CAPÍTULO 12 Dia e noite: regularidades celestes

Fotografia. Uma pedra quadrada entalhada. Próximo dos vértices, detalhes decorativos em arabesco. Círculo com escrituras na borda. Em sentido horário: Longitude 43 graus e 07 minutos oeste - Analita - Latitude 22 graus e 22 minutos sul, 4, 3, Araras, RJ, 8. No interior, grade formada por várias linhas verticais diferentemente espaçadas delimitadas por linhas horizontais curvas e cortadas por uma linha horizontal reta. No lado esquerdo superior da grade, 7. Embaixo, da esquerda para a direita: 9, 10, 11, 12, 1 e 2. No centro do círculo está preso um triângulo retângulo de madeira, formando uma sombra que vai até o número 1.
Como se explica o funcionamento de um relógio de sol? (Na foto, um relógio de sol do bairro de Araras, Teresópolis, Rio de Janeiro.)

Motivação

EM DESTAQUE

Alerta vermelho! Caburé na área!

“As corujas são aves de rapina presentes na mitologia antiga, nas lendas de muitos povos e nas mais diversas histórias populares. Os antigos gregos consideravam a coruja uma ave sábia, por ser a mascote da deusa da razão e da sabedoria, Athena. Ainda hoje, muitas pessoas têm essa imagem, graças ao ar aristocrático, ao voo silencioso e ao olhar penetrante dessas aves. Infelizmente, elas também são vítimas de superstições: diz-se que seu canto é agourento, ou que a quebra de um ovo por uma coruja é sinal de guerra, além de outras histórias difamantes. O interêsse deste artigo, porém, não está nas lendas a respeito dessa ave.

Em sua maioria, as corujas têm hábito crepuscular e noturno. Elas são, em geral, vorazes predadoras, com visão e audição muito aguçadas. Essas curiosas aves também são muito conhecidas por sua capacidade de girar a cabeça em um amplo ângulo (270graus) para melhor enxergar presas e predadores.

Uma das corujas mais comuns no Brasil é o caburé, espécie cujo nome científico, Glaucidium brasilianum, significa ‘pequena coruja brasileira’. O caburé, no entanto, ocorre também nos demais países da América do Sul e da América Central, chegando até os Estados Unidos. Essa espécie tem hábitos curiosos. Diferentemente do que acontece com quase todas as corujas, o caburé é visto em atividade durante o dia.

reticências

Ao contrário do que se pensa sobre a maioria das outras espécies de coruja, o piado de um caburé é tido como sinal de sorte [por algumas pessoas], no interior do Brasil. Essa pequena coruja alimenta-se de pequenos animais e insetos, como as outras, e mostra-se uma excelente caçadora. Outro aspecto do comportamento do caburé que chama a atenção é a reação que seus repetidos assobios, indicando sua presença em um local, provocam em outras aves.

reticências

O caburé, de fato, é um inimigo em potencial de muitas aves. Por ser um hábil caçador, ele desperta entre os pássaros ao seu redor um verdadeiro ‘estado de sítio’. Estes o reconhecem mais facilmente por sua vocalização, já que a plumagem dessa coruja faz com que se confunda com o ambiente.

reticências

Fonte: CUNHA, F. C. R.; VASCONCELOS, M. F.; , G. V. A. Ciência Hoje, página 26-28, março 2009.

Desenvolvimento do tema

1. Ciclo dia/noite

Logo que o dia clareia, pardais, bem-te-vis, pombos, tico-ticos, andorinhas e outras aves fazem aquele barulhão com sua cantoria. Durante o dia eles voam e procuram alimento.

Quando começa a escurecer, eles procuram as árvores, onde de novo cantam agitados. Aos poucos vão se calando. É a hora de repousarem e ficarem quietos, protegendo-se dos predadores e esperando um novo dia clarear para repetirem tudo de novo: cantoria, voos, alimentação.

Muitas corujas têm hábitos diferentes. Durante o dia se protegem e evitam a competição de outros predadores. À noite, elas saem à procura de alimento, caçando insetos, ratos, serpentes e alguns outros animais. Há, contudo, corujas que são ativas de dia, como é o caso do caburé, abordado no texto de abertura deste capítulo.

Depois do dia vem a noite. Depois da noite vem o dia. E assim a natureza repete esse ciclo indefinidamente. É uma regularidade da natureza.

Ícone. Caderno.

ATIVIDADE

Para fazer no seu caderno

Faça uma lista de alguns animais existentes em sua cidade.

Escreva na frente do nome de cada um deles se é um animal de hábito diurno ou noturno.

2. Ritmo biológico

Cada animal está adaptado ao ciclo dia/noite. Alguns são ativos à noite e descansam durante o dia. Outros fazem o contrário.

A maioria das espécies de coruja é ativa à noite e dorme durante o dia. Vaga-lumes e morcegos também. Os pardais são ativos de dia e descansam à noite. Assim também agem as vacas, os macacos e as borboletas. Você já viu borboleta voando à noite? Provavelmente não. O que você deve ter visto foi uma mariposa. Borboletas geralmente voam de dia, e mariposas, geralmente à noite.

Animais de uma mesma espécie se comportam da mesma maneira. Cada espécie tem o seu ritmo biológico, ou seja, o seu ritmo de vida.

Fotografia. Pequena ave com penas acinzentadas em um chão pedregoso.
O bacurau (ou curiango) é um pássaro de hábito noturno. Na foto, um curiango-comum, fotografado no solo do Cerrado. comprimento: 16 centímetros
Fotografia. Ave com penas marrom e branca, olhos situados frontalmente apresentado grandes pupilas. Ela está empoleirada no galho de uma árvore.
Muitas espécies de coruja têm hábito noturno, isto é, são ativas à noite. O caburé (foto) é uma espécie de coruja que, ao contrário da maioria, tem hábito diurno. altura: 17 centímetros
Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Seu professor dará a você o nome de um animal. Pesquise os hábitos alimentares dele e quais são seus predadores naturais.

A seguir, responda:

  • Você vê alguma relação entre os hábitos alimentares do animal pesquisado e o fato de ele ser um animal diurno ou noturno?
  • Você vê alguma relação entre os predadores e o fato de esse animal ser diurno ou noturno?

As plantas também exibem ritmo biológico. Existe, por exemplo, uma planta chamada onze-horas, cujas flores ficam abertas durante o dia e fechadas durante a noite. Já o girassol é uma planta cujas flores ficam bem abertas e se movem para ficar sempre viradas para o Sol, quando o dia está iluminado. Quando escurece, elas murcham um pouco.

Fotografia. Destaque para uma flor rosa com as pétalas unidas.
Flor de onze-horas fechada, no início da manhã.
Fotografia. Destaque para uma flor rosa com uma estrutura amarela e laranja no centro das pétalas.
Flor de onze-horas aberta, no final da manhã. altura: até 20 centímetros
Fotografia. Destaque para um campo de girassóis, plantas de flor amarela.
Girassol, fotografado durante o dia. altura: até 2 métros
Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: saúde.

3. O seu ciclo dia/noite

Todo ser humano tem seu ciclo dia/noite, também conhecido como ritmo circadiano. Nosso corpo precisa de descanso, e o momento mais adequado para o ser humano descansar é durante a noite.

Embora haja pessoas que gostem de dormir mais e outras que gostem de dormir menos, todas necessitam de repouso. Quem dorme tempo insuficiente pode ficar irritado e, certamente, não terá disposição para praticar esportes, brincar e participar de atividades escolares. Esse é um dos problemas enfrentados por quem fica até tarde da noite em frente ao computador ou assistindo à televisão.

Estabelecer horários regulares para deitar e levantar ajuda a ter uma vida regrada e sadia. Dormir demais e acordar tarde prejudica o sono na noite seguinte.

Para dormir bem, procure deixar o ambiente calmo, evitando possíveis fontes de ruídos. Algumas horas antes de dormir, procure não tomar café, chás escuros e refrigerantes que contenham cafeína, uma substância que, para a maioria das pessoas, tira o sono.

Existem pessoas que, por causa do trabalho, precisam ficar acordadas à noite e têm de dormir de dia. Como isso não está de acôrdo com o ritmo biológico natural do ser humano, muitas pessoas acabam não se adaptando a esses empregos. Pior ainda é o caso de alguns profissionais que têm rotinas de trabalho que os obrigam a dormir durante o dia, algumas vezes, e durante a noite, outras vezes. Isso “bagunça” o organismo, que pode não conseguir se adaptar a tantas mudanças. Como consequência, o indivíduo não descansa, pode ficar estressado e ter problemas de saúde.

Fotografia. Menino negro de cabelo raspado e camiseta branca com faixas pretas. Ele está deitado e coberto segurando um aparelho eletrônico ligado nas mãos.
A sequência dia/noite/dia/noite é uma regularidade da natureza que interfere na vida dos seres vivos. Ficar acordado até altas horas contraria uma tendência natural: os seres humanos têm um ritmo circadiano e devem descansar à noite.
Ícone. Balão de pensamento.

ATIVIDADE

Reflita sobre suas atitudes

Você acorda muito tarde nos finais de semana?

E aí vai dormir muito tarde na noite seguinte?

E, consequentemente, fica com sono o dia todo na segunda-feira?

4. Latitude e longitude

A partir deste ponto do capítulo, estudaremos alguns acontecimentos que podem depender da latitude em que uma pessoa está situada no planeta Terra. A latitude expressa, em graus, o quanto um ponto está afastado da linha do Equador. Um paralelo é uma linha imaginária que passa por todos os pontos com a mesma latitude (veja exemplo na figura A).

A longitude expressa, em graus, o afastamento de um ponto em relação ao Meridiano de Greenwich, escolhido como referência. Um meridiano é uma linha imaginária que passa por pontos que apresentam mesma longitude (veja exemplo na figura B).

Ilustração A. Uma esfera com dois planos horizontais destacados, além do polo Norte (em cima) e do polo Sul (embaixo). No centro: equador. Mais para cima: paralelo 50 graus norte. Do centro da esfera, o ângulo formado entre os dois planos é de 50 graus. Latitude 50 graus norte. 
Ilustração B. Uma esfera com alguns planos destacados, além do polo Norte (em cima) e do polo Sul (embaixo). Na vertical, à esquerda: Meridiano 30 graus oeste. Na vertical, à direita: meridiano de Greenwich. Do centro da esfera, na altura do equador, o ângulo formado entre os dois planos é de 30 graus. Longitude 30 graus oeste.
Linhas imaginárias da Terra: paralelos (A) e meridianos (B). (Representação esquemática fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Shipméãn, J. T. êti áli. An introduction to Physical Science. décima quinta edição bóston: Cengage, 2021. página 434.

5. O período diurno tem sempre a mesma duração?

Você já percebeu que, no verão, o Sol aparece mais cedo e se põe mais tarde, e que no inverno acontece o contrário, ou seja, clareia mais tarde e escurece mais cedo? Observe o mapa a seguir. Se você mora em locais próximos à linha do Equador (essa linha é imaginária), isto é, locais com latitude bem próxima de 0grau, não deve ter observado nada disso. Se você mora longe dessa linha, provavelmente já percebeu.

O nosso país é tão grande que moradores de diferentes regiões vivenciam, às vezes, diferentes manifestações de um mesmo acontecimento natural, como, por exemplo, os horários do nascente e do poente diários do Sol.

De fato, quanto maior a latitude do local em que uma pessoa mora, mais ela consegue perceber que os períodos diurno e noturno não têm durações iguais ao longo do ano.

Brasil – Mapa político

Mapa. Brasil dividido em unidades federativas, destacadas em diferentes cores. Acre. Amazonas. Roraima. Rondônia. Mato Grosso. Pará. Amapá. Maranhão. Piauí. Tocantins. Ceará. Rio Grande do Norte. Paraíba. Pernambuco. Alagoas. Sergipe. Bahia. Minas Gerais. Goiás e Distrito Federal. Mato Grosso do Sul. Espírito Santo. Rio de Janeiro. São Paulo. Paraná. Santa Catarina. Rio Grande do Sul. Na parte inferior, à direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 500 quilômetros.
Mapa do Brasil, mostrando a linha do Equador e as latitudes (expressas em grau e registradas nas laterais do mapa) de cinco em cinco graus. Nesse mapa, uma latitude representada acima da linha do Equador refere-se ao Hemisfério Norte e uma representada abaixo da linha do Equador refere-se ao Hemisfério Sul.

Fonte: FERREIRA, G. M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 55.

6. A variação dos períodos diurno e noturno ao longo do ano

Nas localidades não muito próximas à linha do Equador, a duração dos períodos diurno e noturno varia no decorrer do ano. Há um dia em que o período diurno é o mais longo do ano e o período noturno é o mais curto. No Hemisfério Sul, essa data ocorre em dezembro e é conhecida como solstício de verão. Há, também, um dia no ano em que acontece o contrário: o período diurno é o mais curto e o período noturno é o mais longo. No Hemisfério Sul, essa data ocorre em junho e se chama solstício de inverno.

No ano, há um dia em março e um dia em setembro em que o período diurno e o noturno têm a mesma duração. São as datas, no Hemisfério Sul, do equinócio de outono e do equinócio de primavera, respectivamente.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Pesquise o horário do nascente e do poente do Sol em sua cidade (ou na capital brasileira mais próxima) para os próximos dias. Use os dados para calcular se o período diurno irá aumentar ou diminuir e compare com o que você aprendeu aqui.

Esquema. Imagem de treze folhas de calendário representando os meses de dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. Há algumas datas destacadas com linhas de chamada. 21 de dezembro: solstício de verão, início do verão. O período diurno é o maior do ano e o noturno é o menor. 20 de março: equinócio de outono, início do outono. O período diurno e o noturno são iguais. 21 de junho: solstício de inverno, início do inverno. O período noturno é o maior do ano e o diurno é o menor. 22 de setembro: equinócio de primavera, início da primavera. O período diurno e o noturno são iguais. 21 de dezembro: solstício de verão, início do verão. O período diurno é o maior do ano e o noturno é o menor. Do solstício de verão ao solstício de inverno: o período diurno diminui um pouco a cada dia que passa. O período noturno aumenta um pouco a cada dia que passa. Do solstício de inverno ao solstício de verão: o período diurno aumenta um pouco a cada dia que passa. O período noturno diminui um pouco a cada dia que passa.
Nesse esquema, as estações do ano se referem ao Hemisfério Sul. As datas dos solstícios e equinócios, destacadas em vermelho no esquema, podem variar um pouco de um ano para outro, como informa a tabela do item 7.

Fonte: Esquema elaborado a partir de dados de Rrendrix, M. S.; tompison, G. R.; Turk, J. Earth Science: an introduction. terceira edição bóston: Cengage, 2021. página 442-443.

Fotografia A. Uma cidade na beira de um rio, com barcos parados no porto. A construção que está em primeiro plano tem a fachada azul com quatro torres, uma em cada canto. No fundo, mais construções e prédios. 
Fotografia B. Uma cidade na beira de um grande rio. À esquerda, dois barcos atracados. No centro, uma torre alta entre áreas com vegetação. Ao fundo, vários prédios.
Belém (foto A), capital do Pará, está próxima da linha do Equador. Já Porto Alegre (foto B), capital do Rio Grande do Sul, está bem afastada do Equador; sua latitude é de aproximadamente 30graus no Hemisfério Sul. No dia em que se inicia o verão no Hemisfério Sul, o período diurno em Belém é de praticamente 12 horas, enquanto em Porto Alegre é de quase 14 horas. No dia em que começa o inverno, o período diurno em Belém também é de aproximadamente 12 horas, mas em Porto Alegre ele tem pouco mais de 10 horas. (Foto A: vista do Mercado Ver-o­‑pêso em Belém, Pará, 2020. Foto B: vista do Centro Cultural da Usina do Gasômetro, às margens do Lago Guaíba, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2018.)

7. As estações do ano

As estações do ano — primavera, verão, outono e inverno — são os períodos de aproximadamente três meses cada, entre um solstício e um equinócio. A tabela a seguir mostra como é a divisão em estações nos dois hemisférios.

Relação entre os solstícios, os equinócios e o início das estações do ano

Acontecimento e data

Hemisfério Sul

Hemisfério Norte

Solstício de dezembro
(21, 22 ou 23 de dezembro)

Início do verão
(solstício de verão)

Início do inverno
(solstício de inverno)

Equinócio de março
(20 ou 21 de março)

Início do outono
(equinócio de outono)

Início da primavera
(equinócio da primavera)

Solstício de junho
(21, 22 ou 23 de junho)

Início do inverno
(solstício de inverno)

Início do verão
(solstício de verão)

Equinócio de setembro
(22 ou 23 de setembro)

Início da primavera
(equinócio da primavera)

Início do outono
(equinócio de outono)

Fonte: Tabela elaborada a partir de dados de Rrendrix, M. S.; tompison, G. R.; Turk, J. Earth Science: an introduction. terceira edição bóston: Cengage, 2021. página 442-443.

Diagrama. Verão, seta para: outono. Seta para: inverno. Seta para: primavera. Seta para: verão.
A repetição das estações do ano é uma regularidade da natureza.

Se você observar a tabela, perceberá que, quando é inverno no Hemisfério Sul, é verão no Norte. E vice-versa: quando é verão no Hemisfério Sul, é inverno no Norte. O mesmo vale para primavera e outono. As estações nos dois hemisférios se relacionam de modo regular.

A distinção de clima nas quatro estações não existe com clareza em todo o nosso país. Quanto mais próximo à linha do Equador (baixas latitudes), menores são as diferenças climáticas entre verão e inverno. Por outro lado, quanto mais nos aproximamos do sul do país, distanciando-nos portanto da linha do Equador (maiores latitudes), mais nítida passa a ser a diferença climática entre as estações, principalmente as diferenças de temperatura entre um verão quente e um inverno frio.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A origem da palavra “solstício” está no latim , Sol, e , parado. Acreditava-se que, nos solstícios, a trajetória do Sol permanecia estacionária por alguns dias. A variação na duração do período diurno é tão pequena na época do solstício que se tornava imperceptível dentro das condições de medição da época.

A palavra “equinócio” também é de origem latina. Ela veio de , que é formada por , igual, e , noite. Corresponde à época em que o período diurno e o noturno têm a mesma duração.

Ícone. Caderno.

ATIVIDADE

Para fazer no seu caderno

Ao estudar os itens 6 e 7, que padrões você identificou?

Registre-os em seu caderno.

Em várias regiões do país existe uma clara distinção, ao longo do ano, entre uma época que é bem chuvosa e outra que é mais seca.

Fotografia. Um caminho de terra atravessando uma área gramada. Do lado esquerdo, destaca-se uma árvore com a copa densa. Do lado direito, pequenas flores amarelas em meio a área verde.
Fotografia. Um caminho de terra atravessando uma área gramada. Do lado esquerdo, destaca-se uma árvore frondosa. A vegetação rasteira do lado esquerdo está menos vistosa e a do lado direito está alta e não tem flores.
Fotografia. Um caminho atravessando uma área gramada. Do lado esquerdo, destaca-se uma árvore sem folhas. A vegetação rasteira está com folhas amareladas. 
Fotografia. Um caminho atravessando uma área coberta por neve. Do lado esquerdo, uma árvore sem folhas.
Fotos tiradas em um mesmo local de latitude elevada, no Hemisfério Norte, em diferentes estações do ano. (Munique, Alemanha, latitude aproximada 48 graus Norte.) Elas mostram uma nítida distinção entre as estações. Essa distinção é mais fácil de perceber quando nos afastamos bastante da linha do Equador.
Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Quais são as características mais importantes das es­tações do ano na região de vocês?

Não façam uma pesquisa. Procurem resgatar na memória aquilo que observaram ao longo de suas vidas!

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: multiculturalismo.

EM DESTAQUE

Papai Noel, neve e estímulo ao consumo

Estados Unidos e Europa estão localizados no Hemisfério Norte. Por isso, as imagens natalinas que recebemos de lá pelos meios de comunicação associam o Natal com inverno, frio e neve.

Por aqui, muitas pessoas montam árvores de Natal feitas de plástico, que lembram os pinheiros das florestas de clima frio do Hemisfério Norte. Elas são cobertas com imitações de neve, que, mesmo no inverno, só chega a cair em pouquíssimos locais da Região Sul do Brasil.

Nosso Natal não poderia ser comemorado de modo diferente? Talvez com mais frutas tropicais? Talvez com um Papai Noel de bermudas? Talvez com coqueiros ornamentados como árvores de Natal?

Será que essa “beleza” importada que o Natal tem e que é reforçada pelo comércio não está justamente ligada à ideia de consumir, comprar e presentear? Será que um Natal mais brasileiro, voltado para nossa gente, nossa realidade e nosso dia a dia nos permitiria refletir melhor sobre nossa sociedade, seus problemas e suas virtudes?

Fotografia. Um boneco de neve com um objeto pontudo e alaranjado no lugar do nariz, bolinhas pretas como olhos e uma linha vermelha formando o contorno de um sorriso. Ele usa touca branca, cachecol vermelho e tem galhos no lugar dos braços. Ao lado dele, uma bola decorativa prateada com detalhes em vermelho e um presente embalado com papel branco e fita vermelha. Nos cantos superiores, estruturas geométricas de flocos de neve.
A ideia de Natal associada a um inverno rigoroso é importada do Hemisfério Norte. No Brasil, como você sabe, o Natal ocorre em pleno calor de verão.

8. O nascente e o poente do Sol

O Sol é a estrela mais próxima da Terra. A trajetória aparente do Sol no céu não é exatamente a mesma todos os dias do ano, assim como não é sempre no mesmo local que o Sol nasce (o nascente) nem é no mesmo local que ele se põe (o poente, ou ocaso). Dizemos que a trajetória do Sol é aparente porque, na realidade, é a Terra que está em movimento.

A trajetória aparente do Sol no céu varia de acôrdo com a época do ano. Como ilustram os esquemas a seguir, as trajetórias mais ao norte e mais ao sul são percorridas nas datas dos solstícios.

O nascente ocorre exatamente no ponto leste e o poente ocorre exatamente no ponto oeste apenas na data do equinócio de outono e na do equinócio de primavera, ou seja, apenas duas vezes por ano. Nos outros dias, o nascente se dá no lado leste, mas não exatamente no ponto leste. Assim como o poente acontece no lado oeste, mas não perfeitamente no ponto oeste.

Esquema da trajetória aparente do Sol no céu nos solstícios e nos equinócios

Esquema. Meia esfera cortada na horizontal (linha do horizonte) representando o planeta Terra. No centro da esfera, um homem de pé e linhas perpendiculares indicando as quatro direções. O homem está virado para a direção norte. Há três bolinhas amarelas, representando o Sol e linhas tracejadas azuis, representado sua trajetória aparente do poente (lado oeste) à nascente (lado leste). Setas vermelhas indicam os pontos leste e oeste. Uma bolinha amarela está no topo, paralela ao centro da esfera. Linha de chamada para Equinócio de outono e equinócio de primavera. Uma está à esquerda, linha de chamada para Solstício de verão. Outra está do lado direito, linha de chamada para Solstício de inverno.  Mapa do Brasil. Destaque para a localização de São Gabriel da Cachoeira, no norte do país, sobre a  linha do Equador. No canto inferior direito, rosa dos ventos e escala de 0 a 980 quilômetros.
Esquema da trajetória observada por uma pessoa que esteja em São Gabriel da Cachoeira, na linha do Equador (latitude 0).

Esquema. Meia esfera cortada na horizontal (linha do horizonte) representando o planeta Terra. No centro da esfera, um homem de pé e linhas perpendiculares indicando as quatro direções. O homem está virado para a direção norte. Há três bolinhas amarelas, representando o Sol e linhas tracejadas azuis, representado sua trajetória aparente do poente (lado oeste) à nascente (lado leste). Setas vermelhas indicam os pontos leste e oeste. As trajetórias estão inclinadas para a direita. Da bolinha da trajetória do meio, linha de chamada para Equinócio de outono e equinócio de primavera. Da bolinha da trajetória da esquerda, linha de chamada para Solstício de verão. Da bolinha da trajetória da direita, linha de chamada para Solstício de inverno.  Mapa do Brasil. Destaque para a localização de São Paulo, no sudeste do país, sobre a  linha do Trópico de Capricórnio. No canto inferior direito, rosa dos ventos e escala de 0 a 980 quilômetros.
Esquema da trajetória observada por uma pessoa que esteja na cidade de São Paulo, no Trópico de Capricórnio (latitude 2327minutos sul).

Esquema. Meia esfera cortada na horizontal (linha do horizonte) representando o planeta Terra. No centro da esfera, um homem de pé e linhas perpendiculares indicando as quatro direções. O homem está virado para a direção norte. Há três bolinhas amarelas, representando o Sol e linhas tracejadas azuis, representado sua trajetória aparente do poente (lado oeste) à nascente (lado leste). Setas vermelhas indicam os pontos leste e oeste. As trajetórias estão inclinadas ainda mais para a direita. Da bolinha da trajetória do meio, linha de chamada para Equinócio de outono e equinócio de primavera. Da bolinha da trajetória da esquerda, linha de chamada para Solstício de verão. Da bolinha da trajetória da direita, linha de chamada para Solstício de inverno. Mapa do Brasil. Destaque para a localização de Porto Alegre, no sudeste do país, sobre a  linha do Trópico de Capricórnio. No canto inferior direito, rosa dos ventos e escala de 0 a 980 quilômetros.
Esquema da trajetória observada por uma pessoa que esteja em Porto Alegre (latitude 30 sul).

Fonte: Esquemas elaborados a partir de Érens, C. D.; Henson, R. Meteorology today. décima segunda edição bóston: Cengage, 2019. página 65.

Motivação

Esta atividade deverá ser realizada em grupos.

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Observar a alteração da sombra de uma vareta (perpendicular ao solo) ao longo do dia e propor uma explicação para o observado. Traçar o meridiano local e compreender o seu significado.

Cada equipe vai precisar de:

  • globo terrestre escolar
  • vareta de madeira (cabo de vassoura, por exemplo)
  • local plano no qual seja possível espetar a vareta verticalmente e que receba luz solar direta durante todo o período diurno
  • cartolina ou papel bem grande
  • quatro tijolos
  • régua e lápis (ou outro material de escrita apropriado) para escrever na cartolina

Procedimento

  1. Observem um globo terrestre escolar. Localizem os meridianos. Pesquisem se existem apenas os meridianos mostrados nesse globo ou se existem outros.
  2. Pesquisem, em um dicionário da língua portuguesa ou em outra fonte de informação, a origem da palavra meridiano e o seu significado original. O que esse significado teria a ver com os meridianos que aparecem no globo escolar?
  3. Espetem uma vareta perpendicularmente ao solo em um local plano em que possa registrar a sombra dessa vareta, a intervalos regulares (por exemplo, a cada hora) durante um dia todo, como mostra a figura. O que acontece com a posição e o comprimento da sombra ao longo do dia?
  4. Proponham uma explicação para o resultado observado. Esse resultado tem relação com o movimento do Sol ou da Terra? Se necessário, usem o globo escolar para auxiliar na explicação.
  5. Pesquisem o que é a bissetriz de um ângulo.
  6. Utilizando novamente a vareta perpendicular ao chão, desenhem no solo (ou em um papel fixado nele) a sombra da vareta em algum momento da manhã. Durante a tarde, desenhem a sombra no momento em que ela estiver exatamente com o mesmo comprimento do desenho feito pela manhã. (Vocês não precisam ficar observando a tarde toda, pois o experimento anterior dará uma ideia do horário em que isso acontecerá.)
  7. Tracem a bissetriz do ângulo formado pelas duas sombras desenhadas. Essa bissetriz dá a direção do meridiano local.
  8. Após traçar o meridiano local, vocês saberiam: localizar o norte? Localizar o sul?
  9. Expliquem o que o meridiano local tem a ver com a posição do Sol ao meio-dia.
Ilustração. Um retângulo de cartolina em cima de uma área gramada. Há um tijolo em cada uma das pontas. Próximo à borda do lado esquerdo tem uma haste na vertical e algumas marcações de horários na cartolina saindo da haste. Marcações anteriores: 7 horas. 8 horas. 9 horas. A sombra da vareta está à direita da linha das 9 horas. No canto superior direito da imagem, um relógio analógico com o ponteiro menor no 10 e o ponteiro maior no 12.
Se for possível manter a vareta fixa em chão cimentado, as marcações podem ser feitas com giz diretamente no piso. (Representação esquemática sem proporção.)

Desenvolvimento do tema

9. Solstícios e equinócios

Rotação e translação terrestres

O complexo movimento da Terra pode ser decomposto em componentes, dois dos quais são a rotação e a translação. A rotação terrestre é o giro do planeta ao redor de um eixo imaginário que atravessa o planeta do Polo Norte ao Polo Sul.

A rotação terrestre origina os dias e as noites. A metade do planeta iluminada pela luz solar está no período diurno e a metade escura encontra-se no período noturno.

O movimento da Terra ao redor do Sol é denominado translação. Uma volta ao redor do Sol é completada em aproximadamente 365,25 dias.

O eixo imaginário de rotação terrestre não é perpendicular ao plano de sua órbita, mas, sim, inclinado 23graus27minutos em relação a essa perpendicular. Ao longo do ano, a Terra posiciona-se conforme mostra o esquema seguinte.

Ilustração. Planeta Terra com um eixo passando pelo centro, levemente inclinado para a direita. Uma seta ao redor do eixo indica o sentido de rotação. A parte da esquerda da Terra está escura, noite, e a parte da direita está clara, dia. Passando pelo centro da esfera, a linha do Equador, inclinada, está indicada.
A ocorrência de dias e noites está relacionada à rotação da Terra ao redor de um eixo imaginário norte-sul. (Representação esquemática em que a seta vermelha indica o sentido de rotação da Terra. Cores fantasiosas.)

Fonte: Shipméãn, J. T. êti áli. An introduction to Physical Science. décima quinta edição bóston: Cengage, 2021. página 434.

Esquema. No centro, ilustração do Sol. Ao redor, imagem do planeta Terra em quatro posições diferentes. Entre elas, setas verdes em sentido anti-horário. Em cada imagem do planeta tem um eixo passando pelo centro, levemente inclinado para a direita, com uma seta vermelha ao redor. 1: solstício de dezembro (o lado sombreado do planeta está à direita). 2: equinócio de março (apenas a parte iluminada do planeta está representada). 3: solstício de junho (o lado sombreado do planeta está à esquerda). 4: equinócio de setembro (apenas o lado sombreado do planeta é representado).
A inclinação com que os raios solares atingem a superfície do planeta varia ao longo dos meses. (O Sol, a Terra e a distância entre ambos estão ilustrados fóra de proporção. Representação esquemática em que a seta vermelha indica o sentido de rotação da Terra e a seta verde indica a direção e o sentido da translação. Cores fantasiosas.)

Fonte: KRAUSKOPF, K. B.; BEISER, A. The physical universe. décima sétima edição Nova York: McGraw-Hill, 2020. página 476.

Equinócios

Os desenhos 2 e 4 representam situações semelhantes. Se observado de outro ponto de vista, o planeta aparece, em ambos os equinócios, como mostrado na figura A*nota de rodapé .

Perceba que exatamente metade do Hemisfério Norte está iluminada e metade não está. O mesmo acontece no Hemisfério Sul. Isso explica por que, nos equinócios, tanto o período diurno como o perío­do noturno têm a mesma duração nos dois hemisférios.

Ilustração. Planeta terra com um eixo vertical passando pelo centro e uma seta ao redor do eixo indicando o sentido de rotação. O lado à esquerda do eixo está sombreado. No planeta há três marcações na horizontal: Equador no centro, Trópico de Câncer acima e Trópico de Capricórnio abaixo. Há setas paralelas da direita para a esquerda, incidindo na superfície do planeta Terra, representando os raios de luz solar.
A. Representação esquemática da Terra no equinócio de março ou no de setembro. (Cores fantasiosas.)

Solstício de dezembro

A figura B equivale ao desenho 1, representado anteriormente, que mostra o planeta no solstício de dezembro.

Perceba, pelo desenho, que em cada hemisfério a área iluminada e a área escura não têm a mesma extensão.

No Hemisfério Norte, a área iluminada é menor do que a área escura e, por esse motivo, o período noturno é mais longo que o período diurno. Já no Hemisfério Sul, ao contrário, a área iluminada é maior do que a área escura. Como consequência, o período diurno é mais longo que o noturno.

Agora observe a linha do Equador: metade dela está iluminada e metade está escura. Isso significa que os habitantes de localidades situadas sobre essa linha, ou próximas a ela, vivenciam períodos diurno e noturno com igual duração.

Ilustração. Planeta terra com um eixo vertical levemente inclinado para a esquerda passando pelo centro e uma seta ao redor do eixo indicando o sentido de rotação. No planeta há três marcações: Equador no centro, Trópico de Câncer acima e Trópico de Capricórnio abaixo. Há setas paralelas da direita para a esquerda, incidindo na superfície do planeta Terra, representando os raios de luz solar.
B. Representação esquemática da Terra no solstício de dezembro. (Cores fantasiosas.)

Solstício de junho

A figura C equivale ao desenho 3, representado anteriormente. A situação de iluminação dos hemisférios é a inversa da que ocorre no solstício de dezembro.

Os habitantes do Hemisfério Norte observam que o período diurno é mais longo que o noturno. Isso se explica pelo fato de a área iluminada dêsse hemisfério ser maior que a área escura. Os habitantes do Hemisfério Sul, por outro lado, vivenciam o período noturno mais longo do que o período diurno, pois a área iluminada pelo Sol é menor do que a área não iluminada.

Ilustração. Planeta terra com um eixo vertical levemente inclinado para a direita passando pelo centro e uma seta ao redor do eixo indicando o sentido de rotação. No planeta há três marcações: Equador no centro, Trópico de Câncer acima e Trópico de Capricórnio abaixo. Há setas paralelas da direita para a esquerda, incidindo na superfície do planeta, representando os raios de luz solar.
C. Representação esquemática da Terra no solstício de junho. (Cores fantasiosas.)

Fonte das ilustrações: Shipméãn, J. T. êti áli. An introduction to Physical Science. décima quinta edição bóston: Cengage, 2021. página 448.

Nas figuras A, B e C, vemos que a linha do Equador está, permanentemente, metade iluminada e metade escura. Por isso, durante todo o ano, os períodos diurno e noturno têm igual duração para as localidades situadas nessa linha ou bem próximas a ela.

Duração do período diurno (em horas e minutos) em diferentes latitudes do Hemisfério Sul

Latitude

Equinócio de março

Solstício de junho

Equinócio de setembro

Solstício de dezembro

12 h

12 h

12 h

12 h

10° sul

12 h

11 h 24 min

12 h

12 h 36 min

20° sul

12 h

10 h 48 min

12 h

13 h 12 min

30° sul

12 h

10 h 6 min

12 h

13 h 54 min

40° sul

12 h

9 h 6 min

12 h

14 h 54 min

50° sul

12 h

7 h 42 min

12 h

16 h 18 min

60° sul

12 h

5 h 36 min

12 h

18 h 24 min

Fonte: Érens, C. D.; Henson, R. Mitiorólogy Todêi. décima segunda edição bóston: Cêngueij, 2019. página 63.

10. A trajetória diária aparente do Sol

Chegou o momento de entender como o modelo de translação da Terra ao redor do Sol, apresentado anteriormente, permite explicar por que observadores em diferentes latitudes veem, num mesmo instante, o Sol em posições diferentes.

Para ficar mais fácil, vamos representar a Terra por meio de uma esfera na qual não ilustraremos oceanos e continentes. Nela, vamos representar cinco observadores como “bonequinhos” de cores diferentes, ilustrados numa mesma longitude e num tamanho desproporcional, exagerada­mente grande.

Junto a cada observador, vamos representar a direção vertical por um tracejado preto. Uma pessoa pode facilmente determinar a direção vertical pendurando, por exemplo, uma pedra num barbante. Após o barbante parar de oscilar, ele estará indicando a direção ­vertical.

Um chão plano, corretamente nivelado, é um plano horizontal perpendicular à direção vertical. O chão plano também será ilustrado sob os pés de cada observador. Partindo dessas considerações, temos o que aparece no esquema a seguir.

Ilustração. Círculo representando o planeta Terra com um eixo vertical passando pelo centro e uma seta ao redor do eixo indicando o sentido de rotação. O ponto mais alto é o Polo Norte (N) e o ponto mais baixo é o Polo Sul (S). Há cinco linhas horizontais, de cima para baixo: Latitude 45 graus norte. Latitude 23 graus e 27 minutos norte: Trópico de Câncer. Latitude 0 grau: Equador. Latitude 23 graus e 27 minutos sul: Trópico de Capricórnio. Latitude 45 graus sul. Do lado de fora, à direita, há o contorno de uma pessoa de diferentes cores em cada uma das linhas horizontais. Atravessando o eixo de cada pessoa passa uma linha tracejada até o centro do círculo.
Esquema do globo terrestre que mostra cinco observadores, em diferentes latitudes. Note a representação do chão plano, sob eles, e da linha vertical. (Não foram ilustrados os oceanos e os continentes. Os observadores aparecem em tamanho exageradamente grande.)

A figura A, a seguir, representa a Terra no equinócio de março ou no de setembro. Perceba que os raios de luz solar, que são paralelos entre si, atingem o chão das diferentes latitudes com inclinação diferente. Junto à figura A, aparecem cinco desenhos que ilustram a posição em que o Sol é visto, ao meio-dia, pelos observadores. Os observadores veem o mesmo Sol, porém de diferentes latitudes. Por isso, recebem os raios solares com diferentes inclinações.

As figuras B e C ilustram a Terra, respectivamente, nos solstícios de dezembro e de junho. Analisando-as, você poderá perceber como, para um mesmo observador, a inclinação dos raios solares se altera ao longo do ano. Na verdade, é a inclinação do observador em relação aos raios da luz solar que se altera à medida que a Terra orbita em torno do Sol.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Neste enderêço eletrônico é possível acessar um simulador on láine do aspecto do céu:

https://oeds.link/2jFd0X. Acesso em: 16 abr. 2022.

O aplicativo indica os nomes dos principais corpos celestes que aparecem na visualização.

Você pode modificar local, data e horário, simulando a visão que se tem do céu, durante período diurno ou noturno, de diferentes localidades do planeta. Pode-se incluir ou remover a linha do horizonte, bem como algumas linhas de referência usadas na cartografia celeste.

Utilize os contrôles para analisar a trajetória do Sol ao longo de diferentes dias do ano, especialmente nas datas dos solstícios e dos equinócios, conforme o astro é visualizado da sua cidade.

Como parte do estudo do item 10, repita essa mesma análise para localidades situadas em cada uma das latitudes mencionadas no item.

Esquema da Terra nos equinócios

Ilustração A. Círculo representando o planeta Terra com um eixo vertical passando pelo centro e uma seta ao redor do eixo indicando o sentido de rotação. A metade esquerda do planeta está sombreada. Há cinco linhas na horizontal e na ponta de cada uma delas, contorno de uma pessoa colorida. Todas as pessoas estão ligadas por linhas tracejadas até o centro do círculo. Há setas horizontais da direita para a esquerda, incidindo na superfície do planeta, representando os raios de luz solar. Ao lado, sequência de cinco semiesferas com uma pessoa no centro, na altura da linha do horizonte, e as direções Norte e Sul marcadas embaixo. Posição em que o Sol é visto ao meio-dia no equinócio de março e no equinócio de setembro. Primeira: 45 graus norte. Há uma bolinha amarela à direita, a 45 graus da linha do horizonte, de onde sai uma seta até o centro. Segunda: 23 graus e 27 minutos norte. Há uma bolinha amarela à direita, mais próxima da posição vertical, de onde sai uma seta até o centro. Terceira: 0 grau. Há uma bolinha amarela no ponto mais alto, de onde sai uma seta até o centro. Quarta: 23 graus e 27 minutos sul. Há uma bolinha amarela um pouco para a esquerda, de onde sai uma seta até o centro. Quinta: 45 graus sul. Há uma bolinha amarela à direita, a 45 graus da linha do horizonte, de onde sai uma seta até o centro.

Esquema da Terra no solstício de dezembro

Ilustração B. Círculo representando o planeta Terra com o eixo levemente inclinado para a esquerda passando pelo centro e uma seta ao redor do eixo indicando o sentido de rotação. O lado esquerdo do planeta está sombreado. Há cinco linhas perpendiculares ao eixo e na ponta de cada uma delas, contorno de uma pessoa colorida. Todas as pessoas estão ligadas por linhas tracejadas até o centro do círculo. Há setas horizontais da direita para a esquerda, incidindo na superfície do planeta Terra, representando os raios de luz solar. Ao lado, sequência de cinco semiesferas com uma pessoa no centro na altura da linha do horizonte e as direções Norte e Sul marcadas embaixo. Posição em que o Sol é visto ao meio-dia no solstício de dezembro. Primeira: 45 graus norte. Há uma bolinha amarela à direita próxima a linha do horizonte, de onde sai uma seta até o centro. Segunda: 23 graus e 27 minutos norte. Há uma bolinha amarela à direita, mais distante da linha do horizonte, de onde sai uma seta até o centro. Terceira: 0 grau. Há uma bolinha amarela à direita, próxima do ponto mais alto da semiesfera, de onde sai uma seta até o centro. Quarta: 23 graus e 27 minutos sul. Há uma bolinha amarela no ponto mais alto da semiesfera, de onde sai uma seta até o centro. Quinta: 45 graus sul. Há uma bolinha amarela um pouco para a esquerda, de onde sai uma seta até o centro.

Esquema da Terra no solstício de junho

Ilustração C. Círculo representando o planeta Terra com o eixo levemente inclinado para a direita passando pelo centro e uma seta ao redor do eixo indicando o sentido de rotação. O lado esquerdo do planeta está sombreado. Há cinco linhas perpendiculares ao eixo e na ponta de cada uma delas, contorno de uma pessoa colorida. Todas as pessoas estão ligadas por linhas tracejadas até o centro do círculo. Há setas na horizontal da direita para a esquerda, incidindo na superfície do planeta Terra, representando os raios de luz solar. Ao lado, sequência de cinco semiesferas com uma pessoa no centro na altura da linha do horizonte e as direções Norte e Sul marcadas embaixo. Posição em que o Sol é visto ao meio-dia no solstício de junho. Primeira: 45 graus norte. Há uma bolinha amarela um pouco para a direita, de onde sai uma seta até o centro. Segunda: 23 graus e 27 minutos norte. Há uma bolinha amarela no ponto mais alta da semiesfera, de onde sai uma seta até o centro. Terceira: 0 grau. Há uma bolinha amarela um pouco para a esquerda, de onde sai uma seta até o centro. Quarta: 23 graus e 27 minutos sul. Há uma bolinha amarela mais para a esquerda, de onde sai uma seta até o centro. Quinta: 45 graus sul. Há uma bolinha amarela à esquerda, próximo a linha do horizonte, de onde sai uma seta até o centro.
A. A Terra, esquematizada de modo simplificado, nos equinócios. (Cores fantasiosas.) B. A Terra, esquematizada de modo simplificado, no solstício de dezembro. (Cores fantasiosas.) C. A Terra, esquematizada de modo simplificado, no solstício de junho. (Cores fantasiosas.) Os desenhos junto a cada globo terrestre mostram as posições em que o Sol é visto, ao meio­‑dia, por cinco observadores (ilustrados em tamanho exagerado) em diferentes latitudes.

Fonte: Esquema elaborado a partir de FERREIRA, M.; ALMEIDA, G. Introdução à Astronomia e às observações astronômicas. sétima edição Lisboa: Plátano, 2004. página 144.

11. Evidências da esfericidade da Terra

A partir da década de 1960, muitos satélites artificias foram colocados em órbita do planeta e possibilitaram fotografá‑lo. As imagens obtidas indicam claramente que o planeta Terra é esférico, confirmando e registrando os relatos feitos por astronautas em missões espaciais. De fato, por meio de diversas outras evidências, o ser humano já sabia do formato da Terra muitos séculos antes desses avanços tecnológicos.

Um dos primeiros a sugerir que a Terra é esférica foi o filósofo e matemático grego Pitágoras, há mais de .2500 anos. Além de ser influenciado pela esfericidade dos corpos celestes que podia observar, como a Lua e o Sol, ele considerou uma evidência obtida durante eclipses lunares. Esse tipo de fenômeno acontece quando a Lua, a Terra e o Sol, em seu movimento relativo, ficam alinhados estando a Terra entre o Sol e a Lua. À medida em que esses astros se alinham, a sombra da Terra (iluminada pelo Sol) é projetada na Lua, e o formato dessa sombra indica que o planeta Terra é esférico, e não um disco, uma placa, um cubo ou um paralelepípedo.

Antes mesmo de Pitágoras, os marinheiros já tinham observado que o topo dos mastros dos navios eram avistados na linha do horizonte bem antes de o casco ficar visível. Essa observação (que podemos fazer em uma localidade litorânea portuária, usando binóculos em um dia com boa visibilidade) é compatível com um planeta esférico.

lustração. Três imagens de um navio no mar se aproximando progressivamente visto de frente. Da primeira para a terceira imagem, mais detalhes da estrutura do navio passam a ser distinguidos. O navio tem contêineres coloridos em cima, uma chaminé no meio e o casco pintado em azul na parte superior e vermelho na parte inferior. Na primeira imagem, não é possível ver o casco do navio. Na segunda imagem, a parte azul do casco está visível. Na terceira imagem, a parte vermelha do casco está visível.
Para um navio vindo do horizonte em nossa direção, observa-se que a parte superior torna‑se visível antes do casco, o que é compatível com a esfericidade da Terra. (Se a Terra fosse plana, esse navio se tornaria progressivamente maior, passando, a partir de certo instante, a ser visível por inteiro. Contudo, não é isso o que se observa na prática!)

Fonte: , R. M. êti áli. Earth Science. Nova York: Glencoe/McGraw-Hill, 2004. página 660.

cêrca de três séculos depois de Pitágoras, outro pensador da civilização grega da Antiguidade, Eratóstenes, determinou a circunferência da Terra (isto é, o comprimento de uma volta ao redor do planeta pela linha do Equador). Ele foi o diretor da maior biblioteca que existia no mundo, na época, que ficava na cidade de Alexandria, Egito, e pôde estudar o trabalho de muitos matemáticos e astrônomos que o antecederam. Ele também teve acesso à informação de que, todos os anos, no primeiro dia do verão, ao meio‑dia, quando o Sol está em sua posição mais alta, a luz solar iluminava o fundo de um poço existente na cidade egípcia de Assuã, a cêrca de 840 quilômetros de Alexandria (na época, Assuã se chamava Syene; não confundir com Siena, cidade italiana).

Eratóstenes constatou que, também no primeiro dia do verão, ao meio-dia, uma grande haste vertical existente em Alexandria projetava sombra no chão, o que indicava que a Terra não poderia ser plana porque, se fosse, a luz solar também estaria incidindo a pino em Alexandria. Medindo a inclinação da sombra em relação à haste e conhecendo a distância de Alexandria a Assuã, Eratóstenes usou princípios de geometria para determinar a circunferência da Terra, chegando a um valor bastante próximo do medido atualmente, que é de .40030 quilômetros.

Existem inúmeras outras evidências científicas da esfericidade da Terra. Na atividade de encerramento desta Unidade, você terá oportunidade de pesquisar e conhecer outras.

Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.

Ilustração. Superfície da Terra, levemente arredondada. Há setas amarelas paralelas da direita para a esquerda chegando na  superfície do planeta. Luz solar incidindo a pino (perpendicularmente ao solo) em Assuã. Duas setas atingem o fundo de um poço em Assuã. Mais para cima, tem uma haste vertical (perpendicular ao solo) em Alexandria. À esquerda da haste tem uma sombra formando um ângulo de 7 graus. Uma sombra da haste é projetada porque a luz solar não incide perpendicularmente ao solo.
Representação do raciocínio de Eratóstenes. No primeiro dia do verão (do Hemisfério Norte, no qual o Egito se localiza), ao meio‑dia, a luz solar incide a pino sobre a cidade de Assuã (que, hoje sabemos, situa-se praticamente no Trópico de Câncer), mas não incide a pino sobre a cidade de Alexandria. Eratóstenes mediu a inclinação dos raios solares em relação a uma haste (aproximadamente 7 graus) e usou o resultado para calcular a circunferência da Terra. (Representação esquemática, fóra de proporção, em cores fantasiosas.)

Fonte: , S.; , R. Earth Science. Nova York: Norton, 2017. página 743.

12. O nascente e o poente das demais estrelas e da Lua

Observando a posição e o movimento aparente das estrelas, muitos povos antigos conseguiam se guiar em navegações noturnas e também escolher a época do ano mais adequada para o plantio das lavouras.

Uma pessoa poderá observar o movimento aparente das estrelas no céu em noites de céu limpo e longe de luzes intensas, desde que o faça durante um certo intervalo de tempo. A observação será facilitada se a pessoa utilizar árvores ou quinas de telhados como pontos de referência, em relação aos quais será possível perceber que as estrelas vão mudando de posição ao longo do tempo. As estrelas próximas ao lado oeste da linha do horizonte vão descendo até se ocultar abaixo dela. As estrelas próximas ao lado leste da linha do horizonte vão subindo gradualmente, de modo que aquelas que estavam ocultas abaixo dela vão ficando visíveis. Nem todas as estrelas têm um nascente e um poente. Dependendo do local do planeta onde o observador estiver, ele poderá verificar que determinadas estrelas são visíveis durante toda a noite.

A Lua tem seu nascente no lado leste da linha do horizonte e seu poente no lado oeste dessa linha.

Fotografia. Céu durante a noite com estreitas faixas iluminadas na vertical. Há três linhas de chamada saindo de diferentes faixas. Cada estrela deixa um rastro luminoso devido à técnica fotográfica utilizada: a imagem levou 5 horas para ser captada. Da parte superior, uma faixa interrompida, a seta aponta para o fim da parte iluminada: a estrela que deixou esse rastro estava nessa posição no início. Ao ­final do tempo gasto na obtenção da imagem, ela estava acima da região fotografada. Da parte inferior, um faixa interrompida; a seta aponta para o fim da parte iluminada: A estrela que deixou esse rastro estava abaixo da linha do horizonte, no início. Ao ­final, ela tinha atingido esse ponto.
Foto do céu estrelado feita com uma técnica na qual a imagem leva algumas horas para ser obtida (isso se chama tempo de exposição prolongado). Por isso, cada estrela, em vez de parecer um ponto luminoso, deixa um rastro luminoso por onde passa. De fato, esse movimento aparente das estrelas se deve ao movimento de rotação da Terra. O período de obtenção da imagem foi das 9 horas da noite até as 2 horas da madrugada, totalizando 5 horas. A foto foi tirada no Quênia (África), num local de latitude 3 graus norte, com a câmera apontada para o lado leste.
Fotografia. Imagem de uma construção feita em cima de uma superfície de madeira, em uma região alagada. No céu, círculos concêntricos iluminados.
Esta foto foi obtida, com a mesma técnica da anterior, no Lago Titicaca, Chile, América do Sul. Algumas das estrelas da foto não têm nascente nem poente. Elas apenas realizam movimento aparente de rotação ao redor de um ponto, o Polo Sul Celeste.
Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

A etnociência é a área de pesquisa dos conhecimentos que as populações humanas têm sobre os elementos da natureza e os fenômenos (acontecimentos) naturais.

Estudos etnocientíficos revelaram que diversos povos indígenas identificam imagens no céu formadas por grupos de estrelas, às quais a etnociência se refere como “constelações indígenas”.

Pesquise um exemplo de “constelação indígena” e de como ela é utilizada para sinalizar eventos da natureza, como as épocas do ano mais propícias para plantar, caçar ou pescar.

Relate os resultados no seu caderno.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

nascente de um corpo celeste

poente (ou ocaso) de um corpo celeste

solstício

equinócio

estação do ano

EM DESTAQUE

O relógio de sol

O relógio de sol foi o primeiro instrumento utilizado para medir o tempo. Ele consiste basicamente de uma haste cuja sombra é projetada sôbre uma superfície.

Ao longo do dia, à medida que as horas vão passando, a sombra projetada vai mudando de posição. Com o auxílio da escala que existe na superfície do relógio de sol, é possível saber as horas.

Arqueólogos, cientistas que realizam escavações em ruínas a fim de obter informações sobre antigas civilizações, descobriram que muitos povos da Antiguidade construíram e usaram relógios de sol. Foram encontrados, por exemplo, relógios de sol da civilização egípcia construídos no século quinze antes de Cristo. Alguns grandes relógios de sol, usados em cidades do Império Grego da Antiguidade, ainda existem e estão expostos em museus europeus.

Já na era cristã o relógio de sol foi aprimorado pelo matemático e astrônomo árabe Abu’l Hassan Ali, no século treze. Alguns modelos portáteis, acompanhados de bússola, foram de uso relativamente comum até o século dezenove.

Elaborado com dados obtidos de: , D. Sundials: design, construction, and use. Berlin: Springer, 2009.

Ilustração. Estrutura circular com graduações: escala indicando as horas. No centro, uma estrutura triangular; de sua parte superior: gnômon (haste do relógio de sol). Do lado esquerdo, projetada em um ponto da escala, sombra do gnômon.
Esquema de relógio de sol.

Fonte: Elaborado a partir de , R. J. A. Roman portable sundials. Oxford: Oxford University Press, 2017. página 53.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Ciclo dia/noite influencia comportamento de animais e vegetais, pois cada um tem seu ritmo biológico. O ciclo dia/noite é uma regularidade da natureza associada ao Sol, que nasce no Leste e põe-se no lado oeste. O ciclo dia/noite ao longo do ano tem uma variação do período diurno e do noturno, segundo a qual o (observando de fora da linha do Equador) período diurno é maior no verão e menor no inverno; e o período noturno é menor no verão e maior no inverno.
Ícone. Lâmpada.

Atividades

Use o que aprendeu

  1. Existe um dia no ano em que, para os habitantes do Hemisfério Sul, o período diurno é o mais longo e o período noturno é o mais curto. Responda em seu caderno:
    1. Em que mês isso ocorre?
    2. Qual é a estação do ano que tem início nesse dia?
  2. Existe um dia no ano em que, para os habitantes do Hemisfério Sul, o período diurno é o mais curto e o período noturno é o mais longo. Responda em seu caderno:
    1. Em que mês isso ocorre?
    2. Qual é a estação do ano que tem início nesse dia?
  3. Existem dois dias no ano, em meses diferentes, nos quais os períodos diurno e noturno têm a mesma duração. Responda em seu caderno:
    1. Em que meses isso ocorre?
    2. Quais são as estações do ano que têm início nesses dias?
  4. Onde é mais difícil perceber a variação na duração dos períodos diurno e noturno ao longo do ano: em Fortaleza (Ceará) ou em Curitiba (Paraná)? Explique.
  5. Considere o gasto de energia elétrica da prefeitura do Rio de Janeiro para a iluminação das vias públicas. Em que mês esse gasto deve ser maior: em junho ou em dezembro? Explique.
Fotografia. Vista aérea de parte de uma cidade durante a noite. As casas e prédios estão iluminadas artificialmente. No meio da cidade tem uma baia com barcos e em primeiro plano um morro coberto por vegetação.
Vista aérea do bairro da Urca com o Aterro do Flamengo ao fundo com iluminação noturna. (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.)

6. Se você estiver posicionado de frente para o norte, de que lado seu nascerá o Sol? E de que lado ele irá se pôr?

Ícone. Lupa.

Atividades

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Releia o texto de abertura deste capítulo e, a seguir, faça as atividades 1 a 6.

  1. O texto afirma que as corujas são aves de rapina. O que isso significa?
  2. O segundo parágrafo do texto afirma que, “em sua maioria, as corujas têm hábito crepuscular e noturno”. Explique o que isso quer dizer.
  3. O caburé tem hábito noturno?
  4. Quais informações os autores apresentam sobre a alimentação do caburé?
  5. Embora o texto não fale que as corujas se alimentam das plantas, você acha que, de alguma fórma, as corujas dependem das plantas? Justifique sua resposta.
  6. Reflita um pouco sôbre sua resposta às duas perguntas anteriores e, a seguir, represente em seu caderno uma cadeia alimentar da qual as corujas participem.

TABELA

As atividades 7 a 11 se referem à tabela do item 9 do capítulo, reapresentada a seguir.

Duração do período diurno (em horas e minutos) em diferentes latitudes do Hemisfério

Latitude

Equinócio de outono

Solstício de inverno

Equinócio de primavera

Solstício de verão

12 h

12 h

12 h

12 h

10º sul

12 h

11 h 24 min

12 h

12 h 36 min

20º sul

12 h

10 h 48 min

12 h

13 h 12 min

30º sul

12 h

10 h 6 min

12 h

13 h 54 min

40º sul

12 h

9 h 6 min

12 h

14 h 54 min

50º sul

12 h

7 h 42 min

12 h

16 h 18 min

60º sul

12 h

5 h 36 min

12 h

18 h 24 min

Fonte: Érens, C. D.; Henson, R. Meteorology today. décima segunda edição bóston: Cengage, 2019. página 63.

  1. A latitude de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) é 30graus sul. Qual é a duração do período diurno e do período noturno nessa cidade no dia em que se inicia:
    1. a primavera?
    2. o verão?
    3. o outono?
    4. o inverno?
  2. Considere a latitude de Palmas (Tocantins) como sendo 10graus sul e a de Belo Horizonte (Minas Gerais) como sendo 20graus sul. Qual dessas cidades tem mais tempo de luz diurna no dia em que começa o verão? E no dia em que começa o inverno?
  3. Considere a latitude de Macapá (Amapá) como 0grau e a de Vitória (Espírito Santo) como 20graus sul. Quantos minutos a mais de luz diurna um habitante de Macapá tem, em relação a um habitante de Vitória, no:
    1. equinócio de outono?
    2. solstício de inverno?
    3. equinócio de primavera?
    4. solstício de verão?
  4. Qual é a duração da noite mais longa do ano em Campo Grande (Mato Grosso do Sul)? Considere a latitude local como 20graus sul.
  5. A cidade de Puerto Santa Cruz, na Patagônia (Argentina), tem latitude 50graus sul. Se, ao longo do ano, uma pessoa ficar acordada durante todo o período diurno desse local, é possível que ela consiga dormir ao menos oito horas todas as noites? Por quê?

Seu aprendizado não termina aqui

Quem é observador tem maior chance de aprender.

Passe a observar com maior atenção o horário aproximado em que o Sol nasce e em que se põe.

Observe também o aspecto da Lua ao longo dos dias. Em outros anos, aprenderemos mais sôbre as regularidades do céu, e essas observações serão muito úteis a você.

Ícone. Símbolo de hashtag.

Fechamento da unidade

Isso vai para o nosso blog!

Ícone. Lupa.

A Terra é esférica! E ela tem uma história!

A critério do professor, a classe será dividida em grupos e cada um deles criará e manterá um blog na internet sôbre a importância do que se aprende em Ciências da Natureza. Nesta atividade, a meta é selecionar informações (acessar, reunir, ler, analisar, debater e escolher as mais relevantes e confiáveis) relacionadas aos tópicos a seguir para incluir no blog.

Ilustração. Quatro crianças de uniforme, camiseta branca com gola e barra da manga azuis, na frente de um esqueleto de dinossauro, em um museu. Menino branco de cabelo curto castanho sentado em uma cadeira de rodas e segurando um tablet nas mãos. Menina negra com o cabelo preto curto cacheado. Menina branca de cabelo loiro e curto. Menino negro de cabelo preto e curto. Ao redor deles, quadros coloridos com textos. Verde: Pesquisar evidências e argumentos que demonstrem que o planeta Terra é esférico (e não plano, como algumas pessoas ainda hoje insistem). A seguir, organizar esse material e reuni-lo no blogue da equipe. Vermelho: Publicar linques para ilustrações (concepções artísticas) de espécies extintas ou fotografias da reconstrução (modelos) de seus organismos ou de seus esqueletos. Azul: Fósseis de espécies extintas são evidências que ajudam a conhecer a história da vida na Terra. Pesquisar e publicar endereços para fotografias de fósseis. De que espécie são? Qual é a importância de cada uma para a Paleontologia? Roxo: Quais são os sítios paleontológicos mais importantes no Brasil e no mundo? Que informações forneceram? Laranja: Qual é a diferença entre Paleontologia e Arqueologia? E o que há de comum às duas?
Nota de rodapé
*
Neste e em outros momentos deste capítulo, a equivalência entre alguns desenhos pode ser de difícil visualização para o estudante. Para melhor visualizar esses desenhos no espaço, é conveniente utilizar um globo terrestre e uma lanterna ou, então, realizar o Projeto 12, sugerido ao final deste livro.
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