SUPLEMENTO DE PROJETOS
PROJETO 1 – Tinta invisível
Objetivo
Escrever num papel com tinta invisível e, a seguir, tornar a escrita visível usando uma reação química.
Vocês vão precisar de:
- suco de limão espremido na hora (Lavem bem as mãos antes de se expor ao sol!)
- folha de papel branco
- água
- conta-gotas
- colhér
- pincel fino
- pincel grosso
- dois copos de vidro (de requeijão)
- tintura de iodo (adquirida em farmácia) (Cuidado, pois ela mancha a pele e as roupas!)
Procedimento
1. Usem o pincel fino para escrever com o suco de limão na folha de papel (figura A).
- Esperem até que o papel seque à sombra. Não levem o papel ao sol nem se exponham à luz solar antes de lavar bem as mãos para remover qualquer respingo de suco de limão. Tomar sol com suco de limão na pele produz queimaduras e manchas escuras que levam muito tempo para sair.
- Adicionem 60 gotas de tintura de iodo a meio copo (de requeijão) de água (figura B) e mexam com uma colhér.
4. Mergulhem o pincel grosso nesse líquido e esfreguem-no sôbre a folha. Observem os dizeres se tornarem visíveis (figura C).
5. Proponham uma explicação para o que vocês observaram. Comparem sua explicação com a de outros grupos e discutam-na com o professor.
PROJETO 2 – Determinação da velocidade média de um móvel
Objetivo
Realizar medidas experimentais que permitam calcular a velocidade média de uma gota de água caindo através de óleo de cozinha.
Este experimento deve ser feito por grupos de três ou mais estudantes.
O grupo vai precisar de:
- régua transparente de 30 centímetros
- óleo de cozinha
- fita adesiva transparente
- cronômetro
- proveta transparente de 1 litro
- lápis e papel
- conta-gotas
- água
Procedimento
- A proveta deve estar limpa e sêca. Ela é um equipamento frágil; é preciso ter cuidado ao manuseá-la para não quebrá-la e não se cortar. Deve-se despejar óleo dentro dela até a marca de 1 litro ou um pouco acima.
- A régua deve ser fixada à proveta com fita adesiva. A indicação inicial da régua, 0 centímetro, deve estar voltada para cima e a indicação final, 30 centímetros, deve estar a cêrca de 2 centímetros da base da proveta, como mostra a figura.
- Um membro do grupo deve pingar uma gota de água dentro da proveta. Outro membro, que manipula o cronômetro, deve acioná-lo assim que a gota estiver na marca de 0 centímetro da régua e desligá-lo quando a gota estiver na marca de 30 centímetros.
- Têm-se, portanto, as medidas da distância percorrida por essa gota e do tempo gasto no percurso. Qual é a velocidade dessa gota em centímetro por segundo? E em métro por segundo? E em quilômetro por hora?
Vá além:
- Gotas de diferentes tamanhos adquirem a mesma velocidade dentro do óleo? O grupo deve tentar descobrir experimentalmente.
- O grupo também deve elaborar um procedimento para verificar experimentalmente se o movimento de uma gota ao longo dos 30 centímetros da régua ocorre com velocidade constante ou se o movimento é acelerado. A seguir, o grupo deve colocar o procedimento em prática a fim de fazer essa verificação.
PROJETO 3 – Verificando algumas ideias de Galileu
Objetivo
Usar um “relógio de água” para investigar um movimento.
Experimento para grupos de três ou mais estudantes. Cada grupo vai precisar de:
- mesa totalmente plana e com quatro pés (ela será usada como um plano inclinado)
- calços para elevar um pouco dois dos pés da mesa
- bolinhas de diferentes massas, perfeitamente esféricas e maciças (podem ser de tamanhos diferentes)
- erlenmeyer (ou outro frasco) para coletar a água sob a bureta
- jarra com água e fita adesiva
Procedimento
- Façam um plano inclinado calçando dois pés de uma das mesas. Uma inclinação de cêrca de 3 graus em relação à horizontal já é o suficiente. As bolinhas vão rolar por esse plano inclinado.
- Grudem dois pedaços de fita adesiva na mesa (figura A). O lado mais alto será a linha de partida da bolinha e o mais baixo, a linha de chegada.
- Em outra mesa, o professor montará o “relógio de água” (figura B).
- Treinem abrir e fechar a torneira da bureta de modo que permita o escoamento mais rápido possível da água. A bureta é um instrumento delicado, cuja torneira pode facilmente travar se não for manipulada com cuidado. Sigam as orientações do professor.
- Encham a bureta com água até o máximo possível (acima, portanto, da indicação do “zero”). Um membro do grupo segura a bolinha na linha de partida; outro abre a torneira para permitir a maior velocidade possível de escoamento da água. Um terceiro membro do grupo dirá “já” quando o nível da água passar pelo zero. Nesse momento, a bolinha deve ser solta.
- Quando a bolinha passar pela linha de chegada, será a vez de o estudante que a soltou dizer “já”. Nesse momento, o estudante que acompanha o nível da água fará a leitura dêsse nível na escala graduada da bureta e anotará em seu caderno o valor. A variação do nível da água durante o percurso da bolinha será considerada um indicador do tempo gasto pelo móvel nesse percurso.
- Para uma mesma inclinação da mesa, deve-se medir a variação do nível da água quando bolinhas de diferentes massas rolam pela mesa, uma de cada vez. Comparem resultados e tirem conclusões.
Vá além:
- Repitam o experimento com outras distâncias entre as linhas e também com outras inclinações do plano. Comparem os resultados. Quais são as conclusões?
- O que se pode afirmar sôbre a precisão dêsse método para medir o tempo? Será que o tempo transcorrido é diretamente proporcional à variação do nível da água na bureta? Esse “relógio de água” poderia ser aprimorado?
PROJETO 4 – Qual será o sexo do bebê?
Objetivo
Simular a distribuição estatística dos dois sexos na reprodução humana.
Vocês vão precisar de:
- feijões-pretos
- feijões marrons de tamanho semelhante ao dos feijões-pretos
- etiqueta
- papel
- caneta
- duas vasilhas pequenas
Procedimento
- Com a caneta e a etiqueta, rotulem uma das vasilhas com a letra A e a outra com a letra B.
- Na vasilha A, coloquem 30 feijões de cada cor e misturem bem.
- Na vasilha B, coloquem 60 feijões marrons.
- Um componente do grupo, por vez, deve posicionar ambas as vasilhas à sua frente, uma à direita e outra à esquerda.
- Esse mesmo estudante deve fechar os olhos, colocar uma mão em cada vasilha e sortear um feijão de cada uma.
- Depois, deverá colocar os dois feijões sorteados sôbre a mesa. Outro estudante do grupo deverá registrar o resultado: ambos marrons ou um de cada cor. Esse estudante deve devolver cada feijão à sua respectiva vasilha e mexer bem.
- O grupo deve repetir os itens 5 e 6 até completar 40 sorteios por estudante.
- Analisem os resultados. O que foi mais frequente: ambos marrons ou um de cada cor? Comparem seu resultado com os de outros grupos. Eles chegaram à mesma conclusão sôbre qual foi o resultado mais frequente?
Vá além:
• Elaborem um texto que compare esse procedimento ao modo como a natureza determina o sexo de um bebê. No texto, deixem claro a que podem ser comparados os feijões marrons e os feijões-pretos e também a que podem ser comparadas as vasilhas A e B.
PROJETO 5 – Simulando a formação de fósseis
Objetivo
Ter noção de como se formam alguns tipos de fósseis.
Vocês vão precisar de:
- massa de modelar
- concha marinha
- gesso em pó
- óleo de cozinha
- água
- colhér de sopa
- copo
- prato
Procedimento
- Lambuzem a parte externa da concha com um pouco de óleo.
- Coloquem massa de modelar no centro do prato e pressionem a concha sôbre ela. Retirem-na delicadamente, de modo que a fórma da concha fique marcada na massa de modelar. Vocês farão, assim, um molde (figura A).
- Coloquem no copo cinco colheres de gesso em pó e três colheres de água. Misturem bem e despejem essa mistura dentro do molde de massa de modelar. Vejam a figura B.
- Esperem o gesso endurecer e separem a massa de modelar do objeto de gesso.
- Pesquisem e respondam: o que esse experimento tem a ver com a formação dos fósseis?
Vá além:
• Usem a criatividade e modifiquem esse experimento. Vocês podem usar outras partes duras de animais e plantas no lugar da concha. Podem também usar outros materiais no lugar do gesso (argila, por exemplo).
PROJETO 6 – Camuflagem e seleção natural
Objetivo
Averiguar a eficiência da camuflagem em insetos.
Vocês vão precisar de:
- gramado
- pedacinhos de mesmo tamanho de papéis de diversas cores (sugerem-se azul-claro, azul-escuro, amarelo, laranja, rosa, vermelho, verde-claro, verde-escuro, preto, marrom, bege, roxo, branco)
Procedimento
- Cada grupo deve espalhar os papéis coloridos na grama, numa mesma região.
- Uma pessoa de cada grupo (que não viu onde os papéis foram espalhados) deve se aproximar dessa região. A cada passo, deve parar e dizer se consegue ver algum dos papéis coloridos.
- Anotem a ordem em que as diferentes cores são descobertas pela pessoa.
- Repitam o procedimento com as outras pessoas do grupo.
- Que cores são vistas com mais facilidade? E quais são mais difíceis de se ver?
Ao finalizar o projeto, lembrem-se de recolher todos os pedacinhos de papel e encaminhá-los à reciclagem!
Vá além:
• Pode-se dizer que essas observações se relacionam com camuflagem? E com adaptação, evolução e seleção natural? Expliquem isso em um pequeno texto.