UNIDADE 3 ANTIGUIDADE CLÁSSICA
CAPÍTULO 9 IMPÉRIO E CULTURA ROMANA
Os romanos realizaram trocas culturais com diversos povos – como gregos e egípcios – e também difundiram elementos de sua cultura por meio da arte, do direito, da língua e da religião.
O latim era a língua falada pelos romanos. Essa língua influenciou a formação de diversos idiomas, incluindo o português. A língua portuguesa teve origem em uma província romana chamada Lusitânia, que corresponde à região atual de Portugal e Espanha.
responda oralmente
para começar
Por que você acha que Roma é conhecida como “cidade eterna”?
Império
Após a morte de Júlio César e de uma série de disputas políticas, seu sobrinho Otávio tornou-se governante de Roma. Ao assumir o governo, Otávio acumulou poderes e títulos, como o de augusto (“divino” ou “sagrado”) e o de comandante supremo das forças militares. Ele diminuiu o poder do Senado e passou a nomear pessoas de sua confiança para os cargos mais importantes.
De acordo com alguns historiadores, o governo de Otávio Augusto marca, em termos práticos, o início do Império Romano, que durou de 27 antes de Cristo até 476 e atingiu sua maior extensão territorial no século dois Em latim, a palavra imperium significa “comando”, “autoridade suprema”.
O império é uma fórma de governo monárquico na qual um poder centralizado controla um amplo território e uma numerosa população. Nessa fórma de governo, o imperador era a autoridade máxima, atuando como chefe militar, administrativo e religioso. Com o acúmulo de poderes, para evitar rebeliões, o imperador precisava dialogar e manter um bom relacionamento com diversos grupos sociais.
Domínio romano (séculos I a.C.-II d.C.)
Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.
dica internet
O Coliseu
Disponível em: https://oeds.link/M9pzXQ. Acesso em: 6 março 2022.
O site oficial do Coliseu oferece passeios virtuais a vários sítios históricos de Roma, como o Panteão, o Fórum, entre outros.
dica livro
ROSS, Stewart. Roma antiga. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2007.
Ilustrações, painéis e textos apresentam aspectos da vida e dos costumes do Império Romano.
Pax Romana
O governo de Otávio deu início a um período chamado de Pax Romana (“Paz Romana”), que durou mais de dois séculos. Esse longo período foi marcado por certa estabilidade política e prosperidade. Foram construídas grandes obras, como edifícios, aquedutos, estradas, portos e anfiteatros.
Durante o século dois, o Império Romano atingiu seu tamanho máximo: cêrca de 4 milhões de quilômetros quadrados, onde alguns calculam que viviam mais ou menos 70 milhões de pessoas. Dessa população, aproximadamente um terço era formado por pessoas escravizadas.
Os custos para sustentar o Império Romano, porém, eram elevados. Para manter a administração pública, a fôrça militar e o luxo da elite, muitos impostos eram cobrados de seus habitantes. Isso gerava revoltas.
Com o fim das conquistas militares, o exército procurou garantir a obediência das províncias ao governo central. Embora ocorressem revoltas contra o poder imperial, as rebeliões eram rapidamente contidas pelas fôrças militares de Roma.
Desenvolvimento econômico
Durante os dois primeiros séculos do império, a economia romana teve grande desenvolvimento. Observemos suas principais atividades:
- exploravam-se ouro e prata na Espanha, na Dácia (atuais Romênia e Moldávia) e na Bretanha (atual Reino Unido);
- traziam-se cavalos, alimentos e tecidos da Gália (que correspondia principalmente à atual França);
- produziam-se grandes quantidades de trigo no Egito;
- negociavam-se algodão, especiarias e pedras preciosas da Índia.
Diversos outros produtos vinham da Arábia e da China. Havia um comércio ativo com o norte da África. O destino da maioria desses produtos era Roma, de onde eram distribuídos para as demais províncias do império.
Várias causas estimularam o desenvolvimento da economia romana, especialmente o comércio. Entre elas, destacaram-se a existência de uma moeda comum (o denário), a aplicação do Direito romano e a construção de estradas, pontes e portos ligando diversas regiões do império.
responda oralmente
para pensar
Você já viajou para lugares distantes de sua casa? Para onde?
OUTRAS HISTÓRIAS
Pão e circo
Roma foi uma das maiores cidades do mundo antigo. No século dois, tinha mais de 1 milhão de habitantes, boa parte deles sem trabalho contínuo.
Havia tensão social pelas ruas, pois o desemprego e a falta de alimentos atingiam grandes proporções. Para controlar a situação, as autoridades distribuíam alguma comida e promoviam espetáculos. Eram tantos espetáculos e festas que o calendário chegou a ter mais de cem feriados por ano.
O poeta latino Juvenal, que viveu em Roma entre os séculos ume dois, criticou os romanos dessa época por não quererem mais do que “pão e circo”.
A elite de Roma, no entanto, não foi capaz de garantir comida e lazer a todas as pessoas pobres. Nas ruas, nas praças, nas oficinas, nos mercados ou nas tabernas, os próprios plebeus buscavam meios para sobreviver e se divertir.
Responda no caderno
Atividades
- Com que objetivo a política do “pão e circo” foi criada pelas autoridades na Roma antiga?
- Que tipo de espetáculo divertia os romanos nessa época?
Crise do império
A partir do século III, o Império Romano entrou em crise e passou por transformações que levaram à sua divisão. Com seu imenso território, o império tinha muitas despesas. Era preciso sustentar funcionários administrativos e soldados em diversas províncias. Para isso, o governo aumentava os impostos e emitia mais moedas. Assim, os preços subiam e o dinheiro perdia valor, no processo conhecido como inflação.
Para enfrentar as dificuldades, os latifundiários criaram o colonato. Nesse sistema, o camponês, chamado colono, cultivava um pedaço de terra e entregava ao proprietário parte da colheita. Alguns colonos eram ex-escravizados libertos e camponeses livres empobrecidos que tinham perdido suas terras. Nessa época, a insegurança das cidades e a busca por alimentos fizeram muita gente migrar para o campo.
A crise agravou-se quando os romanos tiveram de enfrentar a pressão militar de povos estrangeiros. Esses povos – hunos, germanos, celtas, eslavos –, denominados “bárbaros” pelos romanos, tinham outras culturas, outros modos de ser e de viver e não falavam o latim.
Os efeitos da crise foram maiores na parte ocidental do império. Percebendo isso, o imperador Constantino decidiu mudar a capital do Império Romano para a parte oriental em 330. Assim, ele mandou remodelar a cidade de Bizâncio (na atual Turquia), que passou a ser chamada Constantinopla.
Anos mais tarde, em 395, o Império Romano foi dividido em duas grandes partes: o Império do Ocidente, com séde em Roma, e o Império do Oriente, com séde em Constantinopla.
Com o aumento dos ataques externos, ocorreu a queda do Império Romano do Ocidente em 476. Já o Império Romano do Oriente transformou-se e sobreviveu até 1453, quando os turcos conquistaram Constantinopla.
Divisão do Império Romano (final do século IV)
Responda no caderno
observando o mapa
Quais cidades destacadas no mapa estão localizadas mais a leste (Império Romano do Oriente)? E mais a oeste (Império Romano do Ocidente)?
Arquitetura romana
A arquitetura romana destacou-se como a arte capaz de combinar o útil com o belo. Os romanos construíram, por exemplo, anfiteatros, termas, aquedutos, templos, palácios e monumentos.
Com as conquistas militares, as construções tornaram-se mais elaboradas, demonstrando a riqueza da sociedade romana. A arquitetura adquiriu um aspecto grandioso com a introdução de elementos como as abóbadas, as cúpulas e as colunas de origens gregas. Além disso, essas construções foram decoradas com diversas esculturas.
Coliseu e as lutas de gladiadores
O Anfiteatro Flávio, mais conhecido como Coliseu, foi construído entre os anos de 72 e 80. As obras começaram por ordem do imperador Flávio Vespasiano e terminaram durante o governo de seu filho e sucessor Tito.
Essa obra monumental tinha uma estrutura elíptica de 188 metros de comprimento, 155 metros de largura e 57 metros de altura. Assim, o Coliseu tornou-se o maior anfiteatro romano, com capacidade para cêrca de 50 mil pessoas.
Nas arenas do Coliseu, ocorriam diversos eventos, como apresentações teatrais e lutas de gladiadores. Em geral, os gladiadores eram pessoas escravizadas ou prisioneiros que lutavam entre si ou com animais ferozes para entreter o público. As lutas ocorreram no Coliseu até 404, quando o imperador Flávio Honório proibiu esse tipo de entretenimento.
Texto do Infografico
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para pensar
Em sua avaliação, que construção atual lembra o Coliseu? Reflita e comente com os colegas.
dica livro
ANDE, Edna. Roma: arte na Idade Antiga. São Paulo: Callis, 2011.
A obra faz um panorama sobre a arte produzida na Roma antiga.
Termas, aquedutos e arcos do triunfo
As termas eram lugares para banhos, práticas esportivas e culturais. Elas eram encontradas em todas as grandes cidades romanas. Só na Roma do século quatro havia cêrca de mil termas. As termas contavam com fornos para fornecimento de água quente, morna e fria, salas de massagem e de ginástica, além de quadras de esportes. Nesses locais, havia também bibliotecas, salas de música e salões para conversar.
Aqueduto é uma construção que conduz água de uma fonte até um reservatório na cidade. Os aquedutos começaram a ser construídos nos domínios romanos a partir do século quatro antes de Cristo Os romanos achavam tão importante ter acesso à água fresca que havia mais de 400 quilômetros de aquedutos só em Roma, fornecendo cêrcade 300 milhões de litros de água por dia aos moradores da cidade.
Os arcos do triunfo são um tipo de monumento decorativo em formato de arco construído em locais públicos. Geralmente, tinham como objetivo homenagear governantes ou militares que sobressaíam em guerras. Esses homens e seus comandados costumavam desfilar pelas ruas de Roma e passar sob o arco, exibindo consigo as riquezas e os prisioneiros de guerra, que acabariam sendo escravizados.
Direito
O desenvolvimento do Direito foi uma das principais características culturais da Roma antiga. Os romanos criaram um conjunto de leis que foram aplicadas em seus vastos domínios e se referiam a muitos aspectos da vida social.
Desde o primeiro código escrito (a Lei das Doze Tábuas, do século cinco ), antes de Cristo as leis se ampliaram e passaram por muitas modificações. Em 212, por meio de um edito do imperador Caracala, foi concedida a cidadania romana a todos os habitantes livres das províncias do Império Romano. Esse ato contribuiu para consolidar a unidade jurídica do império.
Mas nem tudo o que estava escrito nas leis era devidamente cumprido na prática social. Existia muita desigualdade na vida cotidiana, e isso se refletia na aplicação das leis. Por exemplo, um cidadão pobre que processasse um cidadão poderoso teria muita dificuldade em ganhar o processo.
Atualmente, os cursos de Direito ensinam alguns princípios jurídicos romanos. Por isso, é comum advogados, promotores públicos e juízes citarem certas frases em latim. Um princípio jurídico romano conhecido até hoje diz “a cada um o que é seu”. Esse princípio traz a ideia de que devemos conhecer nossos direitos e respeitar os direitos dos outros.
responda oralmente
para pensar
Por que é importante conhecer seus direitos e respeitar os direitos dos outros? Você acha que, no dia a dia, as pessoas costumam se respeitar? Debata o assunto e exponha seus argumentos para os colegas.
Latim: a língua do império
Roma foi fundada em uma região chamada Lácio (ou Latium) e seus habitantes falavam latim. Essa era a língua oficial do Império Romano.
Com a expansão do império, o latim foi bastante difundido e, aos poucos, misturou-se com as línguas faladas nas províncias conquistadas. Dessa mistura, originaram-se várias línguas, como italiano, português, espanhol, catalão, francês e romeno. Em função de sua origem comum, essas línguas são chamadas de românicas ou neolatinas.
As línguas neolatinas guardam semelhanças entre si. A seguir, observe as semelhanças nas traduções da frase em latim “Ars longa, vita brevis”, do médico grego Hipócrates:
- português: “A arte é longa, a vida é curta”;
- italiano: lártê lunga, la vita ê bréve;
- espanhol: êl árte es lárgo, la vída ês côrta;
- catalão: “L'art és llarg, la vida és curta”;
- francês: lár ê lõn, la ví ê curt;
- romeno: “Arta este lungă, viaţa este scurtă”.
O português é a língua mais falada no hemisfério sul, contando com aproximadamente 282 milhões de falantes. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa cê pê éle pê estabeleceu a data de 5 de maio como o Dia Mundial da Língua Portuguesa.
Línguas neolatinas no mundo atual
Vida religiosa
Os romanos eram politeístas, isto é, adoravam muitos deuses. Ao entrarem em contato com a Grécia, eles incorporaram as divindades gregas em sua cultura, as quais receberam nomes latinos. Observe o quadro a seguir.
Nome grego |
Nome latino |
---|---|
Zeus – deus do céu e senhor do Olimpo |
Júpiter |
Hera – esposa (e irmã) de Zeus |
Juno |
Atena – deusa da inteligência |
Minerva |
Ares – deus da guerra |
Marte |
Afrodite – deusa do amor e da beleza |
Vênus |
Apolo – deus da razão |
Apolo |
Ártemis – deusa da Lua, da caça e da fecundidade |
Diana |
Hermes – deus do comércio e da comunicação |
Mercúrio |
A vida religiosa romana tinha um aspecto prático. Diversos cultos eram realizados para agradar aos deuses e para receber seus favores em assuntos do cotidiano – como agricultura, saúde, caça, vitória em guerras e sorte na navegação.
A religião era considerada uma das bases do Estado e um importante instrumento político. Assim, o Senado tinha como função, entre outras atividades, zelar pelas tradições religiosas.
Além das cerimônias públicas organizadas pelo Estado, os romanos também cultuavam seus antepassados. Os deuses que protegiam as famílias eram chamados de Lares.
Ao longo do tempo, a vida religiosa em Roma passou por inúmeras transformações. Uma delas ocorreu durante o império. Foi em uma província romana que surgiu o cristianismo.
O judaísmo e o cristianismo
O Império Romano conquistou vários territórios na Europa, na África, na Ásia e no Oriente Médio. Nessas regiões, os romanos estabeleceram províncias. Numa delas, localizada no Oriente Médio, na região da Palestina, desenvolveu-se parte da história do povo hebreu.
Para estudar o povo hebreu, os historiadores utilizam fontes como vestígios arqueológicos e livros religiosos, com destaque para a Torá, que corresponde aos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).
De acordo com a narrativa religiosa, Moisés conduziu os hebreus até a região da Palestina. Durante esse caminho, Moisés recebeu de Deus (Iavé) os dez mandamentos. Assim, firmou-se a crença desse povo em um deus único e se desenvolveu o judaísmo (religião dos hebreus). No entanto, antes dos hebreus, outros povos da Antiguidade já acreditavam na existência de um só Deus.
Com base na crença em um Deus único e supremo (monoteísmo), o judaísmo concebeu um Deus que exigia um comportamento ético de seus seguidores, que se preocupava com os laços de solidariedade de seu povo. Mais tarde, os fundamentos do judaísmo foram assimilados por duas novas religiões: o cristianismo e o islamismo.
No século I, os hebreus da Palestina viviam sob o domínio do Império Romano. Eles celebravam seus cultos religiosos no Templo de Jerusalém e em várias sinagogas que se espalhavam pelas cidades e aldeias da região. Os princípios religiosos do judaísmo eram ensinados pelos rabinos, os líderes espirituais da comunidade judaica.
Mensagem do cristianismo
Foi também na Palestina que, segundo a tradição cristã, nasceu Jesus Cristo, na época do imperador Otávio Augusto. Os ensinamentos de Jesus Cristo constituem o ponto central do cristianismo, uma nova religião que marcou profundamente a vida cultural dos povos ocidentais. Depois da morte de Jesus, nas primeiras décadas do século I, sua mensagem foi difundida por seus discípulos.
Aos poucos, a nova religião espalhou-se pelo Império Romano. No início, os mais interessados no cristianismo eram os pobres e os escravizados. Eles se convertiam esperando alcançar a paz e a vida eterna e, assim, conseguir a “salvação”.
Os cristãos passaram a se opor à religião oficial romana. Por isso, foram perseguidos por imperadores e autoridades. Apesar das perseguições, o cristianismo foi conquistando lentamente novos seguidores. No final do século II, muitos romanos, até mesmo das elites sociais, também aderiram ao cristianismo. Foi nessa época que um conjunto de textos, os evangelhos, tornou-se a referência cristã para contar a história da vida e dos ensinamentos de Cristo.
Tentando manter a unidade do império, os últimos imperadores romanos usaram a religião para aproximar os soldados e os povos conquistados. Em 313, o imperador Constantino fez leis que permitiam liberdade religiosa para os cristãos. A partir de então, os cristãos puderam construir igrejas e praticar seus cultos publicamente.
Com o tempo, o cristianismo passou a contar com mais apoio do Estado e a organizar suas instituições. O latim tornou-se a língua dos cultos cristãos na parte ocidental do império, enquanto o grego era a língua usada nos cultos na parte oriental.
Assim, foi se desenvolvendo uma igreja dos cristãos, a Igreja Católica. A palavra “católica” significa “universal”, referindo-se a uma igreja que não pertenceria apenas a um povo, mas a todos os povos. A origem desse nome revela o objetivo da nova igreja, que seria converter todos ao cristianismo. Em 391, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e todos os outros cultos foram proibidos.
OFICINA DE HISTÓRIA
Responda no caderno
Conferir e refletir
1. Atualmente, algumas fórmas de diversão pública da Roma antiga podem nos parecer muito violentas, como as lutas de gladiadores, por exemplo. No entanto, seria anacrônico julgá-las com base em nossos valores. Levando isso em conta, formem grupos e debatam as questões a seguir.
- A violência deixou de ser um espetáculo? Dê exemplos da atualidade.
- O que mudou e o que permaneceu desde os antigos romanos até nossos dias em relação à violência?
- Por que a violência atrai tanto a atenção das pessoas?
2. Os romanos construíram monumentos arquitetônicos conhecidos como arcos do triunfo. Observe a fotografia de um desses monumentos.
- Com que objetivo os romanos construíam arcos do triunfo?
- Atualmente, ainda são construídos monumentos em comemoração de vitórias esportivas, guerras ou conquistas científicas? Faça uma pesquisa e dê alguns exemplos.
Interpretar texto e imagem
3. Leia com atenção o texto a seguir.
“Ao contrário do que se vê em filmes, a luta de gladiadores não se destinava à mera diversão do povo, nem a luta era até a morte. Ao final de cada combate, o perdedor devia retirar o capacete e oferecer o próprio pescoço ao vencedor, que não podia tirar-lhe a vida de motu proprio [por vontade própria]. Também não cabia ao magistrado ou ao imperador decidir o destino do perdedor: apenas os espectadores podiam fazê-lo. A decisão estava nas mãos da multidão [...]. O princípio da soberania popular manifestava-se, na arena, de fórma direta e incisiva. Se nas eleições as mulheres não tinham direito ao voto, na arena todos podiam manifestar-se [...]. A condenação à morte tampouco era o resultado de um simples capricho, da mera avaliação de superioridade física de um lutador sobre outro. O principal quesito para que o perdedor fosse poupado era ter mostrado valentia.”
FUNARI, pê pê A cidadania entre os romanos. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. organização ponto História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2010. página 71-72.
- Segundo o autor, quem decidia o destino do perdedor nos jogos de gladiadores?
- Como o autor associa os jogos de gladiadores à cidadania na Roma antiga?
integrar com arte
4. A seguir, conheça um roteiro básico que pode ser utilizado para interpretar esculturas como a do imperador Vespasiano.
- Quais são os elementos essenciais de uma obra artística para ela ser chamada de escultura? Pesquise.
- Em que época essa escultura foi produzida? Quem é seu autor?
- Utilize o quadro a seguir para analisar e descrever a escultura do imperador Vespasiano.
Tipos |
Relevo |
Baixo-relevo |
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Alto-relevo |
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Figuras incrustadas |
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Figura livre |
Estátua (uma figura completa) |
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Busto (tórax e cabeça) |
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Grupo (junção de várias figuras) |
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Material empregado |
Pedra (mármore, granito, basalto etc.) |
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Metal (bronze, alumínio, ferro etc.) |
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Barro |
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Madeira |
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Outros (corda, plástico etc.) |
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Tema |
Mitológico |
|
Paisagem |
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Religioso |
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Militar |
||
Animais |
||
Outros (retratos etc.) |
- Escreva um pequeno texto sobre a escultura levando em conta os elementos que você analisou.
- Selecione uma escultura contemporânea e, com base nesta atividade, crie uma sequência de passos que você pode utilizar para interpretá-la.