente dependentes da água. Sem ela, todos morreriam.

No dia a dia utilizamos a água para beber, cozinhar, tomar banho, lavar roupas e louças. A água é necessária na agricultura para que as plantas possam crescer. Muitas indústrias utilizam água para as mais diferentes finalidades.

A água é a substância presente em maior quantidade em todos os seres vivos. De cada 10 quilogramas do corpo de um ser humano adulto, 6 correspondem à água. A contribuição da água para o pêso do corpo humano diminui com o envelhecimento, sendo, portanto, maior nas crianças e menor nos idosos.

Nos alimentos que consumimos, a água é encontrada em altíssima quantidade, como você pode perceber pelos dados da tabela.

Quantos gramas de água existem em 100 gramas de alguns alimentos

Alimento

Quantidade de água (gramas)

Alface

94

Tomate

93

Champignon

91

Leite

89

Cenoura

89

Beterraba

88

Laranja

87

Maçã

86

Batata

79

Ovo

76

Fonte: , M. B.; , L. A. Nutrient composition of foods. Hoboken: John Wiley, 2010. página 4, 8, 20, 48, 62, 68, 70, 72, 78, 102.

Das substâncias existentes na superfície do planeta Terra, a água é a que está presente em maior quantidade. Há 1 milhão de milhão de milhão de toneladas de água na superfície da Terra, constituindo o que denominamos hidrosfera. Esse número pode ser escrito assim:

......1000000000000000000 toneladas

A água líquida está distribuída em lagos, riachos, solos, organismos vivos e, principalmente, nos oceanos. Na fase sólida, ela aparece nas geleiras polares e no topo das montanhas mais altas. Na atmosfera, a água é encontrada na fase gasosa e na fase líquida. A ilustração a seguir dá uma ideia da distribuição da água na Terra.

Esquema de distribuição da água na Terra

Ilustração. Um balde grande cheio com água. Um copo com seis pedras de gelo. Um xícara com um pouco de água. Mão de uma pessoa segurando um conta-gotas. Fazendo uma comparação, podemos dizer que, se toda a água dos oceanos estivesse em um balde, então as geleiras corresponderiam aos cubos de gelo dentro desse copo, a água do subsolo preencheria menos da metade de uma xícara de café e a água da atmosfera e a dos lagos, rios e riachos corresponderiam a pouquíssimas gotas.
(Representação esquemática fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Figura elaborada a partir de dados de Bóquin, D. B.; Kéller, E. A. Environmental Science: Earth as a living planet. oitava edição Hoboken: John Wiley, 2011. página 370.

Toda essa água não permanece sempre no mesmo lugar. Ela participa de um processo conhecido como ciclo da água ou ciclo hidrológico.

A água se evapora dos oceanos e fórma as nuvens. Ela também se evapora de lagos, rios, riachos, solos e organismos vivos.

A evaporação de água presente em um ser vivo é denominada transpiração. Ela é notável nas plantas. De cada 100 litros de água que uma planta absorve do solo, 97 são perdidos para a atmosfera devido à transpiração. É por isso que a agricultura necessita de tanta água. Só para você ter uma ideia, um único pé de repolho de um quilograma absorveu aproximadamente 200 litros de água, desde seu nascimento até amadurecer e ser colhido.

A água das nuvens volta à terra e aos oceanos por meio da precipitação. A chuva, a neve e o granizo (conhecido popularmente como “chuva de pedras”) são fórmas de precipitação.

Parte da água que cai em fórma de chuva escorre pela superfície do solo até os rios. Uma vez nos rios, a água se movimenta até os oceanos.

Outra parte da água que cai sôbre a terra se infiltra no solo, descendo até encontrar uma camada de rocha que não deixe a água passar. A água se acumula no subsolo, nos pequenos espaços entre os grãos dos minerais, formando um depósito subterrâneo de água, conhecido como lençol de água ou lençol freático.

É essa água subterrânea que sai pelos poços cavados pelo ser humano. É ela também que sai do solo nas chamadas nascentes de água mineral, comuns nas re­giões montanhosas onde chove muito.

O ciclo da água é essencial à vida. É ele que faz com que as fontes naturais de água — rios, riachos, lagos e lençóis de água — não desapareçam. A água passa para a atmosfera por meio da evaporação e da transpiração e retorna por meio da precipitação.

Fotografia. Uma onda em um rio com água marrom. Nas margens, vegetação rasteira e árvores.
Foto da pororoca no rio Cassiporé (Amapá, 2018). A pororoca é uma grande onda de maré alta que invade a foz do rio, provocando intenso ruído ao se chocar com as águas que vêm descendo o rio. A palavra pororoca vem do tupi , que significa “estrondo”.
Fotografia. Montanhas cobertas por neve ao fundo, uma plataforma de gelo e um corpo de água na parte da frente.
As geleiras correspondem à maior quantidade de água doce, isto é, não salgada, do planeta. (Reserva Nacional Los Glaciares, Argentina, 2021.)
Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Para muitas civilizações antigas (e também alguns povos indígenas atuais), o fluxo da água está associado à vida.

A etnociência estuda os conhecimentos das populações humanas sobre os elementos da natureza e os acontecimentos naturais. Pesquisadores descobriram que o povo Inca (civilização do continente americano que teve seu auge antes da chegada dos europeus) considerava que a água corrente era uma fonte vital de ânimo. Os incas desenvolveram canais de irrigação para a lavoura e as cidades, e o fluxo da água, devido à sua importância, era periodicamente desviado para passar por alguns de seus templos.

Busque imagens com as palavras incas canais de irrigação, e observe a beleza e a complexidade dêsses sistemas. Busque também imagens de mátchu pítchu e veja as ruínas dessa cidade, com templos e outras construções, além de terraços para cultivar lavouras.

Esquema simplificado do ciclo da água

Esquema. No canto superior esquerdo, nuvens com chuva. Precipitações sobre os continentes: 96. A água da chuva cai em montanhas. Infiltração no solo. Ao lado, um lago entre as montanhas. Do lago sai uma seta para cima em direção às nuvens. Evaporação de rios, lagos, represas, reservatórios etc.: 60. Do lago e da infiltração no solo sai uma sequência de setas representando o fluxo subterrâneo até o oceano. Ao lado do oceano há uma montanha. Seta para cima: evaporação direto dos vegetais (transpiração). Da montanha, desce um rio que deságua no oceano: água que retorna do continente ao oceano: 36. Do oceano sai uma seta para cima. Evaporação dos oceanos: 320. A seta chega em uma nuvem, em parte dela está chovendo. Precipitação sobre os oceanos: 284. Desta nuvem sai uma seta para a esquerda, chegando até a nuvem do início do ciclo. Vapor de água transportado dos oceanos para os continentes: 36.
Os números indicam as quantidades relativas de água movimentadas anualmente pelo ciclo, expressas em quilogramas (cá gê). As setas exemplificam alguns dos caminhos percorridos pela água. O Sol, que não aparece na figura, fornece o calor necessário para que algumas mudanças de fase da água aconteçam. (Representação fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Esquema elaborado a partir dos dados numéricos de Lutguens, F. K.; Tarbãck, E. J. The atmosphere. décima terceira edição Hoboken: Pearson, 2016. página 90.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

geleira

precipitação atmosférica

ciclo hidrológico ou ciclo da água

granizo

lençol freático

9. Umidade do ar, orvalho e geada

Uma das etapas do ciclo da água é a evaporação da água de rios, lagos, oceanos etcétera Portanto, o ar atmosférico contém vapor de água, ou seja, o ar contém umidade.

Durante a noite, quando a temperatura cai bastante em relação ao dia, parte dêsse vapor encontra a superfície fria das folhas das plantas, dos vidros das janelas e dos carros, dos pisos cerâmicos da parte externa das casas. Aí ele sofre condensação — passa de gasoso para líquido — e fórma as gotas de orvalho. Se a temperatura noturna for ainda mais baixa, o vapor de água pode esfriar tanto que passa para a fase sólida. Os pequenos cristais de gelo formados constituem a geada. Esse acontecimento pode causar a perda de lavouras, como às vezes ocorre em alguns locais, principalmente na Região Sul do Brasil.

Assim, podemos dizer que o orvalho e a geada são manifestações decorrentes da presença de vapor de água no ar.

Cada região do Brasil possui características próprias de umidade atmosférica. As cidades próximas do mar possuem sempre alta umidade do ar, graças à evaporação da água do oceano. Já algumas cidades do interior do país ficam com o ar muito seco, isto é, pouco úmido, nas épocas do ano em que chove pouco. Isso pode provocar sérios problemas à saúde das pessoas, como você perceberá ao ler o texto a seguir.

Fotografia. Destaque para uma flor roxa com gotículas de líquido incolor na superfície.
O orvalho se fórma quando ocorre condensação de vapor de água presente na atmosfera, por redução da temperatura.
Fotografia. Folhas verdes com pequenas pedras incolores na superfície
A geada é a formação de cristais de gelo a partir da água atmosférica devido a uma acentuada diminuição de temperatura.
Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

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umidade do ar

orvalho

geada

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: saúde.

EM DESTAQUE

A umidade do ar e a saúde

O ar que inspiramos entra em nosso organismo pelo nariz. Em seguida, passa por uma sequência de tubos até chegar aos pulmões. Todo esse caminho é conhecido como vias respiratórias.

As partículas de poeira existentes no ar são retidas por pequenos pelos que existem dentro do nariz. As partículas menores conseguem passar por esses pelos, mas acabam grudando num líquido que contém água e reveste as vias respiratórias, sendo impedidas de chegar aos pulmões, onde seriam muito prejudiciais à saúde.

Quando o ar está muito seco, parte da água que existe nas vias respiratórias se evapora, o que provoca tosse e dificuldade para respirar. Isso também facilita a entrada de poeira nas vias respiratórias e nos pulmões.

A presença de vapor de água no ar é importantíssima para ajudar nosso organismo a respirar adequadamente.

As épocas do ano em que o ar fica mais seco são aquelas em que, como consequência, ocorrem mais problemas respiratórios na população, principalmente em crianças e idosos.

Elaborado com dados obtidos de: Silvertorn, D. U. Human Physiology: an Integrated Approach. oitava edição Glenview: Pearson, 2019.

Ilustração. Contorno de uma pessoa de perfil com os pulmões ilustrados. Dos pulmões saem estruturas tubulares laranja que se juntam e sobem até o rosto onde se dividem chegando até a boca e o nariz. Até a altura do pescoço o tubo apresenta ranhuras.
Pelas vias r­espiratórias (representadas em tom alaranjado), o ar que entra pelo nariz chega até os pulmões. (Esquema fóra de proporção. As cores usadas são fantasiosas; foram empregadas para facilitar a visualização das estruturas.)
Fotografia. Menina branca de cabelo castanho e blusa vermelha e branca listrada. Ela está no colo de uma mulher branca de camiseta amarela e tem um aparelho de inalação cobrindo nariz e boca.
As crianças e os idosos podem sofrer bastante com problemas respiratórios em épocas de ar seco. Na foto, menina inalando vapor de água para umidificar as vias respiratórias.

10. Umidade relativa do ar

Quando a umidade relativa do ar é citada num jornal ou na tevê, esses meios estão informando o quanto o ar está próximo da sua capacidade máxima de conter vapor de água. Se a quantidade de vapor superar esse máximo, ocorrerá a condensação do vapor, ou seja, serão formadas gotinhas de água líquida.

Digamos que certa quantidade de ar, na temperatura de determinado dia, possa conter no máximo 100 quilogramas (cem quilogramas) de vapor de água. Se a quantidade de vapor de água existente nesse ar for 40 quilogramas, dizemos que a umidade relativa é de 40% (lê-se “quarenta por cento”), ou seja, 40 em 100. Se a quantidade de vapor for 75 quilogramas, a umidade relativa será de 75%, e assim por diante.

Gráfico de colunas. Dois pares de colunas. Cada par tem uma coluna verde à esquerda e uma coluna roxa à direita. 
Primeiro par: Umidade relativa do ar igual a 40%. Coluna verde: Quantidade máxima de vapor de água que certa massa de ar pode conter (100 quilogramas). Coluna roxa: Quantidade de vapor de água presente (40 quilogramas). 
Segundo par: Umidade relativa do ar igual a 75%. Coluna verde: Quantidade máxima de vapor de água que certa massa de ar pode conter (100 quilogramas). Coluna roxa: Quantidade de vapor de água presente (75 quilogramas). A altura das colunas é proporcional às massas indicadas.

Fonte: Esquema elaborado a partir de dados de Bettelrim, F. A. êti áli. Introduction to General, Organic, and Biochemistry. décima segunda edição bóston: Cengage, 2020. página 158.

Ícone. Sinal de internet.

Use a internet

Localize páginas da internet que forneçam a umidade relativa para a sua região.

Use essa informação para evitar atividades físicas ao ar livre quando a umidade estiver muito baixa (30%, ou menor), pois isso é muito prejudicial ao sistema respiratório.

11. O arco-íris

izáqui nílton (1642-1727), cientista inglês, descobriu que a luz branca é formada por várias cores misturadas. Com um prisma de vidro ele conseguiu separar essas cores. Esse processo se chama dispersão da luz. As cores obtidas são as mesmas do arco-íris.

Niutom também elaborou um meio de conseguir o inverso, ou seja, “misturar” as cores do arco-íris e obter a luz branca. Ele pintou um círculo com as cores do arco-íris. A seguir, colocou o círculo em alta rotação. Nessas condições, o círculo passava a ser visto como branco.

Ilustração. Um raio de luz branca em diagonal alcança um objeto triangular transparente. Uma pequena parte do raio é refletido e o restante atravessa o objeto saindo do outro lado na diagonal separado nas cores do arco-íris.
Foto de reprodução do experimento de izáqui nílton no qual a luz branca se separa em cores ao passar por um prisma de vidro.

Quando o disco gira muito rápido, o que os nossos olhos veem é a mistura de todas as suas cores. A partir dêsse experimento, feito com o chamado disco de Niutom, também se pode concluir que a luz branca é a “mistura” das cores do arco-íris.

Ilustração. Menina asiática de cabelo preto e liso preso em um rabo. Ela veste uma camiseta vermelha regata e segura um lápis apoiado em uma superfície. Ao redor do lápis há um círculo com seções de várias cores. Na imagem ao lado, o lápis está solto rodando e ao redor dele há um círculo branco. Setas indicam a direção do movimento.
A experiência com o disco de Niutom pode ser feita por você. Pinte um disco de cartão branco com cada uma das cores que você vê no arco-íris. Atravesse o centro do disco com um lápis e coloque esse disco em rotação como se fosse um pião. Mas atenção: como as cores usadas (canetinha, lápis de cor etcétera) não são exatamente iguais às do arco-íris, normalmente o que se obtém é um bege, cinza ou amarelado.

Então, como se fórma o arco-íris? A resposta está relacionada com o fato de que as gotas de água da chuva atuam como pequenos prismas. Quando a luz branca passa por dentro delas, é separada em várias cores. Assim, das muitas gotas de chuva saem raios de luz coloridos, alguns dos quais chegam aos nossos olhos, fazendo com que enxerguemos as cores do arco-íris.

Fotografia. Um arco-íris atravessa o céu com nuvens escuras e claras até uma montanha coberta por vegetação.
Para que o arco-íris se forme é necessário que haja, ao mesmo tempo, chuva e luz do Sol. Esse fenômeno se deve à dispersão da luz pelas gotas de chuva, que atuam como se fossem prismas de vidro. (Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, 2021.)
Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A origem da expressão “arco-íris” está na mitologia grega. Íris era a mensageira dos deuses para a humanidade. O arco-íris era a ponte pela qual ela vinha, do céu à terra. Íris foi representada na arte como uma jovem vestindo uma longa túnica branca e com asas douradas.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Você pode compor a luz branca (e luzes de outras cores) com a simulação de mistura de luzes coloridas disponível em:

https://oeds.link/P1UQN2. Acesso em: 16 abril 2022.

Mova os diferentes discos de luz, sobrepondo-os total ou parcialmente, e deslize os contrôles de intensidade, analisando as diferentes cores obtidas.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Ar tem propriedades, por exemplo: ocupa espaço, oferece resistência aos movimentos, tem massa, exerce pressão.  
Ar, quando se move em relação à superfície da Terra, vento.  
Ar contém, entre outros componentes, água, encontrada, no planeta Terra, nas fases: sólida, líquida e gasosa (vapor de água), que participam do ciclo da água, que envolve a água presente em: atmosfera, oceanos, lagos, rios, subsolo, geleiras e seres vivos.  
Ar contém, entre outros componentes, água, encontrada, no planeta Terra, nas fases: sólida, líquida e gasosa (vapor de água), que participam do ciclo da água, que envolve precipitação em forma de granizo, neve e chuva, associada à formação do arco-íris. 
Ar contém, entre outros componentes, água, encontrada, no planeta Terra, nas fases: sólida, líquida e gasosa (vapor de água), que participam do ciclo da água, que abastece fontes naturais de água usadas pelo ser humano.
Ícone. Lâmpada.

Atividades

Use o que aprendeu

1. Após uma chuva, notamos que as poças de água que ficam nas ruas vão, lentamente, desaparecendo. O que acontece com a água? Para onde ela vai? Justifique suas respostas.

Fotografia. Uma construção de fachada amarela com várias janelas refletida em uma poça de água no chão
Poça na rua, secando após a chuva.

2. Um morador de uma cidade do Rio Grande do Sul toma um banho quente, em um dos dias mais frios do ano. Ele percebe que o espelho do banheiro e o vidro do boxe ficam embaçados. Explique esse acontecimento.

Fotografia. Destaque para um coração desenhado com a ponta do dedo em um vidro embaçado.
Vidro de boxe de banheiro embaçado.
  1. Procure observar se a roupa seca mais rápido no varal quando está ventando ou quando não está ventando. Escreva a resposta em seu caderno.
  2. Lave as mãos. Sem enxugá-las, mantenha um dos braços imóvel e agite bastante o outro. Responda em seu caderno: qual das mãos secou mais rápido?
  3. Que relação você vê entre as respostas dos dois exercícios anteriores?
  4. O destino de toda a água que corre pelos rios é o oceano. Só o Rio Amazonas, por exemplo, despeja no Oceano Atlântico 180 mil toneladas de água por segundo! Por que, então, os oceanos não transbordam?
  5. A água dos lagos está continuamente se evaporando. Por que, então, os lagos não secam?
  6. Para fazer esta atividade, consulte Esquema simplificado do ciclo da água do item 8, que mostra as quantidades relativas de água em cada uma das diversas partes do ciclo da água.
    1. Considere a quantidade de água que evapora dos oceanos e a que precipita sôbre eles. Qual valor é maior? Qual é a diferença entre os dois valores?
    2. Considere a quantidade de água que evapora dos continentes e a que precipita sôbre eles. Qual valor é maior? Qual é a diferença entre os dois valores?
    3. Qual é o significado da diferença calculada por você no item a? E a calculada no item b?
  7. Seria possível chover se todo o ar da atmosfera terrestre fosse seco? Explique.
  8. Cite um problema de saúde que pode ocorrer quando o ar está muito seco.
  9. “Toda água que cai na fórma de chuva veio da evaporação da água dos oceanos.” Diga se essa frase está certa ou errada. Justifique sua resposta.
  10. Na temperatura de determinado dia, certa quantidade de ar pode conter até 100 quilogramas de vapor de água (umidade), mas contém apenas 84 quilogramas. Qual é a umidade relativa do ar nesse dia?
  11. A Defesa Civil é um órgão das prefeituras que é responsável pela segurança da população quando ocorrem catástrofes ou problemas ambientais. Em certo município, a Defesa Civil decretou estado de atenção porque a umidade relativa do ar chegou a 20%.
    1. Como se lê (escreva por extenso) a indicação “20%”?
    2. O que significa dizer que a umidade relativa do ar é de 20%?
    3. O que você entende por “estado de atenção”?
  1. Em um local muito frio, quando uma pessoa expira (solta ar), fórma-se uma “fumacinha” branca.
    1. Do que é constituída essa “fumacinha”?
    2. Como ela se fórma?
    3. A “fumacinha” sôbre uma xícara de café quente, em um local frio, fórma-se por um processo semelhante ao acontecimento abordado no item anterior? Explique e compare ambos os casos.
Fotografia. Uma xícara branca em um pires apoiado em uma superfície de madeira. Dentro, um líquido escuro. Acima dele, fumaça branca.
Foto referente à atividade do item c da atividade 14.
Ícone. Lupa.

Atividades

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

RELATO E INTERPRETAÇÃO

1. Você pode fazer o seguinte experimento se tiver uma seringa descartável de injeção, NOVA e SEM agulha. Puxe o êmbolo até o final. Coloque o dedo tapando o buraquinho, de acôrdo com a figura.

Ilustração. Destaque para mãos de uma pessoa segurando uma seringa. Com o dedo indicador ela tampa a ponta da seringa e com o polegar da outra mão, ela aperta o êmbolo.

Empurre o êmbolo até onde conseguir, sem tirar o dedo do buraquinho.

a. Escolha um dos desenhos, A ou B, que representa a situa­ção final.

Ilustração A. Destaque para as mãos de uma pessoa segurando uma seringa. Ela está com o dedo indicador tampando a ponta da seringa. O êmbolo da seringa foi empurrado até a metade com o polegar. 
Ilustração B. Destaque para as mãos de uma pessoa segurando uma seringa. Ela está com o dedo indicador tampando a ponta da seringa. O êmbolo da seringa foi empurrado até o final com o polegar.

b. Diga que propriedade do ar justifica a situa­ção final.

ESQUEMA

2. O esquema mostra o que acontece ao respirarmos. Existem músculos no organismo que possibilitam o aumento do volume interno dos pulmões. Quando isso acontece, o ar entra nos pulmões.

Que propriedade do ar faz com que ele entre nos pul­mões quando estes aumentam de ta­manho?

Ilustração. Contorno de uma pessoa de perfil com os pulmões ilustrados. Na base dos pulmões: diafragma. Ele está bastante encurvado. Dos pulmões saem estruturas tubulares amarelas até o nariz e a boca. Ilustração. Contorno de uma pessoa de perfil com os pulmões ilustrados. Na base dos pulmões: diafragma. Ele está menos curvado e o tamanho dos pulmões está maior. Dos pulmões saem estruturas tubulares amarelas até o nariz e a boca. Há uma seta apontando para a boca da pessoa: entrada de ar.
O diafragma é um dos músculos que fazem o tamanho dos pulmões aumentar. Nesse esquema em córte, as cores usadas são fantasiosas. Foram escolhidas para facilitar a visualização das estruturas.

RELATO E INTERPRETAÇÃO

3. Amasse meia folha de jornal e comprima-a bastante contra o fundo de um copo plástico seco, descartável e grande (de pelo menos 300 mililitros). A folha deve ocupar no máximo um terço da altura do copo e deve ficar bem presa, para que não caia quando o copo for virado. Se necessário, prenda-a com pedacinhos de fita adesiva.

Vire o copo de “boca” para baixo e mergulhe-o completamente, nessa posição, sem incliná-lo, em uma tigela com água.

Retire o copo da água, verifique e responda: O papel ficou molhado? Explique por quê.

4. Seque bem o copo do experimento anterior e retire o papel. Peça a um adulto que faça um furo com um alfinete no fundo do copo. Recoloque o papel no fundo do copo e repita o experimento da mesma fórma como fez anteriormente.

Houve alguma alteração no resultado? Explique.

5. Uma pessoa corre e leva em cada uma das mãos um quadrado de papelão duro, como mostram os dois desenhos.

Ilustração. Vista lateral. Menina branca de cabelo castanho liso preso em um rabo. Ela veste bermuda azul, tênis roxo e camiseta amarela. Uma perna está atrás do corpo e a outra à frente, ambas flexionadas. Ela está com os dois braços esticados para frente e em cada um tem um quadrado marrom de tamanho diferente na posição vertical. Vista superior. Os dois quadrados nas mãos da menina estão representados na posição horizontal.

Faça esse experimento para responder às perguntas.

A resistência do ar ao movimento dos dois quadrados de papelão é a mesma? Caso seja diferente, em qual deles é maior? Por quê?

6. Segure duas folhas iguais de papel, uma em cada mão. (Aproveite folhas usadas, que, de qualquer modo, já iriam para reciclagem.) Amasse uma delas. Fique em pé, estique os braços à frente do corpo e solte as duas folhas da mesma altura. Qual delas chega primeiro ao solo?

Como você explica o resultado dêsse experimento?

7. Nos dois desenhos seguintes há uma garrafa de água com um canudinho. A garrafa do desenho B está fechada com massa de modelar.

Ilustração A. Menino branco de cabelo liso e loiro e camiseta vermelha com uma estampa amarela. Ele está com as mãos para trás e bebe água de uma garrafa transparente por um canudo verde. 
Ilustração B. Menino branco com cabelo liso e loiro e camiseta vermelha com uma estampa amarela. Ele está com as mãos para trás e bebe água de uma garrafa transparente por um canudo verde. No gargalo da garrafa, envolta do canudo, uma bolinha vermelha: massa de modelar tampando todo o espaço entre o canudinho e a boca da garrafa.

Prepare duas garrafas como as dos desenhos e beba um pouco de água de cada uma das garrafas. O que aconteceu? Proponha uma explicação.

TABELAS

Para realizar as atividades a seguir, você pode utilizar duas tabelas: a tabela de pressão atmosférica em diferentes altitudes apresentada no capítulo e também a tabela a seguir.

Altitude aproximada de algumas cidades brasileiras

Cidade

Altitude aproximada (m)

Belo Horizonte (MG)

850

Brasília (DF)

1.000

Campo Grande (MS)

500

Campos do Jordão (SP)

1.500

Morro do Chapéu (BA)

1.000

Recife (PE)

0

Ribeirão Preto (SP)

500

Fonte: Elaborada a partir de dados de í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 167, 170, 171, 174, 178, 180.

  1. Coloque as cidades Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Campos do Jordão e Recife em ordem crescente de pressão atmosférica.
  2. Quais das cidades da tabela devem ter pressão atmosférica igual ou muito próxima?
  3. Qual é a pressão atmosférica em Recife?
  4. Qual é a pressão atmosférica em Morro do Chapéu?
  5. A altitude de Brasília é o dobro da altitude de Ribeirão Preto. É correto concluir que a pressão atmosférica em Brasília é o dobro da pressão atmosférica em Ribeirão Preto? Por quê?
  6. A altitude de Campos do Jordão é o triplo da verificada em Campo Grande. É correto concluir que a pressão atmosférica em Campo Grande é o triplo da pressão atmosférica em Campos do Jordão? Explique.
  7. Faça uma previsão do intervalo no qual deve estar a pressão atmosférica de Belo Horizonte. (Ou seja, entre quais valores deve estar essa pressão?)
  8. Uma pessoa em Campos do Jordão fechou com a tampa de rosca uma garrafa de refrigerante “vazia” (garrafa descartável de 2 litros) e saiu em viagem em direção a Ribeirão Preto.
    1. A garrafa está realmente vazia?
    2. Chegando a Ribeirão Preto, o que deve ter acontecido com a garrafa? Por quê?
Ilustração. Um menino negro de cabelo preto, calça verde, tênis azul e camiseta vermelha com mangas azuis. Ele está de pé e segura uma garrafa de plástico na vertical com uma mão no gargalo e a outra na lateral da garrafa.

INFORMAÇÃO DE DICIONÁRIO

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: ciência e tecnologia.

16. A informação a seguir, sôbre o altímetro, foi obtida de um dicionário na internet:

Instrumento para medir altitudes, através do reflexo das ondas sonoras ou de barômetro. Dispositivo instalado a bordo de uma aeronave que indica a altitude de voo em relação a um ponto terrestre.

Fonte: MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: https://oeds.link/vCtxyC. Acesso em: 12 abril 2022.

Explique como um barômetro pode ser usado para medir a altitude de um avião em voo.

Fotografia. Medidor redondo com três ponteiros, como os de um relógio analógico, e graduações de 0 até 9.
Um altímetro de avião.

RELATO E INTERPRETAÇÃO

17. Pegue um saco plástico transparente (que não esteja rasgado nem furado) e envolva com ele uma planta de vaso. Prenda com fita adesiva a boca do saco plástico ao redor do caule da planta, como mostra o desenho.

Dois dias depois, observe o conteúdo do saco e relate em seu caderno o que você observou.

Escreva um pequeno texto que relacione sua observação ao ciclo da água, ressaltando a importância do fenômeno observado para esse ciclo.

Remova o saco plástico, com cuidado para não machucar a planta, e encaminhe-o para reciclagem.

Versão adaptada acessível

17. Pegue um saco plástico transparente (que não esteja rasgado nem furado) e envolva com ele uma planta de vaso. Prenda com fita adesiva a boca do saco plástico ao redor do caule da planta, conforme o desenho.

Dois dias depois, abra o saco, remova-o com cuidado para não machucar a planta e toque o interior dele. Relate o que você observou.

Escreva um pequeno texto que relacione sua observação ao ciclo da água, ressaltando a importância do fenômeno observado para esse ciclo.

Remova o saco plástico, com cuidado para não machucar a planta, e encaminhe-o para reciclagem.

Ilustração. Um vaso marrom apoiado sobre um prato preto com planta de pequenas flores roxas e grandes folhas verdes. A planta está coberta com um saco plástico preso em seu caule (próximo à terra) com uma fita adesiva.

TIRINHA

As atividades 18 a 20 são sôbre a tirinha.

Ilustração. Dois homens na frente de uma parede com cartazes. Um dos cartazes é amarelo com o texto: exibição: alterações climáticas. Abaixo, um pôster com um gráfico escrito aquecimento. Ao lado, dois pôsteres com geleiras, um escrito Antártida e um escrito Groenlândia. Um dos homens tem um chapéu marrom, usa uma camiseta amarela, calça xadrez azul e casaco verde. Ele diz: se as geleiras derreterem, o nível do mar subirá. O outro homem usa uma blusa vermelha, calça preta e chapéu cinza. Ele responde: ah, não! Outra crise de liquidez!

A expressão “crise de liquidez”, que é empregada por profissionais da área de economia e de finanças, significa “falta de dinheiro em circulação”.

A tirinha cria uma situação de humor porque dá a essa expressão um significado novo, que não tem relação alguma com o significado original.

  1. Escreva, com suas palavras, qual seria a “crise de liquidez” a que se refere o personagem.
  2. Qual é a mudança fase (mudança de estado de agregação) na situação retratada pela tirinha? Qual é a possível causa dessa mudança?
  3. As geleiras do topo das montanhas estão bem longe do oceano. Por que algum fator que afete o clima do planeta, tornando-o mais quente e derretendo as geleiras, pode causar o aumento do nível oceânico?

RELATO E INTERPRETAÇÃO

Antes de realizar as atividades 21 a 24, faça o seguinte experimento:

  • Coloque água em um copo até a metade. O copo deve estar seco do lado de fóra.
  • Coloque três pedras de gelo dentro da água.
  • Observe, durante pelo menos 15 minutos, a parte de fóra do copo.
Versão adaptada acessível

Antes de realizar as atividades 21 a 24, faça o seguinte experimento:

  • Coloque água em um copo até a metade. O copo deve estar seco do lado de fora.
  • Coloque três pedras de gelo dentro da água.
  • Depois de aproximadamente 15 minutos, toque a parte de fora do copo.
Ilustração. Um copo de vidro com água até a metade.
Ilustração. Destaque para a mão de uma pessoa colocando um cubo de gelo em um copo de vidro com água dentro até a metade. 
Ilustração. Menino negro de cabelo cacheado e camiseta vermelha. Ele está com o rosto apoiado na mão e observa na mesa na frente dele um copo de vidro com água e gelo dentro.
  1. Relate o que você observou. Para enriquecer seu relato, você pode incluir desenhos esquemáticos.
  2. Explique o acontecimento observado, usando corretamente o vocabulário científico.
  3. Em algumas noites, em certas regiões, acontece — sôbre as folhas das plantas e sôbre as superfícies das janelas e dos carros — o mesmo que você observou no experimento. Como se chama esse acontecimento natural?
  4. Uma garrafa de refrigerante foi tirada da geladeira e deixada sôbre a mesa por alguns minutos. Verificou-se que ela ficou coberta de gotas de água do lado de fóra. Explique esse fenômeno em seu caderno.

DIÁLOGO

Ao voltar para casa, após uma festa de casamento, o seguinte diálogo ocorreu entre membros de uma família, em frente à porta de sua casa.

Familiar 1: — Puxa vida, está frio! Vamos entrar logo em casa.

Familiar 2: — Vejam! Lá no horizonte. Já não dá para ver as estrelas! Está clareando.

Familiar 3: — Estou cansado. Vamos entrar logo porque eu quero cair na cama.

Familiar 4: — Concordo. E eu não quero me molhar com a queda de orvalho.

  1. A julgar pelas informações presentes no diálogo, em que parte do dia ocorreu essa conversa? Justifique.
  2. Do ponto de vista científico, que erro conceitual existe na fala do familiar 4? Explique.

Seu aprendizado não termina aqui

Tente relacionar a água utilizada por você com o ciclo da água. De onde vem a água que chega à sua residência? Quais são os caminhos para a água (utilizada ou descartada) sair das residências? Que caminhos ela segue depois, em seu ciclo?

Nas cidades com água encanada, cada casa tem seu medidor de consumo de água. Na grande maioria dos edifícios, porém, ainda não há um medidor para cada apartamento — apenas um medidor geral. Por que será?

Pesquise como são distribuídos os encanamentos hidráulicos na sua residência e analise o trajeto da água desde a entrada até a utilização ou descarte.