UNIDADE A

CAPÍTULO 1 Biodiversidade

Fotografia. Paisagem composta por um riacho no meio de pedras. Ao redor, uma floresta com vegetação densa. No fundo, montanha.
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no estado do Rio de Janeiro, é uma das unidades destinadas à conservação do patrimônio biológico nacional. (2021.)

Motivação

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: meio ambiente.

EM DESTAQUE

Parque Nacional da Serra dos Órgãos

“Uma das maiores, mais antigas e mais visitadas unidades de conservação, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos estende suas altas montanhas por quatro municípios da região serrana do Rio de Janeiro e aposta nas pesquisas, no ecoturismo e na fiscalização para preservar a rica biodiversidade em seus vários ecossistemas

A placa alerta o visitante: ‘Ao observar formação de nuvens no alto da serra, retire-se imediatamente das proximidades do rio’. O aviso, que menciona os riscos das trombas-d’água, pedras escorregadias e animais peçonhentos, também pede respeito à fôrça da natureza no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), uma das unidades de conservação mais antigas e mais visitadas do Brasil. São 20 mil hectares que se espalham pelos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim, na região serrana do Rio de Janeiro.

reticências

A população de bichos é grande nos diversos ecossistemas da Serra dos Órgãos. Além das aves, são 81 espécies de répteis, 107 de anfíbios e 112 de mamíferos, entre os quais os ameaçados gato-maracajá, gato-do-mato-pequeno, jaguatirica, preguiça-de-coleira, a onça-parda (suçuarana ou puma) e o muriqui-do-sul (Braquiteles Aracnóides), o maior primata do continente americano. Mas também há perdas, segundo a pesquisadora Cecília de Faria: ‘A onça-pintada, a anta e o queixada estão provavelmente extintos na região devido à caça e perda de hábitat’.

O homem ainda é a principal ameaça à unidade de conservação, reconhece Leandro Goulart, chefe do Parnaso. ‘A especulação imobiliária e o parcelamento do solo para a construção de condomínios prejudicam a conexão com outros fragmentos de mata e o crescimento desordenado de comunidades do entorno, que não seguem uma regra de ocupação do solo, também favorece a fragmentação.’ No interior do parque, a caça e a extração de palmito são os problemas que mais dão trabalho aos fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (í cê ême bio), apoiados por órgãos ambientais da região.

Além da fiscalização, a chefia do parque aposta em dois outros pilares de apoio à preservação: a pesquisa e o ecoturismo. Cecília de Faria, que coordena as pesquisas, diz que a Serra dos Órgãos é a unidade de conservação federal mais pesquisada. O número de estudos já passa dos 500. ‘Todas as atividades têm por objetivo a conservação da natureza, seja através da conscientização das pessoas que visitam o parque, do combate ao crime ambiental ou do monitoramento da biodiversidade’, explica a coordenadora.

reticências

Fonte: CONTE, P. Acima das nuvens. Terra da Gente, página 52-59, março 2014.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Bioma

A palavra bioma pode ser entendida como uma grande comunidade de seres vivos, adaptada às condições de certa região, e que tem uma vegetação que lhe é característica. A Mata Atlântica é um exemplo de bioma. O Parque Nacional da Serra dos Órgãos está inserido nesse bioma.

Desenvolvimento do tema

1. O que significa fazer uma classificação?

Imagine que você fosse o gerente de um supermercado. Como parte de sua atividade, deveria orientar os funcionários para que arrumassem as mercadorias nas prateleiras de modo que facilitasse aos consumidores encontrar o que procuram. Para isso, você teria de escolher um critério para separar as mercadorias e explicar esse critério aos funcionários.

Você poderia separar os produtos pelo preço, pelo tipo de embalagem ou pela quantidade, em gramas, ou, ainda, pelo nome, em ordem alfabética. Outra possibilidade seria agrupar as mercadorias pela finalidade a que se destinam — limpeza, alimentação, vestuário, brinquedos, eletrodomésticos etcétera Algumas maneiras de arrumar as mercadorias podem ser mais vantajosas que outras.

Agrupar as mercadorias seguindo um critério escolhido é fazer uma classificação delas. Há muitas maneiras de organizar um supermercado. Cada uma tem suas vantagens e suas desvantagens. Uma coisa, porém, é certa: qualquer critério de classificação deve se basear na observação das características das mercadorias, pois são elas que permitem estabelecer a classificação.

Ícone. Caderno.

ATIVIDADE

Para fazer no seu caderno

Você já parou para pensar na classificação dos seres vivos que você conhece? Faça uma lista de pelo menos vinte seres vivos e identifique padrões que possibilitem agrupá-los em diferentes categorias.

2. A variedade dos seres vivos

Desde pequenas, as crianças começam a perceber que há muitos tipos de seres vivos. Ao notar as diferenças entre eles e usar um nome diferente para cada um, a criança demonstra curiosidade em conhecê-los e, desde cedo, habilidade para agrupar e para distinguir os seres vivos de acordo com suas características. Ao crescer, muitas pessoas acabam perdendo essa curio­sidade, enquanto outras a mantêm.

Os biólogos são cientistas que se preocupam em conhecer melhor os seres vivos e suas características. A Ciência estudada por eles é a Biologia.

Uma parte muito importante no estudo dos seres vivos é conseguir perceber as semelhanças e as diferenças entre eles para, então, classificá-los. Um critério deve ser adotado. No entanto, há muitos critérios possíveis. Cada um deles tem suas vantagens e desvantagens.

3. Classificando os seres vivos

Plantas e algas são autotróficos

Uma maneira de classificar os seres vivos seria pelo seu tamanho, ou pela letra inicial do nome ou, ainda, pela sua cor. Muitas outras maneiras poderiam ser elaboradas. Veremos algumas delas neste capítulo e nos seguintes.

Fotografia. Planta de folhas longas e compridas sobre o tronco de uma árvore. Essas folhas são listradas em dois tons de verde. As folhas saem de uma mesma base e são dispostas em forma de roseta.
As plantas produzem o próprio alimento por meio da fotossíntese. Na foto, bromélia no Parque Estadual da Serra do Mar, em Juquitiba, São Pauloponto (2020.)

Um dos critérios que os biólogos escolheram diz respeito à maneira como o ser vivo obtém alimento.

As plantas e as algas são exemplos de seres vivos que fazem fotossíntese. Esse é um processo pelo qual água e gás carbônico são transformados em açúcar (empregado como alimento) e gás oxigênio. Os seres vivos que são capazes de produzir seu próprio alimento são denominados auto­tró­ficos.

Animais são heterotróficos

Os animais, diferentemente das plantas e das algas, não realizam fotossíntese. Por isso se alimentam de outros seres vivos. Os organismos que não produzem seu próprio alimento são chamados de heterotróficos.

Fotografia. Ave de coloração azul, bico largo, curvado para baixo e de cor preta com detalhe amarelo na base da parte inferior, empoleirada alimentando-se de um fruto arredondado e de cor esverdeada, que ela segura com o auxílio de um dos pés.
Animais são heterotróficos. Arara-azul comendo acuri. (Aquidauana, Mato Grosso do Sul, 2021.) envergadura: até 1,30 métro

Fungos são heterotróficos

Os cogumelos não fazem fotossíntese e, portanto, não são autotróficos. Eles crescem sobre restos de matéria em decomposição, como folhas caí­das, fezes e cadáveres, dos quais se alimentam. Logo, os cogumelos são heterotróficos, e há muito tempo não são mais classificados como plantas.

Os biólogos não colocam os cogumelos no grupo dos animais nem no das plantas. Eles são classificados como fungos. Além dos cogumelos, o grupo dos fungos inclui muitos outros seres, como os bolores que crescem sobre as frutas e o pão.

São conhecidos muitos seres vivos que não se encaixam no grupo dos animais, no das plantas ou no dos fungos, tais como as bactérias e as algas. Vamos mencionar os grupos que englobam esses outros seres vivos no item 12 deste capítulo.

Fotografia. Uma colônia de cogumelos brancos, com formato de chapéu,  crescendo no solo de uma mata. Ao fundo, há algumas árvores.
Fungos são heterotróficos. Cogumelos sobre galho caído. altura: 7 centímetros
Fluxograma. Cinco balões com texto, conectados por setas. Os elementos permitem os seguintes caminhos: 
Seres vivos podem ser divididos em animais, plantas, fungos e outros, que serão mencionados oportunamente.
Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A palavra “autotrófico” vem do grego , por si próprio, e trofé, nutrição. Ela se refere ao ser que se nutre por si próprio.

A palavra “heterotrófico” vem do grego étero, outro, e trofé, nutrição. Ela se refere ao ser que se nutre de outros organismos.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

• autotrófico ou autótrofo • heterotrófico ou heterótrofo

4. O conceito de espécie

Um pé de alface não dá tomates como fruto. Nem o tomateiro produz laranjas. Uma cadela não dá à luz gatos. Tampouco uma gata tem sapos como filhotes.

De observações simples como essas surgiu a ideia de espécie de ser vivo: grupo de seres vivos que podem cruzar em condições naturais e originar descendentes férteis. Indivíduos de uma certa espécie geram descendentes que pertencem a essa mesma espécie. Um indivíduo de determinada espécie não pode nascer de um indivíduo de outra espécie. Uma espécie se distingue de outra pelas características comuns compartilhadas por seus indivíduos.

5. Nome das espécies: o sistema de Lineu

O sistema de classificação dos seres vivos usado atualmente pelos biólogos é baseado no trabalho do cientista sueco Carôlus Línius (1707-1778), conhecido como Lineu. Ele passou boa parte da vida estudando os seres vivos, observando suas características e agrupando-os conforme suas semelhanças.

Um mesmo ser vivo pode ser chamado por nomes diferentes, de acordo com o lugar. Para contornar esse problema, Lineu propôs que cada espécie fosse chamada por um nome constituído por duas palavras, ambas geralmente derivadas do latim ou do grego. (O latim é uma língua que foi falada no antigo Império Romano. Dele derivam muitas línguas atuais, como o português, o espanhol, o francês e o italiano.)

Deve-se escrever a primeira palavra do nome de uma espécie com a inicial maiúscula e todas as outras letras minúsculas. A segunda palavra deve ser escrita com letras minúsculas. O nome todo deve estar destacado do restante do texto, sendo normalmente escrito em itálico — quer dizer, com aquelas letras inclinadas — ou sublinhado. O nome científico do gato doméstico, por exemplo, pode ser escrito como Felís cátus ou Felís cátus.

Fotografia. Um tucano, ave de penas pretas, pescoço branco e bico alongado e levemente curvado para baixo, de cor laranja com detalhes em preto, empoleirado no galho de uma árvore.
Rãmfástos tôcu, o tucanuçu. comprimento: 56 centímetros
Fotografia. Um tucano, ave de penas pretas, peito avermelhado, pescoço amarelo e bico alongado e levemente curvado para baixo, de cor esverdeada, empoleirado no galho de uma árvore.
Rãmfástos dicolórus, o tucano-de-bico-verde. comprimento: 46 centímetros
Fotografia. Tartaruga, animal com casco achatado e patas anteriores achatadas e alongadas, no fundo do mar.
Quelônia mídas, a tartaruga-verde. comprimento: 1 métro

6. Gênero

Lineu reuniu as espécies que tinham muitas semelhanças em um grupo maior, chamado gênero. Assim, por exemplo, a onça-pintada, o leão, o tigre e o leopardo pertencem ao mesmo gênero, o gênero Pantéra.

Da mesma fórma, o cão doméstico e o coiote são espécies diferentes, mas que pertencem ao mesmo gênero.

No nome de uma espécie, a primeira palavra indica o gênero, e as duas palavras juntas indicam a espécie. A segunda palavra do nome da espécie, sozinha, não tem significado. Ela deve ser sempre escrita acompanhada do gênero, formando o nome da espécie. Assim, por exemplo, no caso do gato doméstico, Felís cátus, o gênero é . A espécie não é , mas sim Felís cátus.

Fotografia. Felino de grande porte, com patas largas e compridas, rabo fino, longo e com a ponta preta e com juba exuberante em cima de uma rocha.
Leão: Pantéra léo. comprimento: 2,5 métros
Fotografia. Felino de grande porte com coloração amarela e de manchas circulares pretas sentada no galho de uma árvore.
Onça-pintada: Pantéra ônca. comprimento: 1,7 métro
Fotografia. Felino de grande porte com colocação alaranjada e faixas pretas, em um ambiente coberto por neve.
Tigre: Pantéra tigris. comprimento: 2,8 métros

EM DESTAQUE

O comedor de formigas

Embora possam parecer complexos, os nomes científicos das espécies têm uma origem lógica.

Vejamos, por exemplo, o caso do tamanduá: Mirmecófaga tridactíla. Essas palavras vêm do grego. O nome do gênero, , vem de , formiga, e , que se alimenta de. E a palavra vem de , três, e , dedos. Na verdade, o tamanduá não tem só três dedos, mas três deles são mais desenvolvidos, dando essa impressão.

Muitos dos nomes não científicos também têm origem lógica. “Tamanduá” vem do tupi , que é composto de , formiga, e , caçador.

Fotografia. Tamanduá, animal com pelagem marrom, focinho comprido e uma cauda bastante peluda, caminhando em meio à vegetação rasteira.
O formato do focinho e a comprida língua do tamanduá-bandeira permitem que ele alcance formigas em locais pouco acessíveis. (Poconé, Mato Grosso, 2017.) comprimento do focinho à cauda: 2,2 métros

Elaborado com dados obtidos de: REIS, N. R. êti áli. (organizador). Mamíferos do Brasil: guia de identificação. Rio de Janeiro: Technical Books, 2010.

7. Diferenças individuais em uma espécie

Mesmo dentro de uma determinada espécie, os indivíduos não são exatamente iguais. Veja, por exemplo, o caso da espécie humana. Todos os seres humanos pertencem à mesma espécie, mas existem notáveis diferenças de uma pessoa para outra. Apesar de possuírem características individuais eventualmente bem distintas, existe a possibilidade de que um homem e uma mulher, não importa em qual lugar do mundo tenham nascido, deem origem a descendentes. Estes, por sua vez, também poderão ter descendentes, que também pertencerão à espécie humana.

Outro exemplo em que podemos observar as diferenças individuais com facilidade é no caso dos cães domésticos: todos pertencem à mesma espécie, apesar da grande diversidade de aspectos. Variação nas características individuais é algo que acontece em todas as espécies.

Fotografia. Close de rosto de menino asiático com o cabelo curto, preto e liso. Ele olha para a frente e sorri. Fotografia. Close de rosto de menino negro com cabelo raspado. Ele olha para a frente e sorri. Fotografia. Menino indígena com cabelo curto, preto e liso. Ele usa um colar branco, acessórios vermelhos na cabeça, braços e tronco e tem pinturas de cor escura no rosto, no braço e no peito. Fotografia. Menino branco com cabelo curto, loiro e liso. Ele usa camiseta azul clara, olha para frente e sorri.
Todos os seres humanos pertencem à mesma espécie: Omo sápiens. Os membros dessa espécie, como os de qualquer outra, apresentam diferenças individuais. É importante respeitar e valorizar as diferenças, pois elas fazem de nós, humanos, uma espécie plural e diversa. Discriminar qualquer pessoa por qualquer característica, seja ela física, cultural ou religiosa, é crime.

EM DESTAQUE

Categorias de classificação dos seres vivos

Apenas para que você tenha uma noção, além de gênero e espécie, os biólogos utilizam outras categorias para agrupar os seres vivos.

Uma ou mais espécies formam um gênero. Um ou mais gêneros constituem uma família. Uma ou mais famílias compõem uma ordem. Uma ou mais ordens constituem uma classe. Uma ou mais classes formam um filo. Vários filos são reunidos em um reino. Um ou mais reinos constituem um domínio.

Esquema. Na primeira linha de cima, Domínio (Eukarya, eucariotos): figura de um furão, um cogumelo, uma ave, um lêmure, uma planta, uma joaninha, um leão, uma mulher, um homem primitivo segurando uma lança, um chimpanzé, uma água viva, um esquilo, um polvo, uma borboleta, uma serpente, um arbusto, um peixe, um jacaré e uma árvore. Segunda linha: Reino (Animalia, animais): figura de um furão, uma ave, um lêmure, uma joaninha, um leão, uma mulher, um homem primitivo segurando uma lança, um chimpanzé, uma água-viva, um esquilo, um polvo, uma borboleta, uma serpente, um peixe e um jacaré. Terceira linha: Filo (Chordata, cordados): figura de um furão, uma ave, um lêmure, um leão, uma mulher, um homem primitivo segurando uma lança, um chimpanzé, um esquilo, uma serpente, um peixe e um jacaré. Quarta linha: Classe (Mammalia, mamíferos): figura de um furão, um lêmure, um leão, uma mulher, um homem primitivo segurando uma lança, um chimpanzé e um esquilo. Quinta linha: Ordem (Primates, primatas): figura de um lêmure, uma mulher, um homem primitivo segurando uma lança e um chimpanzé. Sexta linha: Família (Hominidae, hominídeos): figura de uma mulher, um homem primitivo segurando uma lança e um chimpanzé. Sétima linha: Gênero (Homo): figura de uma mulher e um homem primitivo segurando uma lança. Oitava linha: Espécie (Homo sapiens): figura de uma mulher.
(Imagem dos seres vivos sem proporção entre si.) O ser humano (Omo sápiens) dentro da classificação dos seres vivos. (Os nomes em itálico vêm do latim ou do grego.)

Fonte do esquema: , C.; mér, V. B. Biology: Science for life. sexta edição Nova York: Pearson, 2019. página 216.

8. Biodiversidade

Você já tinha ouvido falar em biodiversidade? Provavelmente já, pois essa palavra vem sendo cada vez mais usada. Mas o que ela significa?

Biodiversidade é a palavra usada para expressar a varie­dade de espécies de seres vivos que existem no planeta Terra (ou em uma região em particular), a variedade de aspectos que existem dentro de uma mesma espécie e também a complexidade das interações entre as diversas espécies de uma região.

A variedade de fórmas de vida é muito importante, por diversas razões. Considere, por exemplo, o caso dos seres vivos decompositores. A vida seria impossível sem eles, pois decompõem fezes e organismos mortos, liberando no ambiente, na fórma de nutrientes, os materiais neles presentes, que, agora, podem ser utilizados pelas plantas.

Muitos animais, algas e plantas constituem fontes de alimento para nós e para outros animais. As algas e as plantas, além de serem o começo das cadeias alimentares, são importantes fontes de substâncias que atuam como medicamentos.

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

O ser humano depende da biodiversidade? Por quê?

Que motivos temos para conservá-la?

Ícone. Grupo com três pessoas.

ATIVIDADE

Trabalho em equipe

Aproveitando o tema discutido em grupo, redijam uma (simulação de) carta a uma autoridade federal (deputado, senador ou presidente) expondo a importância de conservar a biodiversidade de determinado ambiente e justificando-a.

EM DESTAQUE

A cura do câncer e da aids: esperanças destruídas?

Ninguém sabe ao certo quantas espécies de seres vivos existem no planeta Terra, pois nem todas as espécies foram descobertas.

O número de espécies que já foram catalogadas não chega a 2 milhões. É muito difícil ter o número exato, pois, além de esses dados estarem espalhados por muitos jornais de circulação no meio científico, a cada dia várias novas espécies são identificadas e catalogadas.

As estimativas sobre quantas existem ao todo variam muito. Há quem diga que podem existir 100 milhões de espécies diferentes na Terra, mas as opiniões frequentemente convergem para algo em torno de 10 milhões.

O ser humano, com suas intervenções no ambiente, está destruindo cada vez mais espécies. Muitas foram destruídas antes de serem descobertas e estudadas pelos cientistas.

E se alguma delas contivesse as substâncias para curar a aidis ou o câncer? Uma vez que elas desapareceram, jamais se saberá!

Elaborado com dados obtidos de: CUNHA, A. P. (coordenação). Farmacognosia e Fitoquímica. segunda edição Lisboa: Fundação caluste golbekiân, 2010.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Um estudo relevante estima que o número total de espécies é de 8,7 milhões, com incerteza de 1,3 milhão, para mais ou para menos. Para você ler o que a imprensa divulgou sobre o estudo, dê uma busca pela expressão “8,7 milhões de espécies”.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: multiculturalismo.

EM DESTAQUE

Como a biodiversidade está ligada à diversidade cultural?

“Desde que surgiram, os seres humanos modelaram e administraram a biodiversidade e o mundo natural, reticências ecossistemas e paisagens. As culturas, por sua vez, foram moldadas por seus ambientes naturais. Hoje, as comunidades indígenas e locais frequentemente desempenham um papel fundamental na conservação da biodiversidade, mantendo sistemas complexos de conhecimento e prática. Seus territórios, muitas vezes em áreas protegidas, estão entre os mais biologicamente diversos do planeta: cobrem até 24% da superfície terrestre e contêm 80% dos ecossistemas ainda saudáveis.”

Fonte: CANDAU, A. Tudo o que você sempre quis saber sobre biodiversidade. Revista Planeta. número 458, 1 novembro 2010. Disponível em: https://oeds.link/UXLITR. Acesso em: 11 abril 2022.

9. O que é extinção de uma espécie?

Quando o último indivíduo de uma espécie morre, tal espécie torna-se extinta. Nunca mais existirá um indivíduo vivo que pertença a essa espécie.

A extinção de uma espécie pode ocorrer por causas naturais, como mudanças climáticas, aparecimento de novas doenças, incêndios naturais, erupções vulcânicas, secas e enchentes.

Contudo, a principal razão para a grande extinção de espécies que vem ocorrendo atualmente é a alteração radical do meio ambiente pelo ser humano. Um dos principais exemplos dessa alteração é o desflores­tamento de extensas áreas, por meio de queimada e córte, para o crescimento das cidades ou para a agricultura e a pecuária.

Além disso, a introdução de espécies em ambientes em que elas não ocorrem naturalmente (que, nesse caso, são conhecidas como espécies invasoras ou espécies exóticas), a caça predatória, o tráfico de animais e a poluição do ar, da água e do solo também contribuem para a perda de várias espécies.

Quando os indivíduos vivos de uma espécie correm risco de desaparecer da natureza dentro de pouco tempo, dizemos que a espécie está ameaçada de extinção. Nesses casos, se não forem tomadas providências, é bastante provável que a extinção da espécie aconteça. Muitas espécies estão ameaçadas por causa da caça ou da pesca predatórias realizadas pelo ser humano. Outras estão em perigo em consequência da destruição do ambien­te natural em que vivem.

Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Existem espécies em risco de extinção no Brasil? Em caso afirmativo, dê exemplos delas.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

• espécie • gênero • biodiversidade • extinção de uma espécie

10. Recordando: células são estruturas vivas

Os seres vivos são formados por uma ou mais células. Uma célula é uma pequena estrutura viva, que pode ser vista com o auxílio de um microscópio. Seres formados por muitas células, como animais e plantas, são chamados de pluricelulares ou multicelulares e seres constituídos de uma única célula, como as bactérias, são denominados unicelulares, aos quais também nos referimos como microrganismos ou micróbios.

Um ser humano adulto, por exemplo, é formado por centenas de trilhões de células, nem todas de mesmo formato. A fórma de uma célula está relacionada à função que ela executa.

Assim, por exemplo, as células avermelhadas presentes em nosso sangue — os glóbulos vermelhos — são arredondadas, o que facilita sua movimentação, junto com os demais componentes do sangue, para as diversas partes do nosso organismo. As células nervosas, que recebem e transmitem informações pelo corpo, são alongadas e têm muitos prolongamentos. As células que revestem nosso corpo têm formato tal que se encaixam perfeitamente, executando assim sua função de revestir. Já as células dos músculos do braço, por exemplo, são compridas e formam feixes de células, que permitem que esses músculos sejam ora relaxados, ora contraídos.

Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Investigue a contribuição de Frânclin para o entendimento da estrutura do dê êne á. Seu relevante trabalho a esse respeito não foi reconhecido pela comunidade científica na ocasião.

Pesquise o significado da palavra sexismo e, fundamentado no que investigou sobre , explique por que esse caso configura um exemplo claro de sexismo na história da Ciência.

Esquema representando o formato de algumas células do corpo humano

Esquema. No centro, homem de cabelo preto, sem camisa, usando uma bermuda azul escura e tênis. Ele segura com uma das mãos uma bola de basquete ao lado do corpo. Há algumas partes internas do corpo desenhadas por transparência, destacadas por setas. Na região do pescoço e parte superior do tronco, destaque para o esôfago. A seta mostra o revestimento do esôfago, formado por camadas de células justapostas e rosadas. Na região do braço direito, destaque para o músculo bíceps. A seta mostra o músculo formado por células alongadas e rosadas. Na região da barriga, destaque para a camada subcutânea. A seta mostra a camada de gordura do abdômen, formada por células arredondadas, preenchidas por lipídeos, e espaçadas uma das outras. Na região da coxa direita, destaque para um vaso sanguíneo. A seta mostra os elementos do sangue, como os glóbulos vermelhos (células avermelhadas e de tamanho menor que os glóbulos brancos); glóbulos brancos (células maiores que os glóbulos vermelhos e com núcleo coloridos em roxo) e o líquido entre essas células.   Na região do joelho da perna esquerda, destaque para a região que fica entre o osso fêmur e os ossos tíbia e fíbula. A seta mostra a cartilagem que fica no final do osso, com células bem espaçadas umas das outras e contidas em uma lacuna. Na região da panturrilha esquerda, destaque para o osso tíbia, mostrando as células que ficam dispersas em uma matriz extracelular calcificada colorida de amarelo.
(Representação esquemática em cores fantasiosas e fóra de proporção. As setas azuis indicam a parte do corpo da qual provêm as ampliações ilustradas.)

Fonte: Elaborado a partir de têilor, M. R. êti áli. Campbell Biology: concepts & connections. décima edição Harlow: Pearson, 2022. página 462-464.

Esquema (genérico) de uma célula animal

Esquema. Uma célula animal representada por uma estrutura arredondada e rosada, em corte, para mostrar suas partes internas. No interior, há diversas organelas, indicadas por linhas de chamada e números que vão de 1 a 8: 1: camada que reveste externamente a célula. 2: estrutura arredondada localizada no centro da célula, colorida em roxo. 3: região onde ficam mergulhadas as diversas estruturas celulares, colorida em rosa claro. 4: estruturas arredondadas e pequenas coloridas em azul escuro. 5: sistema de membranas ao redor e em continuidade com o núcleo, coloridas em azul. 6: estruturas arredondadas dispersas no citoplasma, coloridas em amarelo. 7: estruturas ovoides, com sistema de membrana interno, coloridas em laranja. 8: sistema de membranas achatadas e coloridas em vermelho.  Abaixo da figura da célula, cota indicando o tamanho celular: Tipicamente de 0,01 milímetro a 0,03 milímetro (o tamanho e forma da célula podem variar bastante) e descrição das estruturas representadas.
(Representação esquemática em córte, com cores fantasiosas e fóra de proporção.) 1. Membrana plasmática — Envoltório que reveste a célula, mantendo-a unida às células vizinhas e controlando a entrada e a saída de substâncias. 2. Núcleo — Estrutura na qual fica o material genético, que tem em sua composição uma substância conhecida como dê êne á (ou A dê êne), sigla que significa ácido desoxirribonucleico. Substâncias produzidas a partir de informações contidas no material genético são necessárias para o funcionamento saudável da célula. As informações contidas no material genético de um indivíduo são herdadas de seus ascendentes (pais). 3. Citoplasma — É o conteúdo entre a membrana plasmática e o núcleo, formado por água, substâncias dissolvidas e várias estruturas, como as organelas citoplasmáticas, que desempenham diferentes papéis na vida da célula. As legendas 4 a 8 referem-se a exemplos de organelas citoplasmáticas. 4. Ribossomos — Responsáveis pela produção das proteínas necessárias, entre outros fatores, para o crescimento e o reparo da célula. 5. Retículo endoplasmático — Atua no transporte de substâncias dentro da célula. 6. Lisossomo — Responsável pela eliminação de substâncias tóxicas e de partes da própria célula que estejam desgastadas. 7. Mitocôndria — Organela envolvida no processo denominado respiração celular, por meio do qual a célula obtém a energia de que precisa para viver e continuar em atividade. 8. Complexo golgiense — Armazena as proteínas até o momento de serem usadas.

Fonte da ilustração: Friman, S. êti áli. Biological Science. sétima edição Hoboken: Pearson, 2020. página 150.

11. Procariotos e eucariotos

No passado, os biólogos classificaram os seres vivos em dois grandes grupos: o Reino Animal e o Reino Vegetal. Porém, com o prosseguimento dos estudos científicos, ficou claro que muitos organismos não se enquadravam em nenhum dêsses dois reinos. É o caso das bactérias, seres formados por uma só célula, na qual o material genético não está confinado no interior de um núcleo, ao contrário do que ocorre nas células animais e vegetais.

Os biólogos consideram essa diferença tão importante que, atualmente, a presença ou a ausência de um núcleo celular individua­lizado por membrana é um dos critérios empregados na classificação dos organismos. Com relação a esse critério, os seres vivos podem ser classificados em dois grandes grupos.

Seres procariotos: unicelulares formados por célula pro­ca­rió­ti­ca, na qual não há um núcleo individualizado por membrana e o material genético está disperso no ci­to­plas­ma. As bactérias são exemplos de procariotos.

Ilustração. Imagem de uma célula bacteriana, de formato oval alongado, em corte para revelar o interior. A camada externa é amarela com cerdas, linha de chamada para: Fímbria (estruturas de adesão). No interior da célula, há o citoplasma representado pela cor azul claro. Mergulhado no Citoplasma, há o Material genético, representado por fios entrelaçados, coloridos em vermelho. Saindo de uma das extremidades da célula bacteriana há uma estrutura alongada, maior que as cerdas, com uma linha de chamada para: Flagelo para locomoção.
Esquema, em córte e fóra de proporção, de bactéria ampliada cêrca de 75 mil vezes, ilustrada em cores fantasiosas. Note que não há núcleo na célula.

Fonte: Iúurry, L. A. êti áli. Campbell Biology. décima segunda edição Hoboken: Pearson, 2021. página 97.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A palavra “procariótica” vem do grego , anterior a, e , núcleo. As células procarióticas, desprovidas de núcleo organizado, existiam antes do surgimento evolutivo das células dotadas de núcleo.

A palavra “eucariótica” vem do grego , bem, bom, verdadeiro, e , núcleo. Essa palavra indica, portanto, a existência de núcleo bem individualizado na célula.

Seres eucariotos: unicelulares ou pluricelulares formados por (uma ou mais) células eucarióticas, nas quais um núcleo bem definido e delimitado por uma membrana, dentro do qual se encontra o material genético. Os animais, os vegetais e os fungos são alguns exemplos de eucariotos.

Esquema. Duas células: uma animal e outra vegetal. A célula animal, à esquerda, em corte para revelar seu interior.  Externamente, a célula é revestida por uma membrana colorida em rosa. Internamente, há o citoplasma, onde ficam mergulhadas diversas estruturas. No centro do citoplasma, há uma estrutura arredondada colorida em roxo (núcleo), com uma estrutura arredondada mais escura, (material genético). Envolvendo externamente o núcleo, há uma membrana colorida em roxo escuro (membrana nuclear). Esquema. A célula vegetal, à direita, em corte para revelar seu interior. Externamente, a célula é revestida por uma membrana colorida em verde. Internamente, há o citoplasma onde ficam mergulhadas diversas estruturas. No centro do citoplasma, há uma estrutura arredondada colorida em roxo (núcleo), com uma estrutura arredondada mais escura, (material genético). Envolvendo externamente o núcleo, há uma membrana colorida em roxo escuro (membrana nuclear).
(fóra de proporção, em córte e em cores fantasiosas.)

Fonte: Friman, S. êti áli. Biological Science. sétima edição Hoboken: Pearson, 2020. página 150-151.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

• célula procariótica • procarioto (ou procarionte) • célula eucariótica • eucarioto (ou eucarionte)

12. Os três domínios de seres vivos

Conforme comentado anteriormente, os seres vivos já foram classificados em dois reinos (o dos animais e o das plantas). Depois, com o passar do tempo e o aumento dos conhecimentos biológicos, passaram a ser classificados em cinco reinos e, posteriormente, em seis. Hoje, os biólogos falam em vários reinos (há diversas opiniões diferentes quanto ao número) e continua a existir muita pesquisa experimental e muito debate científico sobre a classificação dos seres vivos.

No final do século passado, com os avanços tecnológicos, cientistas puderam começar a fazer comparações detalhadas da composição do material genético dos diferentes organismos. Com base nas informações obtidas dessas comparações e naquelas de anatomia, morfologia etcétera, como o tipo de célula que fórma o organismo (procariótica ou eucariótica), foi proposta a classificação dos seres vivos em três domínios, que recebem nomes vindos do grego.

Reveja, no item 7 deste capítulo, a figura que está no texto Categorias de classificação dos seres vivos e perceba que domínio é uma categoria de classificação mais abrangente (isto é, mais ampla) que reino.

Os três domínios são os seguintes:

  • Domínio bactería (lê-se “bactéria) – compreende os seres unicelulares procarióticos genericamente chamados de bactérias. Não há consenso entre biólogos a respeito de em quantos reinos esse grupo deve ser dividido.
  • Domínio Arkaea (lê-se “arquéa”) – constituído pelos seres unicelulares procarióticos denominados arqueas (lê-se “arquéas”). Também nesse caso, há debate científico sobre a divisão dêsse domínio em reinos.
  • Domínio Eukaria (lê-se “eucária”) – formado pelos fungos (Reino ), pelas plantas (Reino ), pelos animais (Reino ) e por uma grande variedade de seres genericamente denominados protistas, que são unicelulares ou pluricelulares de organização muito simples. A diversidade dos protistas é tão grande que podem ser divididos em vários reinos.
Fluxograma. Dez balões de texto, conectados por setas. Dois quadros azuis, dois quadros roxos, cinco quadros amarelos e a palavra inicial "Seres vivos" no topo do fluxograma. Os elementos permitem os seguintes caminhos: 
Seres vivos, dividem-se em: domínio Bacteria (quadro em azul), domínio Archaea (quadro em roxo) e domínio Eukarya (quadro em amarelo). 
Domínio Bacteria é constituído de bactérias; Domínio Archaea é constituído de constituído de arqueas; Domínio Eukarya é constituído de protistas, plantas, fungos e animais. Bactérias e Arqueas são seres procariotos. Protistas, Plantas, Fungos e Animais são seres eucariotos.
Ícone. Caderno.

ATIVIDADE

Para fazer no seu caderno

Pesquise o que é etnobiologia. Registre no caderno, em um ou dois parágrafos de texto, a que se dedica esse campo de estudo.

A seguir, reflita e indique ao menos dois motivos pelos quais essa área de pesquisa deve ser valorizada por nossa sociedade.

A tabela a seguir dá uma noção dos principais representantes de cada um dos três domínios de seres vivos. Alguns dêsses grupos de seres vivos serão estudados em outras partes deste livro.

Não se preocupe em memorizar esta tabela. Consulte-a sempre que julgar necessário.

Classificação dos seres vivos em três domínios1

Seres

Tipo de célula2

Quantidade de células

Representantes (mais importantes)

Nutrição

Domínio Bacteria

Bactérias

Procariótica

Unicelulares

Bactérias como as que causam cáries, as que vivem no solo e atuam como decompositores, as que vivem em raízes de fabáceas (leguminosas) e transformam nitrogênio do ar em “adubo” e as que provocam certas doenças no ser humano, como tétano, pneumonia, tuberculose, leptospirose e cólera.

Autotrófica ou heterotrófica

Unicelulares

Cianobactérias, antigamente denominadas cianofíceas ou algas azuis, importantes fotossintetizantes (realizam fotossíntese) em ambientes naturais.

Autotrófica

Domínio Archaea

Arqueas3

Procariótica

Unicelulares

Arqueas, ou arqueobactérias, organismos que, ao microscópio, se assemelham às bactérias, mas que diferem consideravelmente delas quanto à composição do material genético. Muitas estão adaptadas à vida em ambientes que são hostis a outras formas de vida, tais como lagos de águas extremamente salgadas e depósitos naturais de águas quentes e muito ácidas. Algumas produzem gás metano.

Autotrófica ou heterotrófica

Domínio Eukarya

Protistas

Eucariótica

Unicelulares

Protozoários, importantes constituintes do zooplâncton, o segundo nível de cadeias alimentares aquáticas. Alguns causam doenças, tais como amebíase, giardíase, malária e doença de Chagas.

Heterotrófica

Unicelulares ou pluricelulares de organização muito simples

Algas, dotadas de clorofila, pigmento verde envolvido na fotossíntese. Muitas espécies de algas fazem parte do fitoplâncton, que constitui o ponto de partida para a maioria das cadeias alimentares aquáticas. Algumas algas possuem, além da clorofila, pigmentos vermelhos ou marrons.

Autotrófica

Reino Plantae
(Reino das plantas)

Eucariótica

Pluricelulares

Plantas

Autotrófica

Reino Fungi
(Reino dos fungos)

Eucariótica

Unicelulares (menos comum) ou pluricelulares

Fungos, como as leveduras do fermento biológico (unicelulares), os cogumelos, os bolores e as orelhas-de-pau (pluricelulares).

Heterotrófica

Reino Animalia
(Reino dos animais)

Eucariótica

Pluricelulares

Animais

Heterotrófica

Fonte: Tabela elaborada pelos autores.

Notas: 1 Não há concordância entre todos os biólogos sobre o número de reinos e a maneira de classificar os seres vivos nesses reinos. Já a classificação em três domínios é bastante consensual e aparece em muitas publicações recentes.

2 Os vírus não se enquadram em nenhum reino, pois não são celulares. Consistem apenas em material genético protegido por um envoltório. Eles serão estudados no capítulo 3.

3 Embora seja uma prática que não apareça nos livros universitários mais recentes de Biologia, ainda há quem prefira reunir bactérias e arqueas em um reino, que denominam Monéra ou Procarióte.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Vinte e quadro balões com texto, conectados por setas. Os elementos permitem os seguintes caminhos: 
Seres vivos formam diferentes espécies, que mostram a biodiversidade e que recebem um nome científico. Espécies reunidas em gêneros que forma grupos maiores:
plantas, que são seres autotróficos; animais, que são heterotróficos; fungos, que são heterotróficos; e outros. Seres vivos, cada um deles pode ser classificado em um dos tipos: procarioto ou eucarioto. Procarioto formado por célula procariótica na qual não há um núcleo delimitado por uma membrana. Procarioto formado por célula procariótica que tem membrana plasmática. Procarioto formado por célula procariótica contém material genético disperso no citoplasma. Procarioto é unicelular. Eucarioto pode ser unicelular ou pluricelular. Eucarioto formado por (uma ou mais) célula eucariótica. Célula eucariótica apresenta uma estrutura organizada que inclui: membrana plasmática; núcleo delimitado por membrana, onde está o material genético; e citoplasma, que contém as organelas citoplasmáticas.
Ícone. Lâmpada.

Atividades

Use o que aprendeu

  1. Que motivos levam os biólogos a classificar uma roseira como planta e não como animal?
  2. Uma anêmona­‑do­‑mar aparece na foto. Ela é dotada de tentáculos que possuem estruturas que permitem imobilizar ou matar pequenos peixes que lhe servem de alimento.
Fotografia. Uma anêmona-do-mar sobre uma rocha no fundo do mar. Na parte superior, esse animal tem longos filamentos rosados que saem de uma estrutura tubular que está fixa no substrato.
Anêmona-do­‑mar. diâmetro: 10 centímetros

Com base nessas informações, responda em seu caderno:

  1. A anêmona-do-mar é um ser auto­trófico ou hetero­trófico?
  2. Trata-se de um animal ou de uma planta?

3. Um ouriço-do-mar aparece na foto a seguir. Na parte de baixo de seu corpo, que não aparece na foto, há uma boca que permite a ele ingerir algas como alimento. O ouriço-do-mar tem o corpo revestido de espinhos e possui muitos pequenos pés que lhe permitem uma lenta locomoção pelo fundo do mar.

Conhecendo essas características, é mais correto classificar o ouriço-do-mar como um animal ou como uma planta? Explique.

Fotografia. Ouriço-do-mar, animal de corpo arredondado e coberto por estruturas alongadas e finas na cor preta, na areia da praia.
Ouriço-do-mar. diâmetro: 9 centímetros

4. Os musgos são organismos que vivem em lugares úmidos e formam “tapetes” verdes sobre rochas, barrancos e troncos de árvores. Embora vivam em locais com sombra, eles dependem da iluminação, pois realizam fotossíntese.

Responda em seu caderno:

  1. Os musgos são autotróficos ou heterotróficos?
  2. Os musgos devem ser classificados como fungos, como animais ou como plantas?
Fotografia. Rochas e troncos cobertos por uma camada verde de musgos próximos a um riacho.
Esses musgos cresceram sobre rochas e troncos, em local úmido.
  1. Por que os animais e as plantas são classificados como pluricelulares e as bactérias são classificadas como unicelulares?
  2. Qual é o critério empregado para classificar uma célula como pro­cariótica ou eucariótica? E para classificar um ser vivo como procarioto ou eucarioto?
  3. Considere a divisão dos seres vivos em três domínios. Quantos e quais dêsses domínios são de organismos eucariotos?
  4. Durante muito tempo, Reino Monéra foi uma denominação comumente usada para seres procariotos, que, atualmente, podem ser classificados em dois domínios distintos.
    1. Quais são esses dois domínios?
    2. Consulte a tabela do item 12 e responda: Qual é a diferença fundamental entre as células dos seres dêsses dois domínios e as células dos seres do outro domínio?
  5. O nome científico do limoeiro é Cítrus limón e o da laranjeira é Cítrus Sinénsis. Durante uma pesquisa sobre essas plantas, estudantes formularam as seguintes opiniões:

Estudante 1 – Ambas pertencem à mesma espécie.

Estudante 2 – Elas pertencem ao mesmo gênero e ao mesmo reino.

Estudante 3 – Elas são do mesmo reino, mas não do mesmo gênero.

Qual dessas opiniões é correta? Justifique.

10. Na época das Grandes Navegações, os portugueses já se referiam ao Brasil como a “terra dos papagaios” e incluíam nessa denominação os papagaios e também as araras e os periquitos. A tabela relaciona algumas dessas aves:

Alguns papagaios, araras e periquitos brasileiros

Papagaios

Araras

Periquitos

Curica
Amazona amazonica

Arara-azul-de-lear
Anodorhynchus leari

Periquito-de-bochecha-parda
Aratinga pertinax

Papagaio-de-peito-roxo
Amazona vinacea

Arara-azul-grande
Anodorhynchus hyacinthinus

Periquito-de-cabeça-suja Aratinga weddellii

Papagaio-moleiro
Amazona farinosa

Arara-azul-pequena
Anodorhynchus glaucus

Jandaia
Aratinga solstitialis

Fontes: síc, H. Ornitologia brasileira. terceira edição Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001; , J. D.; , C. D. Aves brasileiras e plantas que as atraem. São Paulo: Dalgas Ecoltec, 2005.

Fotografia. Papagaio, ave de penas predominantemente verdes. No topo da cabeça tem penas menores de coloração azul e do lado do bico, penas amarelas. Ele está empoleirado em um galho.
Curica. (São Carlos, ) altura: 34 centímetros

Analisando a tabela, pode-se concluir que há representantes de:

  1. quantas espécies?
  2. quantos gêneros?
  3. quantos reinos?
  1. A população mundial está crescendo continuamente. Esse crescimento ameaça a biodiversidade? Justifique sua resposta.
  2. Provavelmente existem muitas plantas, ainda não descobertas ou não estudadas pelos cientistas, que podem conter substâncias capazes de combater diversas doenças.

Se uma planta não contiver substâncias que possam atuar como medicamento, pode-se dizer que essa espécie não tem valor e não precisa mais ser preservada? Explique.

Ícone. Lupa.

Atividade

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

CHARGE

Charge. Mulher de cabelo loiro ondulado longo. Ela usa um vestido lilás com mangas bufantes e um chapéu pontudo lilás. Ela olha para um lago. No centro do lago, uma vitória-régia com um sapo em cima. O sapo diz: DE FATO, HOJE SOU Rhinella marina, MAS ANTERIORMENTE ERA Homo sapiens.
  1. Pesquise o significado de Rínéla marína e Omo sápiens e, a seguir, reescreva a fala do animal, tornando-a mais próxima da linguagem não científica.
  2. Sobre os dois seres mencionados na fala, estudantes elaboraram as seguintes conclusões:

Estudante 1 – Pertencem à mesma espécie e ao mesmo gênero.

Estudante 2 – Pertencem à mesma espécie, mas a gêneros diferentes.

Estudante 3 – Pertencem ao mesmo gênero, mas a espécies diferentes.

Estudante 4 – Pertencem a espécies e gêneros diferentes.

Com qual dessas conclusões você concorda? Por quê?

TIRINHA

As atividades 3 e 4 referem-se à tirinha a seguir, que propõe uma situação fictícia.

Tirinha. Dois homens em uma sala de laboratório. Do lado esquerdo, uma mesa com recipientes com líquidos coloridos e o texto: Laboratório de Engenharia Genética. Ao lado, uma janela com uma ave empoleirada. A ave tem penas verdes e amarelas e diz: Cartas pra você. Ao lado, homem de camisa vermelha e jaleco branco segura uma prancheta e diz: Eu cruzei um pombo-correio com um papagaio. Ao lado dele, homem de camisa amarela e jaleco branco.
  1. O cruzamento entre uma pomba e um papagaio não ocorre em ambiente natural. Interprete essa informação utilizando o conceito de espécie de ser vivo.
  2. Mesmo que esse cruzamento fosse tentado em laboratório, de modo artificial, é de esperar que os descendentes não sobreviveriam ou, se sobrevivessem, não seriam férteis. Com base em que é possível fazer essa previsão?

TRECHO DE DISCURSO

5. Durante um discurso, um político de um país desenvolvido teria dito: “Ser a favor da natureza é ser contra o progresso!”.

Escreva um texto em seu caderno expressando sua opinião sobre essa fala do político.

TRECHO DE ENTREVISTA

6. Durante uma entrevista, o presidente de uma Organização Não Governamental (ôngui) voltada para a conservação ambiental afirmou:

“Uma das formas de ajudar a conservar a biodiversidade é conversar com as pessoas sobre problemas como poluição e desmatamento.”

Explique de que maneira conversar com as pes­soas sobre esses problemas pode ajudar na conservação da biodiversidade.

TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Vida de borboleta

“Espécie que vive apenas no Brasil está ameaçada de extinção reticências

Há milhares de borboletas no mundo. Mas algumas delas só ocorrem no Brasil. É o caso da borboleta-da-praia. Seu corpo alongado sustenta quatro belas asas negras e brancas, com desenhos avermelhados. Mas antes de se transformar neste belo animal reticências, que visita flores e embeleza a paisagem, ela tem uma longa história de vida para contar.

Tudo começa com a postura dos ovos, cêrca de cem, que a borboleta-da-praia põe sobre as folhas de uma trepadeira conhecida como jarrinha.

Quando esses ovos eclodem, sai de cada um deles uma lagarta, que se alimenta das folhas da jarrinha.

Após 60 dias, a lagarta para de comer e tece um casulo em torno de si, transformando-se em pupa. Dentro do casulo ocorre um fenômeno conhecido como metamorfose. Em três semanas, uma linda borboleta surge de seu interior. Seu ciclo de vida é breve: termina logo após a reprodução e postura dos ovos, o que leva em média 25 dias.

Quer saber por que a borboleta-da-praia só coloca os seus ovos em folhas e galhos da jarrinha ou bem próximos a ela? Porque essa planta possui uma substância chamada lantanina, que, apesar de ser bastante tóxica para outras espécies, mais tarde se torna o escudo protetor do animal na natureza. As lagartas, ao se alimentarem da planta, armazenam a lantanina em seu corpo, e a substância permanece no organismo do animal mesmo depois de se transformar em borboleta. Os animais que gostam de comer borboletas, como alguns pássaros, evitam comer essa espécie, pelo horrível e inesquecível sabor amargo de seu corpo. Assim, ela está protegida dos predadores.

Mas é por depender exclusivamente da jarrinha para garantir sua reprodução que a borboleta-da-praia corre risco de extinção. As planícies úmidas do estado do Rio de Janeiro — como brejos e pântanos onde esta planta se desenvolve — têm sofrido grandes transformações, principalmente pela destruição da vegetação nativa dessas baixadas. Para piorar, as áreas de restinga próximas à praia, onde a jarrinha também cresce, estão acabando por dar lugar a condomínios de casas e apartamentos. Além disso, a espécie foi, ao longo da história, caçada para compor quadros e outros objetos decorativos. Não seria muito melhor se a borboleta-da­‑praia pudesse voar livremente?”

Fotografia. Uma borboleta, inseto de asas pretas com detalhes em branco e vermelho, com estrutura bucal alongada enrolada abaixo dos olhos grandes. Ela está sobre uma folha.
Borboleta-da-praia (Parídes ascânius). envergadura: 4,5 centímetros

Fonte: BRUNO, S. F.; MELLO, A. L. (ú éfe éfe). Ciência Hoje das Crianças, página 16. outubro 2010.

  1. Utilize as informações dadas no quarto parágrafo para fazer uma estimativa do tempo total de vida do inseto mencionado.
  2. O texto informa que a borboleta-da-praia está ameaçada de extinção. Explique o que significa estar ameaçado de extinção.
  3. A borboleta-da-praia corre esse risco porque outro ser vivo também está ameaçado. Que ser vivo é esse e por que ele está ameaçado?
  4. Que relação há entre a borboleta-da-praia e a espécie citada na resposta anterior que faz com que o risco sofrido por esta última ameace também a borboleta?
  5. Há outro motivo, também mencionado no texto, que contribui para colocar a borboleta-da-praia em risco. Qual é ele?

TIRINHA

A atividade 12 se refere à seguinte tirinha.

Tirinha. Dois homens em um laboratório. Laboratório de DNA de plantas. Do lado esquerdo, uma planta e recipientes com líquido colorido. Do lado direito, tubos de ensaio sobre uma mesa. No centro, os dois homens conversam. Um veste uma camisa lilás e jaleco branco, ele segura uma banana e diz: eu desenvolvi esta nova variedade – um terço maior – como devo chamá-la? Na frente dele, o outro homem, que é mais alto, veste um jaleco branco e segura uma prancheta, diz: a 'bananana'.

12. A sigla dê êne á aparece em muitos filmes, livros e até em tirinhas, como essa. O dê êne á faz parte da constituição do material genético, que é fundamental para a vida. Explique, em linhas gerais, qual é a função do material genético em uma célula.

BUSCA NA INTERNET

13. Estudantes de uma escola fizeram uma visita ao zoológico e deveriam, cada um, realizar uma busca na internet de informações mais detalhadas sobre um dos animais vistos. Um dos estudantes se interessou pelo animal identificado pela placa:

Ilustração. Placa com informações a respeito de um macaco de cor marrom acinzentado, região ventral do troco e rosto com cor bege e cauda fina e longa e uma imagem  dele sobre galho. No topo da placa, há o texto: Mico-de-cheiro. Ao lado da imagem do animal, texto: OUTROS NOMES: mão‑de‑ouro, boca‑preta. NOME EM INGLÊS: blackish squirrel monkey. ORDEM: Primates (Primatas). FAMÍLIA: Cebidae. ESPÉCIE: Saimiri vanzolinii. DIETA: frutas, pequenos animais. MASSA: 650 a 950 gramas. LOCOMOÇÃO: move‑se com quatro membros, andando, correndo ou saltando pelos galhos.
A placa apresenta uma tarja colorida com a informação Ameaçado de extinção.

Para dar uma busca na internet, quais são as duas palavras mais indicadas para serem digitadas a fim de obter informações específicas sobre esse animal? Justifique sua escolha.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Aproveite para fazer uma busca e aprender mais sobre esse animal. Qual é o seu habitat? Em que países é encontrado? Tem hábitos diurnos ou noturnos? Como interage com os outros da mesma espécie?

TABELA/FOTOS

14. Nesta atividade você vai exercitar a consulta à tabela de classificação dos seres vivos, apresentada no item 12. Construa uma tabela com seis colunas no caderno, colocando os seguintes títulos em cada coluna: Bactérias, Arqueas, Protistas, Plantas, Fungos e Animais. Coloque o nome dos seres das fotos a seguir na coluna correta.

Fotografia. Imagem A. Um morango, fruta vermelha com pontos pequenos amarelos em toda a superfície, com parte coberta por estrutura esbranquiçada de textura que se assemelha ao algodão. Fotografia. Imagem B. Algas verdes sobre uma rocha. Fotografia. Imagem C. Estrutura reprodutiva de uma planta, amarelas na região central rodeadas por estruturas brancas. Fotografia. Imagem D. Lagarto de cor cinza com manchas amareladas, com cabeça conectada ao corpo sem pescoço, pernas largas e bem desenvolvidas andando na grama. Fotografia. Imagem E. Um homem e uma mulher, ambos de chapéu, em um pequeno barco de madeira. O lago onde estão tem a superfície esverdeada. Fotografia. Imagem F. Imagem de um organismo de formato irregular e transparente, evidenciando algumas estruturas verdes no seu interior. Fotografia. Imagem G. Imagem de organismos arredondados em azul, amarelo e vermelho. No canto inferior direito da fotografia, uma barra de escala indica: 1 micrômetro (0,001 milímetro). Fotografia. Imagem H. Borboleta, inseto de asas de coloração amarela claro, com bordas preta, bege e marrom. O animal está pousado sobre uma folha com as asas unidas e erguidas verticalmente. Fotografia. Imagem I. Imagem de organismos em forma de bastão em verde.  Na região central à esquerda da fotografia, uma barra de escala indica: 1 micrômetro (0,001 milímetro). Fotografia J. Imagem de organismo em formato de gota de cor amarelada e com fios finos saindo da região central.  Na região inferior da fotografia, uma barra de escala indica: 10 micrômetros (0,01 milímetro). Fotografia. Imagem K. Árvore alta com flores amarelas, sem folhas. Fotografia. Imagem L. Um cogumelo com a base branca e a parte superior, que lembra um chapéu, vermelha."
A. Bolor (em morango). B. Alga verde, conhecida como alface-do-mar. C. Camomila. (Altura: 50 centímetros.) D. Teiú. (Comprimento: 1,5 métro.) E. Cianobactérias, unicelulares fotossintetizantes. O lago da foto recebeu despejo de esgoto. Algumas substâncias presentes no esgoto atuaram como nutrientes para essas fórmas de vida, favorecendo seu desenvolvimento. As cianobactérias são as responsáveis pela coloração esverdeada que a água adquiriu. (Hefei, China.) F. Ameba de água doce vista ao microscópio de luz, com ampliação de cêrca de 240 vezes e colorido artificial. G. Arqueas que vivem em ambientes com pouco ou nenhum gás oxigênio, vistas ao microscópio eletrônico, com ampliação aproximada de 11 mil vezes e colorido artificial. H. Borboleta. (Envergadura: 4 centímetros.) I. Bactéria causadora da peste bubônica, vista ao microscópio eletrônico, com ampliação aproximada de 4.300 vezes e colorido artificial. J. Giárdia, causadora da doença intestinal giardíase, vista ao microscópio eletrônico, com ampliação de aproximadamente 3 mil vezes e colorido artificial. K. Ipê-amarelo. (Altura: 10 métros.) L. Cogumelo. (Altura: 12 centímetros.)

TEXTO DE LIVRO TÉCNICO

Este texto foi extraído de um livro de Biologia. Interprete-o e, a seguir, realize as atividades 15 a 21.

“Arqueas e bactérias são as formas de vida mais antigas, estruturalmente simples e abundantes. Também são os únicos organismos com organização celular procariótica. Procariotos foram abundantes por mais de um bilhão de anos antes que os eucariotos surgissem no planeta. Bactérias fotossintetizantes primitivas (cianobactérias) alteraram a atmosfera por meio da produção de gás oxigênio reticências.

Procariotos são ubíquos e vivem em qualquer lugar em que vivam eucariotos. Eles também conseguem sobreviver em locais onde nenhum eucarioto consegue. reticências

Muitas arqueas são extremófilas. Elas vivem em lagoas de água quente, que mataria outros organismos por cozimento, em ambientes com alta concentração de sal, que desidrataria outras células, e em atmosferas ricas em gases que seriam tóxicos a outras espécies, tais como metano e sulfeto de hidrogênio.

Esses ambientes hostis podem ser similares às condições existentes na Terra primitiva, quando a vida surgiu. É provável que os procariotos evoluíram nessas condições primitivas e que mantiveram a habilidade de viver em áreas dêsse tipo reticências.”

Fonte: Reiven, P. H. êti áli. Biology. décima segunda edição Nova York: McGraw-Hill, 2020. página 558-559. (Tradução dos autores.)

  1. Segundo o texto, que tipo de organismo — procarioto ou eucarioto — surgiu primeiro na Terra? Quanto tempo levou para que surgisse o outro?
  2. O texto diz que as cianobactérias produziram o gás oxigênio da atmosfera. Recorde o conceito de fotossíntese e responda: Quais são as duas substâncias que as cianobactérias precisaram usar para produzir oxigênio?
  3. Procure o significado da palavra ubíquo e explique o significado do trecho “procariotos são ubíquos”.
  4. Existem procariotos vivendo no seu organismo? Em caso negativo, por quê? Em caso afirmativo, dê três exemplos específicos de locais do seu corpo em que eles vivem.
  5. A palavra extremófilo significa “amigo das condições extremas”. Dê exemplos dessas condições.
  6. Considere a divisão dos seres vivos em três domínios. Quais são os dois domínios especificamente citados nesse texto?
  7. Os autores do texto mencionam as cianobactérias e, para se referir a elas, utilizam uma palavra que deixa claro se são autotróficas ou heterotróficas. Localize essa palavra, registre-a em seu caderno e explique por que essa palavra esclarece a dúvida.

Seu aprendizado não termina aqui

Jornais e revistas estão sempre noticiando situações criadas pelo ser humano que colocam em risco a biodiversidade. Preste atenção a essas notícias. Estar informado é possuir argumentos que podem ser utilizados para tentar conscientizar outras pessoas sobre a importância de conservar a biodiversidade, entre outras questões.

O conhecimento humano avança com tamanha velocidade que é possível que os esquemas de classificação que você está estudando no 7º ano sofram mudanças antes mesmo que você termine o Ensino Médio. Por isso, ao prosseguir seus estudos, é importante se habituar a procurar fontes de informação que tenham credibilidade e estejam atualizadas.