CAPÍTULO 5 Acústica

Fotografia. Menino negro de cabelo com tranças, veste uma camisa xadrez, terno e chapéu preto. O menino toca um violino.
Qual a explicação científica para cada corda do violino emitir um som diferente? A Acústica é a área da Ciência cujo estudo nos permite entender o que é o som, quais são suas propriedades, o que são as notas musicais e como os instrumentos musicais funcionam, sejam eles de cordas, de sopro ou de percussão. Na foto, um adolescente tocando violino. Ele utiliza um arco para colocar as cordas em vibração, sendo que cada uma delas emite um som diferente. Neste capítulo, você descobrirá por que os sons dessas cordas são distintos.
Respostas e comentários

Este capítulo e seus conteúdos conceituais

  • Som e ondas sonoras
  • Intensidade sonora
  • Efeitos da intensidade sonora sôbre o ser humano
  • Frequência de um som e sua altura (grave/agudo)
  • Frequência dos sons
  • Princípios básicos de funcio­namento dos instrumentos musicais de corda, de sopro e de percussão
  • Velocidade do som em diferentes materiais
  • Reflexão e absorção do som
  • Eco
  • Infrassom
  • Ultrassom e suas aplicações

Este capítulo caracteriza o som como uma manifestação que se propaga pelo ar (e também por outros materiais) por meio de ondas que não podem ser vistas, mas cujos efeitos podem ser detectados, por exemplo, pela nossa audição.

A discussão do tema teve início no 3º ano do Ensino Fundamental (ê éfe zero três cê ih zero um: “Produzir diferentes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno.”). Assim, estimule os estudantes a responder à pergunta da abertura do capítulo e perceba, por meio das respostas, as concepções prévias que eles têm acerca do som e das ondas sonoras. Retome essas respostas, em aula, após abordar o item 3 do capítulo, convidando os estudantes a reavaliar o que responderam.

De ôlho na Bê êne cê cê!

O questionamento feito na legenda da foto de abertura favorece o desenvolvimento da competência específica 3, pois incentiva os estudantes a analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico, como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

Motivação

A critério do professor, esta atividade poderá ser realizada em grupos.

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Investigar a influência do comprimento de um fio e da tensão exercida sôbre ele no som produzido pelo fio em vibração.

Você vai precisar de:

  • fio de náilon (linha de pescaria)
  • 2 baldes com alça
  • mesa
  • 2 tijolos
  • pedras

Procedimento

  1. Posicione os dois tijolos sôbre a mesa, como na figura A. Amarre o fio de náilon nas alças dos dois baldes de tal modo que, passando o fio sôbre os tijolos, os baldes fiquem pendurados, conforme a figura A.
  2. Coloque algumas pedras nos baldes, até que o fio fique bem esticado. Fique atento, caso o fio se rompa, para que o balde não caia no seu pé!
  3. Dedilhe o fio que está entre os tijolos, como se fosse uma corda de violão. Ouça com atenção o som que ele produz. Veja a figura B.
  4. Reduza a distância entre os tijolos em cêrca de um palmo. Dedilhe o fio novamente e ouça o som.
Esquema A. Uma mesa retangular com um tijolo na horizontal em cada cabeceira. Por cima dos tijolos passa um fio de náilon. Em cada extremidade do fio está preso um balde, que fica pendurado, tensionando o fio.
  1. Compare o som produzido nos itens 3 e 4 dêste procedimento (repita-os quantas vezes julgar necessário). O que muda no som quando aproximamos os tijolos?
  2. Agora vamos a outra etapa do experimento, em que a distância entre os tijolos permanecerá fixa. Dedilhe o fio e ouça com atenção o som.
  3. Coloque mais pedras nos baldes, de modo que force o fio a ficar ainda mais esticado (não mexa na distância entre os tijolos). Dedilhe o fio e ouça o som.
  4. Compare o som produzido nos itens 6 e 7 dêste procedimento (repita-os quantas vezes julgar necessário). O que muda no som quando aumentamos o pêso dos baldes?
  5. Procure explicar suas observações.
Esquema B. Uma mesa retangular com um tijolo na horizontal em cada cabeceira. Por cima dos tijolos passa um fio de náilon. Em cada extremidade do fio está preso um balde, que fica pendurado, tensionando o fio. Uma garota de cabelo preto ondulado preso em um rabo e camiseta azul encosta o dedo na parte do fio que está entre os dois tijolos.
Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

Nas seções Motivação dêste capítulo, são propostos três experimentos (dois precedendo o item 1 e outro precedendo o item 5). Essas propostas incentivam o desenvolvimento da competência geral 2, pois estimulam os estudantes a exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses. Também vão ao encontro do que é preconizado na competência específica 2, porque esses experimentos estimulam compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas e tecnológicas, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Conteúdos procedimentais sugeridos

  • Manipular materiais simples para investigar experimentalmente o princípio de funcionamento dos ins­trumentos musicais de corda e de sopro.
  • Verificar, nessas investigações, o efeito dos principais fatores que interferem na altura (grave/agudo) do som produzido por cordas vibrantes (tensão e comprimento) e tubos sonoros (comprimento).
  • Demonstrar que os sons parecem distorcidos quando chegam até nós se propagando por outros materiais diferentes do ar.

Esses conteúdos podem ser trabalhados com os dois experimentos que abrem o capítulo e com o experimento que antecede o item 5.

Motivação (primeiro experimento)

Se você julgar conveniente, pode substituir o primeiro experimento pela investigação da variação do som da corda vibrante de um violão à medida que se traciona essa corda ou se posiciona o dedo sôbre essa corda em diferentes pontos do braço do instrumento.

Outra opção é realizar essa investigação sôbre o som das cordas do violão após a realização dêsse primeiro experimento do capítulo.

A critério do professor, esta atividade poderá ser realizada em grupos.

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Investigar o efeito do comprimento de uma coluna de ar em vibração sôbre o som que ela produz.

Você vai precisar de:

  • 5 tubos de ensaio iguais e limpos
  • estante para os tubos de ensaio
  • água

ATENÇÃO!

Tubos de ensaio são feitos de vidro fino. Cuidado para não quebrá-los e para não se cortar.

Procedimento

  1. Coloque os tubos de ensaio na estante.
  2. Coloque quantidades diferentes de água em quatro deles, de modo que o espaço vazio seja diferente em cada um deles. Veja a figura A.
  3. Aproxime a sua boca da boca do tubo que não tem água. Assopre sôbre ela, como mostra a figura B. Ouça o som produzido. Talvez seja necessário assoprar várias vezes, mudando um pouco a posição dos lábios e a fôrça do assopro até conseguir um som bem audível.
  4. Repita o item 3 dêste procedimento com cada um dos tubos e preste atenção aos sons emitidos. Eles são todos iguais ou apresentam alguma diferença? No caso de não serem iguais, qual é a diferença e por que isso ocorre?
Esquema A. Um suporte com cinco tubos de ensaio. Um deles está vazio e os outros quatro tem água em diferentes quantidades, da menor quantidade para a maior. Esquema B. Menino de cabelo castanho com topete e camiseta verde. Ele assopra a boca de um tubo de ensaio vazio que está na sua mão.

Desenvolvimento do tema

1. Som e ondas sonoras

No item 1 do capítulo 3, apresentamos o conceito de onda. Reveja-o, antes de continuar a leitura, se considerar necessário.

Da mesma maneira como um movimento de vibração do braço de uma pessoa pode transferir energia para uma corda esticada e nela produzir ondas, um objeto em vibração pode transferir energia para o ar e nele produzir ondas. Como o ar é invisível, as ondas que se propagam no ar também não podem ser vistas. Apesar disso, os efeitos dessas ondas podem ser percebidos, desde que se tenha um detector apropriado.

As fontes de som — por exemplo, um rádio ligado, um sino badalando, uma pessoa cantando ou um piano sendo tocado — produzem ondas que se propagam no ar. Essas ondas invisíveis são denominadas ondas sonoras. Estudá-las é o objetivo da área da Física chamada Acústica.

Observe o esquema a seguir. Ele mostra duas maneiras de produzir ondas em uma longa mola esticada. Na primeira, é produzida uma onda transversal e, na outra, uma onda longitudinal.

Ilustração. Homem de cabelo castanho liso e camiseta vermelha. Ele olha para um sino dourado que está inclinado.
As ondas sonoras são invisíveis.
Respostas e comentários

Motivação (segundo experimento)

Antes da execução, saliente o cuidado necessário para que os estudantes não quebrem os tubos de ensaio e não se machuquem (boxe Atenção!).

As questões propostas no item 4 do procedimento estimulam os estudantes a desenvolver as capacidades de inferir e de argumentar em textos orais.

Durante o compartilhamento das respostas, questione as ideias apresentadas, de modo que os estudantes infiram, a partir do que eles observaram na atividade prática, e argumentem sôbre a diferença entre os sons emitidos.

Cultura de paz e combate ao bullying

Conduza a discussão para que todos possam se expressar, inclusive os mais tímidos, sempre atentando ao ambiente de respeito mútuo entre os estudantes.

Esteja atento a situações de bullying, tomando uma posição firme contra tais ações ao mesmo tempo em que enfatiza a necessidade da valorização da cultura de paz no ambiente escolar e na sociedade. (Veja o texto sôbre bullying na parte inicial dêste Manual do professor.)

Itens 1 e 2

Ao trabalhar esses itens, relembre as noções de ondas apresentadas no capítulo 3 e o fato de o som ser uma onda mecânica, ou seja, necessitar de um meio para propagação.

No item 1, utilize as esquematizações do livro do estudante para diferenciar ondas transversais de ondas longitudinais e enfatize que o som é um exemplo dêste último tipo.

No item 2, detalhe cada uma das propriedades do som que estão nos subitens, conforme explicadas no texto do livro do estudante.

Esquema A. A mão de uma pessoa segura a extremidade de uma mola. A outra extremidade está presa a uma superfície vertical. Na mão da pessoa, seta para cima e para baixo indicando movimento de sobe e desce. A mola está no formato de uma onda transversal. Esquema B. A mão de uma pessoa segura a extremidade de uma mola. A outra extremidade está presa a uma superfície vertical. Na mão da pessoa, seta para frente e para trás indicando movimento de vaivém. A mola está no formato de uma onda longitudinal.
Em uma mola podem propagar-se ondas transversais (A) ou longitudinais (B), como mostram os esquemas.

Fonte: iãng, D.; , S. Cutnell & Johnson Physics. décima primeira edição Hoboken: John Wiley, 2018. página 434.

As ondas que se propagam numa corda são trans­versais. Já as ondas sonoras são longitudinais.

Todas as fontes sonoras são objetos em vibração. Essa vibração faz com o ar o mesmo que a mão faz com a mola no esquema B: produz ondas longitudinais, as ondas sonoras.

Esquema da propagação das ondas sonoras

Esquema. Um alto-falante, para a direita, uma faixa azul representando o sentido de propagação da onda sonora no ar. Abaixo, imagem de uma mola com uma seta para a direita representando a onda longitudinal de uma mola.

Comparação entre uma onda sonora e uma onda longitudinal numa mola. Um alto-falante em funcionamento vibra e produz ondas longitudinais no ar. São as ondas sonoras. Apesar de o ar ser invisível, apenas para fins didáticos ele aparece ilustrado em azul.

Fonte: iãng, D.; , S. Cutnell & Johnson Physics. décima primeira edição Hoboken: John Wiley, 2018. página 440-441.

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Produza ondas em uma corda com diferentes frequências usando o simulador disponível em: https://oeds.link/AKaiav Acesso em: 9 agosto 2022.

Nos contrôles superiores, escolha oscilador e infinita. Nos contrôles inferiores, deslize o amortecimento para nenhum e teste diferentes amplitudes e frequências.

Depois, explore à vontade o simulador, usando outras opções dos menus superiores.

2. Propriedades do som

Intensidade de um som

Ouvir uma buzina de automóvel de perto ou de longe causa diferentes sensações. A diferença está no nível de intensidade sonora.

Quando estamos perto da buzina, o som que ouvimos tem maior intensidade do que quando estamos longe. Podemos dizer que o som proveniente da buzina é mais intenso quando ouvido de perto e menos intenso quando ouvido de longe.

Ao mexer no botão de contrôle de volume de um aparelho de som, alteramos o nível de intensidade do som que sai pelos alto-falantes. Aumentar o volume é tornar o som mais intenso e abaixar o volume é fazer com que o som fique menos intenso.

Fotografia. Menina de cabelo loiro longo preso e camisa branca. Ela fala em um megafone.
Quanto mais perto de uma fonte sonora, mais intenso é o som que ouvimos.
Respostas e comentários

Use a internet

A intenção, ao utilizar o simulador proposto no boxe Use a internet, é permitir ao estudante fazer experimentos com ondas em corda de uma maneira simples e, concomitantemente, perceber de fórma mais concreta como ocorrem alterações na frequência, na amplitude e em outros aspectos que podem ser testados no simulador.

Estimule os estudantes a fazer diversas alterações nos contrôles do simulador e, então, peça a eles que observem com atenção as alterações que ocorrem. Em seguida, reúna toda a turma em uma roda de conversa para que, com a sua mediação, cada estudante possa expor o que observou de interessante na utilização do simulador. Não deixe de verificar se os estudantes perceberam que o contrôle amortecimento possibilita simular que fração da energia da onda é dissipada aos arredores (como luz e/ou calor), o que atenua a propagação da onda.

Conteúdos atitudinais sugeridos

  • Preocupar-se com os efeitos prejudiciais de ruídos muito intensos.
  • Sensibilizar-se com os efeitos nocivos da poluição sonora e da prática de ouvir sistematicamente música “a todo volume”.
  • Valorizar o silêncio para o repôuso.
  • Perceber a presença de conceitos científicos nas atividades artísticas da música e do canto.

As três primeiras atitudes mencionadas podem ser trabalhadas a partir do esquema do subitem Escala para expressar intensidade sonora, do item 2.

O trabalho sôbre os efeitos nocivos de sons muito intensos teve início no 3º ano do Ensino Fundamental (ê éfe zero três cê ih zero três: “Discutir hábitos necessários para a manutenção da saúde auditiva e visual considerando as condições do ambiente em termos de som e luz.”). Ao retomar o tema neste nível de escolaridade, é importante destacar que atitudes comuns entre os jovens, como ouvir música usando fones de ouvidos, devem respeitar um volume baixo, a fim de que não prejudique a audição.

A percepção da presença de conceitos científicos nas atividades artísticas da música e do canto pode ser desenvolvida a partir do que aparece em Sugestão de atividade, mais à frente, neste Manual do professor.

Escala para expressar intensidade sonora

Ouvir frequentemente sons muito intensos, como música alta ou ruído de máquinas, pode provocar problemas de audição. Sons ainda mais intensos, como o barulho de explosões, mesmo que durem pouco tempo, podem causar dor nas orelhas (anteriormente denominadas ouvidos) e, até, danos permanentes à audição.

Existem aparelhos para medir o nível de intensidade dos sons. Os resultados de tais medidas são expressos na unidade decibel, simbolizada por Dê bê. O esquema a seguir ilustra essa escala.

Ilustração. Linhas com itens e seus decibéis. Seta de baixo para cima, com o texto: O nível de intensidade sonora aumenta. Limiar da audição humana: 0 decibéis. Folhas farfalhando ao vento: 10 decibéis. Desenho de uma árvore com algumas folhas caindo. Alfinete se chocando com uma superfície dura: 20 decibéis. Sussurro: 30 decibéis. Desenho de uma menina cochichando na orelha de outra menina. Zumbido de mosquito: 40 decibéis. Desenho de um mosquito voando ao lado da orelha de uma pessoa. Conversa normal: 60 decibéis. Aspirador de pó: 70 decibéis. Avenida muito movimentada: 80 decibéis. Desenho de uma rua com carros e caminhões. Pode produzir surdez parcial: maior que 90 decibéis. Concerto de rock, sirene de ambulância: 120 decibéis. Desenho de uma ambulância. Limiar da dor: 120 decibéis. Desenho de um menino de cabelo loiro, usando camiseta azul com as duas mãos nas orelhas. Perfuratriz: 130 decibéis. Decolagem de um avião a jato: 150 decibéis. Desenho  de um avião decolando. Pode produzir surdez total: maior que 160 decibéis.
O nível de intensidade sonora pode ser expresso na unidade decibel (Dê bê). Quanto maior for o número de decibels, mais intenso será o som. (Valores aproximados da intensidade de alguns sons.)

Fonte: Elaborado a partir de dados de . Physics for scientists and engineers; with Modern Physics. décima edição Boston: Cengage, 2019.páginaponto 436-438.

Ícone. Dois balões de fala.

ATIVIDADE

Para discussão em grupo

A Libras (Língua Brasileira de Sinais) é reconhecida há mais de 20 anos pela legislação brasileira como meio legal de comunicação e expressão (Lei nº .10436, de 24 de abril de 2002). Qual a importância dessa língua para a Comunidade Surda no Brasil? Por que é importante que pessoas sem deficiência auditiva aprendam também essa língua?

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

ondas sonoras

intensidade sonora

decibel (Dê bê)

Respostas e comentários

Atente!

O plural de decibel é objeto de controvérsia. Segundo as regras da nossa gramática, é decibéis, fórma usada no dia a dia e na linguagem jornalística. No entanto, o Comitê Internacional de Pesos e Medidas incluiu o decibel na lista das unidades aceitas para o uso com o Sistema Internacional de Unidades (ésse Í) (conforme Reines, W. M. (edição). CRC Handbook of Chemistry and Physics. nonagésima sétima edição Boca Raton: CRC Press, 2016. página 1-22). Nesse caso, ao seguir as regras para elaboração do plural das unidades do ésse Í, grafamos decibels.

Para discussão em grupo

O principal objetivo dessa atividade é que os estudantes tomem conhecimento ou compartilhem o que sabem sôbre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e sôbre seu uso na Comunidade Surda.

Caso haja algum estudante na turma que tenha conhecimento de Libras ou convivência com surdos, convide-o a compartilhar suas experiências. É importante que alguns pontos sejam abordados na discussão:

  • O termo “surdo-mudo” não é utilizado pela Comunidade Surda, pois é considerado pejorativo. O termo correto a ser utilizado é apenas “surdo” ou “deficiente auditivo”;
  • A Libras é reconhecida por lei, porém não é língua oficial no Brasil. O artigo 13 da Constituição Federal de 1988 reconhece apenas a Língua Portuguesa como idioma oficial;
  • A Libras se compõe de sinais (que não são denominados gestos). A terminologia sinais se deve ao fato de a Libras apresentar gramática, assim como as línguas orais;
  • A acessibilidade em diversos setores sociais, tais como educação, saúde e cultura, é ampliada à Comunidade Surda quando há presença de um tradutor intérprete de Língua de Sinais.

Como referência ao professor, sugerimos: GESSER, A. Libras? Que língua é essa?: crenças e preconceitos em tôrno da Língua de Sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

Amplie o vocabulário!

Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • ondas sonoras Ondas (longitudinais) que se propagam no ar e podem ser detectadas pela audição humana. (Após trabalhar o item 7, acrescente: são ondas com frequência entre 20 rértiz e 20.000 rértiz.)
  • intensidade sonora Propriedade do som associada ao que é denominado popularmente de “volume” do som. Quando aumentamos o “volume” de um aparelho de som, tornamos mais intenso o som que é emitido por dele.
  • decibel (Dê bê) Unidade usada para expressar a intensidade sonora.

Altura de um som

Quando você mexe nos botões de contrôle de graves e de agudos de um aparelho de som, está alterando outra característica dos sons: a altura. Os sons agudos são cha­mados sons altos, e os sons graves são chamados sons baixos.

O miado de um gatinho é, por exemplo, um som alto. E o latido de um grande cachorro é um som baixo.

As vozes humanas podem apresentar grande diversidade de alturas. Algumas pessoas apresentam vozes mais baixas (graves), e outras, vozes mais altas (agudas).

Ícone. Símbolo de internet.

Use a internet

Existem vários simuladores dos sons do piano que rodam nos navegadores. Busque-os por teclado de piano virtual e escolha o que mais gostar. Explore as diferentes notas musicais, percebendo que as teclas mais à direita emitem sons mais altos (agudos).

Frequência de um som

Como já vimos, ondas sonoras são produzidas por objetos em vibração, que transferem essa vibração para o ar. Suponha que um objeto oscile trezentas vezes a cada segundo. Ele produzirá ondas sonoras nas quais o ar também vibrará trezentas vezes por segundo.

O número de oscilações por segundo é chamado de frequência. A unidade usada para expressar a frequência é a “oscilação por segundo”, denominada hertz e simbolizada por Hz. Assim, um corpo que oscile com frequência 300 rértiz (trezentos hertz) emitirá um som de frequência 300 rértiz.

Esquema. Um fio horizontal com as duas extremidades presas em superfícies verticais. O fio está em oscilação.
Um fio que vibra trezentas vezes por segundo produz um som de frequência 300 rértiz. Assim são produzidos os sons dos instrumentos de corda.

Relação entre frequência e altura de um som

Corpos que vibram com frequências mais altas produzem sons mais altos (mais agudos) e os que vibram com frequências mais baixas produzem sons mais baixos (mais graves).

Ao pressionar as teclas de um piano, produzimos notas musicais de diferentes alturas. As teclas situadas na parte esquerda do teclado correspondem às notas mais baixas (graves) e as situadas na parte direita correspondem às notas mais altas (agudas).

O esquema a seguir mostra, como exemplo, uma das sequências de oito notas (dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-dó) do teclado de um piano e as frequências do som de cada uma delas.

Esquema. Teclado de um piano. Texto: Da esquerda para a direita: aumenta frequência. O som das notas musicais fica mais alto (mais agudo). Da primeira tecla da esquerda: nota mais grave (mais baixa). Da última tecla da direita: nota mais aguda (mais alta). Destaque para um conjunto de teclas no meio, seta indicando as teclas ampliadas. Dó: 262. Ré: 294. Mi: 330. Fá: 349. Sol: 392. Lá: 440. Si: 494. Dó: 523.
No teclado de um piano, quanto mais para a direita estiver uma tecla, mais aguda é a nota. Os números no destaque à direita indicam a frequência de algumas notas musicais, em hertz (agá zê). (Representação esquemática.)

Fonte dos valores numéricos das frequências: uólquer, J. S. Physics. quinta edição Boston: Pearson, 2017. página 485.

Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

altura de um som

frequência de um som

hertz (agá zê)

Respostas e comentários

Use a internet

Os simuladores virtuais de piano normalmente permitem que o usuário reproduza os sons tanto com o teclado do computador quanto com o mouse, ao clicar nas teclas que aparecem na imagem do piano na tela.

A interação com o piano, ainda que em um simulador virtual, permite aos estudantes experimentar, de fórma prática, diferentes frequências de som. Além disso, essa experiência permite a eles observar que, quanto mais à direita está uma tecla, mais agudo será o som, e, quanto mais à esquerda, mais grave ele será.

É possível que algum estudante toque piano, teclado ou outro instrumento musical e contribua com a informação de que, frequentemente, não se utilizam as notas isoladas para tocar uma música, mas a união de algumas delas formando acordes.

Alguns simuladores de piano apresentam, inclusive, uma versão em que cada tecla é o acorde (e não apenas a nota isolada).

Algumas páginas da internet que apresentam simuladores de piano estão listadas a seguir:

https://oeds.link/gLKHjR;

https://oeds.link/uNMsJg;

https://oeds.link/pJ7tHS;

https://oeds.link/avmQjc.

Acessos em: 27 julho 2022.

Aprofundamento ao professor

Se a fonte emissora do som e/ou o observador estiverem em movimento, haverá alteração na frequência com que o som será percebido pelo observador. sôbre isso, veja, na parte inicial dêste Manual do professor, na seção Aprofundamento ao professor, o texto “O som de uma sirene é diferente quando ela se aproxima ou se afasta de nós. Por quê?”.

Amplie o vocabulário!

Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • altura de um som Propriedade que distingue os sons agudos dos sons graves. Quanto mais agudo for um som, maior será a sua altura.
  • frequência de um som Número de oscilações por segundo de uma onda sonora. Quanto maior for a frequência de um som, maior será sua altura, ou seja, mais agudo ele será.
  • hertz (agá zê) Unidade que pode ser interpretada como “oscilações por segundo”, usada para expressar a frequência de uma onda.

Atividades

Ao final dêsse item 2, proponha os exercícios 1 a 4 do Use o que aprendeu.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: ciência e tecnologia.

3. Instrumentos musicais

Instrumentos musicais de corda

O funcionamento de todos os instrumentos musicais baseia-se num mesmo princípio: são objetos que vibram, e a ­transmissão dessa vibração para o ar que está ao redor cria ondas sonoras.

Violão, violino, cavaquinho, violoncelo, contrabaixo, banjo e harpa são exemplos de instrumentos de corda. Neles existem cordas (fios) de metal ou de náilon que são colocadas em vibração pelos dedos do músico, por uma palheta ou por um arco que ele maneja. Cada corda, quando em vibração, emite uma nota musical, um som com frequência característica.

Cordas em vibração

Voltemos ao primeiro experimento sugerido na abertura dêste capítulo. Nele, um fio de náilon é colocado em vibração e um som é produzido. A vibração do fio produz a vibração do ar ou, em outras palavras, a oscilação do fio produz ondas sonoras.

Pode-se perceber ao realizar o experimento que, quando se diminui a distância entre os dois tijolos, o som produzido fica mais alto (agudo).

Em ambos os casos, o fio de náilon vibra tão rápido que nosso cérebro não consegue perceber quantas vezes ele vai e vem a cada segundo. Mas, em laboratório, é possível medir a frequência de vibração de um fio.

Suponha que o fio de náilon oscile trezentas vezes a cada segundo. Ele produzirá um som de frequência 300 rértiz. Após reduzir a distância entre os tijolos, essa frequência aumenta. Se o fio passar a oscilar, por exemplo, quatrocentas vezes a cada segundo, emitirá um som de frequência 400 rértiz. Esse novo som de 400 rértiz será mais alto (agudo) que o anterior, de 300 rértiz. Se julgar necessário, repita o experimento e certifique-se de perceber que, quando o comprimento do fio em vibração é reduzido, o som emitido se torna mais alto (agudo).

Também do experimento com o fio de náilon, do início do capítulo, é possível chegar a outra conclusão. Mantendo fixa a distância entre os tijolos, mas variando o pêso dos baldes, notamos que, quanto maior o pêso (e, portanto, maior a tração no fio), mais alto (agudo) será o som produzido.

Há, então, pelo menos dois fatores que influenciam a altura do som emitido por um fio em vibração: o seu comprimento (comprimento de uma extremidade fixa à outra) e o quanto ele está tensionado, esticado. Para tornar o som mais alto (agudo) podemos reduzir o comprimento do fio ou tensioná-lo mais. Para tornar o som mais baixo (grave) podemos aumentar o comprimento do fio ou tensioná-lo menos.

Fotografia. Homem negro careca de camisa, gravata e terno. Ele está de pé tocando um contrabaixo.
As cordas de um contrabaixo são colocadas em vibração pelos dedos do músico.
Fotografia. Mulher asiática de cabelo preto e liso. Ela veste uma blusa tomara-que-caia e toca um violino que está apoiado em seu ombro.
As cordas de um violino são colocadas em vibração pelo arco.
Fotografia. Mulher branca de cabelo loiro longo e preso, usa um vestido azul. Ela toca uma harpa.
As cordas de uma harpa têm comprimentos diferentes, que influenciam na frequência dos sons que elas produzem. As cordas mais longas emitem notas mais graves e as mais curtas, notas mais agudas.
Respostas e comentários

Item 3

Para trabalhar cada um dos subitens do item 3, aproveite os resultados dos experimentos de abertura dêste capítulo e, se possível, leve instrumentos musicais à sala de aula para que possam ser manuseados pelos estudantes (veja Sugestão de atividade, a seguir). Converse com o professor de Arte, pois é possível que exista na escola um acervo de instrumentos de percussão e de corda. Atente, contudo, ao caso dos instrumentos de sopro: por questão de higiene, eles não devem ter uso compartilhado.

Note que, após estudar o item 3, os estudantes podem reavaliar as hipóteses que levantaram para explicar os resultados obtidos ao realizar os dois experimentos de abertura dêste capítulo.

Sugestão de atividade

Uma atividade interessante é tomar contato com alguns instrumentos musicais e manuseá-los, verificando neles os princípios estudados no capítulo.

Flautas de plástico permitem verificar que, fechando ou mantendo abertos os orifícios nelas existentes, altera-se a coluna de ar que pode vibrar dentro do instrumento e modifica-se, com isso, a altura (grave/agudo) do som produzido. (Insistimos: por questão de higiene, elas não devem ter uso compartilhado.)

Cítaras de brinquedo permitem constatar o efeito do comprimen­to das cordas.

Violões e cavaquinhos possibilitam verificar o efeito da tensão da corda sôbre o som que ela emite. Com posicionamento do dedo no braço do instrumento, pressionando uma corda, também permitem constatar o efeito do comprimento da corda.

Essa proposta permite desenvolver nos estudantes a capacidade de inferir, a partir dos princípios trabalhados no capítulo, características de alguns instrumentos musicais.

tê cê tê Ciência e Tecnologia

Neste capítulo, os itens 3, 6 e 7 contribuem para trabalhar com o Tema Contemporâneo Transversal Ciência e Tecnologia, que pertence à macroárea de mesmo nome. O estudo dos diferentes instrumentos musicais e também das outras aplicações de ondas sonoras abordadas no capítulo fazem com que essa temática seja pertinente ao desenvolvimento do conteúdo.

Sugestão de atividade

Uma atividade lúdica oportuna neste capítulo é um jôgo de adivinhação que pode ser chamado de papel na testa. Para realizá-lo, são necessários papéis retangulares (de aproximada­mente 7 centímetros por 4 centímetros), fita adesiva e caneta. O jôgo é individual e funciona bem com os estudantes em grupos de 4 a 8 integrantes, dispostos em roda. Grupos maiores tornam a partida muito longa.

Cada estudante escreve em um papel um termo referente ao estudo dêste capítulo (note a abrangência possível, pois não precisam ser apenas termos científicos) e o fixa (com fita adesiva) na testa do jogador à sua esquerda, sem que este saiba o que foi escrito. Exemplos de termos que podem ser usados: frequência, agudo, piano, violão, harpa e instrumento de percussão.

Ilustração. Cinco silhuetas coloridas, com retângulos acima da cabeça com termos escritos: Silhueta lilás: decibel. Silhueta amarela: som grave. Silhueta marrom: vibração. Silhueta azul: Afinação. Silhueta verde: violino. A silhueta lilás pergunta: Meu termo é um instrumento musical. Todos respondem: Não.

Assim, cada estudante tem um termo e sua meta é descobrir qual é.

Sorteia-se um jogador para começar. Ele fará aos demais uma pergunta em voz alta, formulada para admitir como resposta apenas sim ou não. Exemplos: É um instrumento musical? É uma grandeza? É um fenômeno?

Os demais devem responder corretamente à pergunta formulada por ele.

Se a resposta for sim, o jogador faz outra pergunta. A vez permanece com ele até que obtenha um não, quando o direito de perguntar passa para o próximo estudante, à direita dele. Na sua vez e após uma resposta sim, o jogador pode arriscar um palpite, sob a fórma de pergunta. Se errar, a vez de perguntar passa ao próximo. Se acertar, sai da competição (o objetivo é sair logo) e o jôgo continua.

Pedagogicamente, a atividade ajuda na elaboração clara de questões, no entendimento das perguntas formuladas e na correta elaboração da resposta. É frequente que os próprios estudantes se corrijam na hora de responder, o que conduz ao diálogo e ao entendimento das terminologias. Depois de compreendido o jôgo, podem ser incluídos outros termos estudados anteriormente neste volume.

Fotografia. Mulher negra com o cabelo preto preso em um coque. Ela usa uma blusa regata amarela e está sentada tocando um violão.
Ao tocar o violão, a instrumentista coloca propositadamente os dedos em várias posições do braço do instrumento. Com isso, ela altera a frequência de vibração das cordas, emitindo as notas desejadas.
Fotografia. Destaque para a mão de uma pessoa mexendo nas cordas de um violão.
Ao afinar um violão, as cordas são tensionadas (esticadas) até que emitam exatamente o som de uma certa frequência. Quando isso acontece, dizemos que o instrumento está afinado.

Colunas de ar em vibração

O outro experimento descrito no início dêste capítulo, que envolve os tubos de ensaio, permite perceber que colunas de ar em vibração emitem sons.

Quando você assopra de modo adequado próximo à boca de um tubo de ensaio, o ar que está dentro dele é colocado em vibração. A vibração dêsse ar interno é trans­mitida ao ar que está fóra do tubo e cria nele ondas sonoras.

Ao realizar o experimento, você deve ter percebido que o som produzido é tanto mais alto (agudo) quanto mais curta é a coluna de ar que está dentro dele, conforme mostra o esquema.

Essa é uma conclusão geral que, como veremos a seguir, é empregada em alguns instrumentos musicais: quanto menor a coluna de ar vibrando, mais alto (agudo) é o som produzido.

Esquema. Cinco tubos de ensaio enfileirados, cada um com uma quantidade de líquido, começando do primeiro que está sem líquido e só com ar até o quinto, com mais líquido e menos ar. Seta da esquerda para a direita, com o texto: Diminuindo o comprimento da coluna de ar, o som produzido fica mais alto (mais agudo).

Instrumentos musicais de sopro

Flauta, saxofone, clarineta, trombone, tuba e oboé são exemplos de instrumentos de sopro, em que o ar interno é colocado em vibração por meio do assopro do músico.

O músico pode variar o comprimento da coluna de ar que vibra dentro do instrumento e, com isso, consegue produzir os sons das diferentes notas musicais.

Fotografia. Homem de cabelo castanho, camisa preta e terno. Ele toca uma flauta transversal.
Na flauta transversal, o músico abre e fecha buracos e, com isso, altera o comprimento da coluna de ar que vibra dentro do instrumento, emitindo diferentes notas.
Fotografia. Mulher de cabelo preto liso preso em um rabo, camisa branca com padrões em rosa e roxo e uma saia preta. Ela está sentada tocando uma flauta de Pã.
Na flauta de Pã, cada um dos tubos emite uma nota diferente, já que os comprimentos dos tubos variam.
Respostas e comentários

Combate ao bullying

Como sempre, esteja atento a brincadeiras indevidas ou à utilização, nos papéis, de termos que visem à prática de bulllying com quem terá de adivinhá-los.

Nesse caso, intervenha imediatamente e com firmeza, salientando que esse jôgo (assim como todas as atividades escolares coletivas) proporciona um momento de vivência entre os estudantes no qual, além de ocorrer aprendizagem, são exercitadas habilidades socioemocionais e todos têm a oportunidade de praticar e valorizar a cultura de paz e o convívio cordial.

Instrumentos musicais de percussão

“Percutir” quer dizer “bater fortemente em”.

Os instrumentos de percussão são aqueles em que o músico bate, com as mãos, com baquetas etcétera, colocando em vibração esses instrumentos, que são construídos com pedaços de couro esticado, lâminas de metal, pedaços de madeira, metal ou outros materiais.

Os gongos, sinos, triângulos e pratos são peças de metal que vibram. Nas castanholas, são peças de madeira. Nos bumbos, tambores, tamborins, bongôs e atabaques, são membranas de couro esticado.

Fotografia. Mulher de cabelo castanho liso, camiseta branca e jaqueta de couro preta. Ela toca uma bateria.
Uma bateria é composta de vários instrumentos de percussão.

Piano e órgão de igreja

E nos pianos e nos órgãos de igreja, o que é que vibra para emitir o som?

Esses dois instrumentos musicais têm um teclado, por meio do qual o músico produz o som das diversas notas musicais. Embora apresentem essa semelhança, pianos e órgãos de igreja têm diferentes princípios de funcionamento.

Dentro dos pianos existem, para cada tecla, uma corda de tamanho característico convenientemente esticada e um pequeno martelo. Quando uma determinada tecla é pressionada, o martelo ligado a ela bate na corda correspondente e a faz vibrar. Portanto, um piano produz notas musicais por meio da vibração de cordas esticadas.

Já os órgãos de igreja não têm cordas. Eles apresentam uma série de tubos com comprimentos diferentes, dentro dos quais um motor especial pode “assoprar” ar. Cada tubo corresponde a uma tecla. Ao apertar certa tecla, o músico faz o ar ser direcionado para o tubo correspondente. Esse “assopro” faz o ar vibrar dentro do tubo (como numa flauta) e emite a nota correspondente ao comprimento daquele tubo. Portanto, trata-se de um exemplo de instrumento musical basea­do na vibração de colunas de ar.

Fotografia. Destaque para as mãos de uma pessoa tocando um piano.
Num piano, os sons emitidos devem-se à vibração de cordas. As cordas mais compridas apresentam menores frequências de vibração e emitem, portanto, sons mais baixos (graves). Para afinar um piano, o afinador aperta ou afrouxa o parafuso que tensiona as cordas, com o auxílio de uma chave especial.
Fotografia. Homem sentado de costas em uma igreja. Ele está tocando um órgão alto formado por vários cilindros prateados na vertical, com diferentes alturas.
Num órgão de igreja, os sons são produzidos por colunas de ar em vibração. Cada um dos tubos que vemos nesta foto é construído com o comprimento adequado para emitir determinada nota musical. Os tubos mais compridos produzem sons mais baixos (graves).
Ícone. Pessoa lendo um livro.

ATIVIDADE

Tema para pesquisa

Existe alguma regra para dispor os instrumentos musicais no palco quando uma orquestra vai fazer uma apresentação?

A critério do professor, pode-se assistir (com caráter de visita guiada) a uma apresentação de orquestra.

O professor orientará previamente as equipes sôbre como proceder (antes, durante e depois).

Para uma atividade segura e proveitosa, siga as recomendações!

Respostas e comentários

Visita guiada

sôbre a atividade do boxe Tema para pesquisa do item 3, veja, na parte inicial deste Manual do professor, na seção Aprofundamento ao professor, o texto intitulado “Orquestras”.

Esse mesmo boxe, além da pesquisa, propõe assistir a uma apresentação de orquestra (com caráter de visita guiada). Estruture a atividade conforme recomendado no item Visitas guiadas, da parte inicial dêste Manual do professor, de acôrdo com as peculiaridades da apresentação que será assistida e do local em que ocorrerá.

Discuta previamente com os estudantes quais são os objetivos e inclua perguntas que direcionem as observações dos estudantes. Exemplos: A disposição dos instrumentos musicais no palco está de acôrdo com o que foi pesquisado? O que você pode observar na estrutura do local em que ocorre a apresentação, como no teto e nas paredes? Quais dos instrumentos envolvidos na apresentação mais chamaram sua atenção? São de sopro, corda ou percussão? Como se chamam? Qual é a origem e a história dêsses instrumentos?

Interdisciplinaridade

A atividade referente à apresentação da orquestra pode ser desenvolvida de modo interdisciplinar com Arte (quem é o autor da composição e em que época) e com História (por exemplo, em que contexto histórico viveu o com­positor, a que parte da sociedade se dirigia sua música, que movimentos artísticos existiam na época).

Se considerar oportuno, inclua a solicitação de uma pesquisa sôbre a “história da escala de notas musicais”, que pode ser desenvolvida interdisciplinarmente com Matemática, já que existe uma relação matemática entre as frequências dos sons, em cada oitava e entre as oitavas.

Caso não exista a possibilidade de assistir a uma apresentação ao vivo de uma orquestra, uma opção é assistir a uma apresentação gravada, pois existem ótimos vídeos na internet que viabilizam essa atividade. Assista-os com os estudantes e desenvolva o restante da atividade conforme sugerido.

Como sugestão, indicamos os concertos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Disponíveis em: https://oeds.link/zy4O81. Acesso em: 28 julho 2022.

De ôlho na Bê êne cê cê!

O boxe Tema para pesquisa do item 3 favorece o desenvolvimento da competência geral 1, pois estimula valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sôbre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade, e da competência geral 3, pois incentiva os estudantes a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais.

Atividades

Após trabalhar o item 3, proponha os exercícios 5 a 7 do Use o que aprendeu e as atividades 1 a 3 do Explore diferentes linguagens.

4. Velocidade do som no ar

Você já percebeu que, durante uma tempestade, é comum vermos o clarão de um raio e, só depois de algum tempo, ouvirmos o barulho do trovão? Por que isso acontece?

Quando um raio cai, o clarão e o ruído são produzidos simulta­neamente. Essa luz e esse som irão se propagar em todas as direções e, por isso, alguém que esteja a certa distância poderá ver o raio e ouvir o trovão. Acontece que a velocidade com que a luz se propaga é espantosamente alta: em um segundo ela percorre 300 mil quilômetros. Podemos afirmar que, para efeitos práticos, o clarão de um raio é visto quase no mesmo instante em que o raio cai, ainda que a pessoa esteja a vários quilômetros de distância.

Já o som se propaga muito mais devagar que a luz. Sua velocidade no ar é de cêrca de 343 metros a cada segundo. Em outras palavras, o som percorre cêrca de um terço de quilômetro em um segundo. Por causa disso, o som do trovão chega algum tempo depois do clarão do raio.

Fotografia. Relâmpagos saindo de uma nuvem escura no céu noturno.
Quando um raio cai a certa distância, primeiro vemos o seu clarão (relâmpago) e, depois de algum tempo, ouvimos o seu barulho (trovão). Tempestade com raios em Niterói, Rio de Janeiro, 2021.

A que distância caiu o raio?

Existe um método que permite descobrir aproximadamente a que distância caiu um raio. Basta usar um relógio para marcar quantos segundos demora para se ouvir o barulho de um trovão a partir do momento em que o clarão é visto. Divida esse número por 3. O resultado é a distância, em quilômetros, de onde caiu o raio até o local onde você está.

Vamos supor que, após o clarão de um relâmpago, leve 6 segundos para se ouvir o trovão. Dividindo 6 por 3, obtemos 2 como resultado. Assim, o raio caiu a 2 quilômetros.

Qual é a explicação para esse método? Dividir um número por 3 é o mesmo que multiplicá-lo por 1/3. Veja o exemplo:

Equação. 6 vezes 1 sobre 3, igual a 6 sobre 3, igual a 2.

A explicação para o método é que, a cada segundo, o som do raio percorre, aproximadamente, 1/3 de quilômetro. No exemplo dado, em 6 segundos o som percorrerá 6 vezes 1/3 de quilômetro, ou seja, 2 quilômetros. Essa é, portanto, a distância aproximada entre o local onde caiu o raio e o local onde você está (veja o esquema).

Esquema. Um relâmpago saindo de uma nuvem. Ele está a 2 quilômetros de uma pessoa. Do relâmpago até a pessoa: A luz chega quase instantaneamente. do relâmpago até a pessoa: O som leva 6 segundos para chegar.
A luz proveniente de um raio chega até um observador muito mais rápido do que o som.

Fonte: iãng, D.; , S. Cutnell & Johnson Physics. décima primeira edição Hoboken: John Wiley, 2018. página 445.

Respostas e comentários

Item 4

Se achar adequado, para trabalhar o conteúdo relativo à velocidade do som no ar, proponha à turma a realização de uma sala de aula invertida, uma estratégia metodológica ativa.

Inicie a aula pedindo aos estudantes que, individualmente, façam a leitura do texto. Em seguida, convide dois estudantes para explanar para a turma o que entenderam sôbre o tema. Oriente os demais estudantes ouvintes para que, com respeito, prestem atenção às explicações.

Ao final, reserve um tempo da aula para esclarecimento de eventuais dúvidas.

De ôlho na Bê êne cê cê!

Os itens 4 a 7 retomam a oportunidade de desenvolver a competência específica 3, já mencionada anteriormente neste capítulo do Manual do professor. O item 5 contribui também para continuar o desenvolvimento da competência específica 2, e o item 6 vai ao encontro da competência geral 3.

Motivação

Ícone. Vidraria de laboratório.

Objetivo

Perceber distorções no som quando ele chega às orelhas propagando-se por sólidos.

Você vai precisar de:

  • duas colheres (de sopa) de metal
  • barbante de 1 metro
  • alguém para ajudá-lo

Procedimento

  1. Amarre o cabo de uma colhêr no meio do barbante. Enrole cada uma das extremidades do barbante nos seus dedos indicadores. Deixe a colhêr pendurada na sua frente, como mostra a figura A, e peça que a pessoa bata com outra colhêr na que está pendurada. Ouça bem o som produzido.
  2. Tape suas orelhas com a ponta dos dedos indicadores e deixe a colhêr pendurada na sua frente. Peça que a pessoa bata novamente na colhêr, como mostra a figura B. Ouça o som e compare com o que você ouviu no item 1. São iguais ou diferentes? Por quê?
Esquema A. Uma menina de cabelo castanho preso em um coque, veste uma camiseta amarela e tem as extremidades de um barbante amarradas nos seus dedos indicadores. No meio do barbante está presa uma colher de metal. Os dedos estão na acima dos seus ombros. Ao lado, menino de cabelo preto e camiseta vermelha bate na colher com uma outra colher de metal. Esquema B. Uma menina de cabelo castanho preso em um coque, veste uma camiseta amarela e tem as extremidades de um barbante amarradas nos seus dedos indicadores. No meio do barbante está presa uma colher de metal. Os dedos estão na altura das orelhas, ao lado do rosto. Ao lado, menino de cabelo preto e camiseta vermelha bate na colher com uma outra colher de metal.

Desenvolvimento do tema

5. O som não se propaga apenas no ar

Objetos em vibração produzem ondas sonoras, que se propagam no ar e em quaisquer outros materiais, como água, barbante, osso, aço, madeira, alumínio etcétera

O experimento anterior ilustra essa situação. No item 1, as ondas sonoras produzidas pela colhêr em vibração se propagam pelo ar até suas orelhas. No item 2, as ondas sonoras provenien­tes da colhêr chegam às suas orelhas por meio do barbante e dos dedos indicadores.

Outra conclusão do experimento é que o som proveniente de uma mesma fonte é percebido por nós de modo diferente quando chega à nossa orelha propagando-se por materiais diferentes. Quando é ouvido por meio do barbante e dos dedos, o ba­rulho da vibração da colhêr se parece com o de um sino badalando.

De modo geral, podemos dizer que, ao se propagar por diferentes materiais, o som é percebido por nós com alterações de intensidade e de timbre. Você já ouviu a sua própria voz gravada? Percebeu como ela parece diferente? Quando você fala, o som da sua voz chega às suas orelhas não apenas pelo ar, mas também por meio do seu corpo, principalmente de seus ossos, que são sólidos.

Ilustração. Homem moreno de cabelo preto cacheado e camiseta verde. Ele está segurando um microfone que está ligado a um rádio. A outra mão está próxima à orelha e a cabeça está inclinada em direção ao rádio.
Em uma gravação, nossa própria voz nos parece estranha, mas a dos outros não.
Respostas e comentários

Motivação

O experimento da seção Motivação que antecede o item 5 possibilita aos estudantes a compreensão de por que nossa própria voz parece ser diferente em uma gravação, mas a dos outros não.

Também permite que entendam a razão pela qual os sons parecem diferentes quando ouvidos por alguém submerso em uma piscina.

O questionamento proposto no final do item 2 do procedimento estimula os estudantes a desenvolver a capacidade de argumentar em textos orais.

Durante o compartilhamento das respostas, questione as ideias apresentadas, de fórma que os estudantes usem argumentos plausíveis para explicar a diferença da percepção do som com as orelhas tapadas e com as orelhas destapadas.

Esteja atento para que todos os estudantes possam participar da discussão sôbre a atividade, com equidade de oportunidades de manifestação.

Item 5

Após desenvolver o item 5 conforme o livro do estudante, proponha à turma explicar por que, em alguns desenhos animados, certos personagens colocam a orelha no chão para verificar se estão sendo perseguidos.

Na resposta, os estudantes devem considerar que no solo (meio sólido), as ondas sonoras se propagam com maior velocidade que no ar, tornando possível perceber que os perseguidores se aproximam, ainda que distantes.

Esse tipo de atividade permite desenvolver nos estudantes a capacidade de inferir, em textos orais, a partir dos conhecimentos científicos.

Ao ouvir sua voz gravada, por outro lado, você escuta o som que vem do alto-falante e que se propaga até você exclusivamente por meio do ar. Por isso sua voz parece diferente. Na verdade, as outras pessoas conhecem a sua voz do mesmo jeito que ela sai na gravação.

A velocidade do som depende do material

Um outro fator que muda quando o som se propaga em diferentes materiais é a sua velocidade. Nos líquidos o som se propaga mais rápido que no ar, e nos sólidos, ainda mais rápido que nos líquidos.

Velocidade do som em alguns meios

Material no qual o som se propaga

Velocidade aproximada do som, em metro por segundo, a 20 °C

Ar

343

Água pura

1.493

Água do mar

1.533

Ferro

5.950

Alumínio

6.420

Fonte: Physics for scientists and engineers; with Modern Physics. décima edição Boston: Cengage, 2019. página 433.

Fotografia. Mulher com equipamento de mergulho e cilindro de oxigênio nadando no fundo do mar. Ao lado dela tem uma barreira de coral e alguns peixes. Acima, na superfície, há um veleiro e uma praia.
Considerando-se que percorra distâncias iguais, um som chega às orelhas de um mergulhador mais rápido do que se ele estivesse no ar. Isso ocorre porque a velocidade do som na água é maior do que no ar. (Maldivas, 2017.)
Ícone. Tarja de fundo preto com texto branco escrito: ciência e tecnologia.

6. Reflexão e absorção do som. Eco

Quando as ondas sonoras que se propagam no ar encontram um anteparo, como uma parede, parte do som pode ser absorvida por esse anteparo e parte pode ser refletida.

A ideia de que o som pode ser refletido ou absorvido por uma superfície é aproveitada nos teatros, principalmente naqueles projetados para concertos de orquestras. No teto dêsses teatros há, normalmente, vários anteparos irregulares que servem para refletir o som em todas as direções e permitir que todos os ouvintes possam apreciar a música (veja o esquema). Já as paredes, o chão e as poltronas dêsses teatros são, geralmente, revestidos por carpete. O carpete absorve o som e impede-o de refletir outras vezes, o que prejudicaria a acústica do ambiente.

Fotografia. Uma orquestra em cima de um palco. As pessoas tocam diversos instrumentos e no centro tem um maestro. Na frente, plateia com algumas pessoas.
Os conhecimentos sôbre reflexão e absorção do som são úteis para projetar ambientes adequados a apresentações de orquestras. (Apresentação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, em Belo Horizonte, Minas Gerais, 2021.)
Esquema. Três homens sentados em cadeiras tocando violino. Na frente deles, maestro. Eles estão em um palco e na frente tem uma plateia que assiste. Setas vermelhas indicam o caminho do som, que sai do palco, sobe até refletores no teto e seguem para a plateia.
Refletores no teto melhoram a acústica de um ambiente destinado a apresentações de orquestras.

Fonte: , V. J.; , D. J. Inquiry into Physics. oitava edição Boston: Cengage, 2018. página 239.

Respostas e comentários

Atividades

Após trabalhar em sala o item 5, o momento é oportuno para as questões 8 a 10 do Use o que aprendeu e a atividade 4 do Explore diferentes linguagens.

Item 6

sôbre a absorção e a reflexão do som, aproveite as observações feitas na atividade em que se sugeriu assistir a uma apresentação de orquestra. Utilize também o esquema dos refletores no teto que está no livro do estudante.

Para trabalhar o eco, utilize a outra esquematização do item 6. Se houver condições, pode-se construir um tubo de eco no pátio da escola para que os estudantes das diversas turmas possam testá-lo. A montagem consiste em um tubo de pê vê cê com 20 métros de comprimento e 20 centímetros de diâmetro, disposto horizontalmente em linha reta, com uma das extremidades fechada com tampão de pê vê cê colado. (Se necessário, peça a ajuda de um encanador para colar o tampão e para emendar os tubos até 20 métros.) Um grito dado na extremidade aberta do tubo produzirá um eco que poderá ser ouvido nessa mesma extremidade.

Quando o som refletido chega imediatamente após o som direto, o cérebro não consegue distinguir ambos e tem-se a impressão de que é um único som “comprido”.

Porém, quando o som refletido chega suficientemente atrasado para ser diferenciado do som direto pelo cérebro, então temos um eco. Estudos científicos revelaram que o eco só pode ocorrer quando existe uma superfície para refletir o som distante 17 metros, ou mais, do local onde o som é emitido e ouvido diretamente, conforme ilustrado. Se a superfície estiver mais próxima que 17 metros, então o som refletido chega quase junto com o som direto e nosso cérebro não consegue distinguir os dois.

Esquema. Homem de cabelo preto, calça jeans e camisa branca. Na frente dele há uma parede. Distância igual ou superior a 17 metros. Do homem para a parede: seta azul indicando som direto. Da parede para o homem: seta vermelha indicando o som refletido que origina o eco.
Produção de eco. (Esquema fóra de proporção.)

Fonte: bóu, L. êti áli. Smithsonian supersimple Physics; the ultimate bite-size study guide. Londres: Dorling Kindersley, 2021. página 128.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: ciência e tecnologia.

7. Ultrassom e infrassom

O ser humano consegue ouvir os sons com frequências na faixa de 20 rértiz a .20000 rértiz. As ondas com frequência abaixo de 20 rértiz são chamadas de infrassom e não são captadas por nossa orelha. O mesmo acontece com as frequências acima de .20000 rértiz, que correspondem ao que se denomina ultrassom.

Apesar de não conseguirmos escutar o ultrassom, ele é útil ao ser humano. É utilizado, por exemplo, num aparelho denominado sonar. Uma das aplicações dêsse aparelho é na determinação da profundidade marítima. Quando um sonar de navio emite on­das ultrassônicas em direção ao fundo do oceano, elas atingem o fundo e são refletidas de volta. O aparelho capta esse ultrassom em seu retôrno, mede o tempo que levou para ele ir e voltar e, conhecendo a velocidade de propagação do ultrassom na água do mar, calcula a distância a que se encontra o fundo.

Esquema. Um navio no mar. Do navio sai uma seta representando a ida do ultrassom, que vai até a o fundo do oceano e reflete de volta para o navio, representando a volta do ultrassom.
O uso do sonar em um navio permite determinar a profundidade marítima.

Fonte: , A. Physics. quinta edição Nova York: McGraw-Hill, 2020. página 467.

O sonar também é usado para localizar cardumes de peixes, torpedos, submarinos e outros objetos que estejam submersos.

Uma adaptação do sonar permitiu seu uso em Medicina, nos aparelhos para exames por ultrassonografia. Eles emitem ondas de ultrassom para dentro do organismo do pacien­te. Essas ondas refletem nos órgãos e são captadas, em seu retôrno, pelo aparelho que, baseado nelas, monta uma imagem do interior do organismo num monitor de computador.

Ícone. Ponto de exclamação. Boxe Curiosidades.

Saiba de onde vêm as palavras

A palavra “ultrassom” vem do latim , que significa além de, acima.

A palavra “infrassom” vem do latim , que significa abaixo de.

O termo “sonar” é uma abreviatura do inglês sound navigation ranging, que significa alcance de navegação do som, numa alusão ao percurso de ida e volta do ultrassom emitido pelo aparelho dentro da água.

Respostas e comentários

Aprofundamento ao professor

Veja, na parte inicial dêste Manual do professor, na seção Aprofundamento ao professor, o texto “Reflexão sonora. refôrço, reverberação e eco”.

Atividades

Ao final do item 6, proponha aos estudantes o exercício 11 do Use o que aprendeu.

Noções de pensamento computacional

Ao trabalhar o item 7, se julgar conveniente, proponha uma atividade envolvendo pensamento computacional: elaborar um algoritmo que diferencie som, ultrassom e infrassom e expressá-lo por meio de um fluxograma. (Atividades sôbre algoritmos e fluxogramas já foram propostas nos capítulos 1 e 2. Veja também o texto sôbre pensamento computacional na parte inicial dêste Manual do professor.)

Um exemplo de fluxograma possível é o seguinte:

Fluxograma. Início. Seja f a frequência de uma onda que pode ser de som, ultrassom ou infrassom. f > 20.000 hertz? SIM. É ultrassom. Fim. Início. Seja f a frequência de uma onda que pode ser de som, ultrassom ou infrassom. f > 20.000 hertz? NÃO. f < 20 hertz? SIM. É infrassom. Fim. Início. Seja f a frequência de uma onda que pode ser de som, ultrassom ou infrassom. f > 20.000 hertz? NÃO. f < 20 hertz? NÃO. É som. Fim.

Protagonismo da mulher

Ao trabalhar o item 7 e falar da técnica da ultrassonografia, chame a atenção para a foto apresentada, explicando como é feito o exame, e aproveite o fato de ser uma médica realizando o exame, na foto, para ressaltar mais uma vez aos estudantes a importância da equidade de oportunidades entre as pessoas e a necessidade da valorização do protagonismo da mulher na sociedade, com atuação em todas as áreas sociais, artísticas, políticas e profissionais.

Fotografia. Mulher grávida de cabelo loiro deitada em uma maca. Ao lado dela, mulher de cabelo preto e jaleco branco segura um aparelho de ultrassom na barriga da mulher deitada. Ela sorri e aponta para a tela do aparelho de ultrassom, onde tem a imagem de um feto.
Nos exames por ultrassonografia é possível investigar órgãos que não são visíveis em radiografias, como o fígado, o coração, o útero e os ovários. Essa técnica também possibilita acompanhar a gravidez e a saúde do feto (como nesta foto) sem expô-lo aos raios X.
Ícone. Letras A e Z.

ATIVIDADE

Amplie o vocabulário!

Hora de debater o significado de cada conceito, redigi-lo com nossas palavras e incluí-lo no nosso blog.

ultrassom

infrassom

EM DESTAQUE

Importância do ultrassom para alguns animais

Um sistema natural muito eficiente presente em várias espécies de morcegos permite-lhes desviar de obstáculos em seus voos e obter alimento, por exemplo, capturar mariposas.

Em 1793, o biólogo italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799) realizou experimentos nos quais cegou alguns morcegos e os libertou. Algumas semanas mais tarde, recapturou-os e percebeu que tinham insetos frescos dentro do estômago. Mesmo sem enxergar, esses morcegos conseguiam caçar. No entanto, morcegos que foram propositadamente ensurdecidos não conseguiam caçar e morriam de fome.

Fotografia. Morcego com as asas abertas.
Algumas espécies de morcegos localizam suas presas com o uso de um sonar ultrassônico. Esse mecanismo é tão eficiente que esses animais não dependem da visão para obter alimento. envergadura: 30-40 centímetros

No século vinte foi possível explicar isso.Os morcegos usam um sonar natural para localizar insetos. Eles emitem ultrassons que batem nas suas presas e são refletidos de volta. Pelo tempo que leva para o ultrassom retornar, o morcego avalia a que distância está o inseto. O mesmo mecanismo permite aos morcegos em voo desviar de obstáculos tão pequenos como fios de náilon com 1 milímetro de espessura.

Várias espécies de baleias e golfinhos também utilizam ultrassom para se comunicar e para se orientar na navegação pelo oceano.

Esquema. Um morcego voando. Ao redor dele, círculos concêntricos brancos que partem do morcego e vão aumentando à medida que se distanciam do animal, representando o ultrassom emitido pelo morcego. Para a esquerda, uma mariposa. Dela, partem ondas amarelas que vão aumentando até chegar no morcego, representando o ultrassom refletido pela mariposa.
Algumas espécies de morcegos localizam suas presas com o uso de um sonar ultrassônico. Esse mecanismo é tão eficiente que esses animais não dependem da visão para obter alimento. envergadura: 30-40 centímetros

Elaborado com dados obtidos de: Shipméãn, J. T. êti áli. An introduction to Physical Science. décima quinta edição Boston: Cengage, 2021.

Respostas e comentários

Em destaque

Quando trabalhar em aula a seção Em destaque, fale sôbre a discussão a respeito do bem-estar animal e das controvérsias sôbre experimentos com animais. Explique que, no Brasil, a utilização de animais em experimentos é regida pela Lei Federal nº .11794, de 2008. Essa mesma lei determinou a criação do Conselho Nacional de contrôle de Experimentação Animal, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações encarregado de normatizar o tema e acatar denúncias. Além disso, diversas instituições têm comitês de bioética que impõem limites aos experimentos com animais.

Atividade

Após a leitura e a interpretação do texto Em destaque “Importância do ultrassom para alguns animais”, proponha aos estudantes a atividade 5 do Explore diferentes linguagens.

De ôlho na Bê êne cê cê!

ê éfe zero nove cê ih zero sete

“Discutir o papel do avanço tecnológico na aplicação das radiações na medicina diagnóstica (raio X, ultrassom, ressonância nuclear magnética) e no tratamento de doenças (radioterapia, cirurgia ótica a laser, infravermelho, ultravioleta etcétera).”

No capítulo 3, os estudantes aprenderam conceitos referentes a ondas (radiações) eletromagnéticas e já sabem, a esta altura, o que são raios X, raios gama, ondas de rádio, infravermelho e ultravioleta.

Neste capítulo, eles aprendem o que é ultrassom (onda mecânica similar ao som, mas com frequência superior à dele, ou seja, superior a .20000 rértiz) e passam a saber que ele pode ser utilizado na obtenção de imagens internas do organismo sem necessidade de incisão, ou seja, que o exame por ultrassom é uma técnica não invasiva de diagnóstico por imagem, como ilustra a foto do livro do estudante.

O desenvolvimento da habilidade ê éfe zero nove cê ih zero sete se completará na atividade de encerramento da unidade B.

Aprofundamento ao professor

Veja, na parte inicial dêste Manual do professor, na seção Aprofundamento ao professor, o texto intitulado “Como funciona a ultrassonografia com Doppler?”.

Amplie o vocabulário!

Redações possíveis, conside­rando o nível de compreensão atual dos estudantes:

  • ultrassom Ondas similares ao som, mas com frequência superior a 20.000 rértiz, que não são audíveis pelo ser humano. É usado no sonar e nos aparelhos de exame médico por ultrassonografia.
  • infrassom Ondas similares ao som, mas com frequência inferior a 20 rértiz, que não são audíveis pelo ser humano.

Organização de ideias

MAPA CONCEITUAL

Fluxograma. Som tem características de intensidade, expressa na unidade decibel, e altura, relacionada à frequência. Som propagado pelas ondas sonoras emitidas pelas fontes de som, por exemplo, instrumentos musicais dividem-se em instrumentos de corda, instrumentos de sopro e instrumentos de percussão. Som propagado pelas ondas sonoras têm frequência na faixa entre 20 herz e 20.000 hertz, abaixo de 20 hertz está o infrassom e acima de 20.000 hertz está o ultrassom.
Ícone. Lâmpada.

Atividade

Use o que aprendeu

  1. Você ouve, de perto e de longe, um mesmo cachorro latindo. Que característica do som muda de uma situação para outra?
  2. Ao aumentar o volume de um aparelho de som, diz-se, popularmente, que o som fica mais “alto”.
    1. Por que não está correto usar a palavra “alto” numa frase como essa?
    2. Como você pode expressar a ideia desejada sem usar a palavra “alto”?
  3. A figura mostra a frequência de vibração das quatro cordas de um violino afinado.
Fotografia. Um violino deitado. De cada uma das quatro cordas sai uma linha de chamada com a frequência. A primeira corda de baixo: 660 hertz; a segunda corda: 440 hertz; a terceira corda 293 hertz e a última corda de cima: 196 hertz.
Violino.
  1. Qual é o significado do símbolo rértiz?
  2. O que significa dizer que uma corda vibra com frequência 660 rértiz?
  3. Qual das quatro cordas, quando em vibração com as frequências mostradas na figura, emite o som mais baixo? E qual emite o som mais alto?

4. Os cantores costumam ser classificados em baixo, barítono e tenor, e as cantoras, em contralto e soprano.

Fotografia. Um homem e uma mulher cantando em um microfone. Ele tem cabelo branco, óculos escuros e veste uma camisa branca, gravata borboleta e terno. Ela tem cabelo loiro liso preso em um rabo e veste um casaco prateado.
A soprano Helene Fischer e o tenor Andrea durante apresentação em Berlim, na Alemanha, em 2019. Uma classificação vocal é o tema da questão 4.
Respostas e comentários

De ôlho na Bê êne cê cê!

Há oportunidade de prosseguir no desenvolvimento da competência geral 3 nas atividades 4, 5 e 6 da seção Use o que aprendeu e também na seção Seu aprendizado não termina aqui.

Na seção Explore diferentes linguagens, as atividades 1, 2 e 5 auxiliam os estudantes a interpretar e utilizar as linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações e ideias em diferentes contextos, favorecendo, assim, o desenvolvimento da competência geral 4.

Respostas do Use o que aprendeu

1. O que muda é a intensidade do som. De perto, o som do latido é mais intenso que de longe.

2. a) Porque fazer um som ficar mais alto é torná­‑lo ma­is agudo, ou seja, com maior frequência.

b) Dizendo, por exemplo, que o som fica mais intenso.

3. a) agá zê é o símbolo da unidade hertz, usada para expressar frequência. Um hertz equivale a uma oscilação (ou vibração) por segundo.

b) Significa que ela vibra seiscentas e sessenta vezes a cada segundo.

c) O som mais baixo (que é mais grave, tem menor frequência) é o da corda que vibra com frequência 196 rértiz. E o som mais alto (que é mais agudo, tem maior frequência) é o da corda que vibra com frequência 660 rértiz.

4. a) Baixo.

b) Soprano.

c) Tenor, contralto e soprano.

As vozes dêsses artistas se encontram nas seguintes faixas de frequência:

  • baixo — entre 87 rértiz e 349 rértiz
  • barítono — entre 98 rértiz e 392 rértiz
  • tenor — entre 131 rértiz e 494 rértiz
  • contralto — entre 175 rértiz e 698 rértiz
  • soprano — entre 247 rértiz e 1.145 rértiz

Com base nessas informações, responda às perguntas:

  1. Qual dêsses cinco tipos de artistas consegue emitir as notas mais graves?
  2. Qual deles consegue emitir as notas mais agudas?
  3. Quais dos cincos tipos mencionados conseguem emitir, com a voz, uma nota “lá médio”, que tem frequência 440 rértiz?

5. A foto mostra músicos assoprando em longos tubos para emitir sons. Esses instrumentos de sopro são flautas (trompas), típicas da região dos Alpes, na Europa.

Fotografia. Um grupo de pessoas alinhadas formando um semicírculo. Cada uma delas veste uma calça azul e um casaco bege. Eles seguram uma trompa longa, todas viradas para o centro.
Músicos tocando trompas alpinas, na Suíça, em 2019.
  1. Como esses tubos podem emitir sons?
  2. O que muda no som emitido por um tubo mais comprido se comparado a um tubo mais curto?

6. Nas baterias de escola de samba há vários ins­trumentos diferentes. Pesquise exemplos dêsses instrumentos e faça uma lista.

A seguir, classifique-os em instrumentos de corda, de sopro e de percussão. Qual dêsses tipos predomina?

Fotografia. Um grupo de pessoas com instrumentos musicais, enfileiradas, e no meio delas, um homem moreno de terno branco.
Os instrumentos musicais da bateria de uma escola de samba são o tema da questão 6. Escola de samba se apresentando no Carnaval em Florianópolis, Santa Catarina, 2016.

7. Pesquise e responda:

O que é um diapa­são e em que ele auxilia na afinação de um instrumento?

  1. Após ver o clarão de um raio, uma pessoa demorou 9 segundos para ouvir o trovão. A aproximadamente que distância da pessoa caiu esse raio? Explique como você chegou a essa conclusão.
  2. Observe a figura e responda:
Ilustração. Uma piscina. Na superfície da água, uma boia de patinho. No fundo da piscina, um menino mergulhando. Uma menina está sentada na borda da piscina. Ela olha para uma mulher que está ao lado. A mulher toca um sino com uma das mãos.
  1. O rapaz pode ouvir o sino tocando?
  2. Em caso afirmativo, o som será ouvido de modo igual pelo rapaz e pela moça? Explique.

10. Uma pessoa está praticando mergulho no mar e, acima dela, flutua um pequeno barco no qual está seu ajudante. A 300 metros dêsse local, uma outra pessoa solta um rojão, que produz um barulho muito intenso.

Quem, o mergulhador ou o seu ajudante, escutará o estrondo primeiro? Por quê?

11. Uma festa num salão sem móveis, tapetes e cortinas é muito mais barulhenta do que num salão com móveis, tapetes e cortinas. Explique por quê.

Respostas e comentários

5. a) O assopro faz o ar dentro dos tubos vibrar, e essa vibração produz ondas sonoras.

b) Os tubos mais compridos fornecem som mais baixo (mais grave).

6. A lista pode incluir grande variedade: reco­‑reco, chocalho, pandeiro, pratos, surdo, tarol (ou caixa de guerra), repenique, cuíca, tamborim, agogô etcétera dêsses exemplos mencionados, todos são instrumentos de percussão.

7. É um pequeno objeto metálico em fórma de U com uma haste também de metal. Quando é segurado pela haste e o U é percutido (batido) contra um objeto rígido, passa a vibrar com uma frequência bem definida. O som dessa nota musical de frequência definida emitida pelo diapasão é usado como padrão de referência para afinar instrumentos musicais.

8. Dividindo 9 por 3, obtém­‑se 3. Então, o raio caiu a 3 quilômetros de distância da pessoa. A explicação é que a cada segundo o som percorre cêrca de um terço de quilômetro. Em 9 segundos, o som do trovão percorre aproximadamente 3 quilômetros.

9. a) Sim, pois o som se pro­paga na água.

b) Não, porque, quando o som se propaga por diferentes materiais, sofre alteração de intensidade e timbre.

10. O mergulhador escutará o barulho antes que seu ajudante porque a velocidade do som na água do mar (líquido) é maior do que no ar (gás).

11. No salão sem móveis, tapetes ou cortinas, o som é refletido várias vezes pelas paredes antes de ser absorvido. Já num salão com móveis, tapetes e cortinas, os materiais de que são feitos esses objetos absorvem o som mais rapidamente, e a festa é menos barulhenta.

Ícone. Lupa.

Atividade

Explore diferentes linguagens

A critério do professor, estas atividades poderão ser feitas em grupos.

Ícone. Tarja de fundo preto com texto
branco: ciência e tecnologia.

ESQUEMA

1. O esquema mostra, em vermelho, a faixa de frequência das notas que podem ser conseguidas com os instrumentos de cordas violino, viola, violoncelo e contrabaixo. (Essa viola não é a viola brasileira ou viola caipira, também chamada de viola, instrumento que se assemelha ao violão. É um instrumento que lembra um violino, porém é maior do que ele. A faixa de frequências do piano é mostrada apenas para comparação.)

Analise o esquema e faça o que se pede:

  1. Qual dêsses instrumentos de cordas emite notas mais agudas?
  2. Qual dêsses instrumentos de cordas emite notas mais graves?
  3. Explique a razão de o tamanho dêsses instrumentos influenciar a faixa de frequência das notas.
Esquema. Uma fileira de instrumentos de corda e o teclado de um piano embaixo. De cada instrumento sai uma faixa vermelha que é a faixa de frequência das notas. O piano pega o espaço todo, acima, contrabaixo, violoncelo, viola e violino.

Fonte: uólquer, J. Halliday & Resnick Fundamentals of Physics. décima edição reeditada e estendida. Hoboken: John Wiley, 2018. página 495.

2. O esquema mostra, em vermelho, a faixa de frequência das notas de diferentes tipos de saxofone. (A faixa de frequências do piano é mostrada apenas para comparação.)

Analise o esquema e responda:

  1. As notas mais altas são emitidas por qual dêsses instrumentos de sopro?
  2. As notas mais baixas são emitidas por qual dêsses instrumentos de sopro?
  3. Por que o tamanho dêsses instrumentos influencia a altura do som?
Esquema. Uma fileira de instrumentos de sopro e o teclado de um piano embaixo. De cada instrumento sai uma faixa vermelha que é a faixa de frequência das notas. O piano pega o espaço todo, acima: saxofone soprano, saxofone alto, saxofone tenor, saxofone barítono e saxofone baixo.

Fonte: uólquer, J. Halliday & Resnick Fundamentals of Physics. décima edição reeditada e estendida. Hoboken: John Wiley, 2018. página 495.

Respostas e comentários

tê cê tê Ciência e Tecnologia

O tê cê tê Ciência e Tecnologia, já abordado anteriormente neste capítulo, é retomado nas atividades 1 e 2 da seção Explore diferentes linguagens.

Respostas do Explore diferentes linguagens

1. a) O violino.

b) O contrabaixo.

c) Cordas mais longas tendem a emitir notas mais graves. Cordas mais cur­tas tendem a emitir notas mais agudas.

2. a) O saxofone soprano.

b) O saxofone baixo.

c) Colunas de ar mais longas em vibração tendem a emitir notas mais baixas (graves), e colunas mais curtas tendem a emitir notas mais altas (agudas).

RELATO DE EXPERIMENTO

3. Você pega um elástico de prender cédulas, estica-o como mostra a figura A, e coloca-o em vibração para produzir um som. O que aconteceria com o som produzido se o elástico estivesse mais esticado? (Faça o experimento para verificar sua resposta!)

Esquema A. Destaque para as mãos de uma pessoa segurando um elástico de amarrar cédulas vermelho esticado. Ele está preso no encosto de uma cadeira.

4. Prenda um elástico ao redor de um copo de plástico duro, como mostra a figura B. Faça o elástico vibrar e ouça com atenção o som produzido. Encoste o fundo do copo numa das orelhas e faça vibrar novamente o elásti­co, como mostra a figura C. Você percebe alguma diferença no som que ouve de uma situação para outra? Em caso afirmativo, que explicação você pode dar?

Esquema B. Um copo de plástico duro com um elástico que passa da boca ao fundo do copo.  Esquema C. Menina de cabelo preto liso com franja e camiseta amarela. Ela segura o fundo do copo próximo a orelha e puxa o elástico da boca do copo.

GRÁFICO

5. O gráfico de barras mostra a faixa de frequência que alguns animais conseguem ouvir.

Faixa de frequências sonoras que alguns animais ouvem

Gráfico. Faixa de frequências sonoras que alguns animais ouvem. No eixo vertical, frequência (hertz). No eixo horizontal, animais considerados. Os valores estão aproximados. Animal: ser humano. Frequência: de 40 até 20.000. Animal: cachorro. Frequência: de 90 até 50.000. Animal: canário. Frequência: de 500 até 9.000. Animal: coelho. Frequência: de 700 até 50.000. Animal: elefante. Frequência: de 20 até 15.000. Animal: galinha. Frequência: de 200 até 2.000. Animal: gato. Frequência: de 80 até 90.000. Animal: morcego. Frequência: de 5.000 até 110.000. Animal: rato. Frequência: de 400 até 90.000.

Fonte dos dados referentes aos animais: , G. M. How well do dogs and other animals hear Louisiana State University. Disponível em: https://oeds.link/664Lb9. Acesso em: 19 abril 2022.

Considerando esses animais, responda às perguntas.

  1. Qual dêsses animais tem a faixa de audição mais estreita?
  2. Quais dêsses animais conseguem ouvir ultrassom?
  3. Qual dêsses animais ouve sons mais graves (isto é, de menor frequência)?
  4. Para que os morcegos utilizam o ultrassom?
  5. A faixa de 20.000 rértiz a 60.000 rértiz é audível pelas mariposas. Pensando em termos de adaptação e sobrevivência, qual é a vantagem de as mariposas ouvirem nessa faixa?

Seu aprendizado não termina aqui

Procure saber mais sôbre os instrumentos musicais que mais lhe chamam a atenção. Pesquise onde e quando foram inventados, que mudanças sofreram ao longo do tempo, qual é o princípio de funcionamento e qual é a importância cultural de cada um.

Respostas e comentários

3. Espera‑se que o elástico mais esticado (mais tensionado) emita um som mais alto (mais agudo) do que quando está menos esticado.

4. Espera‑se que haja diferença no som. No primeiro caso, o som chega até a orelha pelo ar. No segundo caso, ele chega propagando‑se pelo plástico do copo, um material sólido. Ao propagar‑se por diferentes materiais, as ondas sonoras sofrem modificações e, assim, percebemos o som de modos diferentes nos dois casos.

5. a) Galinha.

b) Cachorro, coelho, ga­to, morcego e rato.

c) Elefante.

d) Utilizam, por exemplo, para detectar suas presas e para desviar de objetos durante o voo, mesmo em locais totalmente escuros.

e) Uma das vantagens é poderem perceber a presença de morcegos para fugir deles e aumentar, assim, a chance de sobrevivência.

Seu aprendizado não termina aqui

A sugestão apresentada ajuda a reforçar que a construção do conhecimento é contínua e dinâmica, passando por constante aperfeiçoamento.

Também permite destacar que as aplicações dos princípios científicos envolvem aspectos culturais e históricos.