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UNIDADE 8 Brinquedos e brincadeiras
Você gosta de brincar? Já se cansou de tanto brincar e mesmo assim quis continuar brincando? Quando brincamos, nos divertimos, conhecemos mais sobre o mundo e compartilhamos bons momentos com nossos colegas, amigos e familiares.
Os seres humanos são muito criativos na hora de inventar brincadeiras. Uma bola, uma corda e até uma folha de papel podem se transformar em uma divertida brincadeira. Imagine quantas brincadeiras existem no mundo! Para começar, observe esta tela de Ana Maria Dias (1945-), em que ela retrata crianças brincando com um brinquedo comum aqui no Brasil. Você consegue reconhecê-lo?
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- Qual brinquedo você identificou na pintura?
- Você já brincou com esse brinquedo?
- Qual é o seu brinquedo favorito?
- Com quem você costuma brincar? E em quais lugares você brinca?
Desafio
Observe as ilustrações a seguir, descubra o nome dos brinquedos e brincadeiras e complete as frases corretamente.
Camila aprendeu a andar de com seu pai.
Jogar exige muita concentração e destreza.
Os irmãos Antônio e Cora brincam de boneca todos os dias depois de terminar suas tarefas.
Para pular , é necessário equilíbrio e precisão.
Valentim é imbatível no , pois é muito veloz.
Helena fez amizade com Henrique ao descobrir que os dois gostavam de brincar de .
Ao jogar , devemos usar toda a nossa força.
é divertido porque podemos brincar sozinhos ou em grupo.
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Para ler
Antes de ler
Você vai ler um cordel, um texto característico da poesia popular que costuma ser rimado e muito divertido.
- Ao ler o título, como você imagina a bagunça?
- Se os brinquedos falassem, qual seria o assunto no baú de brinquedos?
Durante a leitura
- Acompanhe a leitura que será feita pelo seu professor, observe a velocidade, o ritmo e a entonação que ele dá à leitura.
- Perceba como você se sente ao ouvir a leitura de um cordel.
A bagunça dos brinquedos
No baú da minha casa
Escutei um burburinho
Parecia uma conversa
Fui chegando de mansinho
E colei o meu ouvido
Na tampa do bauzinho
Então abri uma brecha
Para poder descobrir
O que estava acontecendo
Para ver além de ouvir
E pensei comigo mesma:
"O baú eu vou abrir!"
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Qual não foi minha surpresa
Quando vi a discussão
Entre um monte de brinquedos
Na maior agitação!
Uns gritavam, outros riam
Era grande a confusão!
Logo vi Mané Gostoso
Fazendo uma estripulia
Dizendo: "sou acrobata!
Muita gente me aplaudia!
Posso até virar atleta!"
E alguém gritou: "mái pia!"
Depois o Pião falou:
E eu sou equilibrista
Rodo, rodo e não caio
Sou melhor e não insista
Nessa caixa de brinquedos
Eu sou verdadeiro artista!
A Peteca remendou:
"Eu sou bem mais divertida!
Pulo de uma mão pra outra
Tenho penas coloridas
Nunca canso de brincar
Tenho fama merecida!"
Depois veio o Iôiô
Com a fala repartida
Subia dizendo coisa
Completava na descida
Eu que nunca tinha visto
Uma coisa parecida:
"Pois comigo a criançada
Tem que ter habilidade
Sou brinquedo que de todos
É o que tem mais qualidade
Pra brincar tem que treinar
Não importando a idade!"
O Rói-rói já se roía
Pra falar desaforado
E então soltou o verbo
De um jeito malcriado:
"Eu sou quase um instrumento!
O meu jogo é musicado!"
E por fim o Cata-vento
Com frases assobiadas:
"A beleza que eu tenho
nunca vai ser comparada
a criança que me sopra
fica logo deslumbrada!"
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Então tive que intervir
E dar minha opinião:
"Ei vocês, estão me ouvindo?
Eu falo de coração!
Todos são muito queridos
Prestem muita atenção!"
"Não há como comparar
Cada qual tem o seu dom
Não existe essa coisa
De um ruim e outro bom!"
Acho que eles entenderam
E abaixaram logo o tom
Começaram a sorrir
E disseram: "Obrigado!"
Eu fiquei ali brincando
com o baú encantado
Como se naquele instante
O tempo houvesse parado!
Mariane Bigio. A Bagunça dos Brinquedos - Literatura de Cordel para Crianças. Disponível em: https://oeds.link/ORPpFU. Acesso em: 18 jul. 2021.
Glossário
- Burburinho:
- som confuso criado por muitas pessoas falando ao mesmo tempo.
- Mané Gostoso:
- boneco de peças de madeira articuladas, cujos movimentos dos braços e das pernas são feitos por cordões.
- Acrobata:
- artista que faz movimentos de agilidade, força e destreza com o corpo, em um trapézio ou corda, por exemplo.
- "Mái pia!":
- expressão de espanto popular no Nordeste que quer dizer "Mas olhe!".
- Rói-rói:
- brinquedo que produz som quando é girado.
- Deslumbrada:
- maravilhada, encantada.
- Dom:
- talento, habilidade.
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Que curioso!
Você sabia que dá para conhecer cordéis pela internet? A cordelista Mariane Bigio e sua irmã, Milla Bigio, utilizam a rede para fazer contações de cordéis infantis escritos por Mariane, acompanhadas de música e efeitos sonoros. Mariane tem um canal em que divulga vídeos de contação de cordéis. Que tal procurar e se divertir?
Para estudar o texto Praticar a fluência
1 Depois de acompanhar a leitura do professor, faça uma leitura silenciosa consultando o "Glossário". Caso haja alguma palavra que você não conheça, anote e converse sobre ela com o professor e a turma para compreender melhor o texto.
2 No cordel A bagunça dos brinquedos, algumas palavras são mais difíceis de serem lidas e escritas do que outras.
a) Leia em voz alta e escreva novamente as palavras abaixo:
burburinho | deslumbrado | ||
brecha | instrumento | ||
divertida | equilibrista | ||
acrobata | surpreso |
b) Agora, tente ler as palavras com clareza e velocidade. Sublinhe as sílabas mais difíceis de serem pronunciadas, para que você preste mais atenção. Repita até ler sem tropeços.
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Compreender o texto
3 Converse com os colegas sobre as questões a seguir.
- Por que os brinquedos do baú estavam discutindo?
- Qual foi a reação da menina ao ouvir a discussão dos brinquedos?
- Você concorda com o que a personagem disse para os brinquedos? Por quê?
4 Quantas estrofes esse cordel possui?
5 Quantos versos tem cada estrofe do poema?
6 Quem escreve cordéis é chamado de cordelista. Qual é o nome da cordelista que compôs o texto que você leu?
7 O que são as palavras destacadas no texto?
- Por que essas palavras foram escritas com letra maiúscula?
8 Segundo a menina, cada brinquedo tem um dom. Ligue o nome dos brinquedos aos seus dons.
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9 Releia a primeira estrofe do cordel:
"No baú da minha casa
Escutei um burburinho
Parecia uma conversa
Fui chegando de mansinho
E colei o meu ouvido
Na tampa do bauzinho"
- Sublinhe e numere os versos que rimam.
- Quais versos rimam nessa estrofe?
- Os versos que rimam na segunda estrofe do cordel são os mesmos que rimam na primeira estrofe?
Os cordéis são muito populares no Brasil, especialmente no Nordeste. Eles contam histórias usando rimas, que criam musicalidade nos versos.
Ampliar o vocabulário
10 Releia esta estrofe.
"O Rói-rói já se roía
Pra falar desaforado
E então soltou o verbo
De um jeito malcriado:
'Eu sou quase um instrumento!
O meu jogo é musicado!'"
-
Com base no trecho, o que significa a palavra desaforado?
- Que demonstra desrespeito no jeito de falar.
- Que demonstra tristeza no jeito de falar.
- Por que o Rói-rói diz que seu "jogo é musicado"?
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11 Leia o quadro a seguir e responda à questão.
Que curioso!
Os cordéis são ilustrados com xilogravuras. Para fazer uma xilogravura, o artista entalha o desenho em uma superfície de madeira e passa tinta sobre ela, depois coloca a madeira sobre um papel como se fosse um carimbo.
Esses textos são impressos em folhetos e pendurados em cordas para serem vendidos, por isso são chamados de cordéis.
- Qual das capas abaixo tem ilustrações que parecem ter sido feitas da mesma forma que as xilogravuras?
Para ler em casa
Leve a bagunça dos brinquedos para sua casa!
Isso mesmo, leve o texto do cordel A bagunça dos brinquedos para ler e se divertir com as pessoas que moram com você. Numere as estrofes e combine de cada um ler uma, alternadamente.
Leiam com bastante entonação e brinquem desafiando um ao outro a adivinhar a última palavra de cada estrofe. Não deixem de comemorar cada adivinhação!
Boa diversão, e não façam muita bagunça!
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Estudo da língua Verbos
1 Releia a fala da Peteca para os outros brinquedos:
"Pulo de uma mão pra outra"
-
Marque a afirmação verdadeira sobre a palavra destacada no trecho.
- Ela indica uma ação que aconteceu no passado e não ocorre mais.
- Ela indica uma ação que ocorre no presente.
- Ela indica uma ação que vai acontecer no futuro.
-
A palavra destacada no trecho é um:
- substantivo.
- adjetivo.
- verbo.
2 Observe os verbos destacados nas frases. Depois, indique se as ações se referem ao presente, ao passado ou ao futuro.
- Ontem a peteca pulou de uma mão para a outra.
- Enquanto as crianças brincam, a peteca pula de uma mão para a outra.
- Quando a brincadeira começar, a peteca pulará de uma mão para a outra.
Os verbos indicam o tempo em que as ações, os estados e os fenômenos da natureza acontecem: passado, presente ou futuro.
Dependendo do modo como é escrito, o verbo indica se algo já aconteceu, se está acontecendo ou se ainda vai acontecer. Exemplos:
Eu brinquei ontem. (passado)
Eu brinco agora. (presente)
Eu brincarei amanhã. (futuro)
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3 Releia a fala do Mané Gostoso.
"Muita gente me aplaudia!"
a) A fala dele indica uma ação do:
presente.
passado.
b) Reescreva a fala sinalizando que vai acontecer no futuro.
c) Agora, leia a frase a seguir.
Muita gente me aplaude hoje.
- O verbo destacado nessa frase indica uma ação que ocorre em que tempo: passado, presente ou futuro?
4 Releia o trecho do cordel.
"Fui chegando de mansinho
E colei o meu ouvido
Na tampa do bauzinho"
- O verbos destacados nesse trecho estão em que tempo: passado, presente ou futuro?
-
Marque a afirmação que explica por que a cordelista usou os verbos nesse tempo.
- Porque a personagem está contando algo que já aconteceu com ela.
- Porque a personagem está adivinhando o que vai acontecer com ela algum dia.
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5 Releia o trecho da fala da personagem para os brinquedos: "Prestem muita atenção!"
-
O verbo destacado no trecho indica:
- algo que aconteceu.
- um pedido.
- um fenômeno da natureza.
Usamos verbos no modo imperativo quando queremos que outra pessoa faça algo. Esses verbos podem expressar um conselho, um pedido, um convite, uma ordem, uma orientação.
6 Escreva o que você diria aos brinquedos do cordel para resolver a bagunça que eles fizeram. Quais conselhos daria a eles?
Importante! Durante a escrita, use os verbos adequados para indicar passado, presente ou futuro. Não se esqueça de usar verbos no modo imperativo para escrever seus conselhos.
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Oficina de criação Roendo e brincando com os sons
Leitura
■ Observe a imagem.
Vamos explorar a imagem
1 Complete a legenda da fotografia com o nome do brinquedo.
2 Converse com os colegas sobre as seguintes questões.
- Como e com quais materiais você construiria esse brinquedo?
- Como você imagina o som produzido por esse brinquedo?
- Na sua opinião, por que esse brinquedo tem esse nome?
- Quais brincadeiras poderíamos inventar com o som produzido por um rói-rói?
Vamos construir
3 Você vai precisar dos seguintes materiais:
- uma lata (reciclar uma lata de alimento);
- 20 centímetros de cordão de sisal (ou de barbante comum);
- um bastão de madeira com cerca de 15 centímetros (um graveto bem forte ou um lápis);
- uma vela;
- pedaços de papel ou fitas adesivas coloridas para enfeitar a lata.
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4 Siga os passos a seguir e construa seu rói-rói com a ajuda de um adulto.
- O adulto deve retirar a tampa da lata e lixá-la, para evitar acidentes. Depois, deve fazer um furo no fundo da lata usando um prego.
- Em seguida, você fará um nó no cordão e o passará no furo da lata.
- O bastão de madeira precisa ter uma parte mais fina, para amarrar o cordão e deixá-lo bem preso. Peça ao adulto que faça essa cavidade na madeira.
- Antes de amarrar o cordão, esfregue a vela na cavidade. Isso é que fará o brinquedo produzir sons.
- Amarre o cordão na madeira sem deixar muito apertado, pois ela precisa girar, mas cuidado para não ficar solto, pois a madeira pode escapar.
- Enfeite a lata com o papel ou as fitas adesivas coloridas.
Apresentação e avaliação
5 Reúna-se com mais três colegas e experimentem os sons do rói-rói. Durante essa experiência, pensem com quais sons produzidos pelo rói-rói se parecem: uma cigarra, um sapo, uma porta se abrindo etc.
6 Pensem em uma história em que esses sons possam ser utilizados e decidam em quais momentos o som deverá aparecer e qual de vocês vai produzi-lo.
co027 Apresentem a história de vocês e ouçam com atenção a apresentação dos colegas.
8 Conversem sobre a atividade.
- Você compreendeu facilmente as instruções para construir um rói-rói?
- Todos os colegas participaram?
- Foi fácil relacionar o som do rói-rói a outros sons?
- Você teve algum tipo de dificuldade? Qual?
- Há alguma coisa que você faria diferente? O quê?
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Para ler mais
Antes de ler
O texto que você vai ler é uma entrevista.
- Leia o título do texto. Converse com o professor e os colegas: Você sabe o que significa inclusão e diversidade?
- Quem você imagina que é a pessoa entrevistada?
Durante a leitura
- Faça uma leitura silenciosa prestando atenção na organização do texto e na linguagem utilizada.
- Anote as palavras das quais você não conhece o significado para pesquisá-las depois.
Conheça pesquisa sobre brinquedos, inclusão e diversidade
Algum dia na vida você já pensou em ser pesquisador? E se você pudesse escolher essa profissão, mas ainda trabalhar com brinquedos!?
[...] Conversamos com a pesquisadora Clara Lins, que faz mestrado na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (ED-UEMG), para saber mais sobre como esses temas se encontram nos estudos científicos.
Clara se dedica a uma pesquisa que investiga como os brinquedos podem ganhar novos significados e contribuir para mudanças na maneira como nós lidamos com o diferente.
Ela estuda temas como inclusão e diversidade a partir de exemplos de bonecas e brinquedos com diferentes tipos de deficiência!
Confira a entrevista!
MFC: CLARA, CONTA PRA GENTE SOBRE SEU INTERESSE NOS BRINQUEDOS.
Clara Lins: Meu interesse pelos brinquedos veio das minhas vivências pessoais na infância. Brincar era sempre um momento em que eu e meus irmãos nos uníamos com vizinhos e primos para jogar videogame ou brincar na rua.
[...]
MFC: POR QUE DECIDIU ESTUDAR NO MESTRADO O DESIGN PARA A DIVERSIDADE SOCIAL?
O tema da pesquisa de mestrado me ocorreu quase nas vésperas da minha inscrição para o processo seletivo. Deparei-me com um cadeirante tentando
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atravessar o sinal na Avenida Antônio Carlos e eu não consegui oferecer ajuda. A maioria das pessoas não consegue oferecer ajuda nessas situações. [...] Sentimos um pesar e um desconforto enormes por não conseguir oferecer nenhum tipo de assistência. Eu comecei a me questionar o porquê disso. Por que não somos criados para levar as diversidades com naturalidade e leveza? Por que ajudar uma pessoa com deficiência na rua não é um instinto natural nosso?
[...] A minha intenção com a pesquisa é pensar como, desde crianças, podemos assimilar conceitos sobre inclusão e diversidade de maneira leve, branda, por meio dos brinquedos, por exemplo.
Dessa forma, contribuímos para que não só as crianças com deficiências físicas, mas também aquelas que sofrem com qualquer tipo de exclusão, seja por suas condições econômicas, sociais, seja por sua etnia ou sua cultura, sintam-se incluídas no processo de convivência social e devidamente respeitadas. [...]
MFC: COMO ESTÁ SENDO DESENVOLVIDO O PROJETO? [...]
[...] Eu queria desenvolver protótipos para investigar a forma como a inclusão se daria a partir dos brinquedos. Mas, como o tempo da pesquisa de mestrado é curto (apenas dois anos), deixamos essa proposta para um outro momento...
Mas a boa notícia é que já existem projetos muito relevantes sobre o tema e achamos que seria bacana ir ao encontro deles e pesquisar. Por exemplo, procurei algumas empresas e iniciativas que dialogam com a inclusão e um estudo de caso muito pertinente é a Tina Descolada (foto abaixo).
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A Tina Descolada surgiu dentro do consultório da psicóloga Marta Alencar, que trabalhou durante 22 anos na Associação Mineira de Reabilitação (AMR), situada em Belo Horizonte. As crianças que estão na AMR são crianças que têm algum tipo de deficiência física. A Dra. Marta cria a Tina com o objetivo de "espelhar" a deficiência da criança na boneca.
[...] a Marta abrange a questão da inclusão em bonecos diferentes. Por exemplo, no acervo de brinquedos que a Dra. Marta tem, ela propõe o Homem-Aranha cadeirante. E por que não?
Nessa história, o Homem-Aranha passa a ser cadeirante depois de um acidente. Como ele irá lidar com a nova situação? É uma maneira interessante de mostrar que todos nós, sem exceção, estamos suscetíveis a adquirir algum tipo de deficiência, seja por um acidente ou por uma doença.
MFC: O QUE SEU PROJETO DE PESQUISA JÁ DESCOBRIU ATÉ O MOMENTO QUE VOCÊ PODE COMPARTILHAR COM OS LEITORES DA MINAS FAZ CIÊNCIA?
Os brinquedos são ótimos para iniciar diálogos inclusivos, melhorar a autoestima das crianças com deficiência e a compreensão da criança sem deficiência sobre as diversidades dos seres humanos.
[...]
Não há diferença a ser superada, mas, sim, dialogada e, cada vez mais, respeitada. Afinal, não tem absolutamente nada de errado em ser diferente já que também não somos absolutamente iguais.
Conheça pesquisa sobre brinquedos, inclusão e diversidade. Revista Minas Faz Ciência Infantil. Disponível em: https://oeds.link/SfuaRm. Acesso em: 30 jul. 2021. (Fragmento.)
Glossário
- Mestrado:
- curso que pode ser feito depois de concluir a faculdade.
- Design:
- curso que forma profissionais para trabalhar com comunicação por meio de imagens, por exemplo, elaborando anúncios, produtos etc.
- Vésperas:
- poucos dias antes de um acontecimento.
- Processo seletivo:
- processo de escolha de algo ou alguém.
- Instinto natural:
- comportamento que é natural do ser humano.
- Assimilar:
- adquirir.
- Conceitos:
- ideias.
- Protótipos:
- primeiras versões de produtos.
- Dra.:
- doutora.
- Suscetíveis:
- que podem viver certa experiência.
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Para estudar o texto Praticar a fluência
1 Depois de fazer sua leitura silenciosa, acompanhe a leitura que será feita pelo professor.
2 Certifique-se de que você compreende todas as palavras do texto.
3 Agora, a turma fará uma leitura coletiva. As perguntas deverão ser lidas por todos os estudantes juntos. As respostas dadas pela entrevistada deverão ser divididas entre os estudantes para que cada um leia um trecho.
- Fiquem atentos à pontuação e à entonação de voz adequada a cada momento.
Compreender o texto
4 Qual é o nome da pesquisadora entrevistada?
5 Qual é o título dessa entrevista?
6 Os parágrafos que aparecem antes da entrevista têm o objetivo de:
- apresentar a entrevistada e falar sobre a pesquisa dela.
- explicar por que Clara Lins decidiu fazer uma pesquisa sobre brinquedos.
7 Releia este trecho da entrevista.
"MFC: COMO ESTÁ SENDO DESENVOLVIDO O PROJETO? [...]
[...] Eu queria desenvolver protótipos para investigar a forma como a inclusão se daria a partir dos brinquedos."
- Qual é o significado das letras MFC que aparecem antes da pergunta?
- Minas Faz Ciência.
- Clara Lins.
- Por que antes da pergunta aparecem as letras MFC?
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8 Complete as frases sobre a entrevista com as palavras do quadro.
perguntas
entrevistada
entrevistadora
respostas
- As frases em letras maiúsculas são as da , a revista Minas Faz Ciência.
- As frases em letras minúsculas são as da , Clara Lins.
Em uma entrevista sempre há um entrevistador, que faz as perguntas, e um entrevistado, que é quem vai responder às perguntas.
O título da entrevista serve para despertar o interesse do leitor. Depois do título, há uma apresentação, com pontos importantes da entrevista e informações sobre o entrevistado.
9 Qual é o tema dessa entrevista? Converse com os colegas e o professor.
10 Qual é o objetivo da entrevista que você leu? Marque um X.
- Mostrar a opinião de alguém que presenciou um acontecimento.
- Mostrar o estudo feito por uma pesquisadora.
Uma entrevista pode ter vários objetivos. Pode ocorrer com um especialista para divulgar um conhecimento; com uma pessoa muito conhecida para falar sobre a vida dela; para ajudar o leitor a formar opinião sobre um tema.
11 Clara Lins conta que escolheu o tema da pesquisa ao encontrar um cadeirante com dificuldade e não conseguir ajudá-lo. Então, ela começou a pensar sobre por que temos dificuldade de ajudar as pessoas nessas situações.
- Na sua opinião, por que ela não conseguiu ajudar o cadeirante?
- Por que é importante aprender a lidar com as diferenças?
- Será que, com brinquedos como os que ilustram a reportagem, crianças podem aprender a lidar com a diversidade? Por quê?
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Ampliar o vocabulário
12 Releia outro trecho da entrevista.
"A Dra. Marta cria a Tina com o objetivo de 'espelhar' a deficiência da criança na boneca."
- A palavra espelhar se parece com o nome de qual objeto? Para que serve esse objeto?
- co02Converse com os colegas e o professor: O que significa dizer que a deficiência da criança é espelhada na boneca?
- co02 Na sua opinião, uma criança que usa cadeira de rodas gostaria de ter uma boneca como a Tina Descolada? Por quê?
13 Segundo o texto, os brinquedos como aqueles das imagens podem melhorar a autoestima das crianças com deficiência.
- O que significa a palavra autoestima?
- Estar bem consigo mesmo, confiar em si mesmo.
- Estar triste consigo mesmo, não confiar em si mesmo.
- Por que brinquedos como os mostrados podem melhorar a autoestima das crianças com deficiência?
co0214 Converse com os colegas e o professor: O que é diversidade? E o que é inclusão?
Para ler em casa
Leia o texto com um adulto que mora com você. Depois, conversem sobre as seguintes questões:
- O que vocês acharam da boneca Tina Descolada? Vocês já conheciam brinquedos como ela?
- Na opinião de vocês, como seria se todas as crianças tivessem brinquedos como os que Clara Lins estuda?
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Estudo da língua Palavras com H inicial
1 Releia este trecho da entrevista.
"Nessa história, o Homem-Aranha passa a ser cadeirante depois de um acidente. Como ele irá lidar com a nova situação? É uma maneira interessante de mostrar que todos nós, sem exceção, estamos suscetíveis a adquirir algum tipo de deficiência, seja por um acidente ou por uma doença."
a) Como você acha que uma criança que usa cadeira de rodas se sentiria ao ouvir essa história? Ela se sentiria mais confiante e mais feliz? Por quê?
b) Escreva a seguir as palavras destacadas no trecho.
- Qual é a primeira letra dessas palavras?
c) Em qual dessas palavras a letra h não representa nenhum som?
d) Nas palavras em que a letra h não representa nenhum som, em que parte da palavra ela está?
No começo.
No meio.
No final.
2 Complete as palavras com ha, he, hi, ho ou hu.
- bitante
- giene
- mor
- je
- rói
- nesto
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Produção escrita Texto instrucional
Você e um colega vão pesquisar e escolher um brinquedo feito com sucata, ou seja, com materiais que seriam jogados fora, mas que foram transformados em outra coisa. Depois, vão escrever as instruções para que outras pessoas possam fazer esse brinquedo.
Planejamento
1 Façam uma pesquisa.
a) Reúna-se com um colega para pesquisar brinquedos feitos com sucata.
b) Quando encontrarem um brinquedo que agrade, conversem sobre ele.
- Quais materiais são necessários para construir esse brinquedo?
- Como é possível construir esse brinquedo?
- Como brincar com ele?
2 Escolham o brinquedo mais interessante.
3 Construam o brinquedo escolhido.
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Que curioso!
Usando a criatividade, podemos transformar materiais que seriam jogados no lixo em brinquedos divertidos e, ainda, contribuir para um meio ambiente mais limpo.
Escrita
4 Elaborem um texto instrucional.
- O texto instrucional precisa ter informações detalhadas para que o leitor consiga construir o brinquedo.
- Escrevam a lista dos materiais necessários.
- Escrevam cada passo do modo de fazer. Lembrem-se de que há uma ordem certa para fazer cada coisa.
- Usem verbos no modo imperativo, que indicam orientação, como corte, pinte, dobre.
- Não se esqueçam de dar um título para o texto.
- Se acharem difícil explicar alguma etapa, desenhem ou colem imagens explicativas.
Avaliação e reescrita
5 Releiam o texto de vocês observando se há necessidade de algum ajuste.
Revisão do texto | Sim | Não |
---|---|---|
Todos os materiais necessários para construir o brinquedo estão indicados? | ||
Os passos para a construção do brinquedo estão na ordem correta? | ||
O texto está claro? | ||
Foram utilizados verbos no modo imperativo? |
Socialização
6 Vocês compartilharão os textos na seção "Produção oral".
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Produção oral Exposição oral
Na seção "Produção escrita", você e seu colega escreveram instruções para construir um brinquedo de sucata. Agora, vocês vão fazer uma exposição oral para o professor e os colegas sobre como construir esse brinquedo.
Exposição oral é uma apresentação em que uma ou mais pessoas falam sobre algum tema para um público.
Planejamento
1 Organizem a apresentação.a) Reúna-se com o colega que formou dupla com você e releiam o texto instrucional que escreveram.
b) Decidam quem vai falar em cada parte da apresentação. Ela pode ser dividida da seguinte maneira:
- Apresentação do brinquedo: nome, brincadeiras que podem ser feitas com ele etc.
- Materiais necessários para construir o brinquedo.
- Modo de fazer o brinquedo.
- Comentários finais: dicas para a construção do brinquedo, opiniões sobre a produção do texto instrucional etc.
c) Cada integrante da dupla deve escrever um roteiro com as principais informações que vai compartilhar na apresentação. Esse roteiro vai ajudá-lo a se lembrar do que quer falar.
2 Ensaiem a apresentação.
- Ensaiem a apresentação quantas vezes acharem necessário. Assim, vocês se sentirão seguros na hora de falar com a turma, sem precisar ficar olhando o papel o tempo todo na hora de falar.
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Dica: Se alguma palavra for difícil de pronunciar, lembre-se de fazer a leitura em voz alta várias vezes, prestando atenção em cada som. Vá aumentando a velocidade a cada leitura, até que consiga pronunciar sem nenhuma dificuldade.
Apresentação
3 Façam a apresentação.
- A dupla que for se apresentar deve ficar em pé na frente da sala.
- O roteiro escrito deve estar à mão, para ser consultado em caso de dúvida ou de esquecimento.
- Enquanto a dupla estiver apresentando, é importante que os dois integrantes fiquem olhando para o público.
4 Após a apresentação, permitam que os colegas tirem dúvidas sobre a construção do brinquedo.
5 Ouça com atenção e respeito a apresentação das outras duplas.
Avaliação
6 Conversem sobre as seguintes questões.
- O que acharam das apresentações?
- Foi mais fácil explicar a construção do brinquedo por meio do texto escrito ou da apresentação oral? Por quê?
- Você falaria algo diferente na sua apresentação? O quê?
- Você tem alguma estratégia para falar bem em público? Compartilhe com seus colegas.
7 Preencha o quadro a seguir.
Avaliação da exposição oral | Sim | Não |
---|---|---|
Você ficou à vontade na hora da apresentação? | ||
Falou num ritmo adequado e com clareza? | ||
Seguiu as etapas que estavam descritas no seu roteiro? |
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Conhecer mais palavras
Algumas palavras podem ter mais de um significado. Pelo contexto, conseguimos entender o que elas significam. Observe a tirinha abaixo.
1 Na tirinha acima, quais são os dois significados da palavra chuta?
2 As imagens abaixo são ambíguas. Observe-as e escreva o que está representado em cada uma delas.
a)
b)
3 Você já confundiu alguma frase, palavra, imagem ou situação por ter significado ambíguo? Converse com a turma e o professor.
4 Depois de ouvir as situações de ambiguidade, escreva uma frase sobre a que você achou mais interessante.