UNIDADE D

CAPÍTULO 10 Previsão do tempo

Fotografia. Mar com ondas quebrando na praia e espalhando água em várias direções. Atrás, alguns prédios e coqueiros com a copa virada para direita.
Foto de área banhada pelo mar, na cidade de Miami, durante a passagem do furacão Irma, com ventos de até 285 quilômetros por hora, que atingiu com muita intensidade o estado da Flórida, nos Estados Unidos da América, em 2017. O que é um furacão? Qual é a diferença entre furacão e tornado?
Respostas e comentários

Este capítulo e seus conteúdos conceituais

  • Noções do comportamento do ar quando aquecido ou resfriado
  • Princípio comum ao funcionamento de balões de ar quente, chaminés e geladeiras (refrigeradores)
  • Formação de ventos
  • Distinção entre os conceitos de clima e tempo
  • Noção dos meios utilizados para fazer a previsão do tempo
  • Previsão do tempo condicionando as atividades humanas
  • Alterações climáticas provocadas pelo ser humano
  • Iniciativas individuais e coletivas que podem contribuir para restabelecer o equilíbrio ambiental e diminuir ou eliminar as alterações climáticas causadas pela humanidade

Nesta unidade, são abordados temas ligados às unidades temáticas Terra e Universo e Matéria e energia da Bê êne cê cê, desenvolvendo as habilidades referentes aos objetos de conhecimento Clima (capítulo 10), Sistema Sol, Terra e Lua (capítulo 11), Fontes e tipos de energia, Transformação de energia, Cálculo de consumo de energia elétrica, Circuitos elétricos e Uso consciente de energia elétrica (capítulo 12 e atividade de encerramento da unidade D).

Ao iniciar a abordagem dêste capítulo, incentive os estudantes a responder à pergunta apresentada na legenda da foto de abertura. Também pergunte qual é a diferença entre tempo e clima e, por meio das respostas, verifique as concepções prévias dos estudantes acêrca dêsses dois conceitos. Revisite essas respostas após trabalhar o capítulo 10 e convide os estudantes a reavaliar suas respostas e a aprimorá-las.

Ao trabalhar este capítulo, deve haver ênfase no fato de muitas das atividades humanas serem condicionadas pe­lo tempo e pelo clima. Além disso, um aspecto que merece grande relevância é a discussão das ações do ser humano que provocam alterações climáticas e das iniciativas individuais e coletivas que podem contribuir para minimizar tais alterações.

De ôlho na Bê êne cê cê!

Este capítulo realiza o desenvolvimento das habilida­des da Bê êne cê cê ê éfe zero oito cê ih um quatro, ê éfe zero oito cê ih um cinco e ê éfe zero oito cê ih um seis, oportunamente transcritas e comentadas.

Motivação

A critério do professor, esta atividade poderá ser realizada em grupos.

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Estudar o comportamento do ar quando ele é esfriado num recipiente flexível.

Você vai precisar de:

  • uma garrafa plástica descartável de 2 litros com tampa de rosca (se não tiver, serve uma menor, desde que seja plástica e de paredes bem finas, como as da garrafa descartável de 2 litros)
  • congelador ou freezer

Procedimento

  1. Feche a garrafa, que deve estar “vazia”, ou melhor, cheia de ar. Certifique-se de que apertou bem a tampa. A garrafa e a tampa não podem estar furadas.
  2. Coloque a garrafa dentro do congelador ou do freezer.
  3. Após 4 horas, tire a garrafa e observe-a.
  4. Deixe a garrafa em cima de uma mesa. Espere que ela volte à temperatura ambiente. Procure explicar o que você observou.
Ilustração. Uma geladeira com a porta do freezer, na parte de cima, aberta, e uma garrafa plástica verde de tampa azul dentro.

Desenvolvimento do tema

1. O volume do ar e a temperatura

No caso do experimento proposto, ao tirar a garrafa do congelador, verifica-se que ela está deformada e “encolhida”. Em outras palavras, seu volume diminuiu.

Por outro lado, quando a garrafa fica fóra do congelador, o ar que está dentro dela é aquecido (até chegar de novo à temperatura ambiente) e, consequentemente, o volume aumenta.

Fluxograma. Ar, se sofrer aquecimento, tende a sofrer (desde que não esteja confinado em recipiente rígido) expansão. Ar, se sofrer resfriamento, tende a sofrer (desde que não esteja confinado em recipiente rígido) contração.
Fotografia. A: dois recipientes, um com um balão cheio verde e um com um balão cheio azul. Fotografia B: dois recipientes, um com água e cubos de gelo e um balão verde cheio em cima; outro recipiente com água e um balão azul cheio em cima.
Dois balões de borracha preenchidos com ar, inicialmente de mesmo volume (foto A), são colocados em contato prolongado (foto B) com água gelada e água morna, obtida do chuveiro. Note a diferença de volume que se deve à variação de temperatura.
Respostas e comentários

Conteúdos procedimentais sugeridos

  • Observar, por experimentação, a tendência do ar de se contrair, quando resfriado, e se expandir, quando aquecido.
  • Interpretar e utilizar corretamente a previsão do tempo que aparece em jornais.

Observar, por experimentação, a tendência de o ar se contrair, quando resfriado, e se expandir, quando aquecido, é o conteúdo procedimental que se pretende desenvolver com o experimento da seção Motivação que abre o capítulo.

Interpretar e utilizar corretamente a previsão do tempo que aparece em jornais é um conteúdo que pode ser abordado a partir do boletim do tempo mostrado no capítulo (item 9) e também com as atividades 16 e 17 do Explore diferentes linguagens.

Motivação e itens 1 a 3

Auxilie os estudantes a ler e a compreender o procedimento. A realização do experimento pode ser na escola, a partir do início do período letivo, para que haja tempo de realizar todas as observações propostas ao longo dêsse período. Se possível, combine com os colegas de outras disciplinas essa logística. Quanto ao item 4 do procedimento, os estudantes deverão fazer uma inferência para explicar o fenômeno que ocorreu quando a garrafa fechada, contendo ar, permaneceu 4 horas no freezer e depois retornou à temperatura ambiente. Aproveite para estimular na turma o desenvolvimento da capacidade de inferir.

Antes de iniciar a discussão sôbre a pergunta, comente que, ao pensar em uma explicação para um fenômeno, os estudantes estão fazendo uma inferência, isto é, elaborando uma conclusão a partir de seus conhecimentos prévios e das observações realizadas.

No caso, espera-se que eles constatem a tendência de o ar resfriado se contrair (a garrafa, após a permanência de 4 horas no freezer, estará deformada e contraída) e de o ar aquecido se expandir (a garrafa, após retornar à temperatura ambiente, volta ao volume original).

Os estudantes podem inferir que a diminuição de temperatura causa a diminuição da pressão do ar confinado na garrafa (isto é, redução da sua pressão interna). Assim, a pressão atmosférica (que não se altera durante o experimento) provoca a contração do recipiente. A volta do ar confinado à temperatura original faz com que a pressão interna aumente e se iguale à pressão atmosférica, acarretando o retôrno do volume do frasco ao valor inicial. Na discussão sôbre os resultados, os estudantes estarão desenvolvendo a capacidade de argumentar em textos orais. Nesse momento, esteja atento para que todos tenham oportunidade de apresentar suas ideias, em especial os mais tímidos. Os itens 1 a 3 envolvem a formalização das discussões propiciadas por esse experimento inicial.

2. Quantidade de ar em um recipiente e pressão interna

Calibrar o pneu significa ajustar a pressão interna colocando mais ou menos ar dentro dele. Quanto maior for a quantidade de ar injetada no pneu, maior será a pressão interna.

De modo geral, quanto maior a quantidade de um gás presente em um determinado recipiente rígido (isto é, de volume constante), maior será a pressão interna.

Fluxograma. Ar pode estar e um recipiente de volume fixo e quanto maior for a quantidade de ar, então maior será a pressão interna. Ar pode estar em um recipiente de volume fixo e, quanto menor for a quantidade de ar, então menor será a pressão interna.
Fotografia. Uma pessoa apoiando uma bomba de ar nos pés, segurando a alavanca com as mãos. A bomba está ligada ao pneu de uma bicicleta.
Quanto mais ar for bombeado para dentro do pneu da bicicleta, maior será a pressão interna.
Fotografia. Mulher negra com o cabelo raspado, óculos, camiseta branca e macacão. Ela está em uma oficina e segura um manômetro que está ligado ao pneu de um carro.
Manômetro sendo utilizado para calibrar pneu.
Fotografia. Uma mochila com um cilindro de ar amarelo na areia de uma praia.
Cilindro de ar para mergulho. Ele contém grande quantidade de ar comprimido e, como consequência, a pressão interna é bem maior do que a externa.
Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

A atividade proposta na seção Motivação oportuniza o desenvolvimento da competência geral 2, incentivando os estudantes a exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas e elaborar e testar hipóteses.

O capítulo, como um todo, possibilita o desenvolvimento: da competência específica 2, no que diz respeito a compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho e continuar aprendendo; e da competência específica 3, quanto a analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico, como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

3. A pressão do ar e a temperatura

Um motorista calibrou os pneus de seu carro antes de uma viagem (ilustração A). Saiu a rodar pela estrada, onde ficou por algumas horas. Era verão, e o dia estava muito quente.

Quando chegou ao seu destino, o motorista parou em um borracheiro para medir a pressão dentro dos pneus. Verificou que ela estava maior do que quando saiu em viagem (ilustração B).

O motorista foi almoçar e deixou o carro na sombra. Após o almoço, voltou com o carro ao borracheiro e, ao medir a pressão dentro dos pneus, verificou que ela tinha voltado ao valor inicial.

Essas observações indicam que há uma relação entre a temperatura de um gás e sua pressão.

Durante a viagem o pneu esquentou, porque, entre outras razões, ele estava em contato com o asfalto quente. O ar dentro do pneu esquentou também. A observação do motorista revela que, quando um gás — no caso, o ar — é aquecido em um recipiente fechado — no caso, o pneu —, sua pressão tende a aumentar. Quando o carro ficou na sombra, os pneus esfriaram. Consequentemente, a pressão dentro deles diminuiu até voltar ao valor inicial.

Fluxograma. Ar pode estar em recipiente fechado e submetido a temperatura alta, originará maior pressão interna. Ar pode estar em recipiente fechado e submetido a temperatura baixa, originará menor pressão interna.
Esquema A. Antes da viagem. Um carro com uma mangueira saindo do pneu e indo até uma bomba de ar. O visor indica o número 28. Esquema B. Depois da viagem. Um carro com uma mangueira saindo do pneu e indo até uma bomba de ar. O visor indica o número 32.
Preste atenção ao valor da pressão do ar no interior do pneu. (Representações fóra de proporção.)
Fotografia. Embalagem preta e marrom de desodorante aerossol. Ao lado, destaque para o texto no rótulo. Precauções: produto inflamável. Conteúdo sob pressão. O vasilhame, mesmo vazio, não deve ser perfurado ou incinerado. Não expor ao Sol nem a temperaturas superiores a 50 graus Celsius. Não guarde em local quente ou próximo a chamas. Não pulverizar perto do fogo. Nunca coloque esta embalagem no fogo ou incinerador. Guarde em ambiente fresco e ventilado.
As embalagens metálicas de aerossol têm um alerta de que NÃO devem ser colocadas no fogo, mesmo depois de vazias. Isso porque, mesmo quando o produto acaba, sobra gás dentro delas. No fogo, o aumento da pressão interna pode ser alto o suficiente para provocar o rompimento explosivo da embalagem, com arremesso de fragmentos de metal.
Respostas e comentários

Conteúdos atitudinais sugeridos

  • Interessar-se pelas ideias científicas e pela Ciência como maneira de entender melhor o mundo que nos cérca.
  • Valorizar a importância da previsão do tempo na realização de muitas atividades humanas.

Interessar-se pelas ideias científicas e pela Ciência como maneira de entender melhor o mundo que nos cérca é uma das atitudes que se pretende desenvolver ao longo de todo o curso de Ciências. O presente capítulo é bastante ilustrativo da importância disso, de modo que, durante ou após o seu desenvolvimento, você pode tocar nesse tema com os estudantes.

Valorizar a previsão do tem­po como importante para muitas atividades humanas é decorrência da compreensão dos conteúdos conceituais dêste capítulo, e você pode tocar nesse assunto, por exemplo, ao propor as atividades 20 a 22 do Use o que aprendeu.

Trabalhar essa atitude fica mais fácil se você utilizar situações próximas dos estudantes. Assim, por exemplo, em uma cidade em que a lavoura de café seja atividade de importância, a previsão da ocorrência de geadas é fundamental. À luz da realidade local, aproveite os relatos de conhecimentos empíricos das pessoas para enfatizar a preocupação humana com a previsão do tempo. É o caso de inúmeros pescadores espalhados pelo litoral brasileiro que, pela observação do vento e das nuvens, conseguem prever razoavelmente a aproximação de chuva ou tempestade.

Aprofundamento ao professor

Referente ao item 4, veja, na parte inicial dêste Manual do professor, na seção Aprofundamento ao professor, o texto “Por que o aquecimento diminui a densidade de um gás?”.

tê cê tê Ciência e Tecnologia

Os exemplos apresentados no item 4 favorecem a abordagem do tê cê tê Ciência e Tecnologia.

De ôlho na Bê êne cê cê!

Do item 4 até o final do capítulo, tem-se a oportunidade de avançar no desenvolvimento da competência geral 7, estimulando os estudantes a argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Em consonância com esse trabalho, tem-se concomitantemente a chance de desenvolver a competência específica 5.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: ciência e tecnologia.

4. O ar quente tende a subir

Os balões de ar quente tripulados são muito interessantes. Ao contrário dos balões enchidos com gás hélio — aqueles vendidos em parques de diversão —, que são totalmente fechados, os balões de ar quente são abertos na parte de baixo. Nessa abertura existe um maçarico que aquece o ar interno, acarretando sua expansão e, consequentemente, a diminuição de sua densidade. Assim, o balão de ar quente pode subir.

Se, em pleno voo, o maçarico se apagar, o ar contido dentro do balão vai esfriar, se contrair e ficar mais denso. Como consequência, o balão descerá.

A observação dos balões de ar quente nos mostra que:

  • o ar quente tende a subir;
  • o ar frio tende a descer.

Você já percebeu que a fumaça que sai das chaminés sobe?

A fumaça é produzida na queima de algum combustível, como lenha, carvão ou óleo. Como estão mais quentes que o ar, os gases aquecidos presentes na fumaça têm tendência a subir.

Fotografia. Um balão amarelo com o maçarico aceso e uma chama para a parte interna do balão. O balão ainda está no chão e há algumas pessoas ao redor da cesta.
Maçarico aceso, aquecendo o ar no interior de um balão. (Laos, 2018.)
Fotografia. Imagem aérea de um bairro com galpões, casas e duas avenidas. De um galpão sai uma fumaça cinza escura.
A fumaça contém gases aquecidos e, por esse motivo, apresenta tendência a subir. Isso é fácil de perceber quando não está ventando muito. Incêndio em loja de materiais elétricos. (São José do Rio Preto, São Paulo, 2021.)
Fotografia. Uma fábrica com três chaminés. Há uma fumaça branca saindo de uma das chaminés da fábrica.
O funcionamento das chaminés baseia-se na tendência que os gases aquecidos têm a subir. Usina de processamento de cana­‑de-açúcar. (Ipaussu, São Paulo, 2021.)
Fotografia. Campo gramado com árvores espalhadas e balões coloridos. Alguns estão no chão e outros estão sobrevoando o campo.
Os balões de ar quente são abertos na parte inferior. No entanto, o ar mais frio do ambiente não apresenta tendência a entrar no balão. Você sabe explicar por quê? (uiltxãr, Inglaterra, 2019.)
Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Há páginas de clubes de balonismo na internet em que são relatadas as dificuldades dos voos em grandes altitudes e como são superadas. Dê uma busca e saiba mais sôbre isso.

Pesquise também como foi o primeiro voo de balão sem escalas ao redor da Terra, realizado em 1999.

Respostas e comentários

Item 4

Neste item, os estudantes tomam contato com a constatação empírica de que o ar quente tende a subir e o ar frio tende a descer. Também aprendem exemplos de aplicação dêsse princípio.

Na legenda de uma das fotos dêsse item é feita a seguinte pergunta: “Os balões de ar quente são abertos na parte inferior. No entanto, o ar mais frio do ambiente não apresenta tendência a entrar no balão. Você sabe explicar por quê?”.

A expectativa é de que os estudantes respondam que, como a abertura existente nesses balões é na parte inferior, o ar quente interno não sai porque tende a subir. Além disso, o ar frio externo não entra, porque sua tendência é a de descer.

Se a abertura do balão de ar quente fosse na parte superior, não haveria retenção de ar quente no interior e o dispositivo não subiria.

O primeiro Em destaque do item, intitulado “A inversão térmica dificulta a dispersão dos poluentes”, explica que a dispersão dos poluentes aquecidos é favorecida pela sua menor densidade em relação à do ar atmosférico. Também explica que a situação meteorológica denominada inversão térmica dificulta essa dispersão.

O segundo Em destaque do item, intitulado “O ar frio que sai da geladeira”, aborda a tendência a descer apresentada pelo ar frio que sai da geladeira (refrigerador). Embora, dentro do equipamento, também haja essa tendência, nem todas as geladeiras atuais dependem das correntes de convecção para a manutenção do resfriamento de todos os compartimentos. Para seu conhecimento, se­gue comentário a respeito.

Há alguns anos, todas as geladeiras apresentavam o congelador na parte superior e tinham também as prateleiras não inteiriças, consti­tuídas de grades metálicas. O funcionamento dêsse equipamento tradicional depende de o ar quente subir e o ar frio descer. O resfriamento interno ocorre na região do congelador, que esfria o ar próximo de si. Esse ar frio desce, enquanto o ar menos frio que está embaixo sobe. O fato de o congelador esfriar constantemente o ar da parte superior mantém o restante do ar interno em permanente resfriamento.

Se, nesse equipamen­to, o congelador ficasse na parte inferior, o ar resfriado por ele continuaria na parte de baixo, enquanto o ar que estivesse em cima continuaria quente, pois não desceria para que fosse esfriado pelo congelador. Nesse equipamento tradicional, as prateleiras não são inteiriças para permitir a circulação do ar pelo seu interior.

Um erro comum é forrar as prateleiras dêsse tipo de geladeira com plástico, o que impede a circulação do ar e, como consequência, faz o ar de cima ficar muito gelado e o de baixo, muito quente.

Hoje, existem geladeiras em que a circulação interna de ar é forçada por ventoinhas (pequenos “ventiladores”) e ocorre por tubos embutidos na parede, que desembocam em todos os compartimentos entre as prateleiras. Nesse tipo, as prateleiras podem ser inteiriças. Há, também, a possibilidade de que o congelador fique na parte inferior.

Portanto, não generalize aos estudantes que o funcionamento das geladeiras depende do resfriamento do ar interno na parte superior pelo congelador, pois isso não é válido para todos os modelos atuais.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: meio ambiente.

EM DESTAQUE

A inversão térmica dificulta a dispersão dos poluentes

Os gases poluentes liberados pelos automóveis e chaminés das fábricas são mais quentes que o ar atmosférico e por isso sobem.

Contudo, em certas circunstâncias decorrentes da complexa movimentação das massas de ar (assunto estudado pela Meteorologia), a camada de ar acima de uma cidade pode ficar mais quente que a inferior.

Nessa situação, chamada de inversão térmica (ou inversão de temperatura), os gases poluentes não conseguem atravessar a camada superior. Assim, quando ocorre o fenômeno meteorológico da inversão térmica, a dispersão dos poluentes é grandemente dificultada, o que é especialmente prejudicial nos grandes centros urbanos.

Fotografia. Mulher de cabelo ruivo liso preso em um rabo e camiseta de manga longa azul. Ela está de costas tirando uma foto com o celular. Na frente dela, área de floresta e uma cidade com muitos prédios ao fundo. O céu tem uma camada cinza.
Cidade de São Paulo, São Paulo, em dia de inversão térmica. Note o manto cinzento de poluentes acima da região metropolitana. (Foto tirada do Parque Estadual da Cantareira, 2020).

Elaborado com dados obtidos de: Lutguens, F. K.; Tarbãck, E. J. The atmosphere: an introduction to Meteorology. décima terceira edição Hoboken: Pearson, 2020.

EM DESTAQUE

O ar frio que sai da geladeira

Ao abrir a geladeira de sua casa, você pode constatar que o ar frio que está dentro dela, quando sai e encontra o ar mais quente do ambiente externo, tende a descer. Mas não mantenha a geladeira aberta por muito tempo, pois isso aumenta o consumo de energia elétrica.

Se colocar a mão no chão, à frente da geladeira aberta, você sentirá um “friozinho”. Isso ocorre porque o ar frio do interior da geladeira, ao sair, tende a descer. Por outro lado, se você colocar a mão em frente à geladeira, mas na parte de cima, não sentirá ar frio.

Fotografia. Parte interna de uma geladeira. Dentro, nas prateleiras há frutas (banana, maçã, uva, laranja), um prato com queijo, ovos, leite, pepino, pimentão, alface, repolho, cebolinha e tomate.
Ao abrir a geladeira, o ar frio que está nela tem tendência a descer. Para economizar energia elétrica, devemos manter a geladeira aberta o mínimo de tempo possível, pois isso evita a saída do ar frio.

Elaborado com dados obtidos de: Rrêuit, P. G. êti áli. Conceptual Physical Science. sexta edição Boston: Pearson, 2017.

Respostas e comentários

Item 5

Esse item explica a origem da brisa marítima e da brisa terrestre, fenômenos observados à beira-mar. Para trabalhar esse tema, é recomendado realizar a atividade experimental a seguir, que ajuda os estudantes a compreender os mecanismos de formação da brisa marítima e da brisa terrestre. A atividade evidenciará que, quando submetida a condições iguais de transferência de calor, a areia tende a se aquecer mais rapidamente e também a se resfriar mais rapidamente.

São necessários dois copos iguais de vidro, uma régua, um relógio, dois termômetros iguais, areia seca e água. O experimento requer um dia ensolarado e sem nuvens, bem como um local plano que receba luz do Sol.

Não use termômetros de mercúrio. Por segurança, eles devem ser abolidos, segundo determinação da Anvisa.

Coloque um termômetro em cada copo. Escolha copos suficientemente altos para que o termômetro não caia (veja a ilustração). Em um deles, despeje água até a altura de 5 centímetros; no outro, coloque areia até a altura de 5 centímetros.

A água e a areia devem estar inicialmente na mesma temperatura. Esta deve ser lida nos termômetros e registrada.

Coloque os dois copos num local de modo que fiquem igualmente expostos à luz solar. Deixe-os aí por meia hora.

Esquema. À esquerda, um copo com água e um termômetro dentro. À direita, um copo com areia e um termômetro dentro.
Esquematização do experimento sugerido para favorecer a compreensão de como se formam a brisa marítima e a brisa terrestre.

Não permaneça com os estudantes sob o Sol, e aproveite a oportunidade para comentar os cuidados referentes à exposição à luz solar: evitar os horários mais quentes e aplicar filtro solar na pele, inclusive em dias nublados.

O procedimento descrito até aqui pode ser feito no início de uma aula. Retorne ao local após meia hora. Leia as temperaturas e anote-as. Leve os copos para um mesmo local à sombra, por exemplo, a sala de aula. Espere mais meia hora, leia as temperaturas novamente e anote-as. Proponha aos estudantes que comparem as temperaturas registradas e que concluam: Qual material – água ou areia – se aquece mais rapidamente? E qual se resfria mais rapidamente?

É importante que você teste o experimento antes de realizá-lo com os estudantes, para ajustar o tempo de exposição ao Sol e o tempo de resfriamento. A taxa de insolação e a temperatura à sombra dependem da região do país e da época do ano, o que pode requerer tempos maiores ou menores do que meia hora.

Além disso, o tempo usado no aquecimento não precisa, necessariamente, ser igual ao utilizado no resfriamento. Ao realizar uma execução prévia, você terá a oportunidade de ajustar esses parâmetros a fim de que a atividade atinja sua finalidade didática.

A ideia é que os estudantes percebam que, submetida às mesmas condições de recebimento de calor que a água, a areia se aquece mais rapidamente que ela. E, quando submetida às mesmas con­dições de perda de calor que a água, a areia também se resfria mais rapidamente que ela.

dêsse modo, eles podem compreender os processos de formação da brisa marítima e da brisa terrestre explicados no livro do estudante.

Se você trabalha em cidade litorânea (ou se há estudantes que vão com certa frequência ao litoral), procure evocar lembranças sôbre o lado para o qual vai uma pipa (papagaio, maranhão, pandorga) quando ela é empinada na praia (1) de manhã ou (2) no final da tarde.

Em (1), ela é empurrada pe­la brisa marítima em direção ao interior do continente.

Em (2), a bri­sa terrestre a em­purra em direção ao mar.

Aprofundamento ao professor

Veja, na parte inicial dêste Manual do professor, na seção Aprofundamento ao professor, o texto “É verdade que as substâncias não esquentam com a mesma facilidade?”.

Atividades

Ao final do item 5, é oportuno propor os exercícios 9 e 10 do Use o que aprendeu e a atividade 13 do Explore diferentes linguagens.

5. As brisas à beira-mar

Uma pessoa que mora em uma localidade à beira-mar ou que vai à praia com frequência sabe, por observação diária, que desde a manhã até a metade da tarde costuma haver um vento leve, uma brisa, que sopra do mar para o continente. Durante o entardecer e à noite, ocorre o contrário. A brisa sopra do continente para o mar. Como se explica esse fato?

A explicação está baseada no fato de que a areia se aquece mais rápido do que a água e também esfria mais rápido do que ela.

Durante o dia, com a ação da luz solar, a areia da praia esquenta mais rápido do que a água do mar. O ar que está sôbre a areia é aquecido por ela e se eleva (lembre-se do que estudou neste capítulo, sôbre a tendência de o ar aquecido subir). Como consequência, o ar que está sôbre o mar se desloca para ocupar o lugar do ar aquecido que subiu. Assim, forma-se uma brisa que sopra do mar em direção à praia. É a chamada brisa marítima.

Ao entardecer, a areia esfria mais rápido do que a água do mar. O ar mais quente que está acima do mar sobe, e o ar mais frio que está sôbre a areia se desloca para ocupar o espaço deixado por ele. Forma-se uma brisa que sopra da praia para o mar, denominada brisa terrestre.

Esquema. Do lado esquerdo, esquema da origem da brisa marítima. Ilustração de um coqueiro na praia em céu claro. Seta azul sai do mar na direção da praia, ficando com ponta da seta vermelha. Texto: O ar que está sobre o mar vai ocupar o espaço deixado pelo ar que subiu. Esse deslocamento de ar forma a brisa marítima. Seta vermelha sai do coqueiro para o mar, ficando com a ponta azul. Texto: O ar sobre a praia é aquecido mais rapidamente (porque a areia está mais quente que a água). Esse ar quente sobe. Seta azul sobre o mar. Texto: O ar quente que subiu esfria e acaba descendo sobre o mar. Do lado direito, esquema da origem da brisa terrestre. Ilustração de um coqueiro na praia em céu avermelhado. Seta azul vai da praia até o mar, ficando com a ponta vermelha. Texto: O ar que está sobre a praia vai ocupar o espaço deixado pelo ar que subiu. Esse deslocamento de ar forma a brisa terrestre. Seta vermelha sobre o mar. Texto: O ar sobre o mar é aquecido mais rapidamente (porque a água está mais quente que a areia). Esse ar quente sobe. Seta vermelha saindo do mar e indo para a praia, ficando com a ponta azul. Texto: O ar quente que subiu esfria e acaba descendo sobre a praia.
(Esquemas fóra de escala. Neles, o deslocamento do ar quente está representado na cor vermelha, e do ar frio, em azul.)

Fonte: Esquemas elaborados a partir de , A. Physics. quinta edição Nova York: McGraw-Hill, 2020. página 531.

Respostas e comentários

tê cê tê Meio Ambiente

O texto “A inversão térmica dificulta a dispersão dos poluentes”, incluindo a imagem nele contida, é pertinente ao tê cê tê Educação Ambiental, que se insere na macroárea Meio Ambiente.

Atividades

Ao final do item 4, proponha os exercícios 1 a 8 do Use o que aprendeu e as atividades 1 a 12 do Explore diferentes linguagens.

6. Ventos: o ar em movimento

O calor que vem do Sol esquenta o solo e ele, por sua vez, esquenta a atmosfera da Terra. Por uma série de complexos fatores, certas partes da atmosfera são mais aquecidas do que outras. O ar aquecido sobe e o ar das regiões vizinhas se move para ocupar o lugar dêsse ar que subiu. Isso dá origem a ventos. É o mesmo que acontece à beira-mar, só que em maior escala.

O vento é ar em movimento em relação à superfície terrestre. Para saber a direção dessa movimentação, utiliza-se um cata-vento ou uma biruta. Para medir a velocidade dos ventos, utiliza-se um anemômetro.

Ilustração. Um cata-vento, com quatro hastes indicando as direções: Norte, Sul, Leste e Oeste.
O cata-vento aponta sempre para a direção de onde vem o vento. Na ilustração, o vento está vindo da direção noroeste, que fica entre a direção norte (N) e a oeste (O).
Ilustração. Uma biruta. Objeto parecido um saco amarelo preso em uma haste vertical.
A biruta se parece com um pé de meia (aberto nas duas extremidades) tremulando ao vento. A “boca” mais larga aponta para a direção de onde vem o vento.
formado por uma haste vertical, dela sai quatro hastes horizontais com uma estrutura em forma de concha na ponta de cada um.
O anemômetro gira quando o ar em movimento bate nas suas conchas.A frequência de seu giro permite medir a velocidade do vento.

Alguns ventos sopram durante praticamente todo o tempo em certas regiões da Terra. Esses ventos são importantes, pois são úteis à navegação à vela praticada nos oceanos. Eles também possuem uma acentuada importância na formação das correntes marítimas de superfície e nas características do clima de uma região.

Os ventos costumam ser chamados por diversos nomes — brisa, ventania, tempestade etcétera —, dependendo de sua velocidade. Quanto mais velozes eles são, maiores estragos podem causar. A velocidade de um vento é a velocidade com que o ar se move em relação à superfície da Terra, e é expressa geralmente em quilômetros por hora (cá ême barra agá).

Fotografia. Imagem de um satélite mostrando a superfície da Terra. Um rodamoinho de nuvens está se formando na superfície terrestre.
Furacão , cujos ventos atingiram 215 quilômetros por hora. A foto foi tirada em agosto de 2020 pelo astronauta Cris Quéssidi, a bordo da Estação Espacial Internacional (), e divulgada pela Agência Espacial Estadunidense (Náza). A imagem foi obtida quando o centro do furacão estava sôbre o litoral oeste do México, banhado pelo Oceano Pacífico.
Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Esta página da internet mostra em tempo real a cobertura de nuvens na Terra, os ventos, a pressão atmosférica e outras informações: https://oeds.link/isy6Rw. Acesso em: 16 maio 2022.

Procure sua região e explore as diversas opções do menu.

Respostas e comentários

Item 6

Em Física, quando falamos que um corpo está em movimento, precisamos sempre especificar “movimento em relação a quê”. Em outras palavras, é necessário explicitar o referencial em relação ao qual se analisa o movimento.

No caso do vento, não é diferente. Vento é ar em movimento em relação à superfície da Terra (veja o segundo parágrafo do item 6).

Esteja atento a dúvidas de estudantes que questionem o que significa “se mover em relação a”. Você pode apresentar exemplos simples co­mo: uma pessoa está em um automóvel que se move em relação a uma estrada. Para um observador que também está dentro do veículo, a pessoa está em repôuso, mas, para um observador posicionado no solo, ela está em movimento.

Para reforçar a importância de um referencial na definição do movimento de um corpo, amplie a discussão e proponha aos estudantes a questão: Imagine que duas meninas estejam em um parque. A menina A está andando de esqueite, e a menina B está sentada em um banco. Analise as afirmações a seguir.

um A menina A está em repôuso em relação ao esqueite e em movimento relação à menina B.

dois A menina B está em movimento em relação ao esqueite e em relação a A.

três Em relação ao Sol, A e B estão em movimento.

Quais estão corretas? Justifique oralmente sua resposta.

A meta é que os estudantes concluam que as três afirmações são corretas. Para auxiliá-los a elaborar suas justificativas, se necessário, explique que “se mover em relação a um referencial” significa “ter sua distância a esse referencial (isto é, sua posição no espaço em relação a esse referencial) modificada com o passar do tempo”.

Assim, na consideração apresentada, temos:

um Correta. Em relação ao esqueite, a menina A encontra-se em repôuso, pois sua distância em relação ao brinquedo não se altera com o passar do tempo. Já em relação à menina B, a posição de A muda; então, A está em movimento em relação a B.

dois Correta. Em relação ao esqueite e à menina A, a distância da menina B se altera com o passar do tempo. Então, B está em movimento em relação ao esqueite e em relação a A.

três Correta. Como a Terra está em constante movimento em relação ao Sol (isto é, tem sua posição no espaço alterada em relação a essa estrela), tudo aquilo que está na superfície da Terra também está em movimento em relação ao Sol.

Esse tipo de atividade possibilita aos estudantes desenvolver as capacidades de inferir e de argumentar em textos orais.

Use a internet

A página recomendada contém um mapa do Brasil (e de outros locais do mundo) com indicações animadas da direção e da intensidade dos ventos.

As teclas “+” e “” permitem, respectivamente, aumentar ou diminuir a ampliação do mapa. Clicando e arrastando pode-se mover o mapa para que outras regiões sejam visualizadas.

No lado direito da tela, existe um menu icônico que possibilita alternar para outras variáveis meteorológicas.

Por padrão, ao entrar na página, estará acionado o ícone que representa o vento. Ao clicar no ícone de termômetro, as regiões do mapa passam a apresentar colorações diferentes, que indicam a temperatura no momento. O ícone de nuvens permite apresentar a nebulosidade nas diferentes regiões. Já o ícone de ondas, quando acionado, mostra a animação da movimentação das correntes marítimas de superfície nos oceanos.

Sugira aos estudantes que explorem a página trocando as variáveis mostradas, por meio dos ícones. Aproveite os dados do dia para debater com eles como estão as condições do tempo para a região em que moram.

EM DESTAQUE

A velocidade dos ventos e suas consequências

Ilustração. Uma fábrica com a fachada amarela e duas chaminés na parte superior. Das chaminés sai uma fumaça branca que sobe verticalmente.
0 quilômetro por hora a 1 quilômetro por hora Calmaria. A fumaça sobe verticalmente das chaminés.
Ilustração. Uma fábrica com a fachada amarela e duas chaminés na parte superior. Das chaminés sai uma fumaça branca que está virada para a direita.
2 quilômetros por hora a 6 quilômetros por hora A fumaça mostra a direção do vento.
Ilustração. Uma árvore com algumas folhas soltas ao vento. Ao redor, linhas espirais indicam o vento.
7 quilômetros por hora a 11 quilômetros por hora O vento é sentido na face, e as folhas das árvores balançam.
Ilustração. Bandeira do Brasil presa em um mastro. Ao redor, linhas espirais indicam o vento e a bandeira está trêmula.
12 quilômetros por hora a 19 quilômetros por hora O vento consegue estender uma bandeira hasteada.
Ilustração. Destaque para os pés de uma pessoa de pé na grama, com tênis vermelho, na frente há papéis voando. Ao redor, linhas espirais indicam o vento.
20 quilômetros por hora a 29 quilômetros por hora Um pedaço de papel é levado pelo vento.
Ilustração. Duas árvores com a copa inclinada para a direita. Ao redor, linhas espirais longas indicam o vento forte.
30 quilômetros por hora a 39 quilômetros por hora As árvores menores balançam.
Ilustração. Casas, postes de iluminação, fios embarrigados nos postes e um carro amarelo na rua. Ao redor, linhas espirais longas indicam o vento forte.
40 quilômetros por hora a 50 quilômetros por hora O vento consegue balançar os cabos telefônicos.
Ilustração. Uma árvore com a copa inclinada para a direita. Ao redor, linhas espirais longas indicam o vento forte
51 quilômetros por hora a 61 quilômetros por hora As árvores maiores balançam um pouco.
Ilustração. Copa de uma árvore com um dos galhos quebrado. Ao redor, linhas espirais longas indicam o vento forte.
62 quilômetros por hora a 74 quilômetros por hora Alguns galhos menores das árvores são quebrados.
Ilustração. Casa com telhas saindo do telhado. Ao redor, linhas espirais longas indicam o vento forte.
75 quilômetros por hora a 87 quilômetros por hora Alguns galhos maiores das árvores são quebrados. Casas são destelhadas.
Ilustração. Uma árvore quebrada, com a copa sendo lançada para a direita. Ao redor, linhas espirais longas indicam o vento forte.
88 quilômetros por hora a 101 quilômetros por hora Os troncos das árvores são quebrados. Algumas são arrancadas.
Ilustração. Duas casas com telhados destelhados, na frente postes de luz quebrados, uma árvore derrubada e um carro amarelo tombado na rua.
102 quilômetros por hora ou mais Estragos generalizados. Catástrofe.

Fonte: Esquema elaborado a partir de dados de Érens, C. D. Meteorology today: an introduction to weather, climate, and the environment. nona edição Belmont: Brooks/Cole, 2009. página A-7.

Respostas e comentários

Em destaque

Para conhecimento do docente, há outra unidade para expressar a velocidade dos ventos, além de quilômetro por hora.

Trata-se do , que é mais antiga e tende ao desuso. Um vento de 1  tem velocidade de 1,85 quilômetro por hora, um vento de 2 nós tem o dobro dessa velocidade, e assim por diante.

Atividades

Ao final do item 6, proponha os exercícios 11 a 14 do Use o que aprendeu.

7. Ciclone, furacão, tufão e tornado

Qual é a diferença entre ciclone, furacão, tufão e tornado?

Ciclone é uma espécie de grande “rodamoinho” de ar que acontece em certos locais em virtude de diferenças de pressão atmosférica entre o Equador e os polos. Os ciclones possuem uma extensão de dezenas de quilômetros, com ventos que podem chegar aos 300 quilômetros por hora.

Os ciclones que ocorrem no Oceano Atlântico e também na parte leste do Pacífico (próximo à América) são denominados furacões. Os ciclones que ocorrem na parte oeste do Pacífico são denominados tufões. Assim, ciclone, furacão e tufão são nomes para fenômenos equivalentes, mas que acontecem em locais diferentes.

Já os tornados são colunas de ar em rápida rotação que parecem estar penduradas em nuvens. Eles se parecem com nuvens em fórma de tubo ou funil e têm poucos metros de extensão. São, portanto, muito menores — em tamanho, não em poder destrutivo — do que os furacões e os tufões. Os ventos mais velozes da Terra ocorrem nos tornados, podendo ultrapassar 500 quilômetros por hora. Esse é um valor estimado, já que instrumentos meteorológicos não resistem aos tornados mais velozes.

Por onde passa, um tornado “suga” o que encontra pelo caminho e leva consigo. Depois de se mover por muitos quilômetros, perde sua fôrça e se dissipa. Nesse momento, começam a despencar no chão, além de água, também galhos, sapos, pedaços de cêrca, pedras etcétera

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

“Ciclone” vem do grego , que significa roda.

“Furacão” vem do taino , grande vento. O taino era a língua falada pelos tainos, extinto povo indígena das Antilhas.

“Tufão” vem do árabe , inundação, dilúvio, cataclismo.

“Tornado” vem do espanhol , trovoada.

Fotografia. Um deque de concreto na beira do mar. Ao lado do deque, entulho, árvores derrubadas e construções destruídas. No mar, embarcação virada.
Devido à sua extensão de vários quilômetros, a destruição causada por tufões e furacões é generalizada. Foto tirada nas Ilhas Virgens Americanas, território estadunidense localizado no Caribe, após a passagem do furacão Irma, em 2017. O Brasil não é assolado comumente por esse tipo de catástrofe. Houve, contudo, um caso relevante de ciclone que deixou mais de 30 mil pessoas desabrigadas em Santa Catarina, no ano de 2004. O fenômeno ficou conhecido na imprensa como “Furacão Catarina”.
Fotografia. Casa com o telhado envergado e com telhas faltando. Casa vizinha com o telhado intacto.
Como um tornado normalmente tem poucos metros de extensão, ele pode danificar algumas edificações, enquanto outras, próximas, parecem estar intactas, como se vê nessa foto tirada no Alabama, Estados Unidos da América, em 2021. Embora tornados não sejam comuns no território brasileiro, alguns fenômenos com certa similaridade já ocorreram, por exemplo, em Xanxerê, Santa Catarina, em 2015, e em Recife, Pernambuco, em 2016, deixando considerável rastro de destruição.
Respostas e comentários

Item 7

Trabalhe o texto dêsse item propondo à turma uma sala de aula invertida, uma metodologia ativa que promove maior interêsse no conteúdo e mais participação dos estudantes.

Inicie a aula pedindo aos estudantes que, individualmente, façam a leitura de todo o texto relativo ao item 7. Em seguida, convide alguns deles a explanar para a turma o que entenderam sôbre o texto lido. Oriente o restante da turma a se portar respeitosamente e prestar atenção às explicações dos colegas.

Ao final, reserve um tempo da aula para esclarecimento de eventuais dúvidas.

8. As correntes marítimas

Você já se perguntou o que fórma as ondas do mar?

São os ventos. A passagem contínua dos ventos sôbre os oceanos não produz apenas ondas, mas também contribui para a movimentação da água do mar. O deslocamento de porções de água do mar é denominado corrente marítima.

Vários fatores provocam a formação das correntes marítimas e influenciam sua movimentação. Entre eles estão o vento, a diferença de temperatura entre diferentes partes do oceano, o contorno do litoral dos continentes e a rotação do planeta Terra.

O vento é um fator fundamental na formação das correntes marítimas na superfície dos oceanos.

Ilustração. Menina negra de cabelo cacheado com um arco laranja e camiseta roxa. Ela assopra com um canudinho a superfície de um recipiente retangular com água.
Assoprando com o tubo de uma caneta (sem a carga e sem as tampas), o movimento do ar sôbre a água faz com que ela também se mova. É uma comparação para explicar que os ventos influenciam as correntes marítimas.
Fotografia. Um veleiro com a vela vermelha içada.
O vento movimenta os veleiros e também produz as correntes marítimas de superfície. (Embarcação em Ubatuba, São Paulo, 2020.)

Principais correntes marítimas de superfície

Mapa. Principais correntes marítimas de superfície. Mapa múndi com setas representando as correntes. Correntes quentes: Corrente Norte Equatorial, Corrente Sul Equatorial, Corrente do Pacífico Sul, Corrente do Atlântico Norte, Corrente do Golfo, Corrente das Guianas, Corrente Sul Equatorial, Corrente do Brasil, Corrente das Monções, Corrente de Madagascar, Corrente Sul Equatorial, Corrente do Japão, Corrente Norte Equatorial, Corrente Australiana. Correntes frias: Corrente da Califórnia, Corrente do Peru, Corrente das Falkland, Corrente do Atlântico Sul, Corrente de Banguela, Corrente das Canárias, Corrente Antártica, Corrente Oyashio, Corrente do Labrador, Corrente da Groenlândia.

Fonte: FERREIRA, G. M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quarta edição São Paulo: Moderna, 2013. página 26.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

brisa marítima

brisa terrestre

cata-vento

biruta

anemômetro

corrente marítima

Respostas e comentários

Item 8

Para mostrar que o movimento das massas de ar influencia a direção das correntes marítimas de superfície, leve para a sala de aula uma tigela com água e um tubo de caneta esferográfica (sem as tampas e sem a carga) para fazer uma demonstração.

Assopre por dentro do tubo a superfície da água, sem tocar nela. É possível perceber como a água se moverá na direção do ar que sai do tubo (como ilustrado no livro do estudante).

Também ao abordar esse item, para melhor compreensão do mapa que mostra as principais correntes marítimas de superfície, providencie um exemplar grande, fixe-o na lousa e mostre-o aos estudantes. Caso não consiga um mapa como esse, use um mapa-múndi para a explicação, relacionando-o à imagem do livro do estudante.

Amplie o vocabulário!

Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • brisa marítima Movimentação de ar, do mar para a praia, durante o dia.
  • brisa terrestre Movimentação de ar, da praia para o mar, a partir do final da tarde.
  • cata-vento Instrumento formado por haste e lâmina, de livre rotação, que indica a direção do vento.
  • biruta Instrumento (similar a um saco cônico aberto nas duas extremidades) que, tremulando ao vento, indica a direção da qual ele sopra.
  • anemômetro Instrumento cu­ja frequência de rotação, pro­vocada pelo vento, permite determinar a velocidade com que ele sopra.
  • corrente marítima Deslocamento de porções de água do mar. As correntes marítimas na superfície dos oceanos se devem principalmente aos ventos.

EM DESTAQUE

El Niño e La Niña

O que é El Niño

El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento em nível mundial, e afetando, assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.”

O que é La Niña

La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao El Niño, e que caracteriza-se por um esfria­mento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Niña.”

Fonte: EL NIÑO e La Niña. ci pi /ínpi. Disponível em: https://oeds.link/bObcTC. Acesso em: 19 abril 2022.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

A página do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, fornece o monitoramento e a previsão referente aos efeitos de El Niño e de La Niña. Acesse-a em:

https://oeds.link/bObcTC. Acesso em: 19 a 2022.

Em particular, veja as animações referentes a esses fenômenos clicando no linque Animações. Caso o enderêço tenha mudado, busque por ci pi El ninho.

9. Tempo e clima

O boletim meteorológico ou boletim do tempo mostrado a seguir é parecido com os que são vistos diariamente nos jornais. Ele nos informa, por meio de desenhos e números, como deverá ser o tempo naquele dia. O significado dos desenhos aparece na legenda. Os números dizem quais serão a temperatura máxima e a mínima registradas durante aquele dia.

Exemplo de boletim do tempo

Mapa. Exemplo de boletim do tempo. Mapa do Brasil dividido em estados, em cada capital tem temperatura máxima, temperatura mínima e previsão das condições do tempo. Boa vista. Máxima: 32. Mínima: 24. Pancadas de chuva. Macapá. Máxima: 34. Mínima: 24. Pancadas de chuva. Manaus. Máxima: 34. Mínima: 24. Nublado. Rio Branco. Máxima: 28. Mínima: 21. Parcialmente nublado. Porto Velho. Máxima: 34. Mínima: 21. Parcialmente nublado. Belém. Máxima: 32. Mínima: 22. Parcialmente nublado. São Luís. Máxima: 32. Mínima: 24. Parcialmente nublado. Palmas. Máxima: 38. Mínima: 16. Parcialmente nublado. Teresina. Máxima: 35. Mínima: 20. Parcialmente nublado. Fortaleza. Máxima: 31. Mínima: 22. Chuva fraca. Natal. Máxima: 29. Mínima: 20. Chuva fraca. João Pessoa. Máxima: 20. Mínima: 29. Chuva fraca. Recife. Máxima: 28. Mínima: 20. Chuva fraca. Maceió. Máxima: 27. Mínima: 21. Parcialmente nublado. Salvador. Máxima: 28. Mínima: 21. Chuva fraca. Cuiabá. Máxima: 36. Mínima: 21. Céu claro. Goiânia. Máxima: 33. Mínima: 17. Céu claro. Brasília. Máxima: 29. Mínima: 13. Céu claro. Belo Horizonte. Máxima: 28. Mínima: 13. Céu claro. Vitória. Máxima: 32. Mínima: 20. Parcialmente nublado. Campo Grande. Máxima: 18. Mínima: 12. Pancadas de chuva. São Paulo. Máxima: 16. Mínima: 9. Chuva fraca. Curitiba. Máxima: 12. Mínima: 8. Pancadas de chuva. Florianópolis. Máxima: 16. Mínima: 12. Pancadas de chuva. Porto Alegre. Máxima: 13. Mínima: 6. Parcialmente nublado.

Fonte: Mapa elaborado a partir de exemplos de previsão para as capitais coletados do portal do Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em: https://oeds.link/oQNqRL. Acesso em: 2 abril 2022.

Respostas e comentários

Atividades

Após o texto Em destaque, o momento é apropriado para os estudantes trabalharem as atividades 14 e 15 do Explore diferentes linguagens.

Item 9

Para enfatizar a diferença entre tempo e clima, depois da discussão do conteúdo do item, proponha aos estudantes a atividade a seguir.

Analise as seguintes frases:

um Hoje será um dia quente em Goiânia. No Paraná, as temperaturas serão baixas.

dois A temperatura média mundial tem aumentado gradualmente. Essa constatação preocupa os cientistas.

três Nesta estação do ano, costuma chover muito em Salvador. É melhor sair levando um guarda-chuva.

quatro No telejornal, foi dito que Belém terá uma semana chuvosa.

Quais fazem referência ao tempo e quais fazem referência ao clima?

Essa atividade permite aos estudantes desenvolver a capacidade de argumentar em textos orais. A expectativa é de que eles concluam que um e quatro fazem referência ao tempo e que dois e três fazem referência ao clima.

Para justificar, os estudantes devem considerar a diferença entre os conceitos de tempo e clima: o tempo é o conjunto de condições da atmosfera de certo lugar e em um determinado momento (um curto período); já o clima refere-se às condições da atmosfera que costumam se repetir, em um certo lugar, durante anos.

Assim, as frases um e quatro estão relacionadas ao tempo, pois se referem a fenômenos meteorológicos momentâneos (um dia e uma semana, respectivamente). Já as frases dois e três estão relacionadas ao clima, pois citam fenômenos relacionados a períodos longos e que envolvem relativa regularidade.

Em dias ensolarados, a temperatura máxima costuma acontecer por volta das duas ou 3 da tarde. Em dias nublados, ela não varia muito ao longo do dia. A mínima geralmente ocorre entre 5 e 6 da manhã. Observando o boletim mostrado, vemos, por exemplo, que a previsão para a cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, é dada pelo desenho. Isso significa, de acôrdo com a legenda, que será um dia com céu claro, no qual a temperatura mínima deverá ser 13 graus Celsius, e a máxima, 28 graus Celsius.

Tempo não é a mesma coisa que clima.

Tempo é o conjunto de condições da atmosfera de um certo lugar e num certo momento. Assim, podemos falar em tempo sêco ou tempo chuvoso, ensolarado ou nublado, frio ou quente, e assim por diante.

Os boletins meteorológicos, como o que você acabou de ver, fornecem a previsão do tempo, e não do clima.

A palavra clima é usada para se referir às condições da atmosfera que costumam se repetir, em um certo lugar, durante anos. O clima de uma região é determinado pelos padrões observados de temperatura máxima, temperatura mínima, quantidade de chuvas, ventos, umidade do ar, neblina, tipos de nuvem e eventual ocorrência de tempestades e ciclones.

Na Bahia, por exemplo, o clima é mais quente que em Santa Catarina, ou seja, a temperatura na Bahia é, em geral, maior que em Santa Catarina. Em Brasília (Distrito Federal), o clima é mais sêco que em Natal (Rio Grande do Norte). Isso significa que, em Brasília, o ar costuma ser mais sêco que em Natal.

Ilustração. Um sol. Abaixo, faixa com as temperaturas: 13 graus Celsius e 28 graus Celsius.
Previsão para Belo Horizonte no Exemplo de boletim do tempo.
Fotografia. Homem de bermuda azul e sem camisa deitado em uma espreguiçadeira. Ele segura um celular na mão. Na tela, imagem de um sol entre nuvens e a temperatura: 27 graus Celsius.
Muitos aplicativos gratuitos para telefone celular fornecem a previsão do tempo. Além disso, uma busca na internet possibilita rapidamente encontrar fontes confiáveis que disponibilizam a previsão do tempo.

10. O movimento das massas de ar

As grandes porções da atmosfera do planeta Terra que apresentam características semelhantes de umidade e de temperatura são denominadas massas de ar.

Os deslocamentos das massas de ar pelo planeta fazem com que o tempo em uma região sofra mudanças. São elas que tornam os dias mais secos ou mais úmidos. Elas originam os dias mais quentes ou mais frios.

Uma massa de ar que venha de uma região quente produzirá dias mais quentes. Uma outra que venha do Polo Sul trará, certamente, dias mais frios.

O que faz as massas de ar se movimentarem? A resposta está relacionada à pressão do ar. Nem todos os locais da superfície da Terra apresentam exatamente a mesma pressão atmosférica. Há locais com a pressão um pouco maior e outros onde ela é menor. As massas de ar se movimentam das regiões onde a pressão é maior para outras onde ela é ­menor.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

tempo

clima

massa de ar

Respostas e comentários

Item 10

Ao trabalhar o movimento das massas de ar, aproveite a exploração realizada pelos estudantes no sáite recomendado no boxe Use a internet do item 6. Na atividade, eles podem perceber o dinamismo da atmosfera mediante a observação da animação dos movi­mentos atmosféricos. A compreensão da movimentação de grandes porções da atmosfera possibilitará o entendimento dos itens subsequentes dêste capítulo.

Amplie o vocabulário!

Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • tempo (no sentido meteo­rológico) Condições de temperatura, nebulosidade, precipitação atmosférica, umidade do ar e vento que vigoram, em um certo momento, em uma localidade.
  • clima Condições de temperatura, nebulosidade, precipitação atmosférica, umidade do ar e vento que são mais ou menos repetitivas, ao longo dos anos, em uma localidade.
  • massa de ar Grande porção da atmosfera com aproximadamente a mesma temperatura e a mesma umidade em suas partes.

Sugestão de atividade

Se considerar conveniente, sugira o seguinte tema para discussão: “Qual é a importância da previsão do tempo para as atividades típicas da nossa região (comunidade, município, estado)?”. Esse tema permite explorar a realidade local da comunidade e da região (efeitos da geada ou da seca sôbre a agricultura, efeitos das enchentes nas grandes regiões urbanas etcétera).

Atividades

Ao final do item 10, são ade­quados os exercícios 15 a 18 do Use o que aprendeu e as atividades 16 a 18 do Explore diferentes linguagens.

Esquema. Área gramada com árvores. Do lado esquerdo, massa de ar azul, representando a parte frontal da massa de ar frio. Setas para a direita indicam o avanço da massa de ar frio. Do lado direito, massa de ar em vermelho representando a massa de ar quente, com setas inclinadas para cima. Com a chegada da frente fria, o ar quente sobe.
Esquema de uma massa de ar frio se movimentando em direção a um local em que existe uma massa de ar quente. Dizemos que está havendo a chegada de uma frente fria. (Cores fantasiosas.)

Fonte: Érens, C. D.; Henson, R. Meteorology today. décima segunda edição Boston: Cengage, 2019. página 308.

O clima de uma região depende de muitos fatores. Alguns são:

  • a que distância essa região está do oceano;
  • correntes marítimas que passam pela região;
  • se a área é montanhosa ou plana;
  • altitude, isto é, altura em relação ao nível do mar;
  • duração do período diurno ao longo do ano; e
  • massas de ar que costumam passar pela região.
Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Cada equipe será incumbida pelo professor de pesquisar o clima de algumas regiões do país e/ou do mundo, o que inclui suas principais características (de temperatura, regime de chuvas, umidade do ar, ventos etcétera).

Expliquem como essas características são influenciadas pela circulação atmosférica, pelas correntes oceânicas, pela variação de incidência de luz solar ao longo do ano e pelos demais fatores mencionados ao final do item 10.

11. A previsão do tempo

É no encontro de massas de ar que ocorrem algumas súbitas mudanças de tempo.

Imagine que uma massa de ar quente está sôbre certa região do Brasil. Uma massa de ar frio que vem do Polo Sul se move em direção a ela. Os estudiosos do tempo, chamados meteorologistas, sabem que, no encontro dessas duas massas, ocorrem chuvas. A seguir, deve haver uma temporada de frio na região.

A Meteorologia é a atividade científica que tem por objetivo o estudo da atmosfera e dos fenômenos que nela ocorrem. Isso inclui o acompanhamento do movimento das massas de ar.

Quando um meteorologista acompanha o movimento das massas de ar, é possível saber de onde elas vêm e a velocidade com que se movimentam. Também é possível prever o destino dessas massas de ar, quando chegarão e, principalmente, quais serão seus efeitos.

Tal acompanhamento é feito com o auxílio de diversos tipos de instrumento, tais como o barômetro, o anemômetro, o cata-vento, a biruta, o pluviômetro e os satélites meteorológicos. Compu­tadores e uma moderna rede de comunicação também fazem parte do dia a dia do meteorologista.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Quais são as principais grandezas que devem ser medidas para que os meteorologistas realizem a previsão do tempo?

Busque na internet o valor dessas grandezas, em um mesmo dia, para sua localidade e para alguma outra cidade brasileira bem distante da sua, escolhida por você. Os valores coincidem? Quais as possíveis razões para isso?

Ícone. Grupo com três pessoas.

ATIVIDADE

Trabalho em equipe

A critério do professor, pode-se fazer uma visita guiada a um centro de processamento de dados meteorológicos ou à Defesa Civil.

O professor orientará previamente as equipes sôbre como proceder (antes, durante e depois).

Para uma atividade segura e proveitosa, siga as recomendações!

Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

ê éfe zero oito cê ih um quatro

“Relacionar climas regionais aos padrões de circulação atmosférica e oceânica e ao aquecimento desigual causado pela fórma e pelos movimentos da Terra.”

Em função do que já foi trabalhado até o item 10, inclusive, os estudantes têm condições de realizar a proposta do boxe Tema para pesquisa. Incumba cada equipe de uma ou mais localidades brasileiras que representem os principais climas.

No caso do Brasil, uma classificação bastante usada é:

  • Equatorial Úmido, predominante na Amazônia, com temperaturas elevadas, baixa amplitude térmica (diferença entre a máxima e a mínima diárias) e chuvas abundantes bem distribuídas no ano.
  • Tropical, prevalente nas regiões centrais do Brasil. Tem duas estações bem diferenciadas: verões quentes e chuvosos e invernos secos.
  • Litorâneo Úmido, típico dos litorais Nordeste e Sudeste. As temperaturas são elevadas e há uma estação mais chuvosa, que é o verão (no Sudeste) ou o inverno (no Nordeste).
  • Tropical de Altitude, característico de regiões elevadas (serras) do Sudeste. As temperaturas são amenas, e as chuvas são concentradas no verão.
  • Subtropical, que prevalece na Região Sul e tem a maior amplitude térmica do país. As chuvas são razoavelmen­te distribuídas ao longo de todo o ano.

Cada um dêsses climas costuma ser dominado por um ou dois tipos principais de massas de ar e, no caso daqueles que ocorrem próximos do litoral, também pela influência da corrente marítima local.

A atividade possibilita aos estudantes explorar diversas possibilidades, em função das localidades que você sugerir a eles.

Não se preocupe em esgotar o tema. O principal é que percebam que os climas regionais dependem da circulação atmosférica e oceâ­nica e do aquecimento desigual em função da insolação variável ao longo do ano.

Quanto a esse último aspecto, o desenvolvimento da habilidade continua no capítulo 11 (item 4).

Considerando os climas do mundo todo, é muito utilizada a classificação proposta, no início do século vinte, por Vladimir (1846-1940), e posteriormente aprimorada. Nela, os climas se dividem em 5 grupos principais: Tropical Úmido, Árido, Temperado Quente (ou Subtropical), Temperado Frio (ou Continental) e Glacial. Por meio de uma busca na internet usando as palavras-chave Classificação climática de (ou gaiguer), você poderá encontrar as diversas subdivisões utilizadas nesse sistema. Mediante uma busca de imagens com as mesmas palavras-chave, é possível encontrar mapas indicativos dêsses climas no mundo.

Item 11

Nesse item, conceitue Meteorologia e analise com os estudantes a esquematização Tecnologia utilizada na previsão do tempo. A seguir, proponha a eles que realizem a atividade do Use a internet, que possibilita a retomada de conceitos formados em anos anteriores, como temperatura, pressão atmosférica e umidade no ar. A atividade possibilita uma conexão com o Tema para pesquisa do item 10, pois os estudantes podem acessar os valores dessas grandezas para as localidades que você delegou a cada equipe naquela atividade.

tê cê tê Ciência e Tecnologia

O tê cê tê Ciência e Tecnologia comparece novamente neste capítulo na esquematização Tecnologia utilizada na previsão do tempo, reforçado pela atividade do Use a internet.

De ôlho na Bê êne cê cê!

ê éfe zero oito cê ih um cinco

“Identificar as principais va­riá­veis envolvidas na previsão do tempo e simular situa­ções nas quais elas possam ser medidas.”

O estudo dêste capítulo, até o item 11 (alicerçado em conceitos formados nos dois anos anteriores, tais como ar atmosférico, sua com­po­sição, pressão atmosférica e presença de umidade no ar), possibilita que os estudantes tenham condições de listar as principais grandezas que devem ser medidas para que os meteorologistas possam elaborar a previsão do tempo.

Entre elas, podemos citar: pressão, temperatura, umidade do ar, velocidade e direção do vento, posição das nuvens, horário do nascente e do poente, temperatura ao longo do dia e amplitude térmica, que é a diferença entre a temperatura máxima e a mínima.

O boxe Use a internet solicita aos estudantes que relacionem essas grandezas e, além disso, cria uma situação em que eles devem fazer o levantamento dessas variáveis (via internet) referentes a um mesmo dia, mas para duas localidades bem distintas (simulando uma situação em que medidas são feitas por estações meteorológicas e enviadas para interpretação). O valor de todas as grandezas não será coincidente (embora algumas possam coincidir), o que está vinculado às peculiaridades de cada região e já pôde ser percebido, conceitual­mente, no desenvolvimen­to da habilidade ê éfe zero oito cê ih um quatro.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: ciência e tecnologia.

Tecnologia utilizada na previsão do tempo

Infográfico. Desenho de um anemômetro. Texto: Estações automáticas. São equipamentos automáticos que medem e transmitem dados de pressão, temperatura, umidade e direção e velocidade do vento. Seta saindo desse desenho e indo para um computador, na parte inferior da página. Desenho de um balão com um dispositivo pendurado por uma corda. Texto: Balões meteorológicos. São balões-sonda inflados com gás hélio acoplados a equipamentos que medem e transmitem dados de pressão, umidade, direção e velocidade do vento e temperatura. Seta saindo desse desenho e indo para um computador, na parte inferior da página. Desenho de uma antena parabólica. Texto: Radares meteorológicos. Emitem ondas de rádio que, refletidas nas nuvens, indicam a localização delas. Seta saindo desse desenho e indo para um computador, na parte inferior da página. Desenho de um satélite com antenas. Texto: Satélites meteorológicos. Obtêm e transmitem fotografi­as que permitem monitorar o deslocamento de frentes frias e as grandes formações de nuvens. Seta saindo desse desenho e indo para um computador, na parte inferior da página. Desenho de um avião e ao lado, desenho de um navio. Texto: Aviões e navios. Os instrumentos dos aviões obtêm e transmitem informações sobre temperatura e direção do vento. Navios e aeroportos têm estações meteorológicas. Seta saindo desses desenhos e indo para um computador, na parte inferior da página. Desenho de um computador com um mouse e teclado na frente. Na tela, mapa do Brasil com a previsão do tempo nos diferentes estados. Texto: Processamento digital. Os dados chegam aos centros de previsão por meios como satélite e internet. Computadores com alta capacidade de processamento utilizam esses dados para fazer previsões, que são traduzidas em mapas que contêm essas informações. Ao lado, imagem do mapa ampliado. Mapa do Brasil dividido em estados, em cada capital tem temperatura máxima, temperatura mínima e previsão das condições do tempo. Texto: A previsão do tempo é feita a partir de muitas fontes de informação e com o uso de modernos computadores.

Fonte: Esquema elaborado a partir de Lutguens, F. K.; Tarbãck, E. J. The atmosphere: an introduction to Meteorology. décima terceira edição Roboquem: pírson, 2016. página 22, 147, 180, 293, 315, 327, 339.

Fonte: Mapa elaborado a partir de exemplos de previsão para as capitais coletados do portal do Instituto Nacional de Meteorologia. em 2 abr. 2022. Disponível em: https://portal.inmet.gov.br/ (na aba Previsão de Tempo). Acesso em: 2 abr. 2022.

Respostas e comentários

Visita guiada

O Trabalho em equipe propõe a visita guiada a um centro de processamento de dados meteorológicos ou à Defesa Civil. Estruture a atividade conforme recomendado no texto Visitas guiadas, da parte inicial dêste Manual do professor, considerando as três grandes etapas do procedimento lá explicadas.

Em função de um contato prévio, prepare a lista de objetivos da visita e discuta-a com os estudantes.

Perguntas que podem ser propostas, no caso da visita a um centro de processamento de dados meteorológicos: De onde provêm os dados utilizados? Como são coletados? Como são processados? Quais as tecnologias mais recentes utilizadas? Qual é a formação de quem trabalha no local? Qual é a relevância social das previsões realizadas?

Perguntas que podem ser propostas, no caso de visita à Defesa Civil, são: Qual é a finalidade dessa instituição para o bem-estar da sociedade? Quem a mantém? Qual a abrangência geográfica de sua atuação? Que tipos de profissional trabalham nela? Qual é a importância da previsão do tempo sôbre as atividades dêsse órgão?

Caso não seja possível visitar nenhuma dessas duas instituições, uma opção é uma empresa de jornalismo (por tevê, jornal ou internet) em que haja um departamento encarregado de elaborar a previsão do tempo.

Após a visita e a coleta de dados, combine com os estudantes como as equipes deverão entregar os resultados. Estabeleça uma data e explique a fórma de apresentação. (Pôster? Cartaz digital? Relatório escrito? Produção de um vídeo ou áudio para podcast? Postagem no blog? Apresentação em sala usando Tê dê i cês?) Explique com clareza que aspectos são esperados, como os estudantes serão avaliados e esclareça as dúvidas.

EM DESTAQUE

Quantos milímetros choveu neste mês?

Os meteorologistas expressam a quantidade de chuva que caiu sôbre um local por meio do índice pluviométrico, em milímetros (ême ême). São comuns frases como “no mês de dezembro, foram registrados 300 milímetros de chuva em Recife e 62 milímetros no Rio de Janeiro”.

Como se mede o índice pluviométrico? Qual é o significado de tais medidas?

A medida é feita com um pluviômetro, aparelho que se assemelha a um funil que recolhe chuva que cai no local. A seguir é feita uma leitura da altura da coluna de água captada, numa escala em milímetros.

Os pluviômetros possuem uma escala de medida adequadamente projetada a fim de que a medida obtida tenha um significado prático.

Então o que quer dizer “choveu 10 milímetros”?

Significa que, se a água não escorresse, não infiltrasse no solo e não evaporasse, se formaria uma camada de água de 10 milímetros de altura sôbre o chão.

Esquema. Vidro com graduação: Escala em milímetros. Dentro, água da chuva coletada. Na parte superior, um funil amarelo: funil coletor de chuva.
Pluviômetro. (Esquema fóra de proporção.)

Elaborado com dados obtidos de: Lutguens, F. K.; Tarbãck, E. J. The atmosphere: an introduction to Meteorology. décima terceira edição Hoboken: Pearson, 2016.

12. A previsão do tempo e a atividade humana

Muitas atividades humanas dependem da previsão do tempo. Na aviação, por exemplo, é importantíssimo que se tenha certeza de que um voo não vai encontrar nuvens que possam produzir gelo. A formação de gelo sôbre as asas de um avião, além de aumentar seu pêso, faz com que ele perca o formato aerodinâmico que lhe permite voar. Isso seria desastroso.

Pessoas que viajam longas distâncias podem se valer da previsão do tempo para levar, em sua bagagem, roupas adequadas ao tempo que encontrarão no local de destino.

Outro exemplo é o da agricultura. Há, atualmente, métodos para evitar ou, pelo menos, diminuir o estrago provocado pelas geadas. Assim que a previsão do tempo informa que há possibilidade de geada, os agricultores podem entrar em ação e evitar prejuízos.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: meio ambiente.

13. Alterações climáticas provocadas pelo ser humano

Por muitos séculos, a nossa espécie vem alterando o ambiente em vários aspectos, sem avaliar as consequências que essas mudanças podem acarretar para a natureza, o equilíbrio ecológico e o próprio bem-estar humano. Desde a Revolução Industrial, por exemplo, o ser humano tem aumentado a quantidade de combustíveis fósseis queimados para diversos fins. Cresceu junto a liberação de gases estufa, o número de indústrias e de objetos produzidos.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

Meteorologia

previsão do tempo

índice pluviométrico

Respostas e comentários

Em destaque

Veja outra interpretação para o índice pluviométrico mais à frente, neste capítulo do Manual do professor.

Atividades

Após o item 11, trabalhe os exercícios 19 a 22 do Use o que aprendeu e a atividade 19 do Explore diferentes linguagens.

De ôlho na Bê êne cê cê!

A competência geral 6 tem o desenvolvimento favorecido pelo Trabalho em equipe, pois ele ajuda a valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao projeto de vida. Também é favorecida a competência geral 9, pois a atividade estimula a exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos, sem preconceitos de qualquer natureza. No caso de a apresentação envolver Tê dê i cês, oportuniza-se o desenvolvimento da habilidade ê éfe seis nove éle pê três oito, pois requer organizar dados e informações em slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, bem como as mídias e tecnologias que serão utilizadas.

Amplie o vocabulário!

Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • Meteorologia Ramo científico que estuda a atmosfera e os fenômenos que nela ocorrem.
  • previsão do tempo Suposição de como será o tempo, num certo dia e local, feita com base em informações coletadas e analisadas por meteorologistas.
  • índice pluviométrico Número que indica a quantidade de chuva que caiu em uma localidade, durante um período de tempo.

Itens 12 e 13

O desenvolvimento conceitual realizado neste capítulo possibilita a convergência para esses itens, cuja principal meta é desenvolver a habilidade ê éfe zero oito cê ih um seis, comentada a seguir.

A população humana também teve significativo crescimento. Por causa disso, a produção de alimentos aumentou, bem como a formação de diversos tipos de resíduos, nem sempre descartados ou reciclados de maneira correta. Vivemos em uma sociedade que estimula o consumo desenfreado de todo tipo de material, geralmente sem a devida reflexão sôbre a real necessidade dessas aquisições. Com essas ações, a espécie humana promove diversas mudanças ambientais, entre elas, alterações climáticas.

É praticamente consenso na comunidade científica que, se não agirmos imediatamente para combater os fatores que provocam essas alterações climáticas e restabelecer o equilíbrio ambiental, teremos consequências catastróficas em breve. Muitas delas, inclusive, já vêm ocorrendo nos últimos anos e podem se acentuar muito em um futuro próximo (analise o mapa conceitual a seguir). O zêlo pelo ambiente e a preocupação com as consequências das ações humanas sôbre o planeta Terra devem ser permanente interêsse e dever de todo ser humano.

Fluxograma. Queima de combustíveis fósseis, uso indiscriminado de fertilizantes e pesticidas, pecuária (liberação de metano), desmatamento, queimadas, consumo desenfreado, desvio do curso de rios são exemplos de atividades humanas que contribuem para alterações climáticas. Exemplos e consequências são: aumento da temperatura em determinadas regiões, redução da temperatura em algumas localidades, alteração do padrão de chuvas, enchentes, secas, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar. Alterações climáticas podem ser combatidas por iniciativas individuais e coletivas, tais como: redução da emissão de gases estufa, diminuição do desperdício de energia, substituição de fontes não renováveis de energia por fontes renováveis, combate ao consumo de bens desnecessários e eliminação da prática de queimadas e desmatamentos.
Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Que outras alterações climáticas (além das listadas) regionais e globais são provocadas por ações da humanidade?

Quais modificações do clima e suas consequências têm sido observadas ultimamente na nossa região?

Que outras iniciativas da população podem contribuir para restabelecer o equilíbrio ambiental e diminuir ou eliminar essas alterações?

Como cada um de nós pode ajudar, mudando atitudes individuais?

Respostas e comentários

tê cê tê Meio Ambiente

O item 13 retoma a oportunidade de trabalhar o tê cê tê Educação Ambiental, neste capítulo.

De ôlho na Bê êne cê cê!

ê éfe zero oito cê ih um seis

“Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana.”

O desenvolvimento das habilidades ê éfe zero sete cê ih zero cinco,ê éfe zero sete cê ih um dois e ê éfe zero sete cê ih um três da Bê êne cê cê no volume anterior propicia aos estudantes uma visão de fatores antrópicos (originados por atividades humanas) que afetam o clima, especialmente o desmatamento e o uso de combustíveis fósseis.

Neste ponto, após estudar clima e fatores que o condicionam, a expectativa é a de que, no boxe Para discussão em grupo, os estudantes enumerem exemplos (inclusive referentes à região em que vivem) de desmatamento, de outras alterações de ambientes naturais e de utilização de combustíveis fósseis.

Também é esperado que as sugestões de atuações indi­viduais e coletivas sejam no sentido de impedir o desmatamento, repor áreas desflorestadas, minimizar a utilização de combustíveis fósseis com a substituição por fontes renováveis de energia. Atitudes coletivas são importantes, mas é necessário também que os indivíduos não consumam produtos ou serviços que impliquem desmatamento nem aumento na demanda por combustíveis fósseis. Além disso, atitudes voltadas para a conservação de áreas verdes e sua ampliação fazem parte do conjunto de propostas que se espera ouvir dos estudantes nessa atividade.

O boxe Para discussão em grupo também contribui pa­ra o desenvolvimento da competência geral 10 e da competência específica 8.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Localidade apresenta tempo e clima. Tempo, isto é, condições momentâneas de chuva, temperatura, ventos, umidade. Tempo influenciado, por exemplo, pelas massas de ar, cujo movimento é acompanhado pelos meteorologistas que fazem a previsão do tempo, que influencia atividades humanas. Massas de ar têm propriedades que dependem, entre outros fatores, da temperatura, por exemplo, ar quente que tente a sofrer aumento de volume e tem facilidade para subir. Massas de ar têm propriedades que dependem, entre outros fatores, da temperatura, por exemplo, ar frio, que tende a sofrer diminuição de volume e tem facilidade para descer. Localidade apresenta clima, isto é, condições ao longo do tempo de chuva, temperatura, ventos e umidade. Localidade apresenta clima que influencia as atividades humanas.
Respostas e comentários

sôbre a equivalência de milímetros de chuva e litros de água

Quando dizemos que choveu x milímetros, estamos dizendo que, se a chuva fosse impedida de evaporar, de escorrer e de se infiltrar no solo, ela formaria uma camada de água com x milímetros de altura.

Ilustração. Uma área quadrada indicando: Área de 1 metro quadrado de solo. Nela há uma altura x de água: Camada de água da chuva, que não escoou, não se infiltrou nem evaporou.

Existe uma equivalência entre milímetros de chuva e litros de chuva por metro quadrado. Ao dizer que houve uma chuva de x milímetros, podemos afirmar que caíram x litros de chuva em cada metro quadrado de terreno. Vamos demonstrar.

Como 10 milímetros = 1 centímetro:

x milímetros = (x/10) centímetros

A área da base (um metro quadrado, ou seja, um quadrado com medida de 1 métro de lado; veja a ilustração), convertida em centímetro quadrado, vale:

1 métro quadrado = 1 métro · 1 métro

1 métro quadrado = 10² centímetros · 10² centímetros

1 métro quadrado = 10 centímetros quadrados

O volume (representemos por V) da camada de água é:

V = área da base · altura

V = 10 centímetros · (x/10) centímetros

V = x · 10³ centímetros cúbicos

Como 10³ centímetros cúbicos = 1 litro:

V = x litros

Então, além da interpretação apre­sentada no último parágrafo do texto Em destaque do item 11, existe outra, que é a seguinte: dizer que “choveu 10 milímetros” (nesse caso, x vale 10) equivale a dizer que “caíram 10 litros de água de chuva em cada metro quadrado de terreno”.

Ícone. Lâmpada.

Atividade

Use o que aprendeu

  1. Após rodar grande distância em um dia quente, um pneu desgastado tem maior possibilidade de estourar do que um pneu novo. Explique por quê.
  2. Em um dia quente você usa um desodorante, fecha e guarda a embalagem plástica no armário. Alguns dias depois, num dia frio, você abre o armário e tem uma surpresa ao ver o frasco deformado, como na foto. Qual explicação você daria para esse fato?
Fotografia. Duas embalagens de desodorante aerossol verde com a tampa preta. A primeira é antes, está intacta, e a segunda é depois, está amassada.
  1. Durante uma festa infantil, algumas bexigas (balões de borracha) que estavam penduradas próximo a uma lâmpada acesa estouraram. Proponha uma explicação para isso.
  2. Há um certo tipo de balão que é muito popular na época das festas juninas. No entanto, esse tipo é considerado um sério risco à população. Soltá-lo é considerado crime no Brasil.
    1. O que faz esses balões subirem?
    2. Esses balões são abertos ou fechados?
    3. Por que esses balões são um sério risco?
  3. Um balão de borracha foi amarrado na boca de uma garrafa de vidro “vazia”, conforme o desenho 1.

A garrafa foi colocada na água morna e o que se viu aparece no desenho 2.

Finalmente, esperou-se a garrafa esfriar e, então, ela foi colocada no gelo e se observou o que está no desenho 3.

Esquema. 1: situação inicial. Imagem de um balão amarelo preso na boca de uma garrafa. 2: garrafa dentro de uma panela com água e o balão está inflado. 3: garrafa dentro de um recipiente com cubos de gelo e o balão está murcho.
  1. A garrafa “vazia” estava realmente vazia? Explique.
  2. Como se pode explicar o comportamento do balão no desenho 2?
  3. E no desenho 3?

6. Em uma sala fria, um professor pegou um saquinho de papel leve, ligou um secador de cabelos e direcionou o fluxo de ar quente para dentro do saquinho. Após algum tempo, soltou o saquinho, que “flutuou” por alguns poucos instantes no ar da sala e, então, desceu até o chão.

Ilustração. Homem de cabelo preto e camiseta vermelha listrada com um jaleco branco. Ele segura um secador de cabelo preto que está na tomada. Na frente dele há uma sacola de papel flutuando com a abertura para baixo e quatro alunos de uniforme olhando.
  1. O que fez o saquinho subir?
  2. O que o fez descer?
  3. Por que, em uma sala bem quente, esse experimento pode não dar o mesmo resultado?

7. Como mostra a foto, a parte inferior de um balão de ar quente tripulado é aberta.

Mesmo assim, o ar quente que está dentro não tende a sair e o ar frio externo não tende a entrar. Por quê?

Fotografia. Balão de ar quente no céu azul. Ele é amarelo com quadrados coloridos: rosa, roxo, azul e verde.
Um balão de ar quente tripulado é aberto na parte inferior.
Respostas e comentários

Respostas do Use o que aprendeu

1. Tanto o pneu como o ar em seu interior se aquecem, e a pressão interna aumenta até que a parede do pneu, desgastada, pode arrebentar.

2. Devido ao resfriamento, o volume do ar contido no frasco diminuiu. (Outra resposta: Com a diminuição da temperatura, a pressão interna diminuiu e a pressão externa comprimiu o frasco.)

3. Com o aumento da temperatura, o volume do ar contido nos balões aumentou. Assim, os balões incharam até estourar.

4. a) Eles estão cheios de ar quente.

b) São abertos.

c) Porque, se eles caírem ainda acesos, poderão provocar incêndios.

5. a) A garrafa estava cheia de ar.

b) A água morna aqueceu o ar da garrafa e ele se expandiu, inflando o balão.

c) O gelo esfriou o ar dentro da garrafa e ele se contraiu, murchando o balão.

6. a) O ar quente interno tem tendência a subir.

b) Pouco tempo depois de , o ar interno esfria e, consequentemente, o balão desce.

c) No caso, o secador pode não ser suficiente para aquecer o ar interno a uma temperatura significativamente mais alta que a ambiente.

7. A abertura é na parte inferior. O ar quente interno não sai porque tende a subir. O ar frio externo não entra, porque tende a descer.

8. Há dois tipos de balão tripulado. Um deles é de ar quente. O outro, mostrado na foto, é um balão totalmente fechado que contém um gás que não é o ar. O gás que era empregado no interior dêsse segundo tipo de balão é perigoso, por ser extremamente inflamável (isto é, pega fogo com muita facilidade, chegando a explodir sob ação de chama ou faísca). Pesquise que gás é esse. Pesquise, também, qual é o gás não inflamável usado atualmente no interior dêsse tipo de balão.

Fotografia. Um balão branco no céu, fechado, parecido a um avião sem asas.
Um balão tripulado moderno. Um gás que não se inflama nem explode é usado no interior dêsse balão.
  1. Por que, pela manhã, a brisa sopra do mar para a praia?
  2. Por que, ao entardecer, a brisa sopra da praia para o mar?
  3. O que é o vento? Como se origina?
  4. Qual é a utilidade de um cata-vento? E de uma biruta?
  5. Para que serve um anemômetro?
  6. Você pode determinar a direção do vento molhando seu dedo indicador na água e deixando-o erguido no ar. Explique como funciona esse método e o que deve ser observado para concluir de que lado vem o vento.
  7. Um boletim meteorológico informa a previsão do tempo ou do clima?
  8. “O clima de Manaus é mais úmido que o de Goiânia.” Interprete essa frase.
  9. “O clima de Porto Alegre é mais frio que o de Fortaleza.” Interprete essa frase.
  10. Qual é a região do país que apresenta os invernos mais ri­gorosos?
  11. “No mês de janeiro tivemos 320 milímetros de chuva na cidade de Belo Horizonte.”
    1. Interprete essa frase.
    2. Que aparelho faz tal medida?
  12. Cite uma vantagem de um agricultor do interior do Rio Grande do Sul acompanhar regularmente a previsão do tempo.
  13. Por que as empresas de navegação consultam diariamente o serviço de meteorologia?
  14. Um navio sai do porto de Manaus, onde o clima é quente e úmido, levando em seu compartimento de carga várias caixas de produtos eletrônicos. Ele vai para o norte da Europa, onde o clima é frio.

Por que a tripulação mantém o compartimento de carga constantemente ventilado?

Ícone. Lupa.

Atividade

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

INTERPRETAÇÃO DE RESULTADO

Fotografia. Destaque para as mãos de uma pessoa segurando um recipiente de vidro no formato de uma lâmpada. Da ponta dele sai um tubo até um frasco de vidro com água. Uma seta vermelha indica bolhas saindo da ponta desse tubo no fundo do frasco.

1. Um professor pegou um frasco esférico de vidro (usado em laboratório de Química) e conectou a ele um tubo, fazendo a montagem que aparece na foto. A ponta do tubo foi mergulhada em um frasco com água. Em seguida, o professor colocou as mãos ao redor do frasco esférico, como mostra a foto, e eis que os estudantes puderam ver uma bolha de ar saindo de dentro do tubo (a bolha está indicada pela seta, na foto).

Considerando que o frasco de vidro é rígido, o professor não poderia tê-lo espremido. Então, qual seria a explicação para a saída da bolha?

Respostas e comentários

8. Era empregado o gás hidrogênio (muito inflamável e, por isso, explosivo). Atualmente, é empregado o gás hélio (o mesmo usado nos balões vendidos em parques de diversão e centros de compra).

9. Pela manhã e durante parte do dia, com a luz do Sol, a areia esquenta mais depressa que a água do mar. O ar que está sôbre a areia também esquenta mais depressa e, aquecido, tende a subir. O ar que está acima do mar se desloca para ocupar o lugar dêsse ar que subiu e, assim, forma-se a brisa marítima, que sopra do oceano para a praia.

10. Ao entardecer, a água esfria mais devagar que a areia. O ar acima do mar está mais quente do que o ar sôbre a praia. Ele sobe e, como consequência, forma-se a brisa terrestre, que sopra da praia para o mar.

11. Vento é ar em movimento em relação à superfície terrestre. Ele se fórma quando o ar aquecido pelo Sol sobe e o ar das regiões vizinhas se desloca para ocupar seu lugar.

Professor, vale ressaltar aos estudantes que todo esse processo é dinâmico e contínuo; ele não se inicia de repente nem para de acontecer subitamente.

12. O cata-vento e a biruta são úteis para determinar a direção dos ventos.

13. O anemômetro serve para medir a velocidade dos ventos.

14. O vento acelera a evaporação da água. O lado do dedo que secar primeiro é o que está voltado para de onde o vento sopra.

15. Previsão do tempo.

16. Em Ma­naus, o ar costuma ser mais úmido que em Goiânia.

17. Em Porto Alegre, a temperatura costuma ser menor que em Fortaleza.

18. A Região Sul, pois está mais longe da linha do Equador.

19. a) Se a água da chuva que caiu em janeiro sôbre Belo Horizonte fosse impedida de evaporar, escorrer ou se infiltrar no solo, formaria uma camada de 320 milímetros de espessura.

b) O pluviômetro.

20. Ele pode, assim, se informar sôbre a possibilidade de eventos que possam afetar sua plantação, co­mo estiagens ou geadas, e tomar providências pa­ra evitar ou reduzir danos à sua lavoura.

21. Tais empresas precisam saber das condições meteorológicas a fim de evitar acidentes com seus na­vios, causados, por exem­plo, por furacões.

22. Porque o ar em Manaus é muito úmido (contém muito vapor de água). Com a diminuição da temperatura ao se dirigir para o norte da Europa, esse vapor de água pode se condensar e estragar os produtos eletrônicos. Ao ventilar o compartimento de carga, o ar úmido vai sendo substituído pelo ar local, não oferecendo risco à carga.

Respostas do Explore diferentes linguagens

1. As mãos do professor aquecem o frasco e o ar que está dentro dele. O volume dêsse ar aumenta (um pouco) e uma (pequena) parte dele sai pelo tubo, formando a bolha vista.

PREVISÃO DE RESULTADO

2. O mesmo professor pegou uma garrafa de vidro e colocou nela água morna, obtida de um chuveiro. Depois de 10 minutos, despejou fóra essa água e mergulhou a boca da garrafa num copo com água da torneira. Em seguida, enrolou ao redor da garrafa uma toalha molhada em água da torneira. Faça uma previsão do que será observado e justifique sua previsão.

Ilustração. Pessoa virando uma garrafa de vidro marrom dentro de um copo com água. A pessoa usa uma toalha para segurar a garrafa.

REALIZAÇÃO DE EXPERIMENTO, RELATO E INTERPRETAÇÃO

Faça o seguinte experimento com uma garrafa de vidro limpa e vazia (cuidado, pois é um objeto que quebra com impactos) e uma moeda de tamanho igual ou maior que a borda externa da boca da garrafa, em um local que não esteja muito quente (de preferência, 25 graus Célsius ou menos). Molhe com bastante água a boca da garrafa e coloque a moeda sôbre ela. A água deve vedar o espaço entre a moeda e o vidro da borda. Coloque as mãos em contato com as laterais da garrafa e deixe-as aí. Observe atentamente a moeda até que algo inesperado aconteça com ela.

Ilustração. Duas mãos de uma pessoa ao redor de uma garrafa. Na boca da garrafa há um objeto prateado. Ao lado, seta mostrando a boca da garrafa ampliada. Em cima da boca da garrafa tem uma moeda e entre a boca da garrafa e a moeda tem água.
  1. O que ocorreu com a moeda? Como você explica o acontecido?
  2. Por que a boca da garrafa deve estar molhada para que se possa obter o resultado observado?
  3. Por que o experimento não daria o resultado descrito se a temperatura ambiente fosse 40 graus Célsius?

DESENHO

6. Observe os desenhos, leia o texto e responda às questões.

Ilustração. Três imagens de um quarto com um aparelho de ar condicionado na parede. Em 1: o ar condicionado está na parte superior da parede. Em 2: o ar condicionado está no meio da parede. Em 3: o ar condicionado está na parte inferior da parede.

Muitas cidades brasileiras apresentam clima quente. Nesses lugares, há pessoas que instalam aparelhos de ar condicionado porque querem esfriar o ar do ambiente. Já em alguns locais do sul do país, que apresentam clima frio, o aparelho de ar con­dicionado é utilizado para aquecer o ar do ambiente.

  1. Numa cidade de clima quente, qual dos três desenhos mostra o modo de instalar o aparelho que garanta a maior eficiência? Por quê?
  2. Numa cidade de clima frio, qual dos três desenhos mostra o modo de instalar o aparelho que garanta a maior eficiência? Por quê?
Respostas e comentários

2. Espera-se observar uma subida no nível da água dentro da garrafa. A explicação é a seguinte: o contato prolongado com a água morna aqueceu a garrafa e o ar dentro dela. Quando a garrafa é esfriada pela toalha, o ar interno também se esfria e, consequentemente, se contrai (sofre redução de volume), o que permite a entrada de um pouco de água na garrafa.

3. Um dos lados da moeda sobe e desce rapidamente, ou seja, dá um pequeno “pulinho”. As mãos aquecem o ar interno, que se expande. Essa expansão empurra a moeda para cima, deixando um pouco de ar escapar.

4. Porque sem a água a moeda não vedará completamente a boca da garrafa, e o ar escapará sem empurrar a moeda.

5. Porque a temperatura das mãos (que, em geral, não passa de 37 graus Célsius) não conseguiria aquecer o ar acima da temperatura na qual ele já está. Assim, não haveria expansão do ar nem o pulo da moeda.

6. a) O desenho 1. O aparelho de ar condicionado vai ser usado para esfriar o ar da sala. O ar frio que sai do aparelho vai descer e o ar quente vai subir, não se acumulando ar frio na parte de cima.

b) O desenho 3. O aparelho de ar condicionado vai ser usado para esquentar o ar da sala. O ar quente que sai do aparelho vai subir e o ar frio vai descer, não se acumulando ar quente na parte de baixo.

RESULTADO DO EXPERIMENTO

7. O nitrogênio líquido permanece a 196 graus Celsius abaixo de zero, uma temperatura tão baixa que é perigoso encostar nele, pois a água da pele congela-se instantaneamente, provocando graves lesões.

Os desenhos a seguir mostram um experimento em que um cientista colocou um balão de borracha cheio de ar em nitrogênio líquido.

Observe bem os desenhos e responda: Que propriedade do ar esse experimento demonstra?

Esquema. Imagens em três quadros. No primeiro quadro, pessoa com luva segurando um balão vermelho cheio, em cima de um recipiente de onde sai fumaça. Linhas de chamada indicam as partes: luva térmica muito grossa, balão de borracha cheio de ar, recipiente com nitrogênio líquido (gelo se forma do lado de fora pelo resfriamento do vapor de água atmosférico). A fumaça se deve à condensação do vapor de água do ar atmosférico. No segundo quadro, a pessoa coloca o balão dentro do recipiente com nitrogênio líquido. No terceiro quadro, o balão está murcho dentro do recipiente.

CHARGES

Charge. Um balão descendo na direção de uma cidade. Na cesta, homem diz: estou tentando um pouso de emergência, mas a coisa vai mal. Abaixo, três construções com placas: Mundo dos Cactos, com o desenho de um cacto cheio de espinhos. Instituto de acupuntura, com o desenho de uma mão segurando uma agulha. Loja do Porco-Espinho, com o desenho de um porco-espinho com os espinhos arrepiados.
Charge. Um balão vermelho bem cheio passando por uma porta. Do lado de dentro, sala com quadros na parede, tapete e um balão amarelo menor, que diz: você esteve com seus amigos no bar de oxigênio de novo, não é?
  1. Sabe-se que, para flutuar no ar com segurança, o balão dirigível da primeira ilustração não pode sofrer rompimento. Explique por quê.
  2. Apresente uma evidência de que o balão vermelho da segunda ilustração não pode ter sido enchido com oxigênio.
  3. Que gás é normalmente usado nos três balões que aparecem nessas ilustrações?
  4. Se um balão de borracha for enchido por alguém soprando, esse balão flutuará no ar? (Para responder, lembre-se de quando já fez isso ou, caso nunca tenha feito, procure fazê-lo para responder.)
Respostas e comentários

7. O experimento demonstra que, quando resfriado, o ar tende a se contrair (isto é, sofrer redução de volume).

Ainda que o comando da atividade comente sôbre o risco de lesões provocadas pela baixa temperatura do nitrogênio líquido, alerte a turma para nunca manipular essa substância em hipótese alguma. Além de lesões, o nitrogênio líquido pode causar morte por asfixia, já que, se muito nitrogênio líquido for liberado em um local, a passagem da fase líquida para a gasosa diminuirá a proporção de oxigênio no ar. Dependendo da gravidade da situação, pode haver perda de consciência e morte. Se ingerido, mesmo em pequena quantidade, sua rápida expansão poderá provocar o rompimento do estômago. A baixa temperatura do nitrogênio líquido pode causar a liquefação do gás oxigênio atmosférico, aumentando o risco de combustão de materiais inflamáveis nas proximidades.

8. O rompimento deixa escapar o gás responsável pela flutuação do balão, provocando a queda.

9. Na ilustração, o balão está flutuando, o que não é possível se ele estiver preenchido com oxigênio. (Seria possível se estivesse preenchido com hélio.)

10. Hélio.

11. Não. (Ao soprar um balão para enchê-lo, injeta-se nele ar com um conteúdo ligeiramente maior de gás carbônico.)

CHARGE

Charge. Dois homens sentados em um banco no meio de um parque. Um deles é careca e veste uma camiseta vermelha. Ele diz: Eu fiquei sem pipocas, então, dei goma de mascar para elas. O outro homem tem o cabelo preto, calça azul e camiseta amarela. Ao lado deles, três passados amarelos flutuando com uma bola rosa no bico.

12. A situação retratada na charge, se fosse real, poderia ser fatal para as aves. A goma de mascar pode obstruir a entrada de ar das aves e matá-las por asfixia. Pelo mesmo motivo, goma de mascar também pode ser fatal para outros animais.

A situação também envolve absurdos científicos. Apresente dois deles.

INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS

13. As duas ilustrações mostram uma criança empinando pipa (também chamada, dependendo da região, de papagaio, maranhão ou pandorga) numa mesma praia, em diferentes horários.

Qual é o período do dia ao qual as imagens se referem? Como você concluiu isso?

Ilustração. Menino de cabelo castanho liso, bermuda vermelha e camiseta listrada verde. Ele está empinando uma pipa vermelha e amarela em uma praia. Na situação A, a pipa é empurrada em direção ao mar. Na situação B, a pipa é empurrada em direção ao continente.

INFORMAÇÃO DA INTERNET

El Niño (nome espanhol para O Menino) inicialmente se referia a uma corrente marítima quente e fraca que aparece anualmente por volta da época do Natal ao longo da costa do Equador e do Peru e que dura de poucas semanas a um mês ou mais. A intervalos de três a sete anos, um evento El Niño pode durar vários meses, tendo consequências econômicas e atmosféricas em vários pontos do mundo. reticências

Fonte: UNIVERSIDADE DE ILLINOIS (Estados Unidos da América). Departamento de Ciências Atmosféricas. El Niño: a warm current of water. Disponível em: https://oeds.link/Jt99Tv. Acesso em: 20 abril 2022. (Tradução dos autores.)

  1. Escreva com suas palavras o que é uma corrente marítima.
  2. O texto explica o significado em espanhol da expressão El Niño. A julgar pela época do ano em que a corrente aparece e levando em conta a religião predominante nos países citados, proponha uma razão para a escolha do nome El Niño.
Respostas e comentários

12. As aves não mascam a goma de mascar e não fazem bolhas com ela. E uma bolha preenchida com o ar expirado não teria o comportamento de um balão com hélio, ou seja, não tenderia a subir. (Lembre aos estudantes que os balões que são preenchidos com sopro não sobem.)

13. A imagem A mostra que a pipa é empurrada em direção ao mar, o que indica que há brisa terrestre e, portanto, trata-se do final da tarde. A imagem B mostra a pipa sendo empurrada em direção ao continente, o que corresponde a uma situação de brisa marítima, que sopra no período da manhã e início da tarde.

Aproveite essa atividade para comentar com os estudantes que é o ar em movimento em relação às asas de um avião que possibilita a sua decolagem. Devido ao desenho das asas, o ar passa mais rápido pela parte de baixo do que pela parte de cima delas, provocando uma diferença de pressão entre os dois lados. A pressão que atua sôbre a parte inferior das asas é mais alta que a que atua sôbre a parte superior. Isso resulta em uma fôrça, de baixo para cima, exercida pelo ar sôbre as asas, que dá sustentação à aeronave. Nos aeroportos, o sentido de orientação das pistas é alterado conforme a direção do vento. A decolagem e o pouso são realizados contra o vento.

14. Espera-se uma resposta com o seguinte teor: uma corrente marítima é o deslocamento de (grandes) porções de água do oceano.

15. É uma referência ao nascimento de Jesus, comemorado no Natal.

BOLETIM METEOROLÓGICO

  1. Consulte o boletim meteorológico apresentado neste capítulo e escreva no caderno:
    1. Qual é a previsão para Salvador, capital da Bahia?
    2. E para Vitória, capital do Espírito Santo?
    3. E para Manaus, capital do Amazonas?
  2. Ainda sôbre o mesmo boletim meteorológico, responda no caderno:
    1. Em quais das capitais a previsão diz que haverá dia de céu claro?
    2. Para quais capitais está previsto, segundo o boletim, dia com pancadas de chuva?
Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco: economia.

PRODUÇÃO DE VÍDEO OU PODCAST

A critério do professor, dividam-se em grupos e realizem as atividades 18 a 21. Além de refletirem e pesquisarem em fontes confiáveis de informação, entrevistem pessoas da família e da comunidade que considerem profissionais bem-sucedidos e preocupados não só com a própria carreira, mas também com o bem-estar da sociedade.

  1. As Ciências da Natureza são importantes para várias profissões. Pesquisem algumas delas e sua relevância econômica, social e ambiental.
  2. Quando o mercado de trabalho procura um profissional, deseja nele um conjunto de características. Essas características, que podem variar de uma situação de contratação para outra, não envolvem apenas a formação acadêmica. Por que somente os conhecimentos teóricos e técnicos não bastam para a contratação e o sucesso profissional? Que outras qualidades e habilidades são importantes?
  3. A escolha de uma profissão, alinhada ao projeto de vida da pessoa, pode trazer muita satisfação. Pensando em projeto de vida, diversos outros aspectos são essenciais para o bem-estar e a qualidade de vida. Debatam sôbre as profissões que chamam a atenção dos integrantes do grupo e sôbre quais fatores, além do profissional, são significativos para a realização pessoal.
  4. Transformem o material obtido em vídeo e/ou podcast, a critério do professor. Nessa produção, falem sôbre algumas profissões e sua importância. Argumentem, com criatividade e positividade, sôbre a relevância das Ciências da Natureza no mundo do trabalho. Abordem as qualidades necessárias à atuação profissional. Destaquem como a escolha da profissão pode se inserir no projeto de vida de cada cidadão, a fim de contribuir para seu crescimento e sua realização. Sejam críticos e propositivos.
Fotografia. Duas mulheres sentadas, cada uma de um lado de uma mesa. Mulher branca com o cabelo loiro preso em um rabo e camisa marrom. Na frente dela, mulher negra de cabelo curto, usa um jaleco branco e tem um estetoscópio ao redor do pescoço. Ela segura um tablet nas mãos.
As Ciências da Natureza são fundamentais na atividade de muitos profissionais. Elas também exercem profunda influência nos avanços tecnológicos, que acarretam profundas modificações no mundo do trabalho.
Fotografia. Tela de computador mostrando os participantes de uma reunião virtual. No centro da tela, mulher de cabelo preto preso em um rabo e camisa azul de bolinhas brancas. Ela está sorrindo. Ao redor, mais oito imagens de pessoas sorrindo.
Além da profissão, diversos outros fatores são importantes para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas. O equilíbrio entre vida pessoal e profissional é essencial e deve fazer parte do projeto de vida.

Seu aprendizado não termina aqui

Consultar a previsão do tempo pode, por exemplo, ajudar você a sair de casa com roupa adequada e levar, se for o caso, agasalho e guarda-chuva. Não basta, portanto, saber o que é a previsão do tempo; é preciso ter o hábito de consultá-la.

Agora que você já sabe o que é a previsão do tempo, é por sua conta! Consulte-a regularmente. Em pouco tempo você terá muita facilidade nesse procedimento, realizando-o com rapidez e, principalmente, beneficiando-se dele.

Respostas e comentários

16. a) Dia de chuva fraca, com temperatura mínima de 21 graus Célsius e temperatura máxima de 28 graus Célsius.

b) Dia parcialmente nublado, com temperatura mínima de 20 graus Célsius e máxima de 32 graus Célsius.

c) Dia nublado, com mínima de 24 graus Célsius e máxima de 34 graus Célsius.

17. a) Haverá céu claro em Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá e Goiânia.

b) A previsão é de pancadas de chuva para Boa Vista, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis e Macapá.

18 a 21.

Dado o formato da proposta e o fato de serem atividades em equipes, a produção e as respostas podem ser bastante variadas.

Incentive os estudantes a compreender por que características como proatividade, comprometimento, criatividade, organização e inteligência emocional podem contribuir para que o profissional tenha sucesso nas mais diversas áreas de atividade profissional.

Instigue‑os a pesquisar aspectos da atuação profissional como algo também voltado ao benefício da coletividade e convide-os a refletir sôbre a necessidade de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar. Insista no fato de a escolha acertada da carreira ser de fundamental importância para o bem-estar se estiver alinhada com o projeto de vida. E a escolha acertada requer conhecer opções. Daí a relevância dessas atividades.

Sugira aos estudantes que incluam em suas pesquisas e entrevistas questões que relacionem cenários socioculturais ao exercício das profissões escolhidas para estudo. Exemplos dêsses cenários são a crescente difusão das mídias digitais e sua influência sôbre a atuação profissional nas diferentes carreiras.

Turmas numerosas

Nas atividades 18 a 21, atente para que as equipes sejam formadas por estudantes com diferentes perfis, de modo que a diversidade de características em cada equipe contribua para a riqueza da vivência. Isso favorece a cooperação mútua e o aprendizado dos estudantes com seus pares.

De ôlho na Bê êne cê cê!

As atividades 18 a 21 da seção Explore diferentes linguagens oferecem a oportunidade para desenvolver algumas competências da Bê êne cê cê. Uma delas é a competência geral 6, já citada anteriormente neste capítulo. Outras são: a competência geral 1, porque permitem valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sôbre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; a competência geral 4, pois requerem utilizar diferentes linguagens – verbal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos; a competência geral 5, já que envolvem compreender e usar tecnologias digitais de informação e comunicação de fórma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações; a competência específica 1, uma vez que possibilitam compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico; e a competência específica 6, pôsto que propõem utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para produzir conhecimentos relacionados às aplicações das Ciências da Natureza de fórma crítica, significativa, reflexiva e ética.

tê cê tê Economia

A proposta do conjunto das atividades 18 a 21 da seção Explore diferentes linguagens prossegue a abordagem de aspectos referentes às diferentes profissões, já realizada em outros capítulos dêste volume. Essa proposta propicia aos estudantes conhecimentos sôbre as diversas carreiras, indo ao encontro do tê cê tê Trabalho, inserido na macroárea Economia, e favorecendo a realização de escolhas alinhadas ao projeto de vida de cada estudante.

Seu aprendizado não termina aqui

Com a atividade sugerida em Seu aprendizado não termina aqui, pretende-se reforçar os conteúdos atitudinais sugeridos para este capítulo.