UNIDADE B

CAPÍTULO 4 Ligações químicas

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: ciência e tecnologia. Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: cidadania e civismo.
Fotografia. Homem negro de cabelo preto e barba. Ele tem uma prótese em uma perna e está de pé em uma pista de corrida com os braços erguidos. Veste uma bermuda verde, com uma pequena bandeira do Brasil perto do bolso e uma camiseta regata amarela com detalhes em verde.
Como os átomos se unem para constituir os materiais? A aplicação de descobertas da pesquisa química (por exemplo, sôbre ligações entre átomos) a produtos que se destinam à sociedade pode proporcionar uma considerável melhoria da qualidade de vida. Entre os muitos avanços recentes está a elaboração de materiais leves e resistentes para confeccionar próteses de membros, como a que o atleta na foto, Thiago Paulino dos Santos, que conquistou a medalha de ouro em atletismo (arremesso de pêso) nas paralimpíadas de Tóquio em 2021, está usando. O exemplo de Thiago é inspirador para atletas de todo o mundo, incentivando o protagonismo de pessoas com deficiência, que toda a sociedade deve valorizar, e a prática de esportes, que deve contribuir para a confraternização e a cultura de paz entre as pessoas.
Respostas e comentários

Este capítulo e seus conteúdos conceituais

  • Noções sôbre ligações químicas
  • Algumas substâncias químicas de importância cotidiana
  • Regra do octeto, distribuição eletrônica nas camadas e suas implicações na previsão de ligações químicas
  • Noções sôbre substâncias iônicas, substâncias moleculares e substâncias metálicas e suas propriedades
  • Importância dos elementos químicos no cotidiano
  • Valência e tabela periódica

Nesta unidade B, um fio condutor são os materiais. O capítulo 4 permite perceber que determinadas propriedades das substâncias são condicionadas pela estrutura submicroscópica, que, por sua vez, está vinculada ao tipo de ligação química entre os átomos.

No capítulo 5, os estudantes verão que materiais em vibração produzem ondas sonoras, caracterizadas por propriedades como frequência e velocidade. A frequência das ondas sonoras está vinculada a características do material que as produz, e a velocidade de propagação depende do material pelo qual se propagam.

O capítulo 6, último da unidade, versa sôbre a interação da luz com materiais. Parte do capítulo se dedica à absorção ou reflexão das componentes da luz branca. Outra parte trabalha a passagem da luz por meios transparentes. Uma terceira parte versa sôbre a reflexão da luz na superfície de materiais, sejam aqueles que a refletem de maneira difusa (uma parede ou uma folha de papel, por exemplo), sejam aqueles que a refletem de maneira regular (um espelho ou uma superfície metálica limpa e polida).

Iniciando a unidade, este capítulo 4 tem como meta estabelecer a noção de que as substâncias podem ser classificadas em três categorias (iônicas, moleculares e metálicas), de acôrdo com o tipo de ligação química presente.

As ligações químicas podem ser classificadas fundamentalmente em interatômicas e intermoleculares. As primeiras, estudadas neste capítulo, subdividem-se em iônica, covalente e metálica, que dão origem a grupos de substâncias que, tipicamente, apresentam algumas semelhanças.

No caso de a ligação interatômica ser covalente ou no caso dos gases nobres (monoatômicos), a substância é constituída por moléculas que, por sua vez, interagem entre si (principalmente nas fases sólida e líquida) por meio de ligações intermoleculares. Uma noção comparativa da intensidade dessas ligações é fornecida na tabela do item 6 dêste capítulo.

Estudar ligações químicas interatômicas inclui perceber que há substâncias que conduzem eletricidade quando sólidas e que exibem brilho característico. Há substâncias que não conduzem corrente elétrica quando sólidas, mas, submetidas a temperaturas suficientemente altas para provocar sua fusão, passam a conduzi-la. E há substâncias que não apresentam condutividade elétrica apreciável em nenhum dos três estados de agregação, à pressão ambiente.

Da percepção da existência dêsses padrões, aliada à inclusão de cargas elétricas no modelo atômico, surgiram propostas de explicação para a ocorrência de ligações químicas entre os elementos e, também, para algumas das propriedades das substâncias resultantes de tais ligações.

tê cê tês Ciência e Tecnologia e Cidadania e Civismo

A foto de abertura, ao relacionar uma aplicação científica (a prótese que o atleta utiliza) à atuação no esporte de uma pessoa com deficiência, permite abordar os Temas Contemporâneos Transversais Ciência e Tecnologia (macroárea homônima) e Educação em Direitos Humanos (macroárea Cidadania e Civismo) na leitura e discussão da legenda.

Saliente a relevância da equidade entre as pessoas e a necessidade da valorização da cultura de paz na sociedade, o que implica a eliminação de todas as fórmas de preconceito.

Motivação

Em Ciência, um importante procedimento é classificar os objetos em estudo, ou seja, separá-los em categorias de acôrdo com suas semelhanças.

Vamos, inicialmente, conhecer uma possível classificação de substâncias químicas, que as divide em três grupos, de acôrdo com suas propriedades. Com essa finalidade, as propriedades de algumas substâncias são apresentadas na tabela. As propriedades são:

  • temperatura de fusão;
  • condutividade elétrica em fase sólida;
  • condutividade elétrica em fase líquida.

A condutividade elétrica é a propriedade que diferencia um condutor de um isolante elétrico (conceitos vistos no item 4 do capítulo 2). Os condutores elétricos apresentam elevada condutividade elétrica, ou seja, cargas elétricas podem se movimentar através deles com facilidade. Os isolantes elétricos, ao contrário, têm condutividade elétrica nula. Em outras palavras, podemos dizer que os condutores elétricos conduzem corrente elétrica e os isolantes elétricos não a conduzem.

Analise os dados da tabela e veja se você percebe quais são as regularidades usadas para agrupar essas substâncias em três categorias distintas. Registre suas conclusões no caderno e volte a elas após estudar o capítulo, reformulando-as se julgar necessário.

Fotografia. Uma bandeja de prata atrás com uma garrafa de plástico com água, um copo com água, um pote com sal e um saquinho com sal.
Note, consultando a tabela apresentada nesta seção, que o cloreto de sódio (êne á cê éle), constituinte do sal de cozinha, é colocado no grupo das substâncias denominadas iônicas, que a água (agáóh) é incluída no grupo das substâncias moleculares e que a prata está no grupo das substâncias metálicas.
Propriedades de algumas substâncias químicas

Substância

Fórmula que representa a substância

Temperatura de fusão (°C)

Conduz corrente elétrica em:

fase sólida?

fase líquida?

Substâncias iônicas

Cloreto de lítio

LiCl

610

Não

Sim

Brometo de potássio

KBr

734

Não

Sim

Cloreto de cálcio

CaCl2

775

Não

Sim

Cloreto de sódio

NaCl

801

Não

Sim

Óxido de alumínio

Al2O3

2.053

Não

Sim

Óxido de magnésio

MgO

2.825

Não

Sim

Substâncias moleculares

Etanol

C2H6O

–114

Não

Não

Cloro

Cl2

–102

Não

Não

Água

H2O

0

Não

Não

Naftaleno

C10H8

80

Não

Não

Iodo

I2

114

Não

Não

Glicose

C6H12O6

150

Não

Não

Substâncias metálicas

Alumínio

Al

660

Sim

Sim

Prata

Ag

962

Sim

Sim

Ouro

Au

1.064

Sim

Sim

Cobre

Cu

1.085

Sim

Sim

Ferro

Fe

1.538

Sim

Sim

Platina

Pt

1.768

Sim

Sim

Fonte das temperaturas de fusão: HAYNES, W. M. (ed.) CRC Handbook of Chemistry and Physics. 97. ed. Boca Raton: CRC Press, 2016. p. 3-4ss e 4-44ss.

Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

A foto e o texto de abertura dêste capítulo possibilitam o desenvolvimento: da competência geral 2, pois incentivam a exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade; da competência geral 6, por estimularem o estudante a valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade; da competência específica 3, porque auxiliam em analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico, como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza; e da competência específica 4, pois estimulam a avaliar aplicações e implicações culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.

Desenvolvimento do tema

1. Tipos de substâncias que estudaremos

Um dos possíveis critérios de classificação das substâncias, que é o empregado na tabela anterior, divide-as nos três grupos a seguir. Estudaremos a razão dos nomes dos grupos neste capítulo.

  • Substâncias iônicas — conduzem a corrente elétrica em fase líquida, mas não em fase sólida. Têm temperaturas de fusão altas. Esse grupo inclui éle iCl, KBr, Cê aCl₂, êne áCl, a éle₂O e ême gê ó.
  • Substâncias moleculares — não conduzem corrente elétrica nas fases sólida e líquida. Apresentam, em geral, temperaturas de fusão mais baixas que as substâncias dos outros dois grupos. Nesse grupo estão agáóh, cê éle, agáóh, agá, ih e agáóh.
  • Substâncias metálicas — conduzem corrente elétrica tanto na fase sólida quanto na líquida. Diversas delas têm temperaturas de fusão relativamente altas. Aqui se incluem a éle, á gê, á ú, cê ú, éfe ê, pê tê.

Interrompa sua leitura por alguns instantes e procure na tabela periódica os elementos que formam essas substâncias. Verifique se são metais ou não metais. A que conclusão você chegou?

Fotografia. Uma pedra preciosa azul brilhante.
A safira é constituída principalmente de a éleóh, uma substância iônica incolor. A cor se deve à pequena quantidade de “impurezas” presentes.
Fotografia. Colher de pau com açúcar.
A glicose, sólido cristalino branco, é uma substância molecular de fórmula agáóh.
Fotografia. Maleta de alumínio prateada.
O alumínio, sólido empregado na fabricação dessa maleta, é uma substância metálica de fórmula a éle.

2. Ligações químicas que estudaremos

Ligações químicas e camada de valência

Todas as substâncias químicas são formadas por átomos de elementos químicos. Os cientistas observaram que a imensa maioria das substâncias conhecidas é formada por átomos combinados, unidos, ligados a outros. Às vezes são átomos de um mesmo elemento, às vezes de elementos diferentes.

Dos milhões de substâncias conhecidas, sabe-se de apenas seis nas quais existem átomos não ligados a outros. Essas substâncias são o hélio, o neônio, o argônio, o criptônio, o xenônio e o radônio, gases presentes em pequena quantidade na atmosfera terrestre e formados por átomos não combinados de elementos do grupo 18 da tabela periódica (agá ê, êne ê, á érre, , xis ê, ), o grupo dos gases nobres. Além disso, até hoje não foi descoberta sequer uma substância natural na qual átomos de gases nobres estejam combinados entre si ou com átomos de outros elementos.

Essas observações forneceram evidências iniciais aos cientistas para esclarecer como os átomos se combinam. Já que a eletrosfera é a parte mais externa dos átomos e o núcleo é muito pequeno, parece razoável ser a eletrosfera que atua na combinação dos átomos. Hoje, sabe-se que todas as ligações químicas entre átomos têm origem elétrica, representando compromissos entre fôrças atrativas (entre cargas de sinais diferentes) e fôrças repulsivas (entre cargas de sinais iguais).

Respostas e comentários

Itens 1 e 2

No item 1, um aspecto que pode ser discutido por você é um procedimento frequente em Ciências da Natureza: classificar objetos em estudo, isto é, separá­‑los em categorias de acôrdo com suas propriedades. Em se tratando de substâncias químicas, um dos possíveis esquemas classificatórios consiste em dividi­‑las em três grupos, de acôrdo com o conjunto das propriedades temperatura de fusão e condutividade elétrica, tanto em fase sólida quanto em fase líquida.

Ao longo do capítulo, os estudantes perceberão que essas propriedades estão relacionadas ao tipo de ligação química interatômica. Um dos grupos é o das substâncias tipicamente iônicas, que têm em comum o fato de a ligação ser predominantemente iônica. Elas apresentam elevadas temperaturas de fusão e conduzem bem a corrente elétrica na fase líquida, mas não na fase sólida.

Outro grupo é o das substâncias tipicamente moleculares, nas quais os átomos se unem por ligação predominantemente covalente, constituindo as moléculas. Quando puras e sob pressão ambiente, essas substâncias não conduzem corrente elétrica e apresentam temperaturas de fusão que, de modo geral, são bem mais baixas que as das substâncias iônicas.

Uma terceira categoria, a das substâncias tipicamente metálicas, nas quais existe ligação predominantemente metálica, caracteriza­‑se pela boa condução de corrente elétrica tanto na fase sólida como na fase líquida. As temperaturas de fusão são relativamente altas, em geral superiores às das substâncias moleculares, embora haja algumas notáveis exceções a essa regularidade.

Exemplos dêsses três tipos de substância estão relacionados na tabela da seção Motivação.

No item 2, a apresentação da regra do octeto está vinculada à baixíssima tendência dos gases nobres a se combinarem quimicamente. A análise em sala de aula da tabela que apresenta a distribuição eletrônica em níveis de energia para esses elementos é relevante para favorecer o entendimento.

Ressalte que, embora a regra do octeto tenha sua relevância histórica e auxilie a prever alguns casos referentes a ligações químicas, ela não explica por que os átomos se combinam. Além disso, há grande variedade de substâncias cujas ligações químicas não são previsíveis por essa regra.

Também é importante esclarecer que já foram produzidos em laboratório compostos de determinados gases nobres, por exemplo xis êF₂, xis êF₄, xis êO₃, xis êO₄, xis êOF₂, xis êO₃F₂, xis êOF₄ e O₆. O primeiro composto de gás nobre foi sintetizado por (1932­‑2008) em 1962, o xis ê[PtF₆]. Compostos de xenônio são os mais estudados, seguidos pelos compostos de criptônio. O estudo do radônio é bastante dificultado pelo fato de todos os seus isótopos serem radioativos.

Vimos, no capítulo 3, que os elétrons distribuem-se em camadas, ou em níveis (K, L, M etcétera).

A camada mais externa da eletrosfera, denominada camada de valência, é a que mais pode se aproximar da eletrosfera de outro átomo e, por isso, é aquela envolvida nas ligações químicas que ocorrem entre os átomos e os mantêm unidos.

Ao contrário de todos os outros elementos, os gases nobres apresentam a última camada contendo 8 elétrons, com exceção do hélio, no qual a última camada só comporta 2 (veja a tabela). No início do século vinte, cientistas consideraram que possuir 8 elétrons na última camada (ou 2, caso seja a camada K) faz com que o átomo fique estável. O estadunidense guílbert Niutom LIUÍS (1875-1946) propôs, em 1916, uma teoria para explicar a ligação entre os átomos, que ficou conhecida como modelo do octeto de elétrons, ou, simplesmente, regra do octeto. De acôrdo com essa regra, um átomo estará estável quando sua última camada (camada de valência) possuir 8 elétrons (ou 2, caso se trate da camada K). Os átomos não estáveis se unem uns aos outros a fim de adquirir essa configuração de estabilidade.

Neste capítulo, apresentaremos uma visão introdutória das ligações químicas e consideraremos substâncias iônicas e moleculares em que os átomos têm eletrosferas em conformidade com a regra do octeto. Tenha em mente, contudo, que são conhecidas muitas exceções a essa regra, estudadas no Ensino Médio e no Ensino Superior.

Distribuição eletrônica dos gases nobres

Gás nobre

K

L

M

N

O

P

Hélio

2

Neônio

2

8

Argônio

2

8

8

Criptônio

2

8

18

8

Xenônio

2

8

18

18

8

Radônio

2

8

18

32

18

8

Fonte: cóts, J. êti áli. Chemistry and chemical reactivity. décima edição Boston: Cengage, 2019. página 316.

Ligações químicas e tipos de substâncias

As ligações químicas entre átomos, que estudaremos a seguir, são de três tipos: iônica, covalente e metálica. De modo geral:

  • as substâncias iônicas são constituídas de metal e de não metal unidos por ligação iônica;
  • as substâncias moleculares são constituídas de átomos de não metais entre os quais existe ligação covalente;
  • as substâncias metálicas são constituídas de átomos de metal unidos por ligação metálica.
Esquema. Um balão amarelo. Dentro, gás hélio. Ao lado, destaque para desenho dos átomos de hélio dentro do balão, representados por esferas azuis bem espaçadas umas das outras.
Nos gases nobres os átomos não estão unidos a outros átomos. O hélio, presente em balões, é um exemplo de gás nobre. (Nessa figura e nas três a seguir os átomos e os íons estão representados por esferas em cores fantasiosas e ampliados dezenas de milhões de vezes.)
Esquema. Uma base com pó branco representando sal de cozinha. Ao lado, desenho dos átomos: esferas verdes (cloro) e esferas menores rosas (sódio).
No êne áCl há íons (átomos eletricamente carregados) de sódio e de cloro unidos por ligação iônica.
Esquema. Um copo com água. Ao lado, desenho dos átomos: esferas vermelhas (oxigênio) com duas esferas brancas (hidrogênio) ao redor .
Na água há átomos de hidrogênio e de oxigênio unidos por ligação covalente, formando moléculas.
Esquema. Um cubo de prata. Ao lado, desenho dos átomos: esferas cinzas (prata) grudadas umas nas outras.
Em um pedaço de prata há muitos átomos de prata unidos por ligação metálica.

Fonte das figuras: Timberlêik, K. General, Organic, and Biological Chemistry; . sexta edição Harlow: Pearson, 2021. página 98, 102.

Respostas e comentários

Conteúdos procedimentais sugeridos

  • Prever se uma substância é iônica, molecular ou metálica, com base em sua fórmula e consultando a tabela periódica.
  • Elaborar a fórmula prevista para o composto iônico formado por um metal e um não metal, fundamentando-se na posição dos elementos na tabela periódica.
  • Elaborar a fórmula eletrônica e a fórmula estrutural para casos simples de substâncias moleculares, a partir da fórmula molecular e da posição dos elementos na tabela periódica.
  • De posse da tabela periódica e da carga de um íon, estabelecer uma comparação entre ele e o respectivo átomo neutro, no tocante ao número de prótons e ao de elétrons.

Prever se uma substância é iônica, molecular ou metálica depende do desenvolvimento da habilidade de verificar se cada elemento presente na fórmula da substância é metal ou não metal.

Esse e os demais conteúdos procedimentais elencados para este capítulo podem ser desenvolvidos com as atividades propostas no livro do estudante.

Conteúdos atitudinais sugeridos

  • Interessar-se pelas ideias científicas e pela Ciência como maneira de entender melhor o mundo que nos cêrca.
  • Perceber que muito do conforto da vida moderna se deve à utilização de progressos da Química.
  • Prestar atenção aos rótulos de produtos industrializados.
  • Compreender que a Ciência é um construto humano.

Essas são atitudes que se pretende desenvolver ao longo de todo o curso de Ciências da Natureza, em especial ao abordar temas ligados a tecnologia e sociedade. Este capítulo é bastante ilustrativo da importância prática das ideias científicas e permite que, durante ou após o seu desenvolvimento, se trabalhem esses conteúdos atitudinais com os estudantes.

De ôlho na Bê êne cê cê!

Todos os temas apresentados nos itens do Desenvolvimento do tema contribuem para que os estudantes possam compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, o que favorece o desenvolvimento da competência específica 2.

Atividades

Ao final do item 2, proponha os exercícios 1 a 5 do Use o que aprendeu.

3. Ligação iônica

As substâncias iônicas são constituídas de íons, que são átomos (ou grupos de átomos) com carga elétrica não nula (positiva ou negativa).

No cloreto de sódio (êne áCl), componente do sal de cozinha, existem íons do elemento químico sódio e íons do elemento químico cloro.

Para entender o fato de, no êne áCl, os átomos de sódio e de cloro serem dotados de carga elétrica, comecemos com as seguintes informações extraídas da tabela periódica:

Elemento

Nº de prótons

Nº de elétrons

Carga elétrica total

Sódio (Na)

11

11

0

Cloro (Cl)

17

17

0


Agora compare a eletrosfera dêsses elementos com a dos gases nobres neônio e argônio:

Elemento

Nº de prótons

Nº de elétrons

Carga elétrica total

Neônio (Ne)

10

10

0

Argônio (Ar)

18

18

0


Você notou que a eletrosfera do sódio está mais próxima, em número de elétrons, da eletrosfera do neônio? E que a do cloro está mais próxima da do argônio? Se não notou, analise novamente os dados apresentados antes de prosseguir a leitura.

Se o sódio perder um elétron, sua eletrosfera passará a ter o mesmo número de elétrons do neônio. E se o cloro receber um elétron, ficará com o mesmo número de elétrons do argônio.

Os cientistas verificaram que, no cloreto de sódio, os átomos de sódio têm 10 elétrons e os de cloro têm 18. Como consequência, esses átomos não estão eletricamente neutros.

Elemento

Nº de prótons

Nº de elétrons

Carga elétrica total

Sódio (Na)

11

10

+1

Cloro (Cl)

17

18

–1


Quando átomos perdem ou recebem elétrons, eles deixam de ser eletricamente neutros e passam a ser íons. Um íon positivo é chamado de cátion e um íon negativo é denominado ânion.

O cátion sódio é representado por , o que indica a sua carga positiva. O ânion do elemento cloro é representado por , o que indica a sua carga negativa. Como os íons e possuem cargas de sinais opostos, atraem-se mutuamente e mantêm-se unidos. Essa união entre íons é chamada ligação iônica e origina uma estrutura altamente organizada, o retí­culo cristalino iônico, esquematizada na figura.

Esquema. Um saleiro derramando sal de cozinha em uma base quadrada. Abaixo, destaque para imagem ampliada dos átomos. Cubo formado por esferas verdes (íon Cl menos) e esferas rosas (íon Na mais).
Representação esquemática do retículo cristalino iônico do cloreto de sódio. Os íons estão representados por esferas em cores fantasiosas e em tamanho ampliado dezenas de milhões de vezes.

Fonte: , J. Chemistry. quinta edição Nova York: McGraw-Hill, 2020. página 57.

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Após ler todo o item 3, consultar a tabela periódica e procurar nela os elementos éle i, , ême gê, bê á, a éle, Bê érre e ésse. Qual é o gás nobre cujo número de elétrons é mais próximo do de cada um deles? Quantos elétrons cada um dêsses elementos deve perder ou receber para adquirir eletrosfera similar à de gás nobre? Qual é a carga adquirida após a perda ou o recebimento de elétrons? Apresentar as conclusões ao professor e debater com ele cada caso.

Respostas e comentários

Item 3

Ao trabalhar a temática ligação iônica e o restante do capítulo, atente que a tabela periódica é um instrumento de consulta. Não faz sentido que os estudantes memorizem dados nela presentes.

A possibilidade de consulta à tabela periódica também deve ser estendida ao momento de realização das avaliações.

Para discussão em grupo

A intenção da atividade é exercitar a capacidade de consulta à tabela periódica e a execução de comparações.

A atividade permite concluir quais são as cargas, em ligação iônica, dos elementos apresentados:

L i mais

,

K mais

,

M g dois mais

,

B a dois mais

,

A l três mais

,

B r menos

 e  

S dois menos

.

Esteja atento para esclarecer o significado das notações 2+, 3+ e 2 que aparecem sobrescritas à direita dos símbolos:

  • 2+: duas cargas positivas, resultantes da perda de 2 elétrons pelo átomo eletricamente neutro;
  • 3+: três cargas positivas, resultantes da perda de 3 elétrons pelo átomo eletricamente neutro;
  • 2: duas cargas negativas, resultantes do recebimento de 2 elétrons pelo átomo eletricamente neutro.

Além de exercitar a consulta à tabela periódica e a realização de comparações, a proposta permite desenvolver nos estudantes a capacidade de argumentar em textos escritos (no momento de responder às questões) e em textos orais (durante a apresentação das conclusões e no momento do debate).

Em termos de distribuição eletrônica nos níveis de energia para os átomos eletricamente neutros de sódio e cloro, temos:

Esquema. 11 Na: K – 2. L – 8. M – 1. O termo M - 1 está destacado. Esquema. 17 Cl: K – 2. L – 8. M – 7. O termo M – 7 está destacado.

E, para os íons êne á+ e éle, temos:

Esquema. 11 Na mais: K – 2. L – 8. O termo L – 8 está destacado. Esquema. 17 Cl menos: K – 2. L – 8. M – 8. O termo M – 8 está destacado.

A comparação entre os átomos neutros e os íons constituintes do NaCl pode ser esquematizada, simplificadamente, representando-se por bolinhas os elétrons da última camada (a camada de valência) ao redor do símbolo do elemento:

Equação. Representação dos átomos isolados. Na, com uma bolinha. Cl, com sete bolinhas. Seta. Representação dos íons. Na mais e Cl menos. Há oito bolinhas ao redor do Cl.

O êne á cê éle é um exemplo de composto iônico, ou seja, formado por íons.

Fotografia. Saleiro derrubado com uma pilha de sal na ponta.
O cloreto de sódio (êne á cê éle) é cons­tituído de cátions êne á+ e ânions cê éle.

Veja mais dois exemplos esquemáticos:

Esquema. Ca, com duas bolinhas, de cada uma sai uma seta até F, com sete bolinhas. Composto de fórmula CaF2. Abre colchete. Ca 2 mais. Fecha colchete. 1. Abre colchete. F menos, com oito bolinhas. Fecha colchete. 2.  Esquema. Dois Al, com três bolinhas em cada um, de cada uma sai uma seta até O, com seis bolinhas. Composto de fórmula Al2O3. Abre colchete. Al 3 mais. Fecha colchete. 2. Abre colchete. O menos dois, com oito bolinhas. Fecha colchete. 3.

Para escrever a fórmula de um composto iônico, basta verificar a carga do íon formado pelos elementos (no nosso nível de estudo, pela regra do octeto) e considerar que, num composto, a carga elétrica total positiva deve ser igual à negativa, resultando carga total nula.

Equação. Abre colchete. Cátion x mais. Fecha colchete. M. Abre colchete. Ânion y menos. Fecha colchete. N. Texto: O cátion (íon positivo) é escrito à esquerda e o ânion (íon negativo) é escrito à direita.

Por exemplo:

Equação. Abre colchete. Ca 2 mais. Fecha colchete. 1. Abre colchete. F menos. Fecha colchete. 2. Seta. CaF2. Equação. Abre colchete. Al 3 mais. Fecha colchete. 2. Abre colchete. O 2 menos. Fecha colchete. 3. Seta. Al2O3.
Respostas e comentários

Atente!

No item 3, outros exemplos de compostos iônicos que você pode explorar em aula são o e o aéleésse.

Em todo composto iônico, as cargas negativas e positivas se cancelam, e a carga total do composto é nula.

No , por exemplo, as duas cargas positivas de cada ême gê são com­pensadas por duas cargas negativas de cada dois Bê érre.

E, no aéleésse, as seis cargas positivas de cada dois íons aéle são compensadas por seis cargas negativas de cada três íons ésse.

Atividades

Ao final do item 3, os estudantes têm condições de fazer os exercícios 6 a 21 do Use o que aprendeu.

4. Ligação covalente

Os átomos que se unem para formar moléculas não se transformam em íons, apenas compartilham alguns de seus elétrons. Os elétrons compartilhados passam a fazer parte da eletrosfera de mais de um átomo. Nas moléculas em que os átomos estão em conformidade com a regra do octeto, é o compartilhamento que possibilita que cada átomo adquira um número de elétrons igual ao de um gás nobre.

Vamos examinar os casos das substâncias que têm fórmula molecular agá, óh, êne, cê éle e agáóh. Para os átomos dos elementos que as constituem, as distribuições eletrônicas foram apresentadas no item 6 do capítulo 3.

Comparando o número de elétrons na camada de valência dêsses átomos com o dos gases nobres, concluímos o seguinte: Para se assemelhar ao hélio, o hidrogênio precisa de mais 1 elétron (na camada K). Para se assemelhar ao neônio, o nitrogênio necessita de mais 3 elétrons (na camada L) e o oxigênio, de mais 2 (na camada L). O cloro precisa de mais 1 elétron (na camada M) para ficar com o mesmo número de elétrons do gás nobre argônio.

Em substâncias como agá, óh, êne, cê éle e agáóh, os átomos se mantêm unidos porque suas eletrosferas compartilham alguns elétrons. Os elétrons compartilhados são atraídos pelos núcleos dos dois átomos e também os atraem. Essas fôrças atrativas equilibram a tendência de repulsão entre os dois núcleos e também entre as duas eletrosferas. O compromisso das fôrças atrativas e repulsivas possibilita a existência das moléculas.

Esquema. Dois H com um círculo em volta de cada um. Na intersecção dos dois círculos: duas bolinhas pretas. Esquema. Dois O com um círculo em volta de cada um. Ao redor de cada O tem seis bolinhas pretas, sendo que na intersecção dos dois círculos, ficam quatro bolinhas pretas, duas de cada O. Esquema. Dois N com um círculo em volta de cada um. Ao redor de cada N tem cinco bolinhas pretas, sendo que na intersecção dos dois círculos ficam seis bolinhas pretas. Esquema. Dois Cl com um círculo em volta de cada um. Ao redor de cada Cl tem sete pontos pretos, sendo que na intersecção dos dois círculos ficam duas bolinhas pretas. Esquema. Dois H e um O com um círculo em volta de cada um. Ao redor do O tem seis bolinhas pretas e ao redor de cada H tem uma bolinha preta. Em cada intersecção de O com H ficam duas bolinhas pretas.
Representação esquemática do compartilhamento de elétrons nas moléculas agá, óh, êne, cê éle e agáóh. Apenas os elétrons da camada de valência estão indicados (por meio de bolinhas pretas). Os elétrons compartilhados estão na região de intersecção dos círculos.

Nenhum dos átomos envolvidos se transformou em íon, ou seja, nenhum deles perdeu ou recebeu elétrons. Devido ao compartilhamento, todos passaram a ter, na última camada, a quantidade de elétrons que os faz se assemelharem a gases nobres.

Quando átomos se unem por compartilhamento de elétrons, dize­mos que entre eles se estabelece ligação covalente. Cada par de elétrons compartilhado é considerado uma ligação covalente. Os grupos de átomos unidos por ligação covalente são chamados moléculas. A fórmula estrutural de uma molécula é uma representação na qual cada ligação covalente é indicada por um traço.

Esquema. H, traço, H. O traço representa 1 ligação covalente. Esquema. O, dois traços paralelos, O. O traço representa 2 ligações covalentes. Esquema. N, três traços paralelos, N. O traço representa 3 ligações covalentes. Esquema. Cl, traço, Cl. O traço representa 1 ligação covalente. Esquema. O, traço H para um lado e traço H para outro lado. Os traços representam 2 ligações covalentes.
Fórmulas estruturais das moléculas das substâncias agá dois, ó dois, ene dois, cê éle dois e agá dois ó. Os traços pretos representam ligações covalentes.
Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

Após ler todo o item 4, consultar a tabela periódica e procurar nela os elementos éfe, Bê érre, ésse e . Qual é o gás nobre cujo número de elétrons é mais próximo do de cada um deles? Quantos elétrons cada um desses elementos deve compartilhar em para ficar com número de elétrons igual ao de um gás nobre? Qual seria a fórmula da molécula resultante da combinação de cada um dêsses elementos com o hidrogênio?

Apresentar as conclusões ao professor e debater com ele cada caso.

Respostas e comentários

Item 4

Um conceito incorreto, introduzido frequentemente em níveis elementares do ensino, é o de que todas as substâncias seriam formadas por moléculas. Isso não é verdade, e esse capítulo ajuda a evitar essa concepção errônea. As substâncias iônicas e as metálicas não têm natureza molecular. Moléculas são agrupamentos de átomos unidos por ligações covalentes. Por isso, as substâncias estudadas no item 4 são denominadas moleculares. Saliente isso aos estudantes ao trabalhar esse item.

Outra coisa que você pode comentar é que todas as ligações químicas têm origem elétrica. No caso da ligação covalente, a razão física de o compartilhamento eletrônico manter os átomos ligados é comentada a seguir. Quando os elementos A e B estabelecem uma ligação covalente A — B, a densidade de probabilidade de encontrar os elétrons compartilhados é elevada em uma região entre os núcleos. Os núcleos de A e B se repelem devido às cargas elétricas de mesmo sinal. Também os elétrons de A e B não envolvidos nas ligações se repelem mutuamente. Ocorre que os elétrons compartilhados são atraídos pelos núcleos (e os atraem), devido às cargas de sinais opostos, o que resulta numa tendência de aproximação dos núcleos, não porque estes se atraiam, mas devido à interação com os elétrons compartilhados. A distância de equilíbrio da ligação A — B é tal que as fôrças repulsivas são equilibradas pelas fôrças atrativas. Um pequeno deslocamento dos núcleos em relação a essa situação de equilíbrio faz com que haja predominância de uma das tendências envolvidas, atração ou repulsão. Um afastamento provoca predominância da fôrça atrativa; uma aproximação, ao contrário, causa intensificação da repulsão. Assim, os núcleos podem oscilar ao redor de uma distância de equilíbrio, a distância de ligação, na qual existe um compromisso entre atração e repulsão.

Ao trabalhar o tema ligação covalente, o simulador de modelos moleculares sugerido a seguir permite que você mostre aos estudantes (projetando em sala, se possível) a fórmula estrutural de um composto e seu modelo molecular tridimensional, rotacionando-o em todas as direções. Disponível em: https://oeds.link/uwpk0D Acesso em: 27 julho 2022.

O simulador não foi indicado no livro do estudante porque está em inglês. Contudo, seu uso é bastante simples e existem duas maneiras distintas de escolher uma molécula para exibição. Uma delas é digitar na caixa de busca (no canto superior esquerdo, indicada pelo ícone de lupa) o nome da substância (em inglês) ou sua fórmula molecular. Isso fará com que a fórmula estrutural apareça (na parte esquerda da tela). Clique no modelo molecular (do lado direito da tela) e arraste para girá-lo em qualquer direção e visualizá-lo de diferentes pontos de vista. O botão de rolagem do mouse possibilita ampliar ou reduzir o tamanho do modelo molecular.

Teste digitando, por exemplo: “agáóh”, “êne agá”, “cê ó”, “cê agá”, “agá”, “agá” e “agáóh”. No caso de fórmulas mais complexas, digite-as, mas não tecle enter; o programa mostrará uma lista de opções do banco de dados que se relacionam ao trecho digitado. Clique em uma das opções para poder visualizá-la.

Busque também algumas estruturas pelo nome. Sugestões:

  • vitamin A” (vitamina a);
  • vitamin B₂” (vitamina );
  • ascorbic acid” (ácido ascórbico ou vitamina C);
  • vitamin D₂” (vitamina );
  • vitamin E” (vitamina ê);
  • glycin” (glicina, o mais simples dos aminoácidos);
  • glucose” (glicose).

Você também pode utilizar esse simulador para montar uma fórmula estrutural. Clique primeiro no ícone da lata de lixo para limpar a fórmula estrutural mostrada. A seguir, elabore a estrutura desejada utilizando os símbolos dos elementos (que estão disponíveis à direita da parte branca da tela) e as ligações e cadeias carbônicas cíclicas (disponíveis na lateral esquerda da tela). O ícone da borracha permite apagar qualquer item que foi acrescentado, mas precisa ser removido.

Após montar a fórmula estrutural, clique em “2D to 3D” (na parte superior da tela) para visualizar o modelo molecular dêsse composto.

No item 6, o boxe Use a internet proporá aos estudantes a utilização de outro simulador para a elaboração de modelos moleculares, este em português.

Para discussão em grupo

O boxe Para discussão em grupo, mais uma vez neste capítulo, oportuniza exercitar a consulta à tabela periódica e a execução de comparações.

A atividade propõe uma comparação na qual se espera que os estudantes concluam o número de ligações covalentes esperadas para áto­mos de flúor (uma), bromo (uma), en­xofre (duas) e fósforo (três).

Durante a discussão, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver a capacidade de argumentação em textos orais.

Três maneiras distintas usadas para representar uma molécula são a fórmula molecular, a fórmula eletrônica (também denominada fórmula de LIUÍS) e a fórmula estrutural.

Esquema. Fórmula molecular: H2. Fórmula eletrônica: dois H duas bolinhas pretas no meio deles. Fórmula estrutural: H, traço, H. Fórmula molecular: O2. Fórmula eletrônica: dois O com seis bolinhas pretas ao redor. Fórmula estrutural: O, dois traços, O. Fórmula molecular: N2. Fórmula eletrônica: dois N com cinco bolinhas pretas ao redor. Fórmula estrutural: N, três traços, N. Fórmula molecular: Cl2. Fórmula eletrônica: dois Cl com sete bolinhas pretas ao redor. Fórmula estrutural: Cl, traço, Cl. Fórmula molecular: H2O. Fórmula eletrônica: dois H e um O, com oito bolinhas pretas ao redor do O. Fórmula estrutural: H, traço, O, traço, H.

Na molécula de agá e na de cê éle, há uma ligação covalente simples. Na molécula de agáóh há duas ligações covalentes simples. Na molécula de óh duas ligações covalentes ou, pode-se dizer também, uma ligação covalente dupla. Na molécula de êne, há três ligações covalentes ou uma ligação covalente tripla.

Outros exemplos de substâncias em que há ligações do tipo covalente

Elemento(s)

Fórmula molecular

Fórmula de Lewis

Fórmula estrutural

Flúor

F2

Imagem de fórmula eletrônica representada por 3 pares de pontos ao redor de duas letras F alinhadas, e um par de pontos entre as letras.

F–F

Bromo

Br2

Imagem de fórmula eletrônica representada por 3 pares de pontos ao redor de duas letras B alinhadas, e um par de pontos entre as letras.

Br–Br

Carbono e oxigênio

CO2

Imagem de fórmula eletrônica representada pelas letras O, C, O, alinhadas; há dois pares de pontos ao redor das letras O e mais dois pares de pontos entre cada letra O e a letra C.

O═C═O

Enxofre e hidrogênio

H2S

Imagem de fórmula eletrônica representada por 4 pares de pontos ao redor da letra S, além de uma letra H à esquerda e outra letra H abaixo.

Imagem de fórmula estrutural representada por, na horizontal: letra H, traço, letra S. Na vertical, abaixo de S: traço, letra H.

Nitrogênio e hidrogênio

NH3

Imagem de fórmula eletrônica representada por 4 pares de pontos ao redor da letra N, além de 3 letras H: à esquerda, à direita e abaixo.

Imagem de fórmula estrutural representada por, na horizontal: letra H, traço, letra N, traço, letra H. Na vertical, abaixo de N: traço, letra H.

Carbono e hidrogênio

CH4

Imagem de fórmula eletrônica representada por 4 pares de pontos ao redor da letra C, além de 4 letras H: à esquerda, à direita, acima e abaixo.

Imagem de fórmula estrutural representada por uma letra C ao centro e 4 letras H ao redor (acima, abaixo, à direita e à esquerda), ligadas à letra C por um traço.

Carbono e cloro

CCl4

Imagem de fórmula eletrônica representada por 4 pares de pontos ao redor da letra C, além de 4 Cl: à esquerda, à direita, acima e abaixo. Cada Cl apresenta 3 pares de pontos ao redor.

Imagem de fórmula estrutural representada por uma letra C ao centro e 4 Cl ao redor (acima, abaixo, à direita e à esquerda), ligados à letra C por um traço.

Fontes: Zoomdal, S. S.; Zoomdal, S. A.; , D. J. Chemistry. décima edição Boston: Cengage, 2018. página 326, 328; bróun, T. L. êti áli. Chemistry: the central science. décima quinta edição Nova iórque: Pearson, 2022. página 379-380.

Respostas e comentários

Aprofundamento ao professor

Veja, na parte inicial dêste Manual do professor, na seção Aprofundamento ao professor, o texto “O que é grafeno?”.

Atividades

Os exercícios 22 a 34 do Use o que aprendeu são oportunos após o item 4.

5. Ligação metálica

Consideremos uma amostra da substância simples prata, que é constituída de muitos átomos do elemento químico prata. Cada átomo está rodeado por outros átomos iguais a ele, em um arranjo regular denominado retículo cristalino metálico. A ligação entre átomos de metais é denominada ligação metálica, à qual não se aplica a regra do octeto.

Na estrutura da prata e dos demais metais, alguns dos elétrons não estão totalmente presos a um único átomo, apresentando a possibilidade de se moverem por toda a estrutura.

As substâncias metálicas (ou, simplesmente, metais) são úteis ao ser humano devido às suas propriedades, que, de modo bem genérico, estão listadas a seguir.

  • Brilho característico. Quando polidos, os metais refletem muito bem a luz. Essa propriedade é fácil de ver em bandejas e em espelhos de prata.
  • Alta condutividade térmica e elétrica. São propriedades que se de­vem aos elétrons livres. O movimento ordenado dos elétrons constitui a corrente elétrica, e sua agitação permite a rápida propagação do calor através das substâncias metálicas.
  • Altas temperaturas de fusão e de ebulição. Em geral, são características dos metais (embora haja exceções, como mercúrio, éfe =  39 graus Célsius, gálio, tê éfe = 30 graus Célsius, e potássio, tê éfe = 64 graus Célsius). Devido a essa propriedade e também à boa condutividade térmica, alguns metais são usados em panelas e em radiadores de automóveis.
  • Maleabilidade. Metais são muito maleáveis, ou seja, fáceis de serem transformados em lâminas. O metal mais maleável é o ouro, que permite a obtenção das lâminas mais finas.
  • Ductilidade. Metais também são muito dúcteis, isto é, fáceis de serem transformados em fios. O ouro é também o mais dúctil dos metais, permitindo que dele se obtenham fios finíssimos.
Esquema. Um cubo prateado. Abaixo, seta com esferas cinzas enfileiradas e empilhadas. Texto: Na substância prata, os átomos constituem a estrutura chamada retículo cristalino metálico.
Os átomos estão representados por esferas em cores fantasiosas e em tamanho ampliado dezenas de milhões de vezes.
Fotografia. Tumba com o rosto de um faraó em dourado e preto.
O ouro é uma das substâncias metálicas conhecidas pelo ser humano há mais tempo. Por ser um metal muito maleável, o que facilita sua modelagem, é empregado desde a Antiguidade para fazer adornos e objetos artísticos. É o caso dessa máscara mortuária do faraó egípcio Tutancâmon (1368-1349 a cê), exposta no Museu do Cairo, Egito.
Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: ciência e tecnologia.

EM DESTAQUE

Fios elétricos: uma aplicação de condutores e isolantes

Na instalação elétrica das residências são usados fios de cobre.

Como o cobre é um metal, tais fios são condutores elétricos.

Os plásticos usados para revestir os fios são substâncias moleculares e, portanto, não são condutores de corrente elétrica. São denominados isolantes elétricos. O papel desempenhado por esse revestimento plástico é justamente impedir que um fio toque outro ou que as pessoas encostem diretamente nos fios. Em ambos os casos, as consequências seriam perigosas (curto-circuito, choque elétrico).

Fotografia. Fios elétricos vermelhos, pretos, azuis, amarelos, marrons e verdes com as pontas desencapadas.
Fios elétricos de cobre revestidos de plástico.

Elaborado com dados obtidos de: , A. Physics. quinta edição Nova York: McGraw-Hill, 2020.

Respostas e comentários

Item 5

Ao trabalhar esse item, retome os conhecimentos pregressos (do 7º e do 8º anos) que os estudantes têm sobre o fato de os metais conduzirem bem calor e corrente elétrica (ê éfe zero sete cê ih zero três: “Utilizar o conhecimento das fórmas de propagação do calor para justificar a utilização de determinados materiais (condutores e isolantes) na vida cotidiana, explicar o princípio de funcionamento de alguns equipamentos (garrafa térmica, coletor solar etcétera) e/ou construir soluções tecnológicas a partir dêsse conhecimento.; ê éfe zero oito cê ih zero dois: “Construir circuitos elétricos com pilha ou bateria, fios e lâmpada ou outros dispositivos e compará-los a circuitos elétricos residenciais.”).

Durante o desenvolvimento, saliente que a regra do octeto não propicia qualquer previsão ou explicação referente à ligação metálica.

Para explicar a ligação metálica, um modelo foi criado na primeira metade do século vinte e aprimorado subsequentemente por meio da Mecânica Quântica, o qual envolve a ideia de que alguns elétrons têm mobilidade pelo cristal metálico. Esse modelo possibilitou explicar qualitativamente propriedades como as altas condutividades elétrica e térmica, o brilho metálico e as elevadas maleabilidade e ductilidade (também grafada como ductibilidade).

Para o docente, transcrevemos a seguir dois trechos sôbre o surgimento do modelo para a ligação metálica.

“Uma teoria dos metais em que elétrons de valência são considerados como tendo livre movimentação sob influência do campo [elétrico] de íons foi desenvolvida pelo físico alemão [1853­‑1928] e, em uma formulação quântica, pelo físico austríaco vôlfigan [1900­‑1958].” (, L. General Chemistry. Nova iórque: Dover, 1970. página 588. Tradução dos autores.)

“Lorentz propôs uma teoria dos metais que explica de modo qualitativo algumas de suas propriedades características e que foi extensivamente desenvolvida reticências por meio da Mecânica Quântica. reticências Essa teoria de elétrons livres provê uma explicação simples do brilho e de outras propriedades ópticas dos metais, das altas condutividades elétricas e térmicas, das elevadas entropias e capacidades térmicas molares e de algumas outras propriedades.” (, L. The nature of chemical bonding. terceira edição Ithaca: Cornell University Press, 1960. página 393. Tradução dos autores.)

Atividades

Após trabalhar em aula o texto Em destaque “Ligas metálicas”, proponha aos estudantes a realização dos exercícios 35 a 42 da seção Use o que aprendeu.

De ôlho na Bê êne cê cê!

A foto da máscara mortuária do faraó egípcio, no item 5, contribui para o desenvolvimento da competência geral 3, por incentivar os estudantes a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: ciência e tecnologia.

EM DESTAQUE

Ligas metálicas

Ligas metálicas são misturas sólidas de dois ou mais elementos, sendo a totalidade, ou pelo menos a maior parte dos átomos nelas existentes, de elementos metálicos.

Ouro 18 quilates é uma liga de ouro e cobre (eventualmente contém também prata e outros metais) empregada pelos joalheiros.

Bronze é uma liga de cobre e estanho. É empregado na fabricação de sinos, estátuas, medalhas e monumentos.

Latão é uma liga de cobre e zinco. Serve para produzir torneiras, instrumentos musicais, porcas e parafusos.

Aço é uma liga de ferro com pequena quantidade de carbono. Trata-se da liga metálica mais usada pela nossa civilização, encontrando aplicação na produção de automóveis, navios, ferramentas, trilhos de trem, pregos e parafusos, latas para alimentos, arames, cabos para elevadores etcétera

Fotografia. Torneira dourada.
Torneira de latão.
Fotografia. Medalha de bronze com o número 3 e um cordão vermelho.
Medalha de bronze.
Fotografia. Instrumento musical, trompa, prateado.
Instrumento musical de latão, revestido de níquel.

Elaborado com dados obtidos de: guílbert, T. R. êti áli. Chemistry: an atoms-focused approach. terceira edição Nova iórque: nórton, 2020.

6. Comparação entre os tipos de substâncias

Substâncias iônicas

As substâncias iônicas têm geralmente átomos de metal e não metal em sua composição. São constituídas por íons que se unem por ligação iônica formando o retículo cristalino iônico. Apresentam altas temperaturas de fusão e de ebulição, por causa da forte atração entre os íons vizinhos de cargas opostas, e tendem a ser sólidas nas condições ambientes. São exemplos de substâncias iônicas:

  • cloreto de sódio, êne á cê éle, formado pelos íons êne ámais e cê éle;
  • brometo de potássio, , formado pelos íons + e érre;
  • cloreto de magnésio, , formado pelos íons ême gê2+ e cê éle;
  • óxido de alumínio, a éleóh, formado pelos íons a éle3+ e óh2.
Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Pesquise eventos relevantes na história da Química e elabore uma linha do tempo indicando-os.

A critério do professor, pode-se construir uma grande linha do tempo colaborativa em uma parede da escola, reunindo as contribuições de todos.

Qual a proporção entre mulheres e homens cientistas envolvidos nesses eventos? O que isso indica? Como mudar essa realidade?

Substâncias moleculares

As substâncias moleculares têm em sua composição átomos de um ou mais não metais. São formadas por moléculas, nas quais os átomos se unem por ligações covalentes. Apresentam temperaturas de fusão e de ebulição relativamente baixas.

Respostas e comentários

tê cê tê Ciência e Tecnologia

Os textos Em destaque dêste capítulo são pertinentes ao tê cê tê Ciência e Tecnologia, pois exploram aplicações cotidianas e comerciais de diversas substâncias, cuja utilização para diferentes finalidades relaciona-se a suas propriedades e, em última análise, a sua composição e ao tipo de ligação química presente.

Item 6

Nesse item, retome as ideias apresentadas sôbre ligações iônicas, covalentes e metálicas e compare as propriedades das substâncias iônicas, moleculares e metálicas conforme apresentado no livro do estudante.

História da Ciência

O Tema para pesquisa do item 6 propõe a elaboração de uma linha do tempo a partir da pesquisa de eventos importantes para a história da Química. O ideal nessa atividade é permitir aos estudantes que busquem informações que considerem importantes e curiosas, para que se sintam estimulados pela atividade e para que ela gere, em seguida, interação entre eles para um debate.

Após a pesquisa e a elaboração da linha do tempo, estimule toda a turma a analisar qual a proporção entre mulheres e homens cientistas envolvidos nos eventos pesquisados. Em seguida, peça a contribuição dos estudantes para responder às perguntas: O que essa proporção indica? Atualmente essa proporção é diferente? Se sim, quão diferente é? Como mudar essa realidade?

A intenção é, além de promover a aprendizagem sôbre História da Ciência, estimular a análise da nossa sociedade quanto ao papel de mulheres e de homens na Ciência e na comunidade de fórma geral. Já existiu igualdade entre mulheres e homens na sociedade? E na Ciência? E hoje, existe?

É importante que os próprios estudantes possam debater e procurar informações para constatar que não existe igualdade entre os dois grupos e que é de extrema importância desenvolver mecanismos para favorecer a participação das mulheres na Ciência. A sociedade deve se mobilizar no sentido de propiciar a equidade e valorizar o protagonismo da mulher em todos os setores profissionais, culturais, artísticos e sociais.

Exemplos:

  • cloreto de hidrogênio, , formado por moléculas nas quais há 1 átomo de hidrogênio e 1 de cloro;
  • gás cloro, cê éle, formado por moléculas em que existem 2 átomos de cloro;
  • água, agáóh, formada por moléculas nas quais há 2 átomos de hidrogênio e 1 de oxigênio;
  • sacarose, agáóh, formada por moléculas com 12 átomos de carbono, 22 de hidrogênio e 11 de oxigênio.

As substâncias moleculares podem ser sólidas, líquidas ou gasosas nas condições ambientes. Em uma substância gasosa, as moléculas estão fracamente unidas umas às outras. Em um líquido, elas estão fortemente unidas e, em um sólido, mais unidas ainda.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Monte modelos moleculares com a simulação disponível em: https://oeds.link/oeY91O Acesso em: 8 junho 2022.

Nos modelos mostrados na tabela, as moléculas estão representadas por esferas em cor fantasiosa, ampliadas alguns milhões de vezes.

Características gerais das substâncias moleculares sólidas, líquidas e gasosas

Gás

Líquido

Sólido

Propriedades macroscópicas

Volume variável
Forma variável

Volume fixo
Forma variável

Volume fixo
Forma definida

Modelo em nível molecular

Imagem de bolinhas cor de laranja distribuídas aleatoriamente em um recipiente circular, afastadas umas das outras. A bolinha está indicada como 'Representação esquemática para molécula, em cor fantasiosa'.

Imagem da representação de moléculas em um frasco; elas estão agrupadas no fundo do recipiente, mas livres, sem uma conformação fixa.

Imagem da representação de moléculas em uma conformação fixa e organizada: dispostas lado a lado e formando linhas sobrepostas de moléculas.

Atração que mantém as moléculas unidas

Muitíssimo fraca

Forte

Mais forte que no líquido

Espaço entre as moléculas

Muito grande (centenas de vezes maior que no líquido)

Pequeno

Menor que no líquido

Organização das moléculas

Total desordem, com as moléculas se movimentando muito rapidamente

Moléculas livres para se movimentarem, mas sob influência das vizinhas

Moléculas em um arranjo organizado, mas oscilando (vibrando) ao redor de suas posições

Fonte: , N. J. Principles of Chemistry; a molecular approach. quarta edição Harlow: Pearson, 2021. página 48, 539.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

ligação iônica

ligação covalente

ligação metálica

Substâncias metálicas

As substâncias metálicas apresentam átomos de metal em sua composição, unidos por ligação metálica. Elas têm, em geral, altas temperaturas de fusão e de ebulição, sendo sólidas nas condições ambientes. Notável exceção é o mercúrio, que é líquido.

São exemplos de substâncias metálicas:

  • zinco, , formado por muitos átomos de ;
  • ferro, éfe ê, formado por muitos átomos de éfe ê;
  • prata, á gê, formada por muitos átomos de á gê;
  • ouro, á ú, formado por muitos átomos de á ú.
Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

ê éfe zero nove cê ih zero um

“Investigar as mudanças de estado físico da matéria e explicar essas transformações com base no modelo de constituição submicroscópica.”

No capítulo 1, os estudantes tomaram contato com as mudanças de fase (mudanças de estado de agregação da matéria) e seus nomes. Também aprenderam que, a determinada pressão fixa, a temperatura permanece constante quando uma substância pura muda de fase, o que implica que as temperaturas de fusão e de ebulição são propriedades características das substâncias químicas.

Neste ponto do capítulo 4, os estudantes passam a ser capazes de explicar as mudanças de fase com base em modelos de constituição submicroscópica da matéria. As atividades do Explore diferentes linguagens envolvem a utilização dêsses modelos.

Também neste capítulo, a utilização dêsses modelos, juntamente com as noções adquiridas sôbre ligações químicas, possibilita que os estudantes prevejam a condutividade elétrica, ou não, de substâncias iônicas, moleculares e metálicas, em diferentes fases (item 6 e atividades 45 a 48 do Use o que aprendeu).

Amplie o vocabulário!

Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • ligação iônica União química entre cátions e ânions. Está presente nas chamadas substâncias iônicas.
  • ligação covalente União quí­mica entre átomos que compartilham elétrons. É ela que mantém os átomos unidos em substâncias moleculares (isto é, constituídas de moléculas).
  • ligação metálica União química entre átomos de um ou mais elemen­tos metálicos, da qual resulta uma estrutura em que há elétrons com livre movimentação. Está presente em substâncias metálicas.

Use a internet

A atividade proposta nesse boxe pretende que os estudantes utilizem um simulador para produzir modelos de moléculas que sejam constituídas de diversos elementos químicos. A atividade pode ser feita com direcionamento do programa sôbre quais substâncias devem ter seus modelos construídos (nos modos sozinha e várias) ou de maneira livre, em que os estudantes escolhem que modelos vão construir a partir de alguns elementos disponibilizados ao mesmo tempo ao usuário (modo diversão). Nos modos sozinha e várias, após montar cada modelo, este deve ser arrastado para o respectivo local na região direita da tela. Após completar todos os modelos solicitados, o estudante será conduzido para um novo nível, mais elaborado. Esse simulador é bastante útil para que os estudantes possam, de maneira prática, entender melhor o conceito de molécula, que é abstrato por se referir a entidades não visíveis macroscopicamente.

De ôlho na Bê êne cê cê!

O uso pelos estudantes do simulador sugerido no boxe Use a internet, que permite construir modelos moleculares, possibilita o desenvolvimento da competência geral 5, pois estimula compreender e utilizar tecnologias digitais de fórma crítica e significativa para produzir conhecimentos, e da competência específica 6, posto que solicita utilizar tecnologia digital para produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de fórma crítica e significativa.

Explicação para a condutividade elétrica

Após estudar as ligações iônica, covalente e metálica, é importante que você tenha uma visão geral a respeito de algumas propriedades das substâncias que estão resumidas na tabela a seguir.

Algumas das propriedades das substâncias estudadas neste capítulo

Substância

Temperaturas de fusão e de ebulição geralmente

Fase em que geralmente se encontra nas condições ambientes

Conduz corrente elétrica em

fase sólida?

fase líquida?

Iônica

Altas

Sólida

Não

Sim

Molecular

Baixas

Sólida, líquida ou gasosa

Não

Não

Metálica

Altas

Sólida*

Sim

Sim

* Exceção relevante é o mercúrio (Hg), que é líquido.

Fonte: Elaborada a partir de dados de , N. J. Principles of Chemistry; a molecular approach. quarta edição Harlow: Pearson, 2021. página 444, 594-598.

Vamos, agora, explicar a diferença no comportamento dêsses três tipos de substâncias quanto à condutividade elétrica. Para isso, vamos empregar as seguintes ideias que já foram comentadas:

  • substâncias iônicas são constituídas por íons (cátions e ânions) em retículos cristalinos iônicos;
  • substâncias moleculares são constituídas por moléculas;
  • substâncias metálicas são constituídas de átomos de elementos do tipo metal unidos por ligação metálica; alguns dos elétrons dêsses átomos têm liberdade para se movimentar através de toda a amostra (pedaço, peça, objeto) dessa substância;
  • corrente elétrica é uma movimentação ordenada de cargas elétricas através de uma determinada substância ou de um determinado material.

As substâncias metálicas conduzem corrente elétrica em fase sólida devido aos elétrons livres (veja o esquema A). Quando essas substâncias passam para a fase líquida (isto é, são fundidas, derretidas, sofrem fusão), os elétrons continuam livres e a condutividade elétrica se mantém.

Moléculas não possuem carga elétrica, ou seja, são eletricamente neutras. Assim, as substâncias moleculares não apresentam cargas livres e, portanto, são incapazes de conduzir corrente elétrica.

Íons são enti­da­des pos­sui­do­ras de carga elé­tri­ca, isto é, não são ele­tri­ca­men­te neu­tros. Uma substância iôni­ca pode con­du­zir ele­tri­ci­da­de em fase líquida, pois, nes­sas cir­cuns­tân­cias, os íons que a constituem não ­estão presos em um retículo cristalino, mas livres para se movi­men­tar (esquema B).

Em fase sólida, ao contrário, as substâncias iôni­cas não con­du­zem a cor­ren­te elétrica, por­que os íons não têm mobilidade através do retí­cu­lo cristalino iônico (esquema C).

Esquema A. Um cubo representando prata sólida. Ao lado, destaque para átomos ampliados: Esferas brancas com pontinho preto no centro e algumas setas vermelhas, representando elétrons livres. Esquema B. Um recipiente com cloreto de sódio líquido, em cima de um bico de Bunsen. Ao lado, destaque para átomos ampliados: Esferas verdes maiores com sinal de negativo dentro e esferas vermelhas menores com sinal de positivo dentro. Setas indicando que as esferas são íons livres. Esquema C. Uma superfície com cloreto de sódio sólido. Ao lado, destaque para átomos ampliados: Esferas verdes maiores com sinal de negativo dentro e esferas vermelhas menores com sinal de positivo dentro. As esferas estão bem juntas, com pouco espaço entre elas. Setas indicando íons não livres.
(Nos esquemas, os átomos e os íons estão representados por esferas em cores fantasiosas e ampliadas dezenas de milhões de vezes.)

Fonte: , N. J. Principles of Chemistry; a molecular approach. quarta edição Harlow: Pearson, 2021. página 444, 597.

Respostas e comentários

Atividades

Ao final do subitem Explicação para a condutividade elétrica, proponha aos estudantes os exercícios 43 a 48 do Use o que aprendeu e também as atividades 1 a 3 do Explore diferentes linguagens.

Atente!

Uma situação problemática diz respeito à condutividade elétrica da água. Quando um químico diz que, nas condições ambientes, a água pura (composto molecular) “não conduz corrente elétrica”, ele está afirmando que ela apresenta uma condutividade elétrica extremamente baixa.

De fato, a água destilada contém pequenas concentrações de íons agáóhmais e ó agá, provenientes da autoionização da água, responsáveis por uma condutividade elétrica muitíssimo reduzida, mas de mensuração possível desde que se disponha de equipamento adequado.

A condutividade elétrica da água pura ou de uma solução aquosa de um não eletrólito (sacarose, por exemplo) é muitíssimo baixa se comparada à de uma solução iônica. Apenas para efeito de comparação, considere os seguintes dados: a condutividade elétrica da água pura (a 25 graus Célsius) é 5,50 por ⁻⁸ ômega⁻¹ por centímetro⁻¹, e a condutividade de uma solução aquosa 0,1  de êne á cê éle (a 25 graus Célsius) é 10,67 ômega⁻¹ por centímetro⁻¹. Nesse exemplo, a solução do eletrólito salino, o éle, tem condutividade elétrica 194 milhões de vezes maior que a da água destilada!

Porém, atenção: a água presente em nosso dia a dia não é pura. A água da torneira, por exemplo, contém várias substâncias dissolvidas, principalmente sais minerais. Muitas dessas substâncias são iônicas e, dissolvidas em água, têm seus íons dissociados. Assim, a água da torneira é condutora de corrente elétrica.

Muito cuidado deve ser tomado para que esse líquido não tome contato com fios elétricos desencapados nem caia dentro de aparelhos eletrônicos. No caso de a água tomar contato com componentes elétricos dêsses aparelhos, pode causar danos a eles e, muito mais sério, colocar o usuário em risco de eletrocussão e morte.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: ciência e tecnologia.

EM DESTAQUE

Substâncias são constituídas de elementos

Todas as substâncias têm átomos em sua composição. E cada átomo, de acordo com seu número atômico (número de prótons no núcleo), é de determinado elemento químico.

Assim, tudo de material que existe é formado por átomos de elementos químicos, que, consequentemente, têm presença marcante em nossa vida, na tecnologia e na produção industrial.

O texto e as ilustrações desta seção mostram um pequeno resumo da importância dos elementos. Cada item listado pode ser uma aplicação, utilidade, ocorrência ou característica de:

  • substância simples;
  • substância composta ou íon constituído do elemento;
  • mistura em que um dos componentes contenha o elemento.

Fontes dos dados compilados: Djéksôn, T. The periodic table book: a visual encyclopedia of the elements. : Dorling Kindersley, ; Gardner, djêi Understanding the periodic table: theChemistryof everyday elements. Broomall: Mason Crest, 2018; , C. J.; , V. V.; , G. S. (edição). 150 years of the periodic table. Cham: Springer, 2021; , W. Chemical elements in life. Hackensack: World Scientific, 2021.

Ilustração. Tabela periódica. Para cada elemento tem o nome na parte superior, uma ilustração com o seu número molecular e lista de itens. Os elementos estão organizados em colunas de 1 até 18, em ordem de numeração molecular. Hidrogênio. H (no canto superior esquerdo). 1 (no canto inferior direito). Ilustração de um Sol brilhando. Texto: Sol; baterias de combustão; combustível para foguetes e carros; amônia, ácido clorídrico, margarina; remoção de enxofre de combustíveis. Lítio. Li (no canto superior esquerdo). 3 (no canto inferior direito). Ilustração de um notebook aberto. Texto: Baterias de íon lítio; medicamentos psiquiátricos; graxas especiais; reagentes de organolítio para pesquisas; agentes redutores. Berílio. Be (no canto superior esquerdo). 4 (no canto inferior direito). Ilustração de uma pedra brilhante verde. Texto: Esmeraldas; janela para aparelhos de raios X; ligas para aviões, freios, ferramentas; moderador em reatores nucleares; ogivas nucleares. Sódio. Na (no canto superior esquerdo). 11 no canto inferior direito). Ilustração de um saco de soro fisiológico preso em um suporte. Texto: Soro fisiológico; sal de cozinha; sabões e detergentes; sistema nervoso; conservação de peixes e carnes bovinas; iluminação de ruas; airbag. Magnésio. Mg (no canto superior esquerdo). 12 (no canto inferior direito). Ilustração de uma roda de carro. Texto: Liga leve para rodas e estrutura de aeronaves; fogos de artifício; antiácidos e laxantes; água do mar; dolomita e magnesita; clorofila; cofator de enzimas. Potássio. K (no canto superior esquerdo). 19 no canto inferior direito). Ilustração de um neurônio. Texto: Sistema nervoso; sal light; sabões macios; fertilizantes; salitre; pólvora; máscaras de oxigênio para emergências. Cálcio. Ca (no canto superior esquerdo). 20 (no canto inferior direito). Ilustração de uma concha. Texto: Calcário, cal viva e cal hidratada; conchas de molusco, mármore, pérolas, casca de ovos; gesso e giz; ossos e dentes; cimento.  Escândio. Sc (no canto superior esquerdo). 21 (no canto inferior direito). Ilustração de uma lâmpada cilíndrica. Texto: Aditivo em lâmpadas fluorescentes; tubo de imagem de televisores não planos; tela de osciloscópios; ligas com alumínio; indução de germinação e sementes. Titânio. Ti (no canto superior esquerdo). 22 (no canto inferior direito). Ilustração de dentes, um deles está preso por um parafuso. Texto: Implantes dentários; próteses e implantes ósseos; notebooks; marca-passos; pigmento branco para tintas, cosméticos e pasta de dente. Vanádio. V (no canto superior esquerdo). 23 (no canto inferior direito). Ilustração da turbina de um avião. Texto: Turbinas de avião; aço para molas; aço inox; catalisadores para produzir ácido sulfúrico e para remoção industrial de gases poluentes.Crômio. Cr (no canto superior esquerdo). 24 (no canto superior direito). Ilustração de uma colher, uma faca e um garfo de inox. Texto: Aço inox; revestimento de torneiras, instrumentos musicais e peças para automóveis e motos; brocas de perfurar; pigmentos para tintas; curtimento do couro. Manganês. Mn (no canto superior esquerdo). 25 (no canto inferior direito). Ilustração de um cofre. Texto: Aço para cofres, trilhos, ferramentas, facas, colheitadeiras e arados; pilha seca comum e alcalina; antifúngico; agentes oxidantes. Ferro. Fe (no canto superior esquerdo). 26 (no canto inferior direito). Ilustração de um ferro de passar roupa. Texto: Aço (constituinte principal); ferramentas, pregos, parafusos, arames, latas, motores, carros; imãs; hemoglobina; centro da Terra. Cobalto. Co (no canto superior esquerdo). 27 (no canto inferior direito). Ilustração de um aparelho de barbear elétrico prateado. Texto: Lâminas de barbear, brocas de perfurar, ferramentas; imãs; vitamina B12; diagnósticos em medicina nuclear; pigmentos para tintas. Rubídio. Rb (no canto superior esquerdo). 37 (no canto inferior direito). Ilustração de um laser na base de uma escada. Texto: Fotocélulas; telas fluorescentes; datação de rochas, em geologia, empregando propriedades radioativas; removedor de O2 em equipamentos de alto vácuo. Rutênio. Ru (no canto superior esquerdo). 44 (no canto inferior direito). Ilustração da mão de uma pessoa com luva branca segurando uma tesoura. Texto: Instrumentos cirúrgicos; catalisadores industriais; revestimento de eletrodos; chips eletrônicos; contatos elétricos. Estrôncio. Sr (no canto superior esquerdo). 38 (no canto inferior direito). Ilustração de fogos de artifício vermelhos. Texto: Fogos de artifício vermelhos; foguetes sinalizadores; datação de rochas, em geologia, empregando propriedades radioativas; diagnósticos em medicina nuclear. Ítrio. Y (no canto superior esquerdo). 39 (no canto inferior direito). Ilustração da ponta de uma solda. Texto: Laser para cortar, soldar e perfurar; radares; imãs de campo magnético intenso; tratamento de certas formas de câncer; lentes para câmeras. Zircônio. Zr (no canto superior esquerdo). 40 (no canto inferior direito). Ilustração de um tubo com um dispositivo cilíndrico na ponta. Texto: Sonda lambda (sensor de O2 no escapamento de carros); tubos para as varetas de fissão nuclear; cerâmicas e materiais refratários; abrasivos. Nióbio. Nb (no canto superior esquerdo). 41 (no canto inferior direito). Ilustração de um relógio de pulso. Texto: Revestimento de relógios finos; tubulações; ferramentas de corte; termopares; supercondutor para imãs potentes; implantes cirúrgicos. Molibdênio. Mo (no canto superior esquerdo). 42 (no canto inferior direito). Ilustração de uma faca com cabo preto. Texto: Aços especiais para facas e automóveis; lubrificantes em pó; nódulos (nas raízes de leguminosas) que fixam nitrogênio do ar em compostos que dão fertilidade ao solo. Tecnécio. Tc (no canto superior esquerdo). 43 (no canto inferior direito). Ilustração de um cilindro com símbolo de material radioativo. Texto: Artificialmente produzido, por não ser encontrado em nosso planeta; diagnósticos em medicina nuclear de pulmões, ossos, medula óssea, placenta, rins e fígado. Rutênio. Ru (no canto superior esquerdo). 44 (no canto inferior direito). Ilustração da mão de uma pessoa com luva branca segurando uma tesoura. Texto: Instrumentos cirúrgicos; catalisadores industriais; revestimento de eletrodos; chips eletrônicos; contatos elétricos. Ródio. Rh (no canto superior esquerdo). 45 (no canto inferior direito). Ilustração de um objeto prateado. Texto: Conversores catalíticos; contatos elétricos; revestimento brilhante e anticorrosivo para joias e relógios; catalisadores industriais; fibras ópticas. Césio. Cs (no canto superior esquerdo). 55 (no canto inferior direito). Ilustração de um satélite. Texto: Mecanismo de ajuste em órbita de satélites; fotocélulas; relógio atômico; radioterapia do câncer; removedor de O2 em equipamentos de alto vácuo. Césio. Cs (no canto superior esquerdo). 55 (no canto inferior direito). Ilustração de um satélite. Texto: Mecanismo de ajuste em órbita de satélites; fotocélulas; relógio atômico; radioterapia do câncer; removedor de O2 em equipamentos de alto vácuo. Lantânio. La (no canto superior esquerdo). 57 (no canto inferior esquerdo). Ilustração de um isqueiro aceso. Texto: Pedras de isqueiro; vidros para lentes especiais; microscópios eletrônicos; catalisadores para processamento do petróleo. Háfnio. Hf (no canto superior esquerdo). 72 (no canto inferior direito). Ilustração de um submarino. Texto: Barras empregadas no controle de fissão em reatores submarinos nucleares e usinas termonucleares; flashes fotográficos; cerâmicas refratárias; isolantes térmicos. Tântalo. Ta (no canto superior esquerdo). 73 (no canto inferior direito). Ilustração da mão de uma pessoa segurando uma haste com um espelho na ponta. Texto: Instrumentos cirúrgicos; implantes ósseos; capacitores; eletrodos para letreiros de gás neônio; retificadores de corrente elétrica. Tungstênio. W (no canto superior esquerdo). 74 (no canto inferior direito). Ilustração de uma broca. Texto: Brocas perfuratrizes de liga W-Co; filamento de lâmpadas incandescentes; ferramentas; cátodos de aparelhos produtores de raios X; eletrodos para solda. Rênio. Re (no canto superior esquerdo). 75 (no canto inferior direito). Ilustração de um forno elétrico aberto. Texto: Liga para resistência usada em fornos elétricos; catalisador na produção de gasolina por reforma catalítica; termopares para medir altas temperaturas. Ósmio. Os (no canto superior esquerdo). 76 (no canto inferior direito). Ilustração da ponta de uma caneta tinteiro. Texto: Ponta de pena de canetas-tinteiro; agulhas de injeção; catalisadores industriais; agulha de bússola; reagente para revelar impressões digitais. Irídio. Ir (no canto superior esquerdo). 77 (no canto inferior direito). Ilustração de óculos escuros com lentes iridescentes. Texto: Películas em óculos de sol iridescentes; extremidade das velas de ignição; padrão internacional de m e quilos (liga Pt-Ir); ponta de pena de canetas-tinteiro.
Respostas e comentários

Interdisciplinaridade

Se considerar oportuno, con­verse com o colega de Arte para, juntos, realizarem um trabalho interdisciplinar no qual os estudantes explorem a ocorrência e as aplicações dos diversos elementos químicos. Mediante a divisão dos estudantes em equipes, cada uma ficando incumbida de elaborar um infográfico acerca dos elementos químicos e suas características.

Muitas possibilidades podem ser exploradas. Apenas exemplificando, pode-se sugerir: a abundância dêsses elementos no organismo humano, na água do mar, na crosta terrestre e no Universo; as diferentes aplicações (associadas a dados econômicos); e a toxicidade de alguns deles (atrelada a representações das partes do corpo humano e/ou do ambiente que podem contaminar e prejudicar).

Se for possível, reserve um tempo em aula para que os estudantes realizem pesquisas na internet (usando celular, táblet ou computador) para buscar novas imagens e outros dados sôbre o tema.

Estimule-os também a pesquisar na biblioteca da escola, caso haja referências disponíveis que contemplem o tema.

Com o material coletado pe­los estudantes, as equipes devem elaborar o infográfico.

As produções podem ser expostas na escola, a fim de que sejam fruídas por toda a comunidade escolar. Além disso, os infográficos podem ser publicados no blog das diversas equipes.

Essas produções também podem ser usadas como parte integrante da avaliação.

Se houver professor de Informática, considere a possibilidade de convidá-lo para se integrar à atividade.

Nesse caso, podem ser exploradas técnicas de programação em (ou outras tecnologias que o docente considerar oportunas) para criar infográficos digitais que sejam interativos.

Turmas numerosas

A produção coletiva de infográficos propicia uma vivência em que os estudantes podem cooperar e se complementar com suas diversas qualidades, aprendendo uns com os outros. As diversidades individuais são enriquecedoras e propiciam aos estudantes aprender também com base na interação com os demais integrantes da equipe. Procure contemplar a diversidade e a complementaridade na composição das equipes, que não precisam ser as mesmas que mantêm os blogs de Ciências.

As produções podem, ainda assim, ser postadas nos blogs, pois cada estudante pode inserir a produção da qual participou no blog para o qual contribui, independentemente de haver repetição de postagens dos infográficos nos diferentes blogs. Saliente aos estudantes que os blogs são ferramentas de divulgação do conhecimento científico e quanto mais visibilidade as produções da turma tiverem, melhor para a comunidade como um todo.

Ilustração. Tabela periódica. Para cada elemento tem o nome na parte superior, uma ilustração com o seu número molecular e lista de itens. Os elementos estão organizados em colunas de 1 até 18, em ordem de numeração molecular. Hélio. He (no canto superior esquerdo). 2 (no canto inferior direito). Ilustração de um balão cheio verde e um balão cheio azul. Texto: Balões para crianças; balões dirigíveis; balões luminosos; resfriamento de equipamentos científicos; ar atmosférico; sol. Boro. B (no canto superior esquerdo). 5 (no canto inferior direito). Ilustração de um béquer. Texto: Vidro resistente ao calor para uso em laboratórios e cozinhas; propelente de foguetes; ignitor de airbags; aditivo de detergentes para lavanderia; água boricada. Carbono. C (no canto superior esquerdo). 6 (no canto inferior direito). Ilustração de um diamante brilhante. Texto: Grafite e diamante; lápis e lapiseira; compostos orgânicos; carvão, gás natural, petróleo; aço, tintas, pneus, refrigerantes; conchas, pérolas. Nitrogênio. N (no canto superior esquerdo). 7 (no canto inferior direito). Ilustração de um boneco atrás de um volante com um airbag inflado. Texto: Airbag; ar atmosférico; resfriamento de equipamentos e de amostras biológicas; amônia, ácido nítrico, fertilizantes, explosivos; ureia, proteínas, DNA. Oxigênio. O (no canto superior esquerdo). 8 (no canto inferior direito). Ilustração de uma pessoa de perfil com aparelho respiratório no rosto. Texto:  Hospitais; cilindros de mergulho; ar atmosférico; comburente; camada de ozônio; grande variedade de minerais (silicatos, óxidos, carbonatos).  Flúor. F (no canto superior esquerdo). 9 (no canto inferior direito). Ilustração de um sorriso. Texto: Esmalte dental; fluoretação da água; pastas de dente e enxaguantes bucais; inscrição em vidros; enriquecimento do urânio para reatores; clorofluorcarbonos. Neônio. Ne (no canto superior esquerdo). 10 (no canto inferior direito). Ilustração de um código de barras. Texto: Laser para leitores de código de barra; letreiros luminosos (letreiros de neon); ar atmosférico; fluido refrigerante para baixíssimas temperaturas. Alumínio. Al (no canto superior esquerdo). 13 (no canto inferior direito). Ilustração de uma lata de refrigerante. Texto: Latas para refrigerantes, panelas, assadeiras, janelas, portões, boxes, antenas e aeronaves; embalagens para comida, papel alumínio; aluminossilicatos; aluminotermia. Silício. Si (no canto superior esquerdo). 14 (no canto inferior direito). Ilustração de um cristal. Texto: Quartzo e vidro; grande variedade de rochas (silicatos); rebolos e lixas; silicone; dinamite; célula fotovoltaica; chips eletrônicos. Fósforo. P (no canto superior esquerdo). 15 (no canto inferior direito). Ilustração de uma molécula de DNA. Texto: DNA, ADP e ATP; ácido fosfórico, refrigerantes do tipo “cola”; esqueleto e dentes; fertilizantes; praguicidas agrícolas; gases de nervos; fósforos. Enxofre. S (no canto superior esquerdo). 16 (no canto inferior direito). Ilustração de um pneu de carro. Texto: Borracha vulcanizada; algumas proteínas, cabelos, pelos, unhas; ácido sulfúrico, bateria de automóvel; fertilizantes; pólvora; fósforos. Cloro. Cl (no canto superior esquerdo). 17 (no canto inferior direito). Ilustração de uma embalagem de água sanitária. Texto: Alvejante doméstico; sal de cozinha; branqueamento das fibras do papel; cloração da água; tubos, conexões, pisos e garrafas de PVC; ácido muriático. Argônio. Ar (no canto superior esquerdo). 18 (no canto inferior direito). Ilustração de um laser apontado para um olho azul. Texto: Laser para cirurgias; lâmpadas incandescentes e fluorescentes; letreiros luminosos; ar atmosférico; atmosfera inerte em laboratório e indústria. Níquel. Ni (no canto superior esquerdo). 28 (no canto inferior direito). Ilustração de um trompete. Texto: Revestimento de instrumentos musicais, torneiras e peças para automóveis e motos; aço inox e moedas; catalisador para produzir margarina; centro da Terra. Cobre. Cu (no canto superior esquerdo). 29 (no canto inferior direito). Ilustração de uma medalha com o número 3. Texto: Bronze; latão; fios e cabos elétricos e eletrônicos; circuitos eletrônicos; moedas; encanamento para água quente. Zinco. Zn (no canto superior esquerdo). 30 (no canto inferior direito). Ilustração de um arame farpado. Texto: Ferro galvanizado para arames, calhas, pregos, porcas e parafusos; latão; pilha comum/alcalina; pigmento branco para tintas e maquiagem; cremes para assadura. Gálio. Ga (no canto superior esquerdo). 31 (no canto inferior direito). Ilustração de uma lâmpada verde. Texto: LEDs que emitem ultravioleta; celulares e computadores; semicondutores; termômetros especiais; diagnósticos em medicina nuclear. Germânio. Ge (no canto superior esquerdo). 32 (no canto inferior direito). Ilustração de uma máquina fotográfica. Texto: Lentes grande-angulares; transistores; chips eletrônicos; retificadores de corrente elétrica (alternada/contínua); dispositivos infravermelhos. Arsênio. As (no canto superior esquerdo). 33 (no canto inferior direito). Ilustração das mãos de uma pessoa segurando um celular. Texto: Chips para celulares; perigosíssimo e potente veneno; LEDs; lasers; aumento da dureza do chumbo quando liga com ele. Selênio. Se (no canto superior esquerdo). 34 (no canto inferior direito). Ilustração de um frasco de xampu. Texto: Xampu anticaspa; fotômetros (medem intensidade luminosa); fotocélulas; fotocopiadoras; células fotovoltaicas; diagnósticos em medicina nuclear. Bromo. Br (no canto superior esquerdo). 35 (no canto inferior direito). Ilustração de uma poltrona marrom. Texto: Retardador de chama para espumas e tecidos; filmes cinematográficos; filmes para radiografia; água do mar; medicamentos; inseticidas. Criptônio. Kr (no canto superior esquerdo). 36 (no canto inferior direito). Ilustração do flash de uma máquina fotográfica. Texto: Flashes fotográficos; lasers; lâmpadas estroboscópicas; letreiros luminosos; ar atmosférico; estudo dos pulmões em medicina nuclear. Paládio. Pd (no canto superior esquerdo). 46 (no canto inferior direito). Ilustração de um anel de brilhante. Texto: Ouro branco (liga de Pd-Au); próteses dentárias; contatos elétricos; eletrodos inertes; catalisador para produzir margarina; baterias de combustão. Prata. Ag (no canto superior esquerdo). 47 (no canto inferior direito). Ilustração da imagem em raio x de uma mão. Texto: Filmes para radiografias e cinema; joias; moedas e medalhas; espelhos; catalisadores; revestimentos bactericidas. Cádmio. Cd (no canto superior esquerdo). 48 (no canto inferior direito). Ilustração de um carregador com quatro pilhas. Texto: Pilhas recarregáveis níquel-cádmio; barras de controle em reatores nucleares; aditivo em ligas metálicas; painel solar fotovoltaico. Índio. In (no canto superior esquerdo). 49 (no canto inferior direito). Ilustração da mão de uma pessoa tocando em um painel vermelho. Texto: Semicondutores transparentes para displays e telas sensíveis ao toque; transistores; baterias solares; ligas para solda; lasers. Estanho. Sn (no canto superior esquerdo). 50 (no canto inferior direito). Ilustração de um sino. Texto: Bronze para sinos, moedas, estátuas, medalhas, tubos para órgãos musicais; folha de flandres (lata); displays e telas sensíveis ao toque; solda para eletrônica. Antimônio. Sb (no canto superior esquerdo). 51 (no canto inferior direito). Ilustração de faíscas saindo de um fósforo ao passar numa lixa. Texto: Fósforos (há sulfeto de antimônio na lixa); em liga com chumbo para uso em baterias de automóvel; retardador de chama adicionado a artigos feitos de plástico. Telúrio. Te (no canto superior esquerdo). 52 (no canto inferior direito). Ilustração de um CD. Texto: DVDs e CDs regraváveis; câmeras que captam infravermelho; fotocopiadoras; baterias solares; resistores elétricos; lasers. Iodo. I (no canto superior esquerdo). 53 (no canto inferior direito). Ilustração de um frasco e uma seringa com líquidos amarelos. Texto: Diagnósticos da glândula tireoide em medicina nuclear; antisséptico hospitalar; lâmpadas halógenas; sal iodado; sal para desencadear precipitação de chuvas. Xenônio. Xe (no canto superior esquerdo). 54 (no canto inferior direito). Ilustração da frente de um carro verde com os faróis acesos. Texto: Faróis de xenônio; flashes fotográficos embutidos em celulares e câmeras; lasers; ar atmosférico; diagnósticos em medicina nuclear. Platina. Pt (no canto superior esquerdo). 78 (no canto inferior direito). Ilustração de uma barra prateada escrito: platina 999,5. Texto: Barras para investimento; cadinhos; catalisador; padrão internacional de m e quilo (liga Pt-Ir); quimioterapia do câncer. Ouro. Au (no canto superior esquerdo). 79 (no canto inferior direito). Ilustração de duas alianças. Texto: Joias e relógios; moedas e medalhas; barras para investimento; circuitos eletrônicos; revestimento de plugues; revestimentos em artes. Mercúrio. Hg (no canto superior esquerdo). 80 (no canto inferior direito). Ilustração de uma lâmpada fluorescente acesa. Texto: Lâmpadas fluorescentes; pilhas; amálgama dental; termômetros apenas para pesquisas (proibido uso doméstico e clínico); produção de cloro e soda caustica. Tálio. Tl (no canto superior esquerdo). 81 (no canto inferior direito). Ilustração de um coração. Texto: Diagnósticos cardíacos em medicina nuclear; veneno para ratos; detectores de infravermelho; termômetros para temperaturas muito baixas. Chumbo. Pb (no canto superior esquerdo). 82 (no canto inferior direito). Ilustração de uma bateria. Texto: Baterias para veículos (acumulador de Planté); munição; blindagem contra raios X e raios gama; cintos para mergulho; solda para eletrônica. Bismuto. Bi (no canto superior esquerdo). 83 (no canto inferior direito). Ilustração de um fusível. Texto: Fusíveis; spriklers; antiácido estomacal e medicamentos para acometidos de úlcera; esmaltes, batons e outros cosméticos com aspecto perolado. Polônio. Po (no canto superior esquerdo). 84 (no canto inferior direito). Ilustração de um quadro amarelo com um símbolo preto formado por um círculo no meio e três seções ao redor (símbolo de material radioativo). Texto: Radioativo; fonte de energia para satélites artificiais; usado em pesquisas sobre radioatividade; fonte de partículas alfa; fonte de nêutrons (liga Po-Be). Astato. At (no canto superior esquerdo). 85 (no canto inferior direito). Ilustração de um quadro amarelo com um símbolo preto formado por um círculo no meio e três seções ao redor (símbolo de material radioativo). Texto: Radioativo; raríssimo; todo o astato que existe na crosta terrestre caberia em uma xícara; elemento produzido artificialmente para pesquisas científicas. Radônio. Rn (no canto superior esquerdo). 86 (no canto inferior direito). Ilustração de um quadro amarelo com um símbolo preto formado por um círculo no meio e três seções ao redor (símbolo de material radioativo). Texto: Radioativo; desprende-se de rochas que contêm urânio ou tório; nível monitorado para alerta de terremoto; expelido também em erupções vulcânicas.
Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

A atividade proposta de produção artística de infografias, interdisciplinar com Arte, vai ao encontro do desenvolvimento da competência geral 3, posto que constitui estímulo a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Também oportuniza o desenvolvimento da competência geral 4, na medida em que propõe utilizar conhecimentos da linguagem artística para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos.

A atividade pode abranger diversas técnicas e ir ao encontro de algumas das habilidades de Arte, como a ê éfe seis nove á érre zero seis (“Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interêssis artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.”).

Outras duas habilidades de Arte potencializadas pela atividade são a ê éfe seis nove á érre zero sete (“Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.”) e a ê éfe seis nove á érre três um (“Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.”).

A inclusão da Informática na atividade propicia desenvolver também a competência geral 5, pois envolve compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de fórma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

Propicia ainda o desenvolvimento da competência específica 6, posto que solicita utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de fórma crítica, significativa, reflexiva e ética.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Elementos químicos são organizados na tabela periódica. Elementos químicos apresentam nome, símbolo e número atômico. Elementos químicos formam as substâncias químicas, cada qual pode ser iônica, molecular ou metálica. Iônica: tem na composição metal e não metal, em geral tem alta temperatura de fusão e alta temperatura de ebulição. Iônica, se for testada em fase sólida, revela que não conduz corrente elétrica; se for testada na fase líquida revela que conduz corrente elétrica, pois nela há íons livres. Molecular, em geral tem baixa temperatura de fusão e baixa temperatura de ebulição. Molecular tem na composição não metal(is). Molecular, se for testada em fase sólida, revela que não conduz corrente elétrica; se for testada em fase líquida revela que não conduz corrente elétrica. Metálica, em geral, tem alta temperatura de fusão e alta temperatura de ebulição. Metálica tem na composição metal. Metálica, se for testada em fase sólida, revela que conduz corrente elétrica, pois nela há elétrons livres; se for testada na fase líquida, revela que conduz corrente elétrica, pois nela há elétrons livres.
Ícone. Lâmpada.

Atividades

Use o que aprendeu

1. Existem seis substâncias na natureza formadas por átomos não ligados a outros.

Quais são essas substâncias?

  1. As eletrosferas de alguns elementos químicos são consideradas modelos de estabilidade. Que elementos são esses?
  2. As ligações químicas interatômicas são as uniões que mantêm os átomos coesos formando as substâncias.
    1. O estabelecimento dessas ligações envolve que parte da eletrosfera?
    2. Como essa parte é denominada?
  3. A regra do octeto é empregada (em casos relativamente simples) para realizar determinada previsão. O que diz essa regra e como ela possibilita fazer a previsão?
  4. O cloreto de sódio (êne á cê éle) é uma substância iônica, a sacarose () é uma substância molecular e a prata (á gê) é uma substância metálica. Que tipo de ligação química existe em cada uma delas?
  5. A cal viva é um material muito usado por pedreiros, pintores e agricultores. Ela pode ser representada pela fórmula cê a ó.
    1. Essa substância é simples ou composta? Justifique.
    2. Em que grupos da tabela periódica estão os elementos que a compõem?
    3. Que tipo de ligação química existe na cal viva?
    4. Justifique sua resposta à pergunta anterior, comparando os elementos que formam a cal viva com os gases nobres dos quais eles mais se aproximam em número de elétrons.
  6. Consulte, na tabela periódica, os números atômicos dos seguintes elementos e localize o gás nobre mais próximo de cada um. Com base nessas informações, responda: qual é a carga que seus átomos terão ao se transformarem em íons e estabelecerem ligação iônica?
    1. Bê érre
    2. Cê a
    3. cê éle
    4. êne á
    5. ésse
    6. ême gê
    7. óh
  7. Consulte os dados necessários no item 6 do capítulo 3 e, a seguir, escreva a distribuição eletrônica nas camadas para os elementos:
    1. Bê érre
    2. Cê a
    3. cê éle
    4. êne á
    5. ésse
    6. ême gê
    7. óh
  8. Fundamentado nas respostas da questão anterior, elabore a distribuição eletrônica nas camadas dos íons estáveis formados pelos seguintes elementos:
    1. Bê érre
    2. Cê a
    3. cê éle
    4. êne á
    5. ésse
    6. ême gê
    7. óh
  9. Os pares de elementos representados por seus símbolos unem-se por ligação iônica. Usando suas respostas às questões 7 e 9, preveja, em cada caso, a fórmula do composto formado.
    1. e Bê érre
    2. Cê a e cê éle
    3. êne á e ésse
    4. ême gê e óh
  10. Faça a previsão da fórmula do composto no qual há íons:

a.

L i mais e
F menos

b.

B a dois mais e
C l menos

c.

A l três mais e
S dois menos

d.

S r dois mais e
O dois menos

e.

C s mais e
C l menos

f.

K mais e
O 2 menos
  1. Preveja a fórmula de um composto iônico formado por um metal A, do grupo 1 da tabela periódica, e um não metal B, do grupo 16. (Em enunciados como este, as letras são símbolos de elementos hipotéticos.)
  2. Um metal alcalinoterroso X combina-se com um halogênio Y. Deduza a fórmula do composto formado e indique o tipo de ligação química nele existente.
  3. Considere o composto iônico de fórmula QR, no qual os cátions de Q e os ânions de R obedecem à regra do octeto. Responda e justifique.
    1. Q pode ser alcalino e R halogênio?
    2. Q pode ser alcalino e R calcogênio?
    3. Q pode ser alcalinoterroso e R halogênio?
    4. Q pode ser alcalinoterroso e R calcogênio?
    5. Q pode ser do grupo 13 e R do grupo 17?
Respostas e comentários

Respostas do Use o que aprendeu

1. Os gases nobres existen­tes na natureza: hélio (agá ê), neônio (êne ê), argônio (á érre), criptônio (), xenônio (xis ê) e radônio (). (O oganessônio, Z = 118, é artificial; não existe na natureza e, por isso, não foi incluído na resposta.)

2. Os gases nobres.

3. a) A última camada (camada mais externa).

b) Camada de valência.

4. Um átomo tem eletrosfera estável quando sua última camada possui 8 elétrons (ou 2, caso se trate da camada K). Para saber se a eletrosfera está estável, devemos consultar a distribuição eletrônica do átomo e verificar se o número de elétrons na última camada está de com a regra do octeto.

5. No éle, há ligação iôni­ca, na agáóh, há liga­ção covalente, e, na á gê, ligação metálica.

6. a) Substância composta, pois é constituída de dois elementos químicos distintos, o cálcio e o oxigênio.

b) O cálcio está no grupo 2, e o oxigênio, no 16.

c) Ligação iônica.

d) Um átomo neutro de cálcio tem 20 elétrons. Ele mais se aproxima do argônio, que tem 18 elétrons. Assim, o cálcio tende a perder 2 elétrons, transformando-se no íon

C a 2 mais

.

Um átomo neutro de oxigênio tem 8 elétrons e mais se aproxima do neônio, que tem 10 elétrons. O oxigênio pode estabilizar-se recebendo 2 elétrons e transformando-se no íon
O 2 menos

A cal viva é uma substância iônica, em que há íons

C a 2 mais

e

O 2 menos

.

7. a) 

K mais

(1 elétron é perdido para ficar com eletrosfera similar à do á érre).

b) 

B r menos

(1 elétron é ganho para ficar com eletrosfera similar à do ).

c)

C a dois mais

(2 elétrons são perdidos para ficar com eletrosfera similar à do á érre).

d)

C l menos

(1 elétron é ganho para ficar com eletrosfera similar à do á érre).

e)

N a mais

(1 elétron é perdido para ficar com eletrosfera similar à do êne ê).

f)

S dois menos

(2 elétrons são ganhos para ficar com eletrosfera similar à do á érre).

g)

M g dois mais

(2 elétrons são perdidos para ficar com eletrosfera similar à do êne ê).

h)

O 2 menos

(2 elétrons são ganhos para ficar com eletrosfera similar à do êne ê).

8. a) : K 2, L 8, M 8, N 1.

b) : K 2, L 8, M 18, N 7.

c) Cê a: K – 2, L 8, M 8, N 2.

d) cê éle: K – 2, L 8, M 7.

e) êne á: K 2, L 8, M 1.

f) ésse minúsculo: K 2, L 8, M 6.

g) : K 2, L 8, M 2.

h) : K 2, L 6.

9. a)

K. Subscrito à esquerda: dezenove. Sobrescrito à direita: mais.

:

K 2, L 8, M 8.

b)

B r. Subscrito à esquerda: trinta e cinco. Sobrescrito à direita: menos.

:

K 2, L 8, M 18, N 8.

c)

C a. Subscrito à esquerda: 20. Sobrescrito à direita: dois mais.

:

K 2, L 8, M 8.

d)

Cl. Subscrito à esquerda: 17. Sobrescrito à direita: menos.

:

K 2, L 8, M 8.

e)

N a. Subscrito à esquerda: 11. Sobrescrito à direita: mais.

:

K 2, L 8.

f)

S. Subscrito à esquerda: 16. Sobrescrito à direita: dois menos.

:

K 2, L 8, M 8.

g)

M g. Subscrito à esquerda: doze. Sobrescrito à direita: dois mais.

:

K 2, L 8.

h)

O. Subscrito à esquerda: oito. Sobrescrito à direita: dois menos.

:

K 2, L 8.

10. a)

b) Cê aCl₂

c) êne áésse

d) ême gê ó

11. a) éle iF

b) bê áCl₂

c) aéleésse

d) ésse érre ó

e) éle

f) óh

12. • O metal A (grupo 1) fórma cátion

A mais sobrescrito

.

O não metal B (grupo 16) fórma ânion

B dois menos sobrescrito

.

Assim:

abre parêntesis A mais sobrescrito fecha parêntesis dois subscrito; abre parêntesis B dois menos sobrescrito fecha parêntesis 1 subscrito

  séta para  ábit

13. O metal X (grupo 2) fórma cátion

X dois mais sobrescrito

.

O halogênio Y (grupo 17) fórma ânion

Y menos sobrescrito.

.

Assim:

abre parêntesis X dois mais sobrescrito fecha parêntesis 1 subscrito abre parêntesis Y menos sobrescrito fecha parêntesis 2 subscrito

séta para

A ligação entre X e Y é iônica.

14. A fórmula QR só é possí­vel se o cátion e o ânion apresentarem cargas elétricas iguais (em módulo).

a) Sim, porque

Q mais sobrescrito.

e

R menos sobrescrito.

cons­tituem quê érre.

b) Não, porque

Q mais sobrescrito.

e

R dois menos sobrescrito.

cons­tituiriam érre minúsculo.

c) Não, porque

Q dois mais sobrescrito.

e

R menos sobrescrito.

cons­tituiriam .

d) Sim, porque

Q dois mais sobrescrito.

e

R dois menos sobrescrito.

cons­tituem quê érre.

e) Não, porque

Q três mais sobrescrito.

e

R menos sobrescrito.

cons­tituiriam quê érre.

15. O principal constituinte do rubi e da safira é uma substância incolor denominada óxido de alumínio, composta dos elementos alumínio e oxigênio. (A cor vermelha do rubi e a cor azul da safira se devem a pequenas quantidades de outras substâncias.)

Deduza a fórmula do óxido de alumínio.

Fotografia. Uma pedra preciosa vermelha brilhante, no formato de um diamante.
Rubi lapidado. (Comprimento: 6 milímetros.)

16. O elemento químico flúor é extraído de um mineral denominado fluorita, que consiste principalmente de fluoreto de cálcio, cuja fórmula é Cê aF₂.

Consultando a tabela periódica, determine se as eletrosferas do cálcio e do flúor estão com o octeto completo nessa substância.

Fotografia. Destaque para a mão de uma pessoa segurando uma pedra irregular roxa.
Amostra do mineral fluorita.

17. Denomina-se valência de um íon o valor de sua carga, desconsiderando o sinal. Assim, por exemplo, a valência do

N a mais. é 1 e a do
O 2 menos é 2. Sabendo disso, determine a valência dos íons da questão 9.
  1. Considere as seguintes definições:
    • íon monovalente é o que tem valência 1;
    • íon bivalente é o que tem valência 2;
    • íon trivalente é o que tem valência 3.

Fundamentado nelas, classifique os íons constituintes da substância:

  1. óxido de alumínio (da questão 15);
  2. fluoreto de cálcio (da questão 16).
  1. Preveja a fórmula de um composto iônico constituído de ânions monovalentes de um elemento Z e cátions trivalentes de um elemento Y.
  2. Analise o esquema referente à formação de um ânion a partir do átomo neutro:
Esquema. 37, 17, Cl. Átomo neutro: 20 nêutrons, 17 prótons e 17 elétrons. Acrescentando 1 elétron: 37, 17, Cl menos. Ânion: 20 nêutrons, 17 prótons (o núcleo não se altera. Portanto A e Z também não.), 18 elétrons (a alteração ocorre na eletrosfera).

Inspirado nele, determine quantos prótons, nêutrons e elétrons existem num ânion:

a.

F. Sobrescrito à esquerda: 19; subscrito à esquerda: 9. Sobrescrito à direita: menos

b.

S. Sobrescrito à esquerda: 32; subscrito à esquerda: 16. Sobrescrito à direita: 2 menos

c.

P. Sobrescrito à esquerda: 32; subscrito à esquerda: 15. Sobrescrito à direita: 3 menos

21. Analise o esquema referente à formação de um cátion a partir do átomo neutro:

Esquema. 23, 11, Na. Átomo neutro: 12 nêutrons, 11 prótons e 11 elétrons. Retirando 1 elétron: 23, 11, Na mais. Cátion: 12 nêutrons, 11 prótons (o núcleo não se altera. Portanto A e Z também não.), 10 elétrons (a alteração ocorre na eletrosfera).

Inspirado nele, determine quantos prótons, nêutrons e elétrons existem num cátion:

a.

K. Sobrescrito à esquerda: 39; subscrito à esquerda: 19. Sobrescrito à direita: mais

b.

M g. Sobrescrito à esquerda: 24; subscrito à esquerda: 12. Sobrescrito à direita: 2 mais.

c.

A l. Sobrescrito à esquerda: 27; subscrito à esquerda: 13. Sobrescrito à direita: 3 mais.
Respostas e comentários

15.

Abre parêntesis A l, 3 mais sobrescrito, fecha parêntesis 2 subscrito; abre parêntesis O, 2 menos sobrescrito, fecha parêntesis 3 subscrito; implica

séta para

16. O cálcio (grupo 2) tem 2 elétrons de valência. Perdendo os 2 elétrons, passa a ter octeto completo.

O flúor (grupo 17) tem 7 elétrons de valência. Ao receber mais 1 elétron, fica com o octeto completo.

Os íons

C a 2 mais

e

F menos.

têm o octeto completo.

17. a) 1; b) 1; c) 2; d) 1; e) 1; f) 2; g) 2; h) 2.

18. a)

A l 3 mais.

é trivalente;

O 2 menos.

é bivalente.

b)

C a 2 mais

é bivalente;

F menos.

é monovalente.

19.

abre parêntesis Y, 3 mais sobrescrito, fecha parêntesis 1 subscrito; abre parêntesis Z, menos sobrescrito, fecha parêntesis 3 subscrito; implica que

  séta para  

20. Prótons, nêutrons e elétrons, nessa ordem:

a) 9, 10 e 10.

b) 16, 16 e 18.

c) 15, 17 e 18.

21. Prótons, nêutrons e elétrons, nessa ordem:

a) 19, 20 e 18.

b) 12, 12 e 10.

c) 13, 14 e 10.

  1. Consulte, na tabela periódica, os números atômicos dos seguintes elementos e localize o gás nobre mais próximo de cada um. Com base nessas informações, responda: quantas ligações covalentes cada um deles deve estabelecer?
    1. éfe
    2. cê éle
    3. Bê érre
    4. óh
    5. ésse
    6. êne
    7. agá
    8. á érre
    9. á ésse
    10. agá ê
  2. Consulte os dados necessários no item 6 do capítulo 3 e, a seguir, escreva a distribuição eletrônica nas camadas para os elementos:
    1. éfe
    2. cê éle
    3. Bê érre
    4. óh
    5. ésse
    6. êne
    7. agá
    8. á érre
    9. á ésse
    10. agá ê
  3. Analise o número de elétrons na camada de valência de cada um dos elementos da questão anterior e preveja quantas ligações covalentes cada um deles deve estabelecer. Sua previsão está de acôrdo com a resposta que você deu à questão 22?
  4. Represente a fórmula eletrônica (também denominada fórmula de LIUÍS) de cada uma das substâncias cuja fórmula molecular aparece a seguir. Lembre-se de que a tabela periódica é um instrumento de consulta.
    1. agáésse
    2. êne agá
    3. óh
    4. êne
    5. agá í
    6. ésse ÍH₄
    7. pê agá
    8. cê éfe
    9. cê ó
  5. Represente a fórmula estrutural das substâncias da questão anterior.
  6. A seguir, é mostrada a fórmula estrutural do ácido acético, substância que dá odor e sabor ao vinagre.
Esquema. C, três ligações simples com H e uma ligação simples com C, que tem uma ligação dupla com O e uma ligação simples com O, que tem uma ligação simples com H.
  1. O que significa cada traço presente nessa fórmula estrutural?
  2. Qual é a fórmula molecular do ácido acético?

28. A água oxigenada, usada para desinfetar esfolados, é uma solução aquosa de peróxido de hidrogênio, substância cuja fórmula eletrônica é a seguinte:

Esquema. Dois átomos de O, cada um com seis bolinhas pretas. Ao lado de cada um tem um H, com uma bolinha preta. Cada H compartilha uma bolinha com o O. Os O compartilham uma bolinha preta entre eles.
  1. Verifique se a eletrosfera dos átomos está estável.
  2. Elabore a fórmula estrutural do composto.
  1. A hidrazina, combustível de foguetes, tem fórmula molecular êneagá. Elabore sua fórmula eletrônica e sua fórmula estrutural.
  2. O número atômico do hidrogênio é 1 e o do oxigênio é 8. Isso significa que um átomo neutro de H tem 1 elétron e um átomo neutro de O tem 8 elétrons. Portanto, a molécula de água tem 10 elétrons; 1 de cada H e 8 do O.

Então, por que na fórmula eletrônica da água (veja a seguir) são representados somente 8 elétrons, e não 10?

Esquema. Um átomo O com seis bolinhas pretas ao redor e dois H, com uma bolinha preta cada um. Os H compartilham as bolinhas pretas com o O.
  1. De acôrdo com a regra do octeto, quantos átomos devem existir, ao todo, na molécula formada pela combinação de:
    1. um calcogênio e um halogênio?
    2. fósforo e um halogênio?
  2. Para um elemento presente em uma molécula, denomina-se valência o número de ligações covalentes que ele faz. Qual é a valência dos elementos em cada substância listada na questão 25?
  3. Considerando a valência de cada elemento, elabore a fórmula estrutural das seguintes substâncias:
    1. cê agá
    2. agá
    3. agá
    4. agá
    5. agá
    6. cê cê éle
    7. cê agáóh
    8. cê ésse
    9. êneagá
  4. Consultando a tabela periódica, determine quantos prótons e elétrons há nas moléculas:
    1. agá
    2. óh
    3. êne
    4. cê agá
    5. êne agá
    6. cê ó
Respostas e comentários

22. a) 1 (éfe, Z = 9; êne ê, Z = 10)

b) 1 (éle, Z = 17; á érre, Z = 18)

c) 1 (Bê érre, Z = 35; , Z = 36)

d) 2 (óh, Z = 8; êne ê, Z = 10)

e) 2 (ésse, Z = 16; á érre, Z = 18)

f) 3 (êne, Z = 7; êne ê, Z = 10)

g) 3 (, Z = 15; á érre, Z = 18)

h) 4 (, Z = 6; êne ê, Z = 10)

i) 1 (agá, Z = 1; agá ê, Z = 2)

j) zero (á érre é gás nobre)

k) 3 (á ésse, Z = 33; , Z = 36)

l) zero (agá ê é gás nobre)

23. a) K 2, L 7.

b) K 2, L 8, M 7.

c) K – 2, L – 8, M – 18, N – 7.

d) K 2, L 6.

e) K 2, L 8, M 6.

f) K 2, L 5.

g) K 2, L 8, M 5.

h) K 2, L 4.

i) K 1.

j) K 2, L 8, M 8.

k) K – 2, L – 8, M – 18, N – 5.

l) K 2.

24. O número de ligações, nesses casos, é igual ao número de elétrons que faltam para completar o octeto e coincidem, em todos os casos, com as respostas da questão 22.

25.

a)

Esquema a. Dois Br com sete bolinhas pretas ao redor de cada. Cada Br compartilha uma bolinha entre eles.

b)

Esquema b. Um Cl com 7 bolinhas ao redor e um H com uma bolinha. O H compartilha uma bolinha com o Cl.

c)

Esquema c. Um S com 6 bolinhas ao redor e dois H com uma bolinha cada. Cada H compartilha uma bolinha com o S.

d)

Esquema d. Um N com 5 bolinhas ao redor e três H com uma bolinha cada. Cada H compartilha uma bolinha com o N.

e)

Esquema e. Dois O, cada um com seis pontos ao redor. Eles compartilham duas bolinhas entre eles.

f)

Esquema f. Dois N, cada um com cinco bolinhas ao redor. Eles compartilham 3 bolinhas entre eles.

g)

Esquema g. Um I com sete bolinhas ao redor e um H com uma bolinha ao redor.  O H compartilha uma bolinha com o I.

h)

Esquema h. Um Si com quatro bolinhas ao redor e quatro H, com uma bolinha cada. Os H compartilham as bolinhas com o Si.

i)

Esquema i. Um P com cinco bolinhas ao redor e três H, com uma bolinha cada. Os H compartilham as bolinhas com o P.

j)

Esquema j. Um O com seis bolinhas ao redor e dois F, com 7 bolinhas cada. Cada F compartilha uma bolinha com o O.

k)

Esquema k. Um C com quatro bolinhas ao redor e quatro F, cada um com sete bolinhas ao redor. Cada F compartilha uma bolinha com o C.

l)

Esquema l. Um C com quatro bolinhas ao redor e dois O com seis bolinhas ao redor. Cada O compartilham duas bolinhas com o C.

26.

a)

Esquema a. Br ligação simples Br. 



.

b)

Esquema b. H ligação simples Cl.

c)

Esquema c. H, ligação simples S, ligação simples H.

d)

Esquema d. N, três ligações simples, cada uma com um H.

e)

Esquema e. O, ligação dupla com O.

f)

Esquema f. N, ligação tripla com N.

g)

Esquema g. H, ligação simples com I.

h)

Esquema h. Si, quatro ligações simples com quatro H.

i)

Esquema i. P, três ligações simples com três H.

j)

Esquema j. F ligação simples com O, ligação simples com F.

k)

Esquema k. C, quatro ligações simples com quatro F.

l)

Esquema l. O, ligação dupla com C, ligação dupla com O.

27. a) Cada traço simboliza uma ligação covalente.

b) agáóh

28. a) Sim; O com 8 elétrons na camada de valência e H com 2.

b) HOOH

29.

Esquema. Dois N, cada um com cinco bolinhas pretas ao redor, e quatro H, cada um com uma bolinha preta. Esquema. N, ligação simples com 2 H e ligação simples com N, que tem ligação simples com outros  2 H.

30. Em uma fórmula eletrônica, são representados apenas os elétrons da camada de valência; no caso, 1 de cada H e 6 do óh. Assim, há 2 elétrons da primeira camada do óh não incluídos na fórmula.

31. a) Três átomos: um do calcogênio (X) e dois do halogênio (Y).

Esquema. Dois X e um Y. Cada X tem seis bolinhas pretas ao redor; o Y tem sete bolinhas pretas ao redor. Cada Y compartilha uma bolinha preta com o X. Ao lado, quadro: XY2.

b) Quatro átomos: um de fósforo (P) e três do halogênio (Y).

Esquema. Um P e três Y. O P tem cinco bolinhas pretas ao redor. Cada Y tem sete bolinhas pretas ao redor. Cada Y compartilha uma bolinha com o P. Ao lado, quadro: PY3.

32. a) Bê érre: 1

b) agá: 1, éle: 1

c) agá: 1, ésse: 2

d) agá: 1, êne: 3

e) óh: 2

f) êne: 3

g) agá: 1, ih: 1

h) agá: 1, ésse Í: 4

i) agá: 1, : 3

j) éfe: 1, óh: 2

k) éfe: 1, : 4

l) óh: 2, : 4

33. a)

Esquema a. C, quatro ligações simples com quatro H.

b)

Esquema b. C ligação simples com C, sendo cada C ligado por ligação simples a mais três H.

c)

Esquema c. C, duas ligações simples com H e uma ligação dupla com C, que tem mais duas ligações simples com H.

d)

Esquema d. H, ligação simples com C, ligação tripla com C, ligação simples com H.

e)

Esquema e. C, três ligações simples com H e uma ligação simples com C, que tem mais duas ligações simples com H e uma ligação simples com C, que tem três ligações simples com H.

f)

Esquema f. C, com quatro ligações simples com Cl.

g)

Esquema g. C, duas ligações simples com H e uma ligação dupla com O.

h)

Esquema h. S, ligação dupla com C, ligação dupla com S.

i)

Esquema i. H, ligação simples com N, ligação dupla com N, ligação simples com H.

34. Consultamos o número de prótons de cada átomo na tabela periódica. Por serem moléculas e não íons, o número de elétrons de cada átomo é igual ao de prótons (neutralidade elétrica). A seguir, adicionamos a contribuição de cada átomo presente na molécula.

a) 1 + 1 = 2

b) 8 + 8 = 16

c) 7 + 7 = 14

d) 1 + 17 = 18

e) 6 + 1 + 1 + 1 + 1 = 10

f) 7 + 1 + 1 + 1 = 10

g) 1 + 6 + 7 = 14

h) 6 + 8 + 8 = 22

i) 16 + 9 + 9 = 34

  1. Apresente cinco propriedades que, consideradas em conjunto, possibilitam diferenciar uma substância metálica das substâncias iônicas e moleculares.
  2. Comente o papel desempenhado por materiais condutores e materiais isolantes nos fios elétricos usados em circuitos residenciais.
  3. Que tipo de material é designado pela expressão liga metálica?
  4. De que é feito o ouro 18 quilates, empregado na confecção de joias?
  5. Qual é a constituição química do bronze? Para que se utiliza esse material?
  6. Que elementos químicos fazem parte do latão? Quais são as utilidades dessa liga?
  7. Quais são os dois elementos químicos presentes no aço? Qual deles comparece em maior quantidade?
  8. Pesquise o que significa a palavra “inox” utilizada na expressão aço inox. Elabore uma lista de objetos feitos dêsse material que existam em sua casa. Por que esses objetos não são feitos de aço comum?
  9. Comparando-se três substâncias moleculares, uma delas sólida, outra líquida e outra gasosa, todas na mesma temperatura, qual ou quais delas :
    1. fórma constante?
    2. fórma variável?
    3. volume constante?
    4. volume variável?
  10. Consulte a tabela periódica, se necessário, e classifique as substâncias representadas a seguir em iônicas, moleculares ou metálicas.

Além de realizar a classificação, explique o critério utilizado por você para fazer essa classificação.

  1. êne áóh
  2. éfe ê
  3. cê ó
  4. cê agá
  5. Cê aF₂

45. Ouro (á ú) e iodo (ih) são substâncias sólidas nas condições ambientes.

Comparando o tipo de ligação química existente em cada uma, é possível prever qual apresenta maior temperatura de fusão.

Diga qual é e explique como chegou a essa conclusão.

46. Comparando as substâncias de fórmulas e , é possível prever qual apresenta maior temperatura de fusão.

Diga qual é e explique como chegou a essa conclusão.

  1. As perguntas dos itens a até d referem-se às seguintes substâncias:
    • Cobre (cê ú)
    • Brometo de cálcio (Cê aBr₂)
    • Amônia (êne agá)
    • Cloreto de hidrogênio ()
    • Ouro (á ú)
    • Óxido de magnésio (ême gê ó)
    1. qual ou quais delas é ou são certamente nas condições ambientes?
    2. Sabe-se que duas dessas substâncias são gasosas nas condições ambientes. Quais são elas? Como você chegou a essa conclusão?
    3. qual ou quais delas corrente elétrica em fase sólida?
    4. qual ou quais delas não corrente elétrica em fase sólida, mas quando em fase líquida?
  2. Analise atentamente os dados apresentados na seguinte tabela:
Temperaturas de fusão e de ebulição de algumas substâncias, a pressão de 1 atm

Substância

Temperatura de fusão (°C)

Temperatura de ebulição (°C)

Magnésio (Mg)

650

1.100

Cloro (Cl2)

–101

–34

Cloreto de magnésio (MgCl2)

708

1.412

Fonte: Reines, W. M. (edição). CRC Handbook of Chemistry and Physics. nonagésima sétima edição Boca Raton: CRC Press, 2016. página 4-44ésse ésse.

  1. A 25 graus Célsius e na pressão a que se referem os dados da tabela, em que fase essas substâncias se encontram?
  2. Relacione os dados da tabela com o tipo de ligação química existente nas substâncias.
Respostas e comentários

35. Brilho metálico caracte­rístico, alta condutividade elétrica e térmica, temperaturas de fusão e ebulição (em geral) altas, maleabilidade e ductibilidade.

36. Condutores elétricos (em geral, o cobre) são empregados na fiação elétrica. Isolantes elétricos são usados no revestimento dessa fiação, a fim de evitar curto-circuitos e choques elétricos.

37. Mistura de dois ou mais elementos, na qual a totalidade ou a maior parte é de elementos metálicos.

38. Ouro e cobre. (Eventualmente, outros metais podem estar presentes.)

39. É uma liga de cobre e estanho, usada para fazer si­nos, estátuas, medalhas e monumentos.

40. Cobre e zinco. Serve para fabricar torneiras, porcas, parafusos e instrumentos musicais.

41. Ferro (em maior quantidade) e carbono.

42. “Inox” é uma fórma reduzida de “inoxidável”, ou seja, aquilo que não se oxida. A oxidação do ferro acarreta a formação de ferrugem. Assim, aço inox é aquele que não enferruja.

A elaboração da lista é resposta pessoal.

Objetos são feitos de inox quando têm aplicações que os tornariam sujeitos à ferrugem (por exemplo, ferramentas, utensílios de cozinha, pias, fogões etcétera).

43. a) A substância sólida.

b) A líquida e a gasosa.

c) A sólida e a líquida.

d) A substância gasosa.

44. O critério é: (1) metal e não metal: substância iônica; (2) somente não metal(is): substância molecular; (3) somente metal: substância metálica. Portanto:

a) iônica

b) metálica

c) metálica

d) molecular

e) molecular

f) iônica

g) molecular

h) iônica

45. O ouro é substância metálica. O iodo é substância molecular. A temperatura de fusão das substâncias metálicas é, de modo geral, maior que a das moleculares. Portanto, espera-se que a temperatura de fusão do ouro seja maior. (De fato, a temperatura de fusão do ouro é .1064 graus Célsius e a do iodo é 114 graus Célsius.)

46. O é substância molecular e o é substância iônica. A temperatura de fusão do deve ser maior. (De fato, a do é 87 graus Célsius e a do é 734 graus Célsius.)

47. a) Ouro, cobre, brometo de cálcio e óxido de magnésio, ou seja, as substâncias metálicas e as iônicas.

b) Por exclusão, devem ser as substâncias moleculares da lista, ou seja, amônia e cloreto de hidrogênio.

c) As substâncias metálicas: cobre e ouro.

d) As substâncias iônicas: brometo de cálcio e óxido de magnésio.

48. a) Cloro: fase gasosa. Magnésio e cloreto de magnésio: fase sólida.

b) O magnésio é substância metálica e o cloreto de magnésio é substância iônica. Esses dois tipos de substâncias apresentam, em geral, altas temperaturas de fusão e de ebulição. Já o cloro é substância molecular; esse tipo, em geral, apresenta baixas temperaturas de fusão e de ebulição.

Ícone. Lupa.

Atividade

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

ANÁLISE DE MODELOS

1. A ilustração a seguir representa uma mudança de fase que ocorre com uma substância molecular. Ele é um modelo mais apropriado para representar qual mudança de fase? Por quê?

Esquema. Antes: quatro fileiras de 5 esferas azuis alinhadas, formando um retângulo. Seta. Depois: vinte esferas azuis espalhadas.
Representação esquemática de substância molecular antes e depois de uma mudança de fase. (Moléculas representadas por esferas, em cor fantasiosa.)

2. A seguir, é mostrado outro esquema de mudança de fase que ocorre com uma substância molecular. Trata-se de um modelo que representa mais corretamente qual mudança de fase? Justifique.

Esquema. Antes: seis esferas espalhadas, mas próximas umas das outras. Seta. Depois: as seis esferas estão mais afastadas.
Representação esquemática de substância molecular antes e depois de uma mudança de fase. (Moléculas representadas por esferas, em cor fantasiosa.)
  1. Analise os modelos numerados e, no caderno, associe cada um a uma substância da lista.
    1. Zinco () sólido.
    2. Cloreto de sódio (êne á cê éle) sólido.
    3. Água (agáóh) líquida.
    4. Dióxido de carbono (cê ó) gasoso, também denominado gás carbônico.
    5. Dióxido de carbono (cê ó) sólido, também chamado de gelo-seco.
    6. Hélio (agá ê) gasoso.
    7. Cloro (cê éle) gasoso.
    8. Bromo (Bê érre) líquido.
Esquema 1. Cinco fileiras de quatro esferas cinzas. Esquema 2. Fileiras de esferas verdes e rosas, intercaladas, próximas umas das outras. Esquema 3. Cinco conjuntos, cada um formado por uma esfera cinza unida a duas esferas vermelhas, uma de cada lado. Esquema 4. Cinco conjuntos, cada um formado por duas esferas verdes unidas. Esquema 5. Uma esfera cinza unida a duas esferas vermelhas, uma de cada lado, formando fileiras. Esquema 6. Esferas azuis espalhadas. Esquema 7. Conjuntos formados cada uma por uma esfera vermelha com duas esferas brancas ao redor. Esquema 8. Conjuntos formados por duas bolinhas verdes unidas.
Nos modelos 1 a 8, os átomos e os íons estão representados por esferas em cores fatantasiosas e ampliados dezenas de milhões de vezes.

Seu aprendizado não termina aqui

Na Antiguidade, o domínio de técnicas para obter e trabalhar metais significou riqueza e poder.

Primeiro, a humanidade descobriu meios para produzir e utilizar o bronze. Depois, dominou a obtenção e o uso do ferro. Tanto o bronze quanto o ferro (sob a fórma de aço, liga de ferro e carbono) foram de grande importância, por exemplo, para fazer armaduras, escudos, ferramentas, espadas e lanças.

Pesquise mais sôbre a história da obtenção dos metais entre povos antigos e sua importância econômica e militar.

Respostas e comentários

Respostas do Explore diferentes linguagens

1. O modelo da situação inicial representa um sólido e o da situação final, um líquido. Assim, o modelo, como um todo, representa a fusão de uma substância molecular.

2. No modelo, está representada a passagem da fase líquida para a fase gasosa, ou seja, uma vaporização.

3. a) 1; b) 2; c) 7; d) 3; e) 5; f) 6; g) 4; h) 8.

De ôlho na Bê êne cê cê!

O boxe Seu aprendizado não termina aqui estimula valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade e continuar aprendendo (competência geral 1); e compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico (competência específica 1).