CAPÍTULO 3 Teias alimentares

Fotografia. Uma colônia de cogumelos brancos, em formato que lembra um guarda-chuva fechado, está sobre um tronco de árvore no solo.
Os seres vivos decompositores, como os cogumelos da foto, são importantíssimos para o planeta Terra. Neste capítulo, você saberá por quê. Cogumelos , com aproximadamente 7 centímetros de altura, crescendo sôbre tronco de árvore caído no chão de uma floresta situada no norte da Itália.
Respostas e comentários

Este capítulo e seus conteúdos conceituais

  • Seres vivos decompositores
  • Fungos e bactérias: impor­tantes decompositores
  • Papel dos decompositores nas cadeias alimentares
  • Predador e presa
  • Necrófagos e detritívoros
  • Autotróficos e heterotró­ficos
  • Ecossistemas
  • Ecologia
  • Teias alimentares

Este capítulo tem duas metas principais. Uma delas é levar o estudante a perceber, a partir da observação dos bolores se desenvolvendo sobre o pão e a laranja, a importância dos decompositores para as cadeias alimentares e para o ambiente.

Nos diversos ambientes, os fungos e as bactérias atuam como decompositores. Neste capítulo, a abordagem de fungos e bactérias é feita de modo introdutório.

Outra meta é a apresentação do conceito de teia alimentar e sua presença em todos os ecossistemas.

De ôlho na Bê êne cê cê!

No 4º ano do Ensino Fundamental, as cadeias alimentares e seus componentes já foram estudados.

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“Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos.”

Além disso, os capítulos 1 e 2 já retomaram boa parte dos conceitos envolvidos. Assim, espera-se que os estudantes compreendam o conceito de teia alimentar, neste capítulo, com relativa facilidade.

Aproveitando a fotografia de abertura deste capítulo, pergunte aos estudantes se já comeram cogumelos. Reserve um momento da aula para que eles compartilhem com os colegas o que sabem sôbre esses seres vivos.

Motivação

A critério do professor, esta atividade poderá ser realizada em grupos.

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Acompanhar o crescimento de seres vivos decom­po­sitores sôbre o pão e a laranja.

Você vai precisar de:

  • uma fatia de pão de
  • fita adesiva
  • uma laranja bem madura
  • conta-gotas
  • dois sacos plásticos trans­­parentes (eles não devem estar furados)
  • água

Procedimento

  1. Coloque a fatia de pão dentro de um dos sacos plásticos e a laranja dentro do outro.
  2. Pingue vinte gotas de água dentro de cada saco.
  3. Feche bem os sacos com a fita adesiva e mantenha-os em local que não seja frio e onde não bata luz do Sol diretamente.
  4. Sem abrir, observe os sacos todos os dias. Faça isso durante mais ou menos dez dias. Anote em seu caderno, a cada dia, o aspecto da laranja e do pão.
  5. Que mudanças você observou? Procure explicar o que aconteceu.
  6. Após esse período, jogue os sacos no lixo sem abri-los.
Fotografia. Uma fatia de pão de forma em um saco plástico fechado com fita adesiva vermelha. Um rolo de fita adesiva vermelha. Um copo com água até a metade. Um conta-gotas. Uma laranja dentro de um saco plástico fechado com fita adesiva vermelha.

Desenvolvimento do tema

1. O que são seres decompositores?

Os seres vivos que se reproduzem sôbre o pão e a laranja provocam o apodrecimento dêsses alimentos. Em outras palavras, eles provocam a decomposição do pão e da laranja.

Existem inúmeros outros seres vivos que, como esses, se nutrem de frutas, folhas, carnes, enfim, das diversas partes de que são formados animais e plantas. Enquanto se alimentam dêsses materiais, eles provocam sua decomposição.

Tais organismos são seres vivos denominados decompo­sitores. Muitos deles são microscópicos, isto é, não são visíveis a ôlho nu. Mas nem todos. Há alguns que são visíveis a ôlho nu, como é o caso dos cogumelos.

Você já comeu cogumelos? Talvez já os tenha comido, mas é importante que você saiba que nem todos eles fazem bem à saúde. A grande maioria é venenosa e pode até matar. Portanto, se você encontrar algum cogumelo por aí, não o coloque na boca.

Respostas e comentários

Sugestão de planejamento

É conveniente preparar com os estudantes este experimento uma ou duas semanas antes da data programada para o início deste capítulo.

Ao trabalhar o item 5 do procedimento, aproveite a oportunidade para estimular nos estudantes o desenvolvimento da capacidade de fazer inferências. Oriente-os de fórma clara sôbre o procedimento que devem tomar para fazer a explicação. Peça a eles que atentem para as condições nas quais o pão e a laranja foram colocados: ambos ficaram em ambiente úmido (foi gotejada água no saco onde foram colocados) e abafado (o saco foi lacrado).

Ao analisar o tratamento dado aos alimentos, os estudantes devem inferir que as condições de umidade favoreceram o desenvolvimento de fungos. No momento da discussão, esteja atento para que todos tenham oportunidade de se manifestar, em especial os estudantes mais tímidos.

No experimento, para que os bolores sejam observados dentro de poucos dias, é essencial que alguns deles (ou seus esporos) já estejam instalados nos alimentos antes de eles serem colocados no saco plástico. Embora, em regra, o resultado seja esse, alguns estudantes podem não observar o aparecimento do bolor dentro de dez dias.

Caso isso aconteça, certifique-se de os estudantes terem usado laranja bem madura e pão de fórma próximo ao vencimento da data de validade. Pode-se, também, “esfregar” esses alimentos no chão antes de colocá-los no saquinho. Isso aumenta a chance de alguns fungos (ou esporos) se instalarem neles. Como a atividade dos fungos é tanto menor quanto menor for a temperatura do ambiente, em locais muito frios ou épocas muito frias do ano talvez sejam necessários mais de dez dias para que se observem bolores.

Contextualize a discussão comentando sôbre o desenvolvimento de bolor em armários fechados e casas localizadas no litoral, onde a temperatura e umidade são favoráveis. Reserve um tempo da aula para que os estudantes possam compartilhar com a turma experiências pessoais de situações em que ocorreu o aparecimento de bolor. Discuta com a turma estratégias de armazenamento para que os alimentos durem por mais tempo sem embolorar, baseando-se no experimento realizado. Enfatize os riscos da ingestão de alimentos embolorados e oriente os estudantes sôbre a necessidade de procurar atendimento médico em caso de ingestão acidental.

De ôlho na Bê êne cê cê!

Através do experimento proposto, os estudantes são incentivados a investigar e refletir sôbre o crescimento de bolor nos alimentos, acontecimento recorrente no cotidiano. Além disso, adquirem a capacidade de tomar decisões conscientes sobre a ingestão de alimentos, cuidando de si e dos outros, colocando em prática o que aprendem. Dessa fórma, o experimento possibilita o desenvolvimento das competências gerais 2 e 7. Além disso, tanto o experimento de abertura do capítulo como o desenvolvimento subsequente do tema proporcionam o trabalho com as competências específicas 2 e 3, especialmente por favorecerem dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, bem como compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

Fotografia. Um cogumelo na terra, com a parte superior larga vermelha com bolinhas brancas e haste branca.
Cogumelo venenoso – Amaníta muscária. altura: até 20 centímetros
Fotografia. Um cogumelo na terra, com a parte superior larga laranja e haste branca.
Cogumelo venenoso – rússula emética. altura: até 7 centímetros
Fotografia. Destaque para as mãos de uma pessoa com luvas segurando vários pequenos cogumelos brancos.
Cogumelos comestíveis (xampignons) cultivados em estufa. altura: até 3 centímetros

2. Decompositores reciclam nutrientes

Você já imaginou se todas as folhas e os frutos que caí­ssem no chão ficassem aí para sempre? E se todos os cadáveres de animais mortos permanecessem do jeito que morreram?

Se fosse assim, a Terra estaria toda coberta por restos de organismos. No entanto, isso não acontece.

Quando um organismo morre ou quando algumas de suas partes se desprendem, como folhas e frutos, esses restos são decompostos por seres vivos decompositores.

Ao decompor folhas, frutos, cadáveres, fezes e outros restos de organismos, os decompositores aproveitam parte deles como alimento. Outra parte vai para o solo e serve de adubo para as plantas, pois contém nutrientes de que elas precisam para se desenvolver, como o nitrogênio, o fósforo e o potássio.

Entendeu? Então diga por que os decompositores são tão importantes para o planeta Terra.

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

O ser humano depende dos decompositores?

Explique.

3. Decompositores e cadeias alimentares

Uma cadeia alimentar se inicia com um ser vivo produtor, que fabrica seu próprio alimento por meio da fotos­síntese. É o caso do capim.

Um ser vivo produtor serve de comida para um consumidor que dele se alimente. As capivaras, por exemplo, devoram o capim. Há outros animais, como a onça, que se alimentam de consumidores de capim.

capim ……séta ……capivara ……séta ……onça ……………(produtor)…………(consumidor)………(consumidor)………

Mas de que maneira os decompositores se encaixam na cadeia alimentar?

Qualquer capim, capivara ou onça mortos apodrecem sob a ação dos decompositores. Como consequência dêsse processo, o solo passa a conter importantes nutrientes para as plantas.

Respostas e comentários

Itens 2 e 3

Para a discussão do texto do item 2, relembre os componentes necessários para que a planta se desenvolva – água, gás carbônico, gás oxigênio e nutrientes minerais.

Água e gás carbônico são necessários para a ocorrência da fotossíntese; o gás oxigênio, para a respiração celular, e os nutrientes minerais, cujas plantas terrestres absorvem do solo com a água, para o desenvolvimento das plantas.

Essa estratégia facilitará a compreensão, no item 3, do papel dos seres decompositores nas cadeias alimentares.

Para discussão em grupo

A intenção dessa atividade é os estudantes concluírem que o ser humano é dependente dos decompositores.

Esse trabalho permite estimular os estudantes a desenvolver a capacidade de produzir análises críticas. Nesse caso, eles deverão reconhecer a dependência dos seres humanos em relação aos seres decompositores.

Estimule-os a perceber que, ainda que sintam repulsa ao ver algo se decompondo, o processo de decomposição é fundamental para a manutenção da vida na Terra.

Esses organismos garantem às plantas um estoque de nutrientes, o que dá suporte às cadeias alimentares, das quais depende o ser humano. Considere, por exemplo, a cadeia alimentar:

capim séta boi séta ser humano

Nessa cadeia, o capim depende dos nutrientes deixados no solo pelos decompositores. Sem eles, o capim não cresce e, por consequência, o boi não tem o que comer, e o ser humano não tem carne bovina para ingerir.

Aliás, o ser humano, como qualquer fórma de vida, não pode existir isolado do ambiente. E isso deve ser explorado na discussão do tema proposto.

De ôlho na Bê êne cê cê!

O Para discussão em grupo oferece oportunidade de desenvolver a competência geral 9, posto se tratar de um processo que envolve o respeito ao outro e às suas ideias, bem com a interação com seus pares sem preconceitos de qualquer natureza.

E aí começa tudo de novo. Os nutrientes, liberados no solo pelos decompositores, favorecem o crescimento e a reprodução das plantas. Por meio da fotossíntese, essas plantas atuam como produtores de alimento. Esse alimento passa para os consumidores na cadeia alimentar. E tudo se repete.

Fluxograma. Capim. Seta para: Capivara. Seta para: Onça. Dos três seres vivos, seta para: decompositores, que deixam nutrientes no solo para o capim.
Ilustração. No canto superior esquerdo, Sol (fonte de luz). Capim, produtor de alimento por meio da fotossíntese. Seta para: uma capivara, animal, consumidor. Seta para: uma onça, animal, consumidor. Dos três elementos, seta para uma colônia de cogumelos: decompositores atuando sobre restos de animais e plantas mortos.
Em todos os ambientes naturais há produtores, consumidores e decompositores. Eles estão em interação permanente por meio das cadeias alimentares. (Representação esquemática fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Elaborado a partir de MILLER JUNIOR, G. T.; Ispúlmãn, S. E. Living in the environment. décima nona edição bóston: Cengage, 2018. página 55.

Ícone. Caderno.

ATIVIDADE

Para fazer no seu caderno

É muito comum, nas ciências, a identificação de padrões (isto é, regularidades, repetições).

Registre no caderno os padrões que você consegue reconhecer em cadeias alimentares de ambientes terrestres.

4. O que é aquilo que apareceu no pão?

Ao fazer o experimento da abertura do capítulo, você provavelmente percebeu que o pão vai embo­lorando, ou seja, vai adquirindo manchas escuras, conhecidas como bolor de pão.

Fotografia. Um pão de forma com manchas esverdeadas dentro de um saco plástico fechado. Ao lado, destaque para a parte esverdeada vista por microscópio: estruturas esféricas com superfície irregular coloridas em amarelo no topo de cabos finos e longos coloridos em verde.
Bolor Rhizopus oligosporus visto ao microscópio eletrônico de varredura. Imagem colorizada artificialmente; aumento de cêrca de 140 vezes.

O bolor de pão é um ser vivo decompositor. O que você acompanhou no experimento foi o desenvolvimento dêsse ser vivo. Mas o saco plástico estava fechado! De onde ele veio?

Na verdade, a fatia de pão já tinha um ou mais dêsses seres vivos, que são muito pequenos e que não conseguimos ver sem a ajuda de um microscópio. Eles são micr­organismos, ou seja, organismos muito pequenos.

Ícone. Símbolo de Internet.

Use a internet

Um bolor que comumente ataca o pão recebe a denominação científica de rizópus. Dê uma busca de imagens na internet pela palavra rizópus e você encontrará vários exemplos da atuação dêsse tipo de bolor na decomposição de alimentos e de restos de seres vivos. Você também poderá ver muitas fotos microscópicas dêsse bolor.

Fotografia. Um morango coberto por finas estruturas semelhantes a teias brancas.
Bolor rizópus sp. decompondo morango.
Respostas e comentários

Conteúdos procedimentais sugeridos

  • Manipular objetos caseiros para montar experiências que evidenciem a atuação de fungos decompositores.
  • Organizar e registrar as observações.
  • Elaborar postagens no blógui – com textos, desenhos e outras informações – que mostrem a importância da higiene corporal para a convivência, o crescimento e o desenvolvimento saudáveis: banho diário, lavagem das mãos antes das refeições e após as eliminações, limpeza de cabelos e unhas, higiene bucal.

O desenvolvimento dos dois primeiros conteúdos pro­ce­dimentais está relacionado à realização do experimento inicial do capítulo. Ele pode ser feito em casa ou na escola. Se possível, indique o início da realização do experimento para uma ou duas semanas antes da data programada para o estudo deste capítulo, conforme já comentado.

Dessa maneira, os estudantes já terão feito a observação no momento em que for necessário comentá-lo.

O conteúdo procedimental de elaborar postagens em blog sôbre a importância da higiene corporal pode ser desenvolvido por meio do Isso vai para o nosso blog!, que aparece no final do capítulo e que lá é comentado.

Conteúdos atitudinais sugeridos

Sugere-se, aqui, a continuidade do trabalho com os conteúdos atitudinais elencados nos dois capítulos anteriores.

Outro conteúdo atitudinal que pode ser trabalhado é valorizar hábitos de higiene. Seu desenvolvimento é oportuno quando os estudantes estiverem envolvidos no Isso vai para o nosso blog! ao final do capítulo.

Noções de pensamento computacional

A atividade proposta no boxe Para fazer no seu caderno do item 3 possibilita trabalhar a identificação de padrões nos objetos de estudo de Ciências da Natureza. Auxilie os estudantes a perceber que as cadeias alimentares terrestres se iniciam com um produtor e passam, a seguir, a outros níveis, formados por consumidores. Além disso, tanto os organismos mortos de produtores quanto de consumidores servem de alimento para decompositores. Ajude-os também a expressar isso por escrito. Nesse sentido, comente a importância de conhecer e utilizar os termos empregados na comunicação científica (no caso, expressões como produtor, consumidor e decompositor). O uso dêsses termos torna o texto mais claro e sucinto do que se tentássemos empregar outras palavras para expressar tais conceitos.

Você está lembrado de que uma das características dos seres vivos é a sua capacidade de reprodução?

Pois bem, com o passar dos dias e em condições de alta umidade, o bolor que já existia na fatia se alimenta do pão e se reproduz. Em alguns dias já há tantos microrganismos dêsse tipo sôbre a fatia, que nós passamos a enxergá-los como manchas. São as manchas vistas ao fazer o experimento.

Então, o bolor não apareceu do nada. Ele já estava lá. Apenas se alimentou do pão e se reproduziu.

5. E o que é que apareceu na laranja?

As manchas cinza-esverdeadas que costumam aparecer sôbre a laranja, ao fazer o experimento da abertura do capítulo, também evidenciam que sôbre ela um bolor se desenvolveu.

Fotografia. Fruta amarelada com manchas verdes dentro de um saco plástico fechado. Ao lado, destaque para a parte esverdeada vista por microscópio: cabos coloridos em verde. De um dos cabos sai uma estrutura alongada composta de várias partes coloridas em azul.
Fungo penicílium sp. visto ao microscópio eletrônico de varredura. Imagem colorizada artificialmente; aumento de cêrca de 340 vezes.

Esse ser vivo já estava lá, mas não era possível vê-lo porque é muito pequeno. Com o passar do tempo, ele se alimentou da laranja e se reproduziu. Após alguns dias, já era possível ver a mancha formada por uma grande quantidade dêsses microrganismos.

Então, perceba que o que apareceu sôbre a laranja não veio do nada. É um ser vivo que se reproduziu ao longo do tempo.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

Um bolor que comumente se desenvolve na laranja tem a denominação científica de “penicílium”. Essa palavra tem origem no latim e significa pincel, pois é essa a aparência do bolor quando visto ao microscópio.

Fotografia. Fruta alaranjada com parte de sua superfície coberta por uma camada irregular verde e branca.
Tangerina embolorada pelo fungo .
Ícone. Símbolo de Internet.

Use a internet

Busque imagens na internet digitando a palavra penicílium. Você poderá ver exemplos da atuação dêsses bolores na decomposição de alimentos e também muitas fotos microscópicas dêsse bolor.

6. Fungos e bactérias atuam como decompositores

Existem seres vivos que os cientistas conhecem há muito tempo e que não são classificados como animais nem como plantas. Os bolores e os cogumelos são bons exemplos. Ambos são classificados como fungos.

Os fungos desempenham importante papel natural na decomposição dos restos de matéria viva.

As bactérias também são seres vivos não considerados animais nem plantas. As várias espécies dêsses organismos microscópicos são encontradas em praticamente todos os ambientes nos quais exista vida. Muitas bactérias vivem nos solos férteis. Outras são encontradas na superfície dos seres vivos ou até mesmo no interior de seus organismos.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

[Locutora] A bactéria que decompõe PET

[Locutora] Os decompositores são seres vivos que se nutrem de plantas e de restos de diversas partes de animais. Enquanto se alimentam desses restos, eles provocam sua decomposição. Esses seres tornam possível o reaproveitamento de diversos materiais pela natureza, mas isso não ocorre tão facilmente com a maior parte do que é produzido pelos seres humanos, como vidros e plásticos. Tais materiais demoram muitos anos para se decompor. Em 2016, um grupo de pesquisadores japoneses descobriu uma nova espécie de bactéria que é capaz de digerir certo tipo de plástico. Vamos ouvir mais sobre isso? Quem fala sobre o assunto é o engenheiro ambiental Sandro Donnini Mancini.

[Sandro Donnini Mancini] Bom, o PET é um material feito pelo homem. Ele foi desenvolvido inicialmente para ser fibra, então muitas calças e camisas que o pessoal fala que são feitas de poliéster são feitas de PET. [Pausa] E o tempo de decomposição dele, ele é indeterminado, tá? Se você deixar ele no solo, num aterro ou em qualquer lugar, ele vai ficar ali. Estudos que foram feitos falam [de] pelo menos 300 anos, coisa assim. Então é uma coisa que não se decompõe. Ele não se decompõe porque não foi a natureza que fez, foi o ser humano que fez.

[Sandro Donnini Mancini] Apesar de ele não ser decomposto por micro-organismos tradicionais, teve um pessoal em 2016, no Japão, que acabou isolando um tipo de bactéria que eles chamaram de Ideonella sakaiensis, que promovia algum tipo de degradação em PET, mas não o PET da garrafa. O PET da garrafa é bem complicado de se degradar. Ainda assim, foi uma degradação [Pausa] pequena, mas que deu um ânimo no pessoal que estuda isso.

[Sandro Donnini Mancini] Em 2018, uns outros cientistas, inclusive tem um brasileiro no meio, professor da Unicamp, eles fizeram uma mutação dessa bactéria e fizeram com que ela consiga degradar um PET, mas ainda não é um PET como a garrafa.

[Sandro Donnini Mancini] O que aconteceu nessa descoberta de 2016, depois de 2018, foi um avanço, se você pensar em decomposição do plástico, tá? Agora, eu não acho que deve ser encarada como uma alternativa de resíduo sólido, uma alternativa para minimizar a questão de lixo. A minha ideia é que o comportamento mude para as pessoas — gerar menos ou encaminhar para a reciclagem. Esse plástico pode ser muito bem reciclado. No Brasil, tem um mercado muito forte de reciclagem para ele.

Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

O boxe Saiba de onde vêm as palavras ajuda no desenvolvimento da competência específica 2, já mencionada neste capítulo.

Item 6

Durante a discussão sôbre a atuação de fungos e bactérias como decompositores, comente com a turma que alguns fungos podem provocar prejuízos às pessoas.

É o caso, por exemplo, dos fungos venenosos, tema que será o mote das atividades 2 a 4 da seção Explore diferentes linguagens.

Além dêsses, existem os que podem causar, no ser humano e em outros animais, doenças chamadas micoses. Essas doenças afetam a pele e, às vezes, alguns órgãos internos do corpo.

Também existem doenças causadas por fungos que podem ser bastante graves e até provocar a morte das pessoas. É o caso, por exemplo, da criptococose, uma doença provocada por alguns fungos do gênero que vivem no solo, em frutas secas e cereais, nas árvores e nos excrementos de aves, principalmente pombos.

Nesse ponto, destaque a importância de manter os pombos longe dos seres humanos. Esse fungo pode se desenvolver nas fezes de pombos que se acumulam em pisos, forros e telhados das residências. Ao tentar limpar esses locais sem a proteção adequada, os fungos podem ser inalados e provocar o desenvolvimento da criptococose.

Há muitas espécies diferentes de bactérias, e várias atuam na decomposição natural de restos de seres vivos.

Portanto, entre os seres vivos decompositores estão os fungos e várias espécies de bactérias. Lembre-se de que tanto os fungos quanto as bactérias não são animais nem plantas.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

bolores fungos bactérias ser vivo decompositor

EM DESTAQUE

Urubus e minhocas são consumidores

Quando um organismo mata outro para se alimentar dele, dizemos que esse consumidor é um predador e que sua vítima é uma presa. Assim, por exemplo, a onça é predadora da capivara e a capivara é a presa da onça.

Urubus, abutres e hienas incluem em sua dieta a carne de organismos que não foram mortos por eles. Nesse caso, comportam-se como necrófagos, animais que ingerem cadáveres, às vezes já em processo de decomposição (“carniça”).

Minhocas, escaravelhos e moscas incluem em sua dieta restos de animais e plantas, como fezes ou partes mortas e parcialmente decompostas. Ao consumirem tais detritos, atuam como detritívoros.

Tanto necrófagos quanto detritívoros participam das cadeias alimentares como consumidores e não como decompositores. Porém, assim como os decompositores, têm importante papel ambiental, pois reincorporam cadáveres e detritos às cadeias alimentares.

Elaborado com dados obtidos de: têilor, M. R. êti áli. Campbell Biology: concepts & connections. décima edição bóston: Pearson, 2022.

Fotografia A. Ave com penas brancas, asas com pontas pretas e pescoço cinza, laranja e amarelo. Fotografia B. Uma ave com penas pretas em pé em gramado. Fotografia C. Uma ave com penas pretas e a cabeça amarela, apoiada em tronco cortado. Fotografia D. Uma ave com penas pretas e a cabeça vermelha, em pé no solo. Fotografia E. Uma ave com penas pretas e marrons e a cabeça amarela, apoiada em tronco cortado.
A. Urubu-rei: atinge até 80 centímetros de altura e pode ter até 3 quilogramas. É o maior e o mais forte dos urubus. (Amazônia peruana.) B. Urubu-de-cabeça-preta: é o mais comum; atinge cêrca de 60 centímetros de altura e tem 1,5 quilograma. (Pantanal, Mato Grosso do Sul.) C. Urubu-de-cabeça-amarela: atinge até 65 centímetros de altura. (Pantanal, Mato Grosso do Sul.) D. Urubu-de-cabeça-vermelha: atinge cêrca de 70 centímetros de altura e tem até 2 quilogramas. (Columbia Britânica, Canadá.) E. Urubu-da-mata: é encontrado em áreas mais restritas e atinge 75 centímetros de altura. (Rupununi, Guiana.)
Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

  • “Presa” vem do latim prerrênsa, que significa pegar, agarrar, apreender.
  • “Necrófago” vem do grego necrós, cadáver, e fajêin, comer.
  • “Detritívoro” vem do latim voru, devorar. Literalmente, é aquele que devora detritos.
Respostas e comentários

Amplie o vocabulário!

Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • bolores fórmas de vida que se desenvolvem sôbre restos de seres vivos, apresentando-se como manchas que, vistas bem de perto, têm aparência aveludada (com “pelinhos”) ou de pó. O bolor é popularmente chamado de mofo.
  • fungos Grupo de seres vivos que inclui os bolores e os cogumelos. (Não são considerados animais nem plantas.)
  • bactérias Grupo de seres vivos microscópicos que inclui mui­tas espécies diferentes, encontradas em ambientes variados. Algumas provocam doenças, outras não. Várias alimentam-se de restos de seres vivos. (Não são consideradas animais nem plantas.)
  • ser vivo decompositor Ser que se alimenta de restos de organismos (cadáveres, partes mortas, fezes etcétera). Exemplos são os fungos e várias espécies de bactérias. Os decompositores liberam nutrientes no solo, que são importantes para o crescimento das plantas.

Em destaque

Nomes científicos dos animais mostrados nas fotos:

  • Urubu-rei – .
  • Urubu-de-cabeça-preta – .
  • Urubu-de-cabeça-amarela catártes burroviânus.
  • Urubu-de-cabeça-vermelha – .
  • Urubu-da-mata – .

7. Ecologia e ecossistemas

Todos os seres vivos possuem algumas características comuns, como o fato de se relacio­narem com outros seres do ambiente em que vivem e de interagirem com os fatores não vivos dêsse ambiente, tais como o ar, a água, o solo, a temperatura e a luz.

A relação dos organismos vivos uns com os outros e deles com o ambiente é objeto de estudo da Ecologia.

Nessa Ciência, um conceito fundamental é o de ecossistema, conjunto de todos os seres vivos e dos fatores não vivos de um certo ambiente.

Relações alimentares nos ecossistemas

Os ecossistemas, por diferentes que sejam um do outro, têm alguns aspectos comuns, como a presença de produtores, de con­­­sumidores e de decompositores em todos eles. Esses seres estão em permanente interação por meio das cadeias alimentares.

Os produtores podem elaborar o próprio alimento por meio da fotossíntese. Além de água, de gás carbônico e de luz, necessários à fotossíntese, os produtores requerem alguns nutrientes minerais que complementam sua nutrição. Tais nutrientes existem, por exemplo, nos solos férteis.

Os seres produtores — as plantas, as algas e algumas espécies de bactérias — compõem a base das cadeias alimentares existentes nos ecossistemas, pois produzem substâncias que servem de alimento para si e para outros seres vivos. Os produtores são organismos autotróficos (ou autótrofos), ou seja, nutrem-se a si mesmos, produzindo seu próprio alimento.

Os organismos não produtores, por outro lado, são hetero­tróficos (ou heterótrofos), isto é, estão adaptados a obter energia a partir de outros organismos. São heterotróficos os seres consumidores e os decompositores. Os consumidores são representados tipicamente pelos animais herbívoros, pelos carnívoros e pelos onívoros. Os decompositores, representados pelos fungos e por várias espécies de bactérias, utilizam restos de organismos em sua nutrição, tais como folhas caídas, troncos de árvores mortas, fezes de animais e cadáveres.

Fotografia. Folhagem longa formada por pequenas ramificações.
Plantas, como essa samambaia, são autotróficas. comprimento da folha: 80 centímetros
Fotografia. Colônia de cogumelos brancos presos ao tronco de uma árvore.
Fungos, como esse shimeji (cogumelo comestível), são heterotróficos. diâmetro: 5-25 centímetros
Fotografia. Um macaco pequeno com pelugem dourada se segurando em um galho.
Animais, como esse mico-leão-dourado, são heterotróficos. comprimento: 25 centímetros (sem incluir a cauda)
Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A palavra “Ecologia” vem do grego óicos, casa, e estudo ou Ciência.

Esse termo foi introduzido em 1866 pelo zoólogo alemão (1834-1919).

A palavra “autotrófico” vem do grego , por si próprio, e trofé, nutrição. Significa nutrir-se por si próprio. 

A palavra “heterotrófico” vem do grego étero, outro, e trofé, nutrição. Significa nutrir-se a partir de outros organismos.

Respostas e comentários

Item 7

Se considerar necessário, para favorecer a compreensão do conceito de ecossistema, discuta com os estudantes os níveis de organização ecológicos: população, comunidade, ecossistema e biosfera.

Chamamos de população o conjunto de indivíduos da mesma espécie que vive em uma determinada área em um período definido.

Usamos a denominação comunidade para designar o conjunto de várias populações que vive em uma determinada área em um período definido (incluindo, portanto, diversas espécies).

No nível ecossistema são considerados a comunidade, ou seja, todos os seres vivos, e os fatores abióticos que caracterizam o ambiente físico habitado pelos seres vivos.

O termo biosfera refere-se ao conjunto de todas as áreas do planeta onde existem seres vivos, o que inclui a superfície e o interior do solo, os locais em grandes altitudes e os ambientes aquáticos.

Subitem Relações alimentares nos ecossistemas

Na representação de cadeias alimentares, o ser produtor pode ser o organismo todo ou parte dele. No caso de plantas, por exemplo, podem ser as folhas ou os frutos, o que depende dos hábitos alimentares do produtor que se alimenta dêsse produtor.

Aproveite para comentar com os estudantes que, em ambientes urbanos, a representação da cadeia alimentar pode se iniciar não com o organismo todo, mas com algo elaborado a partir dele. É o caso, por exemplo, de móveis feitos de bambu (uma gramínea). Nesse caso, o bambu pode servir de alimento para cupins e traças, sendo considerado o produtor na cadeia alimentar da qual esses consumidores fazem parte.

8. Teias alimentares

Como cada ser vivo participa em geral de várias cadeias alimentares, uma representação mais real das relações de alimentação num ecossistema é feita por meio de uma teia alimentar, como a que aparece no esquema a seguir.

Perceba que, em uma teia alimentar, existem diversas cadeias alimentares entrelaçadas.

Note, também, que uma teia alimentar mostra como podem ser variadas e complexas as relações alimentares dos seres vivos em um ecossistema. Afinal de contas, um mesmo ser vivo pode participar de muitas cadeias alimentares diferentes, não é?

Esquema simplificado de uma teia alimentar

Fluxograma. Ilustrações de animais com informações sobre seu tamanho e setas chegando e partindo deles. Árvore (altura: 6 metros); setas para: decompositores, lagarta e cupim. Fruto (comprimento 3 centímetros); setas para: pássaro, lagarta, decompositores e macaco. Capim (altura: 20 centímetros); setas para: lagarta, decompositores e capivara. Lagarta (comprimento: 6 centímetros); setas para: pássaro, decompositores e perereca. Cupim (comprimento: até 15 milímetros); setas para: decompositores e tamanduá. Capivara (altura: 60 centímetros); setas para: decompositores e onça. Pássaro (altura: 12 centímetros); setas para: gavião, decompositores e serpente. Perereca (comprimento: 8 centímetros); setas para: decompositores e serpente. Tamanduá (comprimento da cabeça à cauda: até 2,2 metros); setas para: decompositores e onça. Macaco (altura: 30 centímetros); setas para: decompositores e onça. Gavião (envergadura: 80 centímetros); seta para: decompositores. Serpente (comprimento: 1,2 metros); setas para: gavião e decompositores. Onça (altura: 90 centímetros); setas para: decompositores.
(Representação esquemática em que os seres não estão ilustrados em proporção entre si. Cores fantasiosas.)

. Nessa teia alimentar, há várias cadeias alimentares entre­laçadas. Dois exemplos são: . fruto séta pássaro séta gavião séta decompositores . capim séta lagarta séta perereca séta serpente séta gavião séta decompositores

Fonte: Esquema elaborado a partir de MILLER JUNIOR, G. T.; Ispúlmãn, S. E. Living in the environment.décima nona edição Boston: Cengage, 2018. página 53, 59, 61; Práice, G. Biology: an Illustrated Guide to Science. Nova York: Chelsea House, 2006. página 197.

Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Os saberes indígenas para distinguir entre alimentos e coisas tóxicas resultaram da acumulação cultural por muitas gerações e são interesse da etnociência, que estuda saberes de populações humanas sôbre a natureza. Escolha um grupo indígena brasileiro, pesquise sua alimentação e relate-a no caderno.

Respostas e comentários

Item 8

Ajude os estudantes a interpretar o esquema de teias alimentares apresentado nesse item. A exemplo do que é feito na legenda, destaque algumas cadeias alimentares presentes no esquema e saliente que todos os seres vivos dela participantes podem servir de alimento para os decompositores.

Mostre, também, que as cadeias podem ter um ou mais seres em comum, ou seja, que as cadeias alimentares se entrelaçam em uma teia alimentar.

Alguns exemplos de seres que participam de mais de uma cadeia na teia alimentar esquematizada são mostrados a seguir. O cupim faz parte das cadeias:

  • árvore séta cupim séta decompositores
  • árvore séta cupim séta tamanduá séta decompositores

O macaco faz parte de:

  • fruto séta macaco séta decompositores
  • fruto séta macaco séta gavião séta decompositores
  • fruto séta macaco séta onça séta decompositores

A atividade 9 do Use o que aprendeu consistirá em interpretações dêsse tipo.

Tema para pesquisa

Esse tema aborda um ponto importante da etnociência, o dos conhecimentos acumulados ao longo de muitas gerações pelos povos indígenas sôbre alimentos (e sua distinção de fungos, plantas e animais tóxicos).

Proponha a atividade e marque uma data para fazer uma roda de conversa na qual os estudantes exponham seus resultados. Esteja atento para que o ambiente seja cordial e com respeito entre todos, proporcionando igualmente a oportunidade de expressão.

Destaque a importância das contribuições indígenas para a alimentação brasileira e liste na lousa os exemplos alimentares à medida que surgirem na conversa. A seguir, incentive os estudantes a se manifestarem sôbre quais dêsses alimentos já experimentaram e quais consomem regularmente.

Aproveite para salientar a necessidade da valorização de saberes indígenas e comente que muitas tribos têm conhecimentos de longa data sôbre plantas medicinais, aprendidos e transmitidos, principalmente pelos pagés, ao longo de gerações. Alguns laboratórios de pesquisa de universidades e de companhias farmacêuticas se fundamentam nesses conhecimentos para pesquisar novos medicamentos.

Aproveite para diferenciar etnociência de pseudociência (a astrologia é um exemplo de pseudociência; suas pretensas alegações sôbre a influência dos astros no destino das pessoas não são fruto de metodologia científica, não são sistematicamente testadas e não estão sujeitas a refutação e reelaboração). Uma referência indicada ao docente, que contrapõe Ciência e pseudociência, é sígan, C. O mundo assombrado pelos demônios. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Seres vivos, podem ser: produtores, consumidores ou decompositores e tomam parte nas teias alimentares. Produtores: realizam fotossíntese. Decompositores: liberam no solo nutrientes, que são necessários aos produtores. Entre os decompositores há: fungos e bactérias.
Ícone. Lâmpada.

Atividades

Use o que aprendeu

1. Explique o que significa a seguinte representação:

Esquema. Árvore, seta para: lagarta, seta para: pássaro, seta para: serpente, seta para: gavião. De todos os termos, seta para: decompositores.
  1. Qual é a importância dos organismos decompositores na natureza?
  2. “O ser humano que vive nas cidades participa das cadeias alimentares, mas, quando morre, não está sujeito à atuação dos decompositores.”

Você concorda com essa afirmação ou discorda dela? Explique por quê.

4. Neste capítulo você estudou os seres vivos decompositores.

Você já presenciou algum acontecimento na sua casa que tenha a ver com eles? Relate esse acontecimento, ou acontecimentos, em seu caderno.

5. Represente uma cadeia alimentar na qual apareçam os seres vivos mostrados nestas fotos. Inclua fungos e bactérias na cadeia.

Fotografia. Animal roedor cinza.
Preá – . comprimento: 25 centímetros
Fotografia. Arbusto de folhas estreitas e compridas.
Touceira de capim. altura: 35 centímetros
Fotografia. Ave com pernas longas alaranjadas e plumagem bege com a extremidade preta.
Seriema –. Sua alimentação inclui serpentes. altura: 70 centímetros
Fotografia. Serpente rajada em cinza enrolada sobre si.
Jararaca-pintada – . comprimento: 60 centímetros
Fotografia. Animal canino com pelagem caramelo de pé na grama.
Lobo-guará – . altura: 75 centímetros
Respostas e comentários

Respostas do Use o que aprendeu

1. As folhas da árvore servem de alimento para a lagarta, que serve de alimento para o pássaro, que serve de alimento para a serpente, que, por sua vez, serve de alimento para o gavião. Todos esses organismos – árvore, lagarta, pássaro, serpente e gavião –, quando mortos, servem de alimento para os decompositores.

2. Eles fornecem nutrientes aos vegetais e impedem que o planeta fique coberto por restos de organismos mortos.

3. Cadáveres humanos, assim como os de outros animais, são decompostos após a morte. Mesmo dentro de um caixão enterrado, a decomposição ocorre.

4. Resposta pessoal. Esperam-se relatos de alimentos estragando-se e outros fatos correlatos.

5. capim séta preá séta jararaca-pintada séta seriema séta lobo-guará

De todos os seres representados nessa cadeia alimentar, devem partir setas em direção a “fungos e bactérias”, como indicado no esquema a seguir.

Esquema. Capim; seta para; preá; seta para; jararaca-pintada; seta para; seriema; seta para; lobo-guará. Todos estão ligados por setas a fungos e bactérias.

6. a) árvore (tronco) séta shitáque séta ser humano

b) árvore: produtor; shitáque: decompositor; ser humano: consumidor.

7. Autotróficos e heterotróficos. Seres autotróficos elaboram seu próprio alimento principalmente pela realização da fotossíntese. Seres heterotróficos obtêm nutrientes por consumo de outros organismos.

8. Uma cadeia alimentar é uma sequência de seres vivos na qual um serve de alimento para o pró­ximo. Uma teia alimentar é um conjunto for­mado por várias cadeias alimentares que se entrelaçam.

6. O cogumelo shitáque, usado na alimentação humana, é cultivado sobre tronco de árvore, de onde esse fungo retira alimento por meio da decomposição da madeira.

Fotografia. Dois cogumelos amarelos e marrons presos ao tronco de uma árvore.
Cogumelos shitáque vivendo em tronco. altura: 5 centímetros
  1. Represente uma cadeia alimentar que inclua os três seres vivos citados.
  2. Classifique todos eles como produtores, consumidores ou decompositores.
  1. No que diz respeito à nutrição, os organismos vivos podem ser classificados em duas grandes categorias. Quais são elas? Explique a diferença entre as duas.
  2. Qual é a diferença entre cadeia alimentar e teia alimentar?
  3. No item 8 deste capítulo há um esquema de teia alimentar. Consul­tan­do-o, represente em seu caderno quatro ou mais cadeias alimentares das quais participe:
    1. o capim;
    2. um gavião.
  4. As fêmeas de espécies de escaravelho que se alimentam de fezes fazem uma bolinha com os excrementos de animais herbívoros e nela põem seus ovos. Rolam essa bolinha por certa distância e, em seguida, a enterram.
Fotografia. Um inseto pequeno preto e vermelho apoiado em uma bolinha amarela recoberta por areia.
Escaravelho e bolinha de excremento. comprimento: 3 centímetros
  1. Esses escaravelhos atuam como decompositores ou consumidores?
  2. Qual é a vantagem, para os filhotes que nascerão, de os ovos serem postos no excremento?

11. “Não são só os seres autotróficos que dependem da luz solar para sua nutrição. Os heterotróficos também dependem.”

Você concorda com essa ideia ou discorda dela? Por quê?

  1. Elabore uma lista de fatores que atuam no contrôle da população de carnívoros de um ecossistema.
  2. Explique o que pode acontecer num ecossistema terrestre se a po­pulação de animais herbívoros não for controlada por predadores.
Ícone. Lupa.

Atividades

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

ESQUEMA

1. A seguir está esquematizada uma cadeia alimentar genérica de um ambiente terrestre. Cada retângulo representa o que é chamado de nível trófico (do grego trofé, ação de alimentar).

Esquema. Produtores; seta para: Consumidores primários; seta para: Consumidores secundários; seta para: Consumidores terciários. De cada um, seta para: decompositores.

qual ou quais dos níveis tróficos tanto pode ou podem:

  1. absorver gás carbônico da atmosfera quanto liberar gás carbônico nela?
  2. absorver gás oxigênio da atmosfera quanto liberar gás oxigênio nela?
Respostas e comentários

9. a) Entre as respostas possíveis, temos as seguintes. Em todas elas, devem ser incluídas setas, a partir de cada ser vivo, apontando para “decompositores” (a exemplo do que está no enunciado da questão 1):

  • capim séta capivara séta onça
  • capim séta lagarta séta pássaro séta gavião
  • capim séta lagarta séta pássaro séta serpente séta gavião
  • capim séta lagarta séta perereca séta serpente séta gavião

b) Entre as respostas possíveis, além das três últimas cadeias apresentadas no item a, temos as seguintes, em que também devem ser incluídas setas de cada organismo apontando para a palavra “decompositores”:

  • árvore séta lagarta séta pássaro séta serpente séta gavião
  • árvore séta lagarta séta perereca séta serpente séta gavião
  • árvore séta lagarta séta pássaro séta gavião
  • árvore séta cupim séta tamanduá séta onça
  • fruto séta lagarta séta perereca séta serpente séta gavião
  • fruto séta lagarta séta pássaro séta serpente séta gavião
  • fruto séta lagarta séta pássaro séta gavião
  • fruto séta pássaro séta gavião
  • fruto séta pássaro séta serpente séta gavião
  • fruto séta macaco séta gavião
  • fruto séta macaco séta onça

10. a) Os escaravelhos mencionados atuam como consumidores detritívoros.

b) Os filhotes nascerão com um estoque que garantirá disponibilidade de alimento, pois são detritívoros. (Fica a seu critério, se julgar conveniente, explicar que, em função do fato relatado no enunciado, o escaravelho em questão é conhecido, em algumas regiões do país, como “rola-bosta”.)

11. Espera-se que os estudantes concordem com a afir­ma­ção, porque os seres heterotróficos depen­dem dos seres autotróficos para sua nutrição (por inter­médio das teias alimentares). E os seres autotróficos, por sua vez, dependem da luz para fazer fotossíntese.

12. Entre os muitos fatores, podemos citar a quanti­dade de animais que lhes servem de alimen­to, a quan­tidade de predadores naturais, a presen­ça de agentes causadores de doenças fatais e, even­tual­mente, alterações brus­cas (naturais ou sob ação humana) no ecossistema, tais como seca prolon­gada, desmatamento ou mudanças acentuadas no clima da região.

13. O aumento da quantidade de herbívoros trará, por consequência, maior consumo de plantas. A re­dução da quantidade de plantas poderá levar à mor­te dos herbívoros por falta de alimen­to.

TEXTO DA INTERNET

Leia o texto para realizar as atividades 2 a 4. Procure no dicionário todas as palavras que não conheça.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: saúde.

Comestível ou venenoso?

“Existem cogumelos comestíveis, como (champinhon), e cogumelos venenosos, como (amanita), (ramaria) e (cogumelo mágico), entre outros.

É muito difícil a identificação correta dos cogumelos. Somente com auxílio de especialistas se consegue diferenciar cogumelos comestíveis e venenosos.

A grande maioria dos casos de intoxicação por cogumelos é decorrente da coleta e ingestão de exemplares [venenosos] por pessoas que os confundem com cogumelos comestíveis. Outras fórmas de intoxicação incluem a ingestão proposital, crus, na fórma de chás, sopas ou misturados a alimentos.

A intoxicação por cogumelos venenosos pode ocorrer tanto em humanos como em animais.

Atenção: As intoxicações por cogumelos causam a morte em 10-15% (dez a quinze por cento) dos casos.”

Fonte: ACIDENTES com fungos. Porto Alegre: Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul. Disponível em: https://oeds.link/T4Ndug. Acesso em: 12 abril 2022.

Fotografia. Uma colônia de cogumelos com a base branca e a parte de cima alaranjada.
Cogumelo venenoso da espécie . altura: até 15 centímetros
  1. Explique o que significa o trecho “coleta e ingestão de exemplares [venenosos] por pessoas que os confundem com cogumelos comestíveis”.
  2. Com base no segundo parágrafo do texto, que sábio conselho você daria a alguém que pretende coletar cogumelos em um ambiente natural para comê-los na refeição?
  3. Indique, no caderno, qual das ideias a seguir faz parte do texto.
    1. Uma pessoa intoxicada por cogumelo pode morrer.
    2. Intoxicação por cogumelo sempre é fatal.
    3. Animais são imunes à intoxicação por cogumelos.
    4. Os cogumelos não oferecem risco à saúde de quem os ingere de modo proposital.

DITADO POPULAR

5. Um ditado popular bastante conhecido diz que “uma fruta podre no cesto pode provocar o apodrecimento das outras”.

Levando em conta o que você aprendeu neste capítulo, explique por que devemos, o quanto antes, tirar a fruta podre do cesto.

Ilustração. Menino de cabelo castanho cacheado, veste uma camiseta azul com duas listras vermelhas e está sentado na cadeira na frente de uma mesa. Ele olha com uma das sobrancelhas arqueadas para uma cesta com frutas amarelas que está sobre a mesa. Uma das frutas está coberta por uma camada branca.
Respostas e comentários

Respostas do Explore diferentes linguagens

1. a) Produtores, pois realizam fotossíntese e respiração celular.

b) Produtores, pois realizam respiração celular e fotossíntese.

2. Pessoas recolhem do ambiente e comem cogumelos que pensam ser comestíveis, não venenosos.

3. Espera-se que o conselho seja para jamais coletar fungos com a intenção de ingeri-los. Retome com os estudantes que é extremamente arriscado coletar cogumelos para se alimentar deles. Não seguir essa orientação pode causar intoxicações graves e até a morte.

4. Uma pessoa intoxicada por cogumelo pode morrer. A ideia expressa em a faz parte do texto.

5. Considerando que a fruta apodreceu porque nela se desenvolveram organismos de­com­po­si­to­res, ela deve ser retirada quanto antes para que eles não passem para as outras frutas.

tê cê tê Saúde

As atividades 2 a 4 e 10 a 13 do Explore diferentes linguagens relacionam-se ao Tema Contemporâneo Trans­versal (tê cê tê) Saúde, que está inserido na macroárea de mesmo nome.

De ôlho na Bê êne cê cê!

As atividades 2 a 4 e 10 a 13 do Explore diferentes linguagens favorecem cuidar de si, do seu corpo e bem-estar recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza, indo ao encontro do que é preconizado na competência específica 7.

Visão crítica sôbre

Aproveite as atividades 2 a 4 do Explore diferentes linguagens para abordar em sala o problema das fêique níus que sugerem práticas alimentares que supostamente curam ou previnem enfermidades. Saliente a necessidade de conferir a procedência e a veracidade das informações recebidas e/ou acessadas.

De ôlho na Bê êne cê cê!

A atividade 5 do Explore diferentes linguagens valoriza um conhecimento cultural e historicamente adquirido, possibilitando o desenvolvimento da competência geral 1. Aproveite essa atividade para comentar que alguns saberes populares têm sentido e podem ser explicados cientificamente. Outros não.

Aqui, tem-se a oportunidade de estimular o pluralismo de ideias e o pensamento crítico. Os saberes populares não podem ser todos “rotulados” como cientificamente corretos ou como tolices. Cada caso é um caso.

Saliente a necessidade de, em caso de dúvida, consultar uma fonte confiável de informações.

CHARGES

Charge. Dois homens vestindo chapéu, camisa esverdeada, calça azul e mochila, estão parados no meio de uma floresta. Na frente deles há uma árvore caída com um esqueleto embaixo. Eles olham para uma placa pendurada em uma árvore próxima que diz: Você está perdido. Um dos homens diz: sem pânico! Tem outra placa ali. A segunda placa diz: Bem-vindos à cadeia alimentar.

6. Por meio da frase “Bem-vindos à cadeia alimentar”, cria-se uma situação humorística que sugere que os personagens se incorporarão à cadeia alimentar.

Eles serão predadores ou predados?

7. Que papel os seres decompositores terão nesse processo?

Charge. Um urubu sentado em uma cadeira na frente de uma mesa com uma taça, um guardanapo e uma vela acesa. De frente para a mesa, um homem careca de colete, gravata borboleta e um pano pendurado no braço escreve em uma folha de papel. Ele diz: como quer a carne? O urubu responde: podre.
  1. Os urubus atuam como decompositores, necrófagos ou detritívoros? Explique sua escolha.
  2. Na natureza, que importante papel é desempenhado por decompositores, necrófagos e detritívoros?

TEXTO DA INTERNET

Leia o texto para realizar as atividades 10 a 13.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: saúde.

“Os comportamentos de higiene relacionados aos alimentos são importantes para que eles não fiquem contaminados ou até mesmo estragados. Mas qual a diferença?

Um alimento contaminado é aquele que contém bactérias prejudiciais à saúde, mas que continua com cheiro, gôsto e aparência normais.

Um alimento estragado é aquele que já tem cheiro, sabor e aparência modificados (alimento podre). Isso acontece porque esse alimento já estava contaminado e, com o passar do tempo, as bactérias se multiplicaram.

Tanto os alimentos contaminados como os estragados podem causar problemas como diarreia, vômitos e até morte. reticências

Fonte: RECINE, Elisabetta; RADAELLI, Patrícia. Cuidados com os alimentos. Brasília, Distrito Federal: Departamento de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (); Área Técnica de Alimentação e Nutrição do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Política de Saúde do Ministério da Saúde (). Disponível em: https://oeds.link/Zknkjs. Acesso em: 12 abril 2022.

  1. O texto estabelece uma diferença entre alimento contaminado e alimento estragado. Algum deles pode ser ingerido com segurança? Por quê?
  2. Além das bactérias, que outro tipo de ser vivo é encontrado com frequência em alimentos contaminados ou estragados?
  3. Às vezes, alimentos se estragam porque emboloram. O que é o bolor?
  4. Imagine que certo alimento tem uma parte estragada e outra não.

Explique por que não é seguro ingerir a parte que não está estragada.

Respostas e comentários

6. Serão predados, ou seja, servirão de alimento para predador ou predadores.

7. Eles decomporão os restos não consumidos pêlo ou pêlos predador ou predadores, reintegrando nutrientes ao solo (e, consequentemente, reintegrando esses nutrientes às cadeias alimentares).

8. Necrófagos, pois alimentam-se de cadáveres de animais que não foram mortos por eles.

9. Reintegrar restos de seres vivos às cadeias alimentares.

10. Nenhum é seguro, pois podem provocar diarreia, vômitos e até a morte.

11. Os fungos.

12. É um ser vivo do tipo fungo, que contaminou o alimento e nele se multiplicou.

13. A parte que não está estragada (isto é, que ainda não sofreu alteração de aspecto e odor) já pode estar contaminada com as bactérias ou com os fungos que estragaram a outra parte e pode ser prejudicial à saúde se for ingerida.

ESQUEMA

14. De quantas cadeias alimentares o sabiá participa na teia alimentar esquematizada? Represente cada uma delas.

Esquema. Ilustrações de seres vivos com informações sobre seu tamanho e setas. Planta (altura: 30 centímetros); setas para: sabiá, grilo e preá. Sabiá (comprimento: 25 centímetros); setas para: gavião. Grilo (comprimento: 3 centímetros); setas para: aranha, sabiá, louva-a-deus, rã e lagarto. Preá (comprimento: 25 centímetros); seta para: gavião. Aranha (comprimento: 8 centímetros); setas para: lagarto e sabiá. Rã (comprimento: 15 centímetros); seta para: jararaca. Lagarto (comprimento: 80 centímetros); seta para: gavião. Louva-a-deus (comprimento: 7 centímetros); setas para: sabiá, aranha, rã e lagarto. Jararaca (comprimento: 1 metro); seta para: gavião. Gavião (envergadura: até 2 metros).
(Seres vivos ilustrados fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

FRASE

15. Em uma palestra, um estudioso disse:

“Considerando o planeta Terra como um todo, quando jogamos alguma coisa fóra, não a estamos jogando fóra de verdade.”

Reflita sôbre a atuação do ser humano no planeta. A seguir, explique essa frase em seu caderno e escreva um comentário sôbre como ela se relaciona com o futuro da humanidade.

Seu aprendizado não termina aqui

Agora que você conhece exemplos da atuação de organismos decompositores, fique atento aos sinais de sua presença na sua casa e, quando for o caso, converse com seus fami­liares sôbre medidas que devem ser tomadas para que eles não tragam prejuízos à saúde.

Respostas e comentários

14. Cinco.

São elas:

  • planta séta sabiá séta gavião
  • planta séta grilo séta sabiá séta gavião
  • planta séta grilo séta aranha séta sabiá séta gavião
  • planta séta grilo séta louva-a-deus séta sabiá séta gavião
  • planta séta grilo séta louva-a-deus séta aranha séta sabiá séta gavião

15. Ao jogar algo “fóra”, esse algo permanece no planeta Terra, não sai dele. Se a quantidade de lixo jogado “fóra” continuar aumentando, o acúmulo dêsse lixo no planeta agravará problemas como a poluição e o esgotamento de recursos naturais.

De ôlho na Bê êne cê cê!

A atividade 15 do Explore diferentes linguagens potencializa a competência geral 7 e a competência específica 5 porque favorece desenvolver a capacidade de construir argumentos, negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o consumo responsável.

Além disso, a atividade 15 já inicia a reflexão sôbre aspectos de educação ambiental que, por indicação da Bê êne cê cê, serão tratados oportunamente, em outros volumes.

Seu aprendizado não termina aqui

A ideia dessa seção é instigar a vontade de saber mais. E isso fica por conta do desejo dos estudantes. A sugestão apresentada nesse caso específico dá margem para que se informem sôbre temas como alergias, micoses, intoxicações alimentares etcétera

De ôlho na Bê êne cê cê!

O Seu aprendizado não ter­mina aqui favorece o desenvolvimento da competência geral 10 e da competência específica 8, pois estimula agir pessoal e coletivamente com autonomia e responsabilidade, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões referentes à saúde individual.

Turmas numerosas

A proposta da atividade de fechamento da unidade, comentada a seguir, é relevante ao trabalhar com turmas numerosas. Ela permite ressaltar as qualidades de todos que compõem a turma, ou seja, as habilidades de conhecimentos, de atitudes e de valores que cada um tem. Nesse sentido, esteja atento na formação dos grupos, de modo que a divisão de trabalho contemple essa variedade de habilidades e os estudantes possam também aprender com seus pares.

Ícone. Símbolo de hashtag.

Fechamento da unidade

Isso vai para o nosso blog!

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: saúde.

Higiene

A critério do professor, a classe será dividida em grupos e cada um deles criará e manterá um blog na internet sôbre a importância do que se aprende em Ciências da Natureza. Nesta atividade, a meta é selecionar informações (acessar, reunir, ler, analisar, debater e escolher as mais relevantes e confiáveis) relacionadas aos tópicos a seguir para incluir no blog.

Ilustração. Em uma sala de aula, quatro estudantes. Menina negra de cabelo curto com pequenos laços verdes sentada em uma cadeira de rodas. Na frente dela há um notebook aberto. Ao redor, menino asiático de cabelo preto curto, menina branca de cabelo ruivo com uma presilha roxa apontando para a tela do computador e menino negro de cabelo castanho curto. Todos usam uniforme (camiseta de manga curta branca com detalhes em azul). Da tela do computador há retângulos coloridos dos quais saem linhas de chamada para textos. Vermelho: Que hábitos de higiene fazem parte de uma vida saudável? Quais deles são diários? Quais devem se repetir várias vezes ao dia? Azul: O que causa o mau hálito? E o cheiro de chulé? Como preveni-los? Roxo: Podem existir fungos e bactérias em nosso corpo? Eles podem causar doenças? Amarelo: Quais são os cuidados necessários com as unhas? Verde: Que produtos de higiene são realmente indispensáveis?  Lilás: Que hábitos de higiene devem ser adquiridos ou intensificados na puberdade? Laranja: O exagero ou a prática incorreta de algum hábito de higiene podem trazer problemas de saúde?
Respostas e comentários

Fechamento da unidade A

Objetivo: Propiciar uma situação de trabalho em que os estudantes se interessem por informações referentes à higiene e, a partir de seu aprendizado, adotem e mantenham hábitos adequados de higiene.

Comentário: A presença de uma atividade de construção coletiva de conhecimentos envolvendo o tema higiene no livro do 6º ano é uma importante demanda dos professores de Ciências.

A realização dessa atividade nessa altura do curso se justifica não apenas pelo momento do desenvolvimento físico dos estudantes, como também pela relação do tema com fungos e bactérias e o papel decompositor desempenhado por esses seres.

Sugere-se que cada equipe coloque em seu blog textos, desenhos e fotos que mostrem a importância da higiene corporal para a convivência, o crescimento e o desenvolvimento saudáveis: banho diário, lavagem das mãos antes das refeições e após as eliminações, limpeza de cabelos e unhas, higiene bucal. Incluir notícias de jornais e revistas sôbre tratamento e distribuição de água, tratamento de esgotos e doenças de veiculação hídrica. Ler e debater os assuntos mostrados nas notícias.

A ideia de trabalhar esse tema com blog e discussões é propiciar a intensa participação dos estudantes, favorecendo o aprendizado do tema e, sobretudo, a incorporação de atitudes. O fato de ser uma atividade grupal, acompanhada de discussões, proporciona a percepção de que hábitos de higiene, além de benefícios à saúde, têm implicações na convivência social.

Essa atividade desenvolve muitas habilidades motoras, sociais e intelectuais. As chamadas inseridas no livro do estudante são apenas ponto de partida. Considerando a realidade local, inclua ou privilegie pontos relevantes.

tê cê tê Saúde

Essa atividade de encerramento da unidade, em função de sua temática e dos reflexos positivos que pode ter sôbre os estudantes, no que diz respeito ao autocuidado com o corpo, está ligada ao Tema Contemporâneo Trans­versal (tê cê tê) Saúde.

De ôlho na Bê êne cê cê!

A atividade de fechamento de unidade favorece as competências gerais 1, 4, 5, 9 e 10 e as competências específicas 4, 6 e 8 (conforme comentado na parte inicial deste Manual do professor). O trabalho específico com o tema higiene também estimula a competência específica 7, pois incentiva apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza.