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UNIDADE 7 Diferentes povos, diferentes costumes
Nesta unidade, você vai refletir sobre diferentes culturas, tanto de nosso país quanto de lugares mais distantes.
Uma das expressões da cultura dos povos é sua culinária.
Os ingredientes, os utensílios usados e a forma de cozinhar mudam de um lugar para o outro. Por isso, existem os pratos típicos de diferentes países e de diferentes regiões dentro do mesmo país.
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução da unidade
UNIDADE 7
Diferentes povos, diferentes costumes
Objetivos da unidade
- Conhecer e compreender os gêneros textuais texto expositivo, receita e narrativa mítica.
- Desenvolver habilidades de compreensão de textos orais, escritos e não verbais.
- Treinar e desenvolver a precisão e a velocidade no reconhecimento de palavras.
- Desenvolver a habilidade de ler com prosódia, respeitando o valor expressivo dos sinais de pontuação, a expressão, o fraseamento, a entonação e o ritmo.
- Conhecer a cultura caiçara e elementos de outras culturas.
- Desenvolver vocabulário receptivo e expressivo.
- Desenvolver processos de compreensão textual: localizar informação explícita; fazer inferências; interpretar e relacionar ideias e informações; analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais.
- Fazer uso de conhecimentos linguísticos ao escrever textos.
- Estudar substantivos e adjetivos.
- Compreender o uso de o (e não u) e de e (e não i) em sílaba átona em final de palavra.
- Observar e corrigir erros no uso de encontros vocálicos na língua oral e na escrita.
- Planejar, escrever e executar uma receita, utilizando procedimentos adequados.
- Desenvolver a escuta atenta.
- Recontar oralmente uma história ouvida de um adulto.
- Realizar o registro escrito de uma história escutada.
- Reler para revisar e conferir a escrita.
- Expressar-se com clareza, compreendendo os turnos de fala.
- Trabalhar em grupo com respeito e colaboração.
- Expressar-se com clareza, compreendendo os turnos de fala e atribuindo significado aos aspectos paralinguísticos da fala.
A proposta temática, que aborda "diferentes povos, diferentes costumes", tem como objetivo ampliar o conhecimento de mundo, por meio do contato com diferentes elementos culturais expressos na fala, na alimentação, nos costumes, no modo de viver, na crença e nas histórias de diferentes povos.
Todas as habilidades da BNCC contempladas nesta unidade encontram-se nas páginas MP009-MP014 deste Manual do Professor.
As indicações, a seguir, referem-se aos Componentes da PNA contemplados nesta unidade:
Conhecimento alfabético
Compreensão de textos
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
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- Esse prato é típico de qual país? De Cabo Verde.
- Quais ingredientes você consegue identificar nesse prato? Sugestões: carne, linguiça, milho, batata etc.
- Você gostaria de experimentar esse prato? Por quê?Resposta pessoal.
- Você conhece alguma comida brasileira que tem origem africana? Resposta pessoal. Sugestões: feijoada, acarajé e vatapá.
Desafio
Você conhece os pratos que aparecem nas fotos? Sabe em que parte do Brasil eles são mais populares? Relacione a foto com o nome do prato e a região em que ele é muito popular.
MANUAL DO PROFESSOR
A cachupa é um prato tradicional de Cabo Verde (África), onde é considerada uma verdadeira iguaria. Sua preparação tem início um dia antes de ser servida, colocando-se o milho e os feijões de molho em água fria. Mandioca, carnes, couve e batata-doce são outros ingredientes da receita. Trata-se de um prato muito nutritivo e costuma ser servido com um ovo frito.
Abertura
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11.
Componentes da PNA nesta seção
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
A partir da imagem de uma cachupa, prato típico da culinária cabo-verdiana, os estudantes serão convidados a refletir sobre a alimentação como expressão cultural, uma vez que a alimentação é, para o ser humano, além de essencial a sua sobrevivência, uma ação afetiva de partilha, de troca.
Ao analisar a imagem, os estudantes podem identificar elementos conhecidos de sua própria cultura, o que é importante para que se estabeleçam elos entre as culturas brasileira e africana.
Leia o texto inicial e tome as questões orais como ponto de partida para a exploração da imagem.
Peça aos estudantes que façam oralmente a relação entre os pratos típicos e as regiões brasileiras das quais são tradicionais.
Apresente-lhes um mapa do Brasil com a divisão por estados e regiões. Peça-lhes que localizem a região onde estão e conversem sobre o prato a ela relacionado. Depois, localize as outras regiões no mapa.
Explique à turma que os pratos indicados como típicos de uma região estão entre as mais famosas receitas da tradição daquele lugar, mas nem sempre são os mais comuns entre todos os moradores dos estados/municípios que compõem a região. Se considerar oportuno, proponha aos estudantes esta pesquisa: "Qual é o prato típico de sua cidade ou de seu estado?". Você poderá conduzir a realização da pesquisa coletivamente na sala de aula, utilizando a internet, ou solicitar que os estudantes pesquisem em casa, com a família.
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Para ler
Antes de ler
Você vai ler um texto expositivo.
Respostas pessoais.
- Você conhece a palavra caiçara? Sabe a que se refere?
- Conte o que sabe a seus colegas e ao professor e aproveite os esclarecimentos que o texto traz para saber ainda mais.
Durante a leitura
- Acompanhe a leitura que será feita pelo professor, observe a pronúncia das palavras e anote aquelas que você desconhece o significado.
- Descubra a origem da palavra, o quanto seu significado é curioso e a riqueza do povo que ela denomina.
Caiçara
Onde o português e o índio se uniram.
A população tradicional caiçara é hoje um dos últimos traços visíveis do momento da criação do povo brasileiro.
Cultura caiçara
Fazendo parte das culturas litorâneas brasileiras, os caiçaras representam um forte elo entre o homem e seus recursos naturais, gerando um raro exemplo de comunidade harmônica com o seu ambiente. Cotidianamente, turistas e aventureiros que buscam o litoral Sudeste como abrigo para as suas férias travam contato, sem saber, com uma das mais belas e antigas culturas brasileiras.
Como uma das poucas culturas relativamente preservadas na região mais povoada do Brasil (entre Rio e São Paulo), os caiçaras são objeto de estudo de vários centros de pesquisa do Sudeste. Apresentamos um pequeno panorama desta cultura que viveu quase um século em parcial isolamento e hoje passa a travar contatos, cada vez maiores, com o universo urbano.
Origem
[...]
A palavra caa-içara é de origem tupi-guarani. Separadas, as duas palavras sugerem uma definição: caa significa galhos, paus, "mato", enquanto içara significa armadilha.
MANUAL DO PROFESSOR
Para ler
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP09, EF15LP11, EF35LP01, EF35LP03, EF03LP04, EF03LP05, EF03LP06.
Componentes da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Boxe inicial de "Para ler"
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Fluência em leitura oral
Para que se dê a compreensão da leitura, é necessário que haja algum tipo de conhecimento do leitor em relação ao tema do texto e ao objetivo dele.
Nesse sentido, em "Antes de ler", verifique quais informações os estudantes esperam encontrar em um texto expositivo com o título "Caiçara". Para isso, devem utilizar conhecimentos e memória.
Proponha a eles a leitura do subtítulo e questione o significado da expressão "criação do povo brasileiro". Explique-lhes que ela remete aos primeiros povos, entre tantos outros que formaram a população de nosso país. Estimule a leitura das imagens, procurando "tirar" delas o máximo de informações que possam despertar outras expectativas de leitura.
Para melhorar a compreensão dos estudantes, converse com eles sobre o significado das palavras cultura, costumes e tradição. Elas aparecerão ao longo da unidade.
- Cultura: conjunto de padrões de comportamento, crenças.
- Costume: hábito, prática frequente, regular ou, ainda, modo de pensar e agir característico de uma pessoa ou um grupo social.
- Tradição: 1. ato ou efeito de transmitir; 2. comunicação oral de fatos, lendas, ritos, usos, costumes etc. de geração para geração; 3. herança cultural, legado de crenças, técnicas etc. de uma geração para outra.
Em "Durante a leitura", apresente aos estudantes o objetivo descrito na atividade e, com base nas expectativas levantadas, aponte outros objetivos.
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A ideia provinda desta junção seria, à primeira vista, uma armadilha de galhos. O termo, porém, denomina as comunidades de pescadores tradicionais dos estados de São Paulo e Paraná e sul do Rio de Janeiro.
Com poucos contatos com o "mundo de fora", os caiçaras evoluíram aproveitando os recursos naturais à sua volta, o que resultou numa grande intimidade com o ambiente. Povo anfíbio, entre o mar e a floresta, essas pequenas comunidades tentam, ainda hoje, preservar seus valores de grupo. Seus territórios - praias e enseadas - são de difícil acesso, por vezes protegidos por Unidades de Conservação. [...]
Pesca
Os pequenos e médios barcos a motor vieram fazer parte desta cultura nos meados da década de 60. Antes desse período, a agricultura era a atividade primária. O homem caiçara passou de lavrador para pescador e, hoje, podemos dizer que a pesca é a principal atividade do homem caiçara.
O aparelhamento e as embarcações sobreviveram de processos indígenas, ao passo que, na captura, predominam os elementos da cultura portuguesa. A poita, indígena, é nada mais do que uma âncora primitiva, empregada para canoas e redes.
[...]
É dela que provêm expressões comuns dos caiçaras como: canoa poitada, poitado na cama, saiu da poita etc. O termo em tupi significa parar ou estar firme. [...]
Com uma rica noção de pesca adquirida ao longo do tempo, os caiçaras começaram a trabalhar em barcos pesqueiros há cerca de 30 anos. Hoje, a maioria dos homens adultos são empregados em grandes barcos de sardinha, levando-os a pescar no "mar de fora", desde Cabo Frio até a divisa com o Uruguai. Recebem porcentagens da pesca de acordo com sua especialidade e, em épocas de proibição da pesca ("defeso"), desembarcam de volta aos seus lares.
MANUAL DO PROFESSOR
Conhecer a tipologia textual auxilia os estudantes no processo de compreensão, uma vez que as características de um texto e sua função social podem auxiliar na escolha de estratégias de leitura. Trata-se de uma habilidade que precisa ser ensinada e treinada.
No caso de um texto expositivo, o objetivo é transmitir uma mensagem clara, e suas características são: ser descritivo, preciso, esclarecedor e compreensível.
Textos didáticos, verbetes de enciclopédias e verbetes de dicionário são alguns exemplos comuns no cotidiano da turma.
Faça uma leitura oral e combine com os estudantes que eles deverão prestar atenção à pronúncia das palavras e anotar aquelas que lhes causarem estranhamento.
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Agricultura
O sistema de cultivo utilizado pelos caiçaras tem marcada influência indígena. Comumente chamada de coivara ou roça de toco, esta técnica itinerante consiste, basicamente, na derrubada e queima da mata para utilizar o terreno para cultivo, seguindo-se um período de pousio, isto é, um "descanso" da terra. Observam-se elementos da cultura indígena tanto no manejo do ambiente como nos produtos, já processados, da roça.
A agricultura caiçara serve como complemento alimentar dos pescadores e seu principal produto é a farinha de mandioca - consumida em quase todas as refeições. [...] Existe, ainda, uma infinidade de produtos secundários e ervas medicinais. Seus principais produtos são: mandioca, milho, cana, feijão, guandu, inhame, entre outros.
Ao contrário do que possa parecer, a roça caiçara não se trata de uma agricultura "primitiva", mas uma tecnologia aprimorada que se desenvolveu frente às condições tropicais. Pesquisas recentes indicam ser esta forma de cultivo um sistema agrícola autossustentável. [...]
Plantas são também usadas para uma grande variedade de propósitos, como alimento, medicina, construção, entre outros. O conhecimento dos caiçaras sobre ervas medicinais é bastante vasto, sendo objeto de inúmeras pesquisas. [...]
O povo
Existem duas principais relações de trabalho nestas comunidades: a pesca, que agrega toda a comunidade, e a agricultura, cujos limites são exclusivamente familiares. Ademais, ainda combinam atividades de coleta, extrativismo e artesanato.
[...]
Os caiçaras são, originalmente, um povo de religião católica, herança esta gerada pelo colono português. Há várias festas relacionadas ao catolicismo, porém a mais famosa acontece no mês de maio em homenagem à Cruz (Santa Cruz). É necessário que se realize no "claro", isto é, na lua cheia, para que todos possam comparecer. A cada ano é escolhido o festeiro - figura central na organização da festa - que, por sua vez, escolhe outros responsáveis. Durante três dias, a comunidade estará ocupada na realização da Festa de Santa Cruz.
MANUAL DO PROFESSOR
Caiçara: do tupi-guarani caá-içara, cerco feito de galhos fincados na água para prender peixes. Com o tempo, passou a ser o nome dado às palhoças construídas nas praias para abrigar canoas e apetrechos dos pescadores. Mais tarde, o termo foi sendo usado para identificar as comunidades do litoral dos estados do Paraná, de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Para conhecer um pouco mais da cultura caiçara, pesquise sobre o projeto Treboada, que realiza o registro audiovisual de causos caiçaras da região de São Sebastião, litoral norte do estado de São Paulo, com o intuito de aliar as tecnologias digitais à difusão da cultura oral da comunidade.
Um dos causos contados pela professora Neide Palumbo, que narra a primeira vez em que ela e os filhos foram ao cinema, tem quase 4 minutos e está disponível em: https://oeds.link/Dk3CvY (acesso em: 19 jul. 2021).
Para saber mais sobre o projeto, acesse: https://oeds.link/yGpSF6 (acesso em: 19 jul. 2021).
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O primeiro evento da festa é a ladainha na igreja na sexta. Já no sábado, os convidados chegam e se iniciam os batizados e mais ladainha. O último dia é mais intenso, com uma "missa festiva" com o padre mais próximo e finalmente a procissão. Andores, bastante decorados, recebem imagens de santos enquanto rezas e músicas são entoadas ao longo da extensão da praia percorrida. Após a procissão, é comum a realização de um leilão que arrecadará fundos para a festa do próximo ano.
[...]
Daniel Toffoli e Gustavo Mansur. FundArt - Prefeitura de Ubatuba. Caiçara. Disponível em: https://oeds.link/p8qvwi. Acesso em: 16 jul. 2021.
- Litorâneas:
- que estão no litoral, próximas do mar.
- Elo:
- ligação, conexão.
- Parcial:
- que se realiza em parte, e não completamente.
- Enseadas:
- regiões da costa do mar aonde as pessoas chegam com os barcos ou canoas para desembarcar.
- Aparelhamento:
- conjunto de instrumentos ou utensílios.
- Itinerante:
- que vai de um lugar a outro.
- Autossustentável:
- capaz de se sustentar com os próprios recursos.
- Extrativismo:
- atividade de retirar produtos da natureza, como madeira.
- Ladainha:
- tipo de oração repetitiva.
- Andores:
- estruturas feitas de madeira ou outro material, enfeitadas, onde são levadas imagens de santos ou outras imagens sagradas.
Para estudar o texto Praticar a fluência
1 Depois de acompanhar a leitura do professor, verifique o significado das palavras do glossário e converse com a turma sobre aquelas que você anotou.
MANUAL DO PROFESSOR
■ Para estudar o texto
Praticar a fluência
Componente da PNA nesta subseção
Fluência em leitura oral
Atividade 1
Ao término da leitura oral, inicie uma conversa com os estudantes sobre o significado das palavras. Explore o "Glossário" e retome a leitura, substituindo as palavras por sinônimos, questionando a turma se, mesmo sem saber o significado das palavras, foi possível compreender o texto pelo contexto em que elas foram inseridas.
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2 Escolha um dos assuntos indicados pelos subtítulos e faça uma leitura silenciosa. Depois, faça uma leitura compartilhada, na qual cada estudante lê um trecho do texto. Preste atenção à pronúncia de cada palavra e à pontuação.
3 O texto traz algumas palavras difíceis de pronunciar. Leia três vezes cada coluna, procurando melhorar a velocidade a cada leitura.
cotidianamente | aparelhamento | tecnologia |
harmônica | embarcações | autossustentável |
relativamente | poitada | exclusivamente |
armadilha | comumente | extrativismo |
lavrador | itinerante | originalmente |
captura | pousio | ladainha |
Compreender o texto
4 Converse com os colegas sobre as seguintes questões.
- Qual é o assunto desse texto? Os caiçaras.
- O povo citado no texto vive de um modo diferente do seu? Quais são as semelhanças? E as diferenças? Resposta pessoal.
5 Complete o quadro com informações sobre os caiçaras.
Onde vivem | litoral dos estados do Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo |
Principal atividade realizada na atualidade | pesca |
Principal produto da agricultura | farinha de mandioca |
Principal religião | católica |
Festa religiosa mais famosa | Festa de Santa Cruz |
MANUAL DO PROFESSOR
Compreender o texto
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP09, EF15LP11, EF35LP01, EF35LP03, EF03LP04, EF03LP05, EF03LP06.
Componentes da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Você poderá organizar os estudantes em duplas para as atividades desta subseção. Os pares podem ser agrupados por afinidade ou por diferentes níveis de aprendizagem. Circule pela sala de aula e faça intervenções que julgar pertinentes para o desenvolvimento do trabalho.
Proponha à turma que faça a leitura silenciosa do texto. Pergunte se todos entenderam o que leram. Sugira a leitura compartilhada, dividindo o texto em trechos, tomando como referência os subtítulos. A cada trecho lido, peça aos estudantes que apontem oralmente as principais informações. Se considerar necessário, auxilie-os com perguntas simples e utilize as imagens para complementar as informações do texto.
Registre um resumo de cada subtítulo:
Trecho 1: Cultura caiçara - cultura litorânea, que vive em harmonia com o ambiente e que já teve como característica o isolamento.
Trecho 2: Origem do nome ligada à prática da pesca.
Trecho 3: Pesca - a principal atividade (antigamente era a lavoura). Utiliza técnicas indígenas e de origem europeia. Os homens adultos costumam passar temporadas pescando e só voltam para suas casas na época do "defeso."
Trecho 4: Agricultura - se considerar oportuno, solicite aos estudantes que elaborem perguntas uns aos outros para verificar a compreensão. Exemplos de perguntas: O que é a coivara ou a roça de toco? Qual é o principal alimento cultivado pelos caiçaras? Que outros alimentos também fazem parte das roças caiçaras? Depois que localizarem as informações explícitas, explore com eles as informações implícitas, questionando: Por que o sistema agrícola é considerado autossustentável? Verifique como a turma encontra pistas para as respostas.
Trecho 5: O povo - Como são as relações de trabalho? O que é possível saber sobre religião? Qual é a festa mais popular?
Atividade 5
A atividade propõe um quadro com as principais informações sobre os caiçaras. Retome a atividade oral de leitura e compreensão de cada parágrafo. Espera-se que os estudantes se lembrem da atividade e não seja necessário retomar o texto.
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6 Responda às questões sobre o termo caa-içara.
- Qual é a origem dessa palavra? Tupi-guarani.
- Por que ela foi escrita no texto com as letras inclinadas? Porque não é uma palavra da língua portuguesa, e sim tupi-guarani.
- De acordo com o texto, qual é o significado desse termo? Armadilha de galhos.
- A palavra caiçara é usada para nomear quais comunidades? Comunidades de pescadores tradicionais dos estados de São Paulo, Paraná e sul do Rio de Janeiro.
7 Complete cada frase com o item adequado.
I. O povo
II. Caiçara
- O item II é o título do texto.
- O item I é um subtítulo do texto.
Os textos expositivos apresentam informações históricas, datas e lugares relativos a um assunto.
Esses textos podem se organizar em subtítulos.
8 Converse com os colegas: segundo o texto, os caiçaras vivem em harmonia com a natureza. Entretanto, esse povo pesca e derruba parte da mata para plantar.
a) Releiam este trecho.
"Comumente chamada de coivara ou roça de toco, esta técnica itinerante consiste, basicamente, na derrubada e queima da mata para utilizar o terreno para cultivo, seguindo-se um período de pousio, isto é, um 'descanso' da terra."
- Em sua opinião, por que eles deixam a terra "descansando" por um tempo? Resposta pessoal.
b) É possível respeitar os animais e a mata e ao mesmo tempo pescar e praticar agricultura? Explique.
Sim, desde que seja para a sobrevivência e de forma correta, sem destruir os recursos naturais.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade complementar
Desenvolvimento de vocabulário
A partir da atividade 6, pergunte aos estudantes se conhecem palavras com a mesma origem, utilizadas em nosso dia a dia, como nomes de animais (tamanduá, capivara, jacaré, sagui, jabuti, quati, paca, cutia, siri, tatu, arara) ou de frutas (abacaxi, cajá, mangaba, jenipapo, maracujá).
Se achar conveniente, navegue com a turma pelo site https://oeds.link/9iG090 (acesso em: 19 jul. 2021), que, além de disponibilizar lista de palavras de origem tupi-guarani, apresenta as outras famílias linguísticas às quais pertencem as mais de 154 línguas faladas pelos povos indígenas do Brasil. Aproveite a diversidade de assuntos e perspectivas abordada no site para instigar a curiosidade dos estudantes e incentivar a pesquisa.
Atividade 8
Explique aos estudantes que o pousio, como técnica da agricultura tradicional, foi, por muito tempo, ignorada pela agricultura moderna. Porém, com a busca pela qualidade dos alimentos e pela sustentabilidade, muitos produtores agrícolas estão repensando suas práticas e incorporando algumas práticas desse tipo de agricultura que respeita as condições naturais da terra, as particularidades dos alimentos e o local onde eles estão plantados. O descanso do solo é uma estratégia para recuperar sua bioestrutura, aumentando a qualidade de nutrientes necessários ao plantio.
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Ampliar o vocabulário
9 Releia o trecho a seguir.
"Hoje, a maioria dos homens adultos são empregados em grandes barcos de sardinha, levando-os a pescar no 'mar de fora', desde Cabo Frio até a divisa com o Uruguai."
- Considerando o contexto, o que significa a expressão "mar de fora"?
Mar que fica a alguns quilômetros da costa.
10 Observe a foto e leia a legenda.
a) Por que está escrito "Joyce Jeri" na canoa?
Porque esse é o nome da embarcação.
b) A que se refere Jeri?
Espera-se que os estudantes percebam que Jeri, no nome da canoa, provavelmente se refere a Jericoacoara, onde a foto foi tirada.
c) Considerando o texto que você leu, por que os caiçaras costumam dar nomes a suas canoas?
Espera-se que os estudantes percebam que é um gesto de amor pelo objeto e mostra a importância da canoa para esse caiçara.
Para ler em casa
Converse com as pessoas que moram com você sobre o povo caiçara e pergunte o que sabem sobre o assunto. Leia os subtítulos do texto e fale um pouco sobre o que você aprendeu em cada um.
Depois, proponha uma brincadeira com a leitura em voz alta. Sentem-se de frente um para o outro, ou em círculo, e proponha que cada um faça uma leitura em voz alta do texto observando as palavras mais difíceis de pronunciar, a pontuação, o ritmo e a entonação adequados. Quando alguém tropeçar na leitura, o outro deve continuar. Assim que todos lerem sem tropeços, tentem melhorar a velocidade da leitura.
MANUAL DO PROFESSOR
Ampliar o vocabulário
Habilidade da BNCC nesta subseção
EF35LP05.
Componentes da PNA nesta subseção
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Atividade 9
A expressão "mar de fora" é uma forma de fazer referência ao alto-mar, região marítima que está fora dos limites territoriais de um país. Procure apresentá-la, em um mapa, para que os estudantes possam visualizar o trecho entre Cabo Frio e a divisa do Uruguai, que passa pelo litoral dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Atividade 10
A atividade propõe a relação entre o texto lido, a imagem e a legenda e a elaboração de hipóteses com base na articulação das informações disponíveis.
Retome as anotações feitas na lousa durante a leitura do texto. Elas trarão referências para que os estudantes relembrem as características do povo caiçara e sua relação de respeito, afetividade, dependência e harmonia com a natureza. Com base nesse subsídio, questione: Do que é feita a canoa? Para que ela serve?
As canoas tradicionais são construídas com a madeira de árvores típicas das regiões próximas ao mar, como o ingá-amarelo, a timbuíba, o cedro e o ingá-flecha. O trabalho artesanal, que utiliza ferramentas tradicionais, normalmente é realizado entre 30 e 45 dias dentro da própria mata, no local em que a árvore foi derrubada.
Para ler em casa
É importante que, a cada trabalho com a Literacia Familiar, os estudantes estejam mais seguros em relação à atividade de leitura e compreensão que vão propor a seus familiares. Além da atividade proposta, ouça sugestões de abordagem dos próprios estudantes. Como vocês poderiam sugerir a leitura do texto "Caiçaras" a alguém de sua família? Que tipo de conversa teria antes da leitura? E depois?
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Estudo da língua Substantivos e adjetivos
1 Localize, no texto Caiçara, as palavras que completam adequadamente as frases a seguir.
- Existe, ainda, uma infinidade de produtos secundários e ervas medicinais .
- Com uma rica noção de pesca adquirida ao longo do tempo, os caiçaras começaram a trabalhar em barcos pesqueiros há cerca de 30 anos.
2 As palavras com que você completou as lacunas na atividade 1 são:
- o nome de algo.
- X características de algo.
- ações realizadas por alguém.
3 Observe com atenção estas palavras do texto expositivo Caiçara.
Algumas palavras da língua portuguesa dão nome a pessoas, plantas, animais, lugares, objetos, fenômenos naturais e sentimentos. Essas palavras são chamadas de substantivos.
Outras palavras indicam características dos substantivos. Elas são chamadas de adjetivos.
MANUAL DO PROFESSOR
Estudo da língua
■ Substantivos e adjetivos
Habilidades da BNCC nesta seção
EF03LP08, EF03LP09.
Componente da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Atividade complementar
Depois de realizar a atividade 3, problematize: Se é o nome dado a uma comunidade, por que a palavra caiçara está escrita com letra inicial ora maiúscula, ora minúscula? É esperado que os estudantes respondam que "Caiçara" é o título do texto, por isso a inicial maiúscula. Depois dessa percepção, organize a turma em grupos ou duplas e solicite-lhes que encontrem no texto três substantivos próprios (como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasil, Cabo Frio, Uruguai) e dez substantivos comuns (como português, índio, população, caiçara, povo, entre outros). Retome o que os estudantes têm como definição desses substantivos e problematize: Foi difícil encontrá-los? Por que a maioria dos textos apresenta mais substantivos comuns do que próprios? Aproveite e faça uma análise do sentido da palavra comum: usual, habitual, frequente.
No mesmo contexto, apresente alguns substantivos e adjetivos do texto e proponha a análise em relação à posição e à concordância:
- "forte elo" - elo forte (posicionamento);
- "recursos naturais" - recurso naturais - recursos natural - recurso natural (singular/plural);
- "comunidade harmônica" - comunidade harmônico (masculino/feminino).
A organização e a concordância das palavras em uma frase, em razão do desenvolvimento da oralidade e do entendimento, quase intuitivo, das relações entre fala e escrita, precisam ser formalmente retomadas sempre que for oportuno. Convide os estudantes a analisar como a forma com que as palavras são articuladas para a formação de frases (e as frases na formação do texto) é tão essencial quanto a análise da relação entre letras, sons e sílabas na formação das palavras durante o processo de alfabetização.
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4 Releia os trechos dos quais foram retiradas as palavras do esquema da atividade 3.
"O termo, porém, denomina as comunidades de pescadores tradicionais dos Estados de São Paulo e Paraná e sul do Rio de Janeiro.
[...]
Os pequenos e médios barcos a motor vieram fazer parte desta cultura nos meados da década de 60."
a) Em pescadores tradicionais e médios barcos, os substantivos e os adjetivos estão na mesma ordem?
Não, em pescadores tradicionais, o adjetivo vem depois do substantivo e, em médios barcos, vem antes.
b) Reescreva essas palavras invertendo a ordem do substantivo e do adjetivo.
tradicionais pescadores, barcos médios
c) Essa inversão causou alteração no sentido?
Não. É importante destacar que, às vezes, a inversão leva a mudança de sentido, como em "amigo velho" e "velho amigo".
5 Leia estes versos e escreva S para a palavra que é substantivo e A para a que é adjetivo.
Ressalte aos estudantes que, no primeiro exemplo, "Xadrez" é nome próprio (do Gato). Por isso, substantivo.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 4
Esta atividade sistematiza a proposta de ampliação sugerida por este Manual, como complementar à atividade 3, para explorar as variações de sentido a partir da ordenação das palavras. O exemplo comentado na resposta ao item c é bastante oportuno - "amigo velho" / "velho amigo". Aproveite para apontar, com os estudantes, outros exemplos de inversão e discutir a mudança de sentido, que pode ou não acontecer.
Atividade 5
A atividade propõe a identificação de adjetivos e substantivos em versos. Chame a atenção dos estudantes para o uso de vários adjetivos relacionados ao substantivo gato. Inicie uma conversa sobre o objetivo dessa combinação de características (descrever a personagem). Oportunize a ampliação da percepção deles em relação ao uso dos adjetivos nesse contexto: O que torna um gato exigente? Esperto? Xadrez? O que poderia acontecer se os versos não parassem por aí? Como uma personagem esperta, exigente e xadrez pode reagir a um cheiro gostoso? E a um barulho horroroso? E se o cheiro fosse ruim, e o barulho, agradável? E se o gato nem fosse tão esperto?
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6 Releia este trecho do texto Caiçara.
"Povo anfíbio, entre o mar e a floresta, estas pequenas comunidades tentam, ainda hoje, preservar seus valores de grupo."
a) Observe as palavras destacadas no trecho. Qual delas é um substantivo? E qual é um adjetivo?
Povo é substantivo; anfíbio, adjetivo.
b) Converse com seus colegas: anfíbios são seres que vivem na terra e na água. Por que os caiçaras foram chamados de anfíbios?
Porque vivem nas florestas (na terra) e também dependem do mar (da pesca) para viver.
7 Observe novamente esta foto e leia a legenda.
a) O caiçara escreveu na canoa o nome que deu a ela. Esse nome é um substantivo ou um adjetivo?
Substantivo.
b) Leia a frase a seguir.
Joyce Jeri é uma bonita canoa.
- Sublinhe o adjetivo que aparece na frase. bonita
c) Escreva outra frase sobre essa foto usando substantivos e adjetivos.
Resposta pessoal. Sugestão: Joyce Jeri é grande.
Importante! Observe a canoa e o lugar em que ela está. Escolha substantivos que dão nome ao que aparece na foto. Por exemplo: canoa, areia. Pense em adjetivos que indicam as características do que você observou, como colorida, grande. Após escrever sua frase, revise e corrija o que for necessário.
MANUAL DO PROFESSOR
Importante! Observe a canoa e o lugar em que ela está. Escolha substantivos que dão nome ao que aparece na foto. Por exemplo: canoa, areia. Pense em adjetivos que indicam as características do que você observou, como colorida, grande. Após escrever sua frase, revise e corrija o que for necessário.
Atividade 6
Desenvolvimento de vocabulário
A atividade oportuniza a interdisciplinaridade, pois o texto, ao caracterizar o povo caiçara como "anfíbio", exige que os estudantes retomem seus conhecimentos sobre o assunto para compreender a comparação dos costumes do povo caiçara com os hábitos dos anfíbios e, assim, estabelecer sentido.
Atividade 7
Produção de escrita
Apesar de conter certo grau de complexidade, a atividade traz dicas que orientam os estudantes na análise e elaboração da frase solicitada (item c). Uma sugestão é desafiá-los a realizá-la sozinhos, mostrando-se disponível para possíveis orientações. Outra proposta é formar duplas para estimular discussões construtivas que ensejem avanços nas hipóteses individuais.
200
Oficina de criação Saboreando a cultura caiçara
Leitura
■ Leia esta receita de uma comida caiçara.
Banana encapada assada
Ingredientes
Massa:
- 200 gramas de margarina ou manteiga
- 1 ovo
- 1 xícara de açúcar
- 2 xícaras de farinha de trigo
Recheio:
- De 6 a 10 bananas
Para pincelar:
- 1 gema de ovo
Modo de preparo
1. Preaqueça o forno a 180 graus.
2. Misture todos os ingredientes da massa com a mão, colocando a farinha aos poucos. A quantidade de farinha pode variar, pois o ponto da massa é até desgrudar da mão. Reserve a massa.
3. Corte as bananas ao meio e enrole massa em cada pedaço.
4. Bata a gema de 1 ovo com um garfo. Pincele as bananinhas encapadas com a gema.
5. Coloque as bananinhas em uma forma. Peça a um adulto que as leve ao forno preaquecido e deixe assar por 30 minutos ou até dourar.
Domínio público.
Dica: Depois de assadas, você pode cobrir as bananas encapadas com um pouco de canela.
MANUAL DO PROFESSOR
Oficina de criação - Saboreando a cultura caiçara
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP05, EF15LP06, EF15LP09, EF15LP11, EF35LP07, EF03LP11, EF03LP16.
Componentes da PNA nesta seção
Produção de escrita
Compreensão de textos
Leitura
Proponha aos estudantes o reconhecimento do texto com base em características relacionadas à estrutura, à função social, à identificação do autor/leitor, ao formato e ao suporte. Faça perguntas como estas.
- Que tipo de texto vamos ler? (Uma receita.)
- Para que serve? (Para dar instruções de como transformar ingredientes em comidas elaboradas.)
- Em quantas partes esse texto se divide? (Os estudantes podem responder que está dividido em duas partes, desconsiderando o título.) Quais são elas? (Título, ingredientes e modo de preparo.)
- A quem o texto se destina? (A alguém que deseja preparar ou aprender a preparar determinado alimento - objetivo prático.)
- Quem normalmente escreve esse tipo de texto? (Alguém que sabe cozinhar e deseja ensinar alguém, um profissional da área alimentícia, como um chef de cozinha ou um nutricionista; ou, ainda, um apresentador de programa de culinária.)
- Onde esses textos são encontrados? (Em diferentes meios e suportes, como revistas, jornais, livros de culinária, rótulos e embalagens de alimentos, sites especializados, blogs, programas de TV ou rádio, cadernos pessoais etc.)
Vamos explorar a receita
Atividade 1 (p. 201)
Escreva o título na lousa e questione: O que deve ser uma banana encapada? Como se encapa uma banana? Vocês já viram objetos encapados? Quais? Já viram algum alimento encapado? Qual?
Encapar: 1. Pôr capa a; 2. Servir de invólucro a; 3. Revestir; 4. Encobrir.
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em: https://oeds.link/L1MUdw. Acesso em: 19 jul. 2021.
[...] uma vantagem inegável é que a tarefa é completamente significativa e funcional; a criança lê porque é preciso, e, além disso, tem a necessidade de controlar sua própria compreensão. Não é suficiente ler, mas garantir a compreensão do que se leu. Por esse motivo, a leitura de instruções, receitas, regras de funcionamento etc. constitui um meio adequado para incentivar a compreensão e o controle da própria compreensão.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. (Fragmento).
201
Vamos explorar a receita
1 Esse texto é uma receita de qual prato? Em sua opinião, por que ele tem esse nome?
Banana encapada assada. Porque as bananas são encapadas (cobertas) com a massa e depois assadas.
Resposta pessoal.
2 Você gostaria de experimentar essa comida?
3 Qual é o único ingrediente usado como recheio?
Banana.
4 Esse texto apresenta todas as informações necessárias para preparar banana encapada assada? Explique.
Espera-se que os estudantes respondam que sim, pois o texto apresenta todos os ingredientes necessários e o modo de preparar o alimento.
Que curioso!
Os lugares onde vivem as comunidades caiçaras têm as condições ideais para a plantação de bananeiras. Por isso, a banana é um dos principais alimentos da culinária caiçara. Ela é comida crua, assada, frita e cozida. É utilizada em pratos doces e salgados.
Vamos cozinhar
5 Fazer a receita.
- Com a ajuda do professor, você e seus colegas vão preparar a banana encapada assada.
- Reúna-se com a turma para reler a receita.
- Façam uma lista dos utensílios necessários para preparar a receita. Não se esqueçam de usar panos/guardanapos, luvas e toucas!
-
Organizem como será o preparo.
- Quais estudantes vão registrar a atividade? (filme/fotos)
- Quem vai ler a receita?
- Quais estudantes vão ficar responsáveis por organizar, medir, colocar, misturar os ingredientes, encapar as bananas e servi-las quando estiverem prontas?
MANUAL DO PROFESSOR
A receita culinária, gênero relacionado à esfera do cotidiano, cuja função social é bastante clara e facilmente reconhecida, contém uma estrutura textual bastante característica, composta de frases curtas, diretas e simples.
Por apresentar números e unidades de medida, possibilita um trabalho muito significativo e experimental com Matemática.
Atividade complementar
Estimule uma conversa sobre a importância da alimentação e do consumo de frutas, abordando também o que os estudantes sabem sobre o valor nutricional da banana. (Ótima fonte de energia: carboidratos (amido e açúcares), além de vitaminas A, B1, B2 e C e de sais minerais.)
Atividade 4
Se julgar oportuno, estimule os estudantes a imaginar o resultado da receita, representando-o por meio de um desenho: como seria uma banana encapada?
Atividade preparatória
Antes de propor a atividade 5, combine com a turma uma visita à cozinha da escola. Conhecer o espaço, verificar a disponibilidade de utensílios e saber das normas de utilização será o ponto de partida para o planejamento e a organização do momento em que farão a receita.
Converse com os estudantes sobre os objetivos da visita: eles poderão observar os alimentos sendo preparados, os utensílios usados, a forma como os alimentos são armazenados, entre outros. Conduza a elaboração coletiva de algumas perguntas a serem feitas aos funcionários da cozinha, para que tirem dúvidas sobre o espaço, os recursos, as recomendações e os cuidados necessários para a organização e segurança quando forem preparar a receita.
Marque com eles o dia e o horário para a utilização da cozinha e peça a um funcionário que acompanhe o grupo durante a execução da receita, dando dicas e orientações profissionais.
Vamos cozinhar
Atividade 5
Com base nas informações colhidas durante a visita à cozinha, peça aos estudantes que releiam a receita e planejem a melhor forma de realizá-la. Quais utensílios e ingredientes estão disponíveis? Quais precisam ser providenciados? Quem ficará responsável por providenciar? Como as atividades poderão ser divididas de forma que todos participem?
202
6 Cozinhar.
- Separem os ingredientes e os utensílios necessários.
- Coloquem as luvas e toucas para manusear os alimentos.
- Preparem as bananas encapadas assadas de acordo com a receita e com o que planejaram.
- Não se esqueçam de fotografar as etapas de preparação do prato.
- Enquanto as bananas estiverem assando, arrumem o espaço em que vocês as prepararam. Depois, organizem um lugar para experimentar a comida. Pode ser a sala de aula ou outro espaço da escola de que vocês gostem.
7 Experimentem o prato.
- Depois que o professor retirar o alimento do forno, esperem até que ele esfrie.
- Experimentem a receita. Depois, contem o que acharam do sabor dessa comida.
Apresentação e avaliação
8 Compartilhem a receita.
- Chegou a hora de compartilhar com seus familiares e com todos da escola a receita que prepararam. Ela pode ser registrada em um cartaz ou divulgada na internet.
9 Conversem sobre a atividade.
Reúna-se com o professor e os colegas para contar sobre a experiência de cozinhar. Converse sobre as seguintes questões.
- Você gostou da receita preparada?
- Como se sentiu enquanto ajudava a preparar a receita? E ao experimentar a comida?
- Do que você mais gostou na atividade? E do que menos gostou?
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 6
Siga com a turma as etapas descritas na atividade. Converse com os estudantes sobre as medidas de higiene e a organização da cozinha durante o preparo. Retome a divisão das tarefas. Mostre onde devem ser descartados os lixos reciclável e orgânico e onde devem ser colocados os utensílios utilizados até serem lavados. Oriente-os a seguir a receita passo a passo. Ao realizar uma nova leitura da receita, chame a atenção para os verbos no modo imperativo (misture, corte, bata etc.). Durante o cozimento, explore com eles o aroma da banana e, ao final, antes de servir, o cheiro da canela.
Atividade 7
Organize com a turma um lanche especial, no qual as bananas serão servidas. Verifique a possibilidade de convidar alguns funcionários da escola para que participem da degustação e ouçam o relato dos estudantes sobre a experiência de preparar a receita. Oriente o grupo a contar também um pouco do que foi aprendido sobre a cultura caiçara.
Quando os estudantes estiverem provando o doce, aproveite o que foi estudado sobre adjetivos e peça-lhes que elenquem características do alimento que envolvam textura, temperatura, cor e sabor, entre outras. Utilize esse levantamento para apresentar a receita na hora de compartilhá-la.
Com as fotos tiradas durante o preparo, desafie a turma a reescrever (ou recontar) a receita, observando os ingredientes que aparecem nas imagens e lembrando as quantidades utilizadas e o modo de preparo. Isso feito, oriente os estudantes a compará-los com os da receita original.
Apresentação e avaliação
Atividade 8
Retome com os estudantes o que aprenderam sobre a cultura caiçara e oriente-os na criação coletiva de um texto expositivo, que deve conter título, subtítulo, paragrafação, letra inicial maiúscula em começo de frase, pontuação das frases e ortografia correta das palavras.
Feita a revisão do texto, organize a turma para que produza cartazes e uma versão digital para ser publicada no site da escola.
Proponha a cada estudante que tenha sua própria versão da receita e do texto expositivo para compartilhar a experiência com a família.
Para finalizar, inicie uma conversa para avaliar todo o processo, inclusive a produção dos textos que foram compartilhados: na escola, com a família e digitalmente.
203
Para ler mais
Antes de ler
Você vai ler um mito de origem africana.
Respostas pessoais.
- Ao ler o título e ver a ilustração, você imagina que se trata de uma história real? Por quê?
- Você conhece algum outro mito? Conte aos colegas e ao professor.
Durante a leitura
- Acompanhe com atenção a leitura do professor e perceba o ritmo, a pronúncia das palavras, as pausas e a entonação que ele usou.
- O texto tem dois pontos importantes: procure descobrir quais são eles.
A mãe do rio exige o pagamento da promessa
Um rei guerreiro avançava rumo à guerra, quando viu seu caminho impedido por um rio de águas revoltas.
O rei se dirigiu às águas, com humildade e respeito, e pediu que a agitação da corrente se acalmasse para que pudesse atravessar o rio com seus exércitos.
Prometeu trazer preciosa oferenda para Oxum, a mãe do rio, o espírito que habitava aquelas águas revoltas.
Oxum aceitou a oferta do guerreiro e serenou suas águas turbulentas.
O rei atravessou o rio a vau com seus homens, enfrentou seus inimigos e venceu a guerra.
MANUAL DO PROFESSOR
Para ler mais
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP02, EF15LP03, EF15LP15, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP21, EF35LP26.
Componentes da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Boxe inicial de "Para ler mais"
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Em "Antes de ler", pergunte aos estudantes se eles sabem o que é um mito. Deixe-os, de forma organizada, falar o que pensam. Caso conheçam mitos de origem grega, por exemplo, registre-os, para que seja possível a comparação com mitos africanos.
Atividade complementar
Compreensão de textos
Escreva no quadro de giz o título do texto e registre as hipóteses dos estudantes sobre o tema e a narrativa propriamente dita. Destaque as palavras rio e promessa. Questione: Como essas palavras podem fazer parte de uma narrativa? Espera-se que a turma estabeleça relações entre as palavras e as hipóteses levantadas, de forma a predizer a história que será lida.
Consideração sobre dificuldade
Caso os estudantes apresentem dificuldade para fazer inferências no texto, procure orientá-los por meio de perguntas: O que é uma promessa? Por que alguém faria uma promessa? É possível saber para quem a promessa foi feita? Dá para imaginar qual é o tipo de promessa? Quem é a mãe do rio? Por que alguém exige alguma coisa? Com essa condução, os estudantes poderão construir uma pequena história para testá-la durante a leitura do texto.
Em "Durante a leitura", determine, como objetivo, que os estudantes descubram dois pontos importantes do texto. Explique-lhes que um deles está ligado à natureza (a origem da mais bela cachoeira), e o outro, à forma como as pessoas se comunicam, assim como os diferentes entendimentos das pessoas a respeito de uma mesma situação.
Realize a leitura e peça aos estudantes que acompanhem o texto, prestando atenção à pronúncia das palavras, às pausas e à entonação utilizada.
Divida a leitura em duas partes: a primeira, até o rei vencer a guerra; a segunda, sobre o pagamento da promessa.
204
O rei mandou entregar então preciosos presentes a Oxum: arcas repletas de objetos de ouro e cobre, inigualáveis vestes de tecidos dourados do Oriente, colares de diamantes, pérolas e búzios da costa, comidas e bebidas saborosíssimas.
Mas Oxum não ficou satisfeita com as dádivas do rei.
Ela queria Preciosa, a princesa.
Era assim que se chamava a filha do rei: Preciosa.
Foi este o presente que Oxum entendeu que o soberano lhe daria.
Ele dissera exatamente: preciosa recompensa.
Pois então, Oxum queria Preciosa, a princesa.
Quando o rei teve que atravessar de volta o rio, mais enfurecidas estavam as corredeiras de Oxum.
E o rei não teve outra saída.
Para poder voltar ao seu país e ao seu povo, que dele tanto precisava e dependia, ele teve que entregar Preciosa à mãe do rio.
Se não, não passaria.
Oxum criou a menina e fez dela a mais bela cachoeira que se pode encontrar em todo o reino das águas doces de Oxum. [...]
Reginaldo Prandi. Os príncipes do destino: histórias da mitologia afro-brasileira. São Paulo: Cosac Naify, 2001. (Fragmento).
Que curioso!
O livro em que esse texto foi publicado aborda a cultura dos povos iorubás. As histórias foram transmitidas oralmente e cultuam a ancestralidade, ou seja, mantêm viva a memória e os saberes dos antepassados, pois os iorubás acreditam que é conhecendo e refletindo sobre as histórias do passado que aprendemos a viver melhor no presente. Esses povos, que são maioria em vários países africanos, defendem a vida em comunidade e a harmonia entre seus integrantes.
MANUAL DO PROFESSOR
Terminada a leitura da primeira parte do texto, pergunte à turma: O guerreiro fez um pedido a Oxum e foi atendido, mas ele cumpriu sua promessa? Em sua opinião, o que poderia ser a "preciosa oferenda" prometida? Será que o pedido também incluía o fato de que as águas deveriam ficar calmas para garantir a viagem do rei de volta? Caso as águas voltassem a ficar revoltas, o rei teria de fazer uma nova promessa? Registre as hipóteses levantadas, para comprová-las ou não, após a leitura do trecho final da narrativa. Ao responder às perguntas, os estudantes poderão perceber o primeiro ponto importante: há algumas "falhas" na comunicação entre o rei e a mãe do rio.
Ao concluir a leitura completa do texto, confronte as hipóteses dos estudantes com o final da narrativa e verifique se alguma delas foi confirmada. Valorize esse tipo de trabalho, explicando a importância das hipóteses, inclusive das não confirmadas.
Para finalizar, pergunte aos estudantes: Vocês acham que, quando o rei pensou na oferenda, ele cogitava de entregar sua filha à mãe do rio? O que o guerreiro soberano pode ter imaginado ao fazer a promessa? Ao entregar a própria filha, você acha que o rei agiu corretamente? Por quê? É possível que alguns estudantes julguem estar correto, pois o rei era um líder, deveria honrar sua palavra e pensar em seu povo (mesmo em se tratando de sacrificar sua própria filha), enquanto outros provavelmente defenderão que ele deveria ter procurado outra forma de seguir seu caminho. Questione-os, então, se Oxum estava errada ou agiu de má-fé. Explore as respostas da turma, mas procure ressaltar que as personagens míticas possuem poderes sobrenaturais e são vistas como se estivessem "acima" dos humanos, tendo, inclusive, o poder de transformá-los.
Atividade complementar
Compreensão de textos
Inicie uma conversa sobre o problema de comunicação entre o rei e Oxum: O soberano fez uma promessa pensando em uma coisa, e a mãe do rio a aceitou, pois entendeu outra coisa. É possível que isso aconteça na vida real?
Verifique se algum estudante tem um exemplo para relatar. Caso contrário, procure retomar algum episódio vivido por eles ou crie um exemplo com base em uma situação real vivida pela turma ou por você. O importante é que os estudantes percebam que muitos desentendimentos podem ocorrer porque as pessoas têm formas diferentes de entender a mesma coisa, e nem sempre há um jeito certo e outro errado, por isso a importância do diálogo.
205
Para estudar o texto Praticar a fluência
1 Em dupla, combinem uma leitura em voz alta de forma que cada estudante leia um parágrafo.
- Procurem ler com clareza, ritmo e entonação. Para isso, observem a pontuação e prestem muita atenção à respiração, adequando o tom, a velocidade da voz e as pequenas pausas na leitura.
2 Depois, utilizem a memória para escrever características de cada substantivo, de acordo com o texto. Será que vocês acertam?
águas revoltas/turbulentas
comidas saborosíssimas
presentes preciosos
cachoeira bela
Compreender o texto
Atravessar as águas turbulentas de um rio.
3 No início da história, o rei tinha um problema. Que problema era esse?
- Como esse problema foi solucionado?
O rei pediu ajuda a Oxum, a mãe do rio, que o socorreu acalmando as águas em troca de uma oferenda.
Os mitos são histórias que fazem parte da tradição de determinados povos. São contados oralmente de geração em geração.
Nessas histórias, costuma haver personagens fantásticas e com poderes sobrenaturais.
4 Associe as imagens às legendas e complete as frases.
I
II
II Águas calmas.
I Águas turbulentas.
- A imagem I indica o problema do rei.
- A imagem II indica a solução do problema.
MANUAL DO PROFESSOR
■ Para estudar o texto
Praticar a fluência
Componente da PNA nesta subseção
Fluência em leitura oral
Atividade 1
Pergunte aos estudantes se algum deles já prestou atenção à respiração enquanto realizava uma leitura oral. Ressalte-lhes que a respiração é um dos elementos fundamentais da expressão vocal.
Atividade 2
Quando os estudantes terminarem a atividade, estimule-os a ler três vezes as oito palavras, aumentando a velocidade a cada tentativa.
Compreender o texto
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP02, EF15LP03, EF15LP15, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP21, EF35LP26.
Componente da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
A combinação entre a leitura do texto, a exploração das hipóteses e as atividades aqui apresentadas oportuniza aos estudantes reflexões sobre como a língua funciona e como as escolhas feitas durante a criação da narrativa podem conduzir a diferentes desfechos. Esse processo é muito importante. Afinal, além de leitores, os estudantes são escritores.
Atividade 4
Ao promover a associação das linguagens verbal e não verbal, a atividade explora o sentido das expressões utilizadas no texto. Assim, ao analisar texto e ilustração, trabalha-se tanto o sinônimo da expressão quanto seu antônimo. Peça aos estudantes que retomem o texto e identifiquem outras palavras utilizadas para descrever as águas: revoltas e enfurecidas.
Consideração sobre dificuldade
Para que a turma compreenda a importância da seleção das palavras em um texto, faça uma demonstração simples: Uma vez que se trata de um mito sobre a origem de uma cachoeira, as águas são o elemento "naturalmente" vital para a compreensão da narrativa. E os adjetivos escolhidos para descrevê-las, em um jogo de sinônimos e antônimos, ajudam a contar essa história, mostrando que as águas de um rio são mais que "águas que correm". Elas possuem variações de intensidade, podendo ficar agitadas, turbulentas ou revoltas.
206
5 No pagamento da dívida a Oxum, houve um desentendimento.
a) O que Oxum entendeu que o rei havia prometido a ela?
A filha dele, Preciosa.
b) Que palavras provocaram a confusão?
As palavras preciosa (adjetivo) e Preciosa (substantivo).
c) Você acha que, se a promessa do rei tivesse sido por escrito, haveria essa confusão? Por quê?
Provavelmente não, pois haveria a diferença entre uma palavra com inicial minúscula (preciosa) e outra com inicial maiúscula (Preciosa).
6 Escreva uma frase com o adjetivo preciosa e uma frase com o substantivo Preciosa.
Resposta pessoal.
7 Que sentimento o rei demonstrou ter por Oxum?
X Respeito.
Indiferença.
Raiva.
8 Imagine o diálogo entre a princesa e o rei, quando ele explica à filha que ela seria entregue a Oxum. Escreva esse diálogo no caderno.
Lembre-se de usar o travessão e outros sinais de pontuação.
Resposta pessoal.
9 Oxum transformou Preciosa em quê?
Em uma cachoeira.
Os mitos misturam fantasia e realidade para explicar o surgimento do universo, de animais, de sentimentos e de elementos da natureza.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 5
Converse com os estudantes sobre os diferentes efeitos de sentido provocados pela palavra preciosa. Assim, registre na lousa: "O rei guerreiro prometeu trazer preciosa oferenda para Oxum"; "Ela queria Preciosa, a princesa". Pergunte à classe: Quem gostaria de explicar por que o uso da palavra preciosa provocou o desentendimento entre o rei e Oxum? Do ponto de vista fônico, é a mesma palavra, mas, no texto escrito, compreende-se que o rei a empregou como adjetivo, e Oxum a compreendeu como substantivo.
Atividade complementar
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Questione a turma sobre outras palavras que poderiam ser ditas pelo rei para evitar problemas: Se o rei tivesse oferecido uma "valiosa oferenda", haveria dificuldade na comunicação entre ele e Oxum? Que outras palavras o rei guerreiro poderia utilizar para que não houvesse desentendimento entre ele e a mãe do rio? Registre na lousa as possibilidades. Estimule a consulta ao dicionário em busca de sinônimos como inestimável, vantajosa, rica, impagável etc.
Finalize perguntando aos estudantes: Se não houvesse o desentendimento entre eles, como o desenvolvimento da complicação da história poderia se dar? A turma pode apontar outras sequências para a história, incluindo outro conflito (problema) que envolvesse as personagens.
Comente com a classe que a narrativa explica, do ponto de vista de um povo, a criação de uma cachoeira. Assim, as sugestões não podem alterar o final do mito, mas devem explicá-lo de outra maneira.
Atividade 8
Produção de escrita
Inicie a tarefa na lousa simulando a organização de um caderno. Escreva a fala do narrador para introduzir o diálogo:
O rei guerreiro se aproximou de sua flha e falou com tristeza:
- (Texto a ser composto pelo estudante.)
Oriente os estudantes a utilizar o recuo da margem e o alinhamento dos parágrafos. Lembre-os de que o parágrafo não é o espaço em branco, mas o texto que vem depois desse espaço. Esclareça-lhes também que, na representação escrita de um diálogo, a cada fala abre-se um novo parágrafo para que o leitor possa identificar a personagem que está falando.
Consideração sobre dificuldade
Alguns estudantes tendem a levar para a escrita conectivos da língua falada (e, aí, então, daí etc.). Caso essas marcas de oralidade surjam, escolha um texto (ou misture vários) e organize a reescrita na lousa, propondo-lhes que encontrem outras formas de apresentar a fala da personagem.
207
Ampliar o vocabulário
10 Releia este trecho do mito.
"Quando o rei teve que atravessar de volta o rio, mais enfurecidas estavam as corredeiras de Oxum."
- Com base no contexto da história, as corredeiras são:
- plantas que nascem na beira dos rios, lagos e lagoas.
- X partes do rio em que a altura diminui e as águas correm mais depressa.
- sereias que ajudaram o rei a vencer Oxum.
11 No texto, preciosa é uma qualidade e Preciosa é nome de pessoa. Leia os nomes a seguir.
- Escolha dois nomes e crie duas frases em que cada um deles seja uma característica (adjetivo).
Resposta pessoal.
Para ler em casa
O mito africano que você leu fala sobre um erro de compreensão entre o que o rei disse (ou o que quis dizer) e o que Oxum entendeu como promessa. Por causa desse erro, Oxum acabou criando a mais bela cachoeira de todo o reino das águas doces.
Leia esse mito para alguém de sua casa e pergunte se essa pessoa conhece algum outro mito. Se sim, peça-lhe que o conte a você. Preste bastante atenção para recontá-lo aos colegas.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade complementar
Uma vez que os substantivos foram retomados nessa unidade, proponha a criação de outra lista: a de nomes próprios que também são substantivos comuns: Íris, Flor, Rosa, Lua, Luna, Esperança, Mercedes etc.
Ampliar o vocabulário
Habilidade da BNCC nesta subseção
EF35LP05.
Componentes da PNA nesta subseção
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Atividade 10
Chame a atenção dos estudantes para a possibilidade de compreensão do sentido de uma palavra em dado contexto, mesmo sem que se saiba exatamente o que ela significa. Questione-os sobre se percebem que isso acontece o tempo todo e se têm lembrança de momentos em que isso aconteceu.
Explique-lhes a importância dessa habilidade que todos, adultos ou crianças, devem desenvolver, pois sempre haverá novas palavras para conhecer. Ressalte, então, a leitura como ferramenta essencial nesse processo. Retome exemplos do texto "Caiçara", como este: "Fazendo parte das culturas litorâneas brasileiras, os caiçaras representam um forte elo entre o homem e seus recursos naturais...".
Atividade 11
Antes que os estudantes iniciem a atividade, realize-a oralmente. Pergunte-lhes o significado dos adjetivos bela, branca, celeste, clara e divina. Se tiverem dificuldade em encontrar exemplos de frases para que infiram sentido com base nos contextos e, se considerar oportuno, proponha-lhes que consultem o dicionário, para comprovar, ou não, as inferências. Sugira a leitura em voz alta das frases criadas.
Se julgar adequado, estimule a criação coletiva ou peça à turma que forme pequenos grupos para criar uma lista de nomes que também são adjetivos. Dê exemplos como Violeta, Gastão, Bárbara, Preta, entre outros.
Para ler em casa
Esse boxe trabalha a Literacia Familiar. A proposta apresentada vai além da leitura oral e apreciação do texto e inclui a participação efetiva de algum membro da família. Oriente os estudantes, no caso de ninguém conhecer outro mito, a avaliar a possibilidade de propor aos familiares uma pesquisa ou a organização de uma lista com nomes de personagens míticas.
208
Estudo da língua Falando de um jeito, escrevendo de outro
1 Leia em voz alta o título do mito africano.
"A mãe do rio exige o pagamento da promessa"
a) Leia em voz alta o nome das vogais em destaque.
b) A forma como você pronunciou essas vogais quando leu o título foi:
A resposta a esta questão vai depender da variedade linguística falada pelos estudantes, mas, em muitas regiões brasileiras, é comum a pronúncia das vogais e e o com o som representado por i e u quando em sílaba átona em final de palavra, como acontece nos exemplos em destaque no título reproduzido.
igual a quando pronunciou o nome delas.
diferente de quando pronunciou o nome delas.
c) Releia estas palavras e separe as sílabas delas.
rio ri-o
exige e-xi-ge
pagamento pa-ga-men-to
d) Em qual sílaba das palavras estão as vogais destacadas?
Na última.
e) Circule as sílabas tônicas dessas palavras. ri, xi, men
f) Nessas palavras, muitas vezes a vogal e é pronunciada como i ou a vogal o é pronunciada como u. Em que tipo de sílaba essa mudança de pronúncia acontece? Assinale a alternativa correta.
X sílaba átona
Explique aos estudantes que as sílabas átonas são as não tônicas, ou seja, pronunciadas com menos intensidade na palavra.
sílaba tônica
Nas variedades linguísticas faladas em algumas regiões do Brasil, é comum a pronúncia do e como se fosse i e do o como se fosse u em sílabas átonas no final das palavras.
Não há problema algum em falar dessa forma, mas é preciso ter cuidado na hora de escrever.
MANUAL DO PROFESSOR
Estudo da língua
■ Falando de um jeito, escrevendo de outro
Habilidade da BNCC nesta seção
EF03LP01.
Componentes da PNA nesta seção
Conhecimento alfabético
Compreensão de textos
A seção abordará palavras que podem confundir os estudantes por serem faladas de um jeito e escritas de outro. Esse tipo de ocorrência se dá principalmente no uso das vogais o em vez do u e do e em vez do i em sílabas átonas e em final de palavras. Também serão abordados os encontros vocálicos escritos, mas não pronunciados, e os pronunciados, mas inexistentes na escrita.
É comum que muitas palavras com encontros vocálicos tenham a semivogal do ditongo omitida na pronúncia (beijo - bejo, pouco - poco); assim como pode acontecer de a palavra não possuir um encontro vocálico, mas, ao pronunciá-la, o falante produzir o som de uma semivogal (três - trêis, você - vocêis). Assim, para realizar as atividades propostas, é fundamental que os estudantes leiam as palavras em voz alta, pronunciando os encontros vocálicos corretamente.
A estratégia sugerida durante a atividade de fluência, que consiste em ler as palavras pausadamente e abrindo bem a boca a cada sílaba, pode auxiliar na percepção das diferenças entre a fala e a escrita.
As atividades podem ser realizadas em duplas, com os estudantes alternando os papéis de leitor e ouvinte atento e chamando a atenção uns dos outros para a pronúncia de cada palavra, assim como enfatizando os encontros vocálicos, o que também permite o desenvolvimento da habilidade de dicção.
A língua oral também pode estar relacionada a um contexto de maior ou menor formalidade ou familiaridade. Nesse sentido, as atividades mobilizam conhecimentos para auxiliar os estudantes a reconhecerem as variantes linguísticas, ampliando o domínio da norma no âmbito da língua oral. Converse com os estudantes sobre a diversidade do português falado no Brasil, explicando-lhes que isso acontece, principalmente, em virtude do tamanho do território, da idade das pessoas, do grau de escolaridade e, muitas vezes, da profissão dos falantes.
Dê exemplos de expressões e palavras de sua região que são faladas de um jeito e escritas de outro. É essencial que a turma compreenda que a variação linguística é um fenômeno da língua e que é importante estarmos atentos à adequação de nossa fala e escrita às diversas situações comunicacionais.
209
2 Leia as palavras do quadro e sublinhe apenas as que estiverem escritas como aparecem no dicionário.
barbero
primeira x
portuguêis
beijo x
trêis
louça x
loco
bandeija
estrangero
caranguejeira x
- Reescreva as palavras que você não sublinhou, de acordo com a forma como aparecem no dicionário.
bandeja, barbeiro, estrangeiro, louco, português, três
3 Escreva o diminutivo e o aumentativo das palavras. Observe o que ocorre na parte destacada da palavra.
inteira inteirinha inteirona
queijo queijinho queijão
caranguejo caranguejinho caranguejão
couro courinho courão
louca louquinha loucona
azulejo azulejinho azulejão
- O que ocorreu na parte destacada das palavras quando você as escreveu na forma diminutiva e na aumentativa?
Espera-se que os estudantes observem que a parte destacada se manteve sem mudança.
Quando falamos, pode acontecer de pronunciarmos uma vogal simples como se fosse ditongo. Ou o inverso, um ditongo como se fosse uma vogal simples.
Em situações que exigem o uso das variedades urbanas de prestígio, fique atento à pronúncia e à escrita dessas palavras. Sempre que ficar em dúvida, consulte um dicionário.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2
Para realizar a atividade, peça aos estudantes que leiam as palavras em voz alta, pronunciando-as com e sem o encontro das vogais, para que possam estabelecer uma comparação e escolher a forma correta.
A atividade reforça mais uma função do dicionário. Além de ser fonte de informação sobre diferentes significados e usos de palavras, ele pode ser utilizado para resolver dúvidas ortográficas.
Atividade 3
Essa atividade reforça o trabalho com os ditongos, mostrando que eles permanecem sem alteração nas formas apresentadas. Se considerar oportuno, proponha aos estudantes que separem as sílabas das palavras retomando o conceito de ditongo.
A competência específica 4 de Língua Portuguesa da BNCC (p. 87) consiste em: "Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos".
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4 As frases a seguir estão escritas como costumam ser pronunciadas em alguns contextos.
Importante!
- Leia cada uma delas em voz alta.
- Reescreva-as, fazendo as correções ortográficas necessárias para que elas fiquem de acordo com a forma como devem ser usadas em contextos formais.
- Em caso de dúvida, consulte um dicionário.
a) A carangueijada é um prato brasilero?
A caranguejada é um prato brasileiro?
b) Esta ropa ficô toda amassada.
Esta roupa ficou toda amassada.
c) O cabelerero corta o cabelo de diferentes maneras.
O cabeleireiro corta o cabelo de diferentes maneiras.
d) Aquele turista é inglêis ou francêis?
Aquele turista é inglês ou francês?
e) Por favor, não dexe esta caxa fora do lugar.
Por favor, não deixe esta caixa fora do lugar.
f) Vamu vê o jogo hoje à tarde?
Vamos ver o jogo hoje à tarde?
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 4
Complemente as informações da turma sobre a variação linguística, explicando que, além dos motivos já descritos (tamanho do território, idade das pessoas, grau de escolaridade, profissão dos falantes), a origem das variações também está na influência das línguas dos diversos povos que imigraram para o Brasil desde a época da colonização: portugueses, africanos de diversos países, espanhóis, Italianos japoneses, holandeses, alemães, entre outros.
Além de cada povo ter uma língua de origem, cada um desenvolveu um jeito de falar a língua portuguesa do Brasil. Explique aos estudantes que isso deixa a língua mais rica.
Outro ponto importante é que todas as línguas apresentam variações. Estudiosos costumam dizer que a língua é viva, por isso sofre mudanças frequentes.
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Produção oral Reconto oral
Povos antigos tinham como um de seus costumes a tradição de transmitir oralmente poemas, lendas, mitos, fábulas, rezas, canções.
Com o surgimento da imprensa, dos modernos recursos digitais e com a mudança de hábitos e costumes, a tradição oral perdeu importância nas sociedades urbanas.
Então, que tal experimentar um pouco dessa tradição? Você e seus colegas devem recontar uma história que vão ouvir em uma gravação pesquisada pela turma.
Planejamento
1 Formem grupos de quatro integrantes para a atividade.
- Sigam as orientações do professor para realizar a pesquisa e seleção do áudio ou vídeo com a história que vão recontar.
- Procurem uma história que seja narrada em uma variedade linguística diferente da utilizada por vocês.
- Identifiquem características regionais, urbanas e rurais da fala do(s) narrador(es) da história.
- No dia da apresentação, façam o reconto utilizando a variedade linguística de vocês, mas comentem com a turma sobre a utilizada no vídeo ou áudio selecionado, valorizando a diversidade cultural de nosso país.
2 Prestem atenção aos elementos da história que ouviram. Por exemplo:
- o tempo e a ordem dos fatos;
- os detalhes sobre as personagens e os lugares citados.
MANUAL DO PROFESSOR
Produção oral
■ Reconto oral
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP19, EF35LP11, EF35LP22, EF35LP29.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Planejamento
Atividade 1
Proponha o trabalho aos estudantes. Se possível, prepare um dia para que os grupos utilizem recursos tecnológicos para pesquisar um vídeo ou áudio com a narração de uma história em uma variedade linguística diferente da utilizada por seus integrantes. Auxilie a turma na pesquisa, de modo que encontre textos adequados à faixa etária e ao propósito da atividade. Se não for possível realizar a pesquisa de vídeo ou áudio na internet, uma alternativa é disponibilizar a audição de contos lidos por você ou por outros professores. Nesse caso, priorize a apresentação de histórias da tradição oral de sua região.
Atividade 2
Auxilie os estudantes a fazer uma linha do tempo dos fatos narrados e oriente-os a fazer anotações sobre os lugares e as personagens.
Atividade complementar
Converse com os estudantes sobre as variedades linguísticas existentes no Brasil: regionais, urbanas, rurais, contextuais etc. Reforce o respeito a cada uma delas, rejeitando qualquer forma de preconceito linguístico.
Algumas sugestões para analisar a diversidade linguística do Brasil:
- O tamanho da língua: os sotaques do português (série de três vídeos). Disponível em: https://oeds.link/lKhdg5. Acesso em: 19 jul. 2021.
- Sotaques e expressões do Brasil. Trata-se de uma série de vídeos sobre os diferentes jeitos de falar nos estados brasileiros. Nela, estrangeiros que aprenderam a falar português se deparam com palavras e jeitos que não conhecem. No link está o episódio "Como se fala no Pará". Disponível em: https://oeds.link/dihRo7. Acesso em: 19 jul. 2021.
- Outra sugestão é retomar o projeto Treboada, já apresentado neste Manual. Nele, a professora Neide Palumbo narra vários causos da cultura caiçara. Disponível em: https://oeds.link/kJsiQS. Acesso em: 19 jul. 2021.
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3 Façam ilustrações para mostrar no momento do reconto.
4 Preparem-se para a apresentação.
- Cada integrante do grupo deverá contar um trecho da história escolhida aos colegas de grupo.
- Ouça atentamente enquanto o colega estiver contando a história e não o interrompa.
Apresentação
5 Recontem a história à turma.
- Falem usando um tom de voz adequado.
- Fiquem atentos à ordem dos acontecimentos na história.
- Se esquecerem algum detalhe, não se preocupem. O importante é que se lembrem dos fatos principais, aqueles que fazem diferença para a história.
- Organizem-se para mostrar as imagens no momento em que elas acontecem na história.
Avaliação
6 Faça a sua avaliação.
- Converse com os colegas e o professor sobre as apresentações.
- Preencha o quadro a seguir sobre sua participação.
Respostas pessoais.
Avaliação do reconto | Sim | Não |
---|---|---|
Você gostou de sua participação na apresentação? | ||
Teve algum tipo de dificuldade? | ||
A história apresentada por seu grupo foi entendida? | ||
Você gostou de ouvir e recontar uma história? |
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 4
Para que os estudantes memorizem a história, é muito importante que treinem o reconto, apresentando-o uns aos outros. Explique a eles que cada um deve recontar a história aos colegas do grupo, e os integrantes que estiverem ouvindo não devem interrompê-lo. Assim, todos poderão desfrutar de um momento em equipe que propicia a colaboração, a escuta atenta, o respeito.
Apresentação
Atividade 5
Verifique a possibilidade de gravar as apresentações e compartilhá-las virtualmente.
Avaliação
Atividade 6
Proponha à turma uma conversa de avaliação com base nos critérios apresentados, incentivando os estudantes a justificar suas respostas com exemplos. No momento em que um estudante compartilhar uma dificuldade, sugira ao grupo que busque soluções coletivas.
A tabela de avaliação é um recurso que pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem. É importante dialogar, apoiar e orientar cada estudante no que for preciso para incentivar um melhor desempenho dentro e fora da sala de aula.
Atividade complementar
Conhecimento alfabético
A ampliação dessa proposta pode ser feita trazendo para a sala de aula familiares que conheçam um significativo repertório da tradição oral e que possam compartilhar esse conhecimento com os estudantes. Para essa ampliação, verifique previamente quem são os familiares, faça o convite em nome da escola e combine com eles a data da visita. Esse encontro entre os estudantes e os membros da comunidade, além de atender propósitos curriculares, é uma rica oportunidade para a troca de experiências.
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Produção escrita Reconto escrito de história oral
Como você já viu, muitas das histórias que fazem parte da cultura de um povo são transmitidas oralmente, passadas de geração em geração.
Uma coisa que pode ser feita para que essas histórias não se percam é escrevê-las e publicá-las, de modo que mais gente possa conhecê-las.
Por isso, agora, você vai escrever uma das histórias que foram recontadas. Depois, essas histórias serão publicadas em um livro coletivo organizado pela turma e poderão ser conhecidas por muito mais gente!
Planejamento
1 Realizem, na turma, um sorteio de duplas.
2 Façam o reconto de histórias.
- Reconte ao colega a história que você e seus colegas recontaram à turma na seção "Produção oral". Ouça com atenção a história que ele contará a você.
- Após ouvir a história, complete a ficha a seguir.
Respostas pessoais.
Lugar onde se passa a história:
Personagens:
Principais acontecimentos:
MANUAL DO PROFESSOR
Produção escrita
■ Reconto escrito de história oral
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP05, EF15LP06, EF15LP08, EF35LP07, EF35LP09.
Componentes da PNA nesta seção
Produção de escrita
Compreensão de textos
Fluência em leitura oral
Para assumir o papel de escritores competentes, os estudantes precisam estar conscientes das diferentes formas de construir um texto.
A Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018, p. 77) destaca a importância de se levar em conta as condições de produção. Segundo a Base, é necessário:
Analisar as condições de produção do texto no que diz respeito ao lugar social assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo; ao leitor pretendido; ao veículo ou à mídia em que o texto ou produção cultural vai circular; ao contexto imediato e ao contexto sócio-histórico mais geral; ao gênero do discurso/campo de atividade em questão etc.
Planejamento
Atividade 1
Valorize o momento de sorteio das duplas de modo que todos se sintam confortáveis em trabalhar dessa forma. Caso observe duplas com mais dificuldade, mostre disponibilidade para auxiliá-las. Se considerar conveniente, promova o sorteio das histórias para que não haja nenhuma dupla com histórias iguais.
Atividade 2
Explore a ficha que deverá ser preenchida pelo estudante que ouviu a história. Sabendo quais informações deve reter, o estudante se sentirá mais confortável, dosando sua atenção e concentração na fala do colega.
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Escrita
3 Escreva, individualmente, a história contada por seu colega.
- Fique atento à ordem dos acontecimentos: início, meio e fim.
- Descreva lugares e personagens, conforme o caso.
- Utilize a pontuação adequada para marcar os diálogos.
- Dê um título a seu texto.
- Pense em uma ilustração para seu texto e faça um primeiro esboço.
Avaliação e reescrita
4 Troque de texto com o colega que lhe contou a história.
- Ao ler o texto escrito pelo colega, preencha a tabela de avaliação e converse com ele sobre suas impressões. Respostas pessoais.
Revisão do texto | Sim | Não |
---|---|---|
O título dado ao texto tem relação com a história contada? | ||
Todas as personagens foram incluídas? | ||
Todos os acontecimentos importantes foram narrados? | ||
O texto está escrito em parágrafos? | ||
Foi utilizada a pontuação adequada? | ||
A ilustração esboçada está adequada ao texto? |
5 Reescreva o texto, modificando o que for necessário.
- Passe a limpo e finalize a ilustração, fazendo as alterações necessárias.
Socialização
6 Compartilhem as histórias.
- Todos os textos produzidos pela turma serão reunidos em um livro de histórias recontadas.
- Com a ajuda do professor, você e seus colegas vão confeccionar uma capa para o livro.
- Esse livro ficará disponível na biblioteca da escola ou do bairro para que outras crianças leiam.
MANUAL DO PROFESSOR
Escrita
Atividade 3
Depois que os dois estudantes ouvirem e registrarem os elementos principais da história, peça-lhes que, individualmente, iniciem a primeira versão do reconto escrito. Chame a atenção deles para os elementos listados.
Avaliação e reescrita
Atividade 4
Para analisar a história, nada melhor que o próprio contador. Apresente os itens elencados na tabela como apoio para a análise. Pode acontecer de o contador da história se lembrar de algo que se esqueceu de contar. Explique à turma que é importante avaliar o quanto o trecho esquecido é relevante para o desfecho da história. Esse tipo de avaliação é precioso, pois constitui outra forma de reconhecer os elementos fundamentais de um texto. Se for importante e impactar a narrativa, proponha ao estudante que conte novamente a história e auxilie o escriba a fazer os ajustes necessários no texto. Depois que os estudantes revisarem a escrita, faça as intervenções necessárias, garantindo a correção. A tabela de avaliação é um recurso que pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem.
Socialização
Atividade 6
Para organizar o livro, realize mais uma leitura para garantir que os textos estejam corretamente escritos.
Agrupe os textos de acordo com o número de versões da mesma história. Apresente livros escritos por vários autores, proponha a análise e faça uma lista de elementos que compõem e organizam um livro. Promova a criação coletiva de um título para o livro, depois distribua as tarefas:
- criar uma capa;
- organizar uma folha com o nome dos autores;
- produzir o sumário com os títulos dos blocos e compor uma folha de abertura para cada grupo de textos;
- grampear ou encadernar as folhas.
Conhecer mais palavras
Habilidade da BNCC nesta seção
EF35LP05.
Componentes da PNA nesta seção
Desenvolvimento de vocabulário
Conhecimento alfabético
A proposta apresenta aos estudantes uma palavra que consolida a abordagem da unidade: multiculturalismo. Sinônimo de pluralismo cultural, refere-se à coexistência de muitas culturas em um mesmo espaço, que pode ser uma cidade, um estado, uma região ou um país.
Sugira à turma a análise dos pratos típicos de três países diferentes. A ideia é que, ao reconhecer o prato, os estudantes percebam o multiculturalismo nos elementos do dia a dia, colaborando com o desenvolvimento de aspectos relevantes do vocabulário.
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Conhecer mais palavras
■ Você já sabe que muitos dos hábitos, dos costumes e da cultura dos brasileiros têm origem em diferentes culturas, além da indígena.
Mais do que o convívio e da mistura entre os diferentes povos que imigraram para cá ao longo de nossa história, as diferentes culturas foram se adaptando e muitas delas são preservadas até hoje. A convivência e mistura de costumes podem ser chamadas de multiculturalismo.
As três fotos a seguir são de pratos típicos da Bolívia, China e Alemanha.
1 Você já conhece ou já comeu algum desses pratos típicos?
Resposta pessoal.
2 Observando cada um dos pratos, quais elementos reconhece?
Sugestões: arroz, ovo e banana (pode ser que confundam com linguiça); macarrão, molho e cebolinha; massa assada com recheio (pizza).
3 Algum desses pratos pode ser confundido com pratos muito comuns entre os brasileiros? Com quais?
Sim. Com virado à paulista, macarrão instantâneo e pizza.
Para entender melhor o multiculturalismo, vamos falar de pizza? Ela surgiu na cidade de Nápoles, na Itália, há mais de 300 anos. Atualmente, existem milhares de tipos de pizza no mundo inteiro, o que torna esse um dos alimentos mais multiculturais, embora haja sabores típicos de cada lugar.
4 Qual é o sabor de pizza típico de onde você mora?
Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
Para realizar uma avaliação processual e formativa dos estudantes, nesta unidade foram sugeridas várias propostas de acompanhamento. Entre elas, destacam-se:
- as tabelas de avaliação, para revisar, analisar e reelaborar as produções oral e escrita e verificar as atividades de fluência realizadas nesta unidade;
- a seção "Conhecer mais palavras", para desenvolver gradativamente o repertório estudado na unidade;
- a confecção do "Dicionário da turma", para selecionar, organizar e consolidar o vocabulário aprendido na unidade;
- a seção "Para fazer em casa", para retomar os assuntos estudados na unidade.
Os estudantes puderam trabalhar as habilidades da BNCC e os Componentes da PNA, conforme indicados em tabelas da página MP009 à MP015 e da página MP017 deste Manual do Professor.
Conclusão da unidade
UNIDADE 7
Diferentes povos, diferentes costumes
Principais propostas realizadas na unidade
Os estudantes tiveram a oportunidade de:
- refletir sobre o tema "multiculturalismo" (considerando a diversidade cultural presente em nosso cotidiano);
- conhecer e compreender diversos gêneros textuais, como texto expositivo, receita e narrativa mítica;
- fazer leituras e desenvolver vários processos de compreensão de textos, de localização de informações explícitas à análise de elementos textuais;
- desenvolver a precisão e a velocidade ao exercitar a fluência em leitura oral;
- ampliar o repertório com o desenvolvimento de vocabulário, trabalhando o contexto em que palavras ou expressões estão inseridas em frases ou textos;
- realizar atividades que contribuem para a consolidação progressiva da ortografia e o conhecimento alfabético;
- rever, aprender e/ou ampliar os usos de conhecimentos linguísticos e gramaticais (como substantivos e adjetivos e uso de o e e, em vez de u e i, em final de sílaba);
- realizar a produção de escrita com a revisão da ortografia;
- acompanhar, passo a passo, as etapas (como planejamento, produção, avaliação, revisão, reelaboração) das produções.
- elaborar produção oral (reconto de história) e produção escrita (registro de história escutada), socializando com o professor e os colegas;
- fazer leituras com familiares ou responsáveis que morem com os estudantes para desenvolver a Literacia Familiar.