UNIDADE 1 CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE
NAVEGAÇÕES E CONEXÕES
CAPÍTULO 3Na Europa do século , navegadores de Portugal e Espanha foram os quinze pioneiros glossário das grandes viagens marítimas. Navegando pelo Oceano Atlântico, entraram em contato com povos e terras que desconheciam, e expandiram seu comércio e sua cultura. Do outro lado, os povos da América, África e Ásia também transmitiram suas culturas aos europeus. Essas conexões geraram contatos e confrontos que marcaram a Idade Moderna.
responda oralmente
para começar
Nos dias atuais, contatos entre grupos ou povos diferentes costumam gerar confrontos? Reflita sobre os motivos que levam a esses conflitos e exponha seus argumentos.
Expansão marítima
Desde a Idade Média, mercadores das cidades italianas de Gênova e Veneza dominaram o lucrativo comércio com a Ásia e a África feito pelo Mar Mediterrâneo. Nesse comércio eram negociados artigos de luxo (tapetes, tecidos de seda, objetos de porcelana) e especiarias (cravo, pimenta, noz-moscada, canela, gengibre).
No século , quinze as especiarias eram utilizadas pelos europeus como temperos, remédios e perfumes. Esses temperos serviam para melhorar o sabor, o aroma e a conservação dos alimentos. Especiaria significava “substância ativa, valiosa e rara”, daí a sua importância.
As especiarias e os artigos de luxo eram comprados pelos comerciantes italianos nos portos de cidades como Constantinopla, Trípoli, Alexandria e Túnis. Esses produtos eram levados pelo Mar Mediterrâneo até a Europa Ocidental, onde eram revendidos a altos preços.
Para romper o domínio dos italianos sobre esse comércio lucrativo, portugueses e espanhóis começaram a buscar outros caminhos para o Oriente pelo Oceano Atlântico e pelo Oceano Índico, realizando um conjunto de viagens marítimas de longa distância, que ficaram conhecidas como Grandes Navegações ou expansão marítima.
Riquezas, fé e conhecimentos
Diversos grupos sociais interessaram-se pela expansão marítima, pois ela possibilitava acumular riquezas, difundir a fé cristã e buscar novos conhecimentos.
O acúmulo de riquezas era desejado, sobretudo, por reis e burgueses que queriam lucrar com o comércio de produtos vindos da África e da Ásia. Como vimos, as rotas comerciais do Mar Mediterrâneo eram dominadas pelos genoveses e venezianos. Por isso, rotas alternativas foram buscadas nos oceanos Atlântico e Índico.
A difusão da fé cristã interessava, principalmente, à Igreja Católica, que pretendia conquistar mais seguidores. Esse interesse intensificou-se a partir da Contrarreforma, que estudamos no capítulo anterior.
Já a busca por novos conhecimentos estava ligada à mentalidade renascentista e humanista de boa parte dos europeus dessa época. Como vimos no capítulo anterior, essa mentalidade estava associada à curiosidade científica, ao desejo de aventura e à vontade de investigar o mundo.
Comércio europeu (século ) catorze
PAINEL
integrar com Geografia
Inovações técnicas das Grandes Navegações
Várias inovações técnicas ajudaram a desenvolver a navegação dos europeus nos séculos quinze e . dezesseis Eram inovações relacionadas principalmente aos tipos de embarcações e às fórmas de se orientar nos mares e nos oceanos. Confira a seguir algumas delas.
- Caravela portuguesa – navio com dois ou três mastros e velas em formato triangular, que podiam ser ajustadas para navegar a favor do vento ou contra sua direção. Essa embarcação passou a ser muito usada pelos portugueses a partir de 1441.
- Cartografia – prática de produção e estudo de mapas que foi aprimorada com as viagens marítimas. A partir do século , quinze cartógrafos europeus fizeram os primeiros registros das terras onde os navegadores chegavam. Esses mapas eram guardados em segredo pelos navegadores e seus patrocinadores. No entanto, certas informações circulavam porque havia espionagem de navegadores a serviço de um Estado que passavam a trabalhar para outro.
- Bússola – instrumento de orientação que se tornou essencial para os navegadores nas longas viagens marítimas. Sua invenção é atribuída aos antigos chineses, mas foram os árabes que levaram a bússola para a Europa.
- Astrolábio – instrumento de orientação que permite conhecer a localização de um navio pela posição dos astros. Esse instrumento foi inventado na Grécia antiga e divulgado na Europa Ocidental pelos árabes, que dominaram a Península Ibérica.
Temores e perigos
As Grandes Navegações despertaram fascínio e desconfiança da população. Não era fácil encontrar pessoas dispostas a trabalhar em uma viagem pelo Oceano Atlântico, conhecido como “mar tenebroso”. Havia o temor de que esse mar fosse habitado por monstros marinhos e sereias. Existiam também perigos reais, como tempestades com ventos fortes e ondas imensas, que poderiam fazer os navios naufragarem.
Além disso, o cotidiano nos navios era difícil. A tripulação alimentava-se da comida embarcada no porto onde a viagem começava. Quase não havia verduras e legumes frescos, que eram fontes de vitamina C. Isso causava uma doença chamada escorbuto. A comida disponível (carne-seca, farinha, cereais e biscoitos) era vigiada e controlada pelo capitão do navio e pelo despenseiro, homem que cuidava do depósito de mantimentos. Devido à higiene da época, ratos e baratas circulavam pelos navios, disputando os alimentos com os marinheiros.
Responda no caderno
para pensar
- Atualmente, quais locais são pouco visitados pelos seres humanos? Eles despertam fascínio ou desconfiança nas pessoas?
- Como você representaria esses locais? Crie um mapa com desenhos.
Versão adaptada acessível
1. Atualmente, quais locais são pouco visitados pelos seres humanos? Eles despertam fascínio ou desconfiança nas pessoas?
2. Como você descreveria esses locais? Utilize materiais táteis ou sonoros e crie uma representação deles.
DICA livro
FARIA, Antonio Augusto da Costa. Caravelas no Novo Mundo. São Paulo: Ática, 2003. (Coleção O cotidiano da História).
O livro aborda as Grandes Navegações portuguesas, as dificuldades enfrentadas pela tripulação dos navios e os contatos entre os navegadores e os povos indígenas da América Portuguesa.
Portugal e as navegações
Financiados pelo Estado, os navegadores portugueses foram os primeiros a realizar viagens marítimas de longa distância pelo Oceano Atlântico nos tempos modernos. Segundo historiadores, o pioneirismo português foi impulsionado por aspectos como:
- a experiência com navegação – desde o século treze os portugueses participavam do comércio marítimo europeu, e Lisboa foi se transformando em um dos portos mais movimentados da Europa;
- a posição geográfica – a localização de Portugal garantia livre acesso ao Oceano Atlântico, bons ventos e correntes marítimas favoráveis à navegação;
- a centralização política – na época, Portugal já era um Estado independente e unificado, com um governo capaz de financiar um projeto complexo e caro como a expansão marítima;
- o interesse de diversos grupos sociais – a expansão marítima tornou-se um projeto que despertou o interesse de comerciantes, nobres, membros da Igreja Católica e trabalhadores em Portugal. A expansão era uma oportunidade para acumular riquezas, adquirir prestígio, difundir a fé católica, buscar novos conhecimentos e melhorar de vida.
Expansão portuguesa
Em 1415, os portugueses conquistaram e saquearam Ceuta, um importante centro comercial dominado pelos muçulmanos no norte da África. Essa conquista é considerada o início da expansão marítima portuguesa.
Prosseguindo com a expansão, os navegadores portugueses tiveram de superar várias dificuldades para alcançar o Oriente contornando a África. Entre elas, destacamos a travessia do Cabo Bojador, região onde muitas embarcações afundavam, e do Cabo das Tormentas, que foi rebatizado pelo rei dom João segundo (1455-1495) de Cabo da Boa Esperança por ter criado a possibilidade de se chegar às Índias.
Os navegadores portugueses levaram mais de oitenta anos para conseguir contornar a costa da África. Durante esse processo, os portugueses criaram feitoriasglossário para o comércio de ouro, sal, ferro, marfim, tecidos, pessoas escravizadas etcétera Esse comércio enriqueceu a burguesia e a Coroa portuguesas, financiando a continuidade da expansão.
Em 1498, uma frota portuguesa liderada por Vasco da Gama (1469-1524) chegou à cidade de Calicute, na atual Índia. Essa viagem foi muito comemorada pelos portugueses, e Vasco da Gama retornou a Lisboa levando um carregamento que valia 60 vezes mais do que o custo da expedição. Assim, dois grandes objetivos foram alcançados: encontrar um novo caminho para o Oriente e romper com o monopólio comercial dos genoveses e venezianos.
Navegações portuguesas (século ) quinze
Responda no caderno
observando o mapa
A respeito das navegações portuguesas, responda:
- Quais continentes cada navegador alcançou?
- Quais navegadores atravessaram a linha do Equador e o meridiano de Greenwich?
OUTRAS HISTÓRIAS
Rinoceronte de durrár
Em 1515, o rei português dom Manuel primeiro (1469-1521) recebeu um presente especial: um rinoceronte indiano. O animal foi transportado da Índia para Portugal em uma viagem que durou 120 dias. Transportar um rinoceronte vivo com cêrca de 1,5 tonelada não deve ter sido fácil.
Quando o rinoceronte chegou a Lisboa, muita gente que nunca tinha visto esse animal ficou curiosa e quis conhecê-lo. Depois disso, circularam pela Europa relatos e desenhos do rinoceronte. Com base nessas descrições, o artista alemão Albrechi Durrár (1471-1528) criou uma xilogravura que ficou conhecida como Rinoceronte de . durrár
Além da representação do animal, a xilogravura traz um texto informando que: “[Em maio de 1515] foi trazido da Índia para o grande e poderoso rei Manuel de Portugal, em Lisboa, um animal vivo chamado rinoceronte. Sua fórma é representada aqui. Tem a cor de uma tartaruga manchada e é coberto de grossas escamas. É do tamanho de um elefante, mas com pernas mais curtas e quase invulnerável ”. reticências
Essa xilogravura pode ser vista como símbolo de um momento histórico importante, quando os europeus ampliaram seus conhecimentos e entraram em contato com povos de outros continentes. O contato com outras culturas influenciou a maneira de ver e pensar o mundo e a si mesmos.
Responda no caderno
Atividade
Albrechi Durrár representou o rinoceronte sem tê-lo visto, com base em relatos. Identifique semelhanças e diferenças entre a xilogravura e a fotografia do rinoceronte indiano. Em sua opinião, durrár conseguiu representar bem o animal?
Chegada ao Brasil
Em 1500, o governo português enviou uma esquadra à Índia com a intenção de estabelecer comércio com os povos do Oriente. Em 9 de março daquele ano, treze navios partiram de Lisboa com destino a Calicute. Mais de mil tripulantes estavam a bordo, incluindo navegadores experientes. O comando dessa esquadra foi entregue ao nobre português Pedro Álvares Cabral (1467-1520). No decorrer da viagem, os navios da esquadra se afastaram da costa africana, indo em direção às terras americanas. As razões desse afastamento têm sido motivo de debate entre os historiadores: a mudança de rumo foi intencional ou ocorreu por acaso?
Na tarde de 22 de abril de 1500, os portugueses avistaram as terras do atual estado da Bahia, próximo a Porto Seguro. O lugar era habitado por indígenas e recebeu o nome de Vera Cruz, mas durante anos os europeus chamaram esse território de Terra de Santa Cruz, Terra dos Papagaios ou Brasil.
O nome Brasil estava associado à árvore pau-brasil e começou a ser usado nas primeiras décadas do século . Os comerciantes dessa madeira foram chamados “brasileiros”, mas essa expressão passou a designar, com o tempo, os colonos nascidos no Brasil. dezesseis
As áreas do continente americano dominadas por Portugal também são chamadas de América Portuguesa.
dica filme
Caramuru, a invenção do Brasil (Brasil). Direção de Guel Arraes, 2001. 100 minutos
A chegada dos portugueses ao território que hoje compreende o Brasil é o tema dessa comédia que mistura ficção e realidade.
dica livro
AMADO, Janaína; FIGUEIREDO, Luiz Carlos. A formação do império português (1415-1580). São Paulo: Atual, 1999. (Coleção Discutindo a História).
No livro são apresentadas as viagens marítimas como parte fundamental da formação do Império Português e as disputas pelas rotas com outros comerciantes europeus.
Espanha e as navegações
No final do século , quinze o governo espanhol financiou o projeto de navegação do genovês Cristóvão Colombo (1451-1506). Esse navegador pretendia chegar à Índia percorrendo uma rota diferente da que foi usada pelos portugueses.
Com base na ideia de que a Terra era redonda, como muitos estudiosos defendiam, Colombo elaborou um plano para atingir o Oriente navegando rumo ao oeste, isto é, em direção ao Ocidente.
Com três navios – Santa Maria, Pinta e Niña – concedidos pelos reis espanhóis, Colombo e sua tripulação partiram do porto espanhol de Palos em 3 de agosto de 1492. Em 12 de outubro, chegaram a terras que pensavam ser as Índias e, por isso, chamaram seus habitantes de índios. Mas o lugar em que aportaram era uma ilha no Mar do Caribe, chamada pelos nativos de Guanahani, à qual os espanhóis deram o nome de São Salvador.
Colombo retornou à Espanha e, nos anos seguintes, comandou mais três viagens pelo Oceano Atlântico, sempre acreditando que havia chegado à Índia. Morreu sem saber que chegara a outro continente. Somente com as viagens de outros navegadores, sobretudo do florentino Américo Vespúcio (1454-1512), é que o engano foi esclarecido. O continente passou a ser chamado de América em homenagem a esse navegador.
As áreas do continente americano que, posteriormente, foram dominadas pela Espanha também podem ser chamadas de América Espanhola.
Outros navegantes
Depois de Cristóvão Colombo, outros navegadores a serviço dos reis espanhóis exploraram novas terras. Entre eles:
- Vicente iãnhes Pinzón (1462-1514) e seus comandados chegaram à foz do Rio Amazonas em 1500;
- Vasco Nuñez de Balboa (1475-1519) e seus comandados alcançaram o Oceano Pacífico, em 1513, após atravessarem a pé o istmoglossário do Panamá;
- Fernão de Magalhães (1480-1521) comandou, em 1519, a primeira viagem de circum-navegação da Terra, mas ele morreu durante o trajeto. A viagem foi completada em 1522 sob a liderança de Sebastião d’el Cano (1476-1526).
Disputas pelas novas terras
Os governantes de Portugal e Espanha quase entraram em conflito para assegurar a posse das novas terras. Por fim, assinaram um acordo na cidade espanhola de Tordesilhas, em 1494. Por esse acordo, conhecido como Tratado de Tordesilhas, traçou-se uma linha vertical imaginária que passava 370 léguas a oeste de Cabo Verde. As terras a oeste da linha pertenceriam à Espanha, enquanto as terras a leste seriam de Portugal.
Tratado de Tordesilhas (1494)
responda oralmente
observando o mapa
A maior parte da atual costa brasileira estava localizada a leste ou a oeste do meridiano de Tordesilhas?
Navegações francesas, inglesas e holandesas
Reis de outros Estados, como França e Inglaterra, não concordaram com o Tratado de Tordesilhas. Tendo seus interesses contrariados por esse tratado, o rei francês Francisco primeiro (1515-1547) teria dito: “Onde está o testamento de Adão, dividindo o mundo entre Portugal e Espanha?”.
Assim, franceses, ingleses e holandeses também investiram nas navegações marítimas e colonizaram regiões da América (Haiti e Estados Unidos, por exemplo), concorrendo com os portugueses e os espanhóis a partir do final do século . dezesseis Eles buscaram um novo caminho para o Oriente pelo norte do Oceano Atlântico. Isso porque os espanhóis e os portugueses já dominavam as rotas pelo sul do oceano. Embora um novo caminho não tenha sido encontrado, essas navegações possibilitaram a exploração e a ocupação da América do Norte.
Mais tarde, no século , dezessete holandeses e franceses se envolveram no comércio com os africanos, principalmente na África Ocidental. O objetivo dos europeus era comprar seres humanos para trabalharem como escravizados em suas colônias na América.
Também nessa época, parte dos territórios controlados pelos portugueses no Oriente foi entregue aos ingleses em troca de acordos de proteção militar. Bombaim, por exemplo, que estava sob domínio luso desde 1534, foi dada como dote da princesa Catarina de Bragança (1638-1705) ao se casar com o rei Carlos segundo (1630-1685) da Inglaterra, em 1661. Bombaim é hoje uma das maiores cidades indianas.
Navegações árabes e chinesas
No século , quinze os navegadores árabes dominaram importantes rotas comerciais no Oceano Índico. Essas rotas ligavam a Índia à Península Arábica e à África Oriental. Assim, quando chegaram à Índia em 1498, os portugueses disputaram com os árabes um espaço nesse comércio.
Entre os séculos doze e , quinze os chineses vivenciaram um período de apogeu na navegação e intensificaram o comércio marítimo com povos asiáticos, africanos e árabes.
Um dos grandes navegadores chineses foi djãng rãã (1371-1435). Ele liderou sete expedições nos oceanos Pacífico e Índico entre 1405 e 1433, alcançando a Península Arábica e a África Oriental. Seu objetivo era estabelecer relações diplomáticas, fazer comércio e cobrar tributos de regiões vizinhas.
Apesar de terem desenvolvido uma sofisticada tecnologia de navegação, os chineses passaram a se concentrar no desenvolvimento de seu mercado interno em meados do século . quinze Com isso, a expansão marítima chinesa foi interrompida e seu comércio exterior sofreu restrições.
Navegações de djãng rãã (século ) quinze
OFICINA DE HISTÓRIA
Responda no caderno
Conferir e refletir
1. A partir do século , quinze diversas inovações tecnológicas contribuíram para o desenvolvimento das Grandes Navegações. Reúna-se com um colega e façam as atividades a seguir sobre esse assunto.
- Citem algumas dessas inovações. Entre as inovações citadas, quais são utilizadas até hoje?
- A quem é atribuída a invenção da bússola e do astrolábio? Que povo apresentou esses instrumentos aos europeus?
Interpretar texto e imagem
integrar com geografia
2. A cartografia teve um grande desenvolvimento durante as Grandes Navegações. Com base nessa informação, analise o mapa e faça o que se pede.
Península Ibérica: divisão política atual
- Qual é o tema desse mapa?
- Pesquise o significado da palavra “península”.
- Quais são os dois principais países situados na Península Ibérica?
- Com base na rosa dos ventos do mapa, responda:
- a Espanha está a leste ou a oeste de Portugal?
- o Mar Mediterrâneo banha o sul de Portugal ou o sul da Espanha?
- qual oceano está a leste de Portugal?
- Qual é o nome do estreito que liga o Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico?
- Observando o mapa, responda às questões.
- Quais são os nomes da capital de Portugal e da capital da Espanha?
- Qual é a escala utilizada no mapa?
- Com base na escala, qual é a distância em linha reta entre as capitais de Portugal e da Espanha?
integrar com Língua Portuguesa
3. Leia a seguir versos do poema “Mar português”, escrito pelo poeta Fernando Pessoa (1888-1935).
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.”
PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1969. página 82.
- O poema se refere à conquista marítima portuguesa. Destaque dois versos que mostram as dificuldades dessa conquista.
- Segundo o poeta, “valeu a pena” enfrentar os desafios da conquista marítima? Comente.
integrar com arte
4. Observe a imagem e responda às questões.
- O que Colombo está segurando na mão esquerda? O que isso simbolizaria?
- Durante a expansão marítima, os navios costumavam ter uma tripulação numerosa, mas, no navio representado, Colombo aparece sozinho. Que explicação você daria para isso?
- Que criaturas foram representadas no mar? Elas faziam parte do imaginário europeu na época dessa expansão?
Glossário
- Pioneiro
- : aquele que é o primeiro, que está na liderança.
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- Feitoria
- : armazém fortificado no litoral onde se guardavam e negociavam mercadorias com os nativos.
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- Istmo
- : estreita faixa de terra situada entre dois mares, que une duas áreas maiores de terra.
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