SUPLEMENTO DE PROJETOS

Fotografia. Dois adolescentes observando material em microscópios. Adolescente negra de cabelo cacheado, usa brincos de argola e camiseta vermelha. Adolescente negro de cabelo curto, usa uma camiseta azul com listras azuis escuras e laranjas.

PROJETO 1 – O uso do microscópio

Ícone. Vidraria de laboratório. EXPERIMENTO. ATIVIDADE EM GRUPO

Objetivo

Conhecer as partes principais de um microscópio de luz e adquirir noções sobre seu uso.

Vocês vão precisar de:

  • um microscópio de luz
  • uma fonte de luz artificial
  • uma ou mais lâminas já preparadas e entregues pelo professor

ATENÇÃO!

O microscópio é um instrumento caro e delicado.

Tenham cuidado ao manuseá-lo.

Procedimento

1. Os microscópios podem variar em aparência, complexidade e poder de ampliação de imagens. Todos, porém, têm alguns componentes básicos. Observem o microscópio que o professor colocou sobre a mesa e comparem-no com o da ilustração. Não mexam nele por enquanto. Apenas identifiquem suas partes.

 Braço – Por onde devemos pegar o microscópio ao transportá-lo.

 Base – Deve ser colocada sobre superfície horizontal e regular para que o instrumento não balance.

 Ocular – É por onde olhamos para ver as imagens ampliadas. Contém uma lente (ou conjunto delas) e é responsável por parte da ampliação.

 Objetiva – Lente (ou conjunto delas) responsável por parte da ampliação. Normalmente há mais de uma objetiva, cada qual com diferente poder de ampliação.

 Canhão – Parte móvel que pode subir ou descer para se obter uma imagem nítida do objeto.

 Parafuso macrométrico – Usado para movimentar o canhão.

 Parafuso micrométrico – Permite pequeninos movimentos do canhão para melhorar a imagem. Ausente nos microscópios mais simples.

 Mesa – Onde se coloca a lâmina de vidro que contém o objeto a ser ampliado.

 Clipes (são dois) – Usados para prender a lâmina à mesa.

 Espelho – Reflete a luz (de abajur, luminária etcétera) para dentro do canhão. Em alguns microscópios há uma lâmpada no lugar dêsse espelho.

Ilustração. Um microscópio com linhas de chamada com números de 1 a 10, evidenciando algumas de suas partes.
  1. Vamos conhecer alguns cuidados básicos que vocês devem ter com o microscópio.
    • Quando forem transportá-lo, utilizem as duas mãos. Uma segura o braço do microscópio e a outra deve ser colocada sob a base.
    • O microscópio deve ser colocado numa mesa firme e longe da beirada, para que não caia.
    • Nunca encostem os dedos diretamente nas lentes ocular e objetiva, pois a gordura — presente nas mãos — deixaria manchas difíceis de remover.
    • Nunca usem luz solar como fonte de iluminação. Ela pode causar danos à sua visão. Além disso, a luz solar é tão forte que impede a visualização de alguns detalhes da imagem e pode, por causa do calor, matar pequenos seres vivos em observação.
  2. Agora vocês vão examinar uma lâmina entregue pelo professor. No centro dessa lâmina de vidro está o objeto a ser visualizado. Ele está coberto por uma lâmina mais fina de vidro, denominada lamínula.
Esquema. Uma lâmina de microscopia. Em cima, uma lamínula de vidro. No centro desse conjunto, uma estrutura irregular, representando o objeto a ser visto
  1. Comecem a observação com a objetiva de menor poder de aumento. Posicionem a fonte de luz e o espelho de modo que vejam, pela ocular, um círculo bem claro.
  2. Suspendam totalmente o canhão usando o parafuso macrométrico. Prendam a lâmina nos clipes.
  3. Usando o parafuso macrométrico, movimentem cuidadosamente o canhão até sua posição mais baixa. Cuidado para a objetiva não tocar na lamínula, que pode se quebrar.
  4. Olhem pela ocular e, usando o parafuso macrométrico, suspendam o canhão lentamente até conseguirem visualizar o objeto. Melhorem a imagem fazendo pequenos ajustes com o parafuso micrométrico. Movimentem também o espelho, pois pequenas variações de iluminação podem melhorar a imagem.
  5. Vamos, agora, ampliar determinada parte da imagem. Primeiramente posicionem-na no centro do círculo, movendo a lâmina. Percebam que, para mover a imagem para baixo, é preciso movimentar a lâmina para cima. Para mover a imagem para a direita, é necessário movimentar a lâmina para a esquerda.
  6. Mudem para a objetiva seguinte, de poder de ampliação maior que a anterior.
  7. Abaixem o canhão, usando o parafuso macrométrico, até próximo da lamínula. Cuidado para não quebrá-la.
  8. Olhem pela ocular e, usando o parafuso macrométrico, suspendam o canhão lentamente até conseguir visualizar o objeto. Melhorem a imagem fazendo pequenos ajustes com o parafuso micrométrico. Movimentem também o espelho, pois pequenas variações de iluminação podem melhorar a imagem.
  9. Repitam os itens 8 a 11 com a próxima objetiva ou as próximas objetivas, de maior poder de ampliação.
  10. Para observar outra lâmina, repitam este procedimento a partir do item 3.

PROJETO 2 – Acompanhando a decomposição da banana

Ícone. Vidraria de laboratório. EXPERIMENTO. ATIVIDADE EM GRUPO

Objetivo

Acompanhar a decomposição da banana na presença e na ausência de fermento biológico.

Vocês vão precisar de:

  • dois sacos plásticos transparentes (sem furos)
  • duas rodelas de banana cortadas na hora
  • fita adesiva
  • caneta
  • 2 etiquetas
  • a quarta parte de um tablete de 15 gramas de fermento biológico para pão
Esquema. Materiais usados na atividade: dois sacos plásticos transparentes, uma caneta, duas etiquetas, duas rodelas de banana, um rolo de fita adesiva e um tablete de fermento biológico.

Procedimento

  1. Coloquem uma rodela de banana em cada saco plástico.
  2. Esfarelem o fermento e despejem-no sobre uma das rodelas. Lavem bem as mãos após manusear o fermento.
  3. Fechem os sacos com fita adesiva. Apliquem em cada um deles uma etiqueta com a identificação do conteúdo, a fim de saber qual tem, ou não, fermento.
  4. Observem os sacos por cinco dias. Anotem dia­riamente as alterações no aspecto das rodelas.
  5. Em qual dos casos o alimento se decompõe mais rapidamente? Redijam um texto com uma explicação para o que aconteceu.
Ilustração. Duas crianças na frente de uma mesa com dois sacos transparentes. Em cada um tem uma etiqueta e uma rodela de banana dentro. O menino é negro, tem o cabelo preto, usa uma camiseta vermelha e segura um caderno e um lápis. A menina é branca, de cabelo loiro e liso, ela veste uma camiseta branca e segura um livro e uma caneta.

PROJETO 3 – Investigando o nível da água

Ícone. Vidraria de laboratório. EXPERIMENTO. ATIVIDADE EM GRUPO

Objetivo

Comparar o nível da água em ambos os lados de uma mangueira em “U”.

Vocês vão precisar de:

  • mangueira de plástico transparente com cêrca de 1 metro de comprimento (pedaço de mangueira transparente de jardim)
  • régua
  • corante alimentício (uso opcional; pode ser adquirido em lojas de artigos para festas)
  • funil
  • jarra com água de torneira
Ilustração. Destaque para a mão de uma pessoa segurando para cima as duas pontas de uma mangueira. Em uma das pontas tem um funil laranja.

Procedimento

  1. Coloquem algumas gotas do corante na água para facilitar sua visualização.
  2. Segurem a mangueira na fórma da letra “U” e encaixem o funil em uma de suas extremidades. Vejam a figura.
  3. Coloquem água na mangueira, bem devagar, até que seu nível fique uns 20 centímetros abaixo da extremidade em que está o funil.
  4. Retirem o funil. Segurem cada extremidade da mangueira com uma mão.
  5. Esperem até que o nível da água pare de oscilar. Comparem o nível do líquido nos dois lados. Qual lado está mais alto? Ou ambos estão iguais?
  6. Levantem um pouco uma das extremidades (cêrca de 5 centímetros), bem devagar. Esperem o nível do líquido parar de oscilar e comparem o nível dos dois lados. Agora abaixem essa extremidade (uns 5 centímetros) em relação à outra, esperem o líquido parar de oscilar e repitam a comparação.
  7. Modifiquem o formato do “U”, tornando-o mais largo e baixo ou mais estreito e alto. A cada modificação, esperem o líquido parar de oscilar e comparem o nível do líquido dos dois lados. Quando as extremidades estão mais distantes, que métodos vocês podem empregar para fazer a comparação do nível?
  8. Com base no que vocês observaram, o que se pode afirmar sobre o nível da água nos dois lados dentro do tubo?

Vá além:

  • Quando eletricistas estão embutindo caixinhas para interruptor elétrico nas paredes de uma casa em construção, eles utilizam uma mangueira com água. Para quê?
  • Por que a água que sai das estações de tratamento precisa ser bombeada até os reservatórios elevados?
  • Por que a água não precisa ser bombeada dos reservatórios elevados até as residências?
  • Nos altos prédios de apartamentos, costuma haver uma caixa-d’água no térreo (ou no subsolo) que é enchida pela água que vem da rua, sem necessidade de bombeamento. A água dessa caixa é, a seguir, bombeada para uma outra, que fica no alto do prédio, e, desta, é distribuída aos apartamentos, sem necessidade de bombeamento. Por que é necessário o bombeamento para garantir que a água chegue até a caixa de cima? Por que não é necessário o bombeamento nos outros dois casos?
PROJETO 4 – A coluna vertebral
Ícone. Vidraria de laboratório. EXPERIMENTO. ATIVIDADE EM GRUPO

Objetivo

Observar a coluna vertebral de um peixe com esqueleto ósseo.

Vocês vão precisar de:

  • pedaço de papel-alumínio
  • esqueleto de um peixe fresco
  • lupa
  • luvas descartáveis
Esquema. Sobre uma folha de papel-alumínio, um esqueleto de peixe. Ao lado, destaque para a coluna do peixe.

Procedimento

  1. Peçam a um adulto que retire o esqueleto do peixe tendo o cuidado de não quebrá-lo.
  2. Coloquem o papel-alumínio em uma mesa e o esqueleto do peixe sobre ele.
  3. Usando luvas, passem o dedo pelos ossos que formam uma fileira no esqueleto do peixe, com cuidado para não se ferir.
  4. Utilizando a lupa, examinem os ossos detalha­damente. Observem a coluna vertebral (“espinha dorsal”), as vértebras e a cartilagem (substância mole, parecida com os ossos, que fica entre as vértebras).

ATENÇÃO!

Protejam as mãos usando luvas para manusear o peixe.

Vá além:

  • Qual é a função da coluna vertebral no corpo do peixe? Seria possível executar essa função caso não existisse cartilagem na coluna vertebral do peixe? Por quê?
  • Pesquisem na internet fotos do esqueleto ou radiografias (como as duas que aparecem a seguir) de outros peixes. Comparem com o peixe observado e indiquem semelhanças e diferenças.
Fotografia. Imagem de um peixe mostrando o seu esqueleto. Ele tem o formato arredondado.
Radiografia de um pacu-manteiga (Milóssoma duriventre). Comprimento: 25 centímetros
Fotografia. Imagem de um peixe mostrando o seu esqueleto. Ele tem o formato arredondado com uma parte anterior fina e comprida.
Radiografia de um peixe borboleta-bicuda do Oceano Pacífico (Forcipíguer longiróstris). Comprimento: 20 centímetros
PROJETO 5 – Retardando a troca de calor
Ícone. Vidraria de laboratório. EXPERIMENTO. ATIVIDADE EM GRUPO

Objetivo

Comparar a eficiência de alguns métodos para retardar a troca de calor.

Vocês vão precisar de:

  • pedras de gelo
  • quatro frascos iguais, de boca larga, com tampa, nos quais caibam três ou quatro pedras de gelo (potes de maionese pequenos, por exemplo)
  • papel-alumínio
  • duas toalhas de rosto
  • fita-crepe
  • pedaço de poliestireno expandido mais ou menos do tamanho da base do frasco menor
  • pote plástico com tampa, dentro do qual caiba o frasco menor

Procedimento

  1. Usem o papel-alumínio para revestir dois dos frascos menores. Deixem o lado mais espelhado (mais brilhante) do papel para fóra. Fixem o papel-alumínio com fita-crepe, como mostra a figura A.
  2. Coloquem igual quantidade de pedras de gelo (três ou quatro) em cada um dos quatro frascos (dois revestidos com papel-alumínio e dois não revestidos) e tampem-nos.
  3. Coloquem um dos frascos revestidos de papel-alumínio dentro do pote plástico, usando o pedaço de poliestireno expandido como base. Fechem o pote. Vejam a figura B.
  4. Enrolem uma toalha em um dos frascos não revestidos de papel-alumínio. Enrolem a outra toalha no pote plástico.
  5. Deixem os quatro frascos em cima da mesa, afastados no mínimo 30 centímetros um do outro, e observem regularmente o conteúdo do frasco que não está revestido por toalha ou por papel-alumínio. No momento em que todas as pedras de gelo dêsse frasco estiverem derretidas, abram todos os outros frascos e observem seu conteúdo. Registrem suas observações no caderno com desenhos e/ou palavras e tentem explicá-las.
Ilustração. Figura A. Uma pessoa envolvendo um frasco com papel-alumínio e prendendo com fita-crepe. Ao lado há outro recipiente já embrulhado com papel-alumínio, um rolo de fita-crepe e as tampas dos recipientes. Ilustração. Figura B. Montagem do experimento. Um recipiente embrulhado com papel-alumínio e tampado. Ele está em cima de um pedaço de poliestireno expandido e dentro de um recipiente grande de tampa azul. Linha de chamada e texto: Pote plástico (não precisa ser transparente).

Vá além:

  • Durante o experimento as pedras de gelo derretem, total ou parcialmente, por causa da troca de calor entre o ambiente e o interior dos frascos. Essa transferência de calor é de dentro do frasco para fóra dele ou de fóra para dentro? Por quê? Quais processos de troca de calor estão envolvidos nesse experimento? Em qual dos quatro casos a troca de calor foi retardada com maior eficiência?
  • Que utensílios existem em nossa vida diária que empregam métodos para retardar a troca de calor semelhantes aos envolvidos nessa atividade?
PROJETO 6 – Inflando um balão com gás carbônico
Ícone. Vidraria de laboratório. EXPERIMENTO. ATIVIDADE EM GRUPO

Objetivo

Produzir gás carbônico a partir de bicarbonato de sódio e vinagre e encher com ele um balão de borracha.

Vocês vão precisar de:

  • água
  • funil
  • um pedaço de barbante
  • colherinha (de café)
  • vinagre
  • garrafa descartável péti de 2 litros
  • copo grande (de requeijão, por exemplo)
  • balão de borracha (para festas infantis)
  • bicarbonato de sódio (pode ser adquirido em farmácia ou supermercado, por exemplo)

Procedimento

  1. Certifiquem-se de que o funil está limpo e seco. Utilizem-no para colocar 4 colheradas (das de café) de bicarbonato de sódio dentro do balão (figura A). Deem batidinhas no gargalo do funil para ajudar o pó a entrar no balão.
  2. Lavem bem o funil e encaixem-no na boca da garrafa.
  3. Coloquem vinagre no fundo do copo, até 1 centímetro de altura, e terminem de encher o copo com água. Despejem essa mistura na garrafa.
  4. Despejem mais um copo de água na garrafa. Retirem o funil.
  5. Peçam a um colega que segure bem firme o balão a uns 4 centímetros de sua abertura, para que o bicarbonato não caia. Encaixem a boca do balão na borda da garrafa (veja figura B) e amarrem com o barbante (figura C).
  6. Despejem na garrafa o bicarbonato de sódio que está no balão (figura D). Observem o que acontece quando o bicarbonato entra em contato com o líquido e o que ocorre com o balão.
Ilustração. Figura A. Destaque para a mão de uma pessoa derramando um pó branco de uma colher dentro de uma bexiga verde utilizando um funil. 
Ilustração. Figura B. Destaque para as mãos de duas pessoas prendendo a bexiga verde na boca de uma garrafa PET. 
Ilustração. Figura C. Destaque para a mão de uma pessoa segurando a bexiga verde que está presa com um fio ao redor da boca da garrafa PET. 
Ilustração. Figura D. Destaque para a mão de uma pessoa segurando a bexiga verde que está presa à boca de da garrafa PET. A bexiga está um pouco inflada.

Vá além:

  • O que acontece com a pressão no interior da garrafa e do balão durante o experimento? O que causa essa mudança?
  • Se, ao final do experimento, o conjunto garrafa + balão fosse colocado na geladeira, o que vocês acham que aconteceria com o volume do balão? Por quê?