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UNIDADE 4 Medos
Existem muitos medos... de altura, escuro, assombração e de outras coisas. E você, tem medo de quê? Até as pessoas mais corajosas sentem medo de alguma coisa. Em alguns casos o medo pode nos ajudar a escapar de alguns perigos (por exemplo, ter medo de escorpião evita que nos aproximemos dele).
E será que dá parajuntar medo e alegria em um mesmo evento? Isso acontece quando os Caretas de Acupe colocam suas máscaras assustadoras para brincar o carnaval da Bahia.
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução da unidade
UNIDADE 4
Medos
Objetivos da unidade
- Conhecer e compreender diversos gêneros, como o conto de assombração e o poema narrativo.
- Ler com prosódia, respeitando o valor expressivo dos sinais de pontuação, expressão, fraseamento, entonação e ritmo.
- Desenvolver a precisão e a velocidade no reconhecimento de palavras.
- Desenvolver a aquisição de vocabulário receptivo e expressivo, exercitar a pronúncia adequada das palavras e saber em qual contexto utilizá-las.
- Desenvolver os seguintes processos de compreensão textual: localizar informações explícitas; fazer inferências diretas; interpretar e relacionar ideias e informações; analisar e avaliar conteúdos e elementos textuais.
- Ler e compreender texto expositivo.
- Realizar exposição oral sobre o tema medo.
- Produzir um conto de assombração.
- Realizar atividades que contribuam para a consolidação progressiva da ortografia.
- Identificar e utilizar alguns recursos linguísticos ao escrever um texto, revisando e reescrevendo.
- Compreender a função dos sinais de pontuação e quando usá-los, sobretudo a vírgula.
- Empregar os sinais de pontuação em discurso direto.
- Realizar leitura em casa de textos trabalhados na unidade contribuindo para a Literacia Familiar.
- Saber trabalhar em grupo com respeito e colaboração.
Nesta unidade, serão trabalhados vários gêneros textuais (poema narrativo, conto de assombração, exposição oral, entre outros), bem como as referências dos estudantes sobre o medo. Os estudantes também vão refletir sobre situações e personagens assustadores a fim de compreender que sentir medo é uma reação natural do ser humano.
Todas as habilidades da BNCC contempladas nesta unidade encontram-se nas páginas MP009 a MP015 deste Manual do Professor.
As indicações, a seguir, referem-se aos Componentes da PNA contemplados nesta unidade:
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Conhecimento alfabético
Produção de escrita
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Respostas pessoais.
- Quais medos podem ajudar você a não correr riscos desnecessários?
- O que você pode fazer para espantar um medo bem grande que o aterrorize?
- Você já viu alguma coisa estranha de que teve medo? Como foi e o que sentiu?
- O que você achou dos Caretas de Acupe: divertidos ou assustadores?
Comente com os estudantes que as caretas são produzidas artesanalmente com papel machê. Trata-se de uma manifestação cultural proveniente dos negros escravizados. Atualmente, o bloco desfila no carnaval, divertindo e dando sustos nos espectadores.
Desafio
Encontre no diagrama sete tipos de medo.
Explique aos estudantes que as figuras ao redor do diagrama são dicas dos tipos de medo que devem ser encontrados.
MANUAL DO PROFESSOR
Abertura
Habilidades da BNCC na abertura
EF15LP02, EF15LP09, EF15LP10.
Explore as imagens dos Caretas de Acupe da abertura. Explique que Acupe é um subdistrito de Santo Amaro da Purificação, que fica no Recôncavo Baiano. Se necessário, localize a região no mapa do Brasil com a turma.
Para saber mais sobre festas e brincadeiras dos Caretas de Acupe, você pode acessar o programa:
- Território do brincar. Disponível em:https://oeds.link/k3FevY. Acesso em: 25 abr. 2021.
Com base no boxe de questões orais da abertura, converse com os estudantes a respeito do medo e de como ele nos afeta, deixando-os comentar seus medos e as formas de lidar com eles. Reforce a ideia de que ter medo é uma reação natural do ser humano, sendo muitas vezes uma forma de proteção.
Peça a eles que falem a respeito das máscaras dos Caretas de Acupe e explique que o objetivo do desfile é divertir assustando as pessoas. Além das caretas horripilantes, as fantasias são compostas por saias rodadas feitas de folhas de bananeira amarradas à cintura e uma roupa bem estampada por cima de tudo.
Para ampliar o conhecimento dos estudantes a respeito dos Caretas de Acupe, conte a eles a origem dessa tradição.
[...] Segundo os moradores e pesquisadores [...] a origem dos desfiles foi uma festa no Engenho do Acupe, ainda na época da escravidão. Nessa festa, o senhor do engenho trouxe máscaras para distribuir para os convidados. Os escravos tiveram a ideia de criar as próprias máscaras para participar das próximas festas.
No ano seguinte, um escravo mascarado apareceu na festa alegrando e assustando muito os participantes. Foi um sucesso! A partir daí, os escravos puderam participar de todas as festas de máscaras. [...]
Disponível em: https://oeds.link/nm9yMy. Acesso em: 25 abr. 2021. (Fragmento).
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Para ler
Para estudar o vocabulário do texto O barco negro, faça uma lista coletiva das palavras que a turma ainda não conhece, discutindo o significado delas. No quadro de giz, anote as palavras e seu significado. Peça aos estudantes que copiem essa lista no caderno.
Antes de ler
O texto que você vai ler é um conto de assombração da Nicarágua.
- Você sabe onde fica esse país? Respostas pessoais.
- Conhece alguma história de assombração ou que provoca medo nas pessoas?
Durante a leitura
- Você já ouviu a palavra maldição? Sabe o que ela significa? Respostas pessoais.
- Faça uma leitura em silêncio do texto, sublinhando essa palavra e as que não conhece. Depois, verifique se alguma delas consta do boxe "Glossário".
- Se você fosse propor outro título, qual seria? Resposta pessoal.
O barco negro
Contam que há muito, mas muito tempo atrás, uma lancha estava cruzando de Granada a São Carlos e, quando contornava a Ilha Redonda, recebeu sinais de socorro feitos com um lençol. Então dirigiu-se para lá.
Ao desembarcarem, os tripulantes ouviram apenas lamentos de dor. As duas famílias que viviam na ilha, desde os velhos até as crianças, estavam morrendo envenenadas. Haviam comido uma rês que morrera da picada de uma cobra venenosa.
— Levem-nos para Granada, pelo amor de Deus! — suplicaram.
— E quem paga a viagem? — perguntou o capitão.
— Não temos nem um centavo — responderam os envenenados —, mas pagamos com lenha, com bananas.
MANUAL DO PROFESSOR
Para ler
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP02, EF15LP03, EF15LP15, EF15LP16, EF15LP18, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP06, EF35LP21, EF35LP26.
Componentes da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Atividade preparatória
Compreensão de textos
Antes da leitura do texto "O barco negro", pergunte aos estudantes o que eles entendem por conto de assombração. Assim você poderá avaliar o conhecimento que eles têm a respeito das características do gênero.
Aproveite o título do conto para fazer também um exercício coletivo de antecipação do texto. Peça a eles que descrevam como imaginam esse barco negro e qual é a relação dele com o enredo da história.
Depois de trabalhar as perguntas de antecipação do texto, peça a eles que levantem hipóteses sobre o título do conto, associando-o à ideia de assombração.
O trabalho de predição coletiva de leitura é muito importante, pois ativa previamente informações ou hipóteses que podem ser úteis nas atividades de compreensão textual.
Para saber mais sobre o trabalho de predição coletiva, sugerimos a leitura do texto:
- "Antecipação na leitura (predição)", de Carla Viana Coscarelli. Disponível em: https://oeds.link/m9aeN9. Acesso em: 26 abr. 2021.
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— E quem vai cortar a lenha? Quem vai colher as bananas? — indagaram os marinheiros. — Estou levando uma vara de porcos a Los Chiles e, se não ficar atento, os animais poderão morrer sufocados — lembrou o capitão.
— Mas nós somos gente — argumentaram os moribundos.
— Nós também — replicaram os barqueiros —, e ganhamos a vida com isso.
— Mas, meu Deus! — gritou então o mais velho morador da ilha. — Não veem que, se nos deixarem aqui, nos entregarão à morte?
— Lamento, mas temos compromissos — ponderou o capitão. E voltou ao barco com os marinheiros, sem sentir a menor pena daquela gente, nem mesmo vendo como os coitados se contorciam.
E lá ficaram eles. Mas uma velhinha levantou-se imediatamente do catre e, gritando o mais que pôde, lançou-lhes uma maldição:
— Feche-se o lago para eles, assim como nos fecharam o seu coração!
A lancha partiu, afastou-se pelas altas águas do lago a caminho de São Carlos e, desde então, se perdeu. Assim contam. Nunca mais avistaram terra. Não podem ver as montanhas nem as estrelas. Há anos, dizem, séculos que estão perdidos. O barco já está negro, as velas podres e o cordame arrebentado.
Muita gente do lago os tem visto. Topam nas altas águas com o barco negro, e os marinheiros, barbudos e esfarrapados, gritam:
— Onde fica São Jorge?
— Onde fica Granada?
... Mas o vento os leva e não conseguem avistar terra. Foram amaldiçoados.
Pablo Antonio Cuadra. Em: Contos de assombração. 14. ed. Trad.: Neide T. Maia González. São Paulo: Ática, 2000.
- Rês:
- qualquer animal de quatro patas utilizado na alimentação humana.
- Vara:
- coletivo de porcos.
- Moribundos:
- doentes agonizando, morrendo.
- Catre:
- espécie de cama precária e sem conforto.
- Cordame:
- em uma embarcação, conjunto de cabos e de cordas.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe inicial de "Para ler"
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Os contos de assombração trazem um universo de possibilidades e situações a serem trabalhadas já que fazem parte de um repertório de muito interesse e curiosidade infantil, interferindo nas emoções e provocando medos.
Você pode utilizar as questões deste boxe inicial da página 96 para uma conversa sobre o assunto com a turma.
Peça aos estudantes que leiam o conto silenciosamente, que procurem entender as palavras que não conhecem com base no contexto e só depois consultem o boxe "Glossário" no fim do texto, na página 97.
Explore cada palavra e o significado apresentado, retomando o trecho em que ela está inserida. A ampliação do vocabulário fará com que os estudantes compreendam melhor o que leem, ouvem, escrevem e pronunciam.
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Para estudar o texto
Praticar a fluência
1 O professor organizará a leitura coletiva do conto, indicando um trecho para cada estudante.
- Quando chegar sua vez, leia em voz alta, ficando atento ao ritmo, à entonação da voz e à pontuação do texto. É um momento para aprimorar sua oralidade e usar sua expressividade para assombrar seus ouvintes!
- Depois que toda a turma ler, avalie seu desempenho.
Avaliação da leitura do conto | Sim | Não |
Na leitura, você leu alto e pronunciou corretamente as palavras para todos entenderem? Respostas pessoais. | ||
Fez uma leitura sem tropeços e sem enroscar nas palavras? | ||
Preocupou-se em fazer sua leitura de acordo com a pontuação? | ||
A leitura dos diálogos foi feita com boa entonação e considerando as características das personagens? |
2 Treine sua pronúncia lendo as palavras abaixo.
Releia duas vezes as palavras com as quais você teve alguma dificuldade.
cruzando | Manágua | suplicaram |
Granada | compromissos | moribundos |
tripulantes | amaldiçoados | marinheiros |
3 Junte-se a um colega para se alternarem na leitura das frases a seguir. Procurem ler mais rápido a cada vez.
- Uma grande lancha azul estava cruzando a Ilha Redonda.
- Uma grande lancha azul estava cruzando a Ilha Redonda quando viu algo.
- Uma grande lancha azul estava cruzando a Ilha Redonda quando viu algo que parecia um lençol.
- Uma grande lancha azul estava cruzando a Ilha Redonda quando viu algo que parecia um lençol fazendo sinais de socorro.
MANUAL DO PROFESSOR
■ Para estudar o texto
Praticar a fluência
Componente da PNA nesta subseção
Fluência em leitura oral
Consideração sobre dificuldade
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Se houver estudantes com dificuldade na leitura, você pode propor outro exercício no lugar da atividade 1: como um bom modelo de leitor fluente, leia o texto em voz alta para a turma. Sugerimos que não interrompa a leitura para explicar o significado das palavras, nem as troque por outras que sejam mais fáceis. A compreensão pode ocorrer ao longo da leitura, por meio do contexto que auxiliará na inferência dos significados.
Proponha à turma uma leitura de eco. Divida previamente o texto em trechos não muito longos, de modo que os estudantes consigam acompanhar a leitura com atenção. Ao ler cada um dos trechos, faça uma boa marcação nas falas, demonstrando a importância da expressão, do ritmo e do fraseamento.
Peça a eles que leiam o texto em seguida. Retome alguns trechos e demonstre a importância da entonação e da postura corporal para fortalecer o clima de suspense do conto.
Atividades 1 a 3
Fluência em leitura oral
As atividades trabalham a precisão na pronúncia das palavras, a velocidade e a prosódia. Ao realizar a leitura repetida em voz alta, o estudante melhora a decodificação das palavras, trabalha as dificuldades com a relação letra-som e memoriza a escrita correta das palavras.
Leia um trecho de um artigo de Sandra Puliezi e Maria Regina Maluf a respeito da fluência em leitura oral.
Fluência combina precisão, automaticidade e prosódia na leitura oral, que, tomadas em conjunto, facilitam a construção de sentido do texto pelo leitor. Isto pode ser demonstrado durante a leitura oral através da facilidade no reconhecimento de palavras, na manutenção de um ritmo adequado, fraseamento e entonação. Esses são fatores na leitura oral ou silenciosa que podem limitar ou favorecer a compreensão. [...]
PULIEZI, Sandra; MALUF, Maria Regina. A fluência e sua importância para a compreensão da leitura. p. 240. Disponível em: https://oeds.link/BUm2S6. Acesso em: 27 abr. 2021. (Fragmento).
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Solicite às duplas que leiam em coro o boxe "Que curioso!" (as informações gerais e, depois, a legenda), para treinar a fluência e aprender sobre a Nicarágua.
4 Ainda com seu colega, leiam juntos e ao mesmo tempo o boxe "Que curioso!". Assim vocês praticam a leitura e ficam sabendo mais sobre a Nicarágua.
Que curioso!
A Nicarágua é um dos países que compõem a América Central, e alguns de seus lugares mais conhecidos são: Manágua (capital desse país), a cidade de Granada (famosa por sua arquitetura) e as ilhas presentes no Lago Nicarágua (também chamado de Cocibolca), onde se passa a história que você acabou de ler. A língua oficial da Nicarágua é o espanhol.
Compreender o texto
5 Releia o primeiro parágrafo do conto e responda às questões.
-
O conto cita o nome de algumas cidades da Nicarágua. Circule no mapa abaixo os nomes das cidades mencionadas no texto.
Espera-se que os estudantes circulem no mapa as cidades de Granada, San Carlos e Los Chiles. A Ilha Redonda não está indicada no mapa, mas fica evidente que se trata como Lago Nicarágua. Professor: explique que as cidades, no mapa, aparecem com seus de uma ilha presente no Lago Cocibolca, também conhecido nomes originais em espanhol, por isso a grafia é San Carlos. No texto, o nome foi aportug uesado para São Carlos.
Fonte: Elaborado com base em IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE. p. 39.
-
É possível saber quando a história aconteceu? Justifique sua resposta com um trecho do texto.
Não é possível saber quando a história aconteceu. Trecho para justificar a resposta: "Contam que há muito, mas muito tempo atrás [...]".
MANUAL DO PROFESSOR
Compreender o texto
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP02, EF15LP03, EF15LP16, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP06, EF35LP21, EF35LP26.
Componentes da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Níveis para compreensão de textos | |
Nível 1 | Localizar e retirar informação explícita. |
Nível 2 | Fazer inferências diretas. |
Nível 3 | Interpretar e relacionar ideias e informação. |
Nível 4 | Analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais. |
Atividade 5 níveis 1 e 2
Atividade 6 níveis 2 e 3
Atividades 7 e 8 níveis 2 e 3
Atividade 9 nível 3
Atividade 10 níveis 2 e 3
Atividade 11 nível 4
Atividade complementar
Para explorar a atividade 5, sugerimos a leitura do mapa, pois é importante que os estudantes ampliem as estratégias de leitura de mapas.
A abordagem interdisciplinar pode ser explorada com o professor de Geografia, ampliando a proposta para uma pesquisa sobre a Nicarágua. Para isso, sugerimos o site:
- IBGE. Disponível em: https://oeds.link/tYeuyP. Acesso em: 25 abr. 2021.
Atividade complementar
Desenvolvimento de vocabulário
Conhecimento alfabético
Após a atividade 4, proponha aos estudantes um exercício de ampliação do vocabulário: escrever palavras da mesma família de algumas das palavras retiradas do texto. Exemplos:
- compõem: compõe — compor — decompor;
- conhecidos: desconhecido — conhecer — desconhecer;
- arquitetura: arquiteto — arquiteta — arquitetar;
- ilhas: ilhar — ilhado — ilhota.
Chame a atenção da turma para as sílabas que se mantêm nas palavras derivadas e mostre que a grafia permanece a mesma.
Faça um levantamento coletivo de palavras e peça a eles que as registrem no caderno.
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6 Em relação às personagens, responda.
- Quem são as personagens do conto?
As personagens são os moradores da Ilha Redonda e os tripulantes da lancha. - Qual era a situação dos moradores da ilha? Por quê?
Eles estavam passando mal, porque comeram carne de rês envenenada. O animal fora picado por uma cobra venenosa. - Como os tripulantes reagiram à situação dos moradores da ilha?
Aceitaram levar os moradores para a cidade de Granada.
X Recusaram-se a ajudá-los.
Decidiram ficar na ilha e medicá-los.
- Por que eles agiram dessa forma?
Porque os moradores não tinham dinheiro nem energia para cortar lenha ou apanhar bananas como forma de pagamento pelo transporte.
7 A frase "E lá ficaram eles", na página 97, apresenta uma situação de equilíbrio.
- Que acontecimento rompe esse equilíbrio?
Uma velhinha levantar-se e gritar uma maldição para os marinheiros.
Em um texto narrativo, o clímax é o momento de maior tensão, o auge do conflito. Antecede o desfecho e costuma ser emocionante, ajudando a prender a atenção do leitor.
8 Copie, do texto, o clímax do conto O barco negro.
Mas uma velhinha levantou-se imediatamente do catre e, gritando o mais que pôde, lançou-lhes uma maldição: —— Feche-se o lago para eles, assim como nos fecharam o seu coração!
MANUAL DO PROFESSOR
Atividades complementares
Aproveite que o conto cita o nome de algumas cidades da Nicarágua e proponha aos estudantes, após a realização da atividade 5, atividades integradas com Geografia.
1. Mostre um mapa-múndi e, nele, localize a Nicarágua; explique que ela se situa na América Central. Localize também a América do Norte e a América do Sul, deixando que encontrem o Brasil no mapa.
Esclareça que as três Américas formam o continente americano. Depois, peça a eles que comentem o que é possível perceber em relação ao tamanho da Nicarágua ao observar o mapa. (Espera-se que comentem que o país é pequeno, comparando-o ao tamanho das três Américas ou até mesmo ao do Brasil.)
2. Em seguida, verifique se há atlas disponíveis na escola em que se possa localizar um mapa político da Nicarágua. Se não houver, ele também pode ser facilmente obtido em buscadores na internet, para realizar atividades de leitura cartográfica.
Reforce que os mapas trazem elementos padronizados para facilitar a comunicação e o entendimento.
Explore alguns desses elementos, fazendo as seguintes perguntas à turma:
- Como é possível identificar as cidades da Nicarágua no mapa? Qual símbolo é utilizado para representar essas cidades? (As cidades são representadas por círculos pequenos pretos, juntamente com seus nomes.)
- Como é possível saber o nome da capital da Nicarágua? (O nome da capital aparece com destaque diferente do das outras cidades e ela é representada com um único símbolo no mapa.)
- Quais são os lagos e como são identificados no mapa? (Lago Manágua e Lago Nicarágua, identificados com o nome e a cor azul indicando a presença de água.)
- Que países fazem fronteira com a Nicarágua? (Costa Rica e Honduras.)
Atividades 7 e 8 níveis 2 e 3
Compreensão de textos
Estas atividades exploram os elementos da narrativa. Relembre com a turma a estrutura do enredo: situação inicial, clímax e desfecho.
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9 Releia a maldição que a velhinha lançou:
"— Feche-se o lago para eles, assim como nos fecharam o seu coração!"
- Explique o significado dessa maldição para a vida dos marinheiros.
A velhinha amaldiçoou os marinheiros para que ficassem perdidos no lago para sempre.
10 Releia o final do conto de assombração.
"Muita gente do lago os tem visto. Topam nas altas águas com o barco negro, e os marinheiros, barbudos e esfarrapados, gritam:
— Onde fica São Jorge?
— Onde fica Granada?
... Mas o vento os leva e não conseguem avistar terra. Foram amaldiçoados."
- A quem se refere a palavra destacada no primeiro e no último parágrafo do trecho?
Às pessoas que veem os tripulantes do barco.
X Aos tripulantes do barco.
Aos habitantes da ilha. - De acordo com o trecho, quais são os elementos sobrenaturais presentes no conto? Assinale as alternativas corretas.
A lancha partiu, abandonando os doentes.
X A lancha se perdeu para sempre.
X As pessoas da Nicarágua avistam o barco e ouvem os marinheiros.
11 O que poderia ter acontecido se as personagens do barco tivessem agido de forma diferente? Resposta pessoal. Há várias possibilidades de desfecho.
Os contos de assombração são histórias que têm um clima de medo e suspense. Nesses textos, o desfecho sugere ao leitor que a atmosfera de medo não foi quebrada, persistindo mesmo depois do fim da leitura.
MANUAL DO PROFESSOR
Consideração sobre dificuldade nível 2
Compreensão de textos
Os pronomes atuam como elementos de ligação e recursos anafóricos na coesão textual, pois é por meio deles que se faz a retomada do referente.
Caso os estudantes mostrem dificuldade na atividade 10 para identificar que o pronome os se refere aos tripulantes do barco, releia o primeiro parágrafo do trecho final em voz alta e pergunte: Quem as pessoas têm visto? Depois, releia o último parágrafo desse trecho e pergunte: Quem o vento leva?
Para complementar a atividade, pergunte aos estudantes o que pode significar a expressão "altas águas" no primeiro parágrafo. (Espera-se que percebam que a expressão, provavelmente, se refere à parte mais profunda do lago.)
Atividade 9 nível 3
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário Na atividade 9, explore o significado da fala da velhinha quando ela se refere ao fato de o lago "fechar-se", deixando os marinheiros perdidos para sempre. Ajude os estudantes a concluir que o verbo fechar, nesse contexto, não está em sentido literal, mas em sentido figurado.
Atividade 11 nível 4
Compreensão de textos
Aproveite a atividade para trabalhar com a turma diferentes resoluções para o conflito da narrativa. Realize um levantamento oral das possibilidades de finalização do conto e discuta com os estudantes quais estão mais adequadas ao contexto da história.
Após selecionar com eles uma das opções, faça oralmente a elaboração coletiva do texto no quadro de giz, trabalhando assim a produção de escrita. Depois, peça a todos que a copiem no caderno.
Atividade complementar
níveis 3 e 4
Compreensão de textos
É importante trabalhar os aspectos narrativos do texto e as características das personagens na subseção "Compreender o texto". Se quiser trabalhar com processos de compreensão mais complexos, pode perguntar à turma:
- O que os moradores da ilha esperavam encontrar em Granada? (Os moradores queriam buscar ajuda médica. Pode-se relacionar ao fato de terem consumido carne contaminada por veneno de cobra à possibilidade de receberem soro antiofídico.)
- Por que o título do conto é "O barco negro"? (Porque o barco ficou perdido no lago por muito tempo, fazendo com que envelhecesse. Retome a leitura dos cinco últimos parágrafos do texto para poder localizar essa informação.)
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Ampliar o vocabulário
12 Complete as lacunas a seguir usando sinônimos para substituir as palavras entre parênteses.
Se necessário, explique aos estudantes que o termo ponderou tem significado de "citou, alegou; mencionou uma informação ou um dado". Nesse caso, o capitão quis dizer que precisava defender-se ou escapar de determinada situação (no caso, levar os moradores da ilha para Granada).
Dica: Utilize os verbos abaixo, fazendo as adaptações necessárias.
permanecer
implorar
erguer-se
alegar
revirar-se
- "— Levem-nos para Granada, pelo amor de Deus! — imploraram (suplicaram)."
- "— Lamento, mas temos compromissos — alegou (ponderou) o capitão. E voltou ao barco com os marinheiros, sem sentir a menor pena daquela gente, nem mesmo vendo como os coitados se reviravam (se contorciam)."
- "E lá permaneceram (ficaram) eles. Mas uma velhinha ergueu-se (levantou-se) imediatamente do catre e, gritando o mais que pôde, lançou-lhes uma maldição [...]."
13 Leia as frases.
1 "Ao desembarcarem, os tripulantes ouviram apenas lamentos de dor."
2 "— Lamento, mas temos compromissos [...]."
- Nas frases 1 e 2 a palavra lamento tem o mesmo sentido? Justifique.
Não. Na primeira situação do texto, o termo pode ser entendido como um substantivo que significa "lamúrias e gemidos", enquanto na segunda situação trata-se de um verbo cujo significado é "sentir muito".
Para ler em casa
Convide um familiar ou adulto que mora com você para conhecer o conto O barco negro. Volte à página 99 e mostre-lhe as cidades da Nicaraguá (no mapa) e as informações sobre esse país da América Central (no boxe). Leia também esse texto e capriche na entonação para prender a atenção de seu ouvinte!
Depois, pergunte a essa pessoa se conhece um conto de assombração. Se ela conhecer, busquem juntos esse texto na internet. Vocês podem lê-lo e conversar sobre o que observaram, identificando o que faz essa história ser assustadora.
MANUAL DO PROFESSOR
Ampliar o vocabulário
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF35LP05, EF35LP06.
Componentes da PNA nesta subseção
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Atividades complementares
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
Após as atividades de "Ampliar o vocabulário", peça aos estudantes que, em duplas, façam as atividades a seguir a fim de trabalhar mais o repertório vocabular e a escrita.
1. Solicite que escolham três das palavras do quadro da atividade 12 e criem frases.
2. Peça aos estudantes que releiam este trecho:
"— E quem vai cortar a lenha? Quem vai colher as bananas? — indagaram os marinheiros."
- Pergunte a eles qual é o significado de indagaram. (Perguntaram.)
- Questione-os se a pontuação usada na fala das personagens tem alguma relação com a palavra indagaram. (Sim. Foi empregado o ponto de interrogação, utilizado para fazer pergunta. Nesse caso, verifique os conhecimentos prévios dos estudantes sobre pontuação, tema que será visto ainda nesta unidade.)
- Peça que escrevam duas palavras sinônimas de indagar. (Perguntar, questionar.)
- Pergunte qual é o antônimo de indagar. (Responder.)
Para ler em casa
Para desenvolver a Literacia Familiar, oriente os estudantes a ler em casa para os familiares ou responsáveis o conto "O barco negro", caprichando na entonação e no ritmo para prender a atenção de seus ouvintes.
Com o objetivo de engajar a família nas atividades de leitura da turma, proponha-lhes que conversem com os pais (ou responsáveis) sobre contos de assombração.
Os estudantes podem perguntar-lhes se conhecem alguma história desse gênero e pedir que a contem. Depois, solicite que conversem sobre a narrativa, identificando o que faz com que seja assustadora, e tentem descobrir quem é o narrador e quais foram as impressões deles sobre essa história.
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Estudo da língua
Pontuação
1 Releia um trecho do conto O barco negro.
"Ao desembarcarem, os tripulantes ouviram apenas lamentos de dor. As duas famílias que viviam na ilha, desde os velhos até as crianças, estavam morrendo envenenadas. Haviam comido uma rês que morrera da picada de uma cobra venenosa."
- Quantas frases há nesse trecho?
Três. - Como você descobriu isso?
Porque cada uma delas termina com um ponto final. Professor, retome com os estudantes o conceito de frase: uma palavra ou conjunto de palavras com sentido, capaz de estabelecer comunicação.
Na fala, a frase é marcada pela entonação e, na escrita, pela pontuação.
2 Leia outro trecho desse conto.
"Muita gente do lago os tem visto. Topam nas altas águas com o barco negro, e os marinheiros, barbudos e esfarrapados, gritam:
— Onde fica São Jorge?"
- Qual sinal de pontuação aparece no final do parágrafo para anunciar a fala das personagens?
Os dois-pontos. - Qual sinal de pontuação inicia essa fala?
O travessão. - Qual sinal de pontuação aparece no final da fala das personagens?
O ponto de interrogação. - Por que foi utilizada essa pontuação no final da fala das personagens?
Porque se trata de uma pergunta.
3 Releia o pedido feito pelos habitantes da ilha aos tripulantes do barco.
"— Levem-nos para Granada, pelo amor de Deus! — suplicaram."
- Qual sinal de pontuação aparece no final da fala das personagens?
O ponto de exclamação. - Por que foi utilizada essa pontuação no final da fala das personagens?
Porque se trata de uma frase exclamativa indicando súplica. - O que indica o primeiro travessão do trecho?
Indica o início da fala das personagens. - E o segundo travessão que aparece no trecho, para que ele serve?
Serve para separar o fim da fala das personagens e a retomada da voz do narrador.
MANUAL DO PROFESSOR
Estudo da língua
■ Pontuação
Habilidades da BNCC nesta seção
EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF04LP05.
Componentes da PNA nesta seção
Conhecimento alfabético
Compreensão de textos
Produção de escrita
Atividade preparatória
Antes de iniciar a seção "Estudo da língua", pergunte aos estudantes como podemos perceber, na linguagem oral, o início e o fim de uma frase. Esclareça que, além de gestos e expressões corporais, é a entonação na fala que nos dá essa indicação. Em seguida, peça a eles que comentem como a entonação é representada na linguagem escrita, levando-os a concluir que essa é uma das funções dos sinais de pontuação.
É de extrema importância que os estudantes compreendam que a pontuação é um elemento fundamental da escrita, pois é por meio do seu uso correto que também construímos a coesão e a coerência textual.
Atividades 2 e 3
Converse com os estudantes sobre a função de cada pontuação utilizada nos trechos do texto que compõem as atividades, para que observem que são marcas muito utilizadas nos discursos diretos.
Mostre que nos diálogos são usados sinais de pontuação específicos que indicam, no momento da leitura do texto, a entonação correta a ser utilizada.
104
4 Leia o microconto a seguir.
Bu!
Vivia flutuando pela casa fazendo "Buuuuu!". Pensava que fosse um fantasma mas não passava de um lençol.
Nanci Ricci. Grandes histórias em contos mínimos. Taubaté: Casa Cultura, 2020.
- A palavra do título é repetida na primeira frase do texto, mas de outra maneira. Como essa palavra aparece na frase? E por que ela foi empregada dessa maneira?
O título Bu! aparece na primeira frase do texto como "Buuuuu!", para enfatizar a expressão de assustar alguém e a referência a fantasmas. Professor: se necessário, explique aos estudantes que se trata de uma onomatopeia. - Por que esse microconto é engraçado?
Porque a segunda frase representa uma quebra de expectativa em relação à primeira e pelo absurdo da situação: um lençol que pensava ser fantasma e fazia "Buuuuu!". - Qual é a função das aspas nesse texto?
Indicar a fala do fantasma/lençol. - Reescreva o microconto substituindo as aspas por outra pontuação com a mesma função. Faça as adaptações necessárias.
(Possibilidade de resposta)
Vivia flutuando pela casa fazendo:
- Buuuuu!
Pensava que fosse um fantasma mas não passava de um lençol.
5 Leia, em voz alta, o quadro a seguir com várias palavras extraídas dos textos O barco negro e Bu!. Preste atenção na sua entonação.
atrás | maldição | nós | isso |
lençol | coração | lançou | fosse |
crianças | casa x | venenosa x | fantasma |
rês | compromissos | passava | pensava |
- Circule as duas palavras intrusas do quadro.
Resposta no quadro. - No caderno, faça um diálogo com uma das palavras do quadro que tenha cedilha.
Resposta pessoal.
Dica: Use dois-pontos e travessão para indicar a fala de personagem.
MANUAL DO PROFESSOR
Para ampliar seus conhecimentos a respeito do microconto, leia este texto:
No artigo "Leitura e refexão: a riqueza dos microcontos", Damiana de Carvalho coloca que nem toda narrativa brevíssima pode ser considerada um microconto. Segundo a autora, o microconto deve apresentar "concisão, narratividade, totalidade (um todo significativo), subtexto (implícito), ausência de descrição [...], retrato do cotidiano e fnal impactante".
II Congresso Internacional de Linguística e Filologia. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2016. Disponível em: https://oeds.link/c2cHr4. Acesso em: 26 abr. 2021. (Fragmento).
Consideração sobre dificuldade
Compreensão de textos
Antes de realizar a atividade 4, pergunte aos estudantes o que é um microconto. Embora tenha tamanho reduzido, comente que esse texto possui um enredo com narrador, personagem, tempo e espaço e está aberto a múltiplas interpretações.
Atividade 4
Compreensão de textos
Produção de escrita
Se necessário, esclareça à turma que o título do microconto é uma onomatopeia. As onomatopeias representam determinados sons (buzina, batida na porta, latidos, palmas etc.) e são um recurso bastante comum em histórias em quadrinhos.
Retome com os estudantes o uso de aspas e travessão para indicar o discurso direto.
Atividade 5
Fluência em leitura oral
Conhecimento alfabético
Produção de escrita
O trabalho voltado para a consolidação da ortografia deve ocorrer sempre e considerar os conteúdos previstos para o ano escolar e as questões de escrita da turma.
A atividade se justifica pelo fato de vários grafemas apresentarem o mesmo fonema (som de /s/), o que constitui uma das dificuldades ortográficas comuns em sala de aula.
Relembre os estudantes que o s pode ter vários sons.
Atividades complementares
1. Após a atividade 5, proponha aos estudantes que se imaginem vendo o lençol que fazia " Buuuuu!" pela casa e citem uma onomatopeia que poderia representar o momento desse encontro.
2. Pergunte aos estudantes qual sinal de pontuação pode ser usado em frases declarativas, exclamativas e interrogativas (para perceberem algumas funções dos pontos final, de exclamação e de interrogação). Também escreva um diálogo no quadro de giz e pergunte-lhes quais são os sinais de pontuação empregados (para identificarem os dois-pontos e o travessão).
105
Produção escrita
Conto de assombração
Nas histórias de assombração, o clima de medo e de suspense, muitas vezes, surge da descrição do ambiente e das sensações das personagens. Escuridão, chuva, ruídos estranhos, personagens que têm a sensação de estar sendo observadas, por exemplo, são elementos que aparecem com muita frequência nessas histórias.
Você vai escrever um conto de assombração e, quanto mais assustador ele for, melhor. Depois sua história vai ser publicada no blog da turma. A comunidade escolar, seus colegas e familiares poderão ler as histórias e comentá-las!
Para se inspirar, você vai ler um trecho da história do mais famoso vampiro da literatura — o conde Drácula. A personagem que narra a história é Harker, um homem de negócios que se hospeda na mansão do conde, sem saber que ele é um vampiro, e torna-se seu prisioneiro.
Preparação
Leia silenciosamente este trecho de Drácula.
Há neste local e em tudo o que aqui se encontra alguma coisa tão estranha que não consigo me tranquilizar. Gostaria de estar longe daqui, em segurança. Gostaria de nunca ter vindo para cá. Passei a noite conversando com o conde sobre os requisitos legais para efetuar a compra da casa que minha empresa encontrara para ele em Carfax, a leste de Londres.
Dormi apenas umas poucas horas, mas já estava escuro quando acordei, no final da tarde seguinte. Instalei meu espelho perto da janela e comecei a barbear-me. De repente senti a mão do conde pousar em meu ombro e ouvi sua voz, dizendo-me: "Bom dia". Levei tamanho susto que me cortei, embora superficialmente. Cumprimentei-o e continuei me barbeando. Para meu espanto o espelho não refletia a imagem do conde, que, contudo, estava ali, atrás de mim. Um fio de sangue escorria-me pelo queixo. Olhei em torno, procurando um curativo. Ao ver o corte em meu rosto, o conde me agarrou pelo pescoço, os olhos brilhando. Então sua mão tocou as contas do terço, do qual pendia um crucifixo, e sua fúria se dissipou tão depressa que mal pude acreditar.
"Tome cuidado para não se cortar", ele falou. "Neste lugar pode ser mais perigoso do que você pensa."
Bram Stoker. Drácula. Trad.: Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003. (Fragmento).
MANUAL DO PROFESSOR
Produção escrita
■ Conto de assombração
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP08, EF15LP15, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP07, EF35LP09, EF35LP25, EF35LP29.
Componentes da PNA nesta seção
Produção de escrita
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Atividade preparatória
Compreensão de textos
Leve para a sala de aula novos contos de assombração para que a turma possa manuseá-los e escolher um para leitura. Ampliar o repertório dos estudantes ajudará no entendimento das características e dos elementos que caracterizam o gênero textual.
Utilize os títulos dos contos para realizar uma roda de conversa, perguntando à turma sobre antecipações do que pode acontecer na história. Faça perguntas que auxiliem os estudantes a refletir sobre quais aspectos a narrativa precisaria ter para garantir um clima de suspense e medo, e quais poderiam ser as características das personagens nessas histórias.
O objetivo é que os estudantes tenham autonomia para descrever os eventos necessários para sustentar o sentido do gênero. Depois, peça que compartilhem o que sabem sobre a história do conde Drácula e quais são as características dessa personagem.
106
Após anotar no quadro de giz as palavras sublinhadas, converse com a turma sobre os respectivos significados e solicite que os registrem no caderno. Se necessário, proponha o uso do dicionário.
1 Com a turma, acompanhe a leitura em voz alta do professor, sublinhando as palavras do texto que você não conhece.
- Cada um vai anotar no caderno o significado dessas palavras.
2 Responda às questões a seguir com base no texto lido.
- Como o narrador-personagem descreve o local em que está?
Ele o descreve como um local estranho, que o deixa intranquilo. - Como você imaginou o ambiente da cena entre Harker e o conde?
Espera-se que os estudantes descrevam um quarto escuro, com luz fraca, de fim de tarde, entrando pela janela. - De repente, o equilíbrio da cena é quebrado. O que aconteceu?
A personagem sentiu a mão do conde em seu ombro, ouviu a voz dele dizendo-lhe "Bom dia" e ficou tão assustada que se cortou. - Quais elementos indicam que o conde é um vampiro?
A imagem não refletida no espelho, a atração pelo sangue e a reação de afastar-se ao tocar no terço. - Qual é o clímax, o momento de maior tensão desse trecho da narrativa?
Quando o conde, ao ver o corte do narrador, agarra-o pelo pescoço. - O que você imaginou que aconteceria nesse momento?
Espera-se que os estudantes acreditem que o conde morderia o pescoço do narrador. - Como o momento de tensão se desfez?
Quando o conde tocou as contas do terço, e sua fúria se dissipou depressa, deixando o narrador perplexo.
Planejamento e escrita
3 Escreva uma história de assombração.
-
Caracterize o narrador, o protagonista, as demais personagens e o local.
- Há um narrador-personagem ou um narrador-observador?
- Como se sente a personagem principal? Quais sensações ela tem?
- O que pode acontecer para essa personagem ficar mais assustada ou assustar cada vez mais?
- Quais são as ações ou reações das personagens?
- Em que local estão as personagens? E que sons há no ambiente?
- Como é a iluminação do local? É noite ou dia?
MANUAL DO PROFESSOR
Preparação
Atividade 1
Desenvolvimento de vocabulário
Ao ler para os estudantes, procure dar ênfase à articulação correta das palavras, com expressão e ritmo. Faça um levantamento das palavras sublinhadas por eles e verifique se sabem o que significam.
Atividade 2
Compreensão de textos
A atividade tem por objetivo abordar os elementos (narrador, personagens, tempo, espaço e enredo) que constituem a narrativa. Discuta com a turma a importância de cada elemento, levando os estudantes a compreender a descrição que cria o clima de suspense e a relembrar a estrutura do enredo nas narrativas: situação inicial, conflito, clímax e desfecho.
Depois, corrija coletivamente a atividade 2. Se achar pertinente, escreva no quadro de giz as respostas.
No item d, chame a atenção dos estudantes para o fato de que eles só são capazes de reconhecer quais características sugerem que a personagem é um vampiro porque elas fazem parte dessa personagem folclórica conhecida e descrita em filmes, séries e livros.
Planejamento e escrita
Atividade 3
Produção de escrita
Se necessário, retome com os estudantes as respostas da atividade 2, que os ajudarão na elaboração do conto.
Consideração sobre dificuldade
Produção de escrita
Compreensão de textos
Na atividade 3, ajude os estudantes a planejar a escrita com estas indicações sobre as histórias de assombração:
- A forma como a personagem se sente pode ser justificada por um acontecimento trágico.
- Costumam acontecer em locais distantes, sombrios, de difícil acesso e pouco habitados.
- As personagens que provocam medo ou terror podem ter vivido situações problemáticas e muitas vezes são solitárias e tristes.
- Sustos e revelações ajudam a criar o clima de tensão e medo.
- Devem apresentar narrador, personagens, tempo, espaço e enredo (dividido em situação inicial, conflito, clímax e desfecho).
- O desfecho não deve quebrar a atmosfera de medo.
107
- Planeje os acontecimentos para que a história tenha as características de um conto de assombração.
- Imagine um desfecho surpreendente para a história: pode ser triste ou engraçado.
Avaliação
4 Avalie o texto do colega.
- Troque de texto com um colega para verificar:
- Quais impressões o texto dele causou em você? Por quê?
- O que poderia ser tirado e o que poderia ser acrescentado?
- A história pode ser considerada assustadora?
- Faça por escrito suas considerações para o texto dele.
- Depois, devolva o texto dele e retome o seu.
5 Faça a avaliação do seu texto.
- Leia o que seu colega anotou do seu texto e selecione o que você considera importante para reformular.
- Preencha a tabela de avaliação e veja as sugestões do que você pode fazer.
Questões para autoavaliação | Ação a ser tomada |
Há dúvida sobre a grafia de alguma palavra? Respostas pessoais. | Consulte a palavra no dicionário. |
Usou letras maiúsculas no início das frases, dos parágrafos e dos substantivos próprios? | Analise todas as situações de uso de letras maiúsculas. |
Os diálogos estão indicados com dois-pontos e travessões? As perguntas trazem ponto de interrogação? | Observe atentamente a pontuação utilizada em todo o texto. |
A pontuação ajuda o texto a ficar mais claro e interessante? | Releia o texto em voz alta. |
O título está de acordo com o conto? Desperta curiosidade? | Confirme se o título está relacionado com o texto. |
As cenas foram bem exploradas? | Complete ou altere algumas das cenas. |
A história está assustadora? | Verifique e acerte, se necessário. |
MANUAL DO PROFESSOR
Avaliação
Atividades 4 e 5
Produção de escrita
Para promover a reflexão em relação ao processo de escrita, é importante relacioná-lo aos aspectos da língua já trabalhados com a turma e reforçar os que foram abordados na unidade. Portanto, sugerimos que você, depois que os estudantes fizerem avaliação do texto do colega e a autoavaliação, e antes de recolher as produções para correção individual, peça a eles que releiam os textos, verifiquem se empregaram a pontuação de discurso direto e se a narração está de acordo com a pessoa do discurso.
É importante lembrar que a tabela de avaliação é um recurso que pode contribuir para a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defa-sagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem.
Consideração sobre dificuldade
Produção de escrita
Conhecimento alfabético
Ao fazer as correções das produções na atividade 5, analise se as percepções dos estudantes em relação à própria escrita demandam intervenções mais individualizadas.
Também é importante avaliar a necessidade de rever questões estruturais ou ortográficas com toda a turma, revisando a grafia de sílabas mais complexas e a relação entre a escrita e o som dos grafemas.
108
Reescrita
6 Escreva de novo seu texto.
- Você vai produzir o seu texto com base nos comentários do colega e na sua tabela de autoavaliação.
- Procure aprimorar seu texto quanto à grafia e à pontuação, bem como a alguns aspectos importantes para a construção dele.
- Depois, peça ao professor que leia sua produção para fazer as correções e sugestões necessárias.
7 Elabore a escrita final.
- Ao receber o retorno do texto, veja as sugestões feitas pelo professor e faça as últimas modificações.
- Digite seu texto e envie-o para o professor.
Socialização
8 Com a ajuda do professor, planeje a criação do blog.
- Você e todos os colegas devem fazer um perfil com as características da turma no cabeçalho do blog.
- Disponibilizem os arquivos com a versão final digitada de cada texto para o professor fazer as postagens.
- Divulguem a novidade para seus familiares, colegas de outras turmas e toda a comunidade escolar. Sugiram que leiam e comentem os contos.
- Cada um vai ler os textos dos colegas e comentá-los.
Para ler em casa
Você leu um texto que se refere a um vampiro e observou algumas características importantes (por exemplo, a imagem dele que não se reflete no espelho). E na sua produção, quais foram as características mais marcantes das personagens que você inventou?
Que tal compartilhar essas personagens com as pessoas da sua casa? Apresente para elas a história assustadora que você escreveu.
É importante que sua leitura seja clara, tenha ritmo e seja expressiva. Quando terminar de ler, pergunte o que acharam do texto e da sua leitura.
MANUAL DO PROFESSOR
Socialização
Atividade 8
Escolha uma plataforma gratuita para criação de blogs. Se a escola possuir um site, o blog pode ser hospedado nele. Acompanhe com os estudantes os comentários e incentive-os a interagir com os posts, sempre supervisionando-os e destacando a importância da interação escrita educada e respeitosa.
Atividade complementar
Fluência em leitura oral
Caso não seja possível criar o blog para a socialização dos textos (atividade 8), promova O dia da assombração. Peça aos estudantes que se caracterizem e apresentem seus textos aos colegas ou a um público convidado. Incentive-os a ler com boa entonação e expressividade, bem como a usar a criatividade para produzir efeitos sonoros e de iluminação.
Após as apresentações, os trabalhos podem ser expostos em um varal ou painel na escola para serem apreciados por toda a comunidade escolar.
Para ler em casa
A leitura da produção textual da turma aos familiares ou aos responsáveis complementa a atividade de Literacia Familiar, proposta no boxe "Para ler em casa" da página 102, em que os estudantes puderam conversar sobre histórias de assombração e ler para eles o conto "O barco negro" das páginas 96 e 97.
Oriente os estudantes a ensaiar o texto várias vezes e, com base na tabela de avaliação proposta na página 98 do Livro do Estudante ("Praticar a fluência"), avaliar se a leitura está clara e expressiva o suficiente.
Atividade complementar
Compreensão de textos
Produção de escrita
Após a atividade 8, converse com os estudantes sobre as crenças no conto "Drácula": a de que o espelho não reflete a imagem de um vampiro e a de que o crucifixo tem o poder de espantá-lo. Amplie a discussão e comente algumas crenças do folclore brasileiro, como: quebrar espelho dá azar; encontrar um trevo de quatro folhas dá sorte.
Depois, solicite a eles que pesquisem com os pais ou responsáveis ou perguntem quais crenças ou simpatias populares eles conhecem e anotem-nas no caderno para serem compartilhadas com os colegas. Em sala de aula, organize uma roda de conversa para que eles exponham o que descobriram.
Para aprofundar seus conhecimentos sobre crenças e superstições, leia este artigo:
- "As origens reais de 8 superstições populares". Disponível em: https://oeds.link/5WYLCo. Acesso em: 10 abr. 2021.
109
Para ler mais
Antes de ler
O texto que você vai ler é um poema narrativo sobre um menino que não sentia medo de nada.
- Você sabia que histórias também podem ser contadas na forma de poemas?
- Você já conheceu alguém que não tivesse medo de nada? Respostas pessoais.
Durante a leitura
- Leia o texto em voz alta para dois colegas. Depois, acompanhe a leitura deles, enquanto sublinha as palavras que não conhece para buscar o significado depois.
- Descubra o que vai acontecer com esse corajoso menino no decorrer da história.
Joãozinho sem medo
- Joãozinho sem medo
Não tinha medo de nada
Enfrentava tempestade
Gigante e até fantasma.
- Ainda moleque ficou órfão
cresceu sem ter onde morar.
Certo dia foi a uma pensão
Pedir um quarto pra repousar.
- Mas o dono não quis dar
E intentou um mal contra Joãozinho
Levou-o pro palácio mal-assombrado
Para ver se assustava o menino.
- Porém, João era inteligente
Entrou no palácio com um candeeiro
Com fome só comeu uma linguiça
Pois pra mais nada deu o dinheiro.
- Intentou:
- tentou.
- Candeeiro:
- objeto utilizado para iluminar; lampião.
MANUAL DO PROFESSOR
Para ler mais
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP03, EF15LP15, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP21, EF35LP22, EF35LP23, EF35LP27, EF35LP31, EF04LP01, EF04LP05.
Componentes da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Boxe inicial de "Para ler mais"
Compreensão de textos
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Em "Antes de ler", converse com os estudantes sobre as características do poema, lembrando, por exemplo, o que são rimas, versos e estrofes. Em seguida, pergunte o que acham que é um poema narrativo e ajude-os a perceber: narrar é contar uma história e um poema é composto de versos; então, o poema narrativo conta uma história em forma de versos.
Em "Durante a leitura", organize a sala em trios, de modo que possam ler em voz alta uns para os outros.
Oriente os estudantes a sublinhar as palavras desconhecidas do texto enquanto acompanham a leitura feita pelos colegas. Depois, elabore no quadro de giz uma lista com todas as palavras sublinhadas pela turma e os respectivos significados. Peça aos estudantes que copiem a lista coletiva no caderno.
110
- Ficou sentado à mesa
E logo viu assombração
Perna, braço, cabeça e corpo,
Caíram nele partes da assombração.
- — Eu vou cair!
Dizia a assombração.
— Pode cair, se me importa! — respondia
Pois medo não tinha João.
- E João sem medo
Sossegado ficou a olhar
Não teve receio de nada
Nem ao menos saiu do lugar.
- As partes caídas formaram um homem
Bem parecendo um gigantão
E conduziu Joãozinho sem medo
Para achar a salvação.
- Três tigelas bem cheias
Do mais puro e fino ouro
João deu uma para os pobres
As outras foram seu tesouro.
- Ficou rico, muito rico!
Viveu seus dias no castelo
Momentos de felicidade
Final feliz, para sempre belo.
Paula Belmino. Recanto das Letras. Disponível em: https://oeds.link/KY3F0H. Acesso em: 27 abr. 2021.
Que curioso!
Paula Belmino é professora e escritora.
Quando criança, seu avô passava horas contando a história de um menino sem lar, sem pai nem mãe, mas corajoso.
Foi nessa história e em outros contos populares repassados oralmente de geração a geração que ela se baseou para escrever a narrativa em versos que você leu.
MANUAL DO PROFESSOR
Para saber mais sobre poema narrativo, leia o texto a seguir.
Poesia narrativa: contando histórias em verso
A poesia narrativa conta histórias por meio de versos. Como um romance ou conto, um poema narrativo tem enredo, personagens e cenário. Usando uma variedade de técnicas poéticas, como rima e métrica, a poesia narrativa apresenta uma série de eventos, muitas vezes incluindo ação e diálogo.
[...]
A poesia mais antiga não foi escrita, mas falada, recitada ou cantada. Dispositivos poéticos como ritmo, rima e repetição tornam as histórias mais fáceis de memorizar, para que possam ser transportadas por longas distâncias e transmitidas de geração em geração. A poesia narrativa evoluiu a partir dessa tradição oral.
Em quase todas as partes do mundo, a poesia narrativa estabeleceu uma base para outras formas literárias. Por exemplo, entre as maiores realizações da Grécia antiga estão "A Ilíada" e "A Odisseia", que inspiraram artistas e escritores por mais de 2.000 anos.
[...]
Disponível em: https://oeds.link/EtY3Uu. Acesso em: 27 abr. 2021. (Fragmento).
Atividade complementar
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Depois de acompanhar a leitura em voz alta dos estudantes, peça que confiram o boxe "Glossário".
Se achar interessante, pergunte:
- Esse poema conta uma história?
- A escolha das palavras é importante na construção de um poema?
- Por qual motivo a autora do poema escolheu, por exemplo, a palavra candeeiro na quarta estrofe? (Os estudantes devem compreender que o uso da palavra candeeiro foi por causa da rima pretendida.)
Explique que os poemas narrativos têm origem na tradição oral, isto é, na transmissão de histórias de geração em geração por meio da oralidade.
Enfatize que, para escrever o poema, a autora também se inspirou nas histórias que ouvia de seu avô quando era criança.
111
Para estudar o texto
Praticar a fluência
1 Pontue o final da frase de formas diferentes e faça a leitura delas, respeitando a entonação exigida pela pontuação.
— João está preso no palácio
— João está preso no palácio.
— João está preso no palácio!
— João, está preso no palácio?
2 Com um colega, leia o poema Joãozinho sem medo algumas vezes para melhorar sua leitura expressiva.
- Cada um deve ler uma estrofe, revezando-se. Prestem bastante atenção na entonação e observem a pontuação e a pronúncia das palavras.
- Leiam duas estrofes a cada vez, mantendo o ritmo.
- Em seguida, leiam o poema todo sem interrupções, fazendo apenas as pausas dos sinais de pontuação.
A intenção é que os estudantes percebam a sonoridade e o ritmo da narrativa em versos. - Façam uma avaliação para verificar como vocês leram.
Avaliação da leitura do poema | Sim | Não |
Ao fazer a leitura oral, vocês leram alto e pronunciaram corretamente as palavras? Respostas pessoais. | ||
Vocês fizeram uma leitura sem tropeços e sem enroscar nas palavras? | ||
Preocuparam-se em fazer a leitura com ritmo e entonação de voz de acordo com as rimas e a pontuação do poema? |
Compreender o texto
3 Releia as três primeiras estrofes do poema narrativo Joãozinho sem medo e responda às questões a seguir.
- Quem é a personagem principal da narrativa em versos?
Joãozinho. - Qual é a principal característica dessa personagem?
Joãozinho não tem medo de nada. - Quais outras informações são dadas sobre a personalidade e a história de vida dessa personagem?
Ele era destemido, órfão e um dia pediu ajuda ao dono de uma pensão, que, além de não ajudá-lo, tentou assustá-lo, levando-o para um castelo mal-assombrado.
MANUAL DO PROFESSOR
■ Para estudar o texto
Praticar a fluência
Componente da PNA nesta subseção
Fluência em leitura oral
Atividade 2
Fluência em leitura oral
Oriente os estudantes a preencherem a tabela de avaliação, que é um recurso que pode contribuir para a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem.
Compreender o texto
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP03, EF15LP15, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP21, EF35LP22, EF35LP23, EF35LP27, EF35LP31, EF04LP01, EF04LP05.
Componentes da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Produção de escrita
Desenvolvimento de vocabulário
Níveis para compreensão de textos | |
Nível 1 | Localizar e retirar informação explícita. |
Nível 2 | Fazer inferências diretas. |
Nível 3 | Interpretar e relacionar ideias e informação. |
Nível 4 | Analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais. |
Atividade 3 níveis 1 e 2
Atividade 4 níveis 2 e 4
Atividade 5 nível 3
Atividade 6 nível 4
Atividade 7 nível 3
Atividade 8 níveis 1, 2, 3 e 4
Atividade 9 nível 2
Consideração sobre dificuldade
Compreensão de textos
Discuta com os estudantes as características da escrita em prosa e do poema narrativo. Reforce que um texto em prosa é organizado em parágrafos e que os poemas costumam ser organizados em versos.
Chame a atenção para os sinais de pontuação e verbos de elocução, tanto em textos em prosa como em poemas.
112
Poema narrativo é uma narrativa em versos. Como um romance ou conto, o poema narrativo em geral apresenta personagens e cenário, mas a história é contada por meio de versos. Podem ser versos longos ou curtos, com ou sem diálogo, e frequentemente com rima.
4 Na primeira estrofe, são citados alguns medos.
- Esses medos são de coisas reais ou imaginárias?
Tempestade: coisa real.
Gigante e fantasma: coisas imaginárias. - Se essas personagens são imaginárias, por que algumas pessoas têm medo delas?
Porque essas personagens estão presentes no imaginário popular, em contos, filmes, séries de TV etc. há muito tempo como sendo amedrontadoras.
5 Na quinta, na sexta e na sétima estrofe, lemos o que aconteceu com João dentro do palácio mal-assombrado.
- O que acontece nessas estrofes que confirma que João realmente não tinha medo de nada?
João conversou com a assombração, disse que não se importava de a assombração cair e, em vez de sair correndo, não saiu do lugar.
6 No caderno, reescreva em prosa a sexta estrofe, utilizando a pontuação adequada para marcar as falas.
Espera-se que os estudantes, além dos sinais de pontuação, utilizem os verbos de elocução. Exemplo de resposta: — Eu vou cair! — disse a assombração. — Pode cair, não me importa! — respondeu João, que não tinha medo.
7 Na nona estrofe descobrimos outra qualidade de João. Qual? Justifique sua resposta.
João era generoso, pois deu uma parte do tesouro aos pobres. Professor: aceite também outros adjetivos, como bondoso e gentil.
8 Releia a última estrofe do poema.
"Ficou rico, muito rico!
Viveu seus dias no castelo
Momentos de felicidade
Final feliz, para sempre belo."
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 5 nível 3
Compreensão de textos
Solicite aos estudantes que localizem a quinta, a sexta e a sétima estrofe antes de responderem à questão. Problematize o significado de assombração e de mal-assombrado lendo para eles esses verbetes em um dicionário. Veja um exemplo.
assombração: 1 Pavor, susto ou terror, causado por alguma coisa inexplicável ou desconhecida. 2 Alma do outro mundo; aparição, assombramento, assombro, fantasma, asssombração.
Disponível em: https://oeds.link/NuXmeV Acesso em: 22 abr. 2021.
mal-assombrado: 1 Ocupado por assombrações. 2 Que está enfeitiçado.
Disponível em: https://oeds.link/iEMWrP. Acesso em: 22 abr. 2021.
Atividade 6 nível 4
Compreensão de textos
Produção de escrita
Após a realização da atividade, considere formar duplas para que cada estudante leia a produção para um colega. Oriente a verificação da pontuação utilizada para marcar as falas e veja se o conteúdo do texto em prosa corresponde ao que foi lido na estrofe.
Atividade 7 nível 4
Compreensão de textos
Auxilie os estudantes a compreenderem as qualidades de João. Para isso, conduza uma socialização das respostas, incentivando-os a justificá-las.
Antes de propor a atividade 8, faça uma releitura em voz alta do poema, destacando as rimas. Peça aos estudantes que comentem como podem identificá-las e incentive a elaboração de outras rimas possíveis para algumas palavras.
113
- Que histórias costumam ter um final semelhante ao dessa narrativa em versos?
Espera-se que os estudantes citem histórias de gêneros como contos de fadas e narrativas de aventura, em que os finais felizes são comuns. - Quais são as palavras que rimam nessa estrofe?
castelo / belo - Onde estão localizadas essas palavras nos versos?
No final dos versos. - Assinale os versos em que essas rimas estão.
primeiro e terceiro versos
X segundo e quarto versos - Volte agora ao poema e pinte as rimas que você encontrar em outras estrofes.
Morar/repousar; candeeiro/dinheiro; assombração/João; olhar/lugar; gigantão/salvação; ouro/tesouro. - Assinale a(s) afirmativa(s) que você considerar verdadeira(s).
A localização das rimas não interfere na sonoridade do poema.
X A presença de rimas sempre no final do verso marca uma sonoridade regular.
A presença de rima em versos alternados não contribui para a criação de um efeito sonoro agradável.
9 Uma estrofe de quatro versos é chamada de quadra.
- Associe a qual quadra cada estrofe faz parte.
- Descobrimos quem é João. 1
- Uma maldade é feita com João. 3
- João vê uma assombração. 5
- João encontra um tesouro. 9
Ampliar o vocabulário
10 Usando palavras da mesma família da palavra medo, escreva o nome que se dá a:
- quem tem medo. medroso
- aquilo que dá medo. amedrontador
MANUAL DO PROFESSOR
Ampliar o vocabulário
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP03, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP27, EF35LP31, EF04LP01.
Componentes da PNA nesta subseção
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Atividade complementar
Desenvolvimento de vocabulário
Complemente a atividade 10 sugerindo aos estudantes que formem palavras da mesma família. Por exemplo, susto e terror:
- Quem sente o susto.
(assustado/a) - Aquilo que causa susto.
(assustador/a) - Ação de causar susto.
(assustar) - Quem vivencia o terror.
(aterrorizado/a) - Aquilo que causa terror.
(aterrorizador/a) - Ação de causar terror.
(aterrorizar)
114
11 Quando usamos a língua em situações informais, muitas vezes recorremos ao uso de aumentativos e de diminutivos para reforçar uma ideia.
"As partes caídas formaram um homem Bem parecendo um gigantão E conduziu Joãozinho sem medo Para achar a salvação."
- No trecho acima, qual palavra está no aumentativo e qual está no diminutivo?
Aumentativo: gigantão. Diminutivo: Joãozinho. - Qual é o sentido dessas palavras que você encontrou?
Gigantão é um gigante muito grande. Joãozinho pode tanto indicar o tamanho do menino João como ser uma forma carinhosa de tratamento.
12 O título do poema é Joãozinho sem medo. Qual palavra pode substituir a locução "sem medo", sem alterar o sentido?
X destemido
aterrorizado
temido
temeroso
13 Reescreva o verso "Ainda moleque ficou órfão", substituindo a palavra moleque por outra que mantenha o mesmo sentido.
Sugestão de resposta: Ainda criança ficou órfão; Ainda pequeno ficou órfão.
Para ler em casa
No poema Joãozinho sem medo, você conheceu um menino que enfrentava tempestade, gigante, fantasma. Mas um grande problema que ele também enfrentou foi ter ficado órfão, sem ter onde morar.
Converse sobre isso em casa: quais problemas seus familiares já enfrentaram ou de que tiveram medo? E o que eles temem hoje? Depois, leia esse poema para um adulto da sua casa e mostre as rimas presentes nele.
Se achar interessante, proponha uma brincadeira com rimas, em que cada familiar deve falar uma palavra para que os demais formem rimas com ela.
MANUAL DO PROFESSOR
Considerações sobre dificuldade
Desenvolvimento de vocabulário
1. Caso os estudantes apresentem dificuldade na atividade 11, proponha a eles que pensem em palavras no aumentativo e no diminutivo de forma contextualizada. É fundamental que compreendam que essas palavras podem acarretar diferentes sentidos, dependendo do contexto. Exemplos:
- Tenho um medão de fantasmas. (indica o grau de intensidade do medo)
- Minha amiga é um amorzinho. (indicação de afetividade)
2. Peça a eles sugestões de frases com palavras no aumentativo e no diminutivo. Escreva-as no quadro de giz e, depois, discutam que sentidos o uso de tal recurso pode ter em cada uma das frases.
Para ler em casa
Oriente a turma a declamar o poema para os familiares ou responsáveis. Se possível, deixe que, em sala de aula, treinem a leitura em pequenos grupos.
Solicite aos estudantes que, após a declamação, perguntem às pessoas que assistiram o que acharam da apresentação e que as motive a também ler o poema.
A atividade remete às práticas de Literacia Familiar. Proponha frequentemente atividades de leitura envolvendo as famílias e, sempre que possível, em comunicados, reuniões e eventos escolares, procure incentivá-las a participar cada vez mais ativamente das atividades apresentadas pelos estudantes.
115
Estudo da língua
Usos da vírgula
1 Leia o poema. Depois, responda oralmente às questões a seguir.
O medo maior que eu tenho,
o que me causa pavor,
é de pensar em vampiro.
Vampiro me causa horror!
[...]
Agora, mais perigoso, pra mim,
até que leão,
tenho medo é de cachorro,
cachorrinho ou cachorrão!
[...]
Pelo que vemos, pessoal,
ter medo não é vergonha.
Todo mundo tem um medo,
que a gente nem mesmo sonha.
[...]
Ruth Rocha. Quem tem medo de quê? São Paulo: Salamandra, 2012. (Fragmento).
Se necessário, explique que a vírgula nos versos "tenho medo é de cachorro, / cachorrinho ou cachorrão" separa expressões de mesmo valor sintático, expressões equivalentes.
- Por que a frase "Vampiro me causa horror!" termina com ponto de exclamação?
Porque a frase expressa um sentimento, enfatizando o horror a vampiro. - Na frase "tenho medo é de cachorro, cachorrinho ou cachorrão!", foi usada a vírgula. Por quê?
Para separar a palavra cachorro de "cachorrinho ou cachorrão". - Do que essa pessoa tem medo? Responda usando vírgula e ponto final.
Ela tem medo de cachorro, cachorrinho, cachorrão.
2 Copie do trecho as palavras que tenham a mesma grafia de carro, passar e manhã, com os dígrafos rr, ss e nh.
tenho, horror, cachorro, cachorrinho, cachorrão, pessoal, vergonha, sonha.
3 Complete as frases com uma das palavras entre parênteses.
- O menino fez uma careta de pavor ao ver o vampiro.
(careta - carreta) - Aquele caminhoneiro tem uma carreta grande e veloz.
(careta - carreta)
- O que você considerou para identificar a palavra correta em cada frase?
Espera-se que os estudantes percebam a diferença no som representado pelas letras r e rr e que isso muda o significado de cada palavra.
MANUAL DO PROFESSOR
Estudo da língua
■ Usos da vírgula
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP03, EF15LP14, EF35LP03, EF04LP05.
Componentes da PNA nesta seção
Conhecimento alfabético
Compreensão de textos
Atividades preparatórias
Compreensão de textos
Conhecimento alfabético
Depois da leitura inicial do poema de Ruth Rocha, proponha algumas reflexões exploratórias aos estudantes, considerando tópicos que eles já conheçam, mas estão sendo retomados ou aprofundados (por exemplo, dígrafos, diminutivos e aumentativos, uso da vírgula).
1. Na segunda estrofe do poema, enfatize que o termo cachorro apresenta dois dígrafos (ch e rr). A respeito do diminutivo e do aumentativo, pergunte se, nesse caso, cachorrinho é uma maneira carinhosa de se referir ao animal ou se é uma indicação do tamanho dele, para que os estudantes percebam que se trata do tamanho; o medo independe de ser um cachorro grande ou pequeno.
2. Discuta também o uso da vírgula, conforme apontado nos versos "tenho medo é de cachorro, / cachorrinho ou cachorrão!". Mostre como o uso da vírgula, em algumas situações, pode alterar totalmente o sentido da frase. Por exemplo, no seguinte diálogo:
— Você está com tempo para assistirmos ao filme agora?
— Não, preciso sair.
Ou:
— Você está com tempo para assistirmos ao filme agora?
— Não preciso sair. Então, podemos assistir.
Comente que o uso da vírgula ocorre em variadas situações, mas podemos dizer que, em geral, sua principal função é separar elementos dentro de uma frase.
Atividade complementar
Conhecimento alfabético
Após a realização da atividade 3, faça no quadro de giz uma tabela com duas colunas. Na primeira, escreva palavras que contenham r e, na segunda, palavras com rr, seguindo o modelo das palavras da atividade (careta — carreta). Por exemplo: caro — carro, muro — murro, tora — torra etc.
Peça aos estudantes que digam palavras que possam preencher cada coluna e, no final, solicite a leitura em uníssono e o registro dessas palavras no caderno.
116
4 Agora, leia a tirinha de Alexandre Beck.
a) Observe a expressão facial de Armandinho nos três quadrinhos e associe com o sentimento da personagem em cada momento.
- 1o quadrinho
- 2o quadrinho
- 3o quadrinho
- alegria 3
- desprezo 1
- atenção 2
-
O que fez Armandinho mudar de ideia?
A explicação da amiga, no 2o quadrinho, sobre tudo o que tem no "mato".
b) Observe o emprego das vírgulas na segunda fala do segundo quadrinho. Nesse caso, a vírgula serve para separar:
uma data.
X palavras em uma enumeração.
palavras repetidas.
um endereço.
Alguns casos em que se usa a vírgula.
- Nas enumerações.
Preciso comprar legumes, verduras, frutas e pão para o jantar. - Nas datas.
Aracaju, 12 de janeiro de 2023. - Nos endereços.
Avenida Brasil, 280, Jardim do Sol. - Em palavras repetidas.
Ele queria muito, muito que ela olhasse para ele. - Para separar expressões que têm sentidos semelhantes.
A moça não tinha nenhuma tristeza, nenhum arrependimento!
Esses são apenas alguns casos de uso da vírgula. Achamos desnecessário sobrecarregar estudantes de 4o ano com mais exemplos ou com casos mais complexos.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade preparatória
Compreensão de textos
Antes de realizar a atividade 4, explore a tirinha. Peça aos estudantes que expliquem o que entenderam dela. Pergunte se, quando Armandinho diz "Lá só tem mato!", no primeiro quadrinho, ele expressa uma opinião positiva ou negativa sobre o local. Ajude-os a perceber que, inicialmente, a expressão serve para indicar um lugar pouco atrativo, talvez por não possuir construções comuns de áreas urbanas (lojas, clubes, praças etc).
Nessa tirinha, esclareça que a amiga de Armandinho, no segundo quadrinho, explica a importância do mato, ou seja, da vegetação que limpa o ar e protege as nascentes, os rios e os animais.
Aproveite para refletir com os estudantes sobre a importância da pontuação na compreensão leitora e aprofunde o conceito de vírgula. Discuta como ficaria a frase "E fungos, insetos, anfíbios, répteis, aves, mamíferos...", no segundo quadrinho, caso não houvesse a vírgula separando os elementos.
Consideração sobre dificuldade
Os estudantes podem demonstrar dificuldades para utilizar a vírgula em situações diferentes das de enumerações. Por isso, para esta seção sugerimos que leve alguns exemplos que já fazem parte do cotidiano deles, como o uso da vírgula nas datas e em listas de materiais. Leia alguns outros casos em que se empregam as vírgulas no próprio Livro do Estudante.
117
Produção oral
Exposição oral
Você vai ler um texto expositivo e se preparar para uma exposição oral.
Preparação
■ Leia o texto em voz alta, mais de uma vez.
Medo, medinho, medão
Sabe quando nosso coração bate acelerado, dá uma tremedeira nas pernas e uma vontade gigante de gritar "Manheeeeê!!!"? Pois é, quem nunca sentiu medinho de alguma situação ou aquela coisa que foi crescendo, crescendo, crescendo, até virar um medão? Isso não é vergonha nenhuma. Sentir medo é muito normal! E, em algumas situações, ele pode evitar que a gente passe por situações de perigo.
[...]
Em uma situação de perigo, acontece uma reação química muito interessante com o ser humano. Quando algo provoca medo, o corpo se prepara para uma suposta defesa e libera vários tipos de hormônios. Um deles é a adrenalina, que, na corrente sanguínea, aumenta os batimentos cardíacos, causa suor e pode fazer as pessoas tremerem. Tudo isso acontece para deixar a pessoa mais atenciosa e preparada para enfrentar a situação.
Algumas crianças ficam tristes por sentirem um medo que, às vezes, cresce tanto, tanto, que elas não sabem o que fazer. A psicóloga Gláucia Pinheiro explica que ninguém precisa ficar chateado por isso. Segundo ela, os temores mudam com a idade e alguns podem permanecer ao longo da vida, como o pavor de bichos: "Muitas vezes, a criança fica com medo de determinado bicho porque vê os pais correrem dele. Isso liga um alerta na cabecinha dos pequenos, que começam a relacionar o perigo, por exemplo, a um inseto", explica. Ela lembra, também, que o medo da própria morte — ou da morte dos pais — é muito comum, mas, à medida que crescem, meninos e meninas entendem melhor que tudo são etapas da vida.
[...]
E quando o medo chega a doer e nos tira a coragem de ir à escola? Aí, não é legal. Quando o temor é tão grande que nos impede de fazer algo, ou nos deixa muito tristes, é preciso contar para os pais e buscar ajuda. Gláucia explica que algumas crianças têm medo de tirar notas baixas, e, por isso, querem faltar às aulas ou parar de brincar. "Um psicólogo pode ajudar a descobrir por que o medo está causando tanta dor. Mas é importante a criança ter tempo para tudo: estudar e brincar", recomenda.
[...]
Vivian Teixeira. Em: Minas Faz Ciência Infantil, 9 dez. 2016. Disponível em: https://oeds.link/aGDVlr. Acesso em: 26 abr. 2021. (Fragmento).
MANUAL DO PROFESSOR
Produção oral
■ Exposição oral
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP01, EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF15LP12, EF15LP13, EF35LP03, EF35LP10, EF35LP17, EF35LP18, EF35LP19, EF04LP03, EF04LP05, EF04LP19.
Componentes da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
Nesta seção, a proposta é realizar uma exposição oral sobre a temática da unidade: o medo.
Preparação
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Peça aos estudantes que leiam o texto em voz alta mais de uma vez.
O segundo parágrafo apresenta palavras e expressões que são específicas da área de Ciências; procure garantir que os estudantes as compreendam. Se possível, promova uma articulação com a disciplina de Ciências, para que o professor da área possa explicar as reações que acontecem no corpo quando sentimos medo.
Nesse momento, é interessante que os estudantes compreendam a função dos textos expositivos. Explique que esse tipo de texto tem como objetivo apresentar determinado tema, dando informações ao leitor, podendo trazer falas de especialistas (entre aspas e não indicadas por travessão) e dados importantes para embasar a explicação.
Aproveite o texto para discutir e enfatizar essas características. Pergunte aos estudantes por que o texto lido não pode ser um texto narrativo, por exemplo. Espera-se que eles já percebam que esse texto tem como objetivo central discutir e explicar o assunto, tratando-se, portanto, de um texto expositivo.
118
1 Escreva, no caderno, as palavras ou expressões do texto que você não entendeu.
Resposta pessoal. Professor: é provável que a turma tenha dificuldade de compreender as seguintes palavras e expressões: reação química, hormônios, batimentos cardíacos, temores. Se possível, utilize a sala de informática da escola para os estudantes realizarem uma pesquisa sobre as expressões que não compreenderam.
- Converse com os colegas e o professor. Se for necessário, procure o sentido delas no dicionário.
2 Sublinhe os trechos que estão entre aspas no texto.
"Manheeeeê!!!". "Muitas vezes, a criança fica com medo de determinado bicho porque vê os pais correrem dele. Isso liga um alerta na cabecinha dos pequenos, que começam a relacionar o perigo, por exemplo, a um inseto".
"Um psicólogo pode ajudar a descobrir por que o medo está causando tanta dor. Mas é importante a criança ter tempo para tudo: estudar e brincar"
3 Marque nas alternativas V para verdadeiro ou F para falso.
- F As falas desse trecho são indicadas por travessão.As falas são indicadas por aspas.
- V A segunda e a terceira fala referem-se a uma especialista, a uma psicóloga.
- F O texto não trata de um tema nem é explicativo. É um texto expositivo sobre o tema "medo".
- V O texto é diferente de um conto, de um poema e de uma notícia.
Planejamento
4 Buscar e ler um texto expositivo.
- Procure em jornais, revistas e na internet um texto expositivo sobre o "medo".
Dica: O texto expositivo dá informações sobre um assunto e divulga dados que podem ser verificados.
- Em dupla, você e um colega vão ler os textos que pesquisaram.
Sugerimos que você leve alguns textos para a sala de aula, caso algum estudante não tenha feito a pesquisa previamente. Se achar pertinente, também pode levar vários textos, e os estudantes fazem a atividade com o material que você fornecer.
- Nesses textos pesquisados, selecionem imagens e tabelas que poderão ser usadas na apresentação.
5 Fazer anotações e ensaiar a exposição oral.
- Com o colega, faça anotações por escrito para a exposição oral sobre o tema "medo", as quais servirão de roteiro escrito para a apresentação. Destaque o que acharem mais importante.
- Calculem o tempo de fala, de modo que vocês juntos não ultrapassem 5 minutos.
- Decidam o que cada um vai falar e de qual parte da exposição ficará encarregado.
- Ensaiem várias vezes antes do dia marcado para a apresentação.
MANUAL DO PROFESSOR
Planejamento
Atividades 4 e 5
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Produção de escrita
Retome com a turma a função do texto expositivo, reforçando que o texto apresenta informações sobre um assunto com base em dados que podem ser verificados (e muitas vezes divulgados no próprio texto).
Os estudantes podem demonstrar dificuldades para pesquisar textos expositivos com a temática "medo". Caso a sua escola tenha computadores disponíveis para os estudantes, organize um momento para auxiliá-los nessa busca. Outra sugestão é levar alguns textos selecionados por você sobre a temática e discutir com eles se são textos expositivos ou de outros gêneros.
Após a seleção dos textos e a montagem dos roteiros, auxilie os grupos nos ensaios da apresentação. Peça que leiam os textos em voz alta e observem se estão pronunciando as frases completas, sem as omissões típicas da fala. Chame a atenção para a articulação correta das palavras em tom de voz audível.
Em um segundo momento, oriente-os a unir os gestos às falas. Para ajudá-los nessa tarefa, selecione algumas frases, leia-as para eles com entonações e velocidades diferentes, destacando certas palavras ou expressões, e peça que repitam a sua leitura. Em seguida, analise com eles qual das leituras melhor transmitiu a mensagem do texto.
Se achar pertinente, grave os ensaios para que os estudantes possam assistir posteriormente e discutir os ajustes necessários.
119
Apresentação
6 Iniciar a apresentação.
- Em primeiro lugar, cumprimente a plateia e se apresente. Seu colega fará o mesmo quando for a vez dele.
- Inicie sua fala com uma introdução, para despertar a atenção dos ouvintes, resumindo o tema e dizendo o título do texto, quem escreveu e onde foi publicado.
Importante!
- Cada um pode segurar nas mãos uma cópia do roteiro e olhar, se for necessário.
- Use as mãos, gesticule, mude a entonação da voz.
- Pronuncie bem as palavras, sem falar muito depressa nem muito devagar.
- Olhe para todos os colegas, sem centralizar a atenção em apenas uma pessoa.
7 Desenvolver a apresentação.
- Você e seu colega vão desenvolver o assunto, alternando os turnos de fala.
- Depois, concluam o trabalho, retomando os principais pontos abordados.
8 Finalizar a apresentação.
- No final da apresentação, abram espaço para perguntas dos colegas.
- Ao encerrarem a apresentação, agradeçam a atenção dos ouvintes.
- Agora, o professor fará comentários mostrando aspectos positivos e negativos da sua apresentação.
Avaliação
9 Avaliar a apresentação.
- Considere as perguntas a seguir e preencha a tabela de avaliação.
Avaliação sobre a exposição oral | Sim | Não |
A apresentação ocorreu de acordo com os ensaios? | ||
Vocês buscaram expor o assunto com clareza? | ||
Conseguiram despertar o interesse da plateia? | ||
Durante a apresentação, a postura e o tom de voz estavam adequados? Respostas pessoais. |
MANUAL DO PROFESSOR
Apresentação
Atividades 6, 7 e 8
Fluência em leitura oral
Retome com a turma algumas orientações relativas à apresentação: cumprimentar a plateia e se apresentar no início da explanação; abrir espaço para as perguntas e respondê-las com atenção e gentileza; agradecer pela presença de todos e se despedir no final da apresentação.
Reforce também a importância de escutar com interesse as apresentações de cada colega e aguardar o momento de fazer perguntas, sempre com muito respeito e educação.
Avaliação
Atividade 9
Nesta etapa do trabalho, os estudantes colocam-se no papel de avaliadores ao preencherem a tabela de avaliação sobre exposição oral, mas também é importante que sejam avaliados por você, o que os leva a se autorregularem no conteúdo e na forma do que apresentaram.
A tabela de avaliação é um recurso que pode contribuir para a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem.
Ao dar o seu retorno, direcione a atenção dos estudantes para os aspectos nos quais precisam se aprimorar e valide aqueles nos quais se saíram bem. É importante apoiar e orientar cada estudante no que for preciso para incentivar um melhor desempenho dentro e fora da sala de aula.
120
Conhecer mais palavras
Faça no caderno.
1 Observe no trecho a seguir, retirado do texto Drácula, as palavras destacadas.
"Um fio (barbante / fibra / filete) de sangue escorria-me (esvaziava / jorrava / descia) pelo queixo. Olhei em torno, procurando um curativo. Ao ver o corte em meu rosto, o conde me agarrou pelo pescoço, os olhos brilhando. Então sua mão tocou as contas (cálculos / operações / miçangas) do terço, do qual pendia um crucifixo, e sua fúria se dissipou (desapareceu / esbanjou / espalhou) tão depressa que mal pude acreditar."
- Quais palavras podem substituí-las no trecho sem alterar o sentido e de acordo com o contexto? Copie a opção (entre parênteses) mais adequada para cada palavra.
Filete; descia; miçangas; desapareceu. - Copie no caderno o trecho com as substituições, fazendo as alterações necessárias.
- Depois, procure ler de forma rápida, pronunciando bem as palavras.
- Agora, elabore uma frase em que contas tenha o sentido de "cálculo".
Sugestão de resposta: Meu pai fez as contas do salário. - Faça a mesma coisa com a palavra fio com sentido de "fibra comprida de matéria têxtil".
Sugestão de resposta: Pegou o fio de lã e teceu um cachecol quentinho.
2 Agora, que tal chamar um colega para a Batalha dos Antônimos?
- Cada um fala uma letra com um número, relacionando as colunas.
- Relacione as duas colunas, identificando a letra de uma palavra (na 1a coluna) com seu antônimo (na 2a coluna).
- Vence quem encontrar mais palavras com seu sentido contrário!
A-2, B-4, C-6, D-1, E-3, F-5.
MANUAL DO PROFESSOR
Conhecer mais palavras
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP06, EF04LP06.
Componentes da PNA nesta seção
Desenvolvimento de vocabulário
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
As atividades desta seção devem ser realizadas no caderno. Sugerimos que os estudantes reservem uma parte do caderno para copiarem essas palavras e seus significados. Dessa forma, poderão consultá-las sempre que necessário.
A seção "Conhecer mais palavras" é um recurso que pode contribuir para a avaliação formativa dos estudantes, pois permite identificar tanto suas defasagens quanto seus avanços, a fim de acompanhar a evolução do seu processo de aprendizagem. É importante dialogar, apoiar e orientar cada estudante no que for preciso para incentivar um melhor desempenho dentro e fora da sala de aula.
Atividade 1
Desenvolvimento de vocabulário
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Esta atividade explora diferentes habilidades línguísticas. Dê atenção ao desenvolvimento apropriado de cada uma delas.
Atividade 2
Desenvolvimento de vocabulário
Antes de realizar a Batalha dos Antônimos, certifique-se de que os estudantes compreenderam que cada letra deve ser relacionada ao número que corresponde ao seu antônimo.
A atividade também pode ser realizada com toda a turma ao mesmo tempo. Para isso, combine que, após o sinal dado por você (pode ser um apito ou palmas, por exemplo), todos devem começar a jogar juntos. Ganha quem encontrar mais antônimos em menos tempo.
Se desejar ampliar a atividade, proponha aos estudantes que recriem o jogo com outras palavras e seus respectivos antônimos e convide-os a travar uma nova batalha.
Consideração sobre dificuldade
Conhecimento alfabético
Aproveite o repertório de palavras da seção e proponha um ditado. Selecione palavras com sílabas complexas ou que possam apresentar alguma dificuldade na escrita.
Essa atividade permite verificar quais são os maiores problemas de ortografia da turma. Aproveite esse momento para apresentar a eles outras palavras com o mesmo nível de dificuldade.
121
Avaliação em processo
■ Leia, em voz alta, o trecho destacado com fundo colorido.
- Lembre-se de fazer as pausas necessárias nas pontuações e de pronunciar bem as palavras.
O fantasma da sorte
Um dia, um capitão dos mares viajava durante suas férias. Como não estava habituado a andar em terra, acabou se perdendo numa densa floresta. Já era tarde da noite e ele tremia de frio quando avistou um maravilhoso castelo. Feliz por encontrar um abrigo, o capitão bateu à porta e foi recebido pelo proprietário, que o convidou para entrar.
Havia muitos hóspedes nobres no castelo, que se interessavam por suas histórias de navios e aventuras no mar. Assim, ele foi convidado para jantar e pernoitar ali.
Pouco antes da meia-noite, o capitão foi levado a um suntuoso cômodo. Sonhara que estava de volta ao mar, no meio de uma terrível tormenta. Ao abrir os olhos, viu uma linda criança, cercada de uma luz cintilante, parada bem na sua frente. A criança lhe sorriu e ele se sentiu estranhamente tranquilo. Em seguida, ela desapareceu e o quarto voltou a ficar escuro.
Na manhã seguinte, ao acordar, o capitão pensou que aquilo havia sido uma brincadeira de mau gosto. Quando se sentou à mesa para tomar o café da manhã, foi logo dizendo ao nobre:
— Caro amigo, obrigado por sua hospedagem. Mas agora desejo partir. Ontem, quando eu estava precisando tanto de repouso, o senhor me deu um grande susto ao mandar aquela criança me despertar no meio da noite. Desculpe-me da sinceridade, mas não gostei nem um pouco!
[...]
O nobre dirigiu-se ao capitão e explicou:
— Meu amigo, nossa família guarda um segredo há muitos séculos. Nesse castelo vive o fantasma de um menino. Seu quarto preferido é aquele em que você dormiu. Mas não se preocupe. Trata-se de um fantasma alegre, um fantasma da sorte. Todos que o viram ganharam dinheiro e foram felizes.
E foi o que aconteceu. Uma semana depois, o capitão conheceu uma formosa jovem, com quem se casou. Como ela era muito rica, ele acabou se tornando um milionário também. E os filhos que tiveram foram fortes, felizes e tiveram sorte durante toda a vida.
Heloisa Prieto. Lá vem história. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. (Fragmento adaptado).
MANUAL DO PROFESSOR
Avaliação em processo
Habilidades da BNCC nesta seção
EF04LP01, EF04LP05, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP15, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP09, EF35LP13.
Componentes da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Conhecimento alfabético
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
Na "Avaliação em processo" da unidade 4, são revisados alguns dos conteúdos abordados nas unidades 3 e 4, com atividade de fluência em leitura oral; questões de múltipla escolha e dissertativas abordando compreensão de textos com o conto de assombração "O fantasma da sorte", bem como atividades com sinônimos, escrita de palavras com s, ss e c, qu ou gu; e, ainda, uma proposta de produção de escrita.
É importante iniciar a avaliação pela fluência em leitura oral. Será preciso que os estudantes façam a leitura individualmente para você.
Depois, será o momento de fazer a avaliação escrita com toda a turma. Nessa parte da avaliação, entregue os livros aos estudantes, peça que leiam o texto todo em silêncio, façam as questões sobre ele e elaborem um pequeno texto.
A avaliação pode ser feita em vários dias da semana (por exemplo, a fluência em um dia, e as questões de produção escrita em outro).
Fluência em leitura oral
Antes da atividade 1, realize a aferição da fluência em leitura oral dos estudantes, tendo como parâmetro que, ao final do ano letivo, eles consigam ler 100 palavras por minuto, com precisão de 95%. Avalie-os um a um, com cronômetro e gravador. É importante que os estudantes não tenham lido o texto integral nem o trecho selecionado.
As orientações gerais de como aplicar a avaliação em fluência podem ser encontradas nas páginas MP029 a MP031 do Manual do Professor.
Nesta obra, sugerimos a seção "Avaliação em processo" como uma ferramenta de avaliação formativa para acompanhar o estudante em diferentes momentos do ano letivo e monitorar seu processo de aprendizagem.
No volume 4, a seção é aplicada nas unidades 2, 4 e 6, considerando a progressão gradual e processual de cada estudante. Você pode fazer a avaliação e compará-la aos resultados da "Avaliação em processo" da unidade 2, verificando se o estudante está em nível adequado de desenvolvimento; nível intermediário, que demanda uma intervenção mais direta; ou nível crítico, quando ainda apresenta muitas dificuldades.
Esse recurso permite identificar defasagens e acompanhar a evolução dos estudantes, bem como orientá-los em relação ao que necessitam avançar.
Nas páginas MP032 e MP033 do Manual do Professor, há uma ferramenta que pode auxiliá-lo nessa avaliação.
122
■ Leia, em silêncio, o texto todo da página anterior. Depois, faça as atividades.
- Assinale a alternativa correta nas questões de 1 a 3. Depois, responda no caderno às questões de 4 a 8.
1 O capitão não conhecia as histórias sobre o castelo:
A porque era um capitão dos mares e não conhecia nada daquela região.
B porque os nobres esconderam as histórias dele.
C porque os habitantes da região preferiram não contar essas histórias a ele.
Alternativa A.
2 O capitão foi convidado para jantar e pernoitar no castelo:
A porque era sempre convidado para jantar e pernoitar onde quer que ele fosse.
B porque havia muitos hóspedes que se interessavam pelas histórias que ele contava.
C porque ameaçou o proprietário caso não fosse convidado.
Alternativa B.
3 O que acordou o capitão no meio da noite?
A Um vento gelado e o barulho.
B A escuridão do quarto e um cantar de galo.
C Um sonho intranquilo e uma criança cercada de luz.
Alternativa C.
4 O que o capitão pensou sobre a criança que viu aparecer no quarto de madrugada?
O capitão pensou que aquilo havia sido uma brincadeira de mau gosto.
5 Agora, considere os fatos da narrativa que você leu. Nesse contexto, o castelo era ou não mal-assombrado? Justifique sua resposta.
Espera-se que os estudantes respondam afirmativamente, porque no castelo havia um fantasma de um menino que dormia em um dos quartos e aparecia para os hóspedes.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividades 1 a 5
Compreensão de textos
Nas questões de múltipla escolha (1, 2 e 3), oriente os estudantes a ler com atenção o comando de cada atividade e assinalar apenas uma alternativa como correta. Nas questões dissertativas (4 e 5), peça que leiam a pergunta e, se necessário, retornem ao texto para responder com adequação.
Atividade 6
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Nesta atividade, os estudantes vão conhecer o sentido de expressões do texto, seus sinônimos e antônimos.
Atividades 7 e 8
Conhecimento alfabético
Na atividade 7, os estudantes vão aplicar o que aprenderam em relação à escrita das palavras com qu ou gu. Já na atividade 8, vão recordar o uso correto das letras s, ss ou c na escrita das palavras.
Produção de escrita
A última parte da avaliação, após a atividade 8, refere-se à produção de escrita. Sugerimos que você faça algumas perguntas antes da elaboração. Após perceber que os estu-dantes já reuniram elementos para a escrita, peça a eles que escrevam o texto numa folha de rascunho, revisem e passem a limpo a versão final.
Nesta segunda "Avaliação em processo" do volume 4, é importante verificar como o estudante construirá seu texto e, sobretudo, como fará a revisão.
Sugestões de perguntas para esta avaliação:
- Onde era essa cidade?
- O que acontecia lá?
- Quem eram as personagens?
- Existiam monstros e fantasmas? Foram vistos por alguém?
- Qual era o medo das pessoas?
- Existia um herói?
- O mistério foi descoberto? Como?
Se considerar pertinente, anote essas questões no quadro de giz, para que os estudantes possam consultá-las durante a escrita.
Para avaliar a produção escrita, é preciso considerar diversos aspectos da produção textual. Para tanto, sugerimos uma tabela nas páginas MP032 e MP033 do Manual do Professor que pode auxiliar você na avaliação formativa de cada estudante.
Ao final da "Avaliação em processo", observe se há aspectos que merecem atenção e que precisam ser retomados, individual ou coletivamente.
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6 O trecho, a seguir, tem expressões destacadas.
"Pouco antes da meia-noite, o capitão foi levado a um suntuoso cômodo."
- Próximo da meia-noite, o capitão foi levado a um humilde cômodo.
- À meia-noite, o capitão foi levado a um cômodo chique.
- Muito depois da meia-noite, o capitão foi levado a um modesto cômodo.
- Quase meia-noite, o capitão foi levado a um luxuoso cômodo.
- Copie a frase do quadro que substitui as duas expressões destacadas por sinônimos.
Quase meia-noite, o capitão foi levado a um luxuoso cômodo. - Depois, copie a frase que substitui as duas expressões destacadas por antônimos.
Muito depois da meia-noite, o capitão foi levado a um modesto cômodo.
7 Copie as palavras, retiradas do texto, substituindo o símbolo ? por gu ou qu.
se ? inte seguinte
? arda guarda
? arto quarto
? ando quando
tran ? ilo tranquilo
a ? ela aquela
- Agora, escreva palavras diferentes das do quadro: uma com qu e outra com gu.
Resposta pessoal.
8 Copie as palavras, retiradas do texto, substituindo o símbolo ? por ss, s, c.
maravilho ? o maravilhoso
intere ? avam
interessavam
sin ? eridade
sinceridade
re ? ebido recebido
de ? pertar despertar
repou ? o repouso
- Escolha uma das palavras do quadro acima e escreva uma frase.
Resposta pessoal.
■ Você acabou de ler uma história do folclore inglês. Agora, escreva uma pequena narrativa: imagine uma cidade assombrada onde as pessoas não saem às ruas de noite e têm medo de tudo. Mas você conhece todos os fantasmas e monstros desse lugar.
- Escrita: elabore um rascunho com base nas orientações do professor.
- Revisão: releia seu texto e verifique se empregou bem a pontuação e se escreveu todas as palavras corretamente.
- Reescrita: passe seu texto a limpo, corrigindo o que for necessário.
MANUAL DO PROFESSOR
Conclusão da unidade
UNIDADE 4
Medos
Principais propostas realizadas na unidade
Os estudantes tiveram oportunidade de:
- pensar sobre os medos e verificar como essa sensação é apresentada em produções literárias e manifestações culturais;
- conhecer e compreender diversos gêneros textuais, como o conto de assombração e o poema narrativo;
- fazer leituras e desenvolver vários processos de compreensão de textos;
- desenvolver a prosódia, a precisão e a velocidade ao exercitar a fluência em leitura oral;
- ampliar o repertório com o desenvolvimento de vocabulário;
- realizar atividades para a consolidação progressiva da ortografia e do conhecimento alfabético (como dígrafos rr e ss e sons do s);
- rever, aprender e/ou ampliar os usos de conhecimentos linguísticos e gramaticais (como os sinais de pontuação, sobretudo os usos da vírgula);
- realizar a produção de escrita com a revisão da ortografia;
- acompanhar, passo a passo, as etapas (como planejamento, produção, avaliação, revisão, reelaboração) das produções;
- elaborar produções orais (como exposição oral) e escritas (como conto de assombração), socializando com o professor e os colegas;
- fazer leituras com familiares ou responsáveis, para desenvolver a Literacia Familiar.
Para realizar uma avaliação processual e formativa dos estudantes, nesta unidade foram sugeridas várias propostas de acompanhamento. Entre elas, destacam-se:
- as tabelas de avaliação, para revisar, analisar e reelaborar as produções oral e escrita e verificar as atividades de fluência realizadas nesta unidade;
- a seção "Conhecer mais palavras", para desenvolver gradativamente o repertório estudado na unidade;
- a confecção do "Dicionário da turma", para selecionar, organizar e consolidar o vocabulário aprendido na unidade;
- a seção "Para fazer em casa", para retomar os conteúdos gramaticais e o conhecimento alfabético estudados;
- a seção "Avaliação em processo", para verificar o desempenho de cada estudante como auxílio de uma ferramenta de avaliação apresentada nas páginas MP032 e MP033 deste Manual do Professor.
Os estudantes puderam trabalhar as habilidades da BNCC e os Componentes da PNA, conforme indicados em tabelas das páginas MP009 a MP015 e da página MP017 deste Manual do Professor.