PROJETO TEMÁTICO

Meio ambiente

Este livro aborda alguns problemas ambientais que surgiram durante a colonização da América. Esses problemas foram gerados, por exemplo, pela mineração em Potosí, na atual Bolívia, pelo desmatamento da Mata Atlântica e pela mineração na América portuguesa. Atualmente, os problemas ambientais persistem na realização de diversas atividades, como garimpos ilegais, incêndios florestais, tráfico de animais silvestres, derrubadas criminosas de árvores para venda de sua madeira, invasão de terras indígenas, entre outras.

Fotografia. Vista aérea de uma porção do mar, tomado quase que totalmente por uma extensa faixa de lama.
Lama gerada pelo rompimento da barragem de Fundão, localizada em Mariana, Minas Gerais, encontra o mar em Regência, Espírito Santo, 2015. A barragem de Fundão, que armazenava bilhões de litros de resíduos do processo de mineração, rompeu-se em 2015, deixando um rastro de devastação que causou impactos no ecossistema e na vida das comunidades da região. A tragédia de Mariana é considerada o maior desastre ambiental do Brasil.

No mundo contemporâneo, compreender o meio ambiente pelo enfoque da sustentabilidade é tarefa complexa, pois envolve questões ecológicas, científicas, econômicas, éticas e culturais. No entanto, esses estudos são essenciais para garantir a vida no planeta.

Desse modo, é possível dizer que uma das dimensões fundamentais da cidadania consiste na defesa do equilíbrio do meio ambiente em nível local, nacional e mundial.

A proposta deste projeto é realizar um seminário e um debate sobre meio ambiente, utilizando, se possível, recursos digitais. Para isso, você vai refletir sobre o uso de alguns recursos do meio ambiente no dia a dia, pesquisando sobre os seguintes itens: água e abastecimento, lixo e reciclagem, áreas verdes e preservação e energia elétrica e consumo. O objetivo é construir valores, conhecimentos e atitudes voltados para a educação ambiental. Acompanhem, a seguir, as principais etapas do projeto.

  1. A classe será dividida em quatro grupos e cada grupo seguirá as orientações de cada um dos quatro roteiros propostos. Para responder às perguntas, entrevistem pessoas de seu convívio e pesquisem textos, fotografias, vídeos ebarraou áudios (podcasts) na internet.
  2. Com base no questionário, elaborem slides, cartazes e um roteiro para orientar a apresentação do seminário.
  3. Apresentem o seminário utilizando os materiais produzidos. Todas as pessoas do grupo devem participar da apresentação.
  4. Ao final das apresentações, debatam o tema “O que pode ser feito para preservar o meio ambiente?”. Escutem com atenção o que os outros grupos têm a dizer, sem interrompê-los, respeitando o tempo de fala de cada um.
  5. Para concluir, cada estudante vai escrever um relatório destacando o que aprendeu no projeto. Compartilhem o relatório com os colegas de classe.

Roteiro 1 – Água e abastecimento

  1. Como a água é utilizada em seu cotidiano?
  2. Já faltou água na casa de vocês ou na de seus vizinhos? Se sim, quando isso aconteceu? Como a falta de água afetou as atividades das pessoas?
  3. Por que é importante economizar água?
  4. Que medidas vocês sugerem para combater o desperdício de água?
Ilustração. Um homem, de cabelos pretos, curtos e crespos, visto de perfil, em pé, vestindo uma camiseta laranja, à frente de uma pia com torneira. Ele segura um prato amarelo com uma das mãos, enquanto o ensaboa com a outra. Em cima da pia, uma caneca vermelha sobre um prato amarelo, ambos ensaboados.

Roteiro 2 – Lixo e reciclagem

  1. Como é feito o descarte do lixo que produzimos? Que impactos ambientais e sociais o lixo pode gerar?
  2. O que vocês sugerem para reduzir a produção de lixo?
  3. Existe serviço de coleta seletiva de lixo na região onde vocês moram? Vocês reciclam o lixo? Na escola, o lixo reciclável é separado?
  4. Caso o lixo de sua casa ou de sua escola não seja separado para reciclagem, estude meios de implantar esse serviço.
Ilustração. À esquerda, um menino de cabelos pretos, curtos e crespos, vestindo uma camiseta amarela, calça e tênis, sentado em uma cadeira. À direita, uma menina de cabelos loiros, lisos e longos, vestindo uma camiseta azul claro, calça e tênis, sentada sobre uma cadeira de rodas. Eles estão ao redor de uma mesa, onde há diferentes embalagens, entre elas latas coloridas e garrafas plásticas verdes.

Roteiro 3 – Áreas verdes e preservação

  1. Existem florestas ou áreas verdes na região onde vocês moram? Quais? Elas estão bem preservadas?
  2. Vocês frequentam parques e praças arborizados? Vocês se sentem bem nesses espaços? Por quê?
  3. Por que é importante preservar florestas e áreas verdes?
  4. Quais são as principais causas do desmatamento?
Ilustração. Sob um campo gramado, três pessoas. À esquerda, um menino de cabelos pretos, curtos e lisos, vestindo uma camiseta roxa e uma calça azul. Ele está com os joelhos apoiados na grama e segura com as duas mãos o caule de uma planta verde em direção ao solo, onde há um pequeno buraco. Ao centro, uma menina de cabelos castanhos, lisos e médios, vestindo uma camiseta rosa, uma calça azul e um par de óculos sobre o rosto. Ela está com os joelhos apoiados na grama e segura com as duas mãos um pacote verde, de onde despeja terra sobre o pequeno buraco no solo. À frente deles, uma pá. À direita, um homem de cabelos pretos, lisos e curtos, vestindo uma camiseta laranja, uma calça azul e um par de óculos sobre o rosto. Ele está agachado na grama e observa as duas crianças. Os três estão sorrindo. Ao fundo, uma árvore, nuvens e céu azul.

Roteiro 4 – Energia elétrica e consumo

  1. Em que situações vocês utilizam energia elétrica?
  2. Já faltou energia elétrica na casa de vocês ou na escola? O que mudou na rotina de vocês durante esse período?
  3. De onde vem a energia elétrica que consumimos? Como economizá-la no dia a dia?
  4. A geração dessa energia provoca impactos no meio ambiente? Quais?
Ilustração. Um menino, de cabelos castanhos, cacheados e presos em um coque, vestindo uma camiseta laranja, um par de óculos sobre o rosto e uma mochila de cor azul, laranja e amarela nas costas, estendendo uma das mãos em direção a um interruptor na parede, onde acima se lê a palavra "Click". O menino é visto de costas e com o rosto em perfil. À sua direita, uma porta de madeira. Ao fundo, um corredor iluminado.

BIBLIOGRAFIA COMENTADA

ABREU, Capistrano de. Capítulos de história colonial (1500-1800) e Os caminhos antigos e o povoamento do Brasil. Brasília: Editora ú êne bê, 1982.

Relaciona conhecimentos de História e de Geografia para mostrar que as sociedades são influenciadas culturalmente, mas também pelo meio físico em que estão inseridas.

ALENCASTRO, Luiz F. de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Defende que, para entendermos a formação do Brasil, precisamos nos debruçar sobre as relações sociais e econômicas que ocorriam no espaço atlântico formado pela colônia portuguesa, pela África e por Portugal.

ALVES FILHO, Ivan. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.

Comenta documentos que vão da Carta de Pero Vaz de Caminha até o impeachment de Fernando Collor. Tem uma bibliografia com mais de 3 mil títulos.

ANDRADE, Mário de. A arte religiosa no Brasil. São Paulo: ExperimentobarraGiordano, 1993.

Apresenta as obras barrocas no Brasil e afirma que essa foi a primeira produção de uma arte brasileira.

ANTONIL, André J. Cultura e opulência do Brasil. terceira edição Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: êduspi, 1982.

Publicada em 1711 por um padre jesuíta italiano que escreveu sobre as riquezas da terra, a obra foi censurada pelo governo português.

Arriés Filíp; chartiê rogê (organizador). História da vida privada: da Renascença ao século das luzes. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. volume 3.

Reúne trabalhos de pesquisadores que se debruçaram sobre esse período histórico, quando os espaços da vida privada adquiriram melhor definição.

BARLÉU, Gaspar. História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1940.

Editada em 1647 por encomenda de Maurício de Nassau, que queria uma obra que o elogiasse.

béri, Boubacar. Senegâmbia: o desafio da história regional. Rio de Janeiro: Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001.

Reflete sobre as tradições orais na escrita da história no período pós-independência e sobre as fronteiras africanas impostas pelo colonialismo europeu.

BELLOTTO, Manoel; CORREA, Ana M. M. (organizador). A América Latina de colonização espanhola: antologia de textos históricos (seleção). São Paulo: Ucitéc/êduspi, 1979.

Coletânea de documentos comentados pelos organizadores, referente à América Latina.

BELLUZZO, Ana M. de M. (organizador). O Brasil dos viajantes. São Paulo: Metalivros; Salvador: odebréchê, 1994. 3 volumes.

Publica muitas imagens da produção artística do período colonial feita por artistas viajantes. Resulta da pesquisa para uma exposição que percorreu várias cidades brasileiras.

Bênci, Jorge. Economia cristã dos senhores no governo dos escravos. São Paulo: Grijalbo, 1977.

Documento colonial escrito por um padre com base em sua experiência na América portuguesa.

bitencur, Francisco. História das inquisições: Portugal, Espanha e Itália, séculos dezesseis a dezenove. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Analisa as atividades da Inquisição nesses três locais, mostrando as diferenças entre cada um deles.

bóquissêr, chárlis R. A Igreja e a expansão ibérica (1440-1770). Lisboa: Edições 70, 1981.

Apresenta o papel da Igreja Católica na expansão marítima dos países ibéricos e detalhes dos métodos utilizados na conversão à fé cristã.

bóquissêr, chárlis R. O império marítimo português (1415-1825). São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

Explica como Portugal, um país com população pequena e uma economia pouco complexa, mudou a história do mundo com as conquistas de territórios em vários continentes.

bóquissêr, chárlis R. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola. São Paulo: Nacionalbarraêduspi, 1973.

Mostra as relações entre a América Portuguesa, a África e a Europa no século dezessete por meio da biografia de Salvador Correia de Sá.

Broudel, Fernan. Gramática das civilizações. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

Apresenta elementos para o ensino de História por meio de um panorama de várias civilizações.

Bãrke, Peter. Cultura popular na Idade Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

Discute a cultura popular na Europa antes da industrialização, por meio de aspectos da vida de artesãos e camponeses e dos esforços de dominação pelas elites.

CARDIM, Fernão. Tratado da terra e gentes do Brasil. terceira edição São Paulo: Nacional/i êne éle, 1978.

Documento de fins do século dezesseis, escrito pelo jesuíta depois que ele chegou ao Brasil. Apresenta descrição da terra, do clima, da fauna, da flora e de seus habitantes.

CARNEIRO, Lígia G. Trabalhando o couro: do serigote ao calçado “made in Brazil”. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 1986.

Aborda a atividade pecuária relacionada à produção de couro no Sul do Brasil.

sími. História dos povos indígenas: 500 anos de luta no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1987.

Trata de temas referentes aos povos indígenas depois da conquista europeia, como a luta pela terra e os conflitos nesse convívio.

COLETÂNEA de documentos históricos para o primeiro grau. São Paulo: sêmp, 1978. Disponível em: https://oeds.link/HKuZxh. Acesso em: 27 janeiro 2022.

Reunião de documentos e roteiros de discussão para uma abordagem analítica em sala de aula.

COLOMBO, Cristóvão. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 1999.

Tradução do diário de Colombo entre os anos de 1492, quando chegou à América, e 1504, dois anos antes de sua morte. Traz ainda seu testamento.

cônradi, róberti ê Tumbeiros: o tráfico escravista para o Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1985.

Analisa o tráfico de escravizados entre a África e o Brasil na primeira metade do século dezenove, período em que o Reino Unido exerceu pressão contra esse comércio.

CUNHA, Manuela C. da (organizador). História dos índios no Brasil. São Paulo: ésse ême cê/Companhia das Letras, 1992.

Traz estudos sobre a história indígena em temas como a iconografia produzida pelos não indígenas e os direitos dos povos originários.

davidóf, Carlos. Bandeirantismo: verso e reverso. São Paulo: Brasiliense, 1982.

Contrapõe-se à imagem dos bandeirantes heroicos, principalmente no que diz respeito ao apresamento e à escravização de indígenas.

dín Uóren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

Histórico da devastação da vegetação brasileira desde 1500, com a chegada dos europeus.

DEL PRIORE, Mary. Religião e religiosidade no Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1997.

Apresenta a introdução da Igreja Católica no Brasil, com a vinda dos europeus, e o crescente poder dessa instituição.

DEL PRIORE, Mary (organizador). História das crianças no Brasil. segunda edição São Paulo: Contexto, 2000.

Reunião de textos de diversos autores que tratam da infância em diferentes tempos e lugares da história brasileira.

DEL PRIORE, Mary (organizador). Revisão do paraíso: os brasileiros e o Estado em 500 anos de história. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

Análises de vários estudiosos sobre o papel das relações pessoais na esfera pública em diversos segmentos sociais do Brasil.

Delumô, Jãn. A civilização do Renascimento. Lisboa: Estampa, 1984. volume 1.

Apresenta aspectos do período: final da Antiguidade, diferentes atores sociais, a Reforma da Igreja e a vida cotidiana na cidade e no campo, entre vários outros.

Delumô, Jãn. História do medo no Ocidente (1300-1800): uma cidade sitiada. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

Panorama dos medos coletivos e particulares ao longo de cinco séculos, bem como a manipulação disso como forma de poder.

DOMINGUES, Francisco C. Arte e técnica nas navegações portuguesas: das primeiras viagens à armada de Cabral. In: NOVAES, Adauto (organizador). A descoberta do homem e do mundo. São Paulo: Companhia das Letras; Brasília: mínqui, 1998.

Discute técnicas e instrumentos das navegações do século quinze, assim como as crenças das pessoas que trabalhavam nessa atividade.

dôrbinhí, Alcide. Viagem pitoresca através do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: êduspi, 1976.

Parte do registro da viagem (1826-1833) do estudioso francês pelo Brasil e por outros países da América do Sul, com ênfase em aspectos como a paisagem, a flora e a fauna.

Bibliografia comentada

ELIADE, Mircea; COULIANO, Ioan. Dicionário das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Mapeia as religiões por regiões do mundo e apresenta informações sobre as religiões mais antigas.

fálci, Miridan B. K. Escravos do sertão: demografia, trabalho e relações sociais (Piauí, 1826-1888). Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1995.

Trata das relações entre senhores e escravizados no século dezenove, envolvidos na exploração da mão de obra utilizada na pecuária, no cultivo de algodão e de fumo.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: êduspi, 1994.

Considerada obra de divulgação, aborda mais de quinhentos anos da história brasileira, especialmente temas como o sistema colonial escravista e os regimes autoritários do século vinte.

FERREIRA, Alexandre R. Viagem ao Brasil. São Paulo: Kapa, 2002.

Textos e desenhos realizados na expedição de Alexandre Rodrigues Ferreira, iniciada em 1783, pelas capitanias do Grão-Pará, do Rio Negro e de Mato Grosso.

ferrô, márc. História das colonizações: das conquistas às independências, séculos treze a vinte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

Define o significado de colonização e as particularidades desse processo em cada tempo, do século treze ao século vinte.

flandrã jiãn luí; montanari massimo direção História da alimentação. terceira edição São Paulo: Estação Liberdade, 1998.

Reúne estudos de vários autores sobre aspectos da alimentação: quando se começou a cozinhar os alimentos e como se desenvolveu a indústria alimentar, por exemplo.

FLORENTINO, Manolo G. Em costas negras: uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos dezoito e dezenove). segunda edição São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

Analisa o tráfico de escravizados entre África e Brasil no período entre 1790 e 1830, enfatizando principalmente uma visão econômica.

FUNARI, Pedro P. de A. A “República dos Palmares” e a arqueologia da Serra da Barriga. Revista úspi, número 28, página 6-13, dezembro 1995/fevereiro 1996.

Discorre sobre o projeto de arqueologia elaborado na década de 1990 para estudar a região onde estava localizado o Quilombo dos Palmares.

guínzburg, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

Para discutir a cultura popular e erudita na época da Inquisição, o autor usa a história da vida de um moleiro (produtor de farinha em um moinho).

GRUPIONI, Luís D. B. (organizador). Índios no Brasil. São Paulo: Global, 1998.

Além do catálogo de uma exposição, reúne estudos sobre a diversidade das sociedades indígenas e a questão dos povos originários na religião e na imprensa, por exemplo.

rêrquenróf, Paulo (organizador). O Brasil e os holandeses. Rio de Janeiro: gê ême tê, 1999.

Coletânea sobre a ocupação holandesa em Pernambuco, o livro traz inúmeras reproduções iconográficas importantes como fontes para o estudo do tema.

HOLANDA, Sérgio B. de. Caminhos e fronteiras. segunda edição Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.

Apresenta a apropriação dos conhecimentos indígenas no sul da colônia como aspectos decisivos da fixação dos portugueses na região.

HOLANDA, Sérgio B. de. O extremo oeste. São Paulo: Brasiliense, 1986.

Obra inacabada que dá continuidade aos estudos do historiador sobre as expedições em direção ao oeste da América portuguesa.

HOLANDA, Sérgio B. de. Raízes do Brasil. décima primeira edição Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.

Estuda os aspectos mais marcantes do domínio português na época colonial e como eles continuam a existir até a contemporaneidade.

KARNAL, Leandro; FREITAS NETO, José A. de. A escrita da memória: interpretações e análises documentais. São Paulo: Instituto Cultural Banco Santos, 2004.

Reúne textos de diferentes especialistas para fazer um inventário das formas e dos instrumentos do trabalho do historiador.

cossói, Boris. Dicionário histórico fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910). São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2002.

Seus verbetes identificam a atividade fotográfica no Brasil do século dezenove em jornais e em coleções particulares e públicas.

LAPA, José R. do A. Livro da visitação do Santo Ofício da Inquisição ao Estado do Grão-Pará (1763-1769). Petrópolis: Vozes, 1978.

Reúne as denúncias feitas contra habitantes do Grão-Pará no século dezoito, permitindo identificar modos de vida e costumes naquela região.

LEÓN-PORTILLA, Miguel. A conquista da América vista pelos índios. Petrópolis: Vozes, 1984.

Coletânea de documentos referentes à conquista da América pelo olhar dos astecas, maias e quíchuas.

LINHARES, Maria iêda; SILVA, Francisco C. T. da. Terra prometida: uma história da questão agrária no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

Discute os atuais conflitos no campo a partir de suas origens nos tempos coloniais, tratando de revoltas de indígenas, de escravizados e de camponeses ao longo da história do Brasil.

LOPES, Nei. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Selo Negro, 2004.

Apresenta, em forma de verbetes, conceitos e personagens relevantes da escravidão e da história africana.

LUIZETTO, Flávio. Reformas religiosas. São Paulo: Contexto, 1991.

Resume a história da Europa antes da Reforma e os motivos que levaram Lutero e seus seguidores a criticarem a Igreja Católica.

MACHADO, Alcântara. Vida e morte do bandeirante. São Paulo: Martins; Brasília: i êne éle, 1972.

Baseado em documentos da época colonial, narra o cotidiano das pessoas comuns em São Paulo.

MAESTRI FILHO, Mário. O escravismo no Brasil. São Paulo: Atual, 1994.

Obra de divulgação de aspectos da escravização de africanos e seus descendentes no Brasil.

MAESTRI FILHO, Mário. Senhores do litoral: colonização portuguesa e agonia Tupinambá no litoral brasileiro. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1994.

Estudo sobre os contatos entre povos originários e portugueses nos primeiros trinta anos da conquista e colonização.

ménin, pétrique. Escravidão e mudança social na África. Novos Estudos cebrápi, número 21, página 8-29, julho 1988.

Artigo sobre o impacto demográfico, econômico e político da escravização dos africanos.

marchãn, alequissânder. Do escambo à escravidão. segunda edição São Paulo: Nacional; Brasília: i êne éle, 1980.

Traça uma história das relações econômicas entre os povos originários do Brasil e os portugueses no século dezesseis.

MARQUESE, Rafael de B. Feitores do corpo, missionários da mente: senhores, letrados e o controle dos escravos nas Américas, 1660-1860. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

A partir do exame e da comparação de manuais agrícolas, a obra estuda as formas que os senhores usavam para administrar o trabalho dos escravizados.

MARTINA, Giacomo. História da Igreja, de Lutero a nossos dias: a era da Reforma. São Paulo: Loyola, 1997. volume 1.

Narra episódios da história da Igreja entre a Reforma luterana e o Concílio Vaticano segundo.

MARTINS, Tarcísio José. Quilombo do Campo Grande. São Paulo: Gazeta Maçônica, 1995.

Estudo sobre o quilombo mineiro e a disseminação dessa experiência de resistência escrava.

MATTOSO, Kátia M. de Q. Ser escravo no Brasil. segunda edição São Paulo: Brasiliense, 1988.

Ampla história dos escravizados no Brasil, a obra aborda os negócios de compra e venda nos portos, a definição dos preços e a vida no mundo do trabalho.

máquissuel, quênêf. Chocolate, piratas e outros malandros: ensaios tropicais. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.

Coletânea de textos que tratam desde a história colonial do Brasil até temas contemporâneos.

MELATTI, Júlio César. Índios do Brasil. sétima edição São Paulo: Ucitéc; Brasília: Editora ú êne bê, 1993.

Em linguagem acessível, apresenta questões relacionadas aos povos originários: registros pré-históricos, identidades, demografia, línguas e cidadania.

MELLO, Evaldo C. de. O negócio do Brasil. Rio de Janeiro: Tóp bucs, 1998.

Estudo sobre as negociações entre holandeses e portugueses durante e após a ocupação de Pernambuco no século dezessete.

MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos flamengos. terceira edição Recife: Fundáji/massangâna; Brasília: i êne éle, 1987.

Obra clássica sobre a ocupação holandesa em Pernambuco, apoiada em documentos do século dezessete.

Bibliografia comentada

MENEZES, Raimundo de. Dicionário literário brasileiro. segunda edição Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978.

Por meio de verbetes, faz um inventário dos autores brasileiros de literatura de ficção.

MESGRAVIS, Laima. O Brasil nos primeiros séculos. São Paulo: Contexto, 1989.

Apresenta uma história da época colonial em formato de síntese.

mêrs, pôl. Engenho São Jorge dos Erasmos: estudos de preservação. Cadernos de Pesquisa do éle a pê, São Paulo: fáu/úspi, volume 7, 1995.

Estudo sobre a história e a preservação do patrimônio material do Engenho dos Erasmos, em Santos (São Paulo).

micéli, Paulo. O ponto onde estamos: viagens e viajantes na história da expansão e da conquista (Portugal, séculos quinze e dezesseis). segunda edição Campinas: Editora da Unicamp, 1997.

Narra a história das navegações portuguesas da perspectiva dos tripulantes dos navios. Trata da arquitetura naval, da “gente do mar” e suas experiências a bordo.

montanari massimo. A fome e a abundância: história da alimentação na Europa. Bauru: êdúsqui, 2003.

Amplo estudo sobre a história da alimentação europeia, define a fome não apenas como catástrofe, mas também como fruto de crises econômicas e políticas.

MONTEIRO, Djón M. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

Põe em cena conquistadores e colonos portugueses, jesuítas e povos originários para apresentar os conflitos em São Paulo colonial.

NEVES, Ana M. B.; úmbergui, Flávia R. Os povos da América: dos primeiros habitantes às primeiras civilizações urbanas. São Paulo: Atual, 1996.

Apresenta, em linguagem acessível, o processo civilizatório dos povos originários da América.

NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial: 1777-1808. São Paulo: Ucitéc, 1983.

Estudo clássico sobre o final do período colonial, a inserção de Portugal nas relações europeias e o Brasil como principal domínio luso.

NUNES, Ruy A. da C. História da educação no Renascimento. São Paulo: ê pê u/êduspi, 1980.

Estudo sobre a transformação ocorrida na Europa renascentista, apresentando os motivos que levaram ao fim da Idade Média e à ascensão do Humanismo.

PANTOJA, Selma; SARAIVA, José F. S. (organizador). Angola e Brasil nas rotas do Atlântico Sul. Rio de Janeiro: Bêrtrãn Brasil, 1999.

Contribui para a reflexão sobre o tráfico angolano de escravizados e analisa a cultura, a demografia, as questões urbanísticas e as relações internacionais entre Angola e Brasil.

pigaféta, Antonio. A primeira viagem ao redor do mundo: o diário da expedição de Fernão de Magalhães. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 1986.

Relato da primeira circum-navegação da Terra, escrito por um dos poucos sobreviventes da expedição.

PINTO, Virgílio N. O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. São Paulo: Nacional, 1979.

Estudo sobre a mineração e suas áreas produtoras: Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso e Goiás. Destaca a importância mundial do ouro, especialmente para o comércio entre Inglaterra e Portugal.

PRADO, João F. de A. (estudo e notas). A carta de Pero Vaz de Caminha. segunda edição Rio de Janeiro: Agir, 1977.

Transcrição e estudo acerca do primeiro documento enviado ao rei de Portugal sobre a chegada dos navegadores ao Brasil.

PRADO Júnior, Caio. Formação do Brasil contemporâneo: Colônia. décima nona edição São Paulo: Brasiliense, 1986.

Estudo clássico sobre a história do Brasil, apresenta os aspectos populacionais, administrativos, econômicos, territoriais e da vida social na colônia, da crise do século dezoito até o início do século dezenove.

prêzia, Benedito; runért, Eduardo. Esta terra tinha dono. São Paulo: FTD, 1995.

Livro de divulgação, pretende recuperar a presença dos povos originários na história do Brasil, do descobrimento até o final do século vinte.

QUEIROZ, Tereza A. P. de. O Renascimento. São Paulo: êduspi, 1995.

Analisa o Renascimento a partir de um balanço dos trabalhos de caráter histórico escritos a respeito do assunto.

REIS, João J.; GOMES, Flávio dos S. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

Reúne textos de especialistas para discutir a importância dos quilombos, abordando seus espaços territoriais e a relevância da memória deles do século dezessete até o presente. Destacam-se os textos sobre Palmares.

REIS, João J.; SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

Apresenta as formas variadas de resistência escrava para escapar do domínio senhorial, entre elas a fuga, as revoltas e a negociação.

RIBEIRO, darcí. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

O livro pretende responder à pergunta: “Por que o Brasil não deu certo?”. Para isso, estuda as matrizes da identidade brasileira: os portugueses, os indígenas e os africanos.

RODRIGUES, Jaime. De costa a costa: escravos, marinheiros e intermediários do tráfico negreiro de Angola ao Rio de Janeiro (1780-1860). São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

Traça uma história das fases do comércio de africanos escravizados, a partir da captura na África, passando pela travessia do Atlântico até chegar aos mercados do Brasil.

RODRIGUES, Jaime. O infame comércio: propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850). Campinas: Editora da Unicamp, 2000.

O estudo procura aproximar os debates políticos sobre o fim do tráfico de escravizados no Brasil às ações dos próprios escravizados, das autoridades e das populações litorâneas.

sêiol, Kirkpatrick. A conquista do paraíso: Cristóvão Colombo e seu legado. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.

Narrativa que se aproxima de um romance histórico, mostra Colombo como um homem obsessivo que convence os reis da Espanha a financiar seu projeto de navegação.

SALVADOR, Vicente do. História do Brasil (1500-1627). Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: êduspi, 1982.

Escrito no século dezessete, o texto avalia os métodos da colonização e os choques dos colonos com os hábitos dos povos originários.

iscatamáquia, Maria Cristina M. O encontro entre culturas: europeus e indígenas no Brasil. São Paulo: Atual, 1994.

Comentando fontes de época, apresenta os problemas históricos decorrentes do contato entre os povos originários da América e os conquistadores europeus, no caso os portugueses.

Chuárts, Istíuart. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial (1550-1835). São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

Aborda a produção açucareira na Bahia por meio das relações sociais, incluindo a escravidão. Apresenta os engenhos, a formação dessa sociedade e suas transformações.

isclíar, moacír. A paixão transformada: história da medicina na literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

Comenta textos que, ao longo do tempo, narraram doenças e formas de cura, traçando uma história da medicina por meio da literatura.

SERRANO, Carlos H. M. Os senhores da terra e os homens do mar: antropologia política de um reino africano. São Paulo: fêfêléchi-úspi, 1983.

Analisa as formas do poder político do Reino de Ngoyo, área que atualmente corresponde ao território angolano de Cabinda.

SEVITCHENCO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1994.

Reúne estudos sobre o tema. Adota uma periodização do Renascimento que vai do século trezeaté meados do século dezessete.

SILVA, Alberto da C. e. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.

Aborda o período entre a Pré-história humana, na África, e o século quinze. Apresenta os povos, as técnicas, a religião, a arte e as línguas africanas.

SILVA, Alberto da C. e. A manilha e o libambo: a África e a escravidão, de 1500 a 1700. Rio de Janeiro: Nova FronteirabarraFundação Biblioteca Nacional, 2002.

O início da história da escravidão no Brasil ocorreu na África e isso une as histórias dos dois lados do oceano. O autor trabalha regiões como o Saara e aquelas banhadas pelo Mar Mediterrâneo e pelos oceanos Atlântico e Índico.

SILVA, Alberto da C. e. Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: Nova FronteirabarraEditora da ú éfe érre jota, 2003.

África e Brasil são entendidos como partes do comércio atlântico entre os séculos dezesseis e dezenove, com consequências na cultura, na política e na economia de ambos os lados.

Bibliografia comentada

SILVA, Aracy L. da; GRUPIONI, Luís D. B. (organizador). A temática indígena na escola. Brasília: Méqui/Mari/Unesco, 1995.

A obra tem o objetivo de divulgar informações sobre as práticas culturais e sociais dos povos indígenas do Brasil e refletir sobre a relação entre eles e os não indígenas.

SILVA, Janice T. da. Descobrimentos e Renascimento. São Paulo: Contexto, 1991.

Defende que o Renascimento seria a causa e os descobrimentos a consequência das mudanças na forma de pensar dos homens daquela época.

SILVESTRE, Armando A. Calvino e a resistência ao Estado. São Paulo: Editora Mackenzie, 2003.

Analisa o impacto da Reforma protestante do século dezesseis na política europeia daquela época. O personagem central desse estudo é João Calvino.

islênes, róberti dáblio. Malungu, n’goma vem!: África coberta e descoberta no Brasil. Revista úspi, São Paulo, número 12, página 48-67, dezembro 1991/fevereiro 1992.

Apresenta aspectos da língua e dos costumes dos escravizados que vieram da África Central para o Brasil, tomando por base os textos de viajantes do século dezenove.

SOUZA, Bernardino J. de. O pau-brasil na história nacional. Brasília: Conselho da Justiça Federal, 1999.

Estudo sobre as formas de exploração do pau-brasil, a sua distribuição pelos territórios das capitanias e o rendimento que esse produtor proporcionou.

SOUZA, Laura de M. e. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século dezoito. quarta edição Rio de Janeiro: Graal, 2004.

Mostra como os marginalizados eram vistos, que papéis desempenhavam e como a Coroa portuguesa lidava com eles.

SOUZA, Laura de M. e. O diabo e a Terra de Santa Cruz. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

Por meio do estudo de processos de habitantes da Colônia durante a Inquisição, a obra traça uma história das práticas religiosas e da repressão ao que era considerado desvio.

SOUZA, Laura de M. e (organizador). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. volume 1.

Dividida em oito capítulos, trata de temas como a escravidão, as relações familiares, as expedições pelo interior do território, a religião e a língua falada e escrita.

todoróv, Zisvêtâm. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

Partindo de uma visão do final do século vinte, aborda a questão da compreensão (ou incompreensão) mútua entre os conquistadores espanhóis e os povos originários da América.

VAINFAS, Ronaldo direção Dicionário do Brasil colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

Reúne centenas de verbetes sobre a história colonial brasileira, escritos por especialistas e tratando de temas como costumes, Inquisição, escravidão, entre muitos outros.

VERGUEIRO, Laura. Opulência e miséria das Minas Gerais. São Paulo: Brasiliense, 1981.

Contextualiza desde a descoberta das minas de ouro até o início da exploração mineral, tentando explicar a existência da pobreza em meio a tantas riquezas produzidas na região.

iêne, bíu. Cem invenções que mudaram a história do mundo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.

Em textos curtos, apesenta as invenções, contextualiza a época em que foram criadas e explica a importância de cada uma delas.

ZAMBONI, Ernesta. Representações e linguagens no ensino de História. Revista Brasileira de História, ano 18, número 36, 1998.

Reflete sobre as representações e linguagens usadas na produção do conhecimento histórico, privilegiando o uso da fotografia, do desenho, da narrativa dos cronistas, dos conceitos e do livro didático.