CAPÍTULO 6 Saneamento básico

Fotografia. Pessoa com as mãos em uma bacia metálica com água, lavando muitos tomates, vermelhos e de formato arredondado.
O que é parasitose? E verminose? Quais delas podemos adquirir quando consumimos vegetais crus e mal lavados? E se ingerirmos água não tratada?

Motivação

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: saúde.

EM DESTAQUE

Piolho (pediculose)

“O piolho do couro cabeludo () é um inseto que se alimenta do sangue das pessoas e reproduz-se com rapidez. Transmitido de uma pessoa para outra, ele se instala no folículo piloso, ou seja, na base do cabelo, onde deposita seus ovos — as lêndeas –, fáceis de serem reconhecidos e que diferem da caspa porque ficam grudadas no pelo.

Existem termos que designam espécies diferentes de piolhos de acordo com a região que atingem. O de cabeça, chamamos de piolho; o de corpo, muquirana; e o de pelos pubianos, chato (que pode infestar também sobrancelhas e cílios).

O piolho adulto tem cêrca de 2 a 3 milímetros (tamanho de um grão de gergelim), seis pernas e sua cor varia de marrom a branco-acinzentado. A fêmea vive de três a quatro semanas e, quando adulta, coloca até 10 ovos por dia. Ou seja, em um mês, cada uma pode dar origem a 300 piolhos, então, é necessário controlar a infestação o quanto antes e garantir que tanto piolhos adultos quanto lêndeas sejam retiradas.

reticências

Sintomas de piolhos

Os piolhos se alimentam cêrca de 4 vezes por dia, injetando no couro cabeludo um pouco de saliva, que tem propriedades vasodilatadoras, anestésicas e anticoagulantes. As picadas provocam:

Coceira intensa no couro cabeludo;

Feridas causadas pelo ato de coçar;

Marcas visíveis deixadas pelas picadas de inseto;

Aparecimento de ínguas e infecções secundárias nos casos mais graves de infestação.”

Fonte: BRUNA, M. H. V. Piolho (Pediculose). Drauzio. Disponível em: https://oeds.link/teNQdz. Acesso em: 12 abril 2022.

Fotografia. Imagem de animal de corpo achatado com seis pernas e abdômen segmentado, em fios de cabelo. Animal observado ao microscópio.
Piolho que vive em cabelos humanos, que mede entre 2 e 3,5 milímetros. Imagem obtida ao microscópio eletrônico, com cores fantasiosas.
Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Veja o infográfico sobre verdades e mitos a respeito da infestação por piolhos na página da Fundação Oswaldo Cruz:

https://oeds.link/nlmZWM.

Acesso em: 12 abril 2022.

Caso esse enderêço tenha mudado, busque por piolho Fundação Oswaldo Cruz.

Desenvolvimento do tema

1. Parasitismo: uma estratégia de vida

Cada espécie de ser vivo está adaptada a um ambiente e a um modo de vida. Os parasitas são organismos que se juntam a outros seres vivos, os hospedeiros, dos quais passam a se alimentar. Diferentemente dos predadores, que em geral se alimentam de uma grande variedade de espécies de plantas e animais, os parasitas se alimentam de um número relativamente pequeno de espécies hospedeiras.

Fotografia. Animal pequeno e marrom, na pele de uma pessoa. Ele está com o aparelho bucal perfurando a pele da pessoa.
Um carrapato, que mede cêrca de 2 milímetros, fixado à pele humana.

O parasitismo é uma estratégia de vida na qual o parasita se beneficia ao conseguir alimento de um hospedeiro e, embora o prejudique, normalmente não causa sua morte. Os piolhos (que são insetos) e os carrapatos (que são aracnídeos) são exemplos de seres que atuam como parasitas do ser humano. Ambos apresentam aparelho bucal capaz de perfurar a pele e de sugar o sangue do hospedeiro; o corpo mais achatado dificulta sua remoção pelo ato de coçar (ou por meio da passagem de pente fino); suas garras permitem maior fixação nos pelos de mamíferos; essas são algumas das características consideradas adaptações a esse modo de vida.

Piolhos e carrapatos são exemplos de parasitas que vivem fóra do corpo do hospedeiro. São parasitas externos, ou ecto­pa­rasitas.

Existem, por sua vez, parasitas que vivem dentro do organismo do hospedeiro; são chamados parasitas internos, ou endoparasitas. Eles frequentemente se nutrem do alimento ingerido pelo indi­víduo conta­minado ou do sangue dêsse indivíduo. Esses parasitas podem causar anemia e desnutrição.

As doenças causadas por parasitas são chamadas pa­ra­si­to­ses. Neste capítulo, entre outros assuntos, estudaremos quatro delas: a esquis­tos­so­mo­se, a teníase, o amarelão e a ascaridíase, todas causadas por vermes. As parasitoses causadas por vermes são denominadas verminoses. Conheceremos, também, a cis­ti­cer­co­se, que é uma doença relacionada ao ciclo de vida do verme causador da teníase.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

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Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

parasita

hospedeiro

parasitose

verminose

2. Esquistossomose

A esquistossomose, ou “barriga-d’água”, é uma verminose causada pelo platelminto Iskistossomaundefined, ou esquis­tos­somo. Há dois hospedeiros para esse verme: o ser humano, que é considerado o hospedeiro definitivo, e o caramujo de certas espécies (do gênero biomfalária) que vivem em água doce e não poluída, que é considerado o hospedeiro intermediário.

Uma pessoa pode adquirir a doença ao entrar em água que contenha pequenas larvas de Squistossoma mansôni, as cercárias, pois elas conseguem atravessar a pele humana. A pessoa sente uma intensa coceira no local por onde as cercárias penetraram. Beber água contaminada também pode provocar a doença.

Dentro do corpo, a cercária se instala no fígado. Lá ela cresce e se desenvolve, transformando-se num verme adulto. Uma fêmea adulta dêsse verme pode produzir centenas de ovos por dia, que são eliminados nas fezes do doente.

Se as fezes contaminadas chegarem aos lagos e lagoas onde há caramujos, os ovos que estão nas fezes liberam um segundo tipo de larva, os miracídios, que contaminam mais caramujos. Instalados no interior do corpo dos caramujos, os miracídios se reproduzem, gerando centenas de novas cercárias, que são liberadas na água e podem contaminar outras pessoas. A doença pode causar sérios problemas envolvendo fígado, pulmões, intestino, rins e sistema nervoso.

Fotografia. Animal com uma concha em espiral, sobre uma folha.
Caramujo (Biomfalária glabráta) que atua como hospedeiro intermediário do verme causador da esquistossomose. Sua concha é mais escura que a do caracol comum de jardim, que não é transmissor dessa doença. diâmetro da concha: 12 milímetros

Esquema da transmissão da esquistossomose

Esquema. Silhueta de uma pessoa. O ser humano é o hospedeiro definitivo. 1: O indivíduo contaminado elimina nas fezes centenas de ovos, que dão origem a pequenas larvas, chamadas miracídios. Da região do intestino da pessoa, seta vermelha para dois vermes, um é a fêmea, maior e mais fina, e o outro é o macho, com um sulco no corpo, onde a fêmea fica alojada. Uma fêmea adulta mede cerca de 1,5 cm de comprimento. O macho, mais largo e curto (cerca de 1 cm de comprimento), aloja a fêmea em seu interior. Do ser humano, seta azul para o desenho de uma forma arredondada e ciliada. Miracídio (Comprimento: 0,2 milímetro.) 2: Num ambiente aquático, um miracídio pode contaminar um caramujo. Do miracídio, seta azul e desenho de um caramujo. O caramujo é o hospedeiro intermediário. (Comprimento: até 4 centímetros.) 3: Após o miracídio se reproduzir dentro do caramujo, saem dele pequenas larvas, chamadas cercárias. As cercárias podem infectar um outro ser humano que beba água ou tome contato com ela onde existam cercárias. Do caramujo seta azul para o desenho de uma cercária, forma larval com corpo comprido e extremidade posterior bipartida. Cercária (Comprimento: 0,3 milímetro.)
Squistossoma mansôni é o causador da esquistossomose. Siga o esquema pelos números. As setas roxas indicam a sequência dos eventos ao longo do tempo. (Representações fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Elaborado a partir de , G. J.; fúnqui, B. R.; queizi, C. L. Microbiology: an introduction. décima terceira edição Harlow: Pearson, 2021. página 708.

3. Teníase

Tênias, platelmintos parasitas, são as causadoras da verminose denominada teníase. Duas espécies de tênias que parasitam o intestino humano são a Taênia sólium e a Taênia sagináta.

Vermes em fórma de fita com crescimento contínuo, os adultos podem chegar a alguns metros de comprimento. Prendem-se ao intestino humano por uma de suas extremidades, chamada escólex, por onde absorvem parte do alimento que o indivíduo ingere, podendo causar anemia e desnutrição.

Esquema. Detalhe da extremidade anterior de uma tênia dos porcos. No topo, há ganchos e na lateral há ventosas. Ao lado da ilustração, o texto indica: Escólex de Taenia solium, mostrando os “ganchos” e as ventosas que ela usa para se fixar ao intestino. À direita, detalhe da extremidade anterior de uma tênia das vacas. No topo há quatro ventosas. Ao lado da ilustração, o texto indica: Escólex de Taenia saginata, mostrando as ventosas que ela usa para se fixar ao intestino. Em ambos os casos, a largura do escólex é de aproximadamente 1 milímetro.
(Representações fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fontes: NEVES, D. P. êti áli. Parasitologia dinâmica. terceira edição São Paulo: Atheneu, 2009. página 305; Reiven, P. H. êti áli. Biology. décima segunda ediçãoNova York: McGraw-Hill, 2020. página 692.

O corpo da tênia é formado por vários segmentos, que, quanto mais distantes do escólex, mais maduros estão. Quando um desses segmentos está maduro e repleto de centenas de ovos, se desprende e sai com as fezes do hospedeiro.

Os hospedeiros intermediários, o porco (no caso da Taênia sólium) ou o boi (no caso da Taênia sagináta), podem se contaminar com os ovos. Uma vez instalados no corpo do hospedeiro, os ovos se transformam em larvas, os cisticercos, que ficam alojadas nos músculos ou no cérebro. Ao comer carne crua ou malcozida que contenha cisticercos, o ser humano pode se contaminar. No ser humano, o cisticerco se desenvolve em um novo verme adulto. Como, normalmente, a pessoa se contamina com apenas uma tênia, esse verme ficou conhecido popularmente como solitária.

Fotografia. Destaque para uma pessoa segurando uma pinça e manipulando uma tênia, que está em uma placa de vidro. Esse animal tem o corpo bastante alongado em forma de fita achatada.
Tênia. comprimento: 1 métro

4. Cisticercose

Quando ingere os ovos de Taênia sólium, o ser humano pode atuar como hospedeiro intermediário, desenvolvendo cisticercos. A contaminação pode ocorrer pela ingestão de alimentos mal lavados (verduras, frutas etcétera) que contenham ovos de tênia.

A presença de cisticercos no ser humano configura a doença denominada cisticercose. Quando eles se alojam em regiões vitais, como o cérebro, as consequências da doença podem ser muito sérias.

Esquema da transmissão da teníase

Esquema. Silhueta de uma pessoa. O ser humano é o hospedeiro definitivo. Seta verde saindo da região do intestino da pessoa, indicando um verme comprido, achatado. Na extremidade anterior: “Cabeça” da tênia, chamada escólex. Uma tênia adulta pode atingir até cerca de 6 metros de comprimento. A largura do escólex é de aproximadamente 1 milímetro. 1: Nas fezes de um indivíduo com teníase estão presentes segmentos (pedaços) do corpo do verme, dentro dos quais há muitos ovos. Cada ovo mede cerca de 0,03 milímetro.  Do ser humano, seta azul para cinco retângulos com fios emaranhados dentro. Segmentos com ovos. 2: Os ovos podem chegar, eventualmente, a contaminar a comida de um porco. Seta azul para um porco se alimentando. O porco é o hospedeiro intermediário. (Comprimento: até 1,4 metro.). Destaque para um cisticerco, estrutura oval, na musculatura do porco. Cisticerco (Comprimento: aproximadamente 1 centímetro.) Seta azul para um prato com carnes. 3: No porco, os ovos originam cisticercos nos músculos ou no cérebro. Comer a carne do animal crua ou malcozida permite que um cisticerco contamine outra pessoa. Esse cisticerco se desenvolve e se instala no intestino da pessoa que, agora, está com teníase.
Taênia sólium é a causadora da teníase. Siga o esquema pelos números. As setas roxas indicam a sequência dos eventos ao longo do tempo. Caso um ser humano faça o papel de hospedeiro intermediário, no lugar do porco, diz-se que ele está com cisticercose. No caso da Taênia sagináta, o hospedeiro intermediário, em vez do porco, é o boi. (Representações fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Elaborado a partir de NEVES, D. P. êti áli. Parasitologia dinâmica. terceira edição São Paulo: Atheneu, 2009. página 303, 305 e 308.

Ícone. Balão de pensamento.

ATIVIDADE

Reflita sobre suas atitudes

Você toma cuidado com os alimentos que ingere ou nem se preocupa com isso?

5. Amarelão

A ancilostomose, ancilostomíase, opilação ou amare­lão é uma doença frequente no nosso país.

Um nematódeo que pode causar essa doença é o , ou ancilóstomo. Ele se desenvolve no corpo humano, que atua como hospedeiro único.

Seus ovos são eliminados com as fezes do doente e, no solo úmido, dão origem a larvas em um ou dois dias. Após saírem dos ovos, elas se alimentam de materiais encontrados no solo e, após três ou quatro dias, já conseguem penetrar na pele humana, infectando outra pessoa.

A doença tem como sintomas tosse, falta de ar, febre, náuseas, vômitos, dor no abdômen e diarreia. Os indivíduos que possuem os vermes causadores do amarelão têm uma pele pálida e com a cor amarelada.

O parasita tem pequeninos “dentes” pontiagudos com os quais fura a parede do intestino para se alimentar do sangue humano. A perda de sangue causa a anemia, responsável pela fraqueza, pela palidez e pelo tom amarelado do doente. É por causa dêsse tom amarelado que a doença ganhou o nome de amarelão.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades

O bicho-geográfico é o Ancilostôma brasiliênsis, cujas larvas são transmitidas por meio das fezes de cães ou gatos portadores do verme. Tais larvas podem penetrar pela pele do ser humano e causar irritação e coceira, acompanhadas de manchas correspondentes ao rastro da migração da larva pela pele. Para evitar a contaminação, deve-se usar calçado e também não permitir que cães e gatos evacuem em praias, assim como recolher as fezes deles durante os passeios.

Esquema da transmissão da ancilostomose

Esquema. Silhueta de uma pessoa. Da região do intestino da pessoa, seta roxa para dois vermes. Os vermes adultos têm cerca de 1 centímetro de comprimento. 1: As fezes de um indivíduo com amarelão contêm ovos do verme. Do ser humano, seta verde para um pequeno verme dentro de uma forma oval. 2: No solo úmido, os ovos evoluem e originam larvas. Cada ovo mede cerca de 0,06 milímetro. Seta verde para um verme saindo de um ovo. Seta verde para pés de uma pessoa. 3: Após um ou dois dias, uma pequena larva sai de cada ovo. As larvas podem perfurar a pele humana e contaminar outra pessoa. Depois de se movimentarem pelo interior do corpo humano, as larvas se fixam no intestino e se alimentam do sangue do hospedeiro.
Ancilostôma duodenále é o causador da ancilostomose ou amarelão. Siga o esquema pelos números. As setas verdes indicam a sequência dos eventos ao longo do tempo. (Representações fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Elaborado a partir de Roberts, L. S.; JANOVY JUNIOR, J. Foundations of Parasitology. sexta edição Boston: McGraw-Hill, 2009. página 407.

Esquema. Detalhe da extremidade anterior de um ancilóstomo. Na cavidade circular, representando a boca, há estruturas pontiagudas, os dentes.
A largura da “cabeça” do ancilóstomo é de cêrca de 0,5 milímetro. (Cores fantasiosas.)

Fonte: NEVES, D. P. êti áli. Parasitologia dinâmica. terceira edição São Paulo: Atheneu, 2009. página 365.

6. Ascaridíase

O Ascáris lumbricóides, conhecido popularmente como lombriga, é o nematódeo causador da ascaridíase.

O parasita se aloja no intestino humano, onde se utiliza dos alimentos ingeridos pela pessoa. As fêmeas põem ovos que saem com as fezes do doente. Uma nova pessoa pode se infectar ao beber água não tratada contendo esses ovos ou comer alimentos regados com ela. No intestino, as larvas saem dos ovos e, perfurando a parede deste órgão, entram na corrente sanguínea, por meio da qual chegam aos pulmões.

Os sintomas iniciais da doença são falta de ar, tosse, febre e catarro acompanhado de sangue. Esses sintomas podem até ser confundidos com os de bronquite ou de pneumonia, principalmente em crianças.

Quando o verme chega ao intestino, onde vai se tornar adulto e se reproduzir, usa para si parte do alimento que está em digestão. Nessa etapa, a doença pode provocar, além de desnutrição e fraqueza, reações alérgicas, náuseas, vômitos, manchas na pele e convulsões.

Esquema da transmissão da ascaridíase

Esquema. Silhueta de uma pessoa. O ser humano é o único hospedeiro. Da região do intestino da pessoa, seta vermelha para dois vermes. O tamanho dos vermes adultos varia de 15 a 40 centímetros. 1: Indivíduo contaminado elimina milhares de ovos do verme em suas fezes. Do ser humano, seta laranja para um pé de alface. 2: Esses ovos podem contaminar verduras e frutas. Cada ovo mede cerca de 0,06 milímetro. Seta laranja para um prato com folhas de alface e rodelas de tomate. 3: Ao ingerir verduras e frutas com ovos do verme, um outro indivíduo pode ser contaminado. Dentro do organismo, uma larva sai do ovo, percorre várias partes do corpo e se instala no intestino, onde atuará como parasita.
Ascáris lumbricóides, ou lombriga, é o causador da ascaridíase. Siga o esquema pelos números. As setas marrons indicam a sequência dos eventos ao longo do tempo. (Representações fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Elaborado a partir de Rei, L. Parasitologia. quarta edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. página 586-589.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: saúde.
Ícone. Caderno.

ATIVIDADE

Para fazer no seu caderno

Analise detalhadamente os quatro esquemas de transmissão de verminoses mostrados neste capítulo. A seguir, pense e escreva: Que padrões podem ser identificados nesses ciclos? Pensando nessas semelhanças, que medidas evitariam que essas verminoses se espalhassem?

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Já foi noticiado que jovens modelos fotográficos ingeriram ovos de Ascáris lumbricóides para, adquirindo a verminose, perder peso. Suponha que você tenha encontrado o relato de uma modelo que fez isso, diz sentir-se bem, estar com seus exames médicos normais e mais bonita depois do peso perdido. Esse relato pode ser classificado como fêique níus. Fundamentados no que estudaram neste capítulo, discutam:

Que argumentos podem ser usados para dissuadir alguém de praticar um ato PERIGOSO e IRRESPONSÁVEL como esse?

O que leva uma pessoa a sentir necessidade de se encaixar no padrão que atrela beleza ao emagrecimento exagerado?

Ícone. Letras A e Z.

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esquistossomose

teníase

cisticercose

amarelão

ascaridíase

7. Água potável e tratamento caseiro

A água é denominada potável quando é apropriada para consumo humano, ou seja, quando podemos bebê-la sem risco à saúde. A água é potável se ela não apresenta cor, sabor nem odor. É preciso, também, que ela esteja livre de substâncias tóxicas, de microrganismos, de larvas e ovos de vermes.

Nem sempre a água de rios, lagos e poços é apropriada para consumo humano. Se a água não é potável, deve passar por um tratamento adequado. A água retirada de um rio, lago, nascente ou poço pode, e deve, ser tratada em casa.

Primeiramente, ela precisa ser filtrada. O filtro de água caseiro contém, em seu interior, uma vela de porcelana que é responsável pela filtração. A vela possui pequenos poros que deixam passar a água, mas retêm barro, larvas, ovos e também alguns microrganismos.

Esquema de um filtro de água em corte, para ilustrar o processo de filtração da água

Esquema. Menino de cabelo castanho e liso, usando camiseta verde claro. Ele está apoiado em um balcão, sorri e segura um copo de água. Na frente dele há um filtro de barro. É possível ver por transparência o interior do filtro, que é dividido em duas partes: a de cima tem água e uma vela, que é a parte filtrante; a de baixo tem água filtrada. Ao lado, destaque para a superfície da vela, por onde passa a água. A vela do filtro retém barro, areia, pedrinhas, larvas e ovos de vermes e alguns microrganismos.

A seguir, a água deve ser clorada. Algumas gotas de solução de hipoclorito de sódio (fornecida gratuitamente nos postos de saúde e também vendida nas farmácias) devem ser adicionadas à água, de acordo com as instruções do rótulo. Essa operação é a cloração da água. (Algumas pessoas chamam a solução de hipoclorito de sódio de “cloro”.) A cloração mata os microrganismos e previne doenças.

Em vez de ser clorada, a água pode ser fervida por alguns minutos. A fervura mata os microrganismos. Após voltar à temperatura ambiente, a água está adequada para consumo. Enquanto esfria, é bom deixar a panela coberta para que moscas e outros insetos não pousem na água.

Geralmente, há gases (do ar) misturados com a água. Ao fervê-la, parte dêsses gases é liberada. Isso modifica um pouco o sabor da água, que fica com um gosto diferente e um pouco desagradável. Antes de beber, é bom mexê-la com uma colhér. Isso faz com que um pouco de ar se misture novamente com a água e ela perca esse sabor desagradável.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Conheça os dez artigos da “Declaração Universal dos Direitos da Água”, documento redigido pela Organização das Nações Unidas (ônu), dando uma busca com as palavras ônu Declaração Universal dos Direitos da Água.

8. Distribuição de água encanada

A água que abastece as grandes cidades é, geralmente, proveniente de um rio represado. Uma grande tubulação, chamada adutora, leva a água da represa até uma estação de tratamento.

Lá a água recebe o tratamento de filtração e cloração que a tornará própria para o consumo. A seguir, é bombeada para reservatórios públicos elevados, grandes caixas-d’água, de onde é distribuída para as casas por um sistema de canos subterrâneos. A água chega às residências por ação do próprio peso. Todo esse sistema é a rede de captação e distribuição de água encanada.

Esquema de rede de captação e distribuição de água

Esquema. Representação de um sistema de captação e distribuição de água. Do lado esquerdo, uma represa rodeada por vegetações: reservatório de água represada. Dessa represa, a água passa por aberturas e volta ao rio. Duto capta a água da represa, adutora, e leva para tanques de água. Estação de tratamento de água, onde ela é filtrada e clorada, tornando-se apropriada para consumo humano. Do último tanque, tubulação leva a água até um reservatório elevado (caixa d’água). Do reservatório, a tubulação segue até desenhos de fábricas, prédios e casas. A água é distribuída para usos em casas, escolas, comércio, hospitais etc.
(Representação esquemática fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Reiven, P. H.; BERG, L. R.; Hassensail, D. M. Environment. sétima edição Hoboken: John Wiley, 2010. página 517.

Ícone. Grupo com três pessoas.

ATIVIDADE

Trabalho em equipe

Usando cola, tesoura de pontas arredondadas, cartolina e outros materiais que julgar necessários, cada equipe deve construir uma maquete que represente a rede de captação e distribuição de água.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Veja uma animação sobre tratamento de água em:

https://oeds.link/MtUYuZ.

Acesso em: 12 abril 2022.

Caso o enderêço tenha mudado, dê uma busca por Sabesp animação tratamento de água.

A água que chega às nossas torneiras não é gratuita. Ela é captada, tratada e distribuída. Tudo isso custa dinheiro. Desperdiçar água significa mais do que aumentar o valor da nossa conta de água no final do mês, significa aumentar a quantidade de água que a cidade retira do rio. Em regiões secas, outras cidades que utilizem o mesmo rio, mais abaixo, podem ter problemas de falta de água por causa disso. Se a água é retirada do subsolo por meio de poços, gastá-la inutilmente significa pôr em risco o suprimento de água, que pode se esgotar nas épocas sem chuva.

Tomar banho diariamente, escovar os dentes, manter roupas, louças e a casa limpa são hábitos necessários para uma boa qualidade de vida. A água é importantíssima para isso tudo. Ela deve ser usada, mas não deve ser desperdiçada!

Ícone. Balão de pensamento.

ATIVIDADE

Reflita sobre suas atitudes

Você se preocupa em beber apenas água tratada? Ou você acha que só as outras pessoas é que ficam doentes?

Você acha importante evitar o desperdício de água?

Você realmente evita desperdiçar água?

9. Águas servidas

As águas já utilizadas pelo ser humano para lavar, dar descarga, tomar banho e tantas outras finalidades são denominadas águas servidas, águas residuárias, despejos líquidos ou resíduos líquidos. Misturados às águas servidas estão restos de comida, fezes, sabões, detergentes etcétera

Nas grandes e médias cidades brasileiras, uma parte das casas possui tubulação de esgoto residencial. Por meio dessa tubulação, as águas servidas são conduzidas às estações de tratamento de esgôto. No entanto, quando não há esse tipo de tratamento, o esgôto é jogado diretamente nos rios e mares.

Na tubulação de esgôto residencial há grande quantidade de microrganismos, que foram eliminados, por exemplo, nas fezes. Se um morador estiver com disenteria, isto é, evacuação frequente, acompanhada de sangue, os microrganismos causadores dessa doença sairão nas fezes e irão para o esgôto. Quem beber a água dêsse rio sem tratá-la correrá o risco de adquirir a enfermidade.

Como você percebe, é importante o tratamento da água que vem de um rio antes de ser distribuída à população.

Em muitas cidades brasileiras, parte das casas não possui sistema de esgôto. Muitas vezes, as águas servidas são despejadas em valetas que as conduzem para pequenos córregos, que terminam por desembocar em rios.

Nas valetas e nos córregos se acumula água malcheirosa que contém microrganismos. Uma pessoa que tome contato com ela pode se contaminar. Nessa água, alguns insetos encontram o local ideal para colocar seus ovos e se reproduzir. Ao pousar sobre a água, um inseto leva consigo microrganismos nas suas pernas. Depois disso, ao pousar sobre alimentos, provoca sua contaminação, deixando microrganismos neles. Despejar as águas servidas em valetas e córregos não é, portanto, uma maneira eficiente de se livrar delas.

Fotografia. Região com água escura e diversos resíduos sólidos descartados na água.
Córregos não são uma maneira eficiente de se livrar das águas servidas. (Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2018.)

10. Microrganismos nas águas servidas

Há vários tipos de microrganismo. Os coliformes fecais são um dêsses tipos. Eles existem normalmente no intestino de todas as pessoas e saem nas suas fezes. Um adulto expele, por dia, entre 50 e 400 bilhões de coliformes fecais ao evacuar. A maior parte das fezes corresponde a esses pequeninos seres vivos.

Há muitos outros microrganismos que, como os coliformes fecais, podem se alimentar dos restos de comida e de fezes que existem nas águas servidas, principalmente as que vêm de banheiros e cozinhas. Dizemos que eles decompõem, isto é, destroem os restos de comida e de fezes. Ao se alimentar, transformam esses materiais em outros, de cheiro desagradável.

Você certamente já sentiu o mau cheiro de água parada e de alimentos estragados. Ele se deve à atividade de microrganismos.

Fluxograma. Três balões com texto, conectados por setas. Os elementos do fluxograma permitem o seguinte caminho:
Restos de comida servem de alimento para microrganismos que produzem mau cheiro.

Embora os coliformes fecais normalmente não causem doen­ças, sua presença na água de um rio ou lago pode indicar que nela desembocam esgotos. Podem, portanto, existir nessa água microrganismos que provocam enfermidades e que vieram das fezes de pessoas contaminadas.

Os micróbios causadores de doenças são denominados microrganismos patogênicos. O mau cheiro que existe na água de certos rios e lagos nos dá um aviso. Não devemos beber dessa água nem nadar ou entrar nela. Há sério risco de adquirirmos doenças, trazidas pelos microrganismos patogênicos.

Às vezes, a quantidade de microrganismos na água é pequena e não há mau cheiro. Uma pessoa desavisada pode bebê-la e ficar doente. Por isso é que só se deve ingerir água se ela for tratada.

Embora alguns microrganismos causem doenças, de modo geral eles são importantíssimos, pois muitos atuam como decompositores. Se não houvesse microrganismos nas águas, os restos de comida e de fezes não seriam decompostos e permaneceriam na natureza para sempre.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A palavra “patogênico” tem origem no grego. significa doença, sofrimento, e gen significa gerar, originar.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

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Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

águas servidas

esgôto

coliformes fecais

microrganismos patogênicos

EM DESTAQUE

Os coliformes fecais e a qualidade das praias

Muitas cidades à beira-mar lançam seus esgotos diretamente no mar. Com o movimento das marés, eles acabam se misturando à água marinha.

Por isso, as praias próximas ao local onde o esgôto é despejado podem ficar indesejavelmente contaminadas. Os técnicos controlam a qualidade das praias analisando, em laboratório, a água do mar coletada nesses locais.

Se há coliformes fecais na água do mar, então ela pode conter também micro­rganismos patogênicos, o que a torna não recomendável para frequentadores humanos.

Os grandes jornais costumam informar regularmente a qualidade das praias e muitas vezes fornecem o resultado das análises da presença de coliformes fecais.

Algumas cidades litorâneas brasileiras estão evitando a contaminação das praias com o uso de emissários submarinos. Eles são grandes tubulações que conduzem os despejos líquidos da cidade até o alto-mar, longe das praias. Isso diminui a possibilidade de que microrganismos patogênicos cheguem até o litoral.

Elaborado com dados obtidos de: , W. P.; , M. A. Principles of environmental science: inquiry and applications. nona edição Nova York: McGraw-Hill, 2020.

Fotografia. Longa tubulação sustentada por vários pilares em direção ao alto-mar até chegar a uma torre.
Um emissário submarino é uma longa tubulação que leva os despejos líquidos de uma cidade litorânea para o mar, longe das praias. (O emissário submarino desta foto fica na praia urbana de Sobral, em Maceió, Alagoas, 2015.)
Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: saúde.

11. Doenças veiculadas pela água

Esquistossomose e outras verminoses

Como foi comentado neste capítulo, a esquistossomose é causada pelo verme Squistossoma mansôni ou, simplesmente, esquistossomo, que pode viver dentro do organismo de determinados caramujos de água doce.

dêsses caramujos saem pequenas larvas que conseguem penetrar no organismo humano através da pele, caso a pessoa entre na água que contenha as larvas ou beba dela. No ser humano, a larva se instala preferencialmente no fígado. Lá ela cresce e se transforma em um verme adulto. A doença pode causar sérios problemas no fígado, nos pulmões, no intestino, nos rins e no sistema nervoso. Uma fêmea dêsse verme pode produzir centenas de ovos por dia, que são eliminados pelas fezes do doente. É pelas fezes que os ovos chegam aos rios e lagos. De dentro deles, saem larvas que podem contaminar mais caramujos, repetindo toda essa série de acontecimentos.

Assim como a esquistossomose, muitas outras verminoses podem ser transmitidas por água que contenha ovos ou larvas de verme causador.

Fotografia. Destaque para o tronco de um homem sem camisa. As costelas estão visíveis e o braço é fino e a barriga está distendida.
A esquistossomose é causada pelo verme esquistossomo.

Cólera

A cólera é uma doença causada pela bactéria denominada vibrio colerae ou vibrião colérico.

Tanto a água doce quanto a água do mar, se estiverem contaminadas com o vibrião, podem transmitir a doença. Frutas e verduras regadas com essa água também podem transmiti-la.

Fluxograma. Sete balões com texto, conectados por setas. Os elementos do fluxograma permitem os seguintes caminhos:
Água doce ou do mar contaminada; Frutas e verduras mal lavadas; Peixe cru contaminado; Moscas e baratas transmitem cólera. Cólera causa desidratação e diarreia.

Peixes também podem conter o microrganismo. Se estiverem contaminados e forem ingeridos crus, transmitem a doença. Moscas e baratas também podem propagar a cólera, pois levam o vibrião em suas patas de um local para outro.

A doença aparece subitamente como uma forte diarreia. As fezes do doente saem líquidas e com cor esbran­quiçada. Vários litros de água são perdidos ao evacuar, o que pode fazer o doente morrer desidratado.

Ícone. Ponto de exclamação.
Boxe Curiosidades.

“Diarreia” não é o mesmo que “disenteria”

“Diarreia”, que vem do grego (escoamento), designa evacuação frequente, com fezes líquidas e abundantes.

Já “disenteria” corresponde ao quadro de inflamação (irritação, ardor) intestinal, especialmente no colo do intestino, que inclui dor abdominal, tenesmo (sensação de urgência para defecar, sem conseguir fazê-lo) e evacuações frequentes, com sangue e muco.

Quando não há tratamento médico, mais da metade dos doentes pode morrer em algumas horas. Se houver tratamento médico, a mortalidade é menor: não passa de um doente em cada cem.

Para matar o vibrião colérico e evitar a transmissão da doen­ça, frutas e verduras devem ser bem lavadas, deixadas de molho em água com um pouco de vinagre ou de água sanitária (água de lavadeira) e bem enxaguadas em água limpa antes do consumo. Peixes devem ser fritos, bem assados ou bem cozidos.

Amebíase e giardíase

O protista (tipo de microrganismo, conforme apresentado nos capítulos 1 e 3) chamado Entamoéba histolítica é capaz de, quando ingerido, causar diarreias. Elas são consequência de lesões provocadas pelo microrganismo no intestino. O doente sente dores no abdômen e pode ter até eliminação de sangue nas fezes. Essa enfermidade é a amebíase.

Outro protista, a Giárdia lâmblia, é capaz de provocar um mal com sintomas parecidos. Dizemos que o doente está com giardíase.

Ambas as doenças são transmitidas pela água contaminada. Uma pessoa pode adquirir essas doenças ao ingerir água ou alimentos contaminados.

Outras doenças de veiculação hídrica

A lista de doenças de veiculação hídrica, isto é, que são transmitidas pela água, é enorme. Mencionamos, neste capítulo: esquistossomose e outras verminoses, cólera, amebíase e giardíase. Além dessas, há, por exemplo, leptospirose, salmonelose, hepatite infecciosa e gastroenterite.

Ícone. Ponto de exclamação.
Boxe Curiosidades.

A toxina do vibrião colérico

A bactéria vibrião colérico não chega sequer a ser absorvida pelo intestino. Ela produz uma toxina (substância tóxica) que, esta sim, é absorvida e provoca os sintomas da doença.

Essa toxina atua sobre o intestino e causa a passagem de grande quantidade de água e de sal do sangue para o interior do intestino, provocando a intensa diarreia líquida que pode chegar a 20 litros por dia!

É devido a essa grande perda de água e de sal que o doente — se não receber atendimento médico rápido — sofre desidratação e morre.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

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doença de veiculação hídrica

cólera

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: saúde.

12. Higiene pessoal

A higiene pessoal consiste numa série de hábitos. Alguns deles são:

  • tomar banho diariamente;
  • evacuar em sanitários, nunca diretamente no solo;
  • lavar as mãos antes e depois de usar o banheiro;
  • lavar as mãos antes das refeições;
  • cortar as unhas e mantê-las limpas.

Essas atitudes podem impedir que uma pessoa se contamine com microrganismos causadores de doenças. Elas também podem impedir que, caso o indivíduo apresente alguma doença, ele contamine outras pessoas.

Cuidados em relação à alimentação e à água ingerida também são indispensáveis para prevenir doenças:

  • só beber água se ela tiver sido tratada; e
  • higienizar bem as frutas e verduras antes de consumi-las.
Ícone. Balão de pensamento.

ATIVIDADE

Reflita sobre suas atitudes

Você realmente se preocupa com sua higiene pessoal?

Para você, os hábitos de higiene são uma necessidade ou você os realiza por imposição dos adultos?

13. Os tipos de fossa

Como foi comentado neste capítulo, córregos não são uma maneira eficiente de se livrar das águas servidas. Quando não há um sistema apropriado de esgôto en­canado, o melhor a fazer é construir uma fossa.

A fossa seca é um buraco cavado no chão sobre o qual é erguida uma casinha de madeira. A fossa recebe as fezes e a urina dos moradores, sendo usada como vaso sanitário. Quando não estiver em uso, o buraco deve ficar coberto e, periodicamente, receber uma camada de terra misturada com cal. Essas atitudes ajudam a evitar o mau cheiro e o acúmulo de insetos.

Um problema associado à fossa seca é a possibilidade de que microrganismos patogênicos provenientes das fezes contaminem a água subterrânea usada para consumo. Recomenda-se que entre o poço e a fossa haja uma distância de 15 metros, no mínimo. Contudo, é preciso ter em mente que o risco de contaminação da água subterrânea é tanto maior quanto mais densamente povoadas forem as imediações e quanto mais fossas houver.

Uma adaptação da fossa seca é a fossa absorvente, poço negro ou sumidouro, um buraco cavado no chão e coberto, para o qual uma tubulação leva as águas utilizadas numa casa. Esse método é nocivo ao ambiente, pois pode contaminar seriamente a água subterrânea.

Uma maneira de atenuar o problema é usar um tanque séptico (ou fossa séptica), que é um recipiente de concreto enterrado entre a casa e o poço negro, no trajeto da tubulação. Dentro dele, os resíduos sólidos presentes nas águas servidas (fezes, restos de comida etcétera) permanecem por um certo tempo e, sob a ação dos microrganis­mos existentes nessas águas servidas, sofrem decomposição.

O líquido que sai do tanque séptico é água misturada com os resíduos dessa decomposição. Ele cai no poço negro e se infiltra na terra. Se o sistema for adequadamente construído, esse líquido não oferece risco de contaminação da água de poços, desde que estejam a uma distância de 15 metros, no mínimo, como foi recomendado no caso da fossa seca.

Os tanques sépticos são encontrados à venda em lojas de material para construção.

Esquema de tanque séptico

Esquema. Uma casa rodeada por árvores e arbustos. Em um corte feito na imagem, é possível observar o que há abaixo do solo. Canos levam águas servidas (águas derivadas de banheiros, cozinhas e máquinas de lavar roupa, por exemplo) até um tanque séptico, com lodo na parte inferior e água na parte superior. Desse tanque sai um outro cano até um tanque de maior profundidade, poço negro, onde chega a água e a mesma infiltra no solo pela parte inferior do tanque.
(Representação esquemática fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Bóquin, D. B.; KELLER, E. A. Environmental Science: Earth as a living planet. oitava edição Roboquem: Djon Uáili, 2011. página 415.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

“Fossa séptica” é uma expressão montada com as palavras “fossa”, que quer dizer buraco, e “séptica”, designação dada a tudo o que contém microrganismos.

Note, ao contrário, que “asséptico” quer dizer isento de micróbios. O prefixo “a”, nesse caso, indica negação.

14. Tratamento de esgôto

Frequentemente, uma cidade tira água do mesmo rio em que desemboca o esgôto de outra. Se uma cidade tratar seu esgôto antes de jogá-lo no rio, a cidade seguinte será menos prejudicada.

Mas como tratar o esgôto?

A resposta está ligada à ideia de tanque séptico. As águas servidas são conduzidas, por meio de um sistema de tubulações, a uma estação de tratamento de esgotos, onde passam por várias etapas até não oferecer mais risco se jogadas no rio.

Uma das principais etapas dêsse tratamento consiste em deixar os resíduos em repouso para que os microrga­nismos realizem sua decomposição (fezes, restos de comida, sabões, detergentes etcétera), do mesmo modo que acontece dentro de um tanque séptico.

Chamamos de mananciais as fontes de água superficiais e subterrâneas utilizadas para abastecer o consumo humano. O tratamento do esgôto contribui para que os manan­ciais não sejam poluídos. Contribui, portanto, para a saúde da população. Infelizmente, poucas cidades brasileiras realizam um tratamento de esgôto antes de despejá-lo nos rios.

Esquema. Representação de um sistema de captação e distribuição de água. Do lado esquerdo, uma represa rodeada por vegetações: reservatório de água represada. Dessa represa, a água passa por aberturas e volta ao rio. Duto capta a água da represa, adutora, e leva para tanques de água. Estação de tratamento de água, onde ela é filtrada e clorada, tornando-se apropriada para consumo humano. Do último tanque, tubulação leva a água até um reservatório elevado (caixa d’água). Do reservatório, a tubulação segue até desenhos de fábricas, prédios e casas. A água é distribuída para usos em casas, escolas, comércio, hospitais etc.
Esquema de um exemplo de rede de captação e distribuição de água, numa cidade, e da rede de coleta de esgotos, incluindo estação de tratamento de esgotos. (Esquema fóra de proporção. Cores fantasiosas.)

Fonte: Reiven, P. H.; Burg, L. R.; Hassensail, D. M. Environment. sétima edição Hoboken: John Wiley, 2010. página 517.

Ícone. Grupo com três pessoas.

ATIVIDADE

Trabalho em equipe

Cada equipe deve ampliar a maquete que representa a rede de captação e distribuição de água, construída no item 8 deste capítulo, para incluir nela uma estação de tratamento de esgôto.

A critério do professor, pode-se fazer uma visita guiada a uma estação de tratamento de água e/ou esgôto.

O professor orientará previamente as equipes sobre como proceder (antes, durante e depois).

Para uma atividade segura e proveitosa, siga as recomendações!

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

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higiene

fossa séptica

estação de tratamento de esgôto

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Transcrição do áudio

[Locutora] Saneamento básico e sua relação com as taxas de mortalidade infantil

Como podemos verificar se os investimentos em saneamento básico realmente melhoram as condições de saúde da população? É possível relacionar, por exemplo, a falta de água tratada e a de esgotamento sanitário com a saúde das crianças? Para esclarecer a questão, convidamos a socióloga Sonia Oliveira, pesquisadora do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

[Sonia Oliveira] A taxa de mortalidade infantil, é preciso que a gente entenda, é calculada também juntando a mortalidade neonatal e a mortalidade pós-neonatal, além da mortalidade na infância propriamente dita. Então, nós temos a mortalidade infantil, [que] vai de 0 a 1 ano, e a mortalidade na infância, [que] vai de 1 a 5 anos. Essa idade de 1 a 5 anos, do ponto de vista do contato com elementos que possam contaminar e produzir diarreia ou doenças infectocontagiosas, essa idade de 1 a 5 anos, é a mais perigosa, porque a criança está engatinhando, a criança tem acesso à sujeira, e, se a casa dela está perto de um valão, por exemplo, e o saneamento básico não é satisfatório, ela pode pegar uma doença infectocontagiosa, uma diarreia, e entrar em óbito, inclusive. Então, isso é muito importante, principalmente até 5 anos de idade. E essas comunidades mais carentes estão muito vulneráveis. É preciso que o governo desenvolva políticas públicas importantes para resolver o problema de saneamento básico, mas também é preciso atenção materno-infantil, é preciso atenção médico-sanitária, é preciso atenção de saúde em geral. E, por conta disso, nesses últimos anos, a taxa de mortalidade infantil vem caindo, ainda que o saneamento básico e a rede de esgoto permaneçam mais ou menos estacionados.

Infelizmente, a situação das cidades brasileiras, em termos de saneamento básico, é muito ruim. Nós temos hoje quase uma universalização de rede de água, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. A região Nordeste e a região Norte são muito deficitárias inclusive na distribuição da rede de água, ou seja, da água canalizada, da água tratada. Além disso, a questão do esgoto, da rede de esgoto, é a mais problemática, porque realmente a rede de esgoto hoje só atinge cerca de 60% dos domicílios; ou seja, quase a metade dos domicílios brasileiros não tem rede de esgoto satisfatória. O Brasil é um país, que a gente costuma dizer, profundamente desigual. Então, nós temos pobreza nas regiões Norte e Nordeste e uma riqueza relativa no Centro-Sul: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas e a região Sul. Então, nesses estados do Sul, a tendência é de a mortalidade infantil ser mais baixa, justamente porque mortalidade infantil e mortalidade na infância são questões que são mais difíceis de combater nos estratos sociais mais desfavoráveis, aqueles que lutam mais contra a pobreza, aqueles que têm menos educação, educação formal, aqueles que têm menos acesso à informação. Então, nesses casos, a mortalidade infantil e na infância é maior. A taxa de mortalidade infantil, na verdade, resulta de uma conjugação de fatores socioeconômicos, fatores demográficos, atenção à saúde, além de serviço adequado de saneamento básico.

Os nossos municípios, ainda hoje, são muito deficitários nessa questão da rede de esgoto. Agora, paradoxalmente, quer dizer, do ponto de vista [sic], pode ser até contraditório, mas, mesmo sem investir na rede de esgoto, a taxa de mortalidade infantil vem caindo, e ela vem caindo pelo atendimento médico-sanitário e, sobretudo, por um indicador muito importante, que é a educação da mãe.

Eu gostaria de tornar a enfatizar a importância de se dar atenção às famílias em geral, atenção médico-sanitária, atenção de saúde, atenção à criança em geral e resolver o problema do esgoto doméstico.

15. Saneamento básico

O ser humano produz diariamente muitos resíduos. Parte dêsses resíduos é eliminada da moradia por meio do esgôto. Já imaginou se todo o esgôto que produzimos ficasse parado perto de nossa casa?

Há, também, outros resíduos que eliminamos por meio da coleta do lixo. Você já pensou se todo o nosso lixo diário ficasse empilhado no quintal?

A expressão saneamento básico é usada para falar do conjunto de medidas que permitem eliminar os resíduos produzidos diariamente (esgôto, lixo etcétera) de fórma que não prejudiquem os habitantes e o meio ambiente, tornando a região limpa, habitável e com condições de vida saudável para a população.

Em palavras mais simples, saneamento básico é fazer o necessário para evitar que se propaguem as doen­ças associadas aos resíduos que o ser humano produz. Assim, algumas medidas importantes de saneamento básico são:

  • coleta regular de lixo;
  • destino apropriado para o lixo, evitando seu acúmulo em terrenos ou lixões;
  • tratamento da água para consumo humano;
  • sistema encanado de esgôto ou, onde isso não for possível, uso de fossa séptica;
  • tratamento de esgôto antes de jogá-lo no rio;
  • fossa séptica feita o mais longe possível de poços de água;
  • eliminação das águas paradas, que facilitam a reprodução de insetos;
  • instalação de banheiros adequados, a fim de que não se evacue no chão ou em córregos.
Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Nesta página você encontra seis gráficos interativos que permitem compreender a situação do saneamento básico no Brasil e perceber as desigualdades regionais: https://oeds.link/rRz5KB. Acesso em: 9 maio 2022.

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Quais são os problemas de saneamento enfrentados pela nossa cidade?

De quem é a responsabilidade dêsses problemas?

O que podemos fazer para ajudar a resolvê-los?

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: cidadania e civismo.

EM DESTAQUE

Democracia e saneamento básico

As deficiências de saneamento básico no nosso país são imensas. Garantir condições mínimas de saneamento básico é tarefa do governo.

O governo é constituído por pessoas, os políticos, que são eleitos pelo voto do povo.

Na sua cidade, por exemplo, quando uma pessoa se elege para o cargo de vereador, é o povo que a coloca nesse cargo. Esse vereador deve, portanto, representar as pessoas que o elegeram e se esforçar ao máximo para resolver os problemas mais urgentes da maioria da população. Essa é uma das ideias fundamentais da democracia.

Se na sua cidade há problemas de sanea­mento básico, cabe à população exigir providências dos seus representantes, prefeito e vereadores.

Mesmo que você ainda não vote, saiba que é seu direito de cidadão poder se manifestar em defesa de melhores condições de vida. Todos têm direito à saúde e ao saneamento básico.

Elaborado com dados obtidos de: , A. C. êti áli. (edição). Conceptualizing environmental citizenship for 21st century education. Cham: Springer, 2020.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: meio ambiente

16. Poluição da água

A palavra poluente designa toda substância presente no ambiente em quantidade que possa causar prejuízo aos seres vivos. Os resíduos provenientes das atividades humanas, que podem ser gasosos, líquidos ou sólidos, em geral contaminam o ar, a água e o solo, acarretam prejuízos aos seres vivos e atuam, portanto, como poluentes. Produzir poluentes e liberá-los no ambiente causa a poluição.

Poluir lagos e rios, derrubar matas nas regiões onde há nascente de água ou na cabeceira de rios, desmatar a lateral dos rios ou modificar seu trajeto, jogar lixo em locais próximos a nascentes, lagos, rios ou poços são atitudes que põem em risco os mananciais, que são as reservas de água superficiais e subterrâneas utilizadas para abastecer o consumo humano. Preservar os mananciais é essencial para assegurar água pura. A seguir são comentadas algumas formas comuns de poluição da água.

Poluição pelas águas servidas

As águas usadas nas residências para lavar roupas e louças, dar descarga, tomar banho e outras finalidades similares, como já foi mencionado neste capítulo, são denominadas águas servidas, águas residuárias, despejos líquidos ou resíduos líquidos. Misturados a elas estão restos de comida, fezes, urina, sabões, detergentes etcétera

As tubulações de esgôto, quando existem, muitas vezes conduzem as águas servidas diretamente para um rio. Processos naturais promovem a biodegradação das substâncias misturadas às águas servidas, ou seja, promovem a decomposição dessas substâncias sob ação de microrganismos decompositores.

No entanto, quando as cidades jogam nos rios uma quantidade de águas servidas maior do que aquela que os decompo­sitores conseguem biodegradar, ocorre acúmulo dos resíduos na água, que fica malcheirosa. Para realizar a biodegradação, muitos microrganismos decompositores con­somem gás oxigênio dissolvido na água. Com o acúmulo de resíduos na água, aumenta o consumo de gás oxigênio pelos decompositores e, como consequência, os peixes podem morrer por falta de gás oxigênio para sua respiração.

Os esgotos que desembocam nos rios e lagos também favorecem a transmissão de doenças. Isso acontece porque as águas servidas podem conter microrganismos patogênicos e também ovos de vermes.

Os diferentes métodos de saneamento básico, como, por exemplo, as estações de tratamento de esgôto, são muito importantes no contrôle da poluição dos mananciais, uma vez que eliminam grande parte dos agentes poluidores presentes nas águas servidas antes de devolvê-las aos rios.

Fotografia. Um grande tubo de concreto, do qual escorre água escura.
Despejo de esgôto a céu aberto próximo de margem de rio. (Rio Mucuri, Teófilo Otoni, Minas Gerais, 2018.)
Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

O uso do mercúrio em garimpos brasileiros e suas consequências para o ambiente.

Detergentes

Em residências e em algumas indústrias, utilizam-se detergentes para a lavagem de roupas, utensílios, equipamentos e maté­rias-primas. Por meio do esgôto, residencial e industrial, essas substâncias chegam ao ambiente aquático, onde promovem a formação de uma camada de espuma sobre a água. Tal camada dificulta a passagem de luz, o que interfere na realização da fotossíntese pelos seres produtores presentes nesse ­ambiente.

Esses produtores são representados principalmente por organismos microscópicos que, em conjunto, formam o fito­plâncton, entre os quais merecem destaque as algas microscópicas, pequeninos organismos fotossintetizantes que existem em ambientes aquáticos. Os seres que constituem o fitoplâncton são a base de muitas cadeias alimentares dos ambientes aquáticos e, impedidos de realizar fotossíntese, morrem. A redução da quantidade de fitoplâncton prejudica todos os outros membros dessas cadeias alimentares.

A camada de espuma formada pelos detergentes também dificulta que o gás oxigênio do ar se dissolva na água, o que pode provocar a morte de peixes.

Há vários anos comercializavam-se detergentes não biodegradáveis. Atualmente, todos são biodegradáveis. Contudo, a quantidade de detergentes despejada nos ambientes aquáticos por indústrias e cidades de grande porte é tamanha que a velocidade natural de biodegra­dação pode não eliminar tudo o que os esgotos despejam. Dependendo do material, o tempo de degradação é longo, muito maior do que o tempo que leva para que nova remessa da substância chegue aos ambientes aquáticos.

Fotografia. Riacho com uma pequena queda d’água. A água que desce tem uma espuma branca na superfície. Ao redor da queda d’água há vegetação.
Trecho do Rio Tietê coberto de espuma, no trecho do Complexo Turístico da Cachoeira, Salto, São Paulo (2021). Os detergentes são poluentes do ambiente aquático.

Eutrofização

Você já viu algum lago ou outro ambiente aquático com águas paradas, bem verdes e malcheirosas?

Normalmente isso ocorre quando o ambiente aquático sofreu eutrofização ou eutroficação, que é o acúmulo exagerado de substâncias que atuam como nutrientes para algas. Tais substâncias existem nos esgotos residenciais, que são despejados em muitos ambientes aquáticos. Também existem nos fertilizantes, que, quando chove, podem escoar do solo das plantações em direção a rios e lagos.

A quantidade de algas pode crescer tanto — o que confere geralmente cor verde à água — que as que estão mais próximas da superfície impedem a passagem de luz e provocam a morte das que estão mais abaixo. A atuação de organismos decompositores sobre as algas mortas consome gás oxigênio do ambiente aquático, provocando também a morte dos peixes e o mau cheiro.

Fotografia. Lagoa com a água esverdeada. Ao redor, uma faixa de terra e vegetação.
Lagoa eutrofizada. A cor verde se deve à proliferação de algas. (Pantanal, Mato Grosso, 2015.)

Despejos industriais

Muitas indústrias são instaladas às margens de rios para que possam utilizar suas águas e nelas despejar diretamente os resí­duos provenientes de suas atividades. Embora nem todos os despejos sejam ofensivos ao ambiente aquático, a maioria é. As substâncias tóxicas presentes nos despejos industriais são altamente prejudiciais à natureza.

No Brasil existem leis que impõem limites para a quanti­dade de resíduos industriais despejados nos rios, lagos e outros ambientes aquáticos. No entanto, maior conscientização por parte das indústrias e da população e uma fiscalização mais eficaz fazem-se necessárias para que o problema de contaminação dos ambientes aquáticos possa diminuir.

Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

A poluição térmica de rios e lagos é uma fórma de poluição que se deve aos despejos de água quente. Entretanto, os peixes não morrem diretamente por causa do calor. Por que eles morrem?

Poluição dos oceanos

Além dos inconvenientes para quem frequenta as praias, uma das consequências da poluição dos oceanos é o comprometimento da fotossíntese realizada pelo fitoplâncton. Esse processo fotossintético afeta diretamente a todos os seres vivos, uma vez que grande parte do gás oxigênio disponível na atmosfera é proveniente dos oceanos.

Outra consequência da poluição marinha é que peixes, aves, mamíferos e outros animais marinhos cujo corpo fique embaraçado a objetos plásticos podem morrer sufocados ou por terem dificuldade para nadar, alimentar-se ou defender-se. A poluição marinha também interfere nas cadeias alimentares. Despejos de esgotos lançados no mar vão formando uma camada que flutua na água e impede a entrada de luz, provocando a morte do fitoplâncton e, por consequên­cia, interferindo em toda a teia alimentar. Produtos tóxicos despejados na água podem matar peixes, aves e outras formas de vida. Os manguezais, ecossistemas que ficam no encontro de rio e mar, são seriamente afetados pela poluição. Esses ecossistemas atuam como “berçários” da vida marinha, onde muitas espécies nascem e iniciam seu desenvolvimento.

Assim, a poluição dos oceanos pode acarretar, entre outras consequências, a extinção de espécies marinhas e a redução de peixes para a pesca.

Fotografia. Dois homens usando uma capa amarela de borracha e máscara de proteção. Um deles segura o corpo de uma ave que está suja de óleo. O outro tenta limpar o animal.
Ave vitimada em local atingido por vazamento de petróleo no mar. (Califórnia, Estados Unidos, 2015.)
Fotografia. Foca na beira da água, com pedaços de plástico enrolados em seu pescoço, carregando grande quantidade de plantas e outros materiais.
Muitos animais marinhos, quando têm pedaços de plástico enroscados em seus corpos, não conseguem se livrar deles e podem morrer, por exemplo, asfixiados ou por não poderem se alimentar. Na foto, foca presa em rede de pesca abandonada. (Norfolk, Inglaterra, 2019.)
Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

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saneamento básico

poluição

poluente

eutrofização

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Trinta e um balões com texto, conectados por setas. Os elementos do fluxograma permitem os seguintes caminhos: Parasitas estão adaptados a seu modo de vida, cada qual com sua estratégia de sobrevivência, que inclui o modo como obtém alimento do hospedeiro. Parasitas podem ser externos, por exemplo piolho e carrapato, ou internos, por exemplo vermes parasitas humanos. Vermes parasitas humanos, tais como: esquistossomo, que causa esquistossomose, e tênia, que causa teníase e cisticercose. Esquistosomose e teníase, nas quais o ser humano é o hospedeiro definitivo. Vermes parasitas humanos tais como ancilóstomo, que causa amarelão; e lombriga, que causa ascaridíase. Amarelação e ascaridíase nas quais o ser humano é o único hospedeiro. Vermes parasitas humanos, alguns são transmitidos pelas águas servidas, que podem conter ovos e larvas de vermes, que são eliminados no tratamento de água. Águas servidas contém resíduos em decomposição e microrganismos, por exemplo coliformes fecais. Microrganismos entre os quais estão os microrganismos patogênicos, que pode causar, por exemplo, cólera, amebíase e giardíase. Microrganismos patogênicos são eliminados no tratamento de água. Águas servidas podem contaminar os mananciais, onde serão detectados coliformes fecais, que são exemplos de microrganismos patogênicos. Microrganismos patogênicos são eliminados no tratamento de água.
Ícone. Lâmpada.

Atividades

Use o que aprendeu

1. Um gavião, ave de rapina, tem nas garras um rato que acabou de predar. Dentro do estômago do roedor, há sementes de cereais que tinha acabado de comer. Sob as penas da ave, há piolhos e carrapatos e, nos pelos do rato, há pulgas. Indique três relações de parasitismo, entre os seres vivos citados, deixando claro, em cada caso, qual é o parasita e qual é o hospedeiro.

Fotografia. Ave com penas cinzas nas asas e vermelhas no peito em cima de um galho.
comprimento da ave: 70 centímetros

2. Em certa região do país há muitos caramujos de uma espécie que atua como hospedeiro intermediário do esquis­tossomo.

No entanto, nessa região, não existem pessoas doentes de esquistos­somose.

Que explicação você propõe para esse fato?

  1. Explique por que a tênia é popularmente chamada solitária.
  2. Normalmente, qual é o hospedeiro intermediário da Taênia sólium? O ser humano pode exercer o papel comparável ao de hospedeiro intermediário? Caso isso aconteça, que doença afeta o indivíduo?
  3. “O porco é o causador da teníase.”

Após ter estudado este capítulo, você concorda com essa frase? Justifique.

  1. Explique por que a ancilostomose é popularmente chamada amarelão.
  2. Sobre o Ancilostôma duodenále, causador do amarelão, e o Ancilostôma brasiliênsis, conhecido como bicho-geográfico, responda:
    1. Pertencem à mesma espécie?
    2. Pertencem ao mesmo gênero?
    3. Pertencem ao mesmo grupo de invertebrados?
  3. Os coliformes fecais em geral não causam doen­ças. Então explique por que a sua presença numa amostra de água permite dizer que ela não é adequada para uso humano.
  4. Os moradores de uma casa usam água de um poço, sem tratá-la. O esgôto dessa casa vai para uma fossa absorvente que fica bem perto do poço. Eles correm o risco de adquirir doenças provenientes da água? Explique.
  5. Os moradores de uma casa usam água do rio, sem tratá-la. O esgôto dessa casa vai para uma fossa séptica. Eles correm o risco de adquirir doenças provenientes da água? Explique.
  6. Os moradores de uma casa usam água que vem da estação de tratamento. O esgôto dessa casa vai para uma fossa séptica. Eles correm o risco de adquirir doenças provenientes da água? Explique.
  7. Os moradores de uma rua construíram uma valeta para levar seu esgôto até um córrego.
    1. Haverá mau cheiro perto dessas casas?
    2. Você acha que haverá moscas e baratas perto dessas casas?
    3. Os moradores agiram corretamente ou haveria opção melhor?

Justifique suas respostas.

  1. Uma pessoa mora em uma fazenda. Usa água de poço. O esgôto da casa é jogado numa fossa séptica. Essa pessoa resolveu jogar cloro dentro da fossa, para matar os microrganismos e impedir a contaminação da água do poço. Você acha que a decisão é correta? Explique.
  2. Uma cidade construiu uma estação de tratamento de esgotos, utilizando uma pequena lagoa, que já existia, como tanque onde desemboca o esgôto a ser tratado. Ao visitar o local, você percebeu a presença de aves. Responda às questões e justifique suas respostas.
    1. O despejo de esgôto é prejudicial às aves?
    2. Por que será que as aves estão lá?
    3. Analise a questão da construção dessa estação do ponto de vista das autoridades municipais e também do “ponto de vista” das aves.
Ícone. Lupa.

Atividade

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

TRECHO DE DOCUMENTÁRIO

Em um documentário sobre a origem de expressões da linguagem popular, foi dito: “Mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura­‑bolo e mata­‑piolho são denominações infantis para os dedos das mãos. O mata­‑piolho é o polegar. Se um piolho for espremido entre as unhas dos polegares, haverá certeza de que ele morreu ao ouvir um barulhinho parecido com um créc”.

  1. O piolho é um artrópode. A qual subgrupo dos artrópodes — crustáceos, aracnídeos ou insetos — pertence o piolho?
  2. O que causa o barulhinho mencionado?
  3. O piolho é um ectoparasita ou um endoparasita? Justifique.
  4. Todos os piolhos que atacam o ser humano são do mesmo tipo?

PLACA

5. Observe o desenho, que mostra o aviso na placa existente na beira de uma lagoa.

Ilustração. Lagoa rodeada por grama. Na frente, placa de madeira com o texto: proibido nadar nesta lagoa.

A proibição registrada na placa ajuda a evitar a transmissão de qual das verminoses estudadas neste capítulo?

MANCHETE DE JORNAL

6. Leia a seguinte manchete de jornal:

Aumenta a fiscalização federal sobre os abatedouros de suínos

  1. Procure no dicionário os significados das palavras abatedouro e suíno e registre-os no caderno.
  2. A providência sobre a qual fala a manchete ajuda a reduzir a ocorrência de quais doenças estudadas neste capítulo? Explique por quê.

TRECHO DE ENTREVISTA

  1. Durante uma entrevista à televisão, um mé­dico disse: “As pessoas que andam descalças em locais contaminados são vítimas comuns do amarelão. A transmissão de verminoses está frequentemente relacionada à falta de infraestrutura de sanea­mento, que facilita a propagação de tais doenças.”
    1. Consulte o esquema de transmissão do amarelão, apresentado no capítulo, e responda: que parte dêsse esquema justifica o que foi dito pelo médico?
    2. Procure em um dicionário as palavras infraestrutura e saneamento e escreva o significado delas em seu caderno.
    3. Conhecido o significado dessas palavras, diga o que você entendeu do trecho do discurso.
    4. Baseando-se naquilo que você já viu e estudou, dê exemplos do que vem a ser a “falta de infraestrutura de sanea­mento”.
    5. Na sua opinião, qual é a situação da sua cidade quanto às condições de saneamento?

EXPRESSÃO POPULAR

8. As lagoas onde existe a possibilidade de adquirir esquis­tos­somo­se são conhecidas, em algumas regiões do país, como “lagoas de coceira”.

Levando em conta as características dessa parasitose estudadas neste capítulo, proponha uma explicação para esse nome.

VERBETE DE DICIONÁRIO

9. Procure em um dicionário o significado da palavra pro­filaxia e escreva-o em seu caderno.

Em seguida, reflita sobre esse significado e responda se essa palavra tem algo a ver com o que você aprendeu neste capítulo. Em caso afirmativo, explique.

Ícone. Grupo com três pessoas.

ATIVIDADE

Trabalho em equipe

Redijam um texto para um comercial de rádio que explique à população a importância de medidas profiláticas relacionadas às verminoses. O comercial deve ter duração de 30 segundos.

CHARGE

Na ficção da charge, o humorista explora o duplo sentido da expressão “temos vermes”.

Charge. Dois homens na frente de um balcão com uma caixa registradora. Acima, uma placa com o texto: loja de iscas do João. Temos vermes! Um dos homens veste uma roupa azul com colete e chapéu. Ele segura uma vara de pesca e a coleira com um cachorro. O cachorro está de pé, abraçado no outro homem, que veste uma camiseta azul e boné marrom, e diz: eu sei como você se sente!
  1. Qual é o verme frequentemente usado como isca em varas de pesca? A que grupo de invertebrados ele pertence?
  2. Qual é o significado pretendido para a frase “temos vermes” usada na placa?
  3. No contexto ficcional proposto, a fala do personagem canino remete a qual outro significado para “temos vermes”?
  4. Dê exemplo de uma parasitose que as fezes de cães ou de gatos podem transmitir ao ser humano.

TIRINHA

Analise a tirinha para realizar as atividades 14 a 16.

Tirinha. Tirinha colorida em três quadros. Homem de cabelo castanho cacheado e camisa rosa. Quadro 1: o homem está parado na frente de um cobertor azul enrolado. Ele diz: bom dia, Garfield. De dentro do cobertor, Garfield pensa: vá embora! Quadro 2: o homem diz: hoje é um dia especial! O gato pensa: eu disse “vá embora”. Quadro 3: o homem está com um avental preto, luvas e um capacete vermelho. Ele olha para o cobertor e diz: é o 'dia de buscar parasitas no seu gato'. De dentro do coberto, o gato pensa: eu conheço um advogado!
  1. O dono do gato está pronto para inspecionar visualmente que tipo de parasitas?
  2. Parasitas de qual tipo não serão verificados?
  3. Que exame feito em laboratório permitiria verificar se o gato tem o tipo de parasitas da resposta anterior?

INTERNET E GRÁFICO

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: meio ambiente

Pegada hídrica de alguns produtos (em litros de água)

Gráfico. Gráfico de barras na cor verde mostrando o gasto hídrico (em litros) na fabricação de 15 produtos. 1 par de sapatos de couro bovino: oito mil. 1 hambúrguer (cento e cinquenta gramas): dois mil e quatrocentos. 1 copo de leite (duzentos mililitros): duzentos. 1 pacote de batatas fritas (duzentos gramas): cento e oitenta e cinco. 1 xícara de café (cento e vinte e cinco mililitros): cento e quarenta. 1 ovo (quarenta gramas): cento e trinta e cinco. 1 maçã (cem gramas): setenta. 1 laranja (cem gramas): cinquenta. 1 fatia de queijo (dez gramas): cinquenta. 1 fatia de pão (trinta gramas): quarenta. 1 xícara de chá (duzentos e cinquenta mililitros): trinta e cinco. 1 microchip (dois gramas): trinta e dois. 1 batata (cem gramas): vinte e cinco. 1 tomate (setenta gramas): treze. 1 folha de papel A4 (oitenta gramas por metro quadrado): dez.

Fonte dos dados: , A. Y.; , A. K. Water footprints of nations: water use by people as a function of their consumption pattern. Water Resources Management, volume 21, página 35-48, 2007.

  1. Pesquise na internet o significado de pegada hídrica e registre-o, explicando com suas palavras.
  2. Analise atentamente o gráfico para esta atividade e as seguintes. Como se explica que sejam necessários 200 litros de água para produzir um copo de leite que tem apenas 200 mililitros? Onde foi usada essa água?
  3. Um palestrante disse o seguinte: “Quando desperdiçamos comida, não estamos apenas jogando a comida fóra. Estamos desperdiçando também muita água. Muito mais água do que existe dentro dessa comida”. Explique essa fala.
  4. É preciso mais água para produzir uma xícara de café (de 125 mililitros) ou uma xícara de chá (de 250 mililitros)? Quanta água a mais?

ESQUEMA

Analise o esquema.

Esquema. Esquema mostra uma diversas construções conectadas por tubos e um curso d´água margeando as construções. Indicação de letras de A a H em vermelho e de números de 1 a 3 em azul. O curso d´água segue do canto superior direito da imagem, onde existe uma construção retangular com aberturas que permitem a passagem de água indicada pelo número 1. e vai até a porção superior esquerda, onde está indicado o número 2 e desce para a região inferior esquerda do esquema, onde está indicado o número 3. Na parte inicial do curso d´água, antes do número 1, existe uma estrutura indicada pela letra E na margem do curso d´água, conectado a um tubo identificado pela letra G. Esse tubo leva a construções retangulares e uma delas tem a indicação da letra F. Dessas estruturas sai um cano que se ramifica para construções diversas. Um dos canos, identificados pela letra H, chega a construções representada por um prisma em cima de um cubo. Dessas construções sai um outro tubo, identificado pela letra D que conecta-se a uma construção identificada pela letra A. Essa construção tem uma área grande e é composta por diferentes porções de diferentes formas e tamanhos dispostas sequencialmente. De uma das extremidades dessa construção sai um tubo que despeja algo no curso do rio, ponto identificado pela letra B, que se localiza entre os números 2 e 3. Entre a letra B e o número 3 está localizada a letra C.
  1. Escreva no caderno a sequência de letras, na ordem percorrida pela água.
  2. O que é a estrutura 1?
  3. Registre no caderno as legendas que deveriam substituir as letras.
  4. Compare a qualidade da água do rio nos locais 2 e 3.

ENCENAÇÃO

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: meio ambiente

25. A critério do professor, a classe se divide em oito grupos. Cada grupo representará um dos seguintes setores de uma cidade em que há escassez de água: agricultores, donos de indústria, comerciantes, moradores, defensores do ambiente, representantes de hospitais, represen­tantes de escolas e membros da prefeitura.

Esses grupos devem debater como distribuir a água, apresentando argumentos que defendam seus interesses, a fim de obter mais água para o seu setor.

Como conclusão do debate, que critérios devem ser adotados para a distribuição de água no caso de escassez? Um ou mais setores devem ser favorecidos? Qual/Quais? Por quê?

TIRINHA

Tirinha. Homem de casaco azul e chapéu sentado em um banco na frente de um balcão de restaurante, rodeado por moscas. Em cima do balcão tem copos, um recipiente de suco, um menu e uma placa escrito “restaurante”. Atrás do balcão tem um homem de blusa vermelha e chapéu de cozinheiro. Ele diz: você não vê moscas em outros restaurantes porque a comida deles não é tão boa quanto a nossa.

26. Explique por que a presença de moscas em um restaurante ou lanchonete indica que pode ser perigoso comer lá. Na sua resposta, explique qual é a relação das moscas com a deterioração dos alimentos.

GRÁFICO

As atividades 27 a 30 se referem ao gráfico, elaborado com dados hipotéticos.

Porcentagem de habitantes de uma cidade que moram em casa com rede de esgoto

Gráfico. Gráfico de colunas azuis. No eixo vertical, Porcentagem. No eixo horizontal, Ano. Seis colunas, uma para cada um dos anos de 2016 a 2021. Ano: 2016. Porcentagem: 10 porcento. Ano: 2017. Porcentagem: 16 porcento. Ano: 2018. Porcentagem: 32 porcento. Ano: 2019. Porcentagem: 34 porcento. Ano: 2020. Porcentagem: 68 porcento. Ano: 2021. Porcentagem: 75 porcento.

Fonte: Gráfico com dados fictícios elaborado pelos autores com finalidade didática.

Interprete os dados como neste exemplo: Em 2016, de cada 100 habitantes, 10 moravam em casa com rede de esgôto.

  1. Em 2017, de cada 100 pessoas do município, quantas moravam em casa com rede de esgôto?
  2. Em 2020, de cada 100 pessoas do município, quantas não moravam em casa com rede de esgoto?
  3. Quais foram os anos em que houve duplicação do número de habitantes atendidos por rede de esgôto em relação ao ano anterior? Que dados retirados do gráfico justificam sua resposta?
  4. De 2017 a 2021 houve sempre aumento do número de habitantes atendidos por rede de esgôto em relação ao ano anterior? Explique.

MAPA CONCEITUAL

31. Este mapa conceitual relaciona conceitos estudados em diferentes capítulos. Analise-os e, a seguir, escreva em seu caderno as palavras que poderiam substituir corretamente os números 1 a 13 a fim de completar o mapa.

Fluxograma. Trinta e quatro balões com texto, conectados por setas. Os elementos do fluxograma permitem os seguintes caminhos: Ser vivo pode ser procarioto ou eucarioto. Ser vivo procarioto é unicelular, por exemplo bactérias, algumas atuam como decompositores e algumas causam doenças, por exemplo: 1, 2, 3, 4 e 5. Ser vivo eucarioto pode ser unicelular ou pluricelular. Ser vivo eucarioto pode ser unicelular, por exemplo protozoários, alguns causam doenças, por exemplo 6, 7, 8 e 9. Ser vivo eucarioto pode ser pluricelular, por exemplo animais, que podem ser vertebrados ou invertebrados. Invertebrados incluem os platelmintos, por exemplo 10 causa esquistossomose, e 11 causa teníase e cisticercose. Invertebrados incluem nematódeos, por exemplo 12 causa amarelão, e 13 causa ascaridíase.
Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: saúde.

Seu aprendizado não termina aqui

Alguns jornais costumam informar a qualidade da água das praias, que é avaliada pelos técnicos levando em conta, entre outros fatores, a concentração de coliformes fecais na água.

Se você mora em cidade litorânea ou se vai em viagem ao litoral, habitue-se a consultar essas informações. Quem as ignora tem maior chance de se contaminar com microrganismos patogênicos ao tomar banho de mar em local impróprio.

Ícone. Símbolo de hashtag.

Fechamento da unidade

Isso vai para o nosso blog!

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: cidadania e civismo. Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: saúde

Doenças contagiosas e saneamento

A critério do professor, a classe será dividida em grupos e cada um deles criará e manterá um blog na internet sobre a importância do que se aprende em Ciências da Natureza. Nesta atividade, a meta é selecionar informações (acessar, reunir, ler, analisar, debater e escolher as mais relevantes e confiáveis) relacionadas aos tópicos a seguir para incluir no blog.

Ilustração. Quatro adolescentes com uniforme amarelo e verde ao redor de uma mesa. Menino branco de óculos e de cabelo loiro olha para um livro, onde vê a figura de uma ameba. Menino negro está de pé com um livro de capa verde aberto nas mãos. Menina negra de cabelo preto preso por uma faixa vermelha está sentada mexendo em um notebook. Ao lado dela, menina branca com deficiência física de membros superiores, com cabelo castanho, curto e liso. Ao redor, quadros coloridos com texto: Quais as taxas de mortalidade infantil na comunidade, na cidade, no estado e no país? E a porcentagem de cobertura de água tratada, rede de esgoto e demais aspectos de saneamento básico? (quadro vermelho); Que enfermidades causadas por vírus, bactérias, protozoários, fungos e vermes têm sua incidência relacionada aos indicadores de saneamento básico? Quais são de veiculação hídrica? Quais são transmitidas pelo ar ou por contato entre pessoas? (quadro azul); As campanhas de vacinação mais frequentes são para evitar quais doenças? (quadro verde); Como as condições de saúde da comunidade, da cidade, do estado e do país se relacionam com os indicadores pesquisados? E que argumentos justificam as campanhas de vacinação? (quadro amarelo).