UNIDADE A

CAPÍTULO 1 Seres vivos e cadeias alimentares

Fotografia. Uma ave com a pelugem branca, cinza e preta. Ela está com as longas pernas na água e inclinada para a frente com um peixe no bico.
Garça-real se alimentando de peixe. Essa relação entre os dois seres vivos faz parte de uma cadeia alimentar, conceito estudado neste capítulo. Alterações no ambiente afetam as cadeias alimentares, podendo provocar diversos desequilíbrios, até mesmo no número de indivíduos que delas participam. A altura dessa garça é 90 centímetros.
Respostas e comentários

Este capítulo e seus conteúdos conceituais

  • Características gerais dos seres vivos
  • Fatores presentes nos ambientes: ar, água, solo, rochas, luz e organismos
  • Diferenças entre os ambientes: diversidade de seres vivos e particularidades dos fatores não vivos
  • Cadeias alimentares
  • Seres vivos produtores
  • Seres vivos consumidores

Este capítulo introduz o estudante no estudo dos ambientes naturais. Os conteúdos conceituais apresentados são básicos para o desenvolvimento de todos os demais pontos pertinentes à educação ambiental. Um dos pontos de grande relevância é a apresentação do conceito de cadeia alimentar. A ênfase deve estar nas relações de dependência de consumidores em relação a produtores.

A ideia não é se aprofundar demais no conceito neste momento, pois ele será retomado progressivamente nos capítulos 2 e 3. O papel dos seres vivos decompositores nas cadeias alimentares é tratado no capítulo 3. Também no capítulo 3, o conceito de cadeia alimentar será ampliado para o de teia alimentar.

Nos três capítulos desta unidade, são apresentadas noções introdutórias sôbre os ambientes e algumas interações relevantes envolvendo fatores vivos e fatores não vivos. Os conceitos de cadeias e teias alimentares são apresentados, bem como a importância do papel da fotossíntese e dos organismos produtores na manutenção dessas relações alimentares.

Ao iniciar este capítulo, pergunte aos estudantes quais são os motivos pelos quais um ser vivo é muito dependente do ambiente.

A sugestão é instigar os estudantes a responder em voz alta. Atente às respostas e registre-as, na medida do possível, pois revelam saberes prévios.

Utilize esses saberes como ponto de partida para desenvolver os conteúdos. Ao final do capítulo, já será possível revisitar esta abertura e as respostas dadas, convidando os estudantes a reelaborar suas respostas anteriores.

Atente!

Quem adentra o 6º ano é ainda, em toda a sua essência, um estudante do 5º ano. A transição do 5º para o 6º ano é fonte de medo para uns e de ansiedade para outros. As primeiras aulas do ano devem ser extensivamente utilizadas para ambientar os estudantes.

É muito oportuno mostrar a estrutura do livro, salientar a importância da leitura atenta, do estudo regular. Incentive os estudantes a estudar sistematicamente em casa e a fazer do livro e do caderno de anotações seus companheiros no estudo de Ciências da Natureza.

Motivação

EM DESTAQUE

Como funciona o casulo?

“Você já deve ter ouvido falar que casulo é o abrigo da lagarta durante sua metamorfose – período em que o inseto passa por transformações tornando-se adulto. Mas você sabe como o casulo funciona?

Para entender, é preciso saber que as lagartas, assim como nós, passam por muitas mudanças ao longo da vida. A primeira fase de sua existência é o ovo. Em seguida, após o ovo eclodir, ela é a lagarta propriamente dita. Ao longo dêsse segundo momento – sem que a gente perceba –, o bicho troca de revestimento de quatro a cinco vezes, dependendo da espécie. Isso acontece porque o inseto se alimenta e cresce, e o revestimento anterior não comporta seu novo tamanho. Eis que, após comer bastante, a lagarta prepara sua última mudança de revestimento. reticências É nesse invólucro que a lagarta passará à terceira fase de sua vida, que os biólogos chamam de pupa.

Mas e o casulo? Vejamos: alguns insetos formam, além da pupa, uma segunda camada de proteção – que é exatamente o casulo, um reforço extra, digamos, para proteger a pupa enquanto ela se desenvolve. Pensar em casulo é pensar em uma capa protetora da pupa!

Tome nota de uma curiosidade: o casulo, normalmente, é formado por fios de seda produzidos por glândulas do próprio inseto e é confeccionado usando as próprias mandíbulas! Incrível, não?!

As lagartas que se transformam em borboletas comumente não formam casulo, apenas pupa. Já as lagartas que viram mariposas, mais rotineiramente, formam tanto a pupa quanto o casulo.

Um detalhe interessante é que esses revestimentos protetores podem assumir diferentes colorações e fórmas. Assim, a pupa consegue se camuflar na natureza, disfarçar-se em meio à vegetação, seja pendurada em árvores ou mesmo no chão.

Para deixarem a pupa e o casulo, a borboleta e a mariposa – que acabaram de passar reticências a adultos – lançam líquidos que amolecem a estrutura. Elas também expandem suas asas, forçando o rompimento da proteção.

A pupa e o casulo, portanto, funcionam como revestimentos protetores dos insetos durante a sua transformação. Algumas espécies ficam dentro deles por poucos dias, enquanto outras passam meses. Se encontrar algum, saiba que lá dentro há um ser vivo em transformação!”

Fonte: SOARES, Alexandre. Ciência Hoje das Crianças. Departamento de Entomologia, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, página 28, abril 2014. (Atualizado em: outubro 2014.)

Ícone. Olho aberto.

ATIVIDADE

Certifique-se de ter lido direito

Invólucro – aquilo que envolve, que reveste.

Glândula – estrutura existente em um ser vivo que produz substâncias a serem liberadas fóra do corpo (esse é o significado, neste contexto) ou que atuarão em outras partes do próprio organismo.

Procure no dicionário qualquer outra palavra cujo significado não conheça.

Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

A seção Motivação deste capítulo ajuda a desenvolver: a competência geral 2, pois estimula exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, e a competência específica 2, porque requer compreender estruturas explicativas das Ciências da Natureza.

Além disso, os três capítulos desta primeira unidade trazem conceitos fundamentais para o desenvolvimento das competências específicas de Ciências da Natureza e das habilidades desenvolvidas nas próximas unidades (e também nos anos subsequentes do Ensino Fundamental 2).

Em destaque

Capacitar o estudante a ler e interpretar textos relacionados à ciência é uma das metas do curso de Ciências da Natureza. Neste primeiro contato com os textos de abertura de capítulo (seção Em destaque), é importante que eles sejam lidos em voz alta e que cada uma de suas passagens seja comentada e explicada.

Preste atenção especial às palavras cujo significado os estudantes porventura não conheçam. Termos técnicos não precisam ser muito detalhados neste momento.

Após a leitura e a análise do primeiro parágrafo do texto, convide os estudantes a observar as seis fotografias A a F que ilustram a metamorfose de uma borboleta-monarca. O trecho “após o ovo eclodir, ela é a lagarta propriamente dita” refere-se à imagem A da sequência mencionada de fotos. Já a frase “a lagarta passará à terceira fase de sua vida, que os biólogos chamam de pupa” está ilustrada pela imagem B. As fotos C até F correspondem ao restante da metamorfose.

Aproveite as fotos G até I, sôbre o bicho-da-seda, para ilustrar o seguinte trecho do segundo parágrafo: “alguns insetos formam, além da pupa, uma segunda camada de proteção – que é exatamente o casulo, um reforço extra, digamos, para proteger a pupa enquanto ela se desen­volve. Pensar em casulo é pensar em uma capa protetora da pupa!”.

Aproveite a contraposição entre as duas sequências de fotos – da borboleta-monarca (A a F) e do bicho-da-seda (G a I) – para ilustrar o parágrafo: “As lagartas que se transformam em borboletas comumente não formam casulo, apenas pupa. Já as lagartas que viram mariposas, mais rotineiramente, formam tanto a pupa quanto o casulo.” O primeiro caso é ilustrado pela borboleta-monarca e o segundo, pela mariposa do bicho-da-seda.

Fotografia A. Uma lagarta preta e laranja listrada em cima de uma folha. Comprimento: 5 centímetros. Fotografia B. Um casulo verde pendurado em um galho de árvore. Comprimento: 3,7 centímetros. Fotografia C. Um casulo pendurado em um galho de árvore. Dentro do casulo é possível ver um pedaço de asa de borboleta, laranja e preta. Fotografia D. Uma borboleta com asa laranja e preta com pontinhos brancos saindo de um casulo que está pendurado em um galho. Fotografia E. Uma borboleta de asas laranja e preta com pontinhos brancos no exterior de um casulo vazio, pendurado em um galho. Fotografia F. Uma borboleta com asas abertas, laranja e preta com pontinhos brancos, fora do casulo vazio em direção ao galho. Envergadura: 10 centímetros.
Lagarta (larva) da borboleta-monarca (A). No estágio de pupa (B), o animal sofre metamorfose, ou seja, significativa alteração do aspecto do organismo. Durante esse estágio, a lagarta transforma-se em borboleta, que, no momento adequado, rompe o invólucro e inicia a parte de seu ciclo de vida em que é borboleta. As fotos (C) até (F) mostram a borboleta-monarca eclodindo do invólucro.
Fotografia G. Uma mariposa branca em cima de uma folha. Envergadura: 5 centímetros. Fotografia H. Um objeto com espaços quadriculados. No espaço de cima, uma lagarta de cor clara. No espaço de baixo, um casulo oval preso por teias. Comprimento da lagarta: 5 centímetros. Fotografia I. Destaque para palma da mão aberta de uma pessoa com um casulo oval branco aberto em duas partes. Em uma das partes há uma pupa marrom oval. Comprimento do casulo: 4,5 centímetros.
A mariposa do bicho-da-seda (G) põe ovos dos quais nascem lagartas (larvas). Após cêrca de um mês, a larva tece um casulo com fios (H) que ela produz, dentro do qual se transforma em pupa. Em i, um casulo foi aberto para visualização da pupa em seu interior.
Respostas e comentários

Interdisciplinaridade

A leitura e a interpretação dos textos de outras fontes, presentes nesta obra, serão enriquecidas com a atuação conjunta dos professores de Ciências da Natureza e Língua Portuguesa.

Isso pode propiciar aos estudantes compreender que a aquisição de informações de textos escritos requer leitura atenta, capacidade de concentração (foco) e cuidadosa interpretação.

Trata-se de conteúdo procedimental e, portanto, a prática continuada aprimora significativamente o desempenho do leitor.

Alguns questionamentos sôbre o texto Como funciona o casulo? que você pode formular em aula para trabalhar a compreensão leitora são:

1. O texto menciona quatro fases da vida de borboletas e mariposas. Quais são elas? Em que sequência elas ocorrem na vida do animal?

2. O tema central do texto é explicar a vantagem do casulo para as mariposas que apresentam tal característica. De que é feito o casulo? Que vantagem ele oferece ao animal?

3. O texto aborda pelo menos quatro características de mariposas e borboletas que evidenciam que são seres vivos. Que características abordadas no texto são essas?

Respostas possíveis são:

1. Ovo, lagarta, pupa e adulto. (A menção à palavra adulto é feita no primeiro parágrafo do texto.)

2. O casulo é feito de fios secretados (liberados) pela lagarta. Oferece proteção ao animal durante a metamorfose (transformação da pupa em adulto).

3. O texto aborda nascimento (quando a lagarta eclode do ovo), desenvolvimento, necessidade de energia (alimentação) e possibilidade de reprodução (postura de ovos).

Indicações de tamanho dos seres vivos

Ao longo do livro, aparecerão indicações de tamanho dos seres vivos (exemplos já estão em fotos dessa seção Motivação). Optou-se, em geral, pela média dos indivíduos da espécie. As medidas podem variar, conforme fatores diversos, como: se os seres estão na natureza ou em cativeiro, tempo de vida, entre outros. A expressão até foi usada nos casos em que foram indicados os valores máximos.

EM DESTAQUE

Nova espécie de mamífero é descoberta no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

serradômis goitáca ou ratinho-goitacá. Esses são os nomes científico e popular dados pelos pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ú éfe érre jota) a uma nova espécie de mamífero descoberta no Parque Nacional Restinga de Jurubatiba, unidade de conservação fluminense gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (i cê ême bio).

O nome se deve ao fato de a espécie estar restrita à região litorânea do norte fluminense, antigamente habitada pelos índios Goytacazes. Estudos morfológicos e genéticos conduzidos pelos pesquisadores William Correa Tavares, Leila Maria Pessôa e Pablo Rodrigues Gonçalves, da ú éfe érre jota, logo mostraram que as espécies mais aparentadas ao ratinho-goitacá estão no cerrado (por isso, ‘ = rato do Cerrado).

Com a descoberta dessa espécie, novos estudos estão sendo desenvolvidos para entender sua origem evolutiva, ecologia, comportamento e como as transformações regionais causadas pelo homem poderão afetar as populações do animal.

A descoberta contrariou as expectativas de que toda a fauna das restingas teria fortes conexões com a fauna da Mata Atlântica. Apesar das distinções de temperatura, salinidade e umidade entre restingas e florestas atlânticas, as pesquisas científicas realizadas até então mostravam que as espécies de mamíferos das restingas eram as mesmas encontradas nas florestas atlânticas adjacentes.

Mas tal hipótese, de que a restinga seria apenas um subconjunto da biota da Mata Atlântica, caiu por terra com a descoberta dessa nova espécie de roedor exclusiva das restingas de Jurubatiba. reticências

O ratinho-goitacá habita preferencialmente as moitas de clusia, a árvore mais comum na parte mais aberta da restinga, ao contrário de outros mamíferos de pequeno porte que preferem as matas mais úmidas.

Durante o dia ele permanece em seu ninho em meio às bromélias ou mesmo nos galhos da clusia. Já à noite ele sai para realizar suas atividades, dentre elas, um delicioso banquete com coquinhos do guriri ou juruba, famosa palmeirinha que deu nome ao Parque. O ratinho-goitacá é um dos principais consumidores e dispersores.

reticências

Fonte: NOVA espécie de mamífero é descoberta no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. São Paulo: Instituto Socioambiental (Ísa), Unidades de Conservação do Brasil, 2011. Disponível em: https://oeds.link/cI9mGF. Acesso em: 5 jul. 2022.

Fotografia. Um rato com pelugem marrom. Ele está com as pernas dianteiras unidas na frente do corpo, ao lado de folhas secas que estão no chão.
serradômis goitáca, espécie de mamífero descoberta no Rio de Janeiro; comprimento médio: 35 centímetros da cabeça à cauda, sendo 16 centímetros de corpo.
Ícone. Olho aberto.

ATIVIDADE

Certifique-se de ter lido direito

Gerida – gerenciada, administrada, dirigida.

Cerrado – ambiente natural que existe em várias regiões do país, especialmente na porção central; tem vegetação característica, com árvores baixas e de galhos retorcidos.

Fauna – conjunto das espécies de animais que habitam certa região.

Restinga – ambiente próximo ao mar, cujo solo é formado por areia, no qual existe vegetação baixa.

Hipótese – suposição, algo que se imagina ser verdadeiro, mas que pode futuramente se mostrar incorreto.

Biota – conjunto de todos os organismos que vivem em uma região.

Procure no dicionário qualquer outra palavra cujo significado não conheça.

Respostas e comentários

sôbre os nomes científicos das espécies

Embora apareçam nomes científicos neste livro, a ideia não é abordar a nomenclatura neste ano.

O tema será tratado especificamente em outro volume.

Deixe os estudante apenas se acostumarem com a ideia de que, além do nome popular, os seres vivos têm um nome científico.

Em destaque

Leia o texto Nova espécie de mamífero é descoberta no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba em voz alta, fazendo pausas periódicas para explicar e comentar cada trecho.

A seguir, para trabalhar a compreensão leitora, proponha as seguintes perguntas:

1. Qual é a região habitada pelo ser vivo mencionado no texto?

2. Segundo o texto, qual é o motivo pelo qual o animal em questão recebeu um nome que se refere aos índios Goytacazes?

3. Explique o significado do quinto parágrafo do texto, que afirma que “tal hipótese reticências caiu por terra com a descoberta dessa nova espécie de roedor”.

Respostas possíveis são:

1. A espécie habita a região litorânea do Rio de Janeiro. Especificamente, habita as áreas de restinga.

2. Porque os índios Goytacazes, segundo o texto, habitavam as mesmas áreas litorâneas do Rio de Janeiro em que vive o ratinho-goitacá.

3. Pensava-se que as restingas e as matas próximas a elas eram habitadas por mamíferos do mesmo tipo. Essa era a hipótese, a suposição, a ideia em vigor até então.

A descoberta de que o ratinho­‑goitacá vive na restinga, mas não na mata próxima a ela, mostrou que a hipótese estava errada.

A expressão “cair por terra” significa desmoronar, cair, deixar de vigorar.

Os textos que você acabou de ler referem-se a seres vivos.

O que nos faz considerar a borboleta-monarca, o bicho-da-seda e o ratinho-goitacá seres vivos?

O que todos os seres vivos têm em comum? Por que uma pedra não é um ser vivo, mas um pássaro, uma serpente e uma árvore são? Quais são as características que algo deve ter para ser considerado ser vivo?

Por que um computador, um automóvel, um tablet ou um celular de última geração, mesmo que sejam altamente sofisticados, não são considerados vivos?

Desenvolvimento do tema

1. Os seres vivos nascem, se desenvolvem e morrem

Em ambientes naturais, os passarinhos geralmente fazem seus ninhos nas árvores ou em arbustos e se alimentam de insetos, frutas ou sementes, que procuram no ambiente todos os dias.

Após o acasalamento, a “união de um macho e de uma fêmea”, a passarinha coloca ovos em seu ninho e os mantém quentes com o calor de seu corpo, até o nascimento dos filhotes.

Após o nascimento, nos primeiros dias de vida, enquanto ainda são muito pequenos, os filhotes de passarinho não têm penas, não conseguem voar e recebem muita atenção de seus pais.

Fotografia. Um ninho com quatro ovos. Os ovos são brancos com pequenas manchas marrons.
Ovos de mariquita-amarela no ninho. comprimento do ovo: 2 centímetros
Fotografia. Um pássaro amarelo segurando uma larva com o bico e empoleirado em um ninho que está no galho de uma árvore. Dentro do ninho há vários filhotes de pássaro com os bicos abertos para cima.
Filhotes de mariquita-amarela recebendo alimento da mãe. comprimento: 14 centímetros (adulto)
Respostas e comentários

Conteúdos procedimentais sugeridos

  • Observar ambientes próximos: terrenos, praças, quintais, bosques etcétera sob a orientação do professor.
  • Organizar e registrar as informações (por meio de desenhos, quadros, tabelas, esquemas, listas e textos).
  • Reconhecer cadeias alimentares existentes no local em que o estudante vive.
  • Organizar e registrar as informações.

Desenvolver os dois primeiros itens é o que se pretende com a Sugestão de atividade proposta anteriormente.

Os outros dois podem ser trabalhados na atividade Para fazer no seu caderno, que está no item 11 do capítulo, no livro do estudante.

Discuta em sala os exemplos registrados pelos estudantes nessa atividade.

Além de desenvolver os procedimentos propriamente ditos, a atividade ajuda no desenvolvimento dos conteúdos atitudinais do capítulo: o respeito aos seres vivos em sua diversidade, a valorização da vida, o interesse por conhecer melhor a natureza, a valorização da observação como importante fonte para obter informações e o respeito ao pensamento e às opiniões de outros.

Itens 1 a 3

Nesses primeiros itens do capítulo, apresente as características comuns aos seres vivos mencionadas no livro do estudante, retomando saberes já adquiridos nos anos iniciais do Ensino Fundamental e aproveitando também as vivências pregressas dos estudantes acerca de seres vivos, por exemplo, sôbre plantas e animais domésticos.

Enquanto os filhotes não conseguem voar, os pais trazem comida para eles. Quando crescem e adquirem a capacidade de voar, podem se alimentar sozinhos. A cada dia vão se desenvolvendo e crescendo até atingir a idade adulta. A partir daí, podem se acasalar e ter filhotes. Algum dia, inevitavelmente, esses pássaros morrerão.

Os ovos, os filhotes ou até mesmo os pássaros adultos servem de alimento para alguns outros seres vivos, como as serpentes. Estas, por sua vez, são alimento para algumas variedades de coruja.

Um pé de maçã pode nascer de uma semente caída ao chão. Ele nasce, cresce e produz flores e frutos (nesses frutos existem sementes que podem originar novos pés de maçã). E, um dia, esse pé de maçã vai morrer.

Todos os seres vivos têm estas características: nascer, se desenvolver e morrer.

2. Os seres vivos precisam de energia

Todos os animais precisam se alimentar. A alimentação fornece a energia necessária para a sobrevivência e o desenvolvimento dos animais.

As plantas também precisam de energia, porém não se alimentam da mesma fórma que os animais. A energia de que as plantas necessitam vem do alimento que elas mesmas produzem utilizando, entre outras coisas, a luz do Sol.

Você já ouviu falar que nenhuma planta consegue viver em escuridão total? É verdade. Sem a energia da luz, as plantas morrem. No capítulo 2 deste livro, você vai aprender algo sôbre a vida das plantas e como elas utilizam a energia da luz num processo chamado fotossíntese.

Não se esqueça, porém, de que todo ser vivo precisa de energia para sobreviver.

Fotografia. Uma área com vegetação baixa e uma árvore alta no canto direito, com galhos bem ramificados que apontam para a esquerda. Por trás da copa da árvore, o Sol.
As plantas usam a energia solar para produzir substâncias que utilizam como alimento.
Fotografia. Quatro pessoas negras na frente de uma mesa com vidros de azeite e uma cumbuca com saladas. Todos estão sorrindo. Atrás, homem alto de cabelo raspado veste camiseta branca e camisa cinza por cima, está com os braços ao redor da mulher e da menina mais velha. A mulher tem o cabelo castanho cacheado na altura dos ombros e veste camiseta branca com casaco cinza. Ela segura um garfo na salada. A menina mais velha tem o cabelo com tranças e veste uma camiseta listrada cinza e branca. Na frente, menina mais nova, com o cabelo preso em maria-chiquinha e camiseta branca. Ao lado fotografia. Um tucano, ave com penas pretas e o bico grande em tons de amarelo e laranja. Ele está apoiado no tronco de uma árvore e come uma fruta. Comprimento do bico à cauda: 56 centímetros.
Os seres vivos precisam de energia. No caso dos animais — como um ser humano ou um tucanuçu —, ela vem dos alimentos.
Respostas e comentários

Conteúdos atitudinais sugeridos

  • Respeitar os seres vivos em sua diversidade.
  • Valorizar a vida.
  • Interessar-se por conhecer melhor a natureza.
  • Valorizar a observação como importante fonte para obter informações.
  • Respeitar o pensamento e as opiniões de outros.

Espera-se que essas atitudes sejam gradualmente adquiridas ao longo do curso. Justamente por serem fundamentais, são sugeridas como conteúdos a serem trabalhados desde o primeiro contato com o estudo de Ciências da Natureza no 6º ano.

O respeito ao pensamento e às opiniões de outros, que em princípio já deve ter sido trabalhado em anos anteriores, prossegue como conteúdo atitudinal no 6º ano. Ao discutir os resultados da atividade de observar ambiente ou ambientes, esteja atento a essa atitude por parte dos estudantes, explicitando a necessidade dêsse respeito na relação social, dentro e fóra do ambiente escolar.

O interesse do estudante por conhecer melhor a natureza deve ser lento e gradual, em decorrência da familiaridade com os conceitos científicos e da percepção de como eles estão presentes no seu cotidiano.

A valorização da observação como importante fonte para obter informações também, espera-se, deve ser atingida ao longo do 6º ao 9º ano, principalmente por meio da seção Motivação, que inicia novos blocos de conteúdo.

O respeito ao pensamento e às opiniões de outros é uma atitude desenvolvida em atividades grupais. Se julgar conveniente, proponha que algumas das atividades do final do capítulo, ou todas elas, sejam discutidas em grupo.

3. Os seres vivos podem se reproduzir

Como nós vimos há pouco, os passarinhos nascem, crescem e, quando se tornam adultos, podem se acasalar e ter filhotes.

Novos pés de maçã podem nascer de sementes existentes nos frutos de uma macieira.

Isso mostra outra característica importante dos seres vivos: a capacidade de se reproduzir, ou seja, a capacidade de ter descendentes, filhos.

Fotografia. Um vaso marrom com uma muda de árvore presa em uma haste de madeira.
Tomateiro jovem. altura: 50 centímetros
Fotografia. Um tomate inteiro ao lado de um tomate cortado na metade. De dentro do tomate cortado, chamada para: semente. Fotografia. Um galho com seis tomates.
Os seres vivos têm a capacidade de se reproduzir. O tomateiro é uma planta que dá frutos dentro dos quais há sementes. Quando a semente do tomate germina no solo, um novo tomateiro se desenvolve. Ele é descendente daquele que produziu a semente.

4. Os seres vivos dependem do ambiente

Os passarinhos são, de modo geral, bastante ativos durante o dia, mas, à noite, ficam quietos nos seus ninhos, onde dormem e se protegem dos animais que poderiam devorá-los. Isso mostra que o comportamento dos passarinhos tem a ver com a luminosidade do ambiente.

Em um local com solo não fértil e sem água, onde não crescem plantas, um passarinho tem poucas condições de sobreviver.

Assim como nós, os pássaros necessitam de ar, não sendo capazes de sobreviver sem ele.

Se levarmos, por exemplo, um pássaro amazônico para as re­giões geladas do Polo Sul e o soltarmos no meio da neve, ele certamente morrerá. Afinal, não está acostumado a viver em um local tão frio. Ele não está adaptado a essas condições. Em outras palavras, um passarinho amazônico está adaptado à vida nas condições encontradas no ambiente da Região Amazônica.

Disso tudo concluímos que um passarinho depende de fatores não vivos do ambiente, tais como a luz, o ar, a água, o solo e a temperatura.

Uma serpente, uma árvore e uma samambaia, assim como qualquer outro organismo vivo, também dependem de fatores não vivos do seu ambiente: a luz, o ar, a água, o solo e a temperatura.

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Você faz parte de uma missão que vai pesquisar a existência de vida em Marte.

As fórmas de vida extraterrestres, se existirem, não devem ser necessariamente iguais às presentes na Terra, nem às que aparecem em filmes de ficção científica.

Então, o que você deverá procurar? Em que locais do planeta (atmosfera, solo, subsolo)? Que características uma fórma de vida deverá ter?

Respostas e comentários

Auxilie os estudantes na compreensão leitora

Saliente que os títulos dos itens e dos subitens expressam ideias importantes do texto de um livro no qual se estuda. Neste capítulo, por exemplo, algumas das ideias-chave aparecem resumidas nos títulos.

Palavras e expressões que são destacadas com letras em negrito ou em itálico também são relevantes, pois salientam ideias importantes na compreensão de um texto.

Item 4

Ao discutir esse item em sala, explique que os seres vivos apresentam características adaptativas que favorecem a vida no ambiente em que são encontrados naturalmente. Assim, por exemplo, um pássaro amazônico está adaptado à vida em um local com temperaturas relativamente quentes. Esse mesmo ser não está adaptado à vida em um local frio como as regiões frias da Antártida.

Nesse contexto, o item 4 faz parte de uma discussão que conduzirá ao item 7, o qual explicitará que “os seres vivos estão adaptados ao ambiente no qual são naturalmente encontrados”.

As características adaptativas são decorrência do processo evolutivo, e isso será trabalhado oportunamente, em outros volumes.

Características adaptativas dos seres vivos serão abordadas no 7º ano, e o processo de evolução por meio da seleção natural será contemplado no 9º ano.

Para discussão em grupo

O tema proposto favorece a fixação das principais ideias do capítulo, pois, para que um ser seja considerado vivente (dentro da nossa concepção de vida), é necessário que ele apresente as características discutidas no capítulo (nascer, se desenvolver, interagir com outros seres vivos e com o ambiente, ter a capacidade de reprodução e morrer). No entanto, detectar essas características em um ser nem sempre é simples. Há, no planeta Terra, fórmas microscópicas de vida encontradas vários metros abaixo do solo. Há, também, muitos seres cujo ciclo de vida é tão lento que só uma observação demorada e muito bem-feita permite concluir que são viventes. Na discussão, esteja atento para que todos tenham oportunidade de se manifestar, em especial os estudantes que parecem ser mais tímidos.

De ôlho na Bê êne cê cê!

A proposta do Para discussão em grupo possibilita desenvolver: a competência geral 2, porque estimula a curiosidade intelectual e a recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para elaborar hipóteses; a competência geral 7, pois requer argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias; e a competência específica 3, uma vez que convida a analisar, compreender e explicar características e processos relativos ao mundo natural, como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

5. Os seres vivos interagem uns com os outros

Um passarinho geralmente faz seu ninho em árvores ou arbustos, alimenta-se de insetos, frutos ou sementes, pode se acasalar e ter filhotes. Também pode ser o alimento de serpentes e alguns outros animais.

É fácil perceber que um passarinho interage com outros seres vivos, como as árvores, as serpentes, outras aves etcétera

As árvores, apesar de não se locomoverem como fazem os animais, também interagem com outros seres vivos: os pássaros, as serpentes, as outras plantas.

Você acaba de perceber, portanto, outra característica importante: os seres vivos interagem com outros seres vivos.

Fotografia. Animal de cor marrom, orelhas pequenas e focinho alongado, na margem de um rio bebendo água.
Anta bebendo água: interação do ser vivo com um fator não vivo do ambiente. comprimento: 2 métros
Fotografia. Um pássaro pequeno azul batendo as asas parado no ar, com o bico em uma flor rosa.
O beija-flor e a planta da qual ele se alimenta interagem. comprimento do beija-flor: 15 centímetros
Fotografia. Ave grande com penas pretas, brancas e marrons. Ela voa sobre uma área gramada levando uma cobra no bico.
Quando um ser vivo se alimenta de outro, há interação entre eles, como no caso do carcará carregando seu alimento, uma cobra. comprimento do carcará: 50 centímetros
Ícone. Símbolo de Internet.

Use a internet

Segundo a organização não governamental Conservação Internacional, a Mata Atlântica é uma das dez florestas mais ameaçadas do planeta. Dê uma busca de imagens por “animais da mata atlântica” e por “plantas da mata atlântica” e observe a enorme diversidade de fórmas de vida que habitavam essa floresta.

6. Semelhanças entre os ambientes

Nosso país é bastante extenso e apresenta diversos ambientes naturais diferentes. A Mata Atlântica, a Floresta Amazônica, o Cerrado, o Pantanal e a Caatinga são apenas alguns exemplos. Um bosque e um brejo também são exemplos de ambientes naturais. O que todos eles têm em comum?

Todos os ambientes apresentam seres vivos que se relacionam entre si e que dependem dos fatores não vivos, como luz, ar, água, solo e rochas, existentes nesses ambientes.

7. Diferenças entre os ambientes

De um ambiente para outro podem mudar o tipo de solo, a quantidade de água que vem da chuva, a temperatura, a luminosidade, a presença ou a ausência de rios e muitos outros aspectos.

Os seres vivos estão adaptados ao ambiente no qual são naturalmente encontrados.

Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

A atividade proposta no Use a internet propicia o desenvolvimento da competência geral 5 e da competência específica 6, pelo estímulo a compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação para conhecer melhor aspectos relacionados ao estudo das Ciências da Natureza.

Item 5

No segundo parágrafo do item 5 é dito que “um passarinho interage com outros seres vivos”.

Certifique-se de que os estudantes tenham entendido o significado de interagir (agir mutuamente, exercer ação mútua, influência mútua).

Assim, quando dois seres vivos interagem, um deles afeta ou influencia a condição ou o desenvolvimento do outro e vice-versa.

Itens 6 e 7

A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga e o Pantanal, mencionados no texto como exemplos de ambientes, são alguns dos biomas existentes no Brasil. Cada bioma tem flora e fauna característicos. Um trabalho específico com os biomas brasileiros será realizado no 7º ano.

O portal í bê gê É Educa disponibiliza conteúdos sôbre o tema, apresentando as características dos biomas brasileiros, e sôbre a diversidade de seres vivos. A quantidade de espécies endêmicas em cada bioma é apresentada em gráficos.

O enderêço eletrônico do portal é: https://oeds.link/9rmTBT. Acesso em: 17 abr. 2022. Se esse enderêço tiver mudado, dê uma busca por í bê gê É Educa.

No portal, escolha a aba Jovens e, no menu, explore as opções agrupadas com o título Território, entre elas, Biomas brasileiros, Flora brasileira e Fauna brasileira.

Use a internet

A seu critério, amplie a atividade proposta no Use a internet, pedindo que cada estudante escolha um ser vivo (que mais lhe chamar a atenção) e traga para a sala de aula informações sôbre ele. Tais informações devem indicar a natureza viva do ser. Convide cada estudante a expor em público as características listadas e relacione-as com os conteúdos do capítulo, reforçando-os.

Um urso-polar, com uma grossa camada de gordura debaixo da pele, está adaptado à vida em locais muito frios. Ele teria muita dificuldade para sobreviver em um local de clima quente, como a Amazônia. Uma palmeira existente no Nordeste do nosso país não se daria bem se fosse plantada em um local frio. Uma araucária, árvore característica de regiões frias do sul do país, não se desenvolveria adequadamente se plantada no Nordeste.

Os ambientes diferem entre si nas particularidades dos fatores não vivos e nos tipos de seres vivos.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

ser vivo

• ambiente

Ícone. Símbolo de Internet.

Use a internet

O Ministério do Meio Ambiente oferece uma página para você conhecer alguns dos ambientes naturais brasileiros: https://oeds.link/tCGVtG. Acesso em: 5 jul. 2022.

Ícone. Grupo com três pessoas.

ATIVIDADE

Trabalho em equipe

A critério do professor, pode-se fazer um estudo do meio em um ambiente próximo. O professor orientará as equipes sôbre como proceder. Para uma atividade segura e proveitosa, siga as recomendações!

Os ambientes não são todos iguais

Fotografia. Imagem aérea de uma floresta bem densa, com árvores de copa espessa, e uma nuvem baixa próximo a elas. Floresta Amazônica. (Terra Indígena Kampa, Marechal Thaumaturgo, AC, 2021.) Fotografia. Árvores baixas no meio de uma área coberta por água. Pantanal. (Pantanal da Nhecolândia, Aquidauana, MS, 2021.) Fotografia. Queda-d’água no meio de uma floresta com diversos tipos de vegetação. Mata Atlântica. (Cachoeira de Matilde, Alfredo Chaves, ES, 2019.) Fotografia. Uma área com vegetação seca e rasteira, algumas árvores baixas espaçadas. Cerrado. (Chapadão do Sul, MS, 2020.)
Exemplos de ambientes. Cada um tem suas características particulares quanto aos tipos de seres vivos, à luminosidade, à quantidade de chuva, à presença de rios e lagos, à temperatura ao longo do ano etcétera
Respostas e comentários

Amplie o vocabulário!

Veja, na primeira parte deste Manual do professor, comentário sôbre a finalidade pedagógica da seção Amplie o vocabulário! e sôbre como desenvolvê-la.

Além dos termos apresentados ao longo do livro, é conveniente que você acrescente ao vocabulário qualquer outro que julgar oportuno.

Seguem-se redações possíveis, considerando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • ser vivo Ser que apresenta as características: nascer, se desenvolver, interagir com outros seres vivos e com o ambiente, ter a capacidade de reprodução e morrer.
  • ambiente O conjunto de condições existentes na região em que um ou mais organismos vivem. Inclui fatores não vivos (tais como temperatura, quantidade de luz e umidade) e vivos (outros seres da mesma espécie ou de espécies diferentes).

Foto da Mata Atlântica

Comente com os estudantes que a Mata Atlântica está restrita a cêrca de 8% da cobertura original. Dessa parte restante, aproximadamente 80% estão em áreas privadas. O bioma abriga cêrca de 65% das espécies ameaçadas de extinção no Brasil.

Use a internet

Pode-se dividir os estudantes em grupos e solicitar que selecionem as informações principais disponibilizadas no portal sôbre um bioma. Peça aos estudantes que apresentem aos outros grupos suas descobertas e realize uma roda de debate para que eles possam comparar as características dos ambientes.

Atividades

Ao final do item 7, proponha os exercícios 1 a 5 do Use o que aprendeu e as atividades 1 a 5 do Explore diferentes linguagens.

Estudo do meio

O que é proposto em Trabalho em equipe refere-se a visitar um ambiente próximo: um terreno, uma praça, um quintal, um bosque etcétera Os estudantes vão observar o local sob sua orientação, a fim de constatar a presença de fatores vivos e não vivos. Estruture a atividade conforme as recomendações gerais do texto “Visitas guiadas”, da primeira parte deste Manual do professor. Em uma primeira etapa, prepare as equipes, discutindo previamente o que se pretende, direcionando as observações. Isso é fundamental para que a atividade seja proveitosa. Note que direcionar é diferente de cercear! A curiosidade e a capacidade de observação devem ser estimuladas, sempre com foco na atividade em realização.

Durante a segunda etapa, a visita ao ambiente propriamente dita, esteja atento a questões de segurança. Você e os demais agentes educacionais que acompanharem a turma devem estar próximos dos estudantes todo o tempo, a fim de evitar quaisquer situações de risco.

A organização e o registro das informações – em desenhos, quadros, tabelas, esquemas, listas e textos – consistem na terceira parte dessa atividade, que também deve ser feita após uma detalhada orientação sua. Novamente, isso faz parte do planejamento pedagógico da atividade (veja os aspectos gerais no texto “Visitas guiadas”, da primeira parte deste Manual do professor).

Lembre-se de que o estudante do 6º ano se expressa muito melhor oralmente e/ou por desenhos do que por escrito. Não se pode esperar, portanto, que os registros escritos sejam perfeitos. Certamente estarão muito longe disso.

Naturalmente, o que se deseja é que, ao longo do 6º ao 9º ano, tais registros de observação apresentem gradual aprimoramento.

8. O que é cadeia alimentar?

A capivara é um animal roedor. Ela é parente de ratos, preás, esquilos, cutias e pacas, que também são roedores. É o maior roe­dor do mundo e pode pesar até 50 quilogramas. Os seus dentes dianteiros, grandes e fortes, permitem que ela córte seu alimento. Com os outros dentes, mais internos, ela o mastiga.

Em seu ambiente natural, a capivara geralmente passa a vida nas proximidades de rios e lagos, comendo raízes e capim. Próximo a locais habitados, é comum elas invadirem e devorarem plantações de milho, arroz e melancia.

Fotografia. Dois animais de pelagem marrom, orelhas pequenas e focinho alongando sentados na grama. Um deles está com a boca aberta, mostrando dois pares de dentes pontiagudos. Comprimento: 1 metro. No parte inferior da fotografia, uma barra de escala indica: 1 metro.
As capivaras cortam os alimentos com os dentes dianteiros. (Pantanal.)
Fotografia. Animal de pelagem branca com manchas pretas e amarelas, sentada na frente de uma vegetação densa e baixa. Comprimento da cabeça à cauda: 1,7 metro. No canto superior esquerdo da fotografia, uma barra de escala indica: 1 metro.
Onças-pintadas podem se alimentar de capivaras. (Poconé, Mato Grosso.)

Mas nem tudo é tranquilidade na vida das capivaras. Em seu ambiente natural, elas servem de alimento para alguns animais, como os jacarés e as onças.

O capim serve de alimento para as capivaras, e estas, por sua vez, podem ser devoradas pelas onças. Podemos dizer que capim, capivara e onça compõem uma cadeia alimentar, que pode ser representada da seguinte maneira:

capimsétacapivarasétaonça

Nesse esquema, cada uma das setas ( ) deve ser interpretada como “serve de alimento para”. Assim, esse esquema de cadeia alimentar deve ser interpretado como:

capim serve de alimento para capivara

e

capivara serve de alimento para onça

Fotografia. Um animal de pelagem marrom-acinzentada, longas patas dianteiras com garras na extremidade, pendurada pelas mãos e pelos pés em um tronco. Ao fundo, a copa de uma árvore. Comprimento: 50 centímetros.
A preguiça consome folhas e pode servir de alimento para uma onça­‑pintada. Então, temos: folhas séta preguiça séta onça-pintada. Esse é mais um exemplo de cadeia alimentar. (Itabuna, Bahia.)
Fotografia. Uma ave de penas marrons, que vão clareando na direção do pescoço, cabeça com penas pretas, região laranja próximo ao pequeno bico. Está empoleirada no galho de uma árvore. Comprimento: 56 centímetros.
O carcará (ou caracará) se alimenta, por exemplo, de ratos, sapos e minhocas. Assim, ele participa de várias cadeias alimentares diferentes. (Alpinópolis, Minas Gerais.)
Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A palavra “cadeia” vem do latim catena e diz respeito a encadear, concatenar, sequenciar. Cadeia alimentar nada mais é, portanto, que uma sequência alimentar de seres vivos.

Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

Este capítulo, especialmente a partir do item 8, contribui para o desenvolvimento da competência geral 7, ao promover a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado do planeta.

Item 8

Conforme já comentado, o conceito de cadeia alimentar será retomado progressivamente nos capítulos 2 e 3. E, também no capítulo 3, o conceito de cadeia alimentar será empregado para introduzir o conceito de teia alimentar.

Sugestão de atividade

Um dos vídeos da série de documentários Vida (bê bê cê, 2009, aproximadamente 50 minutos cada episódio, disponível em dêvedê), intitulado Caçadores e caçados, pode ser útil nesta altura do curso.

Após assistir ao vídeo, pode-se promover um debate para levantar quais das características dos seres vivos são evidenciadas no vídeo e quais cadeias alimentares poderiam ser esquematizadas a partir das relações alimentares mostradas. Em vez de passar o vídeo na íntegra, o professor, a seu critério, pode tirar o som e as legendas e exibir os trechos do vídeo que considerar de maior interesse, comentando-os. A seguir, pode promover o debate sugerido anteriormente.

Ao trabalhar com documentários dêsse tipo, é importante que o professor esteja atento e evite quaisquer abordagens que antropomorfizem os animais (isto é, que deem características humanas a eles).

Procure enfocar e destacar as características adaptativas que cada fórma de vida tem para interagir com o ambiente, incluindo a interação com outros seres vivos e o fato de que muitos comportamentos animais são instintivos.

9. Produtores e consumidores

Conforme você aprendeu no item 2 deste capítulo, todos os seres vivos precisam de energia. As plantas produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese (que será estudada no próximo capítulo). Quando encontram condições apropriadas de temperatura, água, solo e luz, as plantas se desenvolvem e se reproduzem. Seus descendentes nascem e também crescem e se reproduzem.

Essas plantas, como é o caso do capim, servem de alimento para animais, como a capivara. Quanto mais plantas, mais alimento disponível têm as capivaras. Na cadeia alimentar citada no item anterior, dizemos que o capim é um ser vivo produtor, ou seja, produz o próprio alimento. O crescimento e a reprodução das plantas correspondem à produção de alimento para muitos animais, como as capivaras.

Os animais, ao contrário das plantas, não produzem o próprio alimento. Animais precisam se alimentar. A capivara se alimenta de capim e de outras plantas. Dizemos que a capivara é um ser vivo consumidor, pois ela consome plantas para se manter viva.

A onça também é um ser vivo consumidor, pois consome capivaras e outros animais para viver.

Assim, nessa cadeia alimentar, temos:

Fluxograma. Capim (produtor). Seta para: capivara (consumidor). Seta para: onça (consumidor).
Fotografia. Uma arara com penas vermelhas, detalhes nas asas em azul, região branca próxima aos olhos, bico branco envergado. Ela segura uma castanha com as garras.
As cadeias alimentares sempre começam com um produtor. Na foto, araracanga (consumidor) comendo castanha-do-pará, que é a semente da castanheira (produtor). (Manaus, Amazonas.) comprimento: 90 centímetros
Titulo do Infografico

Texto do Infografico

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    Ícone. Letras A e Z.

    ATIVIDADE

    Amplie o vocabulário!

    Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

    cadeia alimentar ser vivo produtor ser vivo consumidor

    Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: meio ambiente.

    10. Seres vivos dependem uns dos outros

    Onças não comem capim. Então, você acha que as onças dependem dele?

    Vamos imaginar que uma seca acabe com quase todo o capim de uma região. O que você acha que acontecerá com as capivaras? E com as onças?

    Se a seca destruir quase todo o capim, muitas capivaras poderão morrer de fome. Havendo menos dêsses animais, as onças também passarão fome, e muitas poderão morrer. Como você pode perceber, mesmo não se alimentando de capim, as onças dependem dele, pois, se ele desaparecer, elas sofrerão com a falta de alimento.

    Você acha que as capivaras dependem das onças?

    Se você acha que não, pense por um momento no seguinte: vamos imaginar que uma doença acometa todas as onças de um lugar ou que as onças sejam mortas por caçadores. Se não existirem mais onças, muitas capivaras deixarão de ser mortas, e, certamente, a quantidade delas vai aumentar.

    Quanto mais capivaras houver, mais capim será consumido. Já imaginou? O capim pode acabar e, assim, muitas capivaras vão morrer de fome.

    Nesse caso, a existência de onças é importante porque o número de capivaras é mantido sob contrôle e, com esse contrôle, não faltará alimento para as capivaras sobreviventes.

    Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

    Transcrição do áudio

    [LOCUTORA] Como a extinção de animais frugívoros pode afetar o meio ambiente?

    [Locutora] Na natureza, os seres vivos interagem com outros seres vivos e com fatores não vivos. Qualquer situação que afete um ser vivo ou um fator não vivo poderá afetar as relações que existem no ambiente. Por exemplo: a extinção de animais que comem frutos, conhecidos como frugívoros, diminuirá ou até cessará a dispersão de sementes das plantas das quais eles se alimentam, influenciando o ambiente em escala local, regional ou global.

    [Locutora] Para falar mais sobre algumas relações desse possível caso, vamos ouvir o biólogo e livre-docente em Ecologia Mauro Galetti.

    [Mauro Galetti] Bom, meu nome é Mauro Galetti, eu sou biólogo da Universidade Estadual Paulista em Rio Claro, São Paulo, e eu estudo os animais que fazem a floresta.

    [Mauro Galetti] Quando a gente vai em [sic] uma floresta, a gente sempre tenta entender, vê um monte de árvores, né? Mas quem é que plantou aquela floresta? É a onça, é o macaco, é o tucano? Então, tem um grupo de animais que comem os frutos e defecam ou regurgitam as sementes, e essas sementes nascem, crescem e dão origem às grandes árvores. Esses animais são chamados de frugívoros, diferente[mente] dos carnívoros, que são os predadores: uma onça, uma jaguatirica, um leão, por exemplo, na África. Então, os frugívoros são os animais responsáveis por plantar a floresta.

    [Mauro Galetti] No Brasil, a gente tem vários tipos de frugívoros. Tem tucano, a gente tem jacutinga, nós temos os macacos, são frugívoros. Na Amazônia, vários peixes comem frutos e dispersam as sementes. No Cerrado, é a anta, os queixadas e os catetos. Então, dependendo do bioma em que a gente está, tem um frugívoro diferente. Na Amazônia e na Mata Atlântica, os principais frugívoros são os primatas, né? Os micos, os mono-carvoeiros, o macaco-barrigudo, o macaco-prego.

    [Mauro Galetti] Por que eles são importantes? Só porque eles plantam a floresta? Bom, as florestas são importantes porque elas pegam o CO2 da atmosfera. Então, quando a gente anda de carro, nós estamos liberando CO2. Quando a gente queima uma floresta, a gente libera todo o carbono. Nós somos feitos de carbono, os animais são feitos de carbono, a floresta é feita de carbono, e o petróleo é feito de carbono. Porque o petróleo nada mais é do que animais ou plantas que foram fossilizados um dia. Então, quando a gente anda de carro, a gente queima gasolina e libera para a atmosfera esse carbono, que estava guardadinho no solo.

    [Mauro Galetti] Uma coisa importante é que vários dos animais frugívoros, que plantam a floresta, estão ameaçados pelo ser humano ou porque o ser humano caça eles [sic], ou porque o ser humano derruba a floresta. A importância dos frugívoros é muito grande, porque eles plantam a floresta, e a floresta pega o CO2 da atmosfera e, com isso, nos ajuda a combater as mudanças climáticas.

    [Mauro Galetti] Como a gente pode melhorar ou aumentar a densidade de animais que comem frutos nas nossas cidades, nas nossas florestas ou nos nossos sítios? Bom, é plantando árvores que atraem esses frugívoros, que alimentam esses animais. Vai desde uma jabuticabeira, uma pitangueira, um jatobá, várias espécies de plantas são importantes para manter esses animais no ambiente.

    Ícone. Pessoa lendo um livro.

    ATIVIDADE

    Tema para pesquisa

    Muitos povos indígenas têm em comum a concepção de que a natureza envolve diversas relações importantes entre todos os seres viventes e de que os humanos são parte integrante do mundo natural. É preciso estar em harmonia com o meio ambiente porque a paz, a felicidade e o bem-estar humanos dependem disso.

    Pesquise um exemplo de povo indígena e de seu pensamento sôbre a harmonia com o mundo natural. Relate suas descobertas no caderno.

    Respostas e comentários

    Item 9

    A atuação dos decompositores nas cadeias alimentares é abordada no capítulo 3. Nesse item 9, a sugestão é ater-se ao papel dos produtores e dos consumidores.

    Amplie o vocabulário!

    Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

    • cadeia alimentar Sequência de seres vivos em que cada um serve de alimento para o próximo.
    • ser vivo produtor Ser vivo que produz seu próprio alimento (por meio da fotossíntese), estando no início das cadeias alimentares. As plantas são exemplos de seres vivos produtores.
    • ser vivo consumidor Ser vivo que se alimenta de outro organismo. Os consumidores não podem estar no início das cadeias alimentares, pois não produzem o próprio alimento (não realizam fotossíntese).

    Tema para pesquisa

    Aqui temos uma primeira situação de inclusão de temas relacionados à etnociência, a fim de que os estudantes valorizem os saberes de diferentes povos sôbre a natureza e seus fenômenos.

    Promova uma roda de conversa para que cada estudante possa compartilhar as informações que mais chamaram sua atenção. Durante esse diálogo, insista sempre na atenção e no respeito ao outro.

    Esteja também atento para intervir caso perceba situações de bullying (veja o texto sôbre bullying na primeira parte deste Manual do professor), a fim de enfatizar o respeito ao outro e ao seu modo de ser, não permitindo qualquer fórma de violência verbal ou física. Insista na necessidade de valorizarmos a cultura de paz no ambiente escolar e na sociedade como um todo.

    tê cê tê Meio ambiente

    Os itens 10 e 11 oportunizam trabalhar o Tema Contemporâneo Trans­versal (tê cê tê) Educação Ambiental, que está inserido na macroárea de tê cê tês intitulada Meio Ambiente.

    Dentro dessa discussão, aproveite o Para fazer no seu caderno (do item 11) para instigar os estudantes a perceberem que o ser humano participa de cadeias alimentares, ainda que viva em cidades. As cidades são ambientes construídos pelo ser humano para favorecer algumas de suas atividades e para abrigá-lo. No entanto, não sendo ambientes naturais, não se autossustentam. As cidades dependem de materiais vindos de fóra, produzem resíduos que são levados para fóra dêsse ambiente (lixo enviado a aterros) e favorecem o desenvolvimento de pragas urbanas e enchentes.

    Em ambientes naturais, o número de animais é controlado por vários fatores, como a quantidade de comida disponível. Quando o ser humano invade esses ambientes e os altera com a construção de cidades, cria certos desequilíbrios nesses ambientes. É o que acontece, por exemplo, com as baratas. As cidades favorecem sua multiplicação porque aumentam a disponibilidade de alimento para elas sem, no entanto, ampliar na mesma proporção a quantidade de predadores.

    11. Há equilíbrio nas cadeias alimentares

    Na natureza existe um delicado equilíbrio nas cadeias alimentares. Qualquer problema que afete um dos seus membros poderá afetar os demais.

    É por isso que a interferência do ser humano nos ambien­tes naturais — florestas, campos, pantanal etcétera — pode provocar sérios problemas, inclusive a extinção, isto é, o desaparecimento de muitas espécies de seres vivos.

    Ícone. Caderno.

    ATIVIDADE

    Para fazer no seu caderno

    No local em que você vive, mesmo que seja uma cidade, existem muitas cadeias alimentares. Pense um pouco sôbre isso e, a seguir, represente algumas cadeias alimentares que existem em sua região.

    Organização de ideias

    MAPA CONCEITUAL

    Diagrama. Ambientes. Todos apresentam: fatores não vivos e seres vivos. Fatores não vivos, que são, por exemplo, água, temperatura, ar, solo, luz. Seres vivos compõem: cadeias alimentares, nas quais existe um equilíbrio envolvendo os participantes. Cadeias alimentares que começam com: seres vivos produtores, exemplo: capim. Que servem de alimento para: seres vivos consumidores, exemplo: capivara. Que servem de alimento para: seres vivos consumidores, exemplo onça. Seres vivos que apresentam as características: nascer, se desenvolver e morrer; precisar de energia; poder se reproduzir; depender do ambiente; interagir com outros seres vivos e com fatores não vivos.
    Respostas e comentários

    Para fazer no seu caderno

    Aproveite a atividade Para fazer no seu caderno (proposta no item 11 do livro do estudante) para abordar os conteúdos atitudinais sugeridos anteriormente para este capítulo.

    Os estudantes talvez tenham certa dificuldade de encontrar cadeias alimentares no local em que vivem, caso seja uma cidade. Alguns exemplos delas são:

    • folhas séta inseto séta pássaro
    • frutas séta pássaro séta gato
    • restos de pão (origem vegetal) séta rato séta gato
    • frutas séta inseto séta aranha séta lagartixa

    Atividades

    Ao final do item 11, já podem ser trabalhadas as atividades 6 a 14 do Use o que aprendeu e 6 a 17 do Explore diferentes linguagens.

    Organização de ideias: mapa conceitual

    Veja, na primeira parte do Manual do professor, considerações sôbre mapas conceituais, sua importância pedagógica e sua utilização.

    Saliente, inicialmente, que os conceitos que os estudantes aprenderam se relacionam de muitas maneiras e que o mapa conceitual apresentado ilustra apenas uma das possibilidades.

    A seguir, ajude os estudantes a interpretar este mapa conceitual. Se necessário, desmembre o mapa nas várias proposições nele contidas, ou seja, extraia dele as “frases” que contém. Por exemplo:

    • “Todos os ambientes apresentam seres vivos e fatores não vivos.”
    • “Fatores não vivos são, por exemplo, água, ar, luz, temperatura e solo.”

    De ôlho na Bê êne cê cê!

    O trabalho com mapas conceituais requer a utilização da linguagem científica para expressar e partilhar informações e ideias, produzindo sentidos sôbre a realidade física e biológica (competência geral 4). A concatenação de ideias aprendidas, estimulada por essa seção, contribui para compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza (competência específica 2).

    Ícone. Lâmpada.

    Atividades

    Use o que aprendeu

    1. Desde muito pequenas, as crianças são capazes de perceber a diferença entre um cachorro vivo e um cachorro de pelúcia. Escreva em seu caderno as razões pelas quais um deles é considerado ser vivo e o outro não é.
    2. Neste capítulo você viu que os seres vivos dependem do ambiente em que vivem. Um passarinho preso em uma gaiola pode viver muitos anos. Você acha que esse passarinho não depende do ambiente? Explique sua resposta.
    3. Imagine um gato doméstico, animal de estimação de uma família. Faça uma lista dos fatores do ambiente de que esse gato depende para sobreviver, se é que ele depende de algum.
    Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: meio ambiente.

    4. A garça-vaqueira é uma ave que se alimenta de insetos, pequenos roedores, sapos, aves e peixes. Quando vivem em campos de pasto para gado nos quais também existem cigarrinhas-das-pastagens, as garças-vaqueiras capturam muitos dêsses insetos, o que evita que eles destruam as plantações.

    Suponha que caçadores eliminem as garças-vaqueiras de uma região.

    Que efeito essa eliminação pode ter sôbre a quantidade de cigarrinhas-das-pastagens?

    Que risco para o gado esse acontecimento pode trazer?

    Fotografia. Um boi marrom e uma ave branca de pernas altas e bico comprido, ambos inclinados na direção da vegetação rasteira.
    Garça-vaqueira próxima de gado bovino. (Pantanal, Mato Grosso.) altura da ave: 40 centímetros envergadura: 90 centímetros

    5. O gavião-carrapateiro alimenta-se, entre outras coisas, de carrapatos que procura em animais como capivaras, bois e cavalos. Dessa maneira, presta um serviço a esses animais, já que os livra dos parasitas. Represente uma cadeia alimentar da qual participem, entre outros seres, o carrapato e o gavião-carrapateiro.

    Fotografia. Ave de penas pretas com pescoço e cabeça brancos, parado em cima do dorso de um cavalo branco, que está em pé em uma região de vegetação rasteira alagada.
    Gavião-carrapateiro (altura: 30 centímetros) sôbre cavalo (altura: 1,7 métro). (Tracuateua, Pará.)

    6. A solitária é um verme que atua como parasita no interior do corpo do ser humano e do porco. Analise o esquema a seguir e responda às perguntas.

    Fluxograma. Milho; seta para porco; seta para ser humano. Milho; seta para porco; seta para solitária. Milho; seta para ser humano; seta para solitária. Milho; seta para galinha, seta para ser humano.
    1. Quantas cadeias alimentares existem nesse esquema?
    2. Quais dos seres envolvidos são produtores? E consumidores?

    7. Uma criança de 6 anos de idade assistiu a um filme que mostrava um leão matando uma zebra para se alimentar dela. Depois de assistir ao filme, a criança disse:

    “O leão é malvado porque ele mata a zebra para comer. Se ele fosse bonzinho, comeria grama ou frutas.

    Considerando o que foi estudado neste capítulo, você concorda com essa opinião? Explique sua resposta.

    Respostas e comentários

    Respostas do Use o que aprendeu

    1. Esperam-se respostas que abordem algo como: Um ser vivo nasce, desenvolve-se, alimenta-se, tem a potencialidade de se reproduzir, depende do ambiente e interage com outros seres vivos. O brinquedo não apresenta esse conjunto de características.

    2. Esperam-se respostas que digam que, apesar de o passarinho ter seus movimentos limitados pela gaiola, recebe água, ar e alimentos que vêm do ambiente. Os resíduos que o passarinho elimina também são descartados no ambiente.

    Professor, aproveite para salientar que não se deve comprar (ou caçar) e manter em cativeiro animais silvestres.

    3. Nesta atividade a resposta vai depender de como se imagina ser a vida do gato (confinado ou solto, alimentado com ração ou livre para caçar na redondeza etcétera). Espera-se que os estudantes respondam que o gato depende de fatores como luz, temperatura, água e ar e que ele interage com outros seres vivos: os seus donos, outros gatos da redondeza, os passarinhos, os ratos e outros animais dos quais possa alimentar-se.

    4. A cadeia alimentar envolvida é: capim séta cigarrinha-das-pastagens séta garça-vaqueira.

    A eliminação das garças-vaqueiras pode provocar aumento da quantidade de cigarrinhas-das-pastagens, pois as garças alimentam-se dêsses insetos e, na ausência das aves, muitos insetos deixam de ser mortos. O aumento da quantidade de cigarrinhas-das-pastagens provocará maior consumo de capim, e isso pode trazer o risco de falta de alimento para o gado.

    5. Respostas possíveis:

    capim séta capivara séta carrapato séta gavião­‑carrapateiro

    capim séta boi séta carrapato séta gavião-carrapateiro

    capim séta cavalo séta carrapato séta gavião­‑carrapateiro

    6. a) Quatro.

    milho séta ser humano séta solitária

    milho séta porco séta ser humano séta solitária

    milho séta porco séta solitária

    milho séta galinha séta ser humano séta solitária

    b) O milho é produtor e os demais são consumidores.

    7. Espera-se que os estudantes percebam – e mostrem isso em sua resposta – que não há maldade no fato de um ser vivo se alimentar de outro. Se houvesse, ao se alimentar de grama ou de frutas, o leão também estaria sendo “malvado”. O leão está adaptado a comer carne e não passa a ser “malvado” por causa disso. O próprio ser humano mata, por exemplo, peixes, frangos e bois para seu próprio consumo.

    8. Analise o seguinte esquema referente a um certo ambiente natural e, com base nele, represente 5 cadeias alimentares.

    Fluxograma com ilustrações. No centro, uma planta. Dela saem duas setas, uma para um rato, outra para um gafanhoto. Do rato, setas para: coruja, gavião e serpente. Da coruja, seta para: gavião. Do gafanhoto, setas para: ave e sapo. Da ave, seta para: serpente. Do sapo, seta para: serpente. Da serpente, seta para: gavião.
    1. Considere os seguintes seres vivos:
      • joaninha
      • pulgão
      • pássaro
      • folha
      • gato

    Esquematize uma cadeia alimentar na qual todos eles estejam envolvidos.

    Fotografia. Um galho de planta com uma joaninha, inseto de forma arredondada, vermelha com pontos pretos, e outros insetos menores.
    Joaninha alimentando-se de pulgões. comprimento da joaninha: 5 milímetros
    Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: meio ambiente.

    10. A derrubada de uma mata interfere nas cadeias alimentares que ocorrem nesse local? Explique por quê.

    Fotografia. Troncos cortados de árvores no chão. No fundo, floresta.
    Desmatamento de trecho da Floresta Amazônica em Pacajá, Pará, 2021.

    11. Quando um animal se alimenta apenas de plantas, ele é chamado de herbívoro. Se ele se alimenta apenas de animais, é denominado carnívoro. Mas, se ele inclui na sua alimentação animais e plantas, então recebe o nome de onívoro.

    Usando essas informações, diga se os seguintes animais são herbívoros, carnívoros ou onívoros.

    1. Capivara.
    2. Onça.
    3. Ser humano.
    4. Porco.
    5. Cavalo.
    6. Leão.
    7. Vaca.
    8. Tigre.
    1. “O ser humano que vive nas cidades não participa de cadeias alimentares.”  Você concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.
    2. “Os animais que vivem em um zoológico não participam de cadeias alimentares.”

    Explique por que você concorda com essa afirmação ou por que discorda dela.

    14. Na cadeia alimentar

    árvore séta preguiça séta pulga

    a preguiça e a pulga desempenham um papel semelhante ao desempenhado por um dos pares de seres vivos listados a seguir. Indique no caderno qual dos pares é e explique por quê.

    1. Águia e serpente.
    2. Capivara e carrapato.
    3. Milho e gafanhoto.
    4. Zebra e leoa.
    Respostas e comentários

    8. A representação das cinco cadeias alimentares solicitadas é:

    planta séta gafanhoto séta ave séta serpente séta gavião

    planta séta gafanhoto séta sapo séta serpente séta gavião

    planta séta rato séta coruja séta gavião

    planta séta rato séta gavião

    planta séta rato séta serpente séta gavião

    9. folha séta pulgão séta joaninha séta pássaro séta gato

    Professor, o pulgão parasita a planta, pois suga dela sua seiva orgânica.

    10. Essa é uma questão muito ampla e que, neste momento, não requer aprofundamento. O importante é que os estudantes concluam que a derrubada da mata interfere nas cadeias alimentares. Há muitos motivos para isso e, certamente, só alguns deles serão percebidos pelos estudantes neste momento (a redução da quantidade de plantas produtoras e a perda de habitat dos animais, que provoca sua morte ou fuga para outro local, por exemplo).

    11. a) Herbívoro.

    b) Carnívoro.

    c) Onívoro.

    d) Onívoro.

    e) Herbívoro.

    f) Carnívoro.

    g) Herbívoro.

    h) Carnívoro.

    12. Espera-se que os estudantes não concordem com a afirmação, pois o ser humano se alimenta de animais e plantas, sendo, portanto, consumidor e participando das cadeias alimentares.

    13. Espera-se que os estudantes não concordem com a afirmação, pois esses animais se alimentam de animais e/ou plantas, sendo, portanto, consumidores e participando das cadeias alimentares.

    14. A pulga parasita a preguiça. De modo semelhante, o carrapato parasita a capivara. Assim, a melhor opção é a alternativa b. Nas demais alternativas, não há uma relação de parasitismo.

    tê cê tê Meio ambiente

    As atividades 4 e 10 do Use o que aprendeu e a atividade 7 do Explore diferentes linguagens possibilitam continuar trabalhando o Tema Contemporâneo Transversal Educação Ambiental.

    De ôlho na Bê êne cê cê!

    As atividades citadas anteriormente propiciam o desenvolvimento da competência geral 7 e da competência específica 5, visto que envolvem argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que promovam a consciência socioambiental, com posicionamento ético em relação ao cuidado do planeta.

    Ícone. Lupa.

    Atividades

    Explore diferentes linguagens

    A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

    TEXTO INFORMATIVO

    As atividades 1 a 5 referem-se ao texto a seguir.

    Quero-quero

    O quero-quero é uma ave encontrada na América Central e na América do Sul. No Brasil, além de “quero-quero”, é conhecida como “téu-téu”, “terém-terém” e “espanta-boiada”. Seu nome científico é vanélus chilênsis. Essa ave, que chega a medir 37 centímetros, habita campos, pastagens e banhados.

    Alimenta-se de minhocas que retira da terra. Também pesca em água bem rasa, onde movimenta a lama com os pés, espantando larvas aquáticas que apanha com o bico.

    Sua cor é cinza-clara, com áreas pretas na cabeça, no peito, nas asas e na cauda. As pernas e o bico são vermelhos e a barriga é branca. Sua marca registrada é o penacho na parte de trás da cabeça, formado por algumas penas mais compridas.

    A fase reprodutiva começa por volta de agosto. O casal faz o ninho em uma pequena depressão seca do terreno, ao redor da qual colocam gravetos e folhas secas. A fêmea põe 3 ou 4 ovos. Eles são manchados e se confundem bem com o ambiente, o que dificulta que outros animais os encontrem e se alimentem deles. Os pais se revezam na tarefa de chocar os ovos durante as três semanas e meia que leva até os filhotes nascerem.

    A vigilância dos pais é total. Se um intruso aparece, o quero-quero que está vigiando se afasta rapidamente e se agacha, fazendo um movimento com as asas, como se estivesse mostrando que os ovos estão nesse outro lugar. Se isso não der certo e o agressor – ser humano, cão, ovelha, por exemplo – se aproximar do ninho, o quero-quero o ataca em voos velozes e rasantes.

    Quando o nascimento está próximo, a fêmea fica ainda mais atenta e não sai do ninho nem que o intruso chegue a poucos centímetros. Se isso acontecer, ela adotará uma postura ameaçadora, abrindo as asas e mostrando que está disposta a atacar para defender seus descendentes.

    Fotografia. Pássaro cinza e branco com manchas em laranja e verde na asa. Ele está em pé em um gramado.
    Quero-quero adulto. comprimento: 37 centímetros
    Fotografia. Pássaro cinza e branco com manchas em laranja e verde na asa. Ele está em pé no solo com alguma grama, curvado para a frente.
    Quero-quero em posição de alerta.
    Fotografia. Ninho com quatro ovos dentro. Os ovos são pequenos e manchados de marrom e preto.
    Ovos em ninho de quero‑quero. comprimento do ovo: 4,5 centímetros

    Elaborado com dados obtidos de: DELFINO, H. C.; CARLOS, C. J. O guardião dos campos: um estudo sôbre o comportamento do quero-quero vanélus chilênsis no sul do Brasil. Iheringia, Série Zoologia, número 110, página 1-9, 2020.

    Ícone. Símbolo de Internet.

    Use a internet

    Dê uma busca de fotos na internet digitando quero­‑quero e veja mais fotos interessantes das aves dessa espécie.

    1. O quero-quero é encontrado em todos os locais do nosso país? Transcreva o trecho do texto que serve de justificativa para a sua resposta.
    2. Qual é a vantagem de os ovos dessa ave serem manchados?
    3. Transcreva um pequeno trecho do texto que mostra que o quero-quero interage com:
      1. minhocas;
      2. larvas aquáticas;
      3. ser humano;
      4. cão;
      5. ovelha.
    Respostas e comentários

    Respostas do Explore diferentes linguagens

    1. Não em todos os locais, pois, segundo o texto, o quero-quero “habita campos, pastagens e banhados”, e o país tem também florestas, áreas secas (desérticas) etcétera

    2. Eles se confundem com o ambiente, o que dificulta serem encontrados por um animal que se alimente deles.

    3. a) “Alimenta-se de minhocas que retira da terra.”

    b) reticências espantando larvas aquáticas que apanha com o bico.”

    c) d) e) Nesses três casos, é aceitável qualquer um dos trechos transcritos a seguir:

    “Se um intruso aparece, o quero-quero que está vigiando se afasta rapidamente e se agacha, fazendo um movimento com as asas como se estivesse mostrando que os ovos estão nesse outro lugar.”

    “Se isso não der certo e o agressor – ser humano, cão, ovelha – se aproximar do ninho, o quero-quero o ataca em voos velozes e rasantes.”

    reticências a fêmea fica ainda mais atenta e não sai do ninho nem que o intruso chegue a poucos centímetros.”

    1. Que estratégia o quero-quero usa para evitar que um agressor que está nas proximidades encontre seu ninho com os ovos?
    2. O quero-quero é um ser vivo. Lembre-se das características que são comuns aos seres vivos e responda: quais delas são mencionadas nesse texto?

    DESENHO

    Observe atentamente o desenho a seguir.

    Ilustração. Sequência de animais e plantas. Da esquerda para a direita: capim, de folhas estreitas e compridas. Um gafanhoto, inseto marrom e comprido, com pernas longas,  sobre uma folha do capim. Um sapo cinza com manchas marrons sobre uma pedra virado para o gafanhoto. Uma serpente alaranjada e preta no solo ao lado da pedra, virada para o sapo. Um gavião de penas marrons e pretas e parte interna das asas cinza, voando com as asas abertas e as garras na direção da serpente.
    (Esquema fóra de proporção. Cores fantasiosas.)
      1. Esse desenho pode representar uma relação entre os cinco seres vivos que nele aparecem. Cientificamente, como é denominada essa relação?
      2. Escreva no caderno o papel desem­penhado, nessa relação, pelos seres vivos que aparecem no desenho.
    Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: meio ambiente.

    7. Considere a relação representada no desenho.

    Se os sapos forem mortos por um po­luente, o que se espera que aconteça com o número de serpentes no ambiente? E com a quantidade de gafanhotos? Que consequências isso traria para o capim existente nas imediações?

    TIRINHA

    Ilustração. Tirinha colorida em três quadros. Um gato amarelo rajado em preto e uma minhoca cor-de-rosa estão em um gramado. Quadro 1: o gato olha para a minhoca e pensa: você gosta de ser uma minhoca? Quadro 2: a minhoca pensa: gatos comem minhocas? Na frente dela, o gato pensa: não. Quadro 3: a minhoca pensa: eu amo ser uma minhoca. Ênfase na palavra amo.

    8. Tirinhas como essa dão características humanas a animais, o que é cientificamente incorreto, mas são um recurso literário para o humor. Ignore esse fato e considere apenas a informação dada no segundo quadrinho da tirinha. Podemos dizer que minhoca e gato não fazem parte de uma mesma cadeia alimentar? Por quê?

    Respostas e comentários

    4. Ele se afasta e se comporta como se o ninho estivesse em outro lugar, para o qual o agressor pode ser atraído.

    5. Alimentar-se, interagir com fatores vivos e não vivos do ambiente, depender do ambiente e reproduzir-se.

    6. a) Cadeia alimentar.

    b) A cadeia alimentar em questão pode ser assim representada:

    capim séta gafanhoto séta sapo séta serpente séta gavião.

    Nela, o capim atua como produtor e os demais seres vivos atuam como consumidores.

    7. É de esperar que a quantidade de serpentes diminua (por falta de alimento) e a de gafanhotos aumente (por falta de predadores). Com o aumento do número de gafanhotos, o capim das imediações pode ser devastado.

    Aproveite essa atividade para mostrar que desequilíbrios nas cadeias alimentares podem dar origem a pragas como, no caso dêsse exemplo, gafanhotos que podem destruir plantações próximas.

    8. Não podemos, pois pode existir algum ser vivo que se alimente da minhoca e que sirva de alimento para o gato. (Certos pássaros se encaixam nessa descrição.)

    Interdisciplinaridade

    Expressões artísticas ligadas ao humor – por exemplo, piadas, tirinhas e charges – são exploradas em várias partes desta obra.

    Atividades envolvendo humor, como a 8, a 12 e a 17 do Explore diferentes linguagens, favorecem a interdisciplinaridade com Arte e Língua Portuguesa. Pode começar aqui uma parceria recorrente com os professores dêsses componentes curriculares, a fim de que os estudantes:

    • estejam atentos a essas fórmas de manifestação nas diferentes mídias;
    • tragam casos que julguem interessantes para socializar no ambiente escolar;
    • produzam materiais dêsse tipo, que podem ser mostrados à comunidade em exposições na escola e/ou publicados nos blogs.

    INFORMAÇÃO DA INTERNET

    Fotografia. Destaque para as mãos de uma pessoa segurando um tablet na horizontal. Na tela, o texto: Enciclopédi@. A pixirica-do-brejo é uma planta arbustiva encontrada em alguns locais do Brasil, que frutifica geralmente no mês de janeiro. Seus frutos são muito consumidos por sanhaços e saís.
    (Dados reais sôbre a planta pixirica-do-brejo aplicados sobre tela, em arranjo fictício.)
    Fotografia. Um tablet preto na horizontal. Na tela, galho com pequenos frutos laranjas.
    Pixirica-do-brejo. diâmetro do fruto: 1 centímetros
    1. Pesquise e registre o significado das palavras frutificar e arbustiva (sugestão: procure no dicionário por arbustivo e arbusto).
    2. Pesquise o que são sanhaço e saí e, a seguir, procure usar uma só palavra para descrever que tipo de animais são eles.
    3. Represente duas cadeias alimentares que incluam a pixirica-do-brejo e uma serpente.

    TIRINHA

    12. sôbre a seguinte tirinha, quatro estudantes elaboraram cada qual uma frase. Indique, no caderno, quais são corretas e quais são incorretas, explicando por quê.

    Ilustração. Tirinha colorida em três quadros. Um gato amarelo rajado em preto e um homem de cabelo castanho cacheado e camisa verde com grandes olhos semiabertos. Quadro 1: o homem mostra uma folha com um fluxograma para o gato e diz: Garfield, este é um esquema da cadeia alimentar. Quadro 2: o homem aponta para o fluxograma e continua: você está aqui. E ali está um rato... Quadro 3: o homem continua: alguma pergunta? Na frente dele, o gato pensa: onde está a pizza?

    Estudante 1: Na cadeia alimentar mencionada, o rato atua como produtor.

    Estudante 2: A cadeia alimentar mencionada não precisa de um produtor.

    Estudante 3: Gatos preferem pizza porque são onívoros.

    Estudante 4: Na cadeia alimentar mencionada, o gato atua como consumidor.

    Respostas e comentários

    9. Frutificar – dar fruto.

    Arbustiva – planta que não tem porte de árvore, planta relativamente baixa e que tem ramificações próximas ao solo ou a partir deste.

    10. Pássaros.

    11. Uma delas é:

    pixirica-do-brejo séta sanhaço séta serpente

    A outra é:

    pixirica-do-brejo séta saí séta serpente

    12. A afirmação do estudante 1 é incorreta porque o rato não produz o próprio alimento e, portanto, não é um produtor.

    A afirmação do estudante 2 é incorreta, pois todas as cadeias alimentares se iniciam com um produtor.

    A afirmação do estudante 3 é incorreta porque gatos são carnívoros.

    A afirmação do estudante 4 é correta, já que o gato é um consumidor carnívoro.

    NOTÍCIA DE JORNAL

    Você leu no jornal: “A presença de capivaras em um parque público tornou-se um problema de saúde pública. Os roedores estão infectados pela bactéria e infestados de carrapatos-estrela. Por causa disso, já ocorreram vários casos de febre maculosa entre os frequentadores do parque”. Para realizar as atividades, considere essa situação e pesquise sôbre a doença citada.

    1. Qual é o organismo causador da febre maculosa: a capivara, a bactéria mencionada ou o carrapato-estrela? (Organismo causador é aquele que, de fato, provoca a doença.)
    2. Quais são os sintomas iniciais da febre maculosa? Essa doença é perigosa?
    3. O que você entende por “problema de saúde pública”?
    4. Explique como a bactéria passa da capivara para o carrapato-estrela e como ela pode chegar ao ser humano.

    PIADA

    Ilustração. Dois meninos em um gramado na frente de casas, se olhando, com os braços levantados na altura dos ombros. Menino asiático de cabelo preto curto, bermuda marinho e camiseta vermelha diz: Você sabe por que urso polar não come pinguim? Na frente dele, menino branco, cabelo ruivo curto e camisa azul responde: Porque ele teria que ser um excelente nadador!

    17. Pesquise na internet ou em outra fonte de informação qual é o abitá do urso-polar e qual é o abitá dos pinguins e re­­gis­tre‑os em seu caderno. A seguir, diga o que há de irônico na resposta dada pela pessoa da direita.

    Ícone. Olho aberto.

    ATIVIDADE

    Certifique-se de ter lido direito

    abitá (ou hábitat) – ambiente, caracterizado por seus fatores vivos e não vivos, onde vive normalmente determinado organismo porque ali encontra condições adequadas à sua sobrevivência.

    Procure no dicionário qualquer outra palavra cujo significado não conheça.

    Seu aprendizado não termina aqui

    Provavelmente você já ouviu muitas histórias infantis. Em algumas delas, há animais que apresentam comportamentos humanos em vez de comportamentos que lhes seriam naturais.

    Relembre algumas dessas histórias e, considerando o que aprendeu neste capítulo, aponte ERROS CIENTÍFICOS sôbre cadeias alimentares nelas presentes.

    Respostas e comentários

    13. O agente causador da febre maculosa é a bactéria mencionada no texto ().

    14. Os sintomas iniciais são febre, náusea, dor de cabeça severa, dor muscular e falta de apetite (sintomas semelhantes aos da gripe). A doença é perigosa, porque, se não for diagnosticada e tratada a tempo, o doente pode morrer em duas semanas.

    15. Um problema de saúde que pode afetar boa parte da população.

    16. A bactéria vive (e se reproduz) dentro do corpo da capivara. Ela passa da capivara para o carrapato-estrela quando ele pica o roedor e se alimenta de seu sangue. Se um carrapato-estrela (contaminado com a bactéria) picar uma pessoa para se alimentar de seu sangue, a bactéria invadirá o corpo dessa pessoa.

    17. Os ursos-polares vivem na região do círculo polar ártico. São encontrados, por exemplo, no Canadá, no Alasca e na Rússia.

    Já o das diversas espécies de pinguins fica no Hemisfério Sul, a maioria deles próximo à Antártida. Há alguns que habitam regiões tropicais.

    O irônico é imaginar que o urso-polar poderia nadar a distância que o separa dos pinguins.

    De ôlho na Bê êne cê cê!

    As atividades 13 a 16 favorecem o desenvolvimento da competência específica 8, pois promovem a tomada de decisões frente a questões socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza.

    A seção Seu aprendizado não termina aqui dêsse capítulo propicia desenvolver: a competência geral 3, pois incentiva valorizar e fruir manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais; e a competência específica 3, já que propõe analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural e social, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

    Seu aprendizado não termina aqui

    Saliente que nunca é possível aprender tudo sôbre um tema, qualquer que seja ele. É importante adquirir gôsto pelo aprendizado e aprender a aprender — aprender a buscar a informação e interpretá-la, a fim de que se transforme em conhecimento. A seção Seu aprendizado não termina aqui é um lembrete disso e apresenta alguns pontos que poderiam ser aprendidos pelo estudante por seus próprios meios, sem precisar do ambiente escolar ou da ajuda do professor.