CAPÍTULO 2 Adaptação dos seres vivos

Fotografia. Caranguejo, animal de corpo roxo e pernas compridas roxas. Seu corpo é coberto por pequenos cerdas rosadas. Ele está em cima de esponjas marinhas rosadas.
O caranguejo-de-esponja (Lauriéa siadjani) tem um aspecto que possibilita sua camuflagem em meio às esponjas marinhas de coloração similar à dele. Essa adaptação é vantajosa para o caranguejo. Por quê? (Oceano Pacífico, Indonésia, 2017; comprimento do caranguejo: 2,5 centímetros.)

Motivação

EM DESTAQUE

Sangue latino, coração baiano

reticências

Por onde passa, tem um apelido, mas jupará (Pótos flávus) é o nome verdadeiro deste animal de cor marrom-avermelhada, de no máximo um metro de comprimento — sem contar a cauda de 40 centímetros — e 4,5 quilogramas. Este pequeno gracioso é da família dos procionídeos, primo próximo dos quatis (Nassua nassua) e dos guaxinins (Procion cancrivórus). A diferença entre os parentes é a cauda preênsil do jupará, usada como um quinto membro, que o ajuda a se pendurar no topo das árvores mais altas e também serve para lhe dar apoio, como uma terceira perna. A cauda é o principal motivo de ser sempre confundidos com macaquinhos, como o sagui.

reticências é pelo cacau que o jupará se mistura entre mitos e lendas no folclore do povo baiano, mais especificamente do sul do estado reticências.

O cacaueiro não é uma árvore nativa na região, foi trazida no século 17 e criou raízes. Atualmente, o sul da Bahia é responsável por 95% da produção do Brasil, que por sua vez é o quinto maior produtor de cacau do mundo. E todo esse potencial só foi possível devido a um lavrador de mão cheia.

‘Aqui, o jupará é conhecido como o maior plantador e disseminador do cacaueiro no sul da Bahia’, atesta o jornalista e historiador Adelindo Silveira. ‘O cacaueiro produz um fruto em fórma de cabaça e dentro dele têm as sementes em fórma de amêndoas. Ele usa seus trinta e oito dentes e suas unhas afiadas para quebrar a cabaça e pegar as amêndoas. Quando defeca espalha as sementes pelo solo. Segundo nossos ancestrais, as primeiras plantações surgiram em razão disso’, completa. reticências

reticências

O hábito noturno rendeu outro apelido, macaco-da-meia-noite. Durante o dia, o jupará passa entocado, normalmente dentro de árvores ocas. reticências Mas é só começar a cair a noite que a movimentação toma conta do animal. É a hora de se alimentar, brincar e reproduzir. reticências Sua visão tem a mesma característica de outros animais notívagos. Os olhos são grandes e bastante sensíveis à luz. A pupila é vertical, assim como a dos gatos e a das jiboias. Esse detalhe também facilita a entrada de luz. Por causa dessa sensibilidade, dificilmente são vistos em dias de sol.

Fotografia. Jupará, animal com pelugem marrom-avermelhada. Ele está de cabeça para baixo, pendurado em um galho pela sua longa cauda
Jupará (Pótos flávus). comprimento do focinho à ponta da cauda: 1,4 métro
Ícone. Olho aberto.

ATIVIDADE

Certifique-se de ter lido direito

Você já tinha ouvido falar no jupará?

Após ler atentamente, tente responder: de quantas características do jupará, citadas no texto, você consegue se lembrar?

A noite é sua única companhia. O jupará é um animal solitário. As duplas só são avistadas em época de reprodução. reticências A gestação dura aproximadamente quatro meses e normalmente nasce um filhote por vez, que fica junto da mãe até atingir a maturidade sexual. O jupará, assim como todos os procionídeos, cria os filhotes em ninhos no alto das árvores.

O mamífero só é visto em grupos na hora de se alimentar. As frutas são seu prato predileto, mas o guloso não se aperta na hora da fome. É um animal onívoro, ou seja, tem um cardápio bem variado com frutas, carnes (normalmente roedores e pequenos vertebrados) e até folhas.

reticências

Este baiano de coração e latino de sangue também tem outros apelidos. Na América Central é conhecido como kinkajou ou chucumbi. reticências São doze centímetros de língua, usados para alcançar pequenos animais ou insetos a distância, além de auxiliar na busca pelos melhores e mais escondidos frutos.

Outra particularidade do jupará são alguns pontos em seu corpo, como o tórax e o abdômen, onde não existem pelos. Nessa região, ficam algumas glândulas que, acreditam os pesquisadores, são usadas para demarcar território. reticências

reticências

Fonte: , N. Sangue latino, coração baiano. Terra da Gente, página 16-23, janeiro 2011.

Desenvolvimento do tema

1. O que é adaptação?

De maneira geral, verifica-se que os seres vivos estão adaptados a um ambiente e a um modo de vida. Os cientistas consideram adaptação qualquer característica de um ser vivo que o torne integrado ao am­bien­te e aumente as suas chances de sobrevivência.

No texto que abre este capítulo você pode perceber algumas adaptações do jupará relacionadas a diversos aspectos da vida dêsse animal.

Algumas adaptações têm relação com os fatores não vivos do ambiente. Outras dizem respeito à interação com outros seres vivos. Há aquelas ligadas à obtenção de energia para a sobrevivência e as que influem na reprodução e na propagação da espécie.

Ícone. Balão de pensamento.

ATIVIDADE

Reflita sobre suas atitudes

O ser humano é dotado de muitas características adaptativas.

Uma delas é a inteligência, que permite que tomemos cuidado com nossa saúde e nosso corpo.

Você realmente se preocupa com sua saúde e seu corpo?

Dê exemplos.

2. Como acontece a adaptação?

Em primeiro lugar, é importante saber que a adaptação não acontece para satisfazer a necessidade de um ser vivo nem porque esse ser vivo está submetido a determinadas condições durante sua vida.

Em outras palavras, a adaptação não acontece ao longo da vida de um indivíduo. Ela faz parte de um processo denominado evolução, que ocorre ao longo das gerações. A evolução é um assunto que será detalhado em outro ano do curso de Ciências.

Neste capítulo, vamos conhecer alguns exemplos de adaptação dos seres vivos ao ambiente.

Ícone. Letras A e Z.

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• adaptação • evolução

3. O conceito de ecossistema

Em um ambiente podemos encontrar:

  • Fatores vivos (chamados fatores bióticos), os organismos que compõem a comunidade biológica.
  • Fatores não vivos (chamados fatores abióticos), como a luz, o ar e a água.

Damos o nome de ecossistema ao conjunto de todos os seres vivos e fatores não vivos de determinada região. Uma floresta e uma lagoa são exemplos de ecossistema.

Os diversos ecossistemas diferem nas particularidades dos fatores vivos e dos fatores não vivos. De um ecossistema para outro podem mudar o tipo de solo, a quantidade de chuva que costuma cair, a temperatura ao longo do ano, a intensidade da luz solar, a presença ou ausência de rios, a diversidade de seres vivos, entre outros aspectos.

A Ecologia é a ciência que estuda os ecossistemas. Em cada ecossistema, os seres vivos que encontramos estão adaptados à vida naquele ambiente. Ao estudar um ecossistema, os ecologistas, ou ecólogos, se preocupam com as relações que existem entre os vários seres aí presentes. Preocupam-se, também, em verificar como os fatores não vivos influenciam as formas de vida.

Ícone. Letras A e Z.

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• ecossistema • Ecologia

4. Adaptações aos fatores não vivos

Baixas temperaturas

Um urso-branco consegue sobreviver em um lugar frio como as geleiras da região norte da Terra porque tem, entre outras características, uma grossa camada de gordura debaixo da pele.

No inverno, algumas aves migram, ou seja, voam em busca de locais mais quentes. Elas só retornam ao lugar de origem na época em que a temperatura volta a subir.

Nas regiões frias do planeta, certas espécies de roedores, de morcegos e de anfíbios entram num sono profundo, dentro de suas tocas, durante as épocas mais frias do ano. Isso é chamado de hibernação.

A hibernação dêsses animais, o comportamento migratório das aves e a grossa camada de gordura sob a pele do urso-branco são exemplos de adaptações aos ambientes sujeitos a baixas temperaturas.

Fotografia. Urso, animal grande com a pelagem branca e focinho de coloração preta. Ele está de pé em cima de uma bloco de gelo. Ao redor há outros blocos de gelo flutuando sobre o oceano.
O urso-branco (Úrsus marítimus) consegue viver em regiões frias. (Ilha ispítisbérguen, Noruega.) comprimento: até 2,6 métros
Fotografia. Sete aves voando no céu, para a mesma direção. Têm penas brancas no corpo e cabeça alaranjada.
Marrecas-piadeiras (Ánas penélope) em voo migratório. (Mar Branco, Rússia.) comprimento: 34-43 centímetros

Ambientes com pouca água

Cactos são plantas típicas de regiões desérticas e semiáridas. São encontrados, por exemplo, na Caatinga, ambiente típico nos sertões do Nordeste brasileiro. Em locais com pouca água disponível, é importante que a planta não perca muita água por evaporação.

Vamos fazer uma comparação. Uma roupa seca mais rápido quando estendida do que quando enrolada. Da mesma maneira, se tivessem folhas grandes, os cactos perderiam muita água por evaporação. Suas folhas seriam como roupas estendidas. Assim, os cactos exibem uma adaptação: seus espinhos são folhas modificadas, os quais podem ser comparados a roupas enroladas, que perdem água mais lentamente.

Um interessante exemplo de adaptação relacionada à obtenção de água é encontrado em certas plantas do Cerrado, ambiente muito comum no Brasil central. Nessas áreas, a superfície do solo fica seca durante parte do ano, mas existe bastante água nos lençóis subterrâneos, a alguns metros de profundidade. Muitas plantas do Cerrado têm raízes profundas, algumas com mais de 15 metros, adaptação que permite a elas obter água e sobreviver.

Fotografia. Imagem A. Diversos cactos, todos parecidos, em região de sertão de pernambuco, com solo seco. Fotografia. Imagem B. Diversas árvores de pequeno porte com troncos retorcidos. No solo, há vegetação rasteira, parecida com capim ressecado
A. Cactos na Caatinga: adaptados a um ambiente com pouca água. (Petrolina, Pernambuco, 2021.) B. Vegetação do Cerrado em Campinápolis, Mato Grosso, 2021.Algumas árvores adaptadas a esse ambiente possuem raízes muito profundas, que possibilitam obter água do lençol freático durante as épocas mais secas do ano.

5. Adaptação e teias alimentares

Herbívoros, carnívoros e onívoros

Cada ser vivo tem necessidades alimentares específicas. A capivara, por exemplo, é um animal que se alimenta de plantas. Dizemos que ela é um herbívoro. Se ela estiver num local sem plantas, morrerá de fome.

A onça-pintada apresenta uma alimentação diferente. Ela é um animal carnívoro, ou seja, que se alimenta de outros animais, como as capivaras. Há animais que são onívoros, isto é, que se alimentam de animais e de plantas. É o caso do ser humano.

Fotossíntese

As plantas não se alimentam como os animais. As plantas produzem o próprio alimento pelo processo de fotossín­tese. Nesse processo, a água e o gás carbônico são trans­formados, com o auxílio da luz e na presença de clorofila, em gás oxigênio e açúcar. Este último é o alimento da planta. A água é absorvida pela planta por meio de suas raízes, e o gás carbônico, presente no ar, entra por peque­ninos orifícios (denominados estômatos) existentes nas folhas.

Teias alimentares terrestres

Nos ambientes terrestres, as plantas são a base das cadeias alimentares. As plantas produzem o próprio alimento e são, por esse motivo, chamadas de seres vivos produtores. Esse alimento não serve apenas para a própria planta. Ele é útil também para qualquer animal que se alimente de plantas. Assim, todos os animais herbívoros dependem das plantas. Esses herbívoros, por sua vez, servem de alimento para carnívoros e onívoros.

Herbívoros, carnívoros e onívoros são seres vivos consumidores, pois precisam consumir outros organismos para obter alimento.

Após a morte de um organismo, seus restos vão apodrecendo, ou seja, vão sofrendo decomposição sob a ação dos seres vivos decompositores. Alguns exemplos de organismos decompositores são os fungos e as bactérias. Podemos dizer que eles estão adaptados a obter seu alimento em restos de organismos mortos.

Folhas, frutos, galhos, troncos de árvores, fezes e cadáveres são utilizados pelos decompositores em sua alimentação. Esses seres vivos são bastante importantes para o ambiente, pois fazem uma espécie de reciclagem nos restos produzidos pelos seres vivos. Ao realizar a decomposição, deixam no solo muitos nutrientes importantes para as plantas. São nutrientes que adubam o solo, isto é, que são essenciais para o desenvolvimento das plantas, que são o ponto de partida das cadeias alimentares terrestres.

Os seres que realizam fotossíntese produzem substâncias que servem de alimento para si e para outros seres vivos, ou seja, são organismos autotróficos. Os seres não produtores, por outro lado, são heterotróficos, isto é, estão adaptados a obter energia a partir de outros organismos. São heterotróficos os seres consumidores e os decompositores.

Fotografia. Dois cogumelos brancos com pequenos pontos amarelados em sua superfície. Eles crescem no solo, ao redor de folhas caídas amarronzadas.
Ao decompor os restos de seres vivos, os seres decompositores, como os cogumelos (que são uma variedade de fungo) desta foto (Licopérdom pérlatum), deixam no solo muitos nutrientes para as plantas. altura: 3-7,5 centímetros
Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Se, por acaso, o Sol se apagasse, os animais seriam prejudicados? Explique.

Como cada ser vivo participa em geral de várias cadeias alimentares, uma representação mais real das relações de alimentação num ecossistema é feita por meio de uma teia alimentar, como a que aparece no esquema a seguir. Neste tipo de esquema, cada seta pode ser interpretada como "serve de alimento para".

Esquema simplificado de uma teia alimentar em ambiente terrestre

Esquema. Esquema simplificado de uma teia alimentar em ambiente terrestre com setas conectando os seguintes elementos: gavião (envergadura: oitenta centímetros), decompositores, onça (altura: noventa centímetros), pássaro (altura: doze centímetros), serpente (comprimento: um metro e vinte centímetros), macaco (altura: trinta centímetros), lagarta (comprimento: seis centímetros), perereca (comprimento: oito centímetros), cupim (comprimento: até quinze milímetros), tamanduá (comprimento da cabeça à cauda: até dois metros e vinte centímetros), capivara (altura: sessenta centímetros), árvore (altura: seis metros), fruto (comprimento: três centímetros) e capim (altura: vinte centímetros). As relações estabelecidas: árvore tem setas para decompositores, lagarta e cupim. Fruto tem seta para pássaro, lagarta, decompositores, macaco. Capim tem seta para lagarta, decompositores, capivara. Lagarta tem seta para pássaro, decompositores, perereca. Cupim tem seta para decompositores, tamanduá. Capivara tem seta para decompositores, onça. Pássaro tem seta para gavião, decompositores e serpente. Perereca tem seta para decompositores, serpente. Tamanduá tem seta para decompositores, onça. Macaco tem seta para gavião, decompositores, onça. Gavião tem seta para decompositores. Serpente tem seta para gavião e decompositores. Onça tem seta para: decompositores.
(Representação esquemática em que os seres não estão ilustrados em proporção entre si. Cores fantasiosas.) Exemplo de teia alimentar, que consiste em várias cadeias alimentares entre­laçadas.

Fontes: Esquema elaborado a partir de MILLER JUNIOR, G. T.; Ispúlmãn, S. E. Living in the environment. décima nona edição Boston: Cengage, 2018. página 53, 59, 61; , G. Biology: an illustrated guide to Science. Nova York: Chelsea House, 2006. página 197.

Teias alimentares aquáticas

Nos ambientes aquáticos, como os rios, os lagos e os ocea­nos, as cadeias alimentares se iniciam, de modo geral, com organismos muito pequenos que fazem fotossíntese. O conjunto dêsses organismos que vivem na água é chamado fitoplâncton, e os seres que o formam são tão pequenos que só podem ser vistos em detalhes com o auxílio de microscópio. Entre esses seres incluem-se muitas espécies de algas.

O fitoplâncton serve de alimento para outros organismos aquáticos, inclusive para vários seres muito pequenos, que normalmente também só podem ser vistos em detalhes com a ajuda do microscópio e que são coletivamente denominados zooplâncton.

O plâncton (conjunto formado pelo zooplâncton e pelo fitoplâncton) é o alimento de muitos organismos aquáticos como é o caso de alguns peixes pequenos, que, por sua vez, são devorados por peixes maiores, e assim por diante. O plâncton também pode servir de alimento para animais bem grandes, como a maioria das baleias, a raia-manta e o tubarão-baleia. Nas cadeias alimentares aquáticas também há atuação de decompositores, que devolvem à água nutrientes necessários ao desenvolvimento do fitoplâncton.

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fitoplâncton zooplâncton

Esquema. Representação de três cadeias alimentares existentes em um lago ou próximas a ele (identificadas pelas letras A, B e C). No barranco, está ilustrada a cadeia alimentar A, com seis elementos. Do capim, setas para gafanhoto e decompositores. Do gafanhoto, setas para sapo e decompositores. Do sapo, setas para serpente e decompositores. Da serpente, setas para gavião e decompositores. Do gavião seta para decompositores. Nessa cadeia alimentar há números de um a três. O número um indica o produtor, no caso o capim. O número dois indica o consumidor, no caso o gafanhoto, o sapo, a serpente e o gavião. O número três indica os decompositores. No lago, está ilustrada a cadeia alimentar B, com seis elementos. Do fitoplâncton, uma seta para o zooplâncton e decompositores; do zooplâncton, uma seta para peixes pequenos e decompositores; dos peixes pequenos, uma seta para os peixes médios e decompositores; dos peixes médios, seta para o peixe grande e decompositores. Nessa cadeia alimentar há números de um a três. O número um indica o produtor, no caso o fitoplâncton. O número dois indica os consumidores, no caso o zooplâncton, os peixes pequenos, os peixes médios e o peixe grande. O número três indica os decompositores. Envolvendo o fundo do lago e a superfície, está ilustrada a cadeia alimentar C, com seis elementos. Da figura da planta aquática no fundo do lago sai uma seta para o caramujo; do caramujo, sai uma seta para os peixes pequenos; dos peixes pequenos sai uma seta para o peixe maior; do peixe maior sai uma seta para a garça. De todos saem setas para os decompositores. Nessa cadeia alimentar há números de um a três. O número um indica o produtor, no caso a planta aquática. O número dois indica os consumidores, no caso o caramujo, os peixes pequenos, o peixe maior e a garça. O número três indica os decompositores (fungos e bactérias microscópicos).
Representação de algumas das diversas cadeias alimentares que constituem a teia alimentar de um ambiente. Cada uma dessas cadeias alimentares tem início com um ser vivo produtor e termina com um decompositor . Os demais seres que participam das cadeias alimentares são os consumidores . Observe na imagem exemplos de cadeias alimentares: terrestre , aquática e cadeia alimentar da qual participam organismos aquáticos e terrestres . (Representação esquemática fóra de proporção e em cores fantasiosas. As setas vermelhas indicam “serve de alimento para” e os círculos alaranjados indicam a ampliação de seres microscópicos.)

Fonte: Elaborado com base em têilor, M. R. êti áli. Campbell Biology: concepts & connections. décima edição Harlow: Pearson, 2022. página 790.

6. Adaptações ligadas à alimentação

Adaptações e obtenção de alimento

A língua do tamanduá, que é revestida de muco (líquido pegajoso), é um exemplo de característica relacionada à obtenção de comida. O tamanduá consegue alcançar formigas em alguns locais que lhe são acessíveis somente porque ele possui essa característica adaptativa.

O bico do beija-flor, fino e comprido, é uma adaptação que lhe possibilita alcançar líquidos nutritivos nas flores.

Insetos servem de alimento, por exemplo, para certos pássaros. Se um inseto se parece com uma folha, então é menos provável que seus predadores o vejam entre as folhas, o que aumenta suas chances de sobreviver. Assim acontece com o bicho-folha. Trata-se de um exemplo de camuflagem, isto é: por ser visualmente parecido com outras fórmas presentes em seu ambiente, o bicho-folha é frequentemente confundido com elas.

Fotografia. Uma rã em pleno salto, com a boca aberta e a língua comprida para fora, capturando uma presa. Atrás dela há vitórias-régias na água.
A língua da rã é uma adaptação que favorece a obtenção de alimento. comprimento da rã totalmente esticada: 16 centímetros
Fotografia. Bicho-folha, inseto com o formato de uma folha, com coloração verde e rosada. Ele está sobre um galho.
São conhecidas várias espécies de insetos parecidos com folhas, como esse da foto. Esses insetos são popularmente chamados de bicho-folha e ficam camuflados no ambiente ao qual estão adaptados. (Eulofofílum lobulátum, Ilha de Bornéu, Indonésia.) comprimento: 4 centímetros
Titulo do carrossel
Imagem meramente ilustrativa

Gire o seu dispositivo para a posição vertical

Adaptações e sobrevivência a predadores

A zebra corre de predadores, tais como o leão. A habilidade de fuga é uma característica adaptativa que reduz a chance de presas virarem alimento para predadores.

O porco-espinho tem o corpo revestido de espinhos. Quando um predador, um cachorro-do-mato, por exemplo, tenta morder um deles, os espinhos espetam o focinho do predador, que acaba fugindo. Os “espinhos” da roseira têm uma função parecida: evitar que as rosas sejam devoradas por herbívoros.

A capacidade de correr para fugir e a presença de espinhos são exemplos de adaptações que permitem a um ser vivo reduzir a chance de virar alimento para outro e, portanto, sobreviver por mais tempo.

Fotografia. Animal parecido a um cervo, de cor alaranjada, pernas longas e finas e chifres longos e curvados, fugindo em disparada de um guepardo, grande felino alaranjado e como manchas pretas, em um ambiente de savana.
Correr para fugir do predador é uma adaptação (como faz a impala para escapar do guepardo, nessa foto tirada na Reserva Masai Mara, Quênia). Os mais ágeis terão maior possibilidade de sobrevivência. comprimentos: 2 métros (guepardo) e 1,4 métro (impala)

7. Adaptações relacionadas à propagação da espécie

Nas plantas com frutos, estes costumam conter sementes que podem gerar novas plantas. Frutos bonitos, suculentos e saborosos são aprecia­dos por muitos animais. Eles comem os frutos e engolem as sementes ou as deixam cair.

Fotografia. Tucano, ave com penas pretas, peito branco e bico alongado e levemente curvado para baixo, de cor alaranjada. Ele está empoleirado em um galho e com um pedaço de mamão no bico.
Tucanuçu comendo mamão. (Pantanal, ) comprimento do bico à cauda: 56 centímetros

Acontece que sementes engolidas saem intactas nas fezes dêsses animais. O animal muito provavelmente estará em outro local no momento em que eliminar as sementes nas fezes. Nesse local crescerá uma nova planta, se as sementes encontrarem boas condições para a germinação. Esse tipo de adaptação está relacionado não só à continuidade da espécie, mas também à sua dispersão para outros lugares. Lembre-se do texto da abertura deste capítulo, que conta como o jupará ajuda a semear cacaueiros.

O carrapicho exibe um outro exemplo de adaptação ligada à propagação da espécie. Esse fruto gruda no pelo de animais e pode ser levado por eles a outros lugares, onde eventualmente cai e suas sementes podem originar novas plantas.

Existem certos frutos de plantas que possuem pequenos prolongamentos laterais e outros que são leves e com prolongamentos que parecem plumas. Esses frutos podem ser levados a grandes distâncias pelo vento.

Fotografia. Planta com estruturas brancas dispostas no ápice do caule, formando uma esfera, e algumas sendo levadas pelo vento.
Frutos do dente-de-leão também podem ser dispersos pelo vento. Na foto, alguns deles estão se soltando da planta que os originou. diâmetro da estrutura: 6 centímetros
Fotografia. Estruturas verde amareladas com projeções finas e pontiagudas grudadas em um pedaço de tecido jeans.
O fruto do carrapicho pode ser levado a lugares distantes do local onde foi gerado, grudado no pelo de animais ou, até mesmo, nas roupas que vestimos. diâmetro do carrapicho: 5 milímetros
Fotografia. Estrutura formada por uma esfera verde com prolongamentos laterais de cor verde em tom mais claro.
Frutos alados da árvore tipuana. Eles podem ser espalhados pelo vento graças aos prolongamentos laterais. comprimento do fruto: 5 centímetros

8. Interação com outros seres vivos

Em qualquer ecossistema, podemos encontrar inúmeros exemplos de interações entre seres vivos.

A relação do herbívoro com o vegetal que ele come ou do carnívoro com sua presa são exemplos de interações adaptativas entre seres vivos.

Um outro exemplo de interação acontece entre as espécies de peixe-palhaço e certas espécies de anêmonas-do-mar. Nos tentáculos, essas anêmonas-do-mar têm estruturas que disparam minúsculos filamentos que podem injetar substância tóxica, paralisando as presas das quais se alimentam. O peixe-palhaço não é atingido porque produz uma substância que reveste seu corpo e impede o disparo dêsses filamentos.

Essa característica adaptativa de conseguir viver em meio aos tentáculos das anêmonas-do-mar ajuda o peixe-palhaço a se proteger de seus predadores e, também, a obter as sobras de alimento das anêmonas.

Fotografia. Pequeno peixe de corpo alaranjado com listras brancas, em meio a uma anêmona-do-mar.
Peixe-palhaço em meio aos tentáculos de uma anêmona-do-mar. comprimento do peixe: até 10 centímetros
Ícone. Letras A e Z.

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camuflagem interação entre seres vivos

9. Fluxo de energia nos ecossistemas

Todo ser vivo precisa de energia para sobreviver. Os autotró­fi­cos captam essa energia da luz e a convertem em energia química, que é armazenada na glicose. Os heterotróficos obtêm energia dos seres vivos dos quais se alimentam. Sobre isso, leia atentamente o texto a seguir.

EM DESTAQUE

Não confunda respiração com fotossíntese

Respiração, ou respiração celular, é um processo em que a glicose (um tipo de açúcar) e o gás oxigênio são transformados em gás carbônico e água. Nessa transformação é liberada energia, utilizada para o funcionamento do organismo. Os animais e as plantas são exemplos de seres vivos que realizam respiração celular.

As plantas (e também as algas e alguns microrganismos) elaboram o açúcar de que necessitam por meio da fotossíntese. Nesse processo, há consumo de água e de gás carbônico, e produção de glicose e de gás oxigênio.

Para que a fotossíntese aconteça é preciso que a planta receba iluminação adequada. A energia proveniente da luz é transformada em outra fórma de energia, a energia química, que é armazenada na glicose e que será aproveitada quando essa glicose for usada na respiração celular.

Fluxograma. Sete balões de texto, conectados por setas. Dois quadro amarelos (gás oxigênio; glicose), um quadro roxo (respiração), três quadros azuis (água, gás carbônico, dia e noite) e um quadro cinza (Energia (para funcionamento e crescimento do organismo)). Os elementos do fluxograma permitem os seguintes caminhos: Gás oxigênio e glicose são usados na respiração, que produz água e gás carbônico. Respiração (quadro roxo acontece dia e noite. Respiração que libera energia (para funcionamento e crescimento do organismo).  Fluxograma. Oito balões com texto, conectados por setas. Dois quadros azuis (gás carbônico, água), um quadro verde (Fotossíntese), um quadro cinza (Energia (da luz)), um quadro amarelo mais escuro (Iluminação adequada) e três quadros amarelo claro (glicose, gás oxigênio, alimento (para o próprio organismo e para os que se alimentam dele). Os elementos do fluxograma permitem os seguintes caminhos: Gás carbônico e água são usados na fotossíntese, que produz glicose e gás oxigênio. Glicose que serve de alimento (para o próprio organismo e para os que se alimentam dele). Energia (da luz) é necessária à fotossíntese, ocorre se houver iluminação adequada.

Elaborado com dados obtidos de: NELSON, D. L.; , M. M. Lehninger Principles of Biochemistry. oitava edição Nova York: Freeman, 2021.

A entrada de energia numa teia alimentar, sob a fórma de luz solar, ocorre por meio dos produtores, que a captam e a utilizam na fotossíntese. Essa energia é usada para produzir glicose, que é armazenada. Parte dessa glicose é consumida pelo próprio ser produtor no processo de respiração celular. Um organismo produtor serve de alimento para diferentes organismos consumidores, que, por sua vez, servirão de alimento para outros consumidores. Assim, por meio da alimentação, a energia é gradualmente transferida de um organismo para outro ao longo da teia alimentar de um ecossistema, até chegar aos decompositores.

Nessa passagem sucessiva ao longo das teias alimentares, parte da energia armazenada nos organismos vivos não é disponibilizada para os organismos que vêm a seguir. Isso ocorre porque:

  • Há partes de um organismo que não são ingeridas e há outras que, mesmo ingeridas, não são aproveitadas.
  • Parte da energia obtida por autotróficos e por hetero­tró­ficos é empregada para sustentar as atividades do próprio organismo, por isso, consumida dessa maneira, fica indisponível para os indivíduos que vêm na sequência da teia alimentar.
  • Parte da energia também é dissipada (perdida para o ambiente) na fórma de calor.

Uma conclusão muito importante dessa discussão é que, nas cadeias e teias alimentares, a energia sempre flui num único sentido. Ela é captada pelos produtores, passa pelos consumidores e chega aos decompositores.

Transferência de energia em uma cadeia alimentar

Esquema. Seta amarela e larga para à direita. Dentro, ilustração do Sol e texto: energia recebida do Sol. Em seguida, o desenho de uma planta dentro de uma forma retangular azul de mesma largura que a seta de energia recebida do Sol. Da planta sai uma seta azul voltada para baixo e uma seta laranja voltada à direita, ambas mais estreitas que a seta amarela (a largura das duas setas juntas é similar à largura da seta de energia recebida do Sol). Em seguida, desenho de um gafanhoto em uma forma retangular de mesma largura que a seta laranja que sai das plantas. Do gafanhoto sai uma seta azul para baixo e uma seta laranja para a direita, ambas mais estreitas que as setas anteriores. Em seguida, desenho de um sapo em uma forma retangular de mesma largura que a seta laranja que sai do gafanhoto. Do sapo sai uma seta azul para baixo e uma seta laranja para à direita, ambas mais estreitas que as setas anteriores. Em seguida, desenho de uma serpente em uma forma retangular de mesma largura que a seta laranja que sai do sapo. Da serpente sai uma seta azul para baixo e uma seta laranja para à direita. Essas setas são ainda mais estreitas.
Representação esquemática da transferência de energia ao longo de uma cadeia alimentar. As setas de cor laranja representam a energia transferida para outro ser vivo. As setas azuis representam a energia utilizada (por meio da respiração) para sustentar as atividades do corpo e a energia dissipada como calor. (fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Esquema elaborado a partir de MILLER JUNIOR, G. T.; Ispúlmãn, S. E. Living in the environment. décima nona edição Boston: Cengage, 2018. página 59.

10. Fluxo de matéria nos ecossistemas

As plantas produzem glicose por meio da fotossíntese e absorvem do solo alguns nutrientes minerais de que necessitam. Parte da glicose e dos nutrientes minerais passa para os consumidores ao longo da teia alimentar. Os restos provenientes dos organismos que compõem essa teia — folhas caídas no chão, troncos mortos, fezes, cadáveres etcétera — servem de alimento para os decompositores, que, ao atuar sobre tais restos, liberam nutrientes que se incorporam ao solo: são nutrientes minerais. As plantas podem absorver esses nutrientes minerais e, dessa maneira, todo o ciclo se repete (figura A, a seguir).

O gás oxigênio e o gás carbônico participam de trocas gasosas entre os seres vivos e a atmosfera. Ao realizarem respiração celular, seres vivos consomem gás oxigênio e produzem gás carbônico. Os organismos produtores, além de respirarem, executam a fotossíntese, que consome gás carbônico e produz gás oxigênio (figura B).

As substâncias que constituem os seres vivos são apro­veitadas por outros seres vivos, numa sequência interminável. A natureza recicla constantemente a matéria, permitindo às novas gerações de seres vivos reaproveitá-la.

Fluxo de nutrientes

Esquema A. Solo, seta para produtores. Produtores, seta para consumidores e decompositores. Consumidores, seta para: decompositores. Decompositores, seta para: solo.
A. Esquema do fluxo de nutrientes num ecossistema terrestre. As setas azuis representam o fluxo dessas substâncias.

Trocas gasosas

Esquema B. Autotróficos (realizam fotossíntese e respiração celular). Seta verde para Gás oxigênio na atmosfera e seta vermelha para Gás carbônico na atmosfera. Gás oxigênio na atmosfera, seta vermelha para autotróficos (realizam fotossíntese e respiração celular) e seta vermelha para Heterotróficos (realizam respiração celular). Gás carbônico na atmosfera, seta verde para Autotróficos (realizam fotossíntese e respiração celular). Heterotróficos (realizam respiração celular), seta vermelha para Gás carbônico na atmosfera.
B. Esquema de trocas gasosas com o ambiente. As setas vermelhas representam trocas envolvidas na respiração celular, e as verdes, na fotossíntese.

Fonte: Esquemas elaborados a partir de Meider, S. S.; Windelspéquiti, M. Biology. décima terceira edição Nova York: McGraw-Hill, 2019. página 861, 866.

Ícone. Caderno.

ATIVIDADE

Para fazer no seu caderno

Redigir um texto, semelhante a um artigo de jornal, que explique que o conceito de lixo é decorrência das atividades humanas; nos ambientes naturais não existe lixo.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Vinte e nove balões com texto, conectados por setas. Os elementos do fluxograma permitem os seguintes caminhos: Seres vivos exibem adaptações ligadas a estratégias de sobrevivência, por exemplo: obtenção de energia, relação com os fatores não vivos do ambiente, chance de não ser capturado por predadores. A relação com os fatores não vivos do ambiente, por exemplo frio e seca. A chance de não ser capturado por predadores, por exemplo fuga, camuflagem e espinhos. Obtenção de energia que em plantas e algas envolve a fotossíntese. Obtenção de energia que nos animais envolve a obtenção de alimento, indiretamente proveniente da fotossíntese e caracterizando os casos de herbívoros, carnívoros, onívoros e parasitas (capítulo 6). Os seres vivos compõem as cadeias alimentares, que se interligam numa meia alimentar na qual há fluxo de energia e fluxo de matéria. Os seres vivos dividem-se em autotróficos, por exemplo plantas que realizam fotossíntese e respiração celular, e heterotróficos, por exemplo, animais que realizam a respiração celular.
Ícone. Lâmpada.

Atividades

Use o que aprendeu

  1. O cheiro ruim liberado por alguns animais — como algumas variedades de gambás e alguns insetos, como a popular maria-fedida — é uma adaptação. Escreva no caderno que vantagem essa adaptação proporciona a esses animais.
  2. A urtiga é uma planta que provoca uma irritação muito grande na pele de animais que encostam em suas folhas. Escreva no caderno que vantagem essa característica adaptativa proporciona a essa planta.
  3. Num local existe a cadeia alimentar representada pelo esquema.
Esquema. Figura de um arbusto representando a vegetação, da qual sai uma seta para seres decompositores, representados por cogumelos e fungos e bactérias microscópicos. Da vegetação também sai uma seta para a figura de um coelho. Do coelho sai uma seta para a figura de um gavião e outra seta para os decompositores. Da figura do gavião sai uma seta para os decompositores.
(Representações sem proporção e em cores fantasiosas.)
  1. O que pode acontecer com a quantidade de coelhos se o número de gaviões diminuir?
  2. Se o número de gaviões diminuir, a vegetação pode ser afetada?

Justifique suas respostas.

  1. Há alguns anos, o Ministério da Saúde divulgou um cartaz no qual apareciam um sapo e a seguinte frase: “Na luta contra a dengue, você faz a sua parte que eu faço a minha”. A frase foi redigida como se tivesse sido dita pelo animal.
    1. Qual é a relação ecológica entre o sapo e a espécie do mosquito que transmite a dengue?
    2. Levando em conta que a fêmea do mosquito da dengue suga o sangue humano, represente uma cadeia alimentar da qual participem, entre outros, o sapo, o ser humano e o mosquito fêmea.
  2. Em muitas regiões do país podem ser vistas aves pousadas sobre o gado bovino ou sobre cavalos ou capivaras, pois alimentam-se de seus carrapatos.
Fotografia. Um pequeno gavião, ave com penas brancas no peito e penas pretas nas asas, de bico curvado, em pé em cima da cabeça de um boi branco, com chifre pequenos no topo da cabeça.
Gavião-carrapateiro sobre gado. altura da ave: 30 centímetros
  1. Qual é a vantagem dessa relação para as aves? E para o gado, os cavalos e as capivaras?
  2. Represente uma cadeia alimentar envolvendo uma planta existente no pasto onde vivem o gado, a ave, o carrapato e também seres decompositores.
  1. O fitoplâncton é importante para as cadeias alimentares em ambientes aquáticos. Explique por quê.
  2. Há insetos que se parecem com folhas verdes ou com gravetos secos. Qual é a vantagem que tal semelhança oferece a esses insetos?
  1. Após assistir a um filme sobre ecos­sistemas, um estudante do 7º ano afirmou que “matéria e energia têm comportamento semelhante nos ecossistemas, fluindo por um mesmo trajeto na teia alimentar e sendo continuamente recicladas”. Existe algum erro nesse raciocínio? Explique.
  2. Com base nos conceitos estudados neste capítulo, faça uma previsão do que pode acontecer num ecossistema terrestre se os nutrientes que tornam o solo fértil forem eliminados dele por algum motivo. Justifique.
  3. Imagine que duas ilhas isoladas e de mesmo tamanho tenham as mesmas características de solo, clima etcétera e, por causa disso, ambas ofereçam a mesma capacidade para produção agrícola. Na ilha A, os habitantes têm hábito alimentar predominantemente carnívoro e, na ilha B, têm hábito alimentar principalmente vegetariano. Considerando que as ilhas não recebam alimento de fóra, qual pode suportar uma população humana maior? Por quê?
  4. No seu caderno, utilize o seguinte código de letras para indicar a vantagem adaptativa de cada uma das características da lista numerada.

A – Favorece a vida em local frio.

B – Favorece a obtenção de alimento.

C – Favorece a dispersão das sementes.

D – Evita ser vítima de predadores.

  1. Camada grossa de gordura sob a pele do leão-marinho.
  2. Frutos doces e suculentos do caqui.
  3. Cheiro repugnante do cangambá (jaritataca).
  4. Estruturas com aspecto de “espinhos” que revestem o corpo do porco-espinho.
  5. Hibernação de alguns animais no inverno.
  6. Músculos fortes, dentes pontudos e garras afiadas da onça.
  7. Semelhança de uma espécie de besouro amarelo com outra espécie, que tem gosto ruim e é rejeitada por predadores.
  8. Frutos leves e com estruturas que lhes permitam ser levados pelo vento.
  9. Língua ágil, comprida e pegajosa do sapo.
  10. Frutos cheirosos da goiaba.
  11. Camuflagem de insetos que se parecem com folhas verdes ou com gravetos secos.
  12. Asas do pinguim, modificadas sob a fórma de nadadeiras.
Ícone. Lupa.

Atividade

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

As atividades 1 a 5 referem-se ao texto Sangue latino, coração baiano, que aparece na abertura deste capítulo.

  1. Explique o que indica a expressão Pótos flávus que aparece entre parênteses no início do texto.
  2. O texto explica que a cauda do jupará é preênsil e permite deduzir o que isso significa. Explique o que é cauda preênsil e cite outro exemplo de animal que tenha esse tipo de cauda.
  3. A capa da revista da qual foi extraído o texto diz que o jupará é o semeador das árvores que garantem nosso chocolate. Explique como o animal atua nesse processo.
  4. O que significa dizer que esse animal é de hábito noturno?
  5. Elabore uma lista com o nome de quatro alimentos consumidos pelo jupará citados no texto. A partir dessa lista, justifique se o animal é herbívoro, carnívoro ou onívoro.

ILUSTRAÇÃO CIENTÍFICA

Leia o texto, analise as ilustrações nele contidas e faça as quatro atividades a seguir.

Os dentes estão adaptados à dieta

As figuras mostram o crânio e os dentes de dois animais: um leão, que é carnívoro, e um boi, que é herbívoro.

Perceba que o carnívoro tem dentes apropriados para rasgar a carne dos animais que captura para comer. São dentes pontudos, próprios para essa tarefa.

Já o herbívoro tem os dentes dian­teiros apropriados para cortar as plantas — um punhado de capim, por exemplo. Com os dentes do fundo, mais planos, ele pode mastigar esse alimento.

O ser humano, que é onívoro, não apresenta dentes tão adequados para nenhuma dessas duas tarefas. Sua dieta é bastante variada.

Examine seus dentes no espelho e compare-os com os destes desenhos. Que conclusão você tira?

Ilustração. Crânio de leão (carnívoro) visto lateralmente, evidenciando os seus dentes. Ele está  com a boca aberta, mordendo um pedaço de carne. Dos dentes caninos, que são grandes e pontiagudos, sai linha de chamada para o texto: Dentes apropriados para rasgar a carne. Dos dentes molares, que têm diversas cristas, sai uma linha de chamada para o texto: Dentes apropriados para mastigar a carne. Ilustração. Crânio de um boi (herbívoro), visto lateralmente. O animal está comendo capim. Os dentes anteriores são pequenos e deles sai uma linha de chamada para o texto: Dentes apropriados para cortar plantas. Os dentes posteriores são achatados e todos do mesmo tamanho. Deles sai uma linha de chamada para o texto: Dentes apropriados para mastigar as plantas.
(Representações sem proporção e em cores fantasiosas.)

Fonte das ilustrações: Meider, S. S.; Windelspéquiti, M. Biology. décima terceira edição Nova York: McGraw-Hill, 2019. página 640.

  1. Qual das dentições apresentadas — a do leão ou a do boi — você acha que deve ser mais parecida com a do gato? Por quê?
  2. A dentição do cavalo deve se assemelhar mais a qual das dentições apresentadas? Justifique.
  3. Pesquise o nome dos dentes humanos indicados pelas setas nesta foto. Qual deve ser a origem dêsse nome?
Fotografia. Sorriso de uma pessoa branca, evidenciando os dentes. Há setas indicando quatro dentes, todos eles contíguos aos incisivos: um na arcada superior à direita, um na arcada superior à esquerda, um na arcada inferior à direita e um na arcada inferior à esquerda.

9. Observe as ilustrações a seguir e indique se o castor e a raposa são animais carnívoros ou herbívoros.

Ilustração. Figura de um castor visto de lado e, acima, imagem de seu crânio, evidenciando a dentição. Os dentes anteriores são bem grandes e pontiagudos, enquanto os dentes posteriores são achatados e todos do mesmo tamanho. lustração. Figura de uma raposa vista de lado e, acima, imagem de seu crânio, evidenciando a dentição. Os dentes anteriores são de diferentes tamanhos e dois deles são grandes e pontiagudos. Os dentes posteriores têm diversas cristas.
(Representações sem proporção e em cores fantasiosas.)

Fontes: Reiven, P. H. êti áli. Biology. décima segunda edição Nova York: McGraw-Hill, 2020. página 748; RICKMAN JUNIOR, C. P. êti áli. Integrated principles of Zoology. décima oitava edição Nova York: McGraw-Hill, 2020. página 715.

ESQUEMA

As atividades 10 a 13 se referem ao esquema.

Esquema. Representação de uma teia alimentar. Da figura do capim sai uma seta para gafanhoto e outra para preá. Da figura do preá sai uma seta para caninana, uma serpente. Da figura do gafanhoto sai seta para calango, outra para caninana e uma terceira para seriema. Da figura do calango sai uma seta para seriema. Da figura de três ovos sai uma seta para caninana. No meio dessa seta tem o número 2. Da figura da caninana sai uma seta para carcará e no meio dessa seta tem o número 1. Da figura da caninana também sai uma seta para seriema.
(Representação esquemática fóra de proporção.)
  1. Quais dos seres vivos mencionados são autotróficos?
  2. Quais dos seres vivos mencionados são consumidores?
  3. Qual dos seres vivos ilustrados é a base de todas as cadeias alimentares mostradas?
  4. As setas 1 e 2 ilustram uma relação entre a espécie do carcará e a espécie da caninana. Explique o significado dessas setas.

CHARGE

Charge. Duas baleias bem grandes nadando lado a lado. Uma delas diz: estou começando a achar que plâncton não é diet.
  1. Qual é a diferença entre fitoplâncton e zooplâncton quanto à nutrição?
  2. O traçado do desenhista pode sugerir que a espécie em questão é o cachalote. Pesquise sobre esse animal e seu comportamento.

Além do ERRO de atribuir comportamentos humanos a animais, há outro ERRO na charge. Que erro é esse? Justifique sua resposta com base em fatos que encontrou na sua pesquisa.

Seu aprendizado não termina aqui

Eventualmente lemos ou ouvimos nos noticiários que um tubarão se aproximou de alguma praia frequentada por banhistas e foi morto. Você acha correto que, para garantir o lazer do ser humano, um animal seja morto no ambiente em que vive?

Há outra fórma de solucionar o problema que não seja matando o animal?

Há outras situações como essa que acontecem na vida diária ou aparecem em noticiários. Esteja sempre atento a essas situações e reflita sobre elas.