CAPÍTULO 3 Ondas eletromagnéticas e modelo atômico de Bór

Fotografia. Um globo de material transparente com uma esfera no interior, emitindo raios de luz em tons de rosa e roxo.
Um globo de plasma é uma esfera de vidro contendo gás a baixa pressão, projetada para possibilitar a passagem de corrente elétrica entre um eletrodo central e a esfera. Por que essa passagem de corrente elétrica faz o gás emitir luz? Por que a luminosidade se dirige aos pontos em que alguém toca a esfera? Em que outras situações há emissão de luz devido a um fenômeno semelhante?

Motivação

A critério do professor, esta atividade poderá ser realizada em grupos.

Ícone. Símbolo de erlenmeyer com líquido.

Objetivo

Averiguar se descargas elétricas interferem na recepção do sinal das emissoras de rádio ei ém.

Você vai precisar de:

  • um rádio ei ém com antena
  • uma pilha de 1,5 vôlti
  • fita adesiva
  • uma sala que possa ser totalmente escurecida
  • dois pedaços de fio elétrico fino com as extremidades desencapadas (PEÇA A UM ADULTO que as desencape)

Procedimento

  1. Grude, com fita adesiva, uma das extremidades de um fio no polo positivo da pilha e uma das extremidades do outro fio no polo negativo, como mostra a figura A.
  2. Segure os fios pela parte encapada. Escureça a sala. Raspe repetidas vezes as extremidades soltas dos dois fios, como na figura B. Nessa etapa do experimento você deve ter constatado que, ao raspá-las, ocorreu um leve faiscamento. Clareie a sala.
  3. Ligue o rádio e sintonize uma emissora ei ém.
  4. Segure a pilha próximo à antena e volte a raspar repetidas vezes as extremidades dos fios. O que acontece com a qualidade da recepção da emissora quando as extremidades são raspadas? Como explicar o observado?
  5. Ao final, remova os fios para que suas extremidades não permaneçam encostadas, o que descarregaria a pilha.
Esquema. Figura A. Uma pilha. Linha de chamada: Pilha de 1,5 volt. Em cada polo da pilha tem um fio verde com as extremidades desencapadas grudado com fita adesiva. Figura B: Uma pessoa pega o conjunto da Figura A, segura as duas extremidades livres dos fios e encosta uma na outra.

Desenvolvimento do tema

1. Ondas

Ondas em uma corda

Considere uma corda esticada, com uma de suas extremidades presa a uma parede e a outra segurada por uma pessoa. Se a pessoa realizar um movimento rítmico de sobe e desce com a mão, fará com que uma onda se propague na corda esticada, como mostra o esquema.

O conceito de onda

Ondas são perturbações regulares que se propagam, mas não transportam matéria. As ondas apenas transportam energia. A Ondula­tória é a parte da Física que estuda as ondas e os fenômenos relacionados a elas.

Esquema. Uma corda com uma extremidade presa a uma parede. Uma pessoa segura na outra extremidade e bate a corda. Em uma das ondas formadas pelo movimento da corda há uma seta para cima e uma para baixo. Texto: Movimento rítmico de sobe e desce. Da pessoa para a parede, seta indicando a onda se propagando na corda.
(Representação esquemática fóra de proporção.)

Fonte: , V. J.; , D. J. Inquiry into Physics. oitava edição Boston: Cengage, 2018. página 215.

Ondas apresentam efeitos detectáveis

Considere duas rolhas de cortiça, A e B, flutuando na superfície parada da água, a certa distância uma da outra. Utilizando o dedo para fazer com que a rolha A realize um movimento de sobe e desce, a água, inicialmente parada, também começará a oscilar. Aparece uma onda na superfície da água. E a outra rolha, B, que estava inicialmente parada, também passa a oscilar num movimento de sobe e desce. A onda transporta energia de uma rolha até a outra, colocando-a em movimento.

Se a água fosse invisível, não veríamos a onda que se propaga em sua superfície. Mas, se uma rolha flutuante começasse a oscilar, estaríamos observando uma evidência da propagação da onda.

Esse ponto é muito importante para você entender o que será estudado neste capítulo: mesmo que uma onda não seja vista, os seus efeitos podem ser detectados, isto é, podem ser percebidos de algum modo. Nesse exemplo, uma simples rolha funciona como um detector de ondas.

Esquema. Uma linha azul ondulada representando a superfície da água. Há duas rolhas boiando: rolha A e rolha B. Rolha A, afastadas uma da outra. O dedo de uma pessoa pressiona a rolha A. Texto: Oscilação que provoca a onda.  Seta de A para B: Sentido de propagação da onda. Na rolha B, duas setas em sentidos opostos. Texto: Rolha cuja oscilação é consequência da propagação da onda.
Uma rolha A posta em movimento produz uma onda na superfície da água. A energia transportada pela onda faz a rolha B também oscilar. (Representação esquemática fóra de proporção.)

Fonte: bóu, L. êti áli. Smithsonian supersimple Physicsthe ultimate bite-size study guide Londres: Dorling Kindersley, 2021. página 113.

Frequência de uma onda

Uma das características importantes de qualquer onda é sua frequência, ou seja, o número de oscilações por unidade de tempo. A unidade mais comum usada internacionalmente para expressar a frequência de uma onda é o hertz, simbolizado por agá zê, que pode ser interpretado como uma oscilação por segundo.

Assim, por exemplo, dizer que a corda de um violino, colocada em vibração pelo músico, emite uma onda sonora de frequência 440 agá zê (lê-se 440 hertz) significa dizer que essa onda sonora produzida pelo instrumento realiza quatrocentas e quarenta oscilações a cada segundo.

Ícone. Letras A e Z.

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onda

frequência

hertz (agá zê)

2. Ondas: mecânicas versus eletromagnéticas

Ondas em cordas, ondas na superfície da água e ondas sonoras são exemplos de ondas mecânicas. Esse tipo de onda precisa de um meio material para se propagar e, portanto, não se propaga no vácuo (ausência de matéria).

Já a luz é classificada no grupo das ondas (ou radiações) eletro­magnéticas, aquelas que não necessitam de um meio mate­rial para propagar-se, ou seja, aquelas que conseguem se propagar no vácuo.

Outros exemplos de ondas eletromagnéticas são o infravermelho, o ultravioleta, as ondas de rádio e de tevê, as micro-ondas, os raios X e os raios gama.

Todas as ondas eletromagnéticas possuem a mesma velocidade de propagação no vácuo: 300 mil quilômetros por segundo. Nos materiais, essa velocidade é menor, embora nos gases seja praticamente a mesma. As diversas ondas eletromagnéticas diferem quanto à frequência e, em decorrência dela, nos seus efeitos, na sua utilidade prática e no tipo de dispositivo necessário para detectá-las.

O esquema a seguir mostra o chamado espectro eletromagnético e os nomes atribuídos às várias ondas eletromagnéticas, dependendo de sua frequência.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: ciência e tecnologia.
Esquema. Linha horizontal graduada representando o espectro magnético. De 10 elevado a 24 a 10 elevado a 19: radiação gama. Linha de chamada: Explosões nucleares e materiais radioativos. Desenho do símbolo de material radioativo e de uma nuvem de explosão nuclear. De 10 elevado a 19 até 10 elevado a 17: Raios X. Linha de chamada: Aparelhos para radiografias. Desenho de uma radiografia da mão. De 10 elevado a 17 a 10 elevado a 15: UV. Linha de chamada: Acarreta o bronzeamento. Desenho de símbolo de atenção. Cuidado! Acentuado risco de câncer de pele. Em 10 elevado a 15, desenho de uma lâmpada e uma máquina fotográfica. Luz visível. Dessa fração do espectro eletromagnético sai um detalhe: Parte visível do espectro eletromagnético (espectro visível). Faixa com diversas cores indo do violeta (7,5 vezes 10 elevado a 14 hertz) até o vermelho (4,3 vezes 10 elevado a 14 hertz). De 10 elevado a 14 até o 10 elevado a 11: IV. Linha de chamada: Forno e fogão. Desenho de um fogão. De 10 elevado a 12 até 10 elevado a 8: micro-ondas. Linha de chamada: Forno de micro-ondas. Desenho de um forno de micro-ondas. Linha de chamada: Comunicação via satélite. Desenho de uma antena parabólica. Linha de chamada: Radar. Desenho de um radar. Menor do que 10 elevado a 8: ondas de rádio. Linha de chamada: Televisão, AM, FM, comunicação náutica, aeronáutica etc. Desenho de uma televisão, de um rádio, de um navio e de um avião. Seta das ondas de rádio para a radiação gama. Texto: Aumenta a frequência.
Representação esquemática fóra de proporção do espectro eletromagnético, mostrando os diferentes nomes dados às ondas eletromagnéticas dependendo da frequência (u vê indica ultravioleta, e í vê, infravermelho). Lembre-se de que significa 10.000, significa 1.000.000, e assim por diante.

Representação esquemática fóra de proporção do espectro eletromagnético, mostrando os diferentes nomes dados às ondas eletromagnéticas dependendo da frequência (u vê indica ultravioleta, e í vê, infravermelho). Lembre-se de que significa .10000, significa ..1000000, e assim por diante.

Fonte: Figura elaborada a partir de uólquer, J. Halliday & Resnick Fundamentals of Physics. décima edição reeditada e estendida. Hoboken: John Wiley, 2018. página 973.

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onda mecânica

onda eletromagnética

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: ciência e tecnologia.

3. Características e aplicações das ondas eletromagnéticas

Rádio ei ém

As emissoras de rádio ei ém transmitem sua programação por meio de ondas eletromagnéticas de frequências entre 535 quilorrértz e .1605 quilorrértz (1 cá agá zê = 1 quilohertz =  rértiz). Cada emissora tem sua frequência específica dentro dessa faixa, e quando você sintoniza a emissora está selecionando a frequência dela.

Fotografia. Aparelho de rádio prateado com duas caixas de som, uma de cada lado.
Aparelho que, entre outras funções, é receptor de rádio ei ém/éfe ême.

Transmissões em ei ém estão muito sujeitas a interferências de algu­mas outras fontes de radiações eletromagnéticas, como os fios de alta-tensão e os raios (relâmpagos).

No experimento da abertura do capítulo, ao raspar as pontas dos fios você produziu uma simulação de descarga elétrica, um raio em pequeníssima escala. E, como você provavelmente percebeu, isso já é o suficiente para causar ruídos na recepção do sinal da emissora ei ém.

Rádio éfe ême e tevê

Transmissões em éfe ême são realizadas por meio de ondas eletromagnéticas na faixa de frequências de 88 mégarrértis a 108 mégarrértis (1 ême agá zê = 1 megahertz =  rértiz).

Ao contrário do ei ém, o sinal éfe ême sofre pouca ou nenhuma inter­ferência de raios ou de fios de alta-tensão, mas tem um alcance bem menor.

As emissoras de tevê também transmitem imagem e som por meio de ondas eletromagnéticas. Cada canal de tevê tem sua própria frequência.

Os canais 2 a 6 de vê agá éfe (do inglês very high frequency) correspondem à faixa de 54 mégarrértis a 88 mégarrértis, e os canais 7 a 13, à faixa de 174 mégarrértis a 216 mégarrértis. A transmissão éfe ême é feita num intervalo de frequências entre os canais 6 e 7 de tevê. A transmissão dos canais 14 a 69 de U agá éfe (ultra high frequency) corresponde à faixa de 407 mégarrértis a 806 mégarrértis.

Fotografia. Televisão de tela plana.
Televisor de tela plana.

Telefone celular

A região coberta pela telefonia celular é dividida em áreas, chama­das células. Cada célula possui uma estação com antena, ligada à central de telefonia. Um aparelho celular comunica-se com essa estação por meio de duas ondas eletromagnéticas: uma que é enviada do aparelho para a estação, e outra, da estação para o aparelho.

Cada estação permite que um número limitado de apare­lhos esteja em uso simultâneo. Por isso, em células com muitos usuários é frequente haver congestionamento do sistema.

Fotografia. Telefone celular.
Telefone celular.

Micro-ondas

As ondas eletromagnéticas com frequências na faixa aproxi­mada de  rértiz (1 gê agá zê = 1 gigahertz) a  rértiz correspondem às micro-ondas.

Nos fornos de micro-ondas existe um transmissor que emite micro­‑ondas de frequência apropriada dentro do compartimento em que o alimento é colocado. Tais ondas transferem energia para as moléculas de água do alimento. A água se aquece e, por consequência, aquece também os demais constituintes do alimento. Materiais como o vidro, a cerâmica e o plástico não são aquecidos diretamente pelo aparelho.

Fotografia. Micro-ondas com a porta entreaberta e a luz interna acesa.
Forno de micro-ondas.

As micro-ondas são empregadas em transmissões via satélite (tevê, telefonia, rádio etcétera). Os aparelhos de localização por gê pê ésse re­cebem sinais de satélites em órbita por meio de micro-ondas. Esse tipo de onda eletromagnética também é usado nos radares, aparelhos que emitem micro-ondas e captam o retôrno dessas ondas após serem refletidas por objetos. Radares permitem avaliar a posição e/ou a velocidade de objetos como aviões, mísseis e automóveis.

Fotografia. Destaque para 
o relógio no pulso de uma pessoa, com a imagem de um mapa na tela. Fotografia. Dois aparelhos eletrônicos de GPS. Na tela, imagem de um mapa.  Fotografia. Um tablet e um celular com a imagem de um mapa na tela.
Diferentes modelos de gê pê ésse.
Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: ciência e tecnologia.

EM DESTAQUE

Refletores parabólicos

Quando um feixe de ondas eletromagnéticas paralelas atinge um refletor parabólico côncavo, essas ondas são refletidas e passam todas por um mesmo ponto, denominado ponto focal do refletor.

Por causa disso, essas estruturas são muito úteis na recepção de sinais fracos emitidos de locais distantes, tais como ondas de rádio provenientes de satélites de comunicação ou ondas de luz provenientes de uma estrela. As ondas, após a reflexão, são concentradas em um único ponto e, por isso, o sinal é amplificado.

Esquema. Linhas horizontais vermelhas com setas para a direita. Texto: O traçado em vermelho indica a direção e o sentido da propagação das ondas eletromagnéticas. Para a direita, objeto côncavo representando um refletor parabólico côncavo. Quando as setas chegam no refletor, elas retornam inclinadas até convergirem em um ponto focal. A distância desse ponto até o refletor é a distância focal.
(Representação esquemática fóra de proporção)

Fonte: , V. J.; , D. J. Inquiry into Physics. oitava edição Boston: Cengage, 2018. página 341.

Fotografia A. Antena parabólica no telhado de uma casa. Fotografia B. Grande antena côncava em cima de uma torre.
Refletores parabólicos são empregados em antenas para recepção via satélite (A) (Guarani, Minas Gerais, 2022), e na captação de sinais de rádio em radioastronomia (B) (, Austrália, 2021).

Elaborado com dados obtidos de: iãng, D.; , S. Cutnell & Johnson Physics. décima primeira edição Hoboken: John Wiley, 2018.

Luz visível

A retina humana é capaz de perceber as ondas eletromagnéticas de frequências desde aproximadamente  rértiz até cêrca de  rértiz. Dentro dessa faixa, chamada espectro visível, estão todas as cores do arco-íris, que, embora muitas pessoas digam serem sete, na verdade são infinitas, já que há inúmeros tons de vermelho, de alaranjado, de amarelo etcétera

Os tons de vermelho aparecem na extremidade de frequência mais baixa do espectro visível, e o violeta aparece na extremidade de frequência mais alta.

Infravermelho

Infravermelho significa “abaixo do vermelho”. Esse nome indica que a frequência dessas ondas, não percebidas pelo ôlho humano, é inferior à frequência da luz vermelha.

O infravermelho é o responsável, por exemplo, por boa parte do transporte de calor de uma fogueira até as pessoas ao seu redor, da chama de um forno até o alimento que está assando e de um ferro de passar roupa em funcionamento até quem o está utilizando.

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

O dispositivo conhecido como “termômetro digital sem contato” determina a temperatura corporal quando posicionado a poucos centímetros da pele. O aparelho tem um receptor que, apontado para a testa, capta a radiação infravermelha emitida pelo organismo e, a partir dela, afere a temperatura.

Com base nestas informações, que contra-argumento pode ser apresentado para refutar a fake news: “Os termômetros digitais são perigosos! Quando direcionados à testa, emitem raios que atingem a glândula pineal e causam danos a ela”.

Ultravioleta

Ultravioleta quer dizer “acima do violeta”. Tal nome indica que a frequência dessas ondas eletromagnéticas, que também não são percebidas pelo olho humano, é superior à frequência da luz violeta.

O Sol envia para a Terra, juntamente com a luz visível, ondas eletromagnéticas de outras frequências, como o infravermelho e o ultravioleta. Mais da metade das ondas ultravioleta provenientes do Sol que chegam à Terra é absorvida pelo gás ozônio presente numa camada da atmosfera situada a cêrca de 20 quilômetros a 30 quilômetros de altitude, conhecida como camada de ozônio.

Essa absorção é fundamental, pois o ultravioleta oferece consideráveis riscos a muitos organismos. No ser humano, por exemplo, a exposição prolongada ao ultravioleta pode provocar, entre outros problemas, o câncer de pele e a catarata, distúrbio que deixa a lente do ôlho (anteriormente denominada cristalino) esbran­quiçada.

Fotografia. Imagem aérea de uma praia com pessoas no mar e guarda-sóis azuis e brancos na areia.
O Sol emite, entre outras ondas eletromagnéticas, ultravioleta, luz visível e infravermelho, que chegam até nós propagando-se, na maior parte do trajeto, através do vácuo. O infravermelho proveniente do Sol pode provocar queimaduras, e o ultravioleta pode induzir o bronzeamento. O ultravioleta também aumenta a probabilidade de câncer de pele. Portanto, expor-se ao Sol (em praias, piscinas ou qualquer outro local) em horários de elevada incidência de radiação solar sem a proteção oferecida por chapéus, roupas e protetores solares não é uma atitude aconselhável. (Foto do alto, tirada por drone, da Praia do Porto da Barra, Salvador, Bahia, 2018.)

Raios X

Os raios X foram descobertos em 1895 pelo físico alemão (1845-1923) ao trabalhar com um aparelho que produzia descargas elétricas em gases a baixa pressão.

O próprio descobridor verificou que os diferentes tecidos do corpo humano são atravessados de modo desigual pelos raios X. Isso conduziu a uma aplicação prática em Medicina: as radiografias.

Radiografia é uma imagem produzida em um filme fotográfico por raios X que atravessaram o corpo humano. Os ossos absorvem os raios X muito melhor que outros órgãos, o que faz com que apareçam como regiões claras no filme após este ser revelado. Os músculos, ao contrário, permitem boa passagem dos raios X, e estes, chegando ao filme, produzem as regiões mais escuras vistas após a revelação.

A radiografia é importante para determinados diagnósticos médicos. Contudo, a exposição repetida aos raios X oferece riscos à saúde, como o aumento da probabilidade de câncer. Por isso, os técnicos de radiografia usam aventais de chumbo e protegem-se atrás de uma parede dêsse metal, que bloqueia a passagem de raios X.

Fotografia. Radiografia da região do pescoço de uma pessoa de perfil.
Radiografia é um registro em filme fotográfico produzido por raios X.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

[LOCUTOR] O acidente radiológico em Goiânia

[Locutor] Em setembro de 1987, Goiânia foi palco de um acidente com material radioativo que provocou a contaminação de mais de mil pessoas e gerou sérias consequências econômicas, sociais e ambientais, tornando-se um dos maiores desastres desse tipo do mundo. [Locutor] A tragédia começou em 1985, quando o Instituto Goiano de Radioterapia foi desativado e abandonado. Um aparelho usado para o tratamento de câncer que empregava o césio-137 como fonte de radiação foi deixado no local onde funcionava o Instituto. [Locutor] Em 13 de setembro de 1987, dois coletores de material reciclável encontraram o aparelho e o levaram para casa, antes de vender suas peças ao ferro-velho. Ao desmontarem o equipamento, a cápsula de chumbo que continha o material radioativo foi rompida, liberando cloreto de césio-137, um pó branco com brilho azulado. O componente brilhante despertou a curiosidade de vizinhos, amigos e parentes e se espalhou por vários locais, propagando a contaminação pela população da região. [Locutor] Nenhuma das pessoas expostas ao material radioativo conhecia os riscos que ele oferecia. Entre outros efeitos biológicos, a radiação é capaz de causar a quebra de ligações químicas em moléculas biológicas, como a do DNA, podendo assim provocar mutações no material genético e a morte celular. [Locutor] Os efeitos podem ser imediatos ou tardios e dependem da dose de radiação absorvida pelo organismo, do tempo de exposição ao material, do tipo de célula ou tecido exposto e da reação de cada organismo. Doses baixas de radiação apresentam possibilidades de efeitos tardios, como o desenvolvimento de algum tipo de câncer. [Locutor] Aqui cabe um parêntese: como a radiação, que pode ter efeitos tão nocivos ao organismo, é empregada no tratamento de câncer? A radioterapia baseia-se no fato de que algumas células tumorais apresentam maior sensibilidade à radiação do que as células saudáveis. Assim, com a incidência de níveis controlados de radiação sobre o tumor, o tratamento radioterápico busca a morte das células tumorais e a preservação das células saudáveis. [Locutor] Entre 30 de setembro e 20 de outubro de 1987, a Comissão Nacional de Energia Nuclear constatou que cerca de 250 pessoas estavam contaminadas pela irradiação do césio-137. Nesse grupo, 129 tinham rastros da substância dentro e fora do organismo. Foram hospitalizadas, naquela ocasião, 49 pessoas, das quais 20 necessitaram de cuidados médicos intensivos. Quatro vítimas morreram no período de quatro semanas. [Locutor] Além das pessoas que tiveram contato direto com a substância, foram expostos à radiação os profissionais da saúde que trataram das vítimas, bombeiros, policiais militares e outros profissionais que trabalharam na segurança, na descontaminação e na remoção dos resíduos contaminados. [Locutor] O material contaminado, que incluía roupas, objetos e até mesmo pedaços de construções e o solo, foi selado em tambores e caixas que foram então lacrados em contêineres. Esses contêineres foram levados para um depósito de lixo radioativo provisório e, por fim, para um depósito definitivo, construído dentro de um parque na cidade de Abadia de Goiás, a 20 quilômetros de distância de Goiânia. O depósito continua sendo monitorado, porque o material ainda emite radiação, e, segundo estudos científicos, essa emissão cessará apenas em meados do ano de 2187. [Locutor] A importância da segurança no uso, manuseio, manutenção e descarte de materiais radioativos, para a segurança e preservação de seres vivos e do meio ambiente, foi sem dúvida um dos grandes aprendizados após o acidente.

Raios gama

Os raios gama possuem frequência superior aos raios X e são ainda mais penetrantes e perigosos. Eles são produzidos por alguns materiais radioativos.

Nas explosões nucleares são emitidas enormes doses de raios gama. Nas usinas nucleares, processos envolvendo o núcleo dos átomos também produzem esses raios. Nesse caso, a radiação é retida por blindagens especialmente construídas para isso.

Os raios gama são usados, de modo controlado, sob indicação e supervisão médica, em uma técnica chamada radioterapia. Ela permite tratar pacientes com câncer em determinados estágios da doença. Nessa técnica, os raios gama são dirigidos para o local do tumor e matam células cancerosas.

Fotografia. Um aparelho apontado para a cabeça de uma pessoa deitada. Do aparelho saem luzes verdes e vermelhas. Há uma rede branca ao redor do rosto da pessoa.
Equipamento de radioterapia em uso. (Estados Unidos, 2019.)
Ilustração. Retângulo amarelo, dentro tem um símbolo preto formado por um círculo central e três seções ao redor.
Este símbolo indica: “cuidado, fonte de radioatividade!”.
Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: economia.
Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Você conhece a área do conhecimento chamada Física Médica? Pesquise a atuação dos profissionais dessa área, bem como quais universidades brasileiras oferecem esse curso.

4. Modelo atômico de Bór

Espectros atômicos

Se a luz solar ou a de uma lâmpada de filamento incandescente (aquelas que, no passado, foram largamente empregadas em residên­cias) atravessar um prisma, ela será decomposta em várias cores, que são popularmente conhecidas como arco-íris. Cientificamente, o que se obtém é chamado de espectro da luz visível.

Esquema. Dois retângulos na horizontal espaçados formando uma fenda. Atrás, lâmpada acesa. Texto: Lâmpada de filamento incandescente (semelhante às que foram usadas em iluminação). Da lâmpada sai uma faixa que vai até um prisma. Ao sair do prisma, a faixa se divide em duas. Texto: Infinitos raios de luz, correspondentes a todas as tonalidades de cores do vermelho ao violeta, saem do prisma. Apenas os extremos foram representados, para não complicar a figura. As faixas chegam até uma tela de projeção ou sensor eletrônico de luz conectado a computador. Na tela de projeção, faixa com todas as cores do violeta ao vermelho. Texto: Espectro (contínuo) de luz visível. Da direita para a esquerda, aumenta a frequência das ondas de luz.

Fonte: iãng, H. D.; FREEDMAN, R. A. University Physics. décima quinta edição Harlow: Pearson, 2020. página .1116.

Se esse experimento for repetido utilizando a luz proveniente de uma lâmpada de gás (similar às lâmpadas fluorescentes, mas sem a pintura branca no vidro que a envolve), não obteremos o espectro completo. Apenas algumas linhas estarão presentes, correspondendo somente a algumas frequências das ondas de luz visível. Essas linhas formam o espectro de linhas ou espectro atômico.

Esquema. Dois retângulos na horizontal espaçados formando uma fenda. Atrás, um cilindro com fios. Texto: Lâmpada de gás (tubo de raios catódicos) contendo uma substância específica (por exemplo, gás hidrogênio, gás hélio, vapor de sódio etc.).  Da lâmpada sai uma faixa que vai até um prisma. Ao sair do prisma, a faixa se divide em várias partes. Texto: Raios de luz de apenas algumas cores saem do prisma. 
As faixas chegam até uma tela de sensor eletrônico, onde há espectro de linhas (descontínuo) constituído de apenas algumas linhas muito finas (exageradas para visualização no esquema). Da direita para a esquerda, aumenta a frequência das ondas de luz.

Fonte: róbinsson, J. K.; , J. E.; , R. C. Chemistry. oitava edição Hoboken: Pearson, 2020. página 170.

Alguns exemplos de espectros atômicos são representados na figura a seguir.

Esquema. Cinco faixas representando os espectros atômicos dos elementos: hidrogênio, hélio, lítio, sódio, cálcio. As faixas pretas têm linhas verticais roxas, azuis, amarelas, laranjas e vermelhas, espaçadas umas das outras.
Espectros atômicos (ou espectros de linhas) obtidos com alguns elementos. Note que são espectros descontínuos e que as linhas coloridas obtidas dependem do elemento utilizado.

Fonte: , J. Chemistry. quinta edição Nova iórqueMcGraw-Hill, 2020. página 243.

Postulados do modelo atômico de Bór

O modelo atômico de Bór, uma proposta para explicar o espectro de linhas de elementos químicos, foi desenvolvido pelo dinamarquês Bór (1885-1962), em 1913. Para elaboração de seu modelo atômico, o cientista propôs alguns postulados (afirmações consideradas verdadeiras sem demonstração, pontos de partida para um raciocínio). Entre esses postulados estão os seguintes:

  • Os elétrons nos átomos movimentam-se ao redor do núcleo em trajetórias circulares (chamadas de camadas, ou níveis, e designadas por K, L, M, N etcétera; a camada mais próxima do núcleo é designada pela letra K, e assim sucessivamente).
  • Cada um dêsses níveis tem um valor determinado de energia. (Por isso, são também denominados níveis de energia.)
  • Não é permitido a um elétron permanecer entre dois níveis.
  • Um elétron pode passar de um nível para outro de maior energia, desde que absorva energia externa (ultravioleta, luz visível, infravermelho etcétera). Quando isso acontece, dizemos que o elétron foi excitado ou que ocorreu uma transição eletrônica para um nível de maior energia (veja o esquema A).
  • Um elétron excitado pode sofrer transição eletrônica de retôrno ao nível inicial. Nesse caso, há liberação de energia, por exemplo, como luz visível ou ultravioleta (esquema B).

Uma novidade dêsse modelo é que a energia dos elétrons é quantizada, ou seja, apresenta apenas determinados valores.

Utilizando o modelo de Bór, podem-se explicar os espectros atômicos (esquema C). Os elétrons são excitados pela energia elétrica, na lâmpada de gás. Em seguida, ao retornarem aos níveis de menor energia, liberam energia na fórma de luz. Como a cor da luz emitida depende da diferença de energia entre os níveis envolvidos na transição e como essa diferença varia de elemento para elemento, a luz apresentará cor característica para cada elemento.

Esquema A. Sinal de positivo no centro de quatro círculos concêntricos. Uma seta representando energia cruza os círculos, até chegar no menor deles, onde tem um ponto vermelho e uma seta para fora. Texto: A absorção de energia excita o elétron. Esquema B. Sinal de positivo no centro de quatro círculos concêntricos. No terceiro círculo há um ponto vermelho e uma seta para dentro. Dela sai uma seta representando energia. Texto: No retorno do elétron ocorre a liberação de energia.
Esquema C. Sinal de positivo no centro de quatro círculos concêntricos. Cada um representa um nível de energia. De dentro para fora: 1º nível (camada K); 2º nível (camada L); 3º nível (camada M); 4º nível (camada N). Cada uma das 3 camadas exteriores tem um ponto vermelho com uma seta para dentro, indicando o retorno do elétron excitado. Esquema. Representação dos níveis de energia e das transições eletrônicas. Faixa preta vertical com três linhas coloridas, de cima para baixo: uma azul, uma amarela e uma vermelha. Texto: Cores diferentes. Texto: Representação de espectro de linhas (cada linha corresponde a uma transição). Do lado direito, seta para cima: Frequência aumenta (luzes de diferentes cores e tonalidades têm ondas de diferentes frequências).  À esquerda, há quatro linhas horizontais representando os 4 níveis de energia. No segundo, no terceiro e no quarto tem uma bolinha preta com uma seta até o primeiro nível, que está abaixo. Seta do primeiro nível em direção ao quarto nível indica o aumento de energia.
A. Esquema de uma excitação eletrônica, que ocorre com absorção de energia. B. Esquema do retôrno do elétron. Nessa transição de retôrno, há liberação de energia. C. Esquema que explica a emissão de apenas algumas cores nos espectros atômicos.

Fontes: Esquemas A, B e C elaborados a partir de uólquer, J. Halliday & Resnick Fundamentals of Physics. décima edição reeditada e estendida. Hoboken: John Wiley, 2018. página .1207; Silberberg; M. S.; AMATEIS; P. G. Chemistry: the molecular nature of matter and change. oitava edição Nova iórqueMcGraw-Hill. 2018. página 305.

5. Algumas aplicações do modelo de Bór

O teste da chama

O procedimento que comentaremos a seguir é conhecido como teste da chama. Ele teve importância histórica como um dos métodos empregados na detecção de certos elementos metálicos em amostras de minerais. Devido aos riscos potenciais envolvidos, NÃO deve ser realizado pelos estudantes!

Na ponta (curvada em fórma de pequeno círculo) de um fio feito de níquel e crômio (metais que não interferem no resultado do experimento), coloca-se uma pequena amostra de cloreto de sódio (êne áCl) e leva-se à chama de um bico de Bansen, segurando-o com um pregador de madeira ou fixado a um bastão de vidro para não queimar os dedos. Isso está mostrado na foto A.

A observação que se faz é que a chama, inicialmente azul bem clara, quase transparente, adquire uma intensa coloração amarela. Repetindo-se esse procedimento, porém utilizando brometo de sódio (êne áBr) ou iodeto de sódio (êne áI), também se observa que a chama adquire coloração amarela.

Como esse fio, levado à chama sem a presença do composto, não produz coloração na chama, isso parece indicar que o sódio deve ser o responsável pela coloração.

De fato, ao repetir esse procedimento com compostos de alguns outros elementos metálicos, percebe-se que cada um deles produz uma cor característica ao ser submetido à chama. Algumas dessas cores estão relacionadas na tabela que traz as cores emitidas pelos átomos de alguns elementos no teste da chama.

A cor no teste da chama é uma característica do elemento metálico presente no composto analisado.

Fotografia A. Destaque para a mão de uma pessoa segurando uma haste na chama que sai de um bico de Bunsen. A chama está amarela.
Teste da chama com o elemento sódio.
Cores emitidas pelos átomos de alguns elementos no teste da chama

Elemento

Cor

Sódio

Amarelo

Potássio

Violeta

Cálcio

Vermelho-tijolo

Estrôncio

Vermelho-carmim

Bário

Verde-amarelado

Cobre

Verde-azulado

Fontes: , D. D.; , S. D. General Chemistry. décima primeira edição Boston: Cengage, 2017. página 216; , N. J. Principles of Chemistry: a molecular approach. quarta edição Harlow: Pearson, 2021. página 367.

Explicação da luz emitida no teste da chama

Quando os átomos de um elemento são colocados na chama, o calor excita alguns elétrons, isto é, faz com que passem para níveis de maior energia. Ao voltarem aos níveis iniciais, liberam energia na fórma de luz de várias cores, que são características dos átomos de cada elemento; são as cores que aparecem no espectro atômico do elemento. A mistura dessas cores, emitidas simultaneamente por diversos átomos, resulta na cor vista no teste da chama.

Fotografia B. Destaque para a mão de uma pessoa segurando uma haste na chama que sai de um bico de Bunsen. A chama está violeta. Fotografia C. Destaque para a mão de uma pessoa segurando uma haste na chama que sai de um bico de Bunsen. A chama está vermelha. Fotografia D. Destaque para a mão de uma pessoa segurando uma haste na chama que sai de um bico de Bunsen. A chama está verde.
Teste da chama com os elementos potássio (B), estrôncio (C) e cobre (D).
Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: ciência e tecnologia.

Fogos de artifício

Quando os fabricantes desejam produzir fogos de artifício coloridos, eles misturam à pólvora compostos de certos elementos químicos apropriados.

Para obter a cor amarela, por exemplo, adicionam sódio. Para conseguir o vermelho-carmim, colocam estrôncio. Quando querem o verde-azulado, usam cobre. Desejando o verde, empregam bário.

A cor que um elemento dá aos fogos de artifício é a mesma que ele tem no teste da chama. No momento em que a pólvora explode, a energia liberada na explosão excita os elétrons dêsses átomos. Quando retornam aos níveis de menor energia, liberam luz colorida: exatamente a cor que seria vista no teste da chama.

ATENÇÃO!

NUNCA caia na tentação de manipular fogos de artifício. Acidentes sérios, com queimaduras e até morte, atestam o risco que é manuseá-los.

Fotografia. Fogos de artifício coloridos no céu noturno.
A energia liberada na explosão da pólvora dos fogos de artifício excita elétrons de elementos usados na fabricação. Na transição eletrônica de retôrno, há liberação de luzes de diferentes cores, dependendo dos elementos utilizados.
Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: ciência e tecnologia.

Luminosos e lâmpadas de gás

Os luminosos de neônio e as lâmpadas de vapor de sódio ou mercúrio são dispositivos de funcionamento similar. Neles, há uma substância em fase gasosa (gás neônio, vapor de sódio e vapor de mercúrio, respectivamente), cujos elétrons são excitados pela energia elétrica. Quando esses elétrons retornam a níveis de menor energia, há a emissão de luz.

Nos luminosos de gás neônio, a luz emitida é vermelha, e, nas lâmpadas de vapor de sódio, é amarela.

Nas lâmpadas de vapor de mercúrio, também conhecidas como lâmpadas fluorescentes, há liberação de quantidade apreciável de ultravioleta, que não é visível. A pintura que reveste tais lâmpadas contém uma substância especial (denominada fluorescente), que absorve o ultravioleta e reemite luz branca, visível.

Fotografia. Poste de iluminação, com lâmpada de luz amarela.
Lâmpada de vapor de sódio.
Fotografia. Lâmpada fluorescente acesa, com luz branca.
Lâmpada fluorescente de mercúrio.
Fotografia. Porta de vidro com um letreiro aceso com a palavra “café” em laranja.
Luminoso de neônio.
Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: ciência e tecnologia.

Teclas e ponteiros fosforescentes

Alguns materiais, quando absorvem ultravioleta ou outras variedades de ondas eletromagnéticas, emitem luz visível. Esse fenômeno é chamado genericamente de luminescência.

Quando a emissão ocorre imediatamente após a absorção, o fenômeno é chamado de fluorescência. Se, por outro lado, a emissão demorar alguns segundos ou até mesmo algumas horas, é denominado fosforescência. As teclas de interruptores e os ponteiros de relógio que brilham no escuro são feitos de materiais fosforescentes. Alguns elétrons são excitados quando esses materiais estão iluminados e, gradualmente, retornam à situação inicial, emitindo luminosidade. Por isso, quando apagamos as luzes, permanecem visíveis durante algum tempo.

Fotografia. Duas imagens de um interruptor. Uma delas está no claro e a outra está no escuro, com o botão brilhando.
Tecla fosforescente de interruptor elétrico, em ambiente iluminado (à esquerda) e em ambiente recém-escurecido (à direita).

6. Distribuição eletrônica nas camadas

Distribuição eletrônica do hidrogênio ao argônio

Cada uma das camadas eletrônicas pode comportar um diferente número máximo de elétrons. Por exemplo, a primeira das camadas comporta no máximo 2 elétrons, a segunda, no máximo 8, e a terceira, no máximo 18.

Existe uma tendência de os elétrons ocuparem camadas de ener­gia mais baixa. Quando os elétrons estão na situação de menor ener­gia possível, dizemos que o átomo está em seu estado fundamental.

Usando técnicas experimentais adequadas, os cientistas determinaram a distribuição eletrônica em camadas para os átomos dos elementos químicos, ou seja, quantos elétrons há em cada um dos níveis da eletrosfera dos átomos (eletricamente neutros e no estado fundamental). A seguir, veja a distribuição eletrônica dos átomos de hidrogênio (Z = 1) até argônio (Z = 18).

Esquema. Quadrados com informações sobre os elementos. No canto superior esquerdo, símbolo. No centro, círculos concêntricos azuis. Nos círculos tem o número de prótons no núcleo em branco e nas camadas azuis, o número de elétrons na 1ª, na 2ª e na 3ª camada. Coluna 1. H. Número de prótons: 1. Número de elétrons na 1ª camada: 1. Li. Número de prótons: 3. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 1. Na. Número de prótons: 11. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Número de elétrons na 3ª camada: 1. Coluna 2. Be. Número de prótons: 4. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 2. Mg. Número de prótons: 12. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Número de elétrons na 3ª camada: 2. Coluna 13. B. Número de prótons: 5. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 3. Al. Número de prótons: 13. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Número de elétrons na 3ª camada: 3. Coluna 14. C. Número de prótons: 6. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 4. Si. Número de prótons: 14. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Número de elétrons na 3ª camada: 4. Coluna 15. N. Número de prótons: 7. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 5. P. Número de prótons: 15. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Número de elétrons na 3ª camada: 5. Coluna 16. O. Número de prótons: 8. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 6. S. Número de prótons: 16. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Número de elétrons na 3ª camada: 6. Coluna 17. F. Número de prótons: 9. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 7. Cl. Número de prótons: 17. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Número de elétrons na 3ª camada: 7. Coluna 18. He. Número de prótons: 2. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Ne. Número de prótons: 10. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Ar. Número de prótons: 18. Número de elétrons na 1ª camada: 2. Número de elétrons na 2ª camada: 8. Número de elétrons na 3ª camada: 8.
Distribuição eletrônica dos átomos dos primeiros 18 elementos. Veja a legenda para interpretar corretamente os dados.

Fonte: bróun, T. L. êti áli. Chemistry: the central science. décima quinta edição Nova iórquePearson, 2022. página 313.

O átomo de hidrogênio (Z = 1) apresenta 1 próton e 1 elétron. Esse elétron situa-se na primeira camada. No caso do hélio (Z = 2), há dois prótons no núcleo e 2 elétrons na primeira camada. (Os nêutrons presentes situam-se sempre no núcleo, junto com os prótons.)

O átomo de lítio (Z = 3) tem 3 prótons no núcleo e 3 elétrons na eletrosfera, dos quais dois ocupam a primeira camada, preenchendo-a, e o terceiro ocupa a segunda camada. À medida que percorremos a tabela periódica, a cada aumento de uma unidade no número atômico, tem-se aumento de 1 próton no núcleo e de 1 elétron na eletrosfera. Esse elétron adicional tende a ocupar a camada de menor energia que ainda tenha capacidade para comportá-lo. Quando uma camada está preenchida, o elétron adicional ocupa uma nova camada.

Esse raciocínio se aplica bem aos primeiros elementos, até o argônio. A partir daí, observa-se que alguns elétrons ocupam uma camada mais externa, mesmo que a anterior não esteja totalmente preenchida. Isso é explicado por um modelo mais avançado, o modelo de subníveis, que pode ser estudado no Ensino Médio e na Universidade.

Distribuições eletrônicas:

:          K–1

agá ê:        K–2

éle i:          K–2 L–1

bê ê:        K–2 L–2

bit:          K–2 L–3

centésimo:          K–2 L–4

:          K–2 L–5

:          K–2 L–6

éfe:           K–2 L–7

₁₀êne ê:       K–2 L–8

₁₁êne á:       K–2 L–8 M–1

:      K–2 L–8 M–2

etcétera

Distribuição eletrônica dos elementos representativos

O esquema a seguir apresenta a distribuição eletrônica de diversos elementos representativos (grupos 1, 2 e de 13 a 18).

Analise o esquema com atenção. As informações nele contidas serão bastante úteis para evidenciar que existe uma relação entre a distribuição eletrônica de um elemento e sua posição na tabela periódica, ou seja, seu período (linha, horizontal) e seu grupo (coluna, vertical).

Esquema. Quadrado representando um elemento da tabela periódica. Dentro, no meio, Fr: símbolo do elemento. Abaixo, 87: número atômico. Na lateral direita, de cima para baixo, 2, 8, 18, 32, 18, 8, 1: número de elétrons na camada K, L, M, N, O, P, Q.
Esquema. Parte da tabela periódica. Cada quadrado representa um elemento. Dentro, o símbolo do elemento, abaixo o número atômico. Na direita, número de elétrons nas camadas: K, L, M, N, O, P, Q. Coluna 1. Primeiro período. H. Número atômico: 1. Número de elétrons: 1. Segundo período. Li. Número atômico: 3. Número de elétrons: 2, 1. Terceiro período. Na. Número atômico: 11. Número de elétrons: 2, 8, 1. Quarto período. K. Número atômico: 19. Número de elétrons: 2, 8, 8, 1. Quinto período. Rb. Número atômico: 37. Número de elétrons: 2, 8, 18, 8, 1. Sexto período. Cs. Número atômico: 55. Número de elétrons: 2, 8, 18, 18, 8, 1. Sétimo período. Fr. Número atômico: 87. Número de elétrons: 2, 8, 18, 32, 18, 8, 1. Coluna 2. Segundo período. Be. Número atômico: 4. Número de elétrons: 2, 2. Terceiro período. Mg. Número atômico: 12. Número de elétrons: 2, 8, 2. Quarto período. Ca. Número atômico: 20. Número de elétrons: 2, 8, 8, 2. Quinto período. Sr. Número atômico: 38. Número de elétrons: 2, 8, 18, 8, 2. Sexto período. Ba. Número atômico: 56. Número de elétrons: 2, 8, 18, 18, 8, 2. Sétimo período. Ra. Número atômico: 88. Número de elétrons: 2, 8, 18, 32, 18, 8, 2. Coluna 13. Segundo período. B. Número atômico: 5. Número de elétrons: 2, 3. Terceiro período. Al. Número atômico: 13. Número de elétrons: 2, 8, 3. Quarto período. Ga. Número atômico: 31. Número de elétrons: 2, 8, 18, 3. Quinto período. In. Número atômico: 49. Número de elétrons: 2, 8, 18, 18, 3. Sexto período. Tl. Número atômico: 81. Número de elétrons: 2, 8, 18, 32, 18, 3. Coluna 14. Segundo período. C. Número atômico: 6. Número de elétrons: 2, 4. Terceiro período. Si. Número atômico: 14. Número de elétrons: 2, 8, 4. Quarto período. Ge. Número atômico: 32. Número de elétrons: 2, 8, 18, 4. Quinto período. Sn. Número atômico: 50. Número de elétrons: 2, 8, 18, 18, 4. Sexto período. Pb. Número atômico: 82. Número de elétrons: 2, 8, 18, 32, 18, 4. Coluna 15. Segundo período. N. Número atômico: 7. Número de elétrons: 2, 5. Terceiro período. P. Número atômico: 15. Número de elétrons: 2, 8, 5. Quarto período. As. Número atômico: 33. Número de elétrons: 2, 8, 18, 5. Quinto período. Sb. Número atômico: 51. Número de elétrons: 2, 8, 18, 18, 5. Sexto período. Bi. Número atômico: 83. Número de elétrons: 2, 8, 18, 32, 18, 5. Coluna 16. Segundo período. O. Número atômico: 8. Número de elétrons: 2, 6. Terceiro período. S. Número atômico: 16. Número de elétrons: 2, 8, 6. Quarto período. Se. Número atômico: 34. Número de elétrons: 2, 8, 18, 6. Quinto período. Te. Número atômico: 52. Número de elétrons: 2, 8, 18, 18, 6. Sexto período. Po. Número atômico: 84. Número de elétrons: 2, 8, 18, 32, 18, 6. Coluna 17. Segundo período. F. Número atômico: 9. Número de elétrons: 2, 7. Terceiro período. Cl. Número atômico: 17. Número de elétrons: 2, 8, 7. Quarto período. Br. Número atômico: 35. Número de elétrons: 2, 8, 18, 7. Quinto período. I. Número atômico: 53. Número de elétrons: 2, 8, 18, 18, 7. Sexto período. At. Número atômico: 85. Número de elétrons: 2, 8, 18, 32, 18, 7. Coluna 18. Primeiro período. He. Número atômico: 2. Número de elétrons: 2. Segundo período. Ne. Número atômico: 10. Número de elétrons: 2, 8. Terceiro período. Ar. Número atômico: 18. Número de elétrons: 2, 8, 8. Quarto período. Kr. Número atômico: 36. Número de elétrons: 2, 8, 18, 8. Quinto período. Xe. Número atômico: 54. Número de elétrons: 2, 8, 18, 18, 8. Sexto período. Rn. Número atômico: 86. Número de elétrons: 2, 8, 18, 32, 18, 8.
Distribuição eletrônica dos átomos dos elementos representativos (isto é, dos grupos 1, 2 e de 13 a 18 da tabela periódica). Siga a legenda, apresentada no alto, à direita, para interpretar corretamente os dados.

Fonte: bróun, T. L. êti áli. Chemistry: the central science. décima quinta edição Nova iórquePearson, 2022. página 313.

7. Distribuição eletrônica e tabela periódica

Número de camadas eletrônicas e período do elemento

Analisando os dados do esquema anterior, é possível perceber que os elementos do primeiro período (agá e agá ê) apresentam átomos com uma camada eletrônica, elementos do segundo período (éle i, ê, , , êne, óh, éfe e êne ê) apresentam átomos com duas camadas e assim sucessivamente até os elementos do sétimo período, cujos átomos têm sete camadas.

Concluímos, portanto, que elementos de um mesmo período apresentam átomos com igual número de camadas eletrônicas. Além disso, o número de camadas eletrônicas com elétrons é igual ao número do período do elemento na tabela periódica.

Camada de valência e grupo do elemento

Pelos dados do esquema reproduzido anteriormente, também é possível perceber que os átomos de elementos de um mesmo grupo (família) apresentam em comum o número de elétrons na última camada.

Os átomos de elementos do grupo 1 apresentam 1 elétron na última camada. A diferença entre a eletrosfera de seus átomos está no número de camadas. O átomo de agá (primeiro período) tem uma camada, o de éle i (segundo período) duas camadas, o de êne á (terceiro período) três camadas etcétera

Os átomos de elementos do grupo 2 têm 2 elétrons na última camada, os do grupo 13 têm 3 elétrons na última camada, os do grupo 14 têm 4 elétrons e assim por diante.

A camada mais externa do átomo de um elemento químico é aquela envolvida diretamente no estabelecimento de união com . Ela é denominada camada de valência e os elétrons dessa camada são chamados de elétrons de valência.

Elementos de um mesmo grupo (mesma família) da tabela periódica têm o mesmo número de elétrons na camada de valência.

Exceção a isso é o elemento hélio ( = 2). Seus átomos apresentam 2 elétrons na camada de valência, mas ele não é colocado no grupo 2. Suas propriedades não se assemelham às dos elementos daquele grupo, mas sim às dos gases nobres (êne ê, á érre, , xis ê, ). Por isso, o hélio é considerado gás nobre e é incluído no grupo 18 da tabela periódica.

Esquema. Parte da tabela periódica. Cada quadrado representa um elemento. Dentro, o símbolo do elemento com bolinhas ao redor. Coluna 1, todos os elementos têm 1 bolinha: H, Li, Na, K, Rb, Cs, Fr. Segunda coluna, todos os elementos têm 2 bolinhas: Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra. Décima terceira coluna, todos os elementos têm 3 bolinhas: B, Al, Ga, In, Tl. Décima quarta coluna, todos os elementos têm 4 bolinhas: C, Si, Ge, Sn, Pb. Décima quinta coluna, todos os elementos têm 5 bolinhas: N, P, As, Sb, Bi. Décima sexta coluna, todos os elementos têm 6 bolinhas: O, S, Se, Te, Po. Décima sétima coluna, todos os elementos têm 7 bolinhas: F, Cl, Br, I, At. Décima oitava coluna, o primeiro elemento tem 2 bolinhas: He, os demais têm oito bolinhas: Ne, Ar, Kr, Xe, Rn.
A ilustração mostra os símbolos dos elementos representativos. Ao redor dêsses símbolos, os elétrons de valência são representados como pequenas bolinhas. Tal simbologia é conhecida como representação de LIUÍS e será bastante útil na compreensão das ligações (uniões) químicas entre átomos, que estudaremos no próximo capítulo.

Fonte: Xâng, R.; , K. A. Chemistry. edição Nova iórque: McGraw-Hill, 2019. página 368.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Ondas dividem-se em: mecânicas, que se propagam apenas se houver um meio material. Ondas dividem-se em eletromagnéticas,  podem se propagar também no vácuo. Eletromagnéticas relacionadas ao modelo atômico de Bohr contém postulados sobre órbitas eletrônicas e transições eletrônicas, de excitação eletrônica, em que há absorção de energia, e retorno de elétron, em que há liberação de energia. Ondas eletromagnéticas diferenciadas pela frequência, usada como critério para dividi-las, por exemplo, em ondas de rádio e de TV, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x, raios gama.
Ícone. Lâmpada.

Atividades

Use o que aprendeu

  1. Faça uma lista das utilidades das ondas eletromagnéticas em seu dia a dia. Confronte-a com a de seus colegas e, a seguir, responda: a huma­ni­­dade teria a mesma qualidade de vida se não utilizasse as tecnologias as­so­ciadas às ondas eletromagnéticas? Justifique sua opinião.
  2. Na sua opinião, qual dos tipos de onda eletromagnética é o mais útil para você em seu dia a dia? Por quê?
  3. Os raios X não são úteis apenas em Medicina. Pesquise e responda qual é a utilidade dos raios X:
    1. na segurança de aeroportos;
    2. na indústria.
  4. Em algumas cidades brasileiras existem sensores no pavimento das ruas, es­paçados a intervalos predeterminados, que, pressionados suces­si­vamente pelas rodas de um veículo, permitem avaliar a velocidade dele e, se estiver acima do permitido, fotografá-lo. Algumas pessoas chamam esse dispositivo de “radar”.

Explique por que essa denominação não está correta.

  1. Boa parte dos satélites usados em comunicação são geoestacio­nários, ou seja, orbitam ao redor da Terra completando uma volta a cada 24 horas, o que faz com que estejam em órbita sempre sôbre uma mesma região. Explique por que é conveniente que um satélite usado em comunicações seja geoestacionário.
  2. Pesquise em que época viveu e qual foi sua contribuição para a humanidade. Como o trabalho de outros cientistas possibilitou essa contribuição? Elabore um pequeno texto explicando que o conhecimento científico é uma produção coletiva. Use argumentos válidos que façam parte de seus conhecimentos e/ou que você tenha pesquisado em fontes confiáveis de informação.
  3. O rubídio é um metal alcalino que se encontra no quinto período da tabela periódica. Sem consultar a tabela, é possível dizer quantas camadas eletrônicas apresenta um átomo dêsse elemento e quantos elétrons há em sua camada de valência? Justifique sua resposta.
  4. O chumbo é o elemento do sexto período, grupo 14. Sem consultar a tabela periódica, é possível prever quantos elétrons há na camada de valência de um átomo de chumbo? Explique.
  5. Dois dos elementos químicos representativos muito importantes para a saúde óssea têm as seguintes características: um deles apresenta átomos com quatro camadas eletrônicas e dois elétrons na última delas; os átomos do outro têm três camadas eletrônicas e cinco elétrons na última camada.
    1. Você consegue prever o período e o grupo dêsses elementos na tabela periódica, sem consultar o esquema de distribuições eletrônicas apresentado no texto? Justifique.
    2. Agora, consulte a tabela periódica e diga que elementos são esses.
  6. Os átomos de um elemento químico presente em quantidade apreciável no corpo humano apresentam 8 prótons e 8 elétrons (além de nêutrons, é claro).
    1. Qual é a distribuição eletrônica nas camadas dos átomos dêsse elemento?
    2. A que grupo da tabela periódica ele deve pertencer?
  7. Os átomos de outro elemento químico presente em quantidade apreciável no corpo humano têm 6 prótons e 6 elétrons (e também nêutrons).
    1. Qual é a distribuição eletrônica nas camadas dos átomos dêsse elemento?
    2. A que grupo da tabela periódica ele deve pertencer?

Seu aprendizado não termina aqui

O efeito das ondas eletromagnéticas de diferentes frequências sobre a saúde humana é o tema de muitos estudos científicos. De vez em quando, surgem novas descobertas. Fique atento às notícias sobre esse assunto, pois ele certamente é de seu interesse.

Ícone. Símbolo de hashtag.

Fechamento da unidade

Isso vai para o nosso blog!

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: saúde. Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: ciência e tecnologia.
Ícone. Lupa

Os elementos químicos

A critério do professor, a classe será dividida em grupos e cada um deles criará e manterá um blog na internet sôbre a importância do que se aprende em Ciências da Natureza. Nesta atividade, a meta é selecionar informações (acessar, reunir, ler, analisar, debater e escolher as mais relevantes e confiáveis) relacionadas aos tópicos a seguir para incluir no blog.

Ilustração. Três adolescentes de uniforme escolar sentados na frente de um computador. Um garoto moreno de cabelo preto, um garoto branco de cabelo loiro e outro garoto moreno com o cabelo preto cacheado. Na tela do computador, interface de um blog com quadros coloridos. De cada quadro sai uma linha de chamada: O professor atribuirá à equipe alguns elementos químicos, para que cada um deles seja foco das perguntas a seguir. É necessário à saúde humana? Em caso afirmativo, que problemas sua falta causa? Em que ano foi descoberto? Quem foi seu descobridor? Que fatos curiosos podem ser relatados sobre esse elemento químico? Tem aplicações importantes para a sociedade? É tóxico ao ser humano ou a outras formas de vida? Que malefícios pode nos causar? Causa danos ambientais? Quais?