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UNIDADE 9 No mundo da fantasia
Você gosta de ler histórias que aguçam a imaginação, como contos de fadas e aventuras que se passam em lugares fantásticos? Nesta unidade você vai se divertir e aprender bastante com narrativas desse tipo. Para começar, observe a imagem acima. Trata-se de uma cena de um balé inspirado na história da princesa Mulan, uma garota chinesa que, desafiando valores e costumes muito antigos, torna-se uma das maiores guerreiras da China imperial. Você consegue imaginar por que, ao se tornar uma guerreira, Mulan enfrentou tantas dificuldades?
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução da unidade
UNIDADE 9
No mundo da fantasia
Objetivos da unidade
- Desenvolver habilidade de compreender globalmente textos orais, escritos e não verbais.
- Desenvolver a precisão e a velocidade no reconhecimento de palavras.
- Desenvolver a habilidade de ler com prosódia, respeitando o valor expressivo dos sinais de pontuação, a expressão, o fraseamento, a entonação e o ritmo.
- Desenvolver vocabulário receptivo e expressivo.
- Inferir significado de palavras com base no contexto em que elas aparecem.
- Compreender os elementos estruturais do gênero conto de fadas.
- Compreender o papel das descrições em um texto narrativo.
- Desenvolver processos de compreensão textual: localizar informações explícitas; fazer inferências; interpretar e relacionar ideias e informações; analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais.
- Identificar e diferenciar verbos e substantivos em textos compreendendo suas funções e a relação entre eles na construção de sentido.
- Compreender e utilizar as substituições pronominais como recurso de referenciação.
- Perceber a diferença entre releitura, cópia e adaptação de textos verbais e não verbais.
- Produzir releitura de personagem.
- Planejar e produzir conto.
- Identificar e fazer uso de conhecimentos linguísticos e gramaticais.
- Desenvolver o hábito de reler as produções escritas para revisá-las.
- Organizar exposição.
- Realizar contação de história.
- Compor antologia de contos.
Esta unidade aborda contos de fadas e suas representações de mundo, que unem o imaginário com o real. Essas narrativas são um "lugar" seguro para elaborações simbólicas que respeitam o desenvolvimento intelectual e psicológico em que cada leitor/ouvinte se encontra.
Todas as habilidades da BNCC contempladas nesta unidade encontram-se nas páginas MP009-MP015 deste Manual do Professor.
As indicações a seguir referem-se aos Componentes da PNA contemplados nesta unidade:
Conhecimento alfabético
Compreensão de textos
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
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- Você assistiu ao filme ou ao desenho sobre Mulan? Se sim, o que achou dele?
- Quais características você considera que uma princesa precisa ter para receber esse título?
- Você acha que Mulan possui essas características? Converse com a turma.
- Você costuma ler histórias sobre princesas? Qual é a sua favorita?
Respostas pessoais.
Desafio
Neste desafio vamos aprender um pouco mais sobre as qualidades e as características de uma princesa ou príncipe. Depois, você mesmo criará sua princesa ou príncipe!
1 A seguir, você encontrará uma lista de adjetivos que podem caracterizar príncipes e princesas. Algumas faixas estão vazias. Preencha-as com adjetivos que não foram listados, mas que você consideraria importantes de serem citados.
Respostas pessoais.
2 Agora, você criará sua própria princesa ou príncipe. Para isso, escolherá ao menos cinco adjetivos entre os citados na atividade 1 para caracterizar sua personagem.
Respostas pessoais.
- No caderno, faça um desenho que represente a personagem, listando também os adjetivos escolhidos.
- Lembre-se de pensar na cor da pele, na textura de cabelo, no tipo de corpo etc.
- Dê um nome para a princesa ou príncipe que você criou.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade preparatória
Estimule os estudantes a citar histórias que conhecem e que envolvem elementos imaginários, que não existem no mundo real. Peça que falem o nome das histórias e os elementos de fantasia que elas apresentam.
Conte à turma que a história da princesa Mulan teve origem em um poema da tradição popular chinesa. Foram encontradas evidências físicas de que mulheres heroínas, como Mulan, lutaram onde é hoje a Mongólia. Para saber mais, consulte: https://oeds.link/tFkfuy. Acesso em: 20 jul. 2021.
Abertura
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11.
Componentes da PNA nesta seção
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
No boxe de questões orais da abertura, se considerar necessário, auxilie os estudantes a refletir sobre as características das princesas "tradicionais" e as de princesas como Mulan e Moana. Proponha-lhes uma lista oral, que será utilizada na sequência de atividades. Outra questão a ser discutida com o grupo é a apresentação do corpo das princesas, que, em sua maioria, não corresponde à realidade.
Em "Desafio", retome a função dos adjetivos e questione os estudantes sobre quais características são consideradas importantes para um príncipe ou uma princesa. Traga à discussão questões que envolvam características humanas, mas que muitas vezes são ligadas ao gênero, como ser forte, corajoso, destemido (no caso dos homens) ou bela e delicada (no caso das mulheres). Questione-os: Existem características mais importantes para príncipes, por serem meninos, e outras mais importantes para princesas, por serem meninas? Conduza a reflexão fazendo perguntas que os auxiliem a perceber que, apesar de alguns contos priorizarem a especificidade de características para príncipes e princesas, tais características não são vinculadas aos gêneros feminino ou masculino. Destaque atitudes valentes e corajosas tomadas por princesas, como, por exemplo, a fuga de Branca de Neve para a floresta desconhecida.
Comente com a turma como o conceito de o que é ser uma princesa vem mudando. Atualmente, temos personagens corajosas e empoderadas, que lutam por seus ideais sem, necessariamente, que um príncipe as ajude ou salve de algum perigo. Você também pode mostrar aos estudantes a cena do filme "WiFi Ralph: quebrando a internet" (2018), em que a personagem Vanellope conhece todas as princesas Disney e debate com elas as características necessárias para se tornar uma.
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Para ler
Antes de ler
Você vai ler um conto de fadas.
- Faça uma lista coletiva dos contos de fada que você e seus colegas conhecem e observem os títulos. Que informações esses títulos costumam trazer? É esperado que os estudantes percebam que na maioria dos contos de fadas as personagens principais são citadas no título.
- Leia o título do conto. Por que você acha que um grão de ervilha pode ser tão importante numa história? Resposta pessoal.
Durante a leitura
- Fique atento à leitura de seu professor e observe como ele lê a palavra "verdadeira" que está em destaque.
- Procure pistas sobre a época em que se passa a história.
A princesa e o grão de ervilha
Era uma vez um príncipe que estava à procura de uma princesa, mas ele queria que fosse uma verdadeira princesa. Então, resolveu dar a volta ao mundo, na esperança de encontrar a sua prometida. Naquele tempo, havia muito mais princesas do que hoje, mas quando se investigava se eram verdadeiras as princesas, sempre existia certa dificuldade em prová-lo; e, em muitos casos, descobria-se algum detalhe que estragava tudo. Enfim, o príncipe retornou ao palácio muito triste, pois gostaria muito de casar-se com uma verdadeira princesa.
Certa noite, o tempo estava horrível. Havia relâmpagos, trovões e chovia a cântaros. Era realmente assustador! Então, alguém bateu à porta da cidade e o velho rei foi abri-la.
Quem batia era uma princesa. Mas, meu Deus! Como a chuva e o vento a tinham castigado! A água lhe jorrava pelos cabelos e pelo vestido, entrava pela biqueira dos sapatos e caía pelo calcanhar. Mas ela assegurou que era uma verdadeira princesa.
MANUAL DO PROFESSOR
Para ler
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP02, EF15LP03, EF15LP09, EF15LP15, EF15LP16, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP21, EF35LP26.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Fluência em leitura oral
Boxe inicial de "Para ler"
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Fluência em leitura oral
Em "Antes de ler", solicite aos estudantes que citem nomes de contos de fadas que conhecem. Registre na lousa uma lista dos títulos e analise com a turma as informações presentes neles, verificando em quais dos títulos há pistas sobre o que acontece nas narrativas.
Leia o título "A princesa e o grão de ervilha" e pergunte aos estudantes se é possível fazer previsões a respeito da história. Registre na lousa as hipóteses que serão levantadas.
Em "Durante a leitura", apresente-se como leitor modelo. Procure, por meio da entonação, dar destaque ao uso da palavra verdadeira para que os estudantes percebam a importância dela no contexto e no desfecho da narrativa.
Oriente a turma a procurar pistas para depois inferir a época em que se passa a história.
Veja como Nelly Novaes Coelho (2002) explica o fascínio causado pelos contos de fada:
O conto de fadas é de natureza espiritual/ética/existencial. Originou-se entre os celtas, com heróis e heroínas, cujas aventuras estavam ligadas ao sobrenatural, ao mistério do além-vida e visavam a realização interior do ser humano. Daí a presença da fada, cujo nome vem do termo latino "fatum", que significa destino.
Limitado pela materialidade de seu corpo e do mundo em que vive, é natural que o homem tenha desejado sempre uma ajuda mágica. Entre ele e a possível realização de seus sonhos, aspirações, fantasia, imaginação [...] sempre existiram mediadores (fadas, talismãs, varinhas mágicas...) e opositores (gigantes, bruxas ou bruxos, feiticeiros, seres maléficos...).
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2002. p. 173.
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"É o que logo saberemos", pensou a velha rainha, mas nada disse. Entrou no quarto de hóspedes, tirou toda a roupa de cama e pôs um grão de ervilha numa das tábuas do estrado; em seguida, pegou vinte colchões e os pôs em cima do grão, e empilhou mais vinte cobertores de plumas sobre os colchões.
Era ali que a princesa deveria dormir.
Na manhã seguinte, perguntaram-lhe como passara a noite.
-- Passei uma noite péssima -- replicou a moça. -- Mal consegui pregar os olhos. Sabe Deus o que havia na cama. Era uma coisa dura. Estou com o corpo cheio de hematomas e todo dolorido. Foi horrível!
Então, todos compreenderam que ela era uma verdadeira princesa, pois fora capaz de sentir o grão de ervilha através de vinte colchões e vinte cobertores de plumas. Só uma verdadeira princesa poderia ter a pele tão sensível.
E, assim, o príncipe a desposou, porque agora ele sabia que tinha encontrado uma verdadeira princesa. Quanto ao grão de ervilha, ele foi depositado na sala de curiosidades, onde pode ser visto até hoje, se é que ninguém o pegou.
Esta sim é uma verdadeira história!
Hans Christian Andersen. Contos e histórias. Tradução de Renata Cordeiro. São Paulo: Landy, 2004.
Para estudar o texto Praticar a fluência
1 Depois de acompanhar a leitura do professor, converse com a turma sobre as palavras cujo significado você desconhece e anote em seu caderno.
2 Em dupla, leiam em voz alta as frases abaixo, com ritmo e entonação adequados à pontuação.
Era realmente assustador!
Era realmente assustador.
Era realmente assustador?
3 Agora, combine com seu parceiro de dupla uma leitura em voz alta em que cada um lê um trecho do conto de fadas.
Não se esqueçam de ler com clareza, pronunciando bem as palavras.
MANUAL DO PROFESSOR
Depois da leitura do texto, retome as hipóteses levantadas anteriormente para confirmá-las ou refutá-las. Verifique se os estudantes identificaram a expressão idiomática "Era uma vez..." como indicadora de tempo indeterminado, que possui um sentido cultural por ser tradicionalmente dita/lida no início de contos de fadas. Expressão idiomática é o nome dado a um conjunto de palavras que não produzem sentido se forem "traduzidas" individualmente com base em seu significado literal.
Terminada a leitura do texto, pergunte aos estudantes se algum deles gostaria de recontar oralmente a história para toda a turma. Essa é uma forma de verificar se os estudantes compreenderam a sequência da história.
■ Para estudar o texto
Praticar a fluência
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP09, EF15LP16, EF35LP05, EF35LP26.
Componentes da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Fluência em leitura oral
Atividade 1
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Após a leitura, converse com os estudantes sobre as palavras desconhecidas, auxiliando-os a inferir significado com base no contexto e/ou com apoio do "Glossário".
Atividade 2
Fluência em leitura oral
Ao propor a atividade, verifique se os estudantes fazem corretamente a relação entre pontuação e entonação. Simule diferentes contextos para as frases apresentadas e pronuncie-as com entonações diferentes, de acordo com a pontuação.
Atividade 3
Fluência em leitura oral
Mantenha as duplas e proponha-lhes que marquem os parágrafos do texto e distribuam a leitura de forma que os leiam alternadamente. Oriente-os a ler de maneira clara, articulando bem as palavras para que possam ser compreendidos.
Consideração sobre dificuldade
Fluência em leitura oral
Se houver estudantes que precisem de apoio para realizar a leitura com clareza, entonação e velocidade adequadas a cada trecho, apresente-se como leitor modelo.
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Compreender o texto
4 Por que o príncipe estava triste?
Porque não conseguia encontrar uma verdadeira princesa.
5 No texto, por que a palavra verdadeira foi escrita de forma diferente?
Para reforçar a ideia de que o príncipe procurava uma princesa de verdade.
6 O que a rainha fez para se certificar de que a moça era mesmo uma verdadeira princesa?
Colocou um grão de ervilha debaixo de vinte colchões e vinte cobertores de plumas na cama em que a moça dormiria.
7 Qual foi o resultado do teste feito pela rainha? Explique.
Nos contos de fadas, é comum que as personagens sejam reis, rainhas, príncipes e princesas e que as histórias apresentem acontecimentos mágicos ou improváveis de acontecer na vida real.
7. O teste comprovou que a moça era uma princesa, pois somente uma princesa poderia sentir um grão de ervilha embaixo de tantos colchões e cobertores de plumas.
Ampliar o vocabulário
8 Releia o trecho a seguir.
"Certa noite, o tempo estava horrível. Havia relâmpagos, trovões e chovia a cântaros."
- Com base no contexto da história e na imagem abaixo, explique o significado da expressão em destaque.
Chovia muito, como se fosse encher vários desses vasos chamados cântaros.
Para ler em casa
Leia o conto de fadas A princesa e o grão de ervilha para uma pessoa que mora com você, na hora em que ela for dormir. No dia seguinte, pergunte se ela dormiu melhor e peça que agora leia para você. Experimente com outras histórias. Se não funcionar para embalar seu sono, certamente funcionará para vocês terem bons momentos!
MANUAL DO PROFESSOR
Compreender o texto
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP03, EF15LP09, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP26.
Componente da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Atividade 4
Compreensão de textos
Questione os estudantes sobre a importância dessa informação e perceba se reconhecem que a tristeza do príncipe explica o enredo da narrativa e desencadeia os fatos.
Atividades 5 e 6
Compreensão de textos
A sequência de atividades estabelece uma reflexão sobre a escolha da palavra verdadeira, empregada no texto. Uma possibilidade de interpretação é que, para o príncipe, não bastava ser uma princesa por ser filha de rei e rainha, era preciso ter determinadas características.
Atividade complementar
Compreensão de textos
Releia a última frase do conto e questione os estudantes: Se a frase fosse "Esta, sim, é uma história verdadeira!", teria o mesmo sentido? Por quê?
- Em história verdadeira (substantivo + adjetivo), o adjetivo possui valor objetivo, como em "noite escura" e "dia triste".
- Em verdadeira história (adjetivo + substantivo), a ênfase é dada ao qualificativo, que assume valor subjetivo, como em "escura noite" e "triste dia".
Ampliar o vocabulário
Habilidade da BNCC nesta subseção
EF35LP05.
Componentes da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Atividade 8
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Auxilie os estudantes a compreender o significado da palavra cântaros com base na imagem do vaso e no trecho apresentados.
Para ler em casa
O boxe trabalha a Literacia Familiar. Reis, rainhas, príncipes e princesas só existem em contos de fadas? Verifique a possibilidade de propor aos estudantes que pesquisem sobre países com governos monárquicos na atualidade.
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Estudo da língua Verbos e substantivos na frase
1 Releia o segundo parágrafo do conto A princesa e o grão de ervilha para responder às questões a seguir.
"Certa noite, o tempo estava horrível. Havia relâmpagos, trovões e chovia a cântaros. Era realmente assustador! Então, alguém bateu à porta da cidade e o velho rei foi abri-la."
a) De acordo com o conto lido, quem bateu à porta da cidade?
A princesa.
b) Qual foi a ação do rei diante desse acontecimento?
O rei abriu a porta.
c) Qual das palavras destacadas no trecho se refere a um fenômeno da natureza? Copie-a.
Chovia.
d) Complete as lacunas a seguir com palavras do trecho em destaque. O tempo estava horrível.
O tempo era assustador.
e) As palavras em destaque no texto indicam o tempo:
presente.
X passado.
futuro.
As palavras que indicam ações dos seres, estado e fenômenos da natureza são os verbos. Eles indicam o que acontece e o tempo (passado, presente, futuro) em que acontece. Exemplos: comer, fazia, andarei, nevando, sou etc.
2 Sublinhe os verbos no trecho a seguir. batia, era, tinham, castigado, jorrava, entrava, caía, assegurou, era
"Quem batia era uma princesa. Mas, meu Deus! Como a chuva e o vento a tinham castigado! A água lhe jorrava pelos cabelos e pelo vestido, entrava pela biqueira dos sapatos e caía pelo calcanhar. Mas ela assegurou que era uma verdadeira princesa."
MANUAL DO PROFESSOR
Estudo da língua
■ Verbos e substantivos na frase
Habilidades da BNCC nesta seção
EF03LP08, EF35LP05.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Conhecimento alfabético
Desenvolvimento de vocabulário
Nesta seção, são estudados o verbo e o substantivo e algumas de suas funções na oração. Neste momento, a proposta é apresentar a noção de que as palavras formam termos na oração. Esses termos desempenham funções e estabelecem relações entre si.
O verbo é abordado em sua classificação morfossintática, ou seja, enquanto palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza e o tempo em que ocorre uma sequência de ações em um texto. Trabalhe com os estudantes, portanto, dentro do contexto, pois assim eles poderão perceber a função dessa classe de palavra no encadeamento textual.
Para o trabalho com o substantivo, é preciso ficar evidente que ele não só nomeia elementos, mas que tem diferentes funções na oração, com destaque para as de agente da ação verbal e de objeto que complementa o sentido do verbo no contexto.
Para que os estudantes percebam como os termos trabalham em conjunto para a legitimidade do texto, mostre a eles que, sem alguns desses elementos, o texto não se completa, assim como, com a troca de elementos, o contexto se modifica.
Atividade 2
Com base no trecho do texto, a atividade propõe aos estudantes que identifiquem os verbos de ação e de estado. Ao verificar os verbos sublinhados por eles, questione-os sobre o que esses verbos indicam: ação ou estado? Para isso, elabore perguntas: Quem batia? O que ela era? O que jorrava pelos cabelos da moça?
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3 Numere as frases a seguir de acordo com a sequência dos fatos narrados no conto A princesa e o grão de ervilha.
- 3 O rei abriu a porta.
- 5 A princesa sentiu o grão de ervilha.
- 1 O príncipe procurou uma verdadeira princesa.
- 6 O príncipe desposou a princesa.
- 2 A princesa chegou.
- 4 A rainha testou a princesa.
a) Circule todos os verbos nas frases anteriores. abriu, sentiu, procurou, desposou, chegou, testou
Toda frase que possui verbo é chamada de oração. Os verbos podem indicar uma ação na oração.
b) Copie os substantivos das frases anteriores.
1. príncipe, princesa; 2. princesa; 3. rei, porta; 4. rainha, princesa;
5. princesa, grão, ervilha; 6. príncipe, princesa.
c) Quais substantivos representam quem faz a ação verbal?
1. príncipe; 2. princesa; 3. rei; 4. rainha; 5. princesa; 6. príncipe.
O substantivo pode ter funções diferentes na oração:
- Agente da ação: quem faz a ação expressa pelo verbo.
- Objeto da ação: completa o sentido da ação expressa pelo verbo.
Exemplo:
Nessa oração, o rei pratica a ação de abrir. Já a palavra porta complementa a ação indicada pelo verbo abriu.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Comente com os estudantes a sequência de fatos que recontam a história lida de forma bastante resumida. Pergunte a eles: Se uma pessoa não conhece a história, ela é capaz de compreendê-la a partir das ações descritas nesta atividade?
Destaque os substantivos e os verbos e a função de cada um nas orações apresentadas.
Atividade complementar
Conhecimento alfabético
Realizada a atividade 3, inicie uma conversa, chamando a atenção da turma para a estrutura do verbo. De maneira informal e sem entrar em classificações metalinguísticas, vocês podem explorar variações do mesmo verbo, como abriu/abriram/abri/abrem/abrirei, para chegarem à conclusão sobre o que se mantém e o que se modifica.
Explorem que sentidos diferentes essas modificações acrescentam ao verbo. Quem está fazendo a ação em cada caso? Em que tempo?
Pergunte também aos estudantes o que encontrarão no dicionário, se forem procurar esse verbo. Será que encontrarão abriremos no dicionário?
Você pode propor essa exploração gramatical introdutória utilizando todos os verbos trabalhados na atividade 3.
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4 Leia o texto a seguir sobre o livro A princesa que escolhia, escrito por Ana Maria Machado.
A princesa que escolhia conta a história de uma princesa muito bem comportada, que vivia em um lindo castelo. Certo dia, ao dizer "não" para seu pai, o rei, ela sofre as consequências por conta de sua insolência. Ele, que sempre se considerou um grande mandachuva, fica inconformado com a atitude da filha e resolve deixá-la de castigo na torre do palácio por discordar de sua opinião. No entanto, o que parecia uma punição se revela um episódio de muita sorte para a pequena princesa. Lá, ela descobre que o mundo era muito maior do que imaginava. Encontra a biblioteca de um antigo mago e mergulha em histórias de encantos, cavaleiros e dragões, tesouros e perigos. Aprende a navegar pela internet e faz amigos entre os empregados do castelo. [...]
Apresentação. Disponível em: https://oeds.link/gCHgW7. Acesso em: 18 jul. 2021.
a) Releia o título do livro. Que palavra presente no título indica uma ação da princesa?
escolhia
b) Com base no texto, marque o que significa a palavra insolência.
Comportamento obediente, que aceita todas as ordens.
X Comportamento atrevido, que desafia o poder.
5 Leia a oração a seguir. Depois, escreva nas linhas do esquema se as palavras sublinhadas são substantivos ou verbos.
Com base na oração anterior, complete as frases a seguir.
- O verbo presente nessa oração é encontrou .
- O agente da ação expressa pelo verbo é princesa , pois ela é quem encontrou a biblioteca.
- O objeto da ação expressa pelo verbo é biblioteca , pois ela é que foi encontrada.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 4
Compreensão de textos Desenvolvimento de vocabulário
A atividade propõe a leitura de um novo texto, que apresenta uma perspectiva diferente de princesa trazida em uma obra de Ana Maria Machado. Depois da leitura, comente com os estudantes a postura da princesa citada e desafie-os a elencar adjetivos que a caracterizem, como: comportada, crítica, decidida, insolente, teimosa, sortuda, observadora, otimista, sonhadora, aprendiz, amiga, entre outros. Se possível, providencie essa obra literária para ler com a turma.
No item b, proponha uma conversa com a turma. Muitas pessoas acreditam que dizer não quando alguém pede algo é uma atitude que revela má educação. Discuta com os estudantes sobre formas de dizer não e manifestar opinião contrária sem ser rude ou desagradável. Explore o ato de dizer não também como uma forma de se proteger de situações incômodas, diferenciando-o do não dito de forma desnecessária, criando uma situação desagradável sem motivos que a justifiquem.
Atividade preparatória
Antes de propor a atividade 5, retome o texto sobre o livro "A princesa que escolhia", apresentado na atividade 4. Desafie os estudantes a encontrar nele ações da princesa e do rei, transcrevendo-as para uma tabela registrada na lousa.
- Ações da princesa: escolher, viver, dizer, sofrer, descobrir, imaginar, encontrar, mergulhar, aprender, navegar, fazer.
- Ações do rei: considerar, ficar, resolver, deixar, discordar.
Convide a turma a complementar as frases de forma que as ações das personagens façam sentido, com base no texto. Exemplos: dizer - "A princesa disse..."; sofrer - "A princesa sofreu...".
Essa atividade auxiliará os estudantes a perceber a relação entre o agente da ação e o verbo. Se considerar oportuno, explore com eles também o objeto da ação verbal. Dizer: "A princesa disse não ao pai" (agente da ação: a princesa; objetos: não; ao pai); sofrer: "A princesa sofreu as consequências" (agente da ação: a princesa; objeto: as consequências).
Depois, peça aos estudantes que realizem a atividade 5 individualmente, verificando se compreendem e reconhecem o verbo, o agente e o objeto da ação. Oriente-os a elaborar coletivamente as definições de verbo, agente da ação e objeto da ação e registre-as no Quadro de descobertas.
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Oficina de criação Personagens maravilhosas
Leitura
■ Observe a imagem.
Princesa Rapunzel
Vamos explorar a imagem
1 Depois de observar atentamente a fotografia, complete a legenda com o nome da princesa representada.
É provável que os estudantes respondam que a conhecem de filmes e livros.
2 De onde você conhece essa princesa?
3 A princesa dessa foto é parecida com a que você conhece?
Quais são as semelhanças? E as diferenças? Resposta pessoal. Como semelhanças, é possível que os estudantes citem a roupa e os cabelos longos. Como diferença, podem citar que a personagem da fotografia é negra, enquanto a dos filmes e livros costuma ser loira.
4 Na sua opinião, por que o fotógrafo retratou a princesa dessa maneira?
Resposta pessoal.
Fazer uma releitura significa criar uma nova interpretação para algo, por exemplo, uma pintura, um desenho ou uma personagem.
A fotografia que você observou é uma releitura da personagem Rapunzel. Há semelhanças e diferenças entre ela e a Rapunzel que costumamos ver nos filmes e livros: a princesa continua com cabelos longos, mas na fotografia foi representada negra. Portanto, releitura não é uma cópia. É uma forma de transformar algo que já foi criado em algo novo, usando a criatividade.
MANUAL DO PROFESSOR
Oficina de criação - Personagens maravilhosas
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP02, EF35LP25, EF35LP29, EF35LP30.
Vamos explorar a imagem
A fotografia traz uma representação pouco convencional da personagem Rapunzel, que, normalmente, é retratada como uma princesa ruiva ou, algumas vezes, loira. Ao mesmo tempo, a imagem preserva características essenciais que compõem a personagem: cabelos longos e fortes, tranças, roupas peculiares.
Explique à turma que se trata de uma releitura, processo no qual o autor da releitura tem a oportunidade de conhecer obras artísticas e culturais (verbais e visuais) em profundidade e, ao mesmo tempo, usar sua criatividade para recriá-las, por meio da interpretação, da observação e da ressignificação, levando em conta seu conhecimento de mundo e sua percepção sobre a obra original.
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Vamos fazer uma releitura
5 Decida como será sua releitura.
- Pense em uma personagem de conto de fadas ou de outras histórias que se passam em lugares fantásticos.
- Depois de escolher a personagem, pense nas principais características dela.
- Aponte quais características dessa personagem podem continuar na sua releitura.
- Agora, pense no que você gostaria de mudar nessa personagem.
6 Crie sua releitura.
- Você pode usar diversos materiais para fazer a sua releitura. O importante é usar a criatividade!
-
Faça um rascunho em uma folha à parte e verifique:
- Há semelhanças entre a personagem original e a personagem que recriou? E diferenças?
- Faça as mudanças que desejar em seu rascunho.
- Crie uma legenda para a sua releitura.
- Coloque o seu nome no trabalho.
Apresentação e avaliação
7 Organizem uma exposição das releituras.
- Escolham um título e um local bem visível para a exposição.
- Na data marcada, fique disponível para apresentar seu trabalho para os visitantes: fale seu nome, o título da sua releitura, como ela foi feita, por que você escolheu essa personagem e por que ela foi retratada dessa forma.
- Circule pela exposição para conhecer as releituras que seus colegas criaram e ouça com atenção o que eles têm a dizer.
8 Avaliem o trabalho.
Respostas pessoais.
- Você usou sua criatividade para produzir a releitura?
- É possível reconhecer a personagem original na sua criação?
- Você gostou do resultado da exposição?
- Você ficou satisfeito(a) com sua apresentação na exposição?
MANUAL DO PROFESSOR
Vamos fazer uma releitura
Atividade 5
A releitura de uma obra, seja ela um quadro, um texto, uma música, uma peça de teatro, um filme etc., é criada no diálogo entre a obra original e sua mensagem e a perspectiva de quem a relê. Nesse processo, não há compromisso com o sentido original da obra, por isso não se trata de uma cópia, mas de uma transformação, que objetiva mostrar novo ponto de vista, concretizando uma nova experiência. Para isso, o autor da releitura dispõe de conhecimentos, estratégias, percepção sensível e criação intelectual.
Reforce com os estudantes que fazer releitura de uma obra não é o mesmo que a copiar. A releitura é uma atividade artística, enquanto copiar uma obra ou parte dela e apresentá-la como sua é uma prática ilegal chamada plágio.
Depois que os estudantes compreenderem os aspectos essenciais de uma releitura, auxilie-os a escolher as personagens e oriente-os a criar uma lista de suas principais características e a sinalizar quais delas serão mantidas ou modificadas. Destaque a importância de manter certas características da personagem para que ela possa ser reconhecida. Para ajudar os estudantes, proponha perguntas como: O que vocês desejam mudar na personagem? O que querem que permaneça? Como podem representar tudo isso em uma imagem?
Apresentação e avaliação
Atividades 7 e 8
Valorizar as releituras é uma maneira de assegurar aos estudantes que é possível criar processos de produção com base em suas experiências e percepções e que não há certo ou errado, bonito ou feio, pois o processo criativo é ilimitado, pessoal e singular. Por isso o valor está no processo, no esforço e na dedicação de cada um, e não apenas no produto final.
Ao organizar a exposição, verifique a possibilidade de convidar a comunidade escolar para a apreciação, orientando os estudantes a explicar aos visitantes o processo de releitura das personagens.
A atividade 8 é um recurso que pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem. É importante dialogar, apoiar e orientar cada estudante no que for preciso para incentivar um melhor desempenho dentro e fora da sala de aula.
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Para ler mais
Antes de ler
Você vai ler uma parte de uma história muito conhecida no mundo inteiro.
- Você já ouviu falar da Terra do Nunca?
- O que você sabe sobre a história de Peter Pan?
Respostas pessoais.
Durante a leitura
- Descubra como é a Terra do Nunca.
- Preste muita atenção na leitura que será feita por seu professor e sublinhe as palavras que você considera difíceis de ler e pronunciar.
A Terra do Nunca
[...] Eu não sei se alguma vez você já viu o mapa da cabeça de uma pessoa por dentro. Às vezes os médicos desenham mapas de outras partes suas e seu próprio mapa pode ser muito interessante. Mas eles nunca se metem a desenhar a mente de uma criança. Não só porque é muito confusa, mas porque ela fica girando sem parar. É cheia de linhas em zigue-zague, parecidas com os gráficos de temperatura. Provavelmente essas linhas são estradas da ilha. Ah, sim, porque a Terra do Nunca é, sempre, mais ou menos uma ilha, com manchas surpreendentes de cores aqui e ali, com recifes de coral e embarcações cheias de mastros se fazendo ao largo, com selvagens e covis solitários, com gnomos que quase sempre são alfaiates, com cavernas por onde correm rios, com príncipes que têm seis irmãos mais velhos, e uma cabana que está caindo aos pedaços, e uma velha muito velha de nariz torto.
MANUAL DO PROFESSOR
Para ler mais
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP21, EF35LP29.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Fluência em leitura oral
Produção de escrita
Boxe inicial de "Para ler mais"
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
A escola é um espaço privilegiado, por facilitar o acesso à cultura letrada. Por isso, a criação de estratégias para incentivar os estudantes a se interessar pela leitura faz parte do trabalho docente. Nelly Novaes Coelho esclarece que:
[...] a escola é, hoje, o espaço privilegiado, em que deverão ser lançadas as bases para a formação do indivíduo. E, nesse espaço, privilegiamos os estudos literários, pois, de maneira mais abrangente do que quaisquer outros, eles estimulam o exercício da mente; a percepção do real em suas múltiplas signifcações; a consciência do eu em relação ao outro; a leitura do mundo em seus vários níveis e, principalmente, dinamizam o estudo e conhecimento da língua, da expressão verbal significativa e consciente - condição sine qua non para a plena realidade do ser.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2002. p. 16.
Antes da realização da leitura, proponha aos estudantes que imaginem um lugar especial onde gostariam de estar e que fosse somente deles. Um lugar onde fosse possível ser e fazer tudo o que quisessem. Do tamanho e das cores que desejassem. Peça a eles que, de forma organizada, descrevam oralmente esse lugar.
É provável que a turma faça uso, além de adjetivos, de certas expressões para descrever o lugar imaginário, como "tem animais perigosos". Aceite todas as respostas da turma.
Em "Antes de ler", acione os conhecimentos dos estudantes sobre a Terra do Nunca e a história de Peter Pan.
Procure levantar alguns elementos dessa narrativa: Quem é o herói da história? Quem são as personagens mais próximas do herói? Quem é o vilão? Quais são os elementos fantásticos que aparecem nesse conto? (magia, fada, condição de Peter Pan como menino que não cresce, lugar cheio de encantamentos - Terra do Nunca).
253
É claro também que as Terras do Nunca são muito variadas. A de João, por exemplo, tinha uma lagoa cheia de flamingos, que levantavam voo por cima dela quando João ia caçar. Mas a de Miguel, que era muito pequeno, tinha um flamingo cheio de lagoas que levantavam voo por cima dele. João morava em um barco virado de ponta-cabeça na areia. Miguel morava numa tenda de índios. Wendy, numa casinha feita de folhas muito bem costuradinhas umas nas outras. João não tinha amigos, Miguel tinha amigos de noite, Wendy tinha um lobinho de estimação que tinha sido abandonado pelos pais.
Mas, de um modo geral, as Terras do Nunca têm um certo ar de família. Se elas ficassem enfileiradas uma do lado da outra, a gente poderia dizer que uma tem o nariz da outra, os mesmos olhos, e assim por diante. Nessas praias mágicas, as crianças quando brincam estão para sempre banhando suas conchas de coral e madrepérola. Nós também estivemos lá um dia. Ainda conseguimos ouvir o marulho das ondas. Porém nunca mais desembarcaremos em suas areias.
De todas as ilhas deliciosas, a Terra do Nunca é a mais acolhedora e a mais compacta. Não é nem um pouco grande nem espalhada, sabe?, não tem distâncias chatas entre uma aventura e outra. Nela tudo é lindamente atulhado. [...]
J. M. Barrie. Peter Pan. Tradução de Ana Maria Machado. São Paulo: Moderna, 2006. (Fragmento).
- Covis:
- tocas de animais ferozes.
- Flamingos:
- aves de pernas e pescoço longos e de plumagem rosada.
- Marulho:
- ruído produzido pelo mar de encontro à costa.
- Atulhado:
- amontoado; cheio; entupido.
Que curioso!
A Terra do Nunca é onde vive Peter Pan, o menino que não queria crescer, além de Sininho e dos Meninos Perdidos. Tanto o lugar como as personagens foram criados pelo escocês James Matthew Barrie (1860-1937).
Apesar de terem sido criados há mais de cem anos, as personagens e seu universo são famosos até hoje. A história foi contada pela primeira vez como peça de teatro, depois virou livro e tem diversas adaptações para o cinema e a TV. Você se lembra de alguma delas?
MANUAL DO PROFESSOR
Questione a turma sobre seus conhecimentos a respeito da Terra do Nunca e registre algumas referências para fazer a comparação depois da realização da leitura.
Em "Durante a leitura", oriente os estudantes a identificar e sublinhar as palavras consideradas difíceis de ler e pronunciar. Em seguida, leve-os a refletir sobre o que faz uma palavra ser difícil de pronunciar. Depois, sem lhes dar a resposta, inicie sua leitura. Ao final, converse com eles sobre cada palavra sublinhada. É esperado que façam referência a palavras desconhecidas, a palavras com relação grafofonêmica incomum e a palavras que combinem sílabas de diferentes estruturas (V, CCV, CVC, CCVC e CVV).
O texto selecionado foi transcrito do conto de Peter Pan. Nele, o autor descreve a Terra do Nunca como um lugar imaginário e fantástico, e fala das variações desse mesmo lugar, das possíveis "Terras do Nunca", que dependem das fantasias que habitam a cabeça de todas as crianças.
Após a leitura do texto em voz alta, retome as hipóteses levantadas pelos estudantes. Pergunte-lhes se o lugar que imaginaram é parecido com as Terras do Nunca de Wendy, João e Miguel, descritas pelo autor.
254
Para estudar o texto Praticar a fluência
1 Depois de acompanhar a leitura feita pelo professor, verifique se compreendeu todas as palavras do texto.
2 Verifique a lista de palavras abaixo e pinte as que você destacou por considerar difíceis de pronunciar.
Resposta pessoal.
provavelmente | pro-va-vel-men-te | enfileiradas | en-fi-lei-ra-das |
surpreendentes | sur-pre-en-den-tes | madrepérola | ma-dre-pé-ro-la |
embarcações | em-bar-ca-ções | marulho | ma-ru-lho |
selvagens | sel-va-gens | desembarcaremos | de-sem-bar-ca-re-mos |
alfaiates | al-fai-a-tes | acolhedora | a-co-lhe-do-ra |
flamingos | fla-min-gos | compacta | com-pac-ta |
costuradinhas | cos-tu-ra-di-nhas | atulhado | a-tu-lha-do |
- Leia duas vezes cada coluna tentando aumentar a velocidade da leitura, separe as sílabas das palavras e circule as sílabas em que você deve ter mais atenção, aquelas que "atrapalham" sua velocidade de leitura. Treine a leitura até ler com rapidez e sem tropeços.
Compreender o texto
3 Releia este trecho.
"É claro também que as Terras do Nunca são muito variadas."
- Por que o autor usou o plural em "as Terras do Nunca"? Porque cada criança pode imaginar a Terra do Nunca de modo diferente.
- Em sua opinião, a Terra do Nunca existe de verdade? Resposta pessoal. Os estudantes podem concluir que, se é um lugar que pode ser diferente para cada criança, ele só existe na imaginação.
MANUAL DO PROFESSOR
■ Para estudar o texto
Praticar a fluência
Habilidade da BNCC nesta subseção
EF35LP05.
Componente da PNA nesta subseção
Fluência em leitura oral
Atividade 1
Desenvolvimento de vocabulário
Caso seja necessário, converse com os estudantes sobre o significado das palavras que eles não compreenderam. Estimule-os a inferir significado a partir do contexto em que elas aparecem. Retome as palavras sublinhadas pelos estudantes, liste-as em um cartaz e deixe-as disponíveis para a prática de leitura em voz alta.
Atividade 2
Fluência em leitura oral
A lista apresentada nesta atividade traz palavras que podem ter sido indicadas pelos estudantes como difíceis de pronunciar. Nesta atividade, eles poderão estudar detalhadamente cada palavra e as sílabas em que têm mais dificuldades. Assim, poderão melhorar sua fluência.
255
4 Como é a Terra do Nunca para João?
A Terra do Nunca de João tinha uma lagoa cheia de flamingos, que levantavam voo por cima dela quando ele ia caçar.
a) E para Miguel, como é a Terra do Nunca?
A Terra do Nunca de Miguel tinha um flamingo cheio de lagoas que levantavam voo por cima dele.
b) Na sua opinião, por que a Terra do Nunca de Miguel é o inverso da Terra do Nunca de João? Resposta pessoal. Respostas possíveis: porque Miguel ainda era muito pequeno, mas sua capacidade de fantasiar era maior. / Porque Miguel, por ser muito pequeno, "copiou" a ilha de João, mas quis dar um toque diferente a ela.
c) Como seria a sua Terra do Nunca?
Resposta pessoal.
Em textos narrativos pode haver trechos descritivos. As descrições auxiliam o leitor a imaginar detalhes do que está sendo narrado e a leitura fica mais interessante.
5 Ligue as personagens à casa e aos amigos.
MANUAL DO PROFESSOR
Compreender o texto
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP21, EF35LP29.
Componente da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Atividade 4
Compreensão de textos
Produção de escrita
Lembre aos estudantes que, durante a realização da atividade, devem retomar o texto em busca das respostas ou das pistas que as orientam, colocando em prática a habilidade de inferir ou generalizar. Um leitor proficiente lança mão de estratégias para melhor compreensão do texto, entre elas a retomada da leitura.
Pergunte-lhes por que a Terra do Nunca é diferente para cada uma das personagens. Espera-se que entendam que cada pessoa pode imaginar esse lugar à sua maneira, já que é uma terra imaginária e, no mundo da fantasia, é permitido construir qualquer cenário. No item c, os estudantes são orientados a elaborar um texto em que descrevem sua Terra do Nunca.
256
Ampliar o vocabulário
6 No texto, os médicos afirmam que a mente de uma criança "fica girando sem parar".
-
Qual é o significado da expressão em destaque?
- As crianças não param quietas, ficam girando o tempo todo.
- As crianças são todas malucas.
- X As crianças são muito criativas e imaginativas.
7 Releia outro trecho sobre como é a mente das crianças:
"É cheia de linhas em zigue-zague, parecidas com os gráficos de temperatura."
- Qual destas imagens representaria um gráfico de temperatura?
x
8 Forme uma frase sobre a Terra do Nunca utilizando as palavras do texto: provavelmente e enfileiradas.
Resposta pessoal.
Para ler em casa
Retome a lista de palavras que você utilizou na atividade 2 e proponha uma brincadeira com as pessoas que moram com você. Copie todas as palavras numa única coluna e peça a uma pessoa que leia o mais rápido que ela conseguir. Se ela "tropeçar" em alguma palavra, outra pessoa (ou você) deverá continuar a leitura. Depois, compartilhe a estratégia de destacar a sílaba mais difícil para chamar a atenção na hora da leitura. Se quiser, marque o tempo de leitura num relógio para ver quem lê mais rápido e com mais clareza.
MANUAL DO PROFESSOR
Ampliar o vocabulário
Habilidade da BNCC nesta subseção
EF35LP05.
Componentes da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Atividades 6 e 7
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Converse com os estudantes sobre a atividade criativa comum na cabeça das crianças, que faz com que a mente fique "girando sem parar". Retome a leitura das frases que antecedem os trechos destacados nas atividades 6 e 7: "Às vezes os médicos desenham mapas de outras partes suas e seu próprio mapa pode ser muito interessante. Mas eles nunca se metem a desenhar a mente de uma criança. Não só porque é muito confusa, mas porque ela fica girando sem parar. É cheia de linhas em zigue-zague, parecidas com os gráficos de temperatura".
Destaque a característica "confusa" e questione os estudantes: Por que os médicos consideram a mente da criança confusa? Com as respostas elaboradas pelos estudantes, dê continuidade aos questionamentos, oportunizando que a reflexão se estenda para a condição de liberdade e imaginação que normalmente não é comum entre adultos, por serem mais lógicos e práticos, dando mais atenção a fatos e informações do que à própria imaginação.
Procure observar se a turma relaciona essa característica "confusa" da mente infantil à proximidade que as crianças costumam ter com o "mundo da imaginação" por meio das personagens fantásticas das histórias infantis, das brincadeiras de inventar etc. Giros e zigue-zagues, que, na verdade, representam a imaginação, podem ser vistos como confusão para quem não se deixa levar pela fantasia.
Atividade complementar
Desenvolvimento de vocabulário
Peça aos estudantes que leiam em voz alta o último parágrafo do texto "A Terra do Nunca".
Escreva a palavra atulhado na lousa. Pergunte a eles como um lugar pode ser "lindamente atulhado". A junção das duas palavras pode provocar estranhamento. Ao ser modificado pelo advérbio lindamente, há uma mudança em sua conotação, conduzindo o leitor a pensar que a Terra do Nunca é abarrotada de aventuras emocionantes.
Para ajudá-los a compreender a expressão, você pode utilizar outro advérbio junto ao adjetivo: desagradavelmente atulhado, por exemplo. Nesse momento, não é necessário usar as nomenclaturas gramaticais. Porém, é possível explorar recursos linguísticos que conferem mais expressividade e enriquecem os sentidos do texto.
257
Estudo da língua Pronomes
1 Releia o penúltimo parágrafo do texto A Terra do Nunca.
"Mas, de um modo geral, as Terras do Nunca têm um certo ar de família. Se elas ficassem enfileiradas uma do lado da outra, a gente poderia dizer que uma tem o nariz da outra, os mesmos olhos, e assim por diante. Nessas praias mágicas, as crianças quando brincam estão para sempre banhando suas conchas de coral e madrepérola. Nós também estivemos lá um dia. Ainda conseguimos ouvir o marulho das ondas. Porém nunca mais desembarcaremos em suas areias."
a) Qual dos quadros abaixo apresenta as palavras que poderiam substituir a palavra escrita em vermelho no trecho? Pinte-o.
as famílias
X as Terras do Nunca
as crianças
b) As palavras escritas em laranja estão substituindo outras palavras que já apareceram no parágrafo. Pinte o quadro em que elas estão escritas.
as famílias
X as Terras do Nunca
as crianças
c) O uso da palavra suas dá sentido de posse. A quem pertencem as areias citadas no final do parágrafo?
Às crianças.
Às ondas.
X Às praias mágicas.
d) A quem se refere a palavra escrita em verde? Ao narrador e aos leitores adultos.
e) Por que essas pessoas nunca mais desembarcarão nesse lugar?
Porque nunca mais voltarão a ser crianças.
MANUAL DO PROFESSOR
Estudo da língua
■ Pronomes
Habilidades da BNCC nesta seção
EF35LP06, EF35LP08, EF35LP14.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Produção de escrita
Nesta seção, são trabalhados pronomes, que são recursos linguísticos articuladores do texto. Eles colaboram para a clareza da mensagem e conferem coesão textual. Alguns pronomes se referem a termos que lhes antecedem. Neste momento do ensino, essa ocorrência será explorada sem a preocupação em nomear/classificar o pronome, mas apenas no sentido de reconhecê-lo como recurso para a escrita.
Atividade 1
Compreensão de textos
Para que os estudantes compreendam a necessidade das substituições de palavras para a clareza e a coesão textual, realize a leitura substituindo as palavras do texto pelas referências identificadas nos itens e verifique se eles percebem que a repetição de palavras torna o texto mais confuso e difícil de ser lido, principalmente em voz alta.
Nos itens d e e, leia o enunciado e destaque as seguintes expressões do trecho: "Nós também estivemos lá um dia. Ainda conseguimos ouvir o marulho das ondas. Porém, nunca mais desembarcaremos em suas areias".
Pergunte aos estudantes a quem o autor se refere quando usa a palavra nós. O autor utiliza o pronome nós para se referir aos adultos (eu/autor e vocês/os leitores adultos). Esclareça aos estudantes que o conto "Peter Pan" foi originalmente escrito como parte de um romance para adultos. Como a história encantou as crianças, tornou-se um clássico da literatura infantil.
258
2 Agora, releia o começo do texto A Terra do Nunca.
"Eu não sei se alguma vez você já viu o mapa da cabeça de uma pessoa por dentro. Às vezes os médicos desenham mapas de outras partes suas e seu próprio mapa pode ser muito interessante. Mas eles nunca se metem a desenhar a mente de uma criança. Não só porque é muito confusa, mas porque ela fica girando sem parar. É cheia de linhas em zigue-zague, parecidas com os gráficos de temperatura. Provavelmente essas linhas são estradas da ilha."
a) Relacione as palavras destacadas nesse trecho ao que elas se referem.
b) Agora, com a ajuda do professor e dos colegas, reescreva esse trecho no caderno substituindo as palavras em verde pelas palavras e expressões às quais se referem.
- As alterações melhoraram ou pioraram o texto? Por quê?
Espera-se que os estudantes percebam que pioraram, pois tornaram o texto repetitivo.
Os pronomes são palavras que, nos textos, podem ser usadas para substituir ou fazer referência a outras palavras ou expressões.
Os pronomes podem ser pessoais (ele, nós, elas etc.), possessivos (seu, suas, deles etc.) ou demonstrativos (esse, nestas, aqueles etc.), entre outros.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2
Compreensão de textos
Sugestão de resposta para o item b: "Eu não sei se alguma vez você já viu o mapa da cabeça de uma pessoa por dentro. Às vezes, os médicos desenham mapas de outras partes de vocês e o próprio mapa de vocês pode ser muito interessante. Mas os médicos nunca se metem a desenhar a mente de uma criança. Não só porque é muito confusa, mas porque a mente de uma criança fica girando sem parar. É cheia de linhas em zigue-zague, parecidas com os gráficos de temperatura. Provavelmente as linhas em zigue-zague, parecidas com os gráficos de temperatura, são estradas da ilha."
Leia as duas versões para a turma. Os estudantes devem perceber qual versão é mais fluida.
259
3 Leia este trecho de um verbete de enciclopédia sobre uma criatura fantástica do folclore brasileiro.
Curupira
Curupira é um personagem do folclore de alguns países, em especial o Brasil, que possui os pés virados para trás. É um anão peludo e de orelhas grandes. Em algumas versões da lenda é careca, enquanto em outras possui cabelos vermelhos cor de fogo.
Também é chamado de guardião da floresta, pois vive nas matas protegendo as plantas e os animais dos lenhadores e dos caçadores. Eles costumam colocar oferendas na floresta para distrair o Curupira. Como tem os pés virados para trás, a criatura confunde quem a persegue.
[...]
Dentro de um mesmo país, o Curupira possui várias versões. Dependendo da região em que sua lenda é contada, é visto como criatura má ou boa. Há quem diga, por exemplo, que o Curupira sequestra crianças e encanta adultos.
[...]
Britannica Escola. Curupira. Disponível em: https://oeds.link/ZOr2lK. Acesso em: 18 jul. 2021.
a) Você já conhecia a personagem Curupira? Se sim, o que sabe sobre ela?
Resposta pessoal.
b) Observe o pronome escrito em verde no texto. A quem ele se refere?
Aos lenhadores e caçadores.
c) No texto, a expressão escrita na cor azul substitui as palavras:
o caçador.
X o Curupira.
a floresta.
d) O pronome escrito na cor vermelha foi usado para não repetir a palavra:
X Curupira.
lenda.
criatura.
e) A expressão escrita na cor roxa pode ser substituída por qual pronome?
Ele.
4 Pense em outra criatura que você conhece e que não existe no mundo real. No caderno, escreva um pequeno texto sobre ela.
Importante! Use pronomes para substituir palavras ou expressões para que seu texto não fique repetitivo.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3
Compreensão de textos
Inicie o trabalho de exploração do verbete enciclopédico solicitando aos estudantes que façam uma leitura silenciosa, seguida de uma exploração oral. Pergunte se compreenderam o verbete e, para iniciar a abordagem, retome o que já foi estudado sobre adjetivos e peça que a turma levante palavras que caracterizam a personagem: peludo, careca, (criatura) má, (criatura) boa.
No item b, reforce a função do pronome, propondo aos estudantes que identifiquem no trecho as palavras que o pronome eles substitui. Em seguida, peça que realizem a leitura oral do trecho substituindo o pronome pelas palavras identificadas: "Também é chamado de guardião da floresta, pois vive nas matas protegendo as plantas e os animais dos lenhadores e dos caçadores. Os lenhadores e os caçadores costumam colocar oferendas na floresta para distrair o Curupira.". Pergunte se, com essa substituição, a leitura ficou mais fluida e agradável. Espera-se que os estudantes percebam que não.
Atividade 4
Produção de escrita
Encoraje os estudantes a elaborar o texto sobre uma criatura fantástica do mundo da imaginação que conhecem de filmes ou livros, por exemplo. Caso apresentem dificuldade, estimule-os com base em suas histórias ou personagens preferidas ou sugira que escrevam sobre personagens de lendas folclóricas. Durante a escrita, oriente os estudantes no que for necessário e observe se fazem uso adequado de pronomes para substituir palavras e expressões.
260
Produção escrita Conto
Já imaginou quanta coisa divertida pode acontecer na Terra do Nunca? Você vai fazer a descrição desse lugar e usá-la em um conto.
Planejamento
1 Descreva a sua Terra do Nunca.
- Imagine uma paisagem para ser a Terra do Nunca sobre a qual você vai escrever. Pode ser um lugar inventado ou algum lugar que você ache adequado.
- No caderno, faça uma lista com todos os elementos que você pode ver na paisagem escolhida ou na que você imaginou.
- Ao lado de cada elemento de sua lista, escreva pelo menos um adjetivo que o caracterize. Pode ser uma qualidade, um defeito, um aspecto de sua aparência, uma cor etc.
2 Escreva um parágrafo com a descrição desse lugar.
-
Explique que você está falando da Terra do Nunca. Você pode começar com frases como as seguintes:
- Era uma vez, na Terra do Nunca, um lugar...
- Há muito tempo, na Terra do Nunca, o dia estava...
- Cite os elementos que fazem parte da paisagem.
- Evite a repetição de termos no texto.
- Utilize verbos de estado, como ser e estar.
- Utilize pronomes para estabelecer relações entre as palavras.
- Fique atento aos sinais de pontuação e à ortografia.
MANUAL DO PROFESSOR
Produção escrita
■ Conto
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP05, EF15LP06, EF35LP07, EF35LP08, EF35LP09, EF35LP25.
Componentes da PNA nesta seção
Produção de escrita
Compreensão de textos
Planejamento
Atividade 1
Produção de escrita
Nesta primeira atividade, os estudantes devem registrar no caderno elementos que imaginam haver em sua Terra do Nunca e, ao lado dos elementos, adjetivos que os caracterizem. Essas informações ajudarão os estudantes a compor os contos.
Atividade 2
Produção de escrita
Oriente os estudantes a retomar as anotações feitas no caderno na atividade 1 para compor o parágrafo com a descrição da Terra do Nunca.
261
3 Releia sua descrição e avalie.
- Você utilizou pronomes para evitar que seu texto ficasse repetitivo?
- Os sinais de pontuação e a ortografia estão adequados?
4 Passe seu texto a limpo fazendo as alterações necessárias.
5 Guarde sua descrição da Terra do Nunca.
- Essa descrição pode ser o primeiro parágrafo de seu conto.
6 Escolha as personagens que vão participar de seu conto. Elas podem ser:
- uma ou mais personagens que foram descritas no texto A Terra do Nunca;
- outras personagens que você inventar;
- você mesmo.
7 Reflita sobre as personagens.
- Quais são as características físicas dessas personagens?
- Como é a personalidade das personagens?
- Organize uma lista com adjetivos que descrevam e caracterizem cada uma das personagens.
8 Imagine o que vai acontecer com essas personagens na Terra do Nunca.
- Elas já estarão juntas ou vão se encontrar lá?
- O que estarão fazendo?
- O que vai acontecer com elas?
- Que problema elas enfrentarão?
- Como esse problema vai ser resolvido?
Escrita
9 No caderno, continue a escrita do conto.
- Parta da descrição da Terra do Nunca que você escreveu.
- Apresente as personagens, incluindo o que você escreveu sobre suas características físicas e personalidade.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3
Produção de escrita
A escrita autoral, proposta em etapas, pretende deixar claro para os estudantes alguns dos procedimentos e dos elementos estruturais da narrativa. Depois de eles elaborarem um parágrafo descrevendo o lugar, peça para que façam a releitura e a revisão do texto. Para isso, estabeleça critérios a serem observados com base no que está posto nos itens a e b desta atividade.
Atividade 4
Produção de escrita
É importante que os estudantes percebam que passar o texto a limpo, isto é, a reescrita, faz parte do processo de produção textual e não está vinculado apenas à correção de erros, mas também à aprimoração do texto em busca de clareza, no sentido de atingir a intencionalidade comunicativa que se pretende.
Atividades 6 a 8
Estimule os estudantes a pensarem nas personagens que participarão da narrativa, na forma como cada uma entrará na história e na situação de conflito a ser solucionada.
262
10 Narre os acontecimentos que você imaginou.
Lembre-se: Apresente o problema que as personagens enfrentarão e a solução para esse problema.
11 Dê um título para o conto que você escreveu.
12 Ilustre seu conto.
- Faça um rascunho. Depois, você finalizará a ilustração.
Avaliação e reescrita
13 Troque de caderno com um colega. Leia o conto escrito por ele, pense nos critérios abaixo e faça sugestões de melhorias no texto.
Respostas pessoais.
Revisão do texto | Sim | Não |
---|---|---|
A descrição do lugar foi feita com detalhes? | ||
Foram apresentadas as características das personagens? | ||
As personagens enfrentaram e resolveram um problema? | ||
O texto está claro e sem repetições? | ||
Os sinais de pontuação foram utilizados adequadamente? |
- Mostre o texto ao professor.
14 Reescreva seu conto em uma folha avulsa.
- Leve em consideração as observações de seu colega e as correções do professor para fazer as alterações necessárias.
15 Passe a limpo sua ilustração e finalize-a pintando ou fazendo colagens.
Socialização
16 Seu conto fará parte de uma contação de histórias e da antologia de histórias da turma.
MANUAL DO PROFESSOR
Escrita
Atividades 9 e 10
Produção de escrita
Oriente a turma a realizar a escrita da primeira versão, com atenção para não repetir palavras (usando corretamente os pronomes) e atentando à ortografia, à pontuação e à paragrafação.
Avalie a possibilidade de propor aos estudantes uma metodologia de escrita a partir de uma linha narrativa. Oriente-os a anotar as ideias, organizando-as como uma lista. Explique que eles já possuem um tema, um espaço descrito no primeiro parágrafo e já pensaram nas personagens que aparecerão na narrativa. Direcione a abordagem de forma que respondam às seguintes questões:
- Onde e como as personagens se encontrarão? (enredo)
- O que vai acontecer? (enredo)
- Que desafio, dificuldade ou obstáculo terão que superar? (conflito)
- Quem vai ter a ideia para solucionar o problema?
- Quem vai ser fundamental para resolver o desafio?
- O que pode acontecer se isso não for possível?
- Como o desafio será resolvido? (clímax)
- Como o final integrará as personagens?
Atividade 12
Explique aos estudantes que, ao planejar uma ilustração, o primeiro passo é escolher a cena que querem ilustrar e imaginar qual mensagem querem transmitir com o desenho. As perguntas a serem consideradas nesse momento são: Do que se trata a ilustração? Por que ilustrar "isto" e não "aquilo"? É possível realizar uma pesquisa para observar ilustrações que possam servir de inspiração. Oriente-os a fazer o rascunho usando lápis e um papel do mesmo tamanho do espaço reservado para a ilustração final, assim é possível decidir onde desenhar cada elemento e as proporções que terão. O esboço deve ser feito com liberdade, deixando a imaginação fluir. O planejamento pode ser ajustado durante o processo de criação. Oriente que, depois, com o esboço aprovado, será o momento de usar um lápis bem leve para a ilustração final e, em seguida, colori-la.
Avaliação e reescrita
Atividade 13
Compreensão de textos
É importante que os estudantes compreendam que avaliar o trabalho do colega significa disponibilizar os conhecimentos pessoais para contribuir com o texto que está sendo elaborado por ele. Explique que os critérios apresentados nesta atividade são elementos a ser observados ao avaliar o texto do colega e que a contribuição deve ser feita por meio de um diálogo em que ambos aprendam. A tabela de avaliação é um recurso que pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem.
263
Produção oral Contação de histórias
Agora é hora de participar de uma roda de leitura com contação de histórias!
Planejamento
1 Escolha o livro.
- Você deverá escolher um livro na biblioteca da escola, no cantinho de leitura da sala, ou algum que esteja disponível na internet para leitura.
2 Prepare-se para falar sobre o livro escolhido para os colegas.
- Leia a história atentamente.
- Você pode escolher algum trecho do livro que considere interessante para ler no momento da sua fala na roda de leitura.
3 Reúna-se com um familiar ou responsável.
- Explique a ele que você vai contar-lhe uma história que leu em um livro para treinar o resumo antes de apresentá-la aos colegas da turma.
Lembre-se: O importante na roda de leitura é compartilhar a experiência da leitura. Portanto, não fique preocupado se esquecer de algo, pois a sua opinião será o mais importante.
Apresentação
4 Arrumem o espaço.
- No dia da roda de leitura, posicionem as cadeiras em círculo ou sentem-se em um tapete no chão da sala.
MANUAL DO PROFESSOR
Produção oral
■ Contação de histórias
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP09, EF15LP10, EF15LP12, EF15LP19, EF35LP02, EF35LP09.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Fluência em leitura
Nesta seção, o processo é tão importante quanto o momento da roda de leitura em si. Há três momentos a serem considerados: o da interação dos estudantes com o ambiente em que os livros são disponibilizados (biblioteca da escola, sala de leitura, canto de leitura da sala etc.); o momento da leitura dos estudantes; e o compartilhamento da experiência de leitura com os colegas.
Avalie a possibilidade de combinar uma ida conjunta à biblioteca pública do bairro ou da cidade para que todos os estudantes possam fazer o empréstimo de livros.
Planejamento
Atividade 1
Os estudantes devem ter ciência de que vão escolher um livro de acordo com suas impressões, do qual eles podem gostar ou não, e que o importante é que realizem a leitura e elaborem a crítica, isto é, tenham como base de suas opiniões pessoais argumentos reais, que possam ser comprovados com trechos ou imagens do próprio livro.
Atividade 2
Compreensão de textos
Oriente os estudantes a realizar uma leitura atenta da obra escolhida. O objetivo é apreciar o livro e elaborar uma opinião, que pode ser positiva ou negativa, em relação a ele. Ao terminar a leitura, peça que anotem os acontecimentos de que mais gostaram e/ou os de que não gostaram. Isso feito, oriente-os a retomar o livro para anotar as páginas e os trechos em que esses acontecimentos podem ser localizados. Exemplo: página 10, segundo parágrafo.
Atividade 3
Oriente os estudantes a elaborar uma frase sobre cada acontecimento importante da história. Peça que tenham suas anotações por perto, caso precisem de auxílio no momento de treinar a apresentação.
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5 Fale sobre os tópicos a seguir com os colegas.
- Motivo da escolha do livro.
- Nome do autor e como são os elementos da capa do livro lido.
- Breve resumo da história lida para os colegas.
- Opinião sobre a história que leu: se gostou ou não, se era divertida, assustadora, entediante etc.
6 Preste atenção às falas dos colegas.
7 Troque de livro com um colega.
Importante! Use tom de voz apropriado, em bom volume, e não fale nem muito rápido nem muito devagar, de modo que os colegas entendam sua fala.
Avaliação
8 Conversem sobre as seguintes questões:
- O que acharam da roda de leitura? Respostas pessoais.
- Você utilizou alguma estratégia para melhorar a sua leitura? Qual?
- Deu vontade de ler outros livros e fazer novas rodas de leitura?
9 Preencha o quadro a seguir.
Respostas pessoais.
Avaliação da contação de histórias | Sim | Não |
---|---|---|
Você considera que fez uma boa escolha em relação ao livro? | ||
Você manifestou sua opinião com o volume e a velocidade da voz adequados e com clareza? | ||
Escutou atentamente a apresentação dos colegas? |
MANUAL DO PROFESSOR
Leia o trecho a seguir, apresentado na Política Nacional de Alfabetização (2019):
O êxito das crianças na aprendizagem da leitura e da escrita está fortemente vinculado ao ambiente familiar e às práticas e experiências relacionadas à linguagem, à leitura e à escrita que elas vivenciam com seus pais, familiares ou cuidadores, mesmo antes do ingresso no ensino formal. Esse conjunto de práticas e experiências recebe o nome de literacia familiar (WASIK, 2004; SÉNÉCHAL, 2008).
Uma das práticas que têm maior impacto no futuro escolar da criança é a leitura partilhada de histórias, ou leitura em voz alta feita pelo adulto para a criança; essa prática amplia o vocabulário, desenvolve a compreensão da linguagem oral, introduz padrões morfossintáticos, desperta a imaginação, incute o gosto pela leitura e estreita o vínculo familiar (CARPENTIERI et al., 2011).
[...] Outras práticas de literacia familiar facilmente incorporáveis ao cotidiano da família são a conversa com a criança, a narração de histórias, o manuseio de lápis e giz para as primeiras tentativas de escrita, o contato com livros ilustrados, a modelagem da linguagem oral, o desenvolvimento do vocabulário receptivo e expressivo em situações cotidianas e nas brincadeiras, os jogos com letras e palavras, além de muitas outras que se podem fazer em casa ou fora dela, na comunidade e em bibliotecas. (PNA, 2019, p. 23.)
Apresentação
Atividades 5 e 6
Oriente os estudantes sobre a participação de cada um durante a apresentação, explicando que devem ouvir com atenção e respeito a fala dos colegas e aguardar sua vez de falar. Pondere sobre o fato de que nem todas as pessoas gostam das mesmas coisas, e de que o motivo que leva uma pessoa a não gostar de algo pode ser o mesmo que leva outra pessoa a gostar muito. Por essa razão, é importante respeitar a diversidade de opiniões e buscar conhecer diferentes gêneros e textos.
Avaliação
Atividade 9
Proponha aos estudantes que preencham a tabela de avaliação. Esse recurso pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem. É importante dialogar, apoiar e orientar cada estudante no que for preciso para incentivar um melhor desempenho dentro e fora da sala de aula.
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Conhecer mais palavras
■ Você sabia que alguns filmes de contos de fadas são adaptações de outras histórias ou poemas? O filme Mulan é uma adaptação do poema chinês A balada de Mulan. Já outros filmes, como A bela adormecida e Rapunzel, foram adaptados de histórias assustadoras escritas pelos irmãos Grimm.
1 Leia as cantigas populares abaixo.
Atirei o pau no gato
Atirei o pau no gato tô
Mas o gato tô
Não morreu reu reu
Dona Chica ca
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau!
Não atire o pau no gato
Não atire o pau no gato tô
Porque isso sô
Não se faz faz faz
O gatinho nhô
É nosso amigo go
Não devemos maltratar os animais
Miau!
Da tradição popular.
- A cantiga Não atire o pau no gato é uma adaptação da cantiga Atirei o pau no gato. O que mudou de uma cantiga para a outra? Na primeira cantiga alguém atira um pau em um gato, fazendo com que o gato mie alto e assuste a Dona Chica; já na segunda cantiga, há um aviso para que as pessoas não maltratem os animais.
- Por que foi feita essa adaptação da cantiga? Porque atualmente se tem mais consciência de que não é correto maltratar os animais.
2 Em dupla, escolham uma história para recontar adaptando o texto para os dias atuais.
Respostas pessoais.
a) Pensem em questões como: E se isso acontecesse hoje? E se fosse na nossa cidade?
b) Registre abaixo as informações.
- Título original:
Título adaptado:
- O que há de diferente nas personagens da adaptação?
- O que muda na história adaptada?
MANUAL DO PROFESSOR
- "A princesa que escolhia", narrativa criada por Ana Maria Machado: Trata-se de uma história nova.
- A releitura da imagem da princesa Rapunzel: Pressupõe-se que a personagem "diferente" viva a mesma história. Se as características novas da personagem influenciarem o desfecho da história original, teremos uma adaptação da história.
- O conto escrito pelos estudantes com base na descrição da Terra do Nunca: Se os estudantes utilizaram as mesmas personagens do texto original, trata-se de uma adaptação. Se introduziram personagens de outras histórias ou criaram novas personagens, houve a criação de uma história.
Conhecer mais palavras
Habilidades da BNCC nesta seção
EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP31.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
Esta seção é um recurso que pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem.
Não é esperado que a palavra adaptação seja desconhecida dos estudantes. Ela foi escolhida para tornar clara a diferença entre conhecer um vocábulo e estudar seu significado de forma explícita. Nesse último caso, os estudantes desenvolvem condições para a realização de interações produtivas com textos e ainda para utilizar o vocábulo no dia a dia.
Retome alguns textos verbais e não verbais desta unidade e trabalhe as diferenças entre releitura, tradução e adaptação:
- Fotografia do espetáculo de balé inspirado na história da princesa Mulan: Nesse caso, há uma adaptação do texto para outra linguagem, a dança.
- "A princesa e o grão de ervilha", do conto de Hans Christian Andersen, traduzido por Renata Cordeiro; e "A Terra do Nunca", na tradução de Ana Maria Machado: A tradução não é uma adaptação. O tradutor faz uma interpretação do significado de um texto em uma língua e em uma cultura diferentes, produzindo um novo texto, sem modificar a cultura original. Por isso, às vezes, ele precisa explicar algumas coisas. Em muitas ocasiões, apresentar apenas o significado das palavras não constrói o sentido do texto.
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Projeto em equipe Antologia de contos
O que fazer
Para encerrar o ano de um modo muito especial, você e seus colegas vão compor uma antologia. Ela será lançada em um evento aberto a outras turmas da escola. Nesse evento, vocês também farão a contação de algumas das histórias presentes na antologia.
Antologia é uma coleção de textos reunidos em um mesmo livro.
Como fazer
1 Organizar a antologia.
Com os colegas, reúna os contos que vocês escreveram na seção "Produção escrita".
- Organizem os contos de acordo com a ordem alfabética do nome dos autores.
- Numerem todas as páginas.
- Organizem um sumário com o nome dos autores, o título do conto que cada um escreveu e o número da página em que esse conto se encontra.
- Escolham um título para a antologia.
A turma deve fazer também as capas da antologia.
- Na capa da frente, deve estar o título da antologia, a identificação da turma em que você estuda, o nome do professor e o ano em que os contos foram escritos.
- Na capa de trás (contracapa), pode ser feita uma ilustração.
- Para unir as capas e as folhas, é possível fazer furos na lateral esquerda e passar uma linha grossa ou barbante por eles.
MANUAL DO PROFESSOR
Projeto em equipe: Antologia de contos
Componentes da PNA nesta seção
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
Desenvolvimento de vocabulário
Explique aos estudantes que a antologia é uma coletânea de textos que possuem algumas características em comum, que podem ser: a época em que foram escritos, o tema, o gênero ou até a autoria, isto é, podem existir antologias de textos escritos por autores diferentes ou escritos pelo mesmo autor.
Comente também que antologias podem ser compostas de músicas, filmes, imagens, frases, entre outros.
Atividade preparatória
Distribua alguns livros para que os estudantes analisem alguns elementos: capa, informações da quarta capa, sumário, capítulos (se houver) e numeração de páginas.
Como fazer
Atividade 2 (p. 267)
Defina com a turma uma data para o lançamento da antologia e produzam diferentes materiais de divulgação: convites, cartazes, folhetos. Retome as características e os elementos estruturais dos gêneros textuais que serão envolvidos para que os estudantes produzam com clareza e segurança.
Atividade 3 (p. 267)
Tome como referência as orientações da página 263 do Livro do Estudante para estruturar as apresentações, levando em conta a participação de outras pessoas. Reforce a importância dos ensaios.
Avaliar o trabalho
Atividade 4 (p. 267)
Após completarem a tabela de avaliação, promova uma conversa sobre as respostas. Esse recurso pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem.
Atividade 5 (p. 267)
Produção de escrita
Nesta atividade, os estudantes poderão refletir sobre suas aprendizagens. Em "Gostei de...", eles tendem a indicar seus sucessos. É uma boa oportunidade para que compartilhem com o grupo suas estratégias. Em "Eu melhoraria...", ao citar o que fariam diferente, os estudantes apontam questões que aprenderam. Essa troca de experiências é extremamente rica.
Estimule-os a dizer se apreciaram a antologia produzida.
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2 Convidar para o lançamento da antologia.
A turma pode elaborar convites e cartazes para que outros estudantes e funcionários da escola venham participar do lançamento da antologia de contos.
Se for possível, podem também ser confeccionados convites individuais para serem entregues a outras pessoas da comunidade escolar conforme orientação do professor.
3 Preparar a contação.
No dia do evento, você e seus colegas farão a contação de alguns dos contos da antologia. Escolham dois contos com essa finalidade.
Com base na contação de histórias que vocês realizaram na seção "Produção oral", preparem a apresentação, desta vez contando com um maior número de estudantes da turma para colaborar.
Ensaiem bastante e, no dia do lançamento, façam a apresentação para os convidados.
Avaliar o trabalho
4 Avalie o projeto.
- Depois do lançamento da antologia, registre aqui sua avaliação.
Respostas pessoais.
Avaliação da participação no projeto | Sim | Não |
---|---|---|
Todos colaboraram para a organização da antologia? | ||
Você ficou satisfeito(a) com o resultado? | ||
O número de convidados que participaram do evento foi de acordo com o esperado? |
5 Escreva algo de que você gostou muito ao organizar e apresentar a antologia e algo que você melhoraria.
Respostas pessoais.
Gostei de
Eu melhoraria
MANUAL DO PROFESSOR
Para realizar uma avaliação processual e formativa dos estudantes, nesta unidade foram sugeridas várias propostas de acompanhamento. Entre elas, destacam-se:
- as tabelas de avaliação, para revisar, analisar e reelaborar as produções oral e escrita e verificar as atividades de fluência realizadas nesta unidade;
- a seção "Conhecer mais palavras", para desenvolver gradativamente o repertório estudado na unidade;
- a confecção do "Dicionário da turma", para selecionar, organizar e consolidar o vocabulário aprendido na unidade;
- a seção "Para fazer em casa", para retomar os assuntos estudados na unidade.
Os estudantes puderam trabalhar as habilidades da BNCC e os Componentes da PNA, conforme indicados em tabelas da página MP009 à MP015 e da página MP017 deste Manual do Professor.
Conclusão da unidade
UNIDADE 9
No mundo da fantasia
Principais propostas realizadas na unidade
Os estudantes tiveram oportunidade de:
- explorar o tema "mundo da fantasia" (conhecer contos de fadas, narrativas que unem o real e o imaginário e instigam a imaginação, a ampliação do vocabulário e o desenvolvimento intelectual e psicológico);
- conhecer e compreender diversos gêneros, como conto de fadas e antologia;
- fazer leituras e desenvolver vários processos de compreensão de textos, de localização de informações explícitas a análise de elementos textuais;
- desenvolver a precisão e a velocidade ao exercitar a fluência em leitura oral;
- ampliar o repertório com o desenvolvimento de vocabulário, trabalhando o contexto em que palavras ou expressões estão inseridas em frases ou textos;
- realizar atividades que contribuem para a consolidação progressiva da ortografia e o conhecimento alfabético;
- rever, aprender e/ou ampliar os usos de conhecimentos linguísticos e gramaticais (como a função dos verbos e substantivos na frase, e os pronomes anafóricos);
- realizar a produção de escrita com a revisão da ortografia;
- acompanhar, passo a passo, as etapas (como planejamento, escrita, revisão, reescrita) das produções;
- elaborar produção escrita (conto), produção oral (contação de história) e releitura de personagem, socializando com o professor e os colegas;
- compor antologia de contos produzidos pela turma e divulgá-la em evento;
- fazer leituras com familiares ou responsáveis que morem com eles para desenvolver a Literacia Familiar.