182
UNIDADE 7 Mentiras e fantasias
É muito bom ter imaginação, criatividade, deixar a fantasia à solta... Muitas histórias e poemas foram criados dessa maneira. Mas mentir, usar a criatividade com a intenção de enganar outras pessoas não é nada bom. Você sabe a diferença entre uma fantasia e uma mentira?
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução da unidade
UNIDADE 7
Mentiras e fantasias
Objetivos da unidade
- Conhecer e compreender diversos gêneros textuais, como o conto de fadas e a peça teatral.
- Ler com fluência diversos textos, aprimorando com precisão o reconhecimento da palavra, a velocidade na leitura e a prosódia.
- Ampliar o vocabulário e conhecer os diferentes significados de palavras de acordo com o contexto.
- Desenvolver os seguintes processos de compreensão textual: localizar informações explícitas; fazer inferências diretas; interpretar e relacionar ideias e informações; analisar e avaliar conteúdos e elementos textuais.
- Realizar leitura dramática de texto teatral.
- Fazer encenação de texto teatral.
- Produzir um diálogo com base em imagens.
- Produzir poema com disparate.
- Realizar atividades que contribuam para a consolidação progressiva da ortografia.
- Fazer uso de conhecimentos linguísticos e gramaticais nas produções escritas.
- Desenvolver o hábito de reler para revisar e conferir a escrita.
- Compreender a função dos pronomes pessoais e dos possessivos.
- Aprender a fazer uso dos sufixos -agem, -oso/-osa.
- Desenvolver práticas de Literacia Familiar, em casa, por meio de textos trabalhados na unidade.
- Saber trabalhar em grupo com respeito e colaboração.
Nesta unidade, os estudantes vão ler a história de Pinóquio e estudar gêneros textuais, como poema e peça teatral. Também vão perceber a diferença entre realidade, mentira e fantasia. Ainda realizarão uma leitura dramática, finalizando com a encenação de uma peça teatral.
Todas as habilidades da BNCC contempladas nesta unidade encontram-se nas páginas MP009 a MP015 deste Manual do Professor.
As indicações, a seguir, referem-se aos Componentes da PNA contemplados nesta unidade:
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Conhecimento alfabético
Produção de escrita
183
- Você já imaginou que estava no espaço ou em algum lugar a que nunca foi?
- Gosta de inventar histórias e contá-las para seus amigos?
- Já contou uma mentira? Por quê?
Respostas pessoais.
Desafio
Observe as cenas na página anterior. Indique o número de cada cena nos respectivos quadrinhos.
- As crianças das cenas 2 e 3 parecem estar em uma situação em que alguém está mentindo.
- A personagem da cena 1 gostava de mentir, mas depois entendeu que isso não é legal.
- A fantasia e a invenção fazem parte do mundo das brincadeiras. As crianças das cenas 4 e 5 parecem estar brincando.
Agora veja isto: as palavras destacadas foram escritas ao contrário! Escreva-as corretamente e descubra o que diz a frase do poeta Mario Quintana.
A ARITNEM É UMA EDADREV QUE SE UECEUQSE DE ACONTECER.
A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade preparatória
Antes de iniciar a unidade, faça a leitura de contos com situações que envolvam mentiras e enganações, como "Pedro e o lobo", "A roupa nova do imperador", "A fiandeira preguiçosa".
Nas atividades de leitura e de análise dos textos literários, ressalte que, em muitas narrativas ficcionais, a mentira e a enganação estão presentes como fruto da fantasia e da imaginação.
Após explorar o boxe de questões orais, incentive os estudantes a distinguir mentiras que são fruto da imaginação e da fantasia nas histórias das que são contadas na vida real. Se achar oportuno, amplie o assunto abordando as fake news e conversando um pouco com a turma a respeito dessa prática atual e bastante danosa para a sociedade.
Abertura
Habilidades da BNCC na abertura
EF15LP09, EF15LP10, EF15LP18.
Consideração sobre dificuldade
Conhecimento alfabético
Compreensão de textos
Caso perceba que há estudantes com dificuldades no "Desafio", proponha a realização em duplas, para que dialoguem sobre as imagens mais apropriadas em cada item.
Após a descoberta por eles da frase do poeta Mario Quintana, escreva-a no quadro e proponha a leitura coletiva, evidenciando a reorganização das letras na formação das palavras.
Por fim, peça que comentem o que entenderam a respeito do significado dessa frase e deixe que compartilhem as suas impressões.
Atividade complementar
Compreensão de textos
Muitos provérbios ou ditados populares apresentam a mentira como tema.
Após o "Desafio", converse com a turma sobre o ensinamento que os provérbios a seguir transmitem.
- A mentira monta na garupa da dúvida.
- A mentira corre mais que a verdade.
- A mentira tem pernas curtas.
- A mentira é como uma bola de neve; quanto mais rola, mais engrossa.
Após essa conversa, incentive os estudantes a criar mais alguns provérbios, agora tendo a verdade como tema.
184
Para ler
Para estudar o vocabulário do trecho da história do Pinóquio, solicite aos estudantes que registrem, no caderno, as palavras cujo significado eles não conhecem e, em seguida, falem quais são elas. No quadro de giz, escreva essas palavras e o significado delas. Peça a eles que copiem a lista coletiva no caderno.
Antes de ler
Você vai ler um trecho de Pinóquio, um conhecido conto de fadas. Nesse trecho, o boneco de madeira havia acabado de ser enganado por dois falsos amigos quando o Grilo-Falante aparece. Respostas pessoais.
- Você conhece a história do Pinóquio? Se conhece, fale um pouco sobre ela.
- Imagine uma situação em que alguém foi alertado sobre más companhias, mas não deu atenção ao alerta. Você já viu isso acontecer?
Durante a leitura
- Acompanhe a leitura em voz alta feita pelo professor e, assim que ele der uma pausa, repita com a turma o trecho ou o parágrafo lido.
- Sublinhe as palavras que você não conhece ou quando não tem certeza do que significam, para conversar com a turma sobre o sentido delas na história.
- Na relação do Pinóquio com o Grilo-Falante, observe se o boneco de madeira presta atenção no que o grilo diz.
Pinóquio
[...]
— Eu bem que o avisei sobre as más companhias! — disse o Grilo-Falante, aparecendo na neve.
Mas Pinóquio o enxotou, com raiva, pouco antes de cair desmaiado na neve, de fome e frio, e não se lembrar de mais nada.
Quando ele acordou, viu que estava na sua própria cama, com a boa fada Turquesa e o Grilo-Falante, atarefados em cuidar dele.
— O que foi que aconteceu? — perguntou Pinóquio.
— Você foi um boneco muito mau — disse a fada. — Foi tolo e desobediente, e entristeceu todo mundo, a mim, ao seu pai Gepeto e até ao Grilo-Falante, que não conseguiu fazê-lo criar juízo!
— Eu não fui mau, não! — gritou Pinóquio. — É mentira deste grilo implicante! Eu fui um boneco muito bom!
MANUAL DO PROFESSOR
Para ler
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP02, EF15LP03, EF15LP09, EF15LP10, EF15LP15, EF15LP16, EF15LP18, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP21, EF35LP26, EF04LP03, EP04LP05.
Componentes da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Boxe inicial de "Para ler"
Compreensão de textos
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Ao propor a primeira questão, antecipe aos estudantes que eles lerão um trecho de uma das adaptações do conto "Pinóquio", de Carlo Collodi, recontado por Tatiana Belinky. É provável que conheçam o enredo da história, pois há várias versões dela, até mesmo em filmes e animações.
Para ampliar o conhecimento da turma, comente que a personagem Pinóquio já existia antes de aparecer em livro, pois, no ano de 1881, o autor, Carlo Collodi (pseudônimo de Carlo Lorenzini), iniciou a produção do primeiro periódico italiano com o objetivo de oferecer uma leitura agradável e instrutiva ao público infantil — Giornale per i Bambini (Jornal para as Crianças) —, no qual publicou originalmente a Storia di un Burattino (História de um Boneco), primeiro título das Aventuras de Pinóquio (em italiano Pinocchio). Um pouco mais tarde, em 1883, a personagem apareceu no livro As aventuras de Pinóquio e, desde então, o conto ganhou inúmeras adaptações.
Ao encaminhar o trabalho com o trecho dessa história, solicite aos estudantes que descrevam as características de Pinóquio com base em elementos do texto.
Encaminhe a leitura em eco com os estudantes. Leia um parágrafo por vez, em voz alta, e solicite que repitam, aprimorando assim a fluência. Aproveite o momento para observar se estão lendo com autonomia. Ressalte a importância da entonação e incentive a criação de vozes que possam deixar a leitura mais envolvente.
Verifique as dúvidas quanto ao vocabulário e faça os esclarecimentos necessários, incentivando a turma a compreender o significado das palavras no contexto da história.
Peça aos estudantes que, a cada texto lido na unidade, acrescentem as novas palavras ao "Dicionário da turma" que estão elaborando.
185
E de repente Pinóquio viu que o seu pequeno nariz de madeira crescia, se esticava, se espichava, até parecer um galho de árvore!
— Que horror! O que está acontecendo comigo?— gritou o boneco, assustado.
— O seu nariz cresceu, porque você mentiu! Sempre que você mentir, o seu nariz vai crescer! — explicou a fada.
Pinóquio começou a chorar:
— Não faço mais, não minto mais! — prometeu ele.
— Está certo — disse a fada —, vou tentar acreditar em você. E vou lhe dar mais uma oportunidade de provar o que está dizendo. Você terá de sair à procura de seu pai Gepeto, que se perdeu no mar, quando, há dois dias, assustado com o seu sumiço, saiu desesperado à sua procura, numa canoa.
[...]
Collodi. Pinóquio: as mais lindas histórias infantis contadas por Tatiana Belinky. São Paulo: Martins Fontes, 2015. (Fragmento).
Para estudar o texto
Praticar a fluência
1 Leia em voz alta o trecho do texto Pinóquio.
"— O que foi que aconteceu!? — perguntou Pinóquio.
— Você foi um boneco muito mau — disse a fada. — Foi tolo e desobediente, e entristeceu todo mundo, a mim, ao seu pai Gepeto e até ao Grilo-Falante, que não conseguiu fazê-lo criar juízo!
— Eu não fui mau, não! — gritou Pinóquio.— É mentira deste grilo implicante(!) Eu fui um boneco muito bom!"
- Marque as palavras que você considera mais difíceis de ler. Depois, releia as palavras que você marcou, para aprimorar sua leitura. Resposta pessoal.
2 Com dois colegas, marque os pontos de interrogação e de exclamação do trecho da atividade anterior, para treinar a entonação da frase interrogativa e das frases exclamativas.
- Ensaiem a leitura desse diálogo, dividindo entre vocês os trechos do narrador e as falas do Pinóquio e da fada.
- Apresentem a leitura ao professor e ouçam o que ele tem a dizer.
MANUAL DO PROFESSOR
■ Para estudar o texto
Praticar a fluência
Componente da PNA nesta subseção
Fluência em leitura oral
Consideração sobre dificuldade
Compreensão de textos
Para auxiliar os estudantes com dificuldade de compreensão geral do texto, sugerimos reler alguns trechos com eles em voz alta e pedir que expliquem o que estão entendendo da situação apresentada.
Incentive a retomada da conversa entre Pinóquio, o Grilo-Falante e a fada, perguntando o que cada personagem disse, qual foi o contexto geral do diálogo e o que podemos saber sobre elas pelo que disseram umas às outras.
Atividade 1
Fluência em leitura oral
Se necessário, auxilie os estudantes em palavras que eles não reconheçam facilmente e cuja leitura não soe natural.
Atividade 2
Fluência em leitura oral
Após a atividade em grupo, peça aos estudantes que se autoavaliem, com base nas seguintes questões:
- O trecho foi lido com boa velocidade?
- As palavras foram lidas corretamente?
- A entonação estava adequada e expressiva?
Aproveite para avaliar a fluência leitora, verificando a precisão, a velocidade e a entonação. Depois, dê-lhes seu parecer e procure fazê-los perceber que a releitura do texto ajuda a melhorar a qualidade da leitura.
186
3 Pratique a leitura com as frases a seguir. Inspire naturalmente antes de começar e leia em voz alta cada frase até o final.
- A fada falou com Pinóquio.
- A fada falou com Pinóquio sobre o sumiço de Gepeto.
- A fada falou com Pinóquio sobre o sumiço de Gepeto, que se perdeu.
- A fada falou com Pinóquio sobre o sumiço de Gepeto, que se perdeu no mar.
- A fada falou com Pinóquio sobre o sumiço de Gepeto, que se perdeu no mar em uma canoa.
- A fada falou com Pinóquio sobre o sumiço de Gepeto, que se perdeu no mar em uma canoa há dois dias.
- Leia para um colega em ritmo normal. Em seguida, leia lentamente e, depois, o mais rápido que puder. Por fim, faça a leitura para o professor no ritmo adequado.
Compreender o texto
4 Você leu um trecho de um conto de fadas.
- Quem é a personagem principal dessa história? Pinóquio.
- No início do trecho lido, o que tinha acabado de acontecer com essa personagem? Pinóquio tinha acabado de ser enganado por falsos amigos.
- O que aconteceu com a personagem poderia ter sido evitado. Por quê? Porque o Grilo-Falante avisou sobre más companhias. Se Pinóquio tivesse dado ouvidos a ele, provavelmente não teria sido enganado.
- Que outras personagens aparecem ou são mencionadas nesse trecho da história? O Grilo-Falante, a boa fada Turquesa e Gepeto.
5 Assinale a alternativa correta. Pinóquio era um boneco feito de:
- pano.
- ferro.
- X madeira.
Contos de fadas são histórias repletas de encantamento e magia, nas quais a realidade e a fantasia se misturam, podendo, ainda, trazer algum ensinamento. Reis e rainhas, príncipes e princesas, fadas e bruxas, animais falantes, dragões, gnomos e elfos costumam fazer parte dessas histórias fantásticas.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3
Fluência em leitura oral
A proposta de leituras mais lentas e mais rápidas tem por objetivo propor a experimentação de diferentes velocidades na fala, para que os estudantes leiam com mais precisão e adequação do ritmo.
A leitura de repetição melhora a qualidade da leitura com a prática. A estratégia de aumentar a frase progressivamente permite ao estudante ir lidando com as dificuldades no reconhecimento das palavras passo a passo, chegando à última frase com essa precisão garantida e com o aumento na velocidade da leitura.
Compreender o texto
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP03, EF15LP10, EF15LP15, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP26.
Componente da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Níveis para compreensão de textos | |
---|---|
Nível 1 | Localizar e retirar informação explícita. |
Nível 2 | Fazer inferências diretas. |
Nível 3 | Interpretar e relacionar ideias e informação. |
Nível 4 | Analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais. |
Atividade 4 níveis 1 e 3
Atividades 5 e 6 nível 1
Atividade 7 nível 3
Atividades 8 a 10 nível 4
Atividade preparatória
nível 3
Compreensão de textos
Promova uma conversa sobre os elementos da estrutura narrativa com estas perguntas:
- O narrador participa da história ou só a conta?
- Quais são as personagens?
- Qual é o enredo?
- Onde se passa a história?
- Há localização espaçotemporal?
Relembre a diferença entre discurso direto (em que há uma transcrição exata da fala da personagem, é ela "quem fala") e discurso indireto (em que o narrador reproduz com as suas palavras a fala da personagem).
Em seguida, analise a pontuação usada na construção do discurso direto.
187
6 No trecho que você leu, Pinóquio acorda sem se lembrar de nada.
- O que a fada responde quando ele pergunta o que aconteceu? Assinale a alternativa correta.
Que ele havia sido um boneco muito bom e por isso estava descansando.
X Que ele havia sido um boneco muito mau, tolo, desobediente e tinha entristecido a todos.
Que ele era um boneco muito esperto e que sabia diferenciar as boas das más companhias.
7 Numere os trechos a seguir de acordo com a ordem dos acontecimentos no texto.
2 Pinóquio, com raiva, enxotou o Grilo e caiu desmaiado na neve, de fome e frio, sem se lembrar de nada.
4 Pinóquio perguntou o que aconteceu.
1 O Grilo-Falante disse a Pinóquio que o avisou sobre más companhias.
3 Pinóquio acordou e viu que estava em sua cama, sendo cuidado pela boa fada Turquesa e pelo Grilo-Falante.
9 A fada respondeu que o nariz dele cresceu porque ele mentiu, alertando-o de que sempre que mentisse o nariz cresceria mais ainda.
11 A fada pediu que provasse o que estava dizendo, indo à procura do pai, Gepeto, que havia se perdido no mar à procura de Pinóquio.
5 A fada respondeu que ele foi um boneco muito mau, entristecendo a todos.
7 O nariz do Pinóquio começou a crescer e ele ficou horrorizado e assustado com o que estava acontecendo.
8 Pinóquio quis saber por que o nariz dele cresceu.
6 Pinóquio respondeu que não foi mau e que aquilo era mentira do Grilo.
10 Pinóquio começou a chorar e prometeu que não mentiria mais.
8 Na sua opinião, por que Pinóquio não acatou o conselho do Grilo-Falante sobre más companhias? Resposta pessoal. Professor: ajude os estudantes a concluir que Pinóquio era teimoso e não ouvia conselhos de ninguém.
9 Essa história traz um ensinamento? Qual?
Sim. O ensinamento de que não é bom mentir. Além disso, quando alguém nos avisa sobre algo, é importante que pensemos a respeito, em vez de ignorarmos o aviso.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 7
nível 3
Compreensão de textos
Sugira aos estudantes que leiam os itens para depois indicarem a ordem em que aparecem na história. Após a correção, proponha que relacionem as ações descritas na atividade à estrutura da narrativa, situando-as conforme cada parte da história: situação inicial, conflito e desfecho.
Atividade 8
nível 4
Compreensão de textos
Auxilie os estudantes a relacionar a atitude de Pinóquio de não acatar o conselho do Grilo-Falante às características dele, utilizando o comentário da fada sobre a maneira de ele se comportar.
Se considerar pertinente, aproveite para conversar sobre temas que estão presentes na história de Pinóquio, como obediência, desobediência, verdade e mentira.
Atividade 9
nível 4
Compreensão de textos
Retome a informação de que o autor queria construir uma história que pudesse ser interessante e instrutiva. Pergunte aos estudantes se consideram que esse objetivo foi atingido, ou seja, se aprenderam algo com a história de Pinóquio e se acreditam que ela pode ajudar a entender melhor o mundo em que vivemos e a mudar nossas ações.
Consideração sobre dificuldade
nível 3
Compreensão de textos
Esclareça aos estudantes que, nos contos de fadas, além da presença de personagens pertencentes ao mundo mágico, também há a estrutura do enredo: a sequência da narrativa apresenta uma ordem, ou seja, uma situação inicial, que se desestabiliza, gerando uma série de conflitos que só se interrompem com o aparecimento de uma força maior que reestabelece a ordem. Comente que, geralmente, há personagens do bem e do mal, e a vitória, apesar do sofrimento pelo qual passa ao longo da narrativa, sempre é da personagem do bem. Por fim, diga que o restabelecimento da ordem nos contos de fadas traz possibilidades de interpretações e de ensinamentos.
188
10 Pense em outros contos de fadas que você conhece.
- Listem três deles. Resposta pessoal. Sugestões: Cinderela, Branca de Neve e os Sete Anões, A Bela e a Fera, Aladim e o Gênio.
- Compare sua lista com a de um colega e converse com ele se há algum ensinamento nos contos que vocês listaram. Resposta pessoal.
Ampliar o vocabulário
11 Identifique no quadro abaixo as palavras que definem Pinóquio no trecho da história que você leu.
mentiroso x
verdadeiro
sincero
teimoso x
desobediente x
bom
honesto
tolo x
esperto
mau x
12 Reescreva as expressões substituindo as palavras em destaque por outras com sentido contrário. Veja o exemplo.
más companhias — boas companhias
- Boneco muito mau. Boneco muito bom.
- Pequeno nariz de madeira. Grande nariz de madeira.
- Entristeceu todas as pessoas. Alegrou todas as pessoas.
13 A fada, em certo momento, disse a Pinóquio que o Grilo-Falante não conseguiu fazê-lo "criar juízo".
- Na sua opinião, o que ela quis dizer com a expressão "criar juízo"?
Troque ideias com os colegas.
Resposta pessoal. Professor: ajude os estudantes a perceber que a fada quis dizer que Pinóquio, ao não dar ouvidos ao grilo, não teve bom senso, não avaliou bem a situação na qual devia estar envolvido e, como consequência, foi enganado por falsos amigos.
Para ler em casa
Certamente algum familiar seu conhece a história do Pinóquio. Converse com essa pessoa a respeito da história, falando sobre as principais características do boneco de madeira e sobre o que acontece com o nariz dele quando começa a mentir.
Depois, façam uma leitura em conjunto do diálogo entre o Pinóquio, o Grilo-Falante e a fada.
MANUAL DO PROFESSOR
Ampliar o vocabulário
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP03, EF35LP05.
Componentes da PNA nesta subseção
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
A ampliação do vocabulário contribui para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita de forma geral. Além disso, favorece a compreensão de leitura dos estudantes ao aumentar o repertório de palavras conhecidas e seus significados.
Atividade 11
Desenvolvimento de vocabulário
Peça aos estudantes que justifiquem a escolha dos adjetivos (mentiroso, desobediente, teimoso, tolo e mau) recuperando trechos do texto. Solicite que expliquem com as próprias palavras o que esses adjetivos significam e elaborem outros exemplos de uso dessas palavras.
Atividade 12
Desenvolvimento de vocabulário
Se julgar pertinente, proponha aos estudantes que digam outros pares de palavras que tenham sentidos contrários e faça uma lista no quadro de giz para que copiem no caderno e possam consultá-la.
Atividade 13
Desenvolvimento de vocabulário
A expressão "criar juízo" é bastante usada e, por isso, possivelmente conhecida dos estudantes. Solicite que também troquem ideias sobre o sentido de "perder o juízo" e sobre o contexto em que essas expressões podem aparecer.
Para ler em casa
Incentivar conversas sobre temas diversos é uma forma de promover a Literacia Familiar. Ao conversar, por exemplo, sobre uma história lida na escola, os estudantes estabelecem uma troca de saberes com familiares ou responsáveis que favorece o desenvolvimento da linguagem e da interação. Auxilie-os a antecipar com quem podem realizar a atividade e o momento da rotina familiar mais apropriado para isso.
Atividade complementar
Compreensão de textos
Amplie a compreensão do texto pedindo aos estudantes que contem se já viveram algo parecido com o que ocorreu com Pinóquio no trecho que leram da história. Sugestão de perguntas: · Alguém já o alertou sobre algo ou alguém e você não deu atenção? Quem?
- O que aconteceu?
- Houve alguma consequência? Qual?
- Por que você não deu atenção ao alerta que lhe foi dado?
- Como você se sentiu?
- Você se acha teimoso?
Instaure um ambiente acolhedor para que se sintam à vontade para compartilhar experiências pessoais, caso queiram.
189
Estudo da língua
Pronomes pessoais
1 Releia esta fala de Pinóquio.
"— Eu não fui mau, não! — gritou Pinóquio. — É mentira deste grilo implicante! Eu fui um boneco muito bom!"
- Nessa fala, a palavra eu refere-se ao
nome Grilo-Falante.
X nome Pinóquio.
- As palavras empréstimo, dramático e trapaça têm uma sílaba com a letra r depois de uma consoante.
- Circule no trecho duas palavras escritas do mesmo modo. Gritou, grilo.
2 Agora leia esta tira de Fernando Gonsales.
- Dá para saber por que a cobra está reclamando nos dois primeiros quadrinhos? Justifique sua resposta. Não; porque é só no final que aparece o encantador de cobras tocando seu instrumento.
- A quem se refere a palavra ele no último quadrinho? Ao encantador de cobras, 3a pessoa.
MANUAL DO PROFESSOR
Estudo da língua
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP14, EF15LP18, EF35LP04, EF35LP06, EF35LP14, EF04LP06.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Conhecimento alfabético
■ Pronomes pessoais
Atividade preparatória
Para mapear os conhecimentos dos estudantes sobre pronomes, questione-os e deixe que comentem as questões: Vocês sabem o que são pronomes? Como vocês explicariam isso a outras pessoas?
Atividade 1
Compreensão de textos
Conhecimento alfabético
Peça aos estudantes que encontrem no texto "Pinóquio" o trecho apresentado nesta atividade e observem a fala da fada que aparece antes e a intervenção do narrador entre travessões "— disse a fada. —", comparando-a com a intervenção feita na fala de Pinóquio: "- gritou Pinóquio. [...]".
Enfatize a importância dos travessões para introduzir a fala das personagem no discurso direto e para intercalar nela a "fala" do narrador.
No item b, retome com os estudantes as letras gr nas palavras gritou e grilo do trecho e peça outros encontros consonantais na mesma sílaba formados com a letra r.
Atividade 2
Compreensão de textos
Explore a tira com os estudantes, levando-os a observar como se constrói visualmente cada quadrinho. Sugerimos algumas perguntas:
- O que indicam as letras maiúsculas e em destaque na primeira fala da cobra? (Indicam que ela está gritando.)
- A expressão facial da cobra combina com a reclamação que ela faz? (Os olhos entreabertos e o corpo enrolado sugerem que ela estava tentando dormir ou foi acordada)
- Na sua opinião, isso gera humor na tira?
190
Explique aos estudantes que os pronomes da 2a pessoa são utilizados apenas em algumas regiões do Brasil. Na maioria delas, utiliza-se o pronome de tratamento você(s) para se referir à pessoa com quem se fala.
Em uma situação de comunicação, há três pessoas do discurso:
- 1a pessoa: quem fala;
- 2a pessoa: com quem se fala;
- 3a pessoa: de quem ou sobre o que se fala.
As palavras que se referem a essas pessoas são os pronomes pessoais.
Pronomes pessoais retos | ||
---|---|---|
Singular | Plural | |
1a pessoa | eu | nós |
2a pessoa | tu | vós |
3a pessoa | ele, ela | eles, elas |
3 Leia o diálogo entre avó e neta e observe as palavras destacadas.
- A quem se refere o pronome em destaque no primeiro quadro? O pronome te refere-se à pessoa com quem se está falando: a menina.
- A que se refere o pronome em destaque no último quadro? O pronome os se refere à coisa da qual se fala: os livros.
- Na sua opinião, por que foi utilizado um pronome no último quadro? Para retomar a palavra livros sem precisar repeti-la.
Pronomes pessoais oblíquos | ||
---|---|---|
Singular | Plural | |
1a pessoa | me, mim, comigo | nos, conosco |
2a pessoa | te, ti, contigo | vos, convosco |
3a pessoa | o, a, lhe, se, si, consigo | os, as, lhes, se, si, consigo |
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3
No item c, reforce o uso do pronome oblíquo para evitar a repetição do substantivo (livros) e destaque a importância dessa estratégia na produção de textos.
A divisão dos pronomes em retos e oblíquos é feita de acordo com a função que eles exercem na oração.
São retos os pronomes que funcionam como sujeito ou predicativo do sujeito. Exemplos:
- Nós estamos aqui. (nós —sujeito da oração)
- Você não é ele. (ele — predicativo do sujeito)
São oblíquos os pronomes que funcionam fundamentalmente como complementos verbais. Exemplos:
- Não o vi mais. (o — objeto direto)
- Não culpem a mim. (mim — objeto indireto)
Atividade complementar
Produção de escrita
Compreensão de textos
Para complementar a atividade 3, peça aos estudantes que reescrevam um trecho do texto retirando os pronomes (por exemplo, o 1o parágrafo da página 185). Depois, solicite que comparem a reescrita com o texto original. Veja:
Reescrita: E de repente Pinóquio viu que o pequeno nariz de madeira de Pinóquio crescia, se esticava, se espichava, até parecer um galho de árvore!
Texto original: "E de repente Pinóquio viu que o seu pequeno nariz de madeira crescia, se esticava, se espichava, até parecer um galho de árvore!"
Destaque a importância do uso de pronomes em um texto. Ao substituir alguns termos e evitar a repetição, a leitura torna-se mais clara e agradável.
191
4 Releia esta fala da história de Pinóquio.
"— Você foi um boneco muito mau — disse a fada. — Foi tolo e desobediente, e entristeceu todo mundo, a mim, ao seu pai Gepeto e até ao Grilo-Falante, que não conseguiu fazê-lo criar juízo!"
- A quem se referem os pronomes em destaque? O pronome mim refere-se à fada. O pronome o(lo) refere-se a Pinóquio.
-
Como ficaria o segundo pronome se Pinóquio fosse uma personagem feminina?
fazê-la. Comente com os estudantes que os pronomes o, a, os, as, quando colocados depois do verbo, podem assumir outras formas, como lo, la, los, las.
5 Substitua por pronomes pessoais as expressões destacadas.
- Grilo e Pinóquio não se entendiam. Eles não se entendiam.
- As pessoas da vila ficaram com pena de Gepeto quando o viram entrar na canoa. Elas ficaram com pena de Gepeto quando o viram entrar na canoa.
- Eu e a fada não acreditamos em Pinóquio. Nós não acreditamos em Pinóquio.
- O Grilo-Falante não conseguiu fazer Pinóquio se afastar das más companhias. O Grilo-Falante não conseguiu fazê-lo se afastar das más companhias.
- O menino vai procurar seu pai, Gepeto. Ele vai procurar seu pai, Gepeto.
6 Leia e reescreva as frases, substituindo os termos em destaque pelos pronomes do quadro.
o
a
la
los
lo
- Nós queríamos ver a fada usando sua varinha mágica. Nós queríamos vê-la usando sua varinha mágica.
- Eles precisavam encontrar os amigos. Eles precisavam encontrá-los.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividades 4 e 6
As formas lo(s), la(s), no(s) e na(s), assumidas pelos pronomes oblíquos átonos, costumam causar dúvidas nos estudantes. Durante a correção da atividade, retome as situações em que elas ocorrem.
a) Quando os verbos apresentarem as terminações -r, -s ou -z, os pronomes o, os, a, as assumem as formas -lo, -la, -los, -las. Exemplo:
- Podemos comprar o chocolate?
Podemos comprá-lo?
b) Quando as terminações são ditongos nasais (-ão, -õe(m), -am, -em), os pronomes o, os, a, as assumem as formas -no, -na, -nos, -nas. Exemplo:
- Deixem a menina falar! Deixem-na falar!
Atividade 5
Nesta atividade, é necessário que os estudantes percebam que a escolha do pronome a ser utilizado depende das expressões destacadas e que é preciso analisá-las para, então, fazer a substituição adequada.
Consideração sobre dificuldade
Se houver estudantes que apresentem dificuldades para identificar os pronomes e sua função, escreva uma lista com os pronomes pessoais no quadro de giz.
Solicite a eles que deem exemplos de situações em que usariam essas palavras e então evidencie a função dos pronomes. Depois, disponibilize trechos de outros contos e peça que destaquem os pronomes utilizados.
192
Pronomes possessivos
1 Releia estes trechos da história de Pinóquio.
1 "Quando ele acordou, viu que estava na sua própria cama, com a boa fada Turquesa e o Grilo-Falante, atarefados em cuidar dele."
2 "E de repente Pinóquio viu que o seu pequeno nariz de madeira crescia, se esticava, se espichava, até parecer um galho de árvore!"
- De quem é a cama de que o texto fala? De Pinóquio.
- De quem é o pequeno nariz? De Pinóquio.
- Que palavras indicam isso nos dois casos? Respectivamente, os pronomes sua e seu.
- O que essas palavras indicam? Que a cama e o pequeno nariz pertencem a Pinóquio; ele os possui.
- Agora conclua e complete a afirmação.
Palavras que indicam posse em relação às pessoas gramaticais são chamadas de pronomes possessivos
f) Nos quadros abaixo, todas as palavras têm dígrafo, mas há uma intrusa em cada um. Descubra e justifique sua resposta.
No 1o quadro (com qu), a intrusa é galho (lh). No 2o quadro (com qu), a intrusa é chorar (ch).
Turquesa Pinóquio galho
quando chorar pequeno
2 Complete o quadro a seguir com as pessoas gramaticais correspondentes aos pronomes possessivos.
Pronomes possessivos | ||
---|---|---|
Singular | Plural | |
1a pessoa | meu, minha, meus, minhas | nosso, nossa, nossos, nossas |
2a pessoa | teu, tua, teus, tuas | vosso, vossa, vossos, vossas |
3a pessoa | seu, sua, seus, suas | seu, sua, seus, suas |
MANUAL DO PROFESSOR
■ Pronomes possessivos
Atividades complementares
Produção de escrita
Compreensão de textos
Para complementar as atividades 1 e 2, seguem algumas atividades para auxiliar na compreensão dos pronomes possessivos.
1. Disponibilize o texto a seguir para os estudantes da forma que julgar mais conveniente e peça que o reescrevam substituindo cada número pelo pronome possessivo adequado.
Era uma vez um senhor chamado Gepeto que morava em um quartinho no rés do chão. Como ele vivia sozinho em [1] casa, [2] sonho era ter um flho. Para passar o tempo, vivia arrumando coisas para fazer, mas o principal hobby [3] era trabalhar com madeira.
Um dia, Gepeto teve uma ideia que o deixou muito feliz: "Vou fazer um boneco de madeira!".
Quando terminou, disse:
— Quem me dera que este rapazinho de madeira fosse real e pudesse viver aqui comigo, sendo [4] próprio flho!
No dia seguinte, Gepeto teve uma surpresa: [5] sonho se realizou!
Dessa forma, como um pai faz a um flho, arrumou-o para ir à escola e disse:
— Este é o [6] material escolar. Estes são [7] lápis e cadernos. Use-os para aprender e ser uma boa pessoa.
(1. sua; 2. seu; 3. dele; 4. meu; 5. seu; 6. seu; 7. seus.)
2. Para ampliar a atividade de reflexão sobre a língua, proponha aos estudantes outros momentos de leitura compartilhada de contos tradicionais e ajude-os a observar as substituições pronominais (uso de pronomes anafóricos) presentes nos contos, a perceber entre quais partes do texto esses pronomes estabelecem relações e a que ou quem se referem.
193
Produção escrita
Diálogo com base em imagens
Você vai escrever um diálogo com base em uma das cenas apresentadas a seguir. Depois, você e os colegas poderão trocar os diálogos, praticá-los e até apresentá-los na sala de aula.
Preparação
■ Observe atentamente a imagem com duplas de personagens.
MANUAL DO PROFESSOR
Produção escrita
■ Diálogo com base em imagens
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP15, EF15LP18, EF35LP07, EF35LP08, EF35LP09, EF35LP14, EF35LP25.
Componentes da PNA nesta seção
Produção de escrita
Fluência em leitura oral
Preparação
Nas atividades da seção, os estudantes serão convidados a elaborar um diálogo: uma conversa entre personagens.
Retome com a turma o significado da palavra diálogo e peça exemplos de situações do contexto escolar ou familiar nas quais os diálogos ocorrem.
Explicite que o diálogo é fundamental para a convivência, pois permite que as pessoas se comuniquem para trocar ideias, resolver conflitos etc.
Faça uma leitura coletiva das imagens. Pergunte aos estudantes se conhecem as personagens e quais são as histórias de que fazem parte. Incentive-os a observar atentamente as situações apresentadas para reconhecer o que cada personagem está fazendo. Auxilie-os na percepção de que as personagens estão conversando, ou seja, estão ocorrendo diálogos em todas as situações. Deixe que comentem ideias sobre o assunto da conversa.
É interessante destacar que, pelos gestos e expressões faciais, é possível realizar inferências sobre o que as personagens estão sentindo, mesmo que não se saiba com exatidão o conteúdo da conversa.
194
1 Em cada cena, são retratadas duas personagens.
a) O que você sabe dessas personagens?
Resposta pessoal.
b) O que elas têm em comum?
São personagens de contos de fadas.
2 O que parece estar acontecendo nas cenas representadas?
Parece que está havendo um diálogo entre cada dupla de personagens.
3 Descreva os gestos e as expressões faciais das personagens. O que elas parecem sentir? Justifique sua resposta.
Parece que, em cada dupla ilustrada, há uma dando conselhos à outra.
Planejamento
4 Escolha uma cena.
a) Observe novamente a ilustração da página 193 e escolha uma das cenas.
b) Você vai criar um diálogo com uma dupla de personagens.
5 Planeje o diálogo.
-
Primeiro, pense no que causou a conversa das personagens.
- O que aconteceu de importante para ter provocado o diálogo?
- O que as personagens estavam fazendo?
-
No diálogo, imagine que uma das personagens está dando conselhos à outra.
- Como é o ambiente em que elas estão?
- Sobre o que elas estão conversando?
-
Sendo um narrador-observador, considere os sentimentos de cada personagem.
- O que a personagem que está dando conselhos está sentindo?
- E a outra? O que aconteceu para ela precisar de conselhos?
-
Depois, pense em como esse diálogo vai terminar.
- Como ficaram as personagens?
MANUAL DO PROFESSOR
Planejamento
Atividades 4 e 5
Produção de escrita
Faça um levantamento com a turma do que é preciso considerar na produção, como a definição de personagens e o assunto central do diálogo. Retome a importância dos sinais de pontuação para marcar o discurso direto e da organização das falas em parágrafos. Relacione essa seção com o que foi problematizado no início da unidade: a presença da fantasia e da criatividade na elaboração das produções literárias.
Acompanhe a realização da atividade 5 e ajude os estudantes a verificar a pertinência de suas escolhas para a escrita do diálogo. Indique ajustes, se julgar necessário, para que as ideias levantadas fiquem completas e adequadas ao propósito de produção escrita.
Planejar o texto que será produzido é fundamental no processo de escrita. Nesta ou em outras produções de narrativa ficcional, inicie definindo com os estudantes a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve, para quem), a finalidade, o local de circulação e o suporte.
Retome a diferença entre autor e narrador, conceitos que costumam suscitar dúvidas nos estudantes. Explique que o autor é quem escreve a história, quem a cria, e que narrador é quem conta a história, quem apresenta as personagens e introduz as falas delas, quando é o caso. Há o narrador-personagem, o qual faz parte da história, e o narrador-observador, que não faz parte dela.
Consideração sobre dificuldade
Compreensão de textos
Produção de escrita
Caso perceba que os estudantes apresentam dificuldades na elaboração do diálogo, faça perguntas que os auxiliem a identificar partes faltantes ou trechos que podem ser mais bem escritos.
A conversa sobre as produções é fundamental, pois, ao escrever, nem sempre os estudantes conseguem se colocar no lugar de leitores de seus textos. A leitura feita por um colega ou pelo professor oferece novas perspectivas sobre a qualidade da escrita.
195
Escrita
6 Escreva seu texto.
- Considerando o que você desenvolveu no Planejamento, procure criar um diálogo curto, com início, meio e fim.
- Elabore frases que façam sentido no contexto da imagem escolhida.
Avaliação e reescrita
7 Revise e passe a limpo seu texto.
- Leia sua produção antes de entregar ao professor.
- Depois, você receberá seu texto com indicações para aprimoramento.
- Preencha a tabela de avaliação abaixo.
Lembre-se:
- Use adequadamente os sinais de pontuação nos diálogos, como o travessão e os dois-pontos.
- Preste atenção na escrita das palavras.
- Empregue corretamente os pronomes pessoais (eu, ele, nós etc.) e os pronomes possessivos (meu, sua, nossas etc.).
Avaliação da escrita do diálogo | Sim | Não |
---|---|---|
O texto apresenta a conversa entre duas personagens? | ||
O diálogo tem início, meio e fim? | ||
O diálogo tem relação com a imagem escolhida? | ||
O travessão, os dois-pontos e os demais sinais de pontuação foram usados adequadamente? | ||
As palavras foram escritas corretamente? | ||
Os pronomes pessoais e possessivos foram empregados de modo adequado? Respostas pessoais. |
- Com base nas orientações dadas pelo professor e seguindo a tabela de avaliação que você preencheu, faça as correções necessárias no seu texto.
Socialização
8 Faça a leitura dos diálogos dos colegas.
- Reúnam-se em duplas e troquem os diálogos.
- Escolham um diálogo para praticar sua leitura sem interrupções e com o ritmo adequado.
- Busquem decorar as falas e acrescentem gestos e expressões faciais relacionadas ao que se diz.
- No final, podem organizar uma leitura expressiva com os diálogos e apresentá-la aos demais colegas.
MANUAL DO PROFESSOR
Consideração sobre dificuldade
Conhecimento alfabético
Ao revisar o texto na atividade 7, os estudantes também verificam a ortografia. Ajude-os a encontrar os erros ortográficos caso não localizem por conta própria. É importante que saibam quais palavras estão escritas incorretamente e reconheçam como corrigi-las.
Escrita
Atividade 6
Produção de escrita
Destaque a importância do uso do travessão para indicar as falas das personagens e do ponto final, do ponto de interrogação e de exclamação para expressar as emoções e reações de cada personagem no diálogo. Se julgar pertinente, retome o diálogo de "Pinóquio" para que revejam o uso dos sinais de pontuação. Durante o processo de escrita, acompanhe a produção e oriente a turma a verificar se as orientações dos itens estão sendo seguidas.
Avaliação e reescrita
Atividade 7
Produção de escrita
Recolha os textos dos estudantes e verifique se conseguiram apresentar o diálogo de forma adequada, diferenciando as falas de personagens, inserindo falas do narrador e utilizando a pontuação corretamente.
Oriente os estudantes a preencher a tabela de avaliação. Esse recurso pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes, pois permite acompanhar seu processo de aprendizagem.
Solicite que leiam o texto e verifiquem se cada critério foi ou não atendido. Baseados nessa avaliação, eles devem observar quais são os pontos que ainda precisam ser aprimorados em suas produções.
Socialização
Atividade 8
Fluência em leitura oral
Explore a ilustração da Chapeuzinho Vermelho e sua avó. Na página 193, a Chapeuzinho ouve os conselhos da avó e na página 195 demonstra seus sentimentos com um abraço afetuoso.
Aproveite a oportunidade para incentivar os estudantes a falar do relacionamento que eles têm com os idosos, valorizando a relação do estudante com seus avós e com outros idosos de que eles gostam e que admiram.
Ao praticar a leitura dos diálogos, os estudantes desenvolverão a fluência. É necessário que leiam com precisão, velocidade adequada e entonação. Acompanhe o desenvolvimento da atividade para verificar se a leitura está adequada e dê dicas de aprimoramento.
A atividade também servirá de aquecimento para o trabalho que será desenvolvido na seção "Para ler mais", sobre teatro.
196
Oficina de criação
Poesia com disparate
Leitura
■ Leia estes dois poemas de Sérgio Capparelli. Faça uma primeira leitura em silêncio, depois participe da leitura que será feita em voz alta por toda a turma.
Sem futuro
Para mim, é um disparate
Fritar ovos num abacate.
Para mim, não tem futuro
Dormir de óculos escuros.
Para mim, não faz sentido
Plantar alface no ouvido.
Para mim, é uma besteira
Banhar elefante em banheira.
Para mim, é falta de fé
Regar a planta dos pés.
Para mim, é atrevimento
Comer mingau de cimento.
Sérgio Capparelli. Tigres no quintal. São Paulo: Global, 2008.
Eu juro que vi
Eu vi uma arara-vermelha
com pitangas nas orelhas.
Eu vi uma cobra jararaca
engolindo inteira uma jaca.
Eu vi uma onça-pintada
se coçando com a espingarda.
Eu vi o senhor Juvenal
comendo açúcar com sal.
Eu vi um dromedário
fazendo tricô no armário.
Eu vi no mar a baleia
dançando com a lua cheia.
Eu vi uma cabra braba
dizendo abracadabra.
Sérgio Capparelli. Tigres no quintal. São Paulo: Global, 2008.
MANUAL DO PROFESSOR
Oficina de criação — Poesia com disparate
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP15, EF15LP18, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP09, EF35LP23, EF35LP27, EF35LP31, EF04LP03.
Componentes da PNA nesta seção
Compreensão de textos
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
Atividade preparatória
Compreensão de textos
Antes de iniciar a seção, leve outros poemas para a sala de aula. Apresente os títulos e deixe que cada estudante escolha um para ler individualmente e, depois, apresentar aos colegas.
Durante a apresentação, promova uma socialização da interpretação dos poemas, deixando que comentem o que entenderam, de quais versos mais gostaram, por que escolheram tal poema para ler e compartilhar.
Leitura
Fluência em leitura oral
Os estudantes terão o primeiro contato com os poemas por meio da leitura individual e silenciosa. Nesse momento, solicite que destaquem palavras que demoraram mais para ler, o que revela certa dificuldade de leitura. Liste as palavras no quadro de giz e peça que as leiam repetidamente para melhorarem a precisão.
Proponha a leitura em uníssono, com todos lendo juntos cada um dos poemas. Essa estratégia pode ser usada na leitura de outros poemas e favorece o aperfeiçoamento da fluência.
Atividade complementar
Para ampliar o repertório dos estudantes, apresente para a turma informações sobre a vida e a obra do autor. Informe que o escritor, professor e jornalista Sérgio Capparelli nasceu em Uberlândia, Minas Gerais, em 1947. É autor de diversos livros de prosa e poesia voltados ao público infantojuvenil, muitos deles premiados.
Para mais informações sobre o autor, acesse a página a seguir:
- Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em: https://oeds.link/Dq2jY8. Acesso em: 14 jun. 2021.
197
Vamos explorar os textos
1 Releia estes versos do primeiro poema.
"Para mim, é um disparate Fritar ovos num abacate."
- Você sabe o que é um disparate? Procure no dicionário e anote os significados. Ação ilógica, absurda, fora da realidade; despropósito.
- Agora circule um disparate no segundo poema. Espera-se que os estudantes apresentem uma ou mais estrofes do segundo poema, pois todas têm disparates.
2 Há outras palavras que você não conhece nesses poemas? Escreva-as no caderno. Descubra o significado delas com a turma e o professor e anote.
Resposta pessoal.
3 Observe o som das palavras destes versos do segundo poema.
"Eu vi uma cabra braba dizendo abracadabra."
A repetição da sílaba bra em cabra braba e em abracadabra. Professor: enfatize que essa repetição e o uso dessas palavras, no fim dos versos, geram uma sonoridade que lembra os trava-línguas.
- i O que há de comum no som de cabra braba e abracadabra?
Poema é um texto organizado em versos. Cada linha do poema se chama verso, e um conjunto de versos é uma estrofe.
4 Complete as frases a seguir.
- O poema Sem futuro tem 12 versos e 6 estrofes.
- O poema Eu juro que vi tem 14 versos e 7 estrofes.
- Os dois poemas são compostos de estrofes com 2 versos cada uma.
5 Nos dois poemas, as estrofes começam com as mesmas palavras.
- Quais palavras se repetem no início de cada poema? No primeiro poema são "Para mim" e no segundo, "Eu vi".
- Na sua opinião, para que serve essa repetição? Espera-se que os estudantes observem que essa repetição serve para enfatizar uma ideia, bem como conferir ritmo ao poema.
MANUAL DO PROFESSOR
Os poemas são parte do patrimônio cultural de uma sociedade. A leitura de textos desse gênero possibilita aos estudantes desenvolver um olhar curioso sobre o mundo e a criatividade, bem como aprimorar a compreensão leitora e ampliar o vocabulário, tendo por base jogos de associações de palavras e metáforas. Assim, é importante garantir situações em que a turma possa apreciá-los e observar as estratégias utilizadas pelos autores para dar ritmo, sonoridade e criar efeitos de sentido na construção dos textos.
Sempre que possível, promova sessões de leitura de poemas para que os estudantes ampliem o repertório sobre esse gênero. Para isso, traga poemas de autores e temas diversos para a sala de aula ou realize a proposta na biblioteca da escola.
Vamos explorar os textos
Atividade 1
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Para assegurar a compreensão global do poema, a atividade propõe aos estudantes o exercício do uso do dicionário, com a localização do significado adequado da palavra no texto e de trechos que o exemplifiquem. No item b, peça que compartilhem os disparates encontrados.
Atividade 2
Desenvolvimento de vocabulário
Peça aos estudantes que citem as palavras que não conheciam. Anote-as no quadro de giz e esclareça o significado de cada uma delas. Incentive-os a dar outros exemplos de uso para as palavras. Com o apoio deles, escreva uma definição para cada palavra e peça que copiem no caderno.
Atividades 3 a 6
Compreensão de textos
As atividades retomam o conceito do gênero, a estruturação do texto em versos e estrofes, a presença de rimas e a repetição de palavras para dar ritmo e sonoridade ao poema. É importante que os estudantes esclareçam suas dúvidas sobre esses aspectos para que possam realizar com fluidez a proposta de produzir poema com disparate.
198
6 Os poemas apresentam rimas. Complete a segunda coluna do quadro com as palavras que rimam com as da primeira coluna nos poemas.
A palavra... | rima com... | |
---|---|---|
Sem futuro | disparate | abacate |
sentido | ouvido | |
atrevimento | cimento | |
Eu juro que vi | jararaca | jaca |
Juvenal | sal | |
baleia | cheia |
O poema pode apresentar rimas (a combinação do som final dos versos) e ritmo (a combinação da quantidade de sílabas de cada verso e a força com que são pronunciadas), de modo que a leitura tenha um som harmonioso.
7 Releia uma estrofe de cada poema.
Professor: a expressão "planta do pé" corresponde a uma figura de linguagem chamada catacrese, que é uma metáfora que se cristalizou, incorporando-se à língua. O mesmo ocorre com termos como "braço da cadeira", "batata da perna" ou "bico do bule", por exemplo.
"Para mim, é falta de fé Regar a planta dos pés."
"Eu vi no mar a baleia dançando com a lua cheia."
- Que parte do corpo é a "planta dos pés"? A parte de baixo dos pés, a sola dos pés.
- Qual é o disparate dos versos do primeiro poema? Justifique. O disparate é regar a planta dos pés. Quando lemos "regar a planta", imaginamos planta como vegetal, mas, no poema, essa palavra está se referindo à parte do pé que assenta no chão.
- As baleias são animais e a lua é um corpo celeste. É possível que uma baleia e a lua dancem? Espera-se que os estudantes respondam que não.
- Como é possível explicar a afirmação feita nessa estrofe do segundo poema? Espera-se que os estudantes percebam que, provavelmente, o eu lírico quis dizer que o movimento que a baleia fazia no mar, sob a lua cheia, era como se fosse uma dança.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 7
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
A análise do sentido literal e do figurado colabora com o desenvolvimento do vocabulário dos estudantes, pois possibilita a percepção de que uma palavra pode ter diferentes sentidos dependendo do contexto. Peça à turma a realização de uma representação ilustrada dos sentidos das palavras evidenciando a diferenciação de acordo com o contexto de uso.
Consideração sobre dificuldade
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Caso os estudantes apresentem dificuldades na compreensão do sentido literal e do sentido figurado das palavras, na atividade 7 informe que o que determina o significado de uma palavra em um texto é o contexto em que ela está inserida, ou seja, é preciso analisar a situação proposta no texto para compreender corretamente o sentido do termo. Exemplos: "O gato correu atrás do novelo" e "Aquele rapaz é um gato!"; "Adoro manga" e "A manga da sua blusa rasgou".
Leve os estudantes a perceber que, nos dois poemas lidos, o autor brinca com o sentido das palavras, explorando novas conexões, e é isso que causa os disparates e que proporciona o humor dos textos.
199
As palavras podem ser usadas no sentido literal, isto é, em seu significado próprio, exato. Exemplo: O ouro é um metal precioso.
Podem ser usadas no sentido figurado, isto é, com o significado diferente do significado habitual. Exemplo: Aquele menino tinha um coração de ouro.
O uso do sentido figurado é muito comum nos poemas.
Vamos escrever e desenhar
8 Crie alguns disparates.
- Agora é a sua vez! Em uma folha de papel, escreva um poema de quatro estrofes para dizer o que você viu. Leia esta estrofe como exemplo:
Resposta pessoal.
- Faça uma ilustração para seu poema.
Resposta pessoal.
Apresentação e avaliação
9 Avalie com o professor e finalize o texto.
- Antes de apresentar seu trabalho, leia-o e avalie:
Avaliação do poema | Sim | Não |
---|---|---|
O texto que você criou apresenta disparates? Respostas pessoais. | ||
Esse poema tem rimas? | ||
Você elaborou seu texto em versos e estrofes? | ||
Todas as palavras foram escritas corretamente? | ||
Você usou palavras nos sentidos literal e figurado? |
- Após sua correção e os apontamentos do professor, passe o texto a limpo e junte a ilustração.
10 Apresente e afixe o poema.
- Combine com o professor o dia em que todos poderão ler seus poemas com os disparates mais "disparatados" e os desenhos mais divertidos.
- Afixe seu poema com a ilustração em um varal de poemas.
MANUAL DO PROFESSOR
Vamos escrever e desenhar
Atividade 8
Produção de escrita
Observe que a atividade propõe que os disparates sejam produzidos de acordo com a seguinte estrutura: quatro estrofes de dois versos.
Para auxiliá-los na elaboração dos poemas, também pode ser montada uma caixinha com sugestões de palavras para que escolham uma delas para a criação. Incentive-os a pensar em contextos em que tais palavras estariam sendo usadas com sentido real e, depois, proponha que imaginem um contexto absurdo e, com base nisso, elaborem o disparate.
Incentive a seleção de palavras para a criação das rimas e, se achar necessário, forme duplas para trocarem sugestões de palavras que rimam umas com as outras.
Apresentação e avaliação
Atividade 9
Produção de escrita
Oriente os estudantes a avaliar se a elaboração dos poemas seguiu as instruções dadas (apresentar rimas e disparates). Oriente revisões individuais para corrigir enganos ortográficos ou de estruturação textual. Faça uma revisão final nos textos que vão compor o varal de poemas depois de passados a limpo.
Atividade 10
Se houver possibilidade, filme a leitura dos poemas para que as famílias e outras pessoas da comunidade escolar possam apreciar a apresentação dos estudantes.
Escolha um local com boa circulação de pessoas para montar o varal de poemas, de modo que as produções da turma alcancem o maior número de leitores possível.
200
Para ler mais
Antes de ler
Você vai ler um trecho de uma peça teatral em que as personagens chovem!
- Você já leu ou viu alguma peça de teatro? Já participou de uma encenação teatral?
Respostas pessoais.
Durante a leitura
- Participe da leitura compartilhada da peça teatral proposta pelo professor.
- Sublinhe as palavras que você desconhece e converse com a turma sobre o possível significado delas.
- Observe com atenção as indicações que aparecem entre parênteses.
Eu chovo, tu choves, ele chove...
"Personagens
Chuvisco (fantoche)
Pingo
Chuveiro
Tia Nuvem
Galinha-d'Angola
Sereia
Ova de Peixe
Príncipe Elefântico
Ovo Bonifácio (objeto)
Sol
Interpretadas por seis atores em revezamento
Pingo — personagem fixo
Chuveiro — mesmo ator que faz Tia Nuvem
Galinha — mesma atriz que faz a Sereia
Ova de Peixe — mesma atriz que faz o Chuvisco
Cenário
Uma confusão de guarda-chuvas, nas cores azul, verde, lilás. Servem de biombos, cortinas etc.
Surgem os atores, vestidos de trapos de plástico sobre malhas pretas. No início da peça, todos são pingos de chuva. Vão abrindo os guarda-chuvas, fazendo ruídos de pingos.
Os guarda-chuvas abertos simbolizam uma cortina de teatro que se abre, começando o espetáculo.
MANUAL DO PROFESSOR
Para ler mais
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP03, EF15LP15, EF35LP03, EP35LP04, EF35LP05, EF35LP21, EF35LP24, EF04LP27.
Componentes da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Boxe inicial de "Para ler mais"
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário
Como primeiro contato com a peça teatral, realize uma leitura compartilhada. Para isso, comece lendo o texto em voz alta e convide os estudantes para continuar a leitura. Considere escrever no quadro de giz as palavras que foram lidas de forma imprecisa para que eles treinem a leitura correta.
Durante a leitura, proponha a reflexão sobre o uso da pontuação e das rubricas, mostrando a importância desses elementos para a compreensão das informações relativas ao cenário, à descrição das ações e das personagens.
Sugestões de perguntas:
- Por que algumas frases ou expressões estão entre parênteses?
- Como estão organizados os diálogos?
- Quem são as personagens e quais são as suas características?
- De que maneira o texto informa ao leitor características das personagens ao longo do texto teatral?
Comente com estudantes que eles realizarão a leitura dramática em um momento posterior. Por isso, é fundamental que possam perceber como o texto teatral se organiza e de que forma podem acompanhar a leitura e ter uma melhor compreensão.
Anote no quadro de giz as palavras que os estudantes sublinharam por desconhecer o significado. Ajude-os a fazer os esclarecimentos necessários e a compreender os significados considerando o contexto em que as palavras estão inseridas.
201
CIRANDA DO COMECINHO
(Cantada por todos. Música de "Ciranda-cirandinha", em ritmo lento.)
No caminho desta chuva... ploc!
muita história vai chover,
na ciranda-cirandinha... ploc!
tudo pode acontecer!
Quando eu chovo, ele chove,
quando chove, nós chovemos,
somos chuva, somos água,
pela nuvem choveremos!
O anel que tu me deste,
quando chove, se derrete,
o amor que tu me tinhas
era chuva de confete! (Jogam papel picado.)
Quando eu abro um guarda-chuva,
uma história vou chover,
quem quiser chover conosco
guarda-chuva deve ter!
Ploc! ploc! ploc! ploc!
(Por baixo de um guarda-chuva, surge o fantoche Chuvisco.)
ATORES — Chuvisco chegou! Psiu! Psiu! Ploc! Chuvisco chegando é pingo-respingo molhando!
ATOR — Bom dia, Chuvisco! Será que hoje vai chover?
CHUVISCO — Psiu! Fale baixo. Psiu! Ui! Ui!
ATRIZ — O que foi que aconteceu, Chuvisco? O que é isto?
CHUVISCO — Psiu! Ui! Ui! Ui! Ui! Ui... ai... ai! Ele está zangado! Psiu! Ele está zangadão!
TODOS — Quem? Hein? Quem? Hein? Quem?
CHUVISCO — O nosso Patrão! Está furioso! Calamidade! Calamidade!
ATRIZ — O que é calamidade, calamidade?
CHUVISCO —— (Tremendo) Não sei! Deve ser uma coisa horrível!
ATOR — Já sei! Droga! Ele não vai deixar a gente chover hoje! Droga! (Sai, zangado)
MANUAL DO PROFESSOR
Os textos teatrais — também conhecidos como textos dramáticos — podem ser escritos em prosa ou em verso. No geral, pertencem ao gênero narrativo, por isso apresentam os elementos da narração: tempo, cenário, personagens, espaço e enredo.
Como são textos para serem encenados, possuem características específicas, entre as quais estão: a forma como são indicadas as falas das personagens, as orientações feitas nas rubricas, a descrição do cenário e dos sentimentos/ações das personagens.
Chame a atenção dos estudantes para essas características, preparando-os para as análises que serão realizadas de forma mais aprofundada no decorrer de "Para estudar o texto". Aproveite para perguntar se acham que o texto lido poderia ser escrito de outra forma, como um conto, por exemplo, e peça que justifiquem essa opinião, promovendo, dessa forma, uma comparação entre gêneros.
Atividade complementar
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Para complementar a leitura do texto "Eu chovo, tu choves, ele chove...", retome com os estudantes a letra da canção "Ciranda-cirandinha", citada no texto.
Se preferir, apresente a letra e a animação da canção, disponível em:
- https://oeds.link/Mwm2Pu. Acesso em: 9 jun. 2021.
Em seguida, leia as estrofes da "Ciranda do comecinho" para que conheçam o conteúdo do texto.
Após essa leitura, peça aos estudantes que leiam a rubrica com a indicação de que o texto é cantado e em ritmo lento.
Incentive-os a cantar a "Ciranda do comecinho", lembrando que o texto teatral deve ser encenado e que a sonoplastia é muito importante. Permita que cantem até decidirem que alcançaram o resultado desejado.
Para representar a onomatopeia ploc, eles podem fazer sons com a boca ou jogar algo em uma bacia com água.
202
CHUVISCO — Acho que o nosso Patrão mandou dizer que hoje ninguém tem licença para chover!
TODOS — Ora! Ui! Ai! (Choram) Queremos chover! Queremos chover!
(Surge o Sol. É um dos atores, segurando uma máscara brilhante e dourada. O Sol é feito de laranja e amarelos vibrantes. Os pingos se encolhem, com medo de secar.)
SOL — Eu sou o Sol! Façam o favor de fechar o guarda-chuva. Hoje vai ser um lindo dia de sol! Um dia lindo de mim! Quer dizer: um lindo dia de sol... eu sou o Sol!
(O Sol vai tomando o meio do palco, reluzindo pouco a pouco, dizendo "Ploc! Ploc! Ploc!". Os pingos vão sumindo, fugindo de cena. O Sol, muito orgulhoso, toma ares de cantor de ópera, e começa a dançar e a cantar, com a mesma música de "ciranda-cirandinha".)
SOL
Ó ciranda-cirandinha
sou o Sol e vou solar
neste solo, vou solando,
na ciranda, cirandar!
Sou um sol de brincadeira
sol maior eu vou cantar
na ciranda-cirandeira
eu também quero brilhar!
O anel que tu me deste
no verão vira confete (Joga brilhos)
pois o sol é muito quente
e o verão tudo derrete!
(Empunhando um guarda-chuva transparente, com um pingo de acrílico pendurado numa das extremidades de uma haste, surge Pingo de Chuva, meio medroso, meio tímido. É um pingo diferente dos demais, uma espécie igual, mas destacada.)
PINGO — Ei! Senhor Sol!
SOL — O que é?
PINGO — O senhor poderia fazer o favor de ir embora, poderia?
SOL — Por quê? Quem é você?
PINGO — Eu sou o Pingo de Chuva. Eu preciso chover e, se fizer sol, eu não chovo... fico seco... sequinho... sabe?
SOL — Já que você pediu com tanto jeito, eu vou atender ao seu pedido... vou solar em outro lugar! (Música de "ciranda-cirandinha")
MANUAL DO PROFESSOR
Sugerimos a leitura do texto a seguir, extraído da apresentação feita por Ana Maria Machado ao texto teatral "Eu chovo, tu choves, ele chove...", de Sylvia Orthof.
[...] Eu chovo, tu choves, ele chove... toma guarda-chuvas e chuveiros, cortinas de plástico e toucas de banho, escova e enceradeira, e faz de tudo isso uma festa, de mistura com máscaras e fantoches, galinhas e sereias, ovo e ova, príncipe e nuvem. E para quem achava que não podia escrever porque não ficava à vontade com a linguagem, o resultado é surpreendente. Ela [Sylvia Orthof] dá um banho em quem ainda pensa que livro para criança é uma coisa certinha. Começa pelo título, conjugando o verbo "chover" que todas as gramáticas garantem que é impessoal. E depois vai em frente, brincando intuitivamente com as palavras como se fossem mais um objeto em cena. Basta ver o que consegue fazer com o Sol, que ao mesmo tempo é clave de sol e, quando trata de solar, pode estar cantando um solo. Ou reparar no uso criativo que ela faz da tromba-d'água, transformando uma palavra num objeto, e este num personagem que se multiplica e tem história.
[...]
MACHADO, Ana Maria. Eu chovo, tu choves, ele chove... Apresentação. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 11-12. (Fragmento).
Para saber mais sobre Sylvia Orthof e sua obra, sugerimos o endereço:
- https://oeds.link/Z45JOt. Acesso em: 14 jun. 2021.
Atividade complementar
Compreensão de textos
Fluência em leitura oral
Proponha aos estudantes que leiam outra peça teatral adaptada de um texto narrativo que já conhecem, como uma fábula ou um conto tradicional.
Você pode organizar a turma em dois grupos de forma que cada um possa analisar as características do texto selecionado para, depois, fazer comentários sobre as personagens e o enredo com o outro grupo e realizar leituras dramatizadas.
No link a seguir, há um banco de peças teatrais que podem ser lidas e analisadas pela turma.
- Teatro na escola. Disponível em: https://oeds.link/pOjEF0. Acesso em: 14 jun. 2021.
203
Sou um sol de brincadeira
sol maior eu vou cantar
mas se a chuva for de pingos
vou solar noutro lugar! (Sai)
PINGO — Obrigadinho, Senhor Sol! Até qualquer dia, hora ou lugar! (Surge Chuvisco, tremendo)
CHUVISCO — Pingo de Chuva! O nosso Patr...rrrrrrrrr... Patrão está chegando! Ele não quer deixar a gente chover, hoje! Quem sabe, você, que é jeitoso, consegue a licença pra gente chover, hein?
PINGO — Eu?
CHUVISCO — Você conseguiu fazer o Sol ir embora, não conseguiu?
PINGO — Mas o Sol não é o nosso Patrão!
CHUVISCO — Lá vem ele... ui... ui... peça a ele, sim?
PINGO — Ele está danado, hoje?
CHUVISCO — Nosso Patrão Chuveiro está elétrico! Está danado, zangado e chato! Está trrrrrr... trovejante! Vou embora! Tchau! (Sai)
(Surge um cartaz (1) onde se lê: tempo instável.)
[...]
Sylvia Orthof. Eu chovo, tu choves, ele chove... Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. (Fragmento).
(1) Atenção para que os dizeres do cartaz sejam legíveis nas últimas fileiras da plateia. Essa observação vale para todos os outros cartazes que aparecem na peça.
Para estudar o texto
Praticar a fluência
1 No texto Eu chovo, tu choves, ele chove..., aparece o termo ploc, uma onomatopeia, ou seja, a representação de um som.
- Que som essa onomatopeia indica na peça? Ela indica o som de um pingo de chuva.
- Pronuncie-a em voz alta diversas vezes, produzindo sons mais fortes e mais fracos.
- Crie uma onomatopeia para representar o som de um temporal. Escreva-a e pronuncie-a em voz alta. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes criem, por exemplo, a partir da palavra ploc ou até registrar a onomatopeia comum no Brasil para temporal com trovões: cabrum.
MANUAL DO PROFESSOR
■ Para estudar o texto
Praticar a fluência
Componentes da PNA nesta subseção
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Atividade 1
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
As onomatopeias são palavras formadas para reproduzir, de forma aproximada, os sons "naturais" que ocorrem no mundo, de acordo com os padrões preestabelecidos no sistema linguístico no qual estão inseridas. Ler e criar onomatopeias é uma forma de ampliar a relação grafofonêmica estabelecida pelos estudantes de maneira lúdica.
Como recurso em apresentações teatrais, a expressão na pronúncia das onomatopeias interfere no sentido transmitido ao público, por exemplo: um som mais fraco de ploc pode indicar uma garoa bem fininha, um som mais forte, a chuva engrossando.
Atividade complementar
Desenvolvimento de vocabulário
Proponha o Bingo de Novas Palavras. Quando a leitura da peça for finalizada, retome e liste com a turma as palavras cujo significado desconheciam. Depois, escreva-as em pedaços de papel e coloque-os em um saquinho.
Entregue uma folha de papel para cada estudante e oriente-os a desenhar uma tabela com três colunas e duas linhas para ser a cartela do bingo. Peça que escrevam seis palavras da lista de novas palavras na cartela.
Sorteie uma palavra do saquinho e leia-a. Os estudantes devem marcar na cartela as que tiverem sido sorteadas. Quem finalizar primeiro ganha o bingo.
204
2 Na peça teatral lida, há trechos em que as personagens cantam músicas, como a Ciranda-cirandinha, porém com outra letra. Como é essa música?
- Converse com os colegas sobre a letra original dessa música e cante-a em diferentes ritmos (mais rápido e mais lento).
3 A turma será dividida em dois grupos para preparar uma cantoria.
- Leia os versos da música de seu grupo três vezes, evitando longas pausas na leitura das palavras.
Grupo 1 | Grupo 2 |
"No caminho desta chuva... ploc! muita história vai chover, na ciranda-cirandinha... ploc! tudo pode acontecer! Quando eu chovo, ele chove, quando chove, nós chovemos, somos chuva, somos água, pela nuvem choveremos!" |
"Ó ciranda-cirandinha sou o Sol e vou solar neste solo, vou solando, na ciranda, cirandar! Sou um sol de brincadeira sol maior eu vou cantar na ciranda-cirandeira eu também quero brilhar!" |
- Cada grupo vai avaliar o desempenho do outro grupo, preenchendo a tabela de avaliação a seguir.
Avaliação da cantoria | Sim | Não |
---|---|---|
Todos os integrantes do grupo cantaram ao mesmo tempo? | ||
O grupo cantou sem interrupções e com ritmo adequado? | ||
As pausas foram feitas nos momentos certos? Respostas pessoais. |
Compreender o texto
4 Converse com os colegas sobre o espaço e o cenário para a apresentação do texto teatral que vocês leram.
Respostas pessoais.
- Em que lugar vocês imaginam que se passa a história no começo do espetáculo?
- Como vocês acham que deve ser a iluminação desse espaço?
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3
Fluência em leitura oral
Para realizar a cantoria, relembre mais uma vez a música "Ciranda-cirandinha" com a turma. Depois, organize os estudantes em dois grupos: cada um responsável por uma das músicas.
Oriente os grupos a preencher a tabela de avaliação, recurso que contribui para a avaliação formativa dos estudantes, de modo respeitoso e sempre justificando o ponto de vista. Em seguida, dê seu parecer em relação ao desempenho dos grupos e à postura deles na avaliação.
Compreender o texto
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP03, EF15LP15, EF35LP03, EP35LP04, EF35LP24, EF04LP27.
Componentes da PNA nesta subseção
Compreensão de textos
Desenvolvimento de vocabulário
Níveis para compreensão de textos | |
Nível 1 | Localizar e retirar informação explícita. |
Nível 2 | Fazer inferências diretas. |
Nível 3 | Interpretar e relacionar ideias e informação. |
Nível 4 | Analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais. |
Atividade 4 nível 2
Atividade 5 nível 1
Atividade 6 níveis 1 e 2
Atividade 7 nível 3
Atividade 8 níveis 1 e 2
Atividade 9 nível 3
Atividade 4 nível 2
Compreensão de textos
Incentive os estudantes a expor como imaginam o espaço e o cenário da peça. Enfatize a importância da iluminação durante a apresentação de uma peça, instigando-os a imaginar os efeitos visuais que esse elemento proporciona.
205
O texto dramático é escrito para ser encenado em uma peça teatral, por um ou mais atores. Pode ser organizado em partes (denominadas atos); quando não é dividida em partes, a peça é de um único ato.
O cenário é composto no espaço onde um espetáculo é apresentado, em local próprio para esse fim ou em um local improvisado (como rua, sala de aula). Fazem parte do cenário os efeitos de luz, os efeitos de música, os móveis, os objetos, as vestimentas (figurino), os acessórios das personagens.
5 Quantas e quais são as personagens da peça?
Dez. Chuvisco (fantoche), Sereia, Pingo, Ova de Peixe, Chuveiro, Príncipe Elefântico, Tia Nuvem, Ovo Bonifácio (objeto), Galinha-d'Angola, Sol.
- Chuvisco e Ovo Bonifácio são atores? Não. Chuvisco é um fantoche e Ovo Bonifácio é um objeto.
- Quantos atores são necessários para encenar essa peça? Seis atores.
6 No início da peça, há uma lista com todas as personagens que fazem parte dela.
- Quais dessas personagens aparecem no trecho que você leu? Sol, Pingo, Chuvisco.
- Como você identificou essas personagens? O nome da personagem está escrito antes do texto que indica sua fala.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 6 níveis 1 e 2
Compreensão de textos
Assim como a atividade 5, a atividade 6 está voltada para as personagens da peça. Esclareça que no início do texto há uma lista de todas as personagens, mas no trecho lido só aparecem as que participam dessa parte da história.
Verifique a necessidade de auxiliar os estudantes a localizar na peça a parte em que são apresentados os nomes das personagens e conferir quais efetivamente aparecem no trecho lido.
Após realizar a atividade, localize com os estudantes as rubricas que servem para a caracterização das personagens, como em: "surge Pingo de Chuva, meio medroso, meio tímido".
Pergunte, nesse caso, como fariam para deixar claro ao espectador tais características, como poderiam interpretá-las em cena para demonstrar que Pingo de Chuva estava meio medroso, meio tímido.
Leia as definições a seguir para ampliar o entendimento sobre ato e cena.
ATO: Divisão externa da peça teatral. Subdivisão de uma peça. Da mesma maneira que um livro pode ser dividido em capítulos, uma peça pode ser dividida em atos. Trata-se de uma convenção cuja principal característica é a interrupção do espetáculo.
CENA: Qualquer marcação ou diálogo dos atores. Cada uma das unidades de ação duma peça, cuja divisão se faz segundo as entradas ou saídas dos atores: cena francesa. Consiste sempre basicamente de: início, meio e fim. Divisão do ato da peça teatral, momento de uma peça. É um conjunto de ações em torno de um tema.
Dicionário de termos técnicos e gírias do teatro. Disponível em: https://oeds.link/vTribp. Acesso em: 14 jun. 2021. (Fragmento).
Para saber mais, consulte o site acima, do Dicionário de termos técnicos e gírias do teatro.
206
7 Assinale as informações corretas sobre a história.
X Os pingos estão tristes porque não vão poder chover
O Sol é o patrão de Pingo e de Chuvisco.
X O Chuveiro é o patrão de Pingo e de Chuvisco.
X O Sol atendeu o pedido de Pingo e foi embora.
8 Faça o que se pede com relação às rubricas apresentadas a seguir.
1 "CHUVISCO — (Tremendo) Não sei! Deve ser uma coisa horrível!"
2 "TODOS — Ora! Ui! Ai! (Choram) Queremos chover! Queremos chover!"
- Identifique as rubricas desses trechos do texto. Tremendo e Choram.
- O que essas rubricas estão indicando para o ator? Escreva o número de cada trecho no respectivo quadradinho.
1 um movimento
2 uma entonação da fala
Nos textos teatrais há rubricas, indicações de como a peça deve ser encenada. São anotações que aparecem entre parênteses e orientam como deve ser a expressão de uma personagem: a entonação da fala, os gestos e movimentos que ela deve fazer etc.
As rubricas também servem para dar instruções de mudanças de cenário, de personagens, de figurino, de efeitos sonoros (sonoplastia).
9 Releia os trechos a seguir e assinale o que a rubrica indica em cada um deles.
- "(Surge o Sol. É um dos atores, segurando uma máscara brilhante e dourada. O Sol é feito de laranja e amarelos vibrantes. Os pingos se encolhem, com medo de secar.)"
X A entrada de uma personagem.
Uma entonação da fala.
X Como a personagem deve se vestir.
Um efeito sonoro.
X Quais movimentos outras personagens devem realizar.
MANUAL DO PROFESSOR
Comente com os estudantes que uma peça teatral — o texto dramático encenado — não é feita apenas pelos atores que aparecem no palco, e que muitas outras pessoas também participam e são fundamentais para que ela se realize. Essas pessoas que não aparecem para o público são responsáveis pela cenografia, pelo figurino, pela sonoplastia, iluminação, maquiagem, entre outras ações.
Consideração sobre dificuldade
Compreensão de textos
O texto teatral apresenta um novo desafio de leitura e de compreensão aos estudantes. Para apoiar os que demonstrarem dificuldades, proponha que retomem o trecho de "Pinóquio", cuja leitura foi feita no início da unidade, e expliquem por que não se trata de um texto teatral, mesmo tendo diálogos.
Utilize essa comparação para deixar mais evidente a diferença entre o texto teatral e outros gêneros que os estudantes conhecem, em especial aqueles lidos na unidade.
207
- "(O Sol vai tomando o meio do palco, reluzindo pouco a pouco, dizendo 'Ploc! Ploc! Ploc!'. Os pingos vão sumindo, fugindo de cena. O Sol, muito orgulhoso, toma ares de cantor de ópera, e começa a dançar e a cantar, com a mesma música de 'ciranda-cirandinha'.)"
X A saída de personagens.
X Uma entonação da fala.
Como a personagem deve se vestir.
X Um efeito sonoro.
X Quais movimentos a personagem deve realizar.
Ampliar o vocabulário
10 Releia esta frase do texto. Depois, escreva com suas palavras o significado da palavra em destaque.
"ATRIZ — O que é calamidade, calamidade?"
De acordo com o texto, é "uma coisa horrível".
Professor: aceite outras respostas, como catástrofe e destruição.
11 Zangadão é o aumentativo de qual palavra?
Zangado.
- Esse aumentativo é mais comum na linguagem formal ou na informal? Na linguagem informal.
- Escreva um sinônimo para a palavra zangadão.
Irritadão, iradão, furiosão.
Para ler em casa
Que tal fazer uma leitura compartilhada, com alguém que more com você, da peça teatral Eu chovo, tu choves, ele chove..., de Sylvia Orthof? Convide alguém que goste bastante de ler e caprichem!
MANUAL DO PROFESSOR
Ampliar o vocabulário
Habilidades da BNCC nesta subseção
EF15LP03, EF35LP05.
Componente da PNA nesta subseção
Desenvolvimento de vocabulário
Atividade 10
Desenvolvimento de vocabulário
Retome com a turma o momento da peça teatral em que a frase é dita e explore o contexto em que a palavra calamidade foi usada. Promova uma socialização da escrita do significado da palavra e aproveite para verificar se as definições estão adequadas.
Atividade 11
Desenvolvimento de vocabulário
Para complementar a atividade, liste no quadro de giz outros adjetivos no aumentativo para que os estudantes os analisem, assim como foi feito com a palavra zangadão, verificando se são mais comuns na linguagem formal ou na informal.
Para ler em casa
Oriente os estudantes a escolher um familiar ou responsável para realizar a leitura compartilhada em casa. Incentive-os a contar para essa pessoa tudo o que aprenderam sobre peça teatral. Práticas de Literacia Familiar favocerem o vínculo dos estudantes com a leitura e com a escrita.
208
Estudo da língua Sufixo -agem
1 Leia em voz alta as palavras do quadro. Depois, complete as lacunas a seguir.
folhagem
jardinagem
camaradagem
Minha tia gosta de jardinagem Ela costuma olhar os insetos do seu quintal. Um dia, ela viu uma cena incrível: umas formigas no meio daquela folhagem , na maior camaradagem .
2 O que essas palavras têm em comum?
Todas terminam em —agem.
- Essas palavras são:
X substantivos.
adjetivos.
3 As palavras que você completou são substantivos que derivam de outros substantivos. Complete as frases.
- Jardinagem deriva de jardim .
- Folhagem deriva de folha .
- Camaradagem deriva de camarada.
Sufixos -oso, -osa
1 Leia a manchete a seguir.
Cientistas decifram o olhar amoroso dos cachorros.
Exame. Disponível em: https://oeds.link/dQ6MBL. Acesso em: 29 abr. 2021.
MANUAL DO PROFESSOR
Estudo da língua
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP03, EF15LP18, EF04LP01, EF04LP08.
Componentes da PNA nesta seção
Conhecimento alfabético
Compreensão de textos
■ Sufixo -agem
Atividade preparatória
Conhecimento alfabético
Antes da atividade 1, proponha a elaboração de um quadro de palavras, construindo-o no quadro de giz, dividido em três colunas, e orientando os estudantes que o reproduzam em um cartaz: uma coluna para as palavras que terminam com -agem, outra para as que terminam com -oso, e a última para as que terminam com -osa.
Comece colocando uma palavra em cada coluna e convide os estudantes a sugerir outras que terminem da mesma forma.
Retome esse registro no final da seção, para que possam completá-lo com as descobertas que fizeram e acrescentar novas palavras ao quadro.
Atividade 1
Conhecimento alfabético
Em língua portuguesa, os substantivos terminados com o sufixo -agem são femininos.
209
- Qual é o fato anunciado na manchete que você leu? A descoberta pelos cientistas do motivo de os cachorros terem o olhar amoroso.
- A palavra amoroso na manchete é:
substantivo.
X adjetivo.
verbo.
- De qual palavra ela deriva?
Da palavra amor.
2 Agora leia o quadro de palavras.
carinho → carinhosa mentira → mentiroso
- Essas palavras terminam em -osa (feminino) e -oso (masculino). Essas terminações são:
prefixos.
X sufixos.
Em algumas palavras, as terminações -oso e -osa formam adjetivos a partir de substantivos.
3 Escreva os substantivos que deram origem a estes adjetivos.
- esperançoso: esperança
- atencioso: atenção
- caprichosa: capricho
- famoso: fama
- deliciosa: delícia
- bondosa: bondade
4 Complete, abaixo, a fala da menina com adjetivos terminados em -oso ou -osa formados a partir dos substantivos entre parênteses.
Adorei a peça de teatro Pinóquio. O ator que interpreta Gepeto, aquele velhinho bondoso (bondade), é maravilhoso (maravilha).
No início, mesmo com Pinóquio sendo tão mentiroso mentira) em meio a aventuras perigosas (perigo), a gente fica apaixonada pelo boneco de madeira.
MANUAL DO PROFESSOR
■ Sufixos —oso, —osa
Atividade complementar
Conhecimento alfabético
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita
Para complementar as atividades da seção, oriente os estudantes a criar, em uma folha de papel quadriculado, um caça-palavras com as terminações -oso e -osa. Peça que escrevam dez palavras com essas terminações, combinando a disposição delas: horizontal, vertical e diagonal.
Em seguida, oriente-os a elaborar lembretes que possam ser usados para localizar as palavras e a escrevê-los no caderno. Depois, peça que completem o caça-palavras com letras aleatórias.
Solicite que troquem de caderno com um colega. Quem encontrar primeiro as dez palavras ganha o desafio. Os lembretes registrados no caderno podem ser usados caso seja necessário dar dicas para ajudar o colega a localizar algumas palavras.
Consideração sobre dificuldade
Conhecimento alfabético
Ao detectar dificuldades de escrita entre a turma, realize uma variação da atividade complementar anterior, de criação de caça-palavras, considerando tais dificuldades. Coloque duas versões de algumas palavras que geralmente causam dúvidas nos estudantes em relação à grafia (uma palavra escrita corretamente e a outra com erro ortográfico). Oriente-os a identificar as que não obedecem à regra e a transcrevê-las corretamente, ou a apenas localizar as que estão corretas.
Atividade complementar
Fluência em leitura oral
Proponha aos estudantes que indiquem de quais substantivos são derivados os substantivos:
- ferragem (ferro);
- malandragem (malandro);
- linguagem (língua);
- listagem (lista).
Depois, pergunte: o que, além da terminação em -agem, esses substantivos têm em comum? (São todas palavras femininas)
Problematize perguntando ainda se as palavras das quais esses substantivos derivam também são femininas; eles devem observar que não, por exemplo: ferro, malandro.
Depois, escreva no quadro de giz algumas das palavras com os sufixos estudados aqui e faça com eles a leitura repetida delas, trabalhando, assim, a precisão.
210
Produção oral
Leitura dramática e encenação
Na seção "Para ler mais", você leu o trecho da peça Eu chovo, tu choves, ele chove... Agora, você e seus colegas vão fazer uma leitura dramática desse trecho, para, depois, um dos grupos encenar a peça.
Antes de encenar uma peça, os atores realizam uma leitura dramática para compreender bem a história e o papel de cada personagem. Eles leem todos juntos em voz alta o texto da peça (com entonação, expressão facial, postura corporal adequadas), como também sozinhos, já começando então a decorar suas falas.
Planejamento da leitura dramática
1 Organização do grupo e leitura individual da peça teatral.
- Forme um grupo com mais cinco colegas para fazer a leitura do trecho da peça Eu chovo, tu choves, ele chove...
- No início da peça, todos os atores participam como pingos de água.
- Escolham qual de vocês fará as personagens Pingo, Chuvisco e Sol, bem como quem interpretará a Atriz e o Ator.
- Um de vocês será o diretor, que ficará responsável por acompanhar as rubricas e verificar se estão sendo seguidas. O diretor também deverá ler as rubricas que se referem ao cenário, como estas:
"(Por baixo de um guarda-chuva, surge o fantoche Chuvisco.)"
"(Surge o Sol. É um dos atores, segurando uma máscara brilhante e dourada. O Sol é feito de laranja e amarelos vibrantes. Os pingos se encolhem, com medo de secar.)"
- Individualmente, leia o texto diversas vezes e treine sua fala.
MANUAL DO PROFESSOR
Produção oral
■ Leitura dramática e encenação
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP09, EF15LP12, EF15LP15, EF35LP18, EF35LP19, EF35LP21, EF35LP24, EF04LP27.
Componente da PNA nesta seção
Fluência em leitura oral
A leitura dramática é uma prática social que circula especialmente na esfera artística. Por isso, ao propor a leitura de uma peça teatral é fundamental que os estudantes entendam o propósito comunicativo da atividade. Trabalhar com leitura de textos teatrais em sala de aula permite ampliar o desenvolvimento da fluência leitora.
As rubricas são marcas importantes de como ler determinada parte do texto e devem ser trabalhadas ao longo da leitura dramática.
Atividade preparatória
Compreensão de textos
Para que os estudantes possam conhecer mais sobre leitura dramática, selecione e realize a exibição de uma leitura dramática disponível nas plataformas gratuitas de vídeo.
Veja algumas sugestões, disponíveis em:
- https://oeds.link/v4jNQE. Acesso em: 14 jun. 2021.
- https://oeds.link/Eubt68. Acesso em: 14 jun. 2021.
Planejamento da leitura dramática
Atividade 1 Fluência em leitura oral
Se julgar pertinente, faça também uma leitura do texto em voz alta e converse com os estudantes sobre as diferenças e as semelhanças observadas entre a sua interpretação e a que foi assistida em vídeo como atividade de preparação. É fundamental que eles contem com modelos de leitura para que possam encontrar seu próprio tom, dar vida à personagem e desenvolver a fluência leitora.
Converse sobre como é realizada a leitura da peça teatral e quais cuidados são necessários em relação à entonação e à transposição das emoções.
Ressalte a importância da pontuação. Explique que a entonação das falas das personagens — marcadas pela pontuação — vai garantir que o espectador perceba as suas intenções e emoções.
Para ajudá-los, sugira que observem cada sinal de pontuação do texto, percebam se o tom sobe ou desce e qual seria a melhor entonação para aquela fala, considerando o conteúdo e as características da personagem. Eles devem se atentar também às indicações das rubricas. Ressalte que na leitura dramática todo o texto deve ser lido de forma a envolver o leitor.
Instigue os estudantes a imaginar como seria a voz de cada personagem e motive-os a criar vozes diferentes.
211
2 Leitura coletiva e ensaio.
- Leiam o texto juntos: cada um diz sua fala, com expressividade e usando tom de voz adequado a cada cena. Pronunciem corretamente as palavras e sigam as indicações das rubricas.
- O diretor e os atores podem dar sugestões a fim de o colega melhorar, falando mais alto ou mais baixo, por exemplo.
- Vocês podem também caprichar nas expressões faciais e corporais.
- Procurem decorar as falas para não precisar ler o texto.
- Ensaiem juntos a "Ciranda do comecinho". Se um de vocês souber tocar algum instrumento, poderá acompanhar a música com ele.
- Reúnam-se e ensaiem várias vezes, até o grupo considerar que o resultado ficou bom. O diretor é muito importante nessa etapa.
A letra da cantiga "Ciranda do comecinho" está no início da p. 201.
Apresentação da leitura dramática
3 Leitura dramática para a turma.
- No dia combinado com o professor, cada grupo fará para a turma a leitura dramática desse texto teatral.
- Durante a apresentação, prestem atenção à entonação e à expressividade que os colegas deram às suas falas, observando as semelhanças e as diferenças entre a produção de cada grupo.
Planejamento da encenação da peça teatral
4 Escolha do grupo que apresentará a peça.
- Votem qual grupo (que já fez a leitura dramática) apresentará a peça. Dessa vez, o professor será o diretor e quem foi o diretor nesse grupo será o assistente de direção
- Escolham o local em que a peça poderá ser apresentada e decidam para qual público.
-
Com a orientação do professor, os demais grupos que não se apresentarão vão preparar a encenação da peça. Dividam-se entre as seguintes tarefas:
- preparação do cenário e de todo o material necessário para a encenação (utilizem as cadeiras e outros objetos da sala de aula);
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2
Fluência em leitura oral
Acompanhe a realização do ensaio e enfatize a importância da expressividade na leitura dramática. Reforce que o público deve compreender as características e as emoções de cada personagem por meio da leitura, sem que seja necessário ler as rubricas. Destaque o papel das expressões faciais e dos gestos corporais na construção de sentido das cenas.
Apresentação da leitura dramática
Atividade 3
Fluência em leitura oral
Se for possível, grave a leitura dramática para que, após a apresentação, os estudantes possam fazer uma avaliação do próprio trabalho. A gravação vai auxiliá-los a verificar se a leitura atendeu aos critérios necessários e o que deve ser aprimorado em outra situação.
Se realizado periodicamente, o registro por meio de uma gravação também pode colaborar com o acompanhamento dos progressos de cada estudante, com os mesmos textos ou com textos diferentes. Dessa forma, é possível ver o percurso vivido pela turma no decorrer da unidade.
Planejamento da encenação da peça teatral
Atividade 4
O grupo de atores ensaia a peça antes de apresentá-la, seguindo as orientações das rubricas e procurando identificar os sentimentos das personagens, para expressá-los. Por exemplo, se a personagem estiver feliz, o ator pode sorrir e fazer movimentos que indiquem alegria (cabeça erguida, braços abertos etc.); se estiver zangada, o ator pode ficar sério e com os braços cruzados.
212
- seleção do figurino dos atores (roupas, sapatos velhos e outros objetos que tiverem em casa);
- escolha das músicas e da iluminação da peça e verificação da melhor maneira de disponibilizá-las no momento da apresentação.
5 Ensaio geral.
- O grupo que vai se apresentar faz um ensaio geral. O diretor e seu assistente vão orientar a movimentação dos atores no palco, observar as rubricas e atentar para a deixa (momento da fala de uma personagem que indica que é a vez de a outra proferir sua fala).
- No ensaio geral são testados os figurinos, a luz e o som que serão utilizados durante a apresentação.
Encenação da peça teatral
6 Apresentação da peça.
- No dia da apresentação, vocês devem se organizar para receber o público e pedir a todos que desliguem o celular e fiquem em silêncio.
- Se alguém esquecer a fala ou se faltar algum material, improvisem.
- No final, toda a turma deve reunir-se no palco para agradecer.
Avaliação
7 Conversa após apresentação dos grupos.
- Cada grupo vai avaliar como foram as apresentações com base nos itens a seguir.
Avaliação da leitura dramática e da encenação da peça | Sim | Não |
---|---|---|
Vocês conseguiram ensaiar bastante antes da leitura dramática? | ||
As sugestões feitas pelo diretor e pelos colegas para melhorar a leitura dramática foram seguidas? | ||
A leitura foi feita como se cada personagem estivesse falando naturalmente? | ||
Houve uma boa participação dos grupos para organizar e realizar a encenação da peça? | ||
Os atores tiveram dificuldades na encenação da peça? | ||
Os atores interpretaram o texto com a entonação e os gestos adequados? | ||
Há ajustes a serem feitos em uma próxima apresentação? |
Respostas pessoais.
MANUAL DO PROFESSOR
Planejamento da encenação da peça teatral
Atividade 4
Veja sugestões para a organização das tarefas dos demais grupos no preparo da encenação da peça (item c):
- Grupo de cenário e materiais: pode fazer o cenário com desenhos em papel kraft, pendurar lençóis, panos ou até mesmo utilizar guarda-chuvas coloridos. A escolha do espaço é importante, principalmente para definir como será o cenário e como os atores devem se mover no palco.
- Grupo de figurino: pode verificar com os familiares se eles têm alguma peça de roupa ou tecido que possam emprestar. Acessórios, como enfeites de cabelo, lenços e chapéus, são bem-vindos.
- Grupo de música e iluminação: define os sons ou as músicas da peça, de modo que não se sobreponham à voz dos atores. Deve também manusear as luzes, apagando ou acendendo as luzes da lanterna ou movimentando-as, de acordo com a ação dos atores.
Atividade 5
No ensaio geral, já devem ser testados os figurinos e outros elementos do cenário, como som e iluminação. Os grupos devem acompanhar o ensaio dos atores.
Avaliação
Atividade 7
Oriente a turma para responder às perguntas da tabela de avaliação, recurso que pode contribuir com a avaliação formativa dos estudantes. Faça a leitura dos critérios em voz alta ou peça aos estudantes que leiam e assinalem se os aspectos ali inseridos foram ou não atingidos.
Conhecer mais palavras
Habilidades da BNCC nesta seção
EF15LP18, EF35LP05.
Componentes da PNA nesta seção
Desenvolvimento de vocabulário
Conhecimento alfabético
Produção de escrita
Atividade 1
Conhecimento alfabético
Desenvolvimento de vocabulário
Durante a correção da atividade 1 na página 213 do Livro do Estudante, na seção "Conhecer mais palavras" atente para o caso de os estudantes indicarem palavras que apresentam sílabas parecidas, com uma letra a mais, por exemplo.
Atividade 3
Conhecimento alfabético
Cada um dos quadros apresenta uma regra que deve ser desvendada pelos estudantes durante a realização da atividade.
No primeiro quadro, todas as palavras apresentam uma palavra derivada de um substantivo + sufixo -agem, exceto pajem, que não é uma palavra derivada e é escrito com a letra j.
No segundo quadro, todas as palavras são derivadas de substantivo + sufixo -oso, exceto a palavra idoso, que não é derivada.
213
Conhecer mais palavras
Faça no caderno.
1 Leia as palavras a seguir, retiradas do texto Pinóquio.
implicante
companhias
assustado
crescer
enxotou
- Escreva outras palavras que também tenham a(s) letra(s) destacada(s) acima. Resposta pessoal.
- Agora, anote no caderno o significado das palavras destacadas nesta frase. Enxotou: botou para fora, afastou de si; implicante: pessoa impaciente, ranzinza.
A mulher enxotou a vizinha fofoqueira e implicante.
2 Releia o trecho.
"E de repente Pinóquio viu que o seu pequeno nariz de madeira crescia, se esticava, se espichava, até parecer um galho de árvore!"
- Os verbos destacados têm sentidos semelhantes ou contrários? Sentidos semelhantes.
- Quais dos verbos abaixo são sinônimos e quais são antônimos dessas palavras destacadas? Sinônimos: se alongar, se estirar, distender, aumentar; antônimos: diminuir, encurtar, encolher, reduzir.
se alongar
diminuir
se estirar
encurtar
distender
encolher
aumentar
reduzir
3 Encontre a palavra intrusa em cada quadro. Anote-a no caderno.
Pajem.
folhagem
pajem
camaradagem
bobagem
traquinagem
Idoso.
carinhoso
habilidoso
idoso
prazeroso
mentiroso
4 Observe a fotografia abaixo.
- De quais personagens esta imagem faz você se lembrar? Espera-se que os estudantes respondam: de Gepeto e de Pinóquio.
- Escreva frases com cada personagem utilizando algumas das palavras da atividade 3: camaradagem, bobagem, traquinagem, habilidoso e mentiroso. Resposta pessoal. Sugestões: O habilidoso Gepeto tinha camaradagem com o boneco que construiu. Pinóquio era um mentiroso e muitas vezes fazia bobagem, mas depois se arrependeu das suas traquinagens.
Dica: Faça as alterações necessárias de acordo com seu texto.
- Releia e revise suas frases, fazendo as correções que forem necessárias.
MANUAL DO PROFESSOR
Para realizer uma avaliação processual e formativa dos estudantes, nesta unidade foram sugeridas várias propostas de acompanhamento. Entre elas, destacam-se:
- as tabelas de avaliação, para revisar, analisar e reelaborar as produções oral e escrita e verificar as atividades de fluência realizadas nesta unidade;
- a seção "Conhecer mais palavras", para desenvolver gradativamente o repertório estudado na unidade;
- a confecção do "Dicionário da turma", para selecionar, organizar e consolidar o vocabulário aprendido na unidade;
- a seção "Para fazer em casa", para retomar os conteúdos gramaticais e o conhecimento alfabético estudados.
Os estudantes puderam trabalhar as habilidades da BNCC e os Componentes da PNA, conforme indicados em tabelas das páginas MP009 a MP015 e da página MP017 deste Manual do Professor.
Conclusão da unidade
UNIDADE 7
Mentiras e fantasias
Principais propostas realizadas na unidade
Os estudantes tiveram a oportunidade de:
- refletir sobre a questão da mentira e diferenciá-la do uso da imaginação, quando não há intenção de enganar;
- conhecer e compreender diversos gêneros textuais, como o conto de fadas e a peça teatral;
- fazer leituras e desenvolver vários processos de compreensão de textos;
- desenvolver a prosódia, a precisão e a velocidade ao exercitar a fluência em leitura oral;
- ampliar o repertório com o desenvolvimento de vocabulário;
- realizar atividades para a consolidação progressiva da ortografia e do conhecimento alfabético (como os sufixos -agem e -oso/-osa);
- rever, aprender e/ou ampliar os usos de conhecimentos linguísticos e gramaticais (como os pronomes pessoais e possessivos);
- realizar a produção de escrita com a revisão da ortografia;
- acompanhar, passo a passo, as etapas (como planejamento, produção, avaliação, revisão, reelaboração) das produções;
- elaborar produções orais (como leitura dramática) e escritas (como diálogo escrito com base em imagens), socializando com o professor e os colegas;
- fazer leituras com familiares ou responsáveis, para desenvolver a Literacia Familiar.