UNIDADE 2 AMÉRICA INDEPENDENTE
CAPÍTULO 4 INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
Atualmente, os Estados Unidos são a maior potência econômica do mundo e têm sua produção cultural difundida em grande parte dos países, além de deterem enorme arsenal militar. Segundo a publicação Balance of payments and international trade, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( Ô cê dê É), em 2021, cêrca de 22% dos bens produzidos no mundo foram importados por eles. De acordo com dados da agência de energia dos Estados Unidos (U.S. Energy Information Administration), em 2019, o país foi responsável pelo consumo de quase 17% de toda a energia produzida no planeta.
No entanto, os Estados Unidos nem sempre foram uma grande potência. Seu passado colonial revela uma origem parecida com a de outros países da América.
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para começar
Seu estilo de vida é influenciado pela cultura dos Estados Unidos? Converse sobre o assunto com os colegas.
Estado, país e nação
Afinal, o que significa independência? Para iniciar esse estudo, vamos apresentar alguns conceitos importantes.
Estado é uma instituição política na qual um poder soberano exerce sua autoridade sobre a população de determinado território. A palavra “estado” (com letra minúscula) também se refere aos estados-membros de um Estado (com letra maiúscula). O Brasil, por exemplo, é formado pelo Distrito Federal e por 26 estados-membros, entre os quais Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo etcétera
País é um território com fronteiras definidas habitado por um povo. Por exemplo, o Brasil é o maior país da América Latina e é habitado pelo povo brasileiro.
Nação é a organização social e cultural de um povo, que se manifesta por meio da língua, dos costumes, das tradições e da história.
Apesar de terem sentidos diferentes, as palavras “Estado”, “país” e “nação” são usadas como sinônimos em muitas situações.
As Treze Colônias inglesas
A partir do século , dezessete algumas comunidades inglesas começaram a se fixar na América do Norte, na costa atlântica. Nessa região, os ingleses fundaram as Treze Colônias.
Confira no mapa a divisão política das Treze Colônias no século dezoito. Nem todas as colônias foram criadas ao mesmo tempo: a última colônia instalada foi a Geórgia, em 1724, após os britânicos vencerem disputas por esse território contra os espanhóis.
As Treze Colônias inglesas na América do Norte (século XVIII)
Formação das Treze Colônias
Na época, muitos ingleses deixaram seu país por terem sido expulsos de suas terras e para fugir de perseguições religiosas ou de dificuldades econômicas. Esse foi o caso dos puritanosglossário que migraram para a América nas décadas de 1620 e 1630. Ali, eles criaram a colônia de Massachusetts.
Durante a conquista da América do Norte, colonos ingleses combateram os povos indígenas que ali viviam, como os powhatans, os cheyenes e os cherokees. Em outras ocasiões, fizeram alianças com eles. Nesse processo, alguns povos se deslocaram para o interior, porém a maior parte foi dizimada.
Os primeiros colonos puritanos foram considerados fundadores dos Estados Unidos e foram chamados “pais peregrinos”. No entanto, esses colonos seriam os “pais” apenas de uma parte da população, conhecida pela sigla Uáspi (em inglês, white anglo-saxon protestant), isto é, pessoas brancas de origem anglo-saxã e protestantes.
Além dos puritanos que fugiam das perseguições religiosas na Inglaterra, as Treze Colônias receberam pessoas que enfrentavam dificuldades com as transformações pelas quais o país passava naquele período. A tomada das terras dos camponeses concentrou boa parte da população inglesa nas cidades, onde a falta de trabalho ou de recursos para sobreviver fazia com que a promessa de um “Novo Mundo” atraísse essas pessoas para as colônias americanas. Órfãos, homens e mulheres sem posses e pessoas endividadas foram submetidos a contratos de trabalho forçado nas colônias.
OUTRAS HISTÓRIAS
Os nativos e os primeiros colonos ingleses
No início do século , alg dezesseteuns povos originários da América do Norte ajudaram os colonos ingleses que lá chegavam. Os povos powhatan e wampanoag, por exemplo, ensinaram a esses colonos como cultivar alimentos locais, entre eles o milho, e mostraram os melhores locais para pescar. Desse modo, evitaram que muitos ingleses recém-chegados morressem de fome.
Nos primeiros anos, colonos e indígenas conviveram em paz. No entanto, vários outros grupos de homens e mulheres brancos continuaram chegando e invadindo as terras indígenas. Por toda parte ouviam-se disparos de tiros, barulho de machados e estrondos de árvores caindo. A ganância de ocupar e acumular riquezas dos europeus e seus descendentes gerava práticas violentas e os confrontos com os indígenas tornaram-se cada vez mais frequentes.
Nos Estados Unidos e no Brasil, escritores criaram obras importantes para a construção das identidades nacionais de seus países. Róbert Dêiél Ôuen escreveu a peça Pôcarrontas: um drama histórico em 1837, e José de Alencar escreveu Iracema: lenda do Ceará em 1865. Esses dois textos eram ficções e não tinham o compromisso de denunciar a invasão das terras indígenas pelos brancos.
Nas histórias de Pôcarrontas (indígena do povo powhatan que se une ao inglês djón smíf) e de Iracema (indígena Tupi que se une ao português Martim Soares Moreno), os autores queriam retratar os indígenas na história colonial de fórma idealizada: elas tinham filhos que se tornavam os primeiros americanos mestiços. Dessa forma, os escritores não mencionavam a colonização como um processo violento.
Povos indígenas e as Treze Colônias inglesas (século XVII)
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Atividades
Em grupo, pesquisem sobre um dos povos originários da América do Norte. Reúnam informações sobre a história e a cultura desse povo. Depois, compartilhem o resultado com os colegas.
Grafia dos nomes dos povos indígenas
Nos livros desta coleção, os nomes dos povos indígenas do Brasil foram escritos de acordo com a Convenção para a Grafia dos Nomes Tribais, aprovada na Primeira Reunião Brasileira de Antropologia, em 1953.
• Com inicial maiúscula, quando usados como substantivo, e opcional, quando usados como adjetivo.
• Sem flexão de número ou de gênero.
Não estendemos esse padrão para os demais povos indígenas americanos e povos africanos.
Colônias do norte, centro e sul
Durante a colonização da América do Norte, os colonos ingleses conquistaram certa autonomia política e econômica em relação à Inglaterra. Eles podiam, por exemplo, fazer comércio com estrangeiros, o que não ocorria no Brasil colonial nem nas colônias espanholas da América. Conheça, a seguir, algumas características das colônias inglesas.
Nas colônias do sul, a agricultura era voltada principalmente para o mercado externo. Na maior parte das grandes fazendas – as chamadas plantations – cultivavam-se tabaco, algodão, arroz e um corante chamado índigo. Os trabalhadores eram em sua maioria africanos escravizados.
Já nas colônias do norte e do centro havia maior diversidade de produtos agrícolas. Nas pequenas e médias propriedades eram cultivadas plantas nativas da América (milho e batata) ou trazidas da Europa (trigo, cevada e centeio). Ali também eram praticadas a extração e a exportação de madeira, a pesca, a criação de gado e a caça de animais para a retirada de pele.
As manufaturas e o comércio com as Antilhas e a África se desenvolveram e, em todas essas atividades, havia tanto trabalhadores escravizados como trabalhadores livres.
Escravidão nas Treze Colônias
Os africanos escravizados trabalharam em diversas colônias inglesas. No entanto, esse sistema de exploração foi mais intenso nas colônias do sul. Ali, quase metade da população era de pessoas escravizadas no século . dezoito
Havia algumas diferenças entre a vida dos escravizados nas grandes e pequenas propriedades. Uma delas era o trabalho que eles realizavam.
Nas propriedades rurais menores, os escravizados cumpriam várias tarefas na lavoura e na casa dos senhores. Já nas grandes fazendas (plantations), eles se especializavam em atividades como semear, colhêr, descascar grãos, produzir rum, entre outras.
Outra diferença era a moradia. Nas pequenas propriedades, senhores e cativos habitavam a mesma casa. Nas grandes fazendas, os escravizados dormiam em uma construção separada.
A alforria ou a libertação individual de escravizados quase não existiu durante a colonização inglesa, nem após a independência das Treze Colônias. Porém, onde havia a escravidão havia sempre a resistência dos escravizados. As revoltas eram frequentes e aconteceram, por exemplo, em Nova iórque, Carolina do Sul e Virgínia.
Conflitos com os britânicos
O processo de independência das Treze Colônias começou depois da Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Nessa guerra, britânicos e franceses disputaram territórios na América do Norte, na Ásia e em outras partes do mundo.
Os britânicos venceram a guerra e anexaram grande parte das colônias francesas na América. Apesar da vitória, as finanças britânicas ficaram prejudicadas pelos gastos militares. Para compensar esses gastos, o governo britânico aprovou medidas para cobrar mais impostos dos colonos americanos. Entre elas, destacaram-se:
- Lei do Açúcar (1764) – impunha taxas sobre o açúcar (melaço) que não viesse das Antilhas britânicas. Além disso, aumentava as taxas sobre outros produtos, como café, seda e vinho;
- Lei do Selo (1765) – determinava a cobrança de taxa sobre documentos comerciais, como contratos, jornais, livros e anúncios, que deveriam receber um selo do governo britânico;
- Lei dos Alojamentos (1765) – obrigava os colonos a alojar e alimentar as tropas britânicas em território americano;
- Lei do Chá (1773) – concedia o monopólio da venda do chá à Companhia Britânica das Índias Orientaisglossário . O governo britânico queria impedir a venda de chá pelos comerciantes americanos e obrigá-los a consumir o produto fornecido pela Companhia. Em reação, cêrca de 150 colonos atacaram três navios britânicos carregados de chá no Pôrto de Boston e jogaram a mercadoria no mar, em dezembro de 1773. O protesto ficou conhecido como a Festa do Chá de Boston;
• Leis Intoleráveis (1774) – foram criadas para buscar controlar as revoltas que estavam ocorrendo nas colônias. Essas leis impunham: fechamento do Pôrto de Boston e punição dos colonos, envio de tropas britânicas para controlar Massachusetts, restrição do direito de reunião dos colonos e julgamento dos rebeldes por tribunais britânicos.
Em vez de submeter as Treze Colônias, essas medidas acabaram por impulsionar o processo de independência.
Processo de independência das Treze Colônias
A partir do momento em que o governo da Grã-Bretanha pressionou a colônia com uma política mercantilista, os norte-americanos das Treze Colônias passaram a se unir em torno de um sentimento antibritânico.
Em 1774, representantes das Treze Colônias reuniram-se na Filadélfia e escreveram um documento contra as Leis Intoleráveis para ser enviado ao rei da Grã-Bretanha, Jorge terceiro (1738-1820). O governo britânico não cedeu à reivindicação e mandou mais tropas para as colônias na América. Começava assim o rompimento entre a metrópole e a colônia.
Além do conflito de interesses econômicos, as ideias iluministas de liberdade, justiça e combate à opressão também influenciaram os norte-americanos das Treze Colônias e o processo de independência, destacando-se o liberalismo político do filósofo inglês John Locke.
Declaração de independência
Em abril de 1775, a Batalha de Lexington deu início à guerra pela independência. Em maio do mesmo ano, líderes das colônias reuniram-se novamente na Filadélfia e nomearam George Uashington comandante das tropas coloniais na luta contra os britânicos.
Em 4 de julho de 1776, foi publicada a Declaração de Independência dos Estados Unidos, que havia sido aprovada pelos representantes das Treze Colônias. Seus redatores foram Thomas Jefferson, Sêmiuél Ádamis e Benjamin Franklin. Leia trechos desse documento a seguir.
“ reticências todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade.
reticências a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; reticências sempre que qualquer fórma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo reticências.
A história do reticências [atual] Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidas injúrias e usurpações, tendo reticências [todas] por reticências objetivo reticências [direto] o estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados.”
A DECLARAÇÃO de Independência dos Estados Unidos da América. O Portal da História. Disponível em: https://oeds.link/yXW7IZ. Acesso em: 29 abril 2022.
Fim da guerra
Durante a guerra pela independência, entre 1775 e 1783, morreram aproximadamente 70 mil combatentes, de ambos os lados.
Nas primeiras batalhas, as tropas coloniais foram derrotadas pelos britânicos. Mas, a partir de 1778, os colonos tiveram a ajuda de franceses, espanhóis e holandeses e, em 1781, os britânicos foram derrotados. Dois anos depois, o governo da Grã-Bretanha reconheceu a independência. Assim, os Estados Unidos se tornaram o primeiro país independente da América.
PAINEL
Estátua da Liberdade
Em 1886, foi inaugurada em Nova iórque a Estátua da Liberdade, um presente do governo francês pelo centenário da independência dos Estados Unidos. O nome oficial dessa estátua é Liberdade iluminando o mundo. Ela representa a deusa romana Libertas.
A obra foi criada pelo escultor Fréderic-Auguste Bartholdi e pelo engenheiro Gustáve Eifél, que também projetou a famosa torre de Paris.
Atualmente, a Estátua da Liberdade é considerada um símbolo dos Estados Unidos, sendo visitada por milhões de turistas todos os anos.
- A coroa de sete pontas simboliza um Sol. Nessa coroa, existe um mirante aberto aos visitantes.
- Aos pés da estátua, há uma corrente quebrada que representa a conquista da liberdade.
- A mão esquerda carrega uma tábua gravada com a data da Declaração de Independência dos Estados Unidos: 4 de julho de 1776.
- A mão direita ergue uma tocha folheada a ouro para “iluminar o mundo”.
- Altura da estátua: 46,5 metros. Altura total, incluindo a base: 93 metros.
- A estátua possui estrutura de ferro envolvida por grandes peças de cobre. Por isso, quando foi inaugurada, ela apresentava uma cor avermelhada. Mas, com o tempo, ficou esverdeada devido à oxidação do cobre.
Constituição dos Estados Unidos
A Constituição dos Estados Unidos entrou em vigor em 1787 e, com alterações, vigora até hoje. O início do texto da Constituição declara:
“Nós, o povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a justiça, assegurar a tranquilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América.”
CONSTITUIÇÃO dos Estados Unidos da América. Disponível em: https://oeds.link/VlY8Fp. Acesso em: 29 abril 2022.
Destacamos aqui três pontos fundamentais dessa Constituição:
- tipo de Estado – os Estados Unidos tornaram-se uma república federativa presidencialista, ou seja, constituída de estados associados em uma federação chefiada por um presidente;
- cidadania – assegurava-se aos cidadãos o exercício de direitos políticos e civis. Criaram-se leis garantindo a liberdade de expressão, de imprensa, de religião e de reunião, assim como a inviolabilidade do domicílio e o direito de ninguém ser preso e condenado sem passar por processo judicial;
- divisão dos poderes – os poderes do Estado foram separados em Executivo, Legislativo e Judiciário.
Limites da cidadania
O direito à liberdade e à busca da felicidade constava na Declaração de Independência dos Estados Unidos. Posteriormente, a Constituição do país declarou o objetivo de estabelecer a justiça, o bem-estar geral e os benefícios da liberdade para o povo. Porém, esses direitos não eram válidos para todos na vida cotidiana. A escravidão, por exemplo, foi mantida até a Guerra de Secessão, entre 1861 e 1865, como estudaremos no capítulo 12.
Os líderes da independência não se preocuparam com os mais de 500 mil africanos e seus descendentes escravizados. Thomas Jefferson, um dos autores da Declaração de Independência e da Constituição dos Estados Unidos, era proprietário de pessoas escravizadas.
Os indígenas também não eram considerados cidadãos plenos. O “direito à liberdade e à busca da felicidade” garantido aos homens brancos pela Constituição não se estendia a todas as pessoas. Durante o período colonial e após a independência, muitos povos indígenas foram massacrados e expulsos de suas terras e tiveram sua cultura destruída.
Assim como negros e indígenas, as mulheres também tinham direitos restritos. Naquela época, elas eram consideradas frágeis e deveriam estar subordinadas ao poder masculino. As mulheres conquistaram o direito de votar nas eleições nos Estados Unidos somente em 1920.
Afinal, quem tinha os direitos de cidadão assegurados na Constituição dos Estados Unidos? A cidadania plena podia ser exercida apenas por homens adultos, brancos e com renda alta (burguesia industrial e comercial, proprietários de fazendas e de escravizados e profissionais liberais).
Contradições e lutas
A história dos Estados Unidos traz exemplos de grandes contradições sociais. A formação das Treze Colônias começou com a chegada de pessoas perseguidas na Inglaterra e que buscavam melhores condições de vida ou fugiam da intolerância religiosa. Porém, ao se estabelecerem na América, muitos mantiveram a intolerância de que eram vítimas, massacrando os indígenas para conquistar as terras deles, escravizando africanos e seus descendentes e impedindo que as mulheres tivessem direitos iguais. As contradições continuam até os dias atuais, com a perseguição aos imigrantes considerados ilegais.
A independência dos Estados Unidos acabou com a opressão exercida pelo governo britânico. Esse processo serviu de exemplo para aqueles que lutavam pela independência em outras regiões da América. Porém, a própria Constituição dos Estados Unidos excluía da vida política negros, indígenas e mulheres. Esses grupos tiveram de lutar pelo reconhecimento de seus direitos, luta que é ainda necessária e persiste na realidade do país.
Luta por direitos
Ao longo do século XX, os afro-estadunidenses lutaram por seus direitos e pelo fim do preconceito nos Estados Unidos. Muitos participaram do movimento pelos direitos civis da população negra no país. Um exemplo foi Mártin Lúter King (1929-1968), ativista político que organizou marchas e campanhas pelo direito ao voto, pelo fim da segregação e da discriminação e por outros direitos. Esses direitos foram conquistados com a aprovação da Lei de Direitos Civis, em 1964, e da Lei de Direitos Eleitorais, em 1965.
Até hoje os povos indígenas dos Estados Unidos também lutam por seus direitos. Muitos procuram retomar o contrôle de suas terras e de seus recursos naturais, bem como reconstruir suas comunidades. Outros buscam maior inserção na sociedade. Há povos indígenas em praticamente todos os estados e 30% deles vivem em reservas.
Refletir sobre as origens dessas desigualdades e desses preconceitos pode nos ajudar a construir sociedades mais justas e igualitárias. Reflexão e ação são instrumentos fundamentais na luta pela ampliação da cidadania.
responda oralmente
para pensar
Em sua opinião, estudar o passado ajuda a compreender as contradições que existem nas sociedades nos dias atuais? Reflita e debata suas conclusões com os colegas.
OFICINA DE HISTÓRIA
Responda no caderno
Conferir e refletir
1. Organize um quadro comparativo entre as colônias inglesas do centro-norte e do sul, considerando o tipo de produção econômica, a fôrça de trabalho e o tipo de propriedade predominante.
Versão adaptada acessível
1. Estabeleça comparações entre as colônias inglesas do centro-norte e do sul, considerando o tipo de produção econômica, a força de trabalho e o tipo de propriedade predominante. As informações podem ser apresentadas por meio de uma produção textual, de um relato oral ou de um quadro comparativo tátil. Para elaborá-lo, você pode utilizar materiais como papéis com diferentes texturas, linhas, botões, palitos, materiais emborrachados, entre outros.
- Relacione as ideias iluministas à luta pela independência das Treze Colônias e aos princípios da Declaração de Independência. Se necessário, retome o capítulo 1.
- Os direitos apresentados na Declaração de Independência dos Estados Unidos beneficiaram de fórma igualitária a todos que lá viviam? Explique.
- Em grupo, releiam o trecho da Constituição dos Estados Unidos na página 88 e pesquisem em livros, filmes e na internet a condição dos Estados Unidos atualmente no que se refere à tranquilidade interna, ao bem-estar geral e aos benefícios da liberdade. Depois, escrevam um texto sobre o assunto e debatam o tema em sala de aula.
integrar com arte
Interpretar texto e imagem
5. No final do século , o dezoito conflito entre os colonos da América do Norte e a metrópole britânica motivou intelectuais e artistas a publicar ilustrações, caricaturas e folhetos. Um dos folhetos mais conhecidos desse período foi produzido por Tômas Pêini (1737-1809) e chamado Senso comum (1776). Nele, seu autor defendia a independência dos Estados Unidos. Leia um trecho do documento a seguir e observe com atenção a caricatura de djêimes guílrêi (1756-1815) sobre Thomas Paine. Depois, responda às questões.
“A 10 de janeiro de 1776, o folheto Senso comum chega às livrarias da Filadélfia [...]. Diz o autor:
‘ reticências onde quer que estoure uma guerra entre a Inglaterra e qualquer outra potência estrangeira, o comércio da colônia sofre ruínas por causa de sua conexão com a Grã-Bretanha... Tudo o que é justo ou razoável advoga em favor da separação’.”
KARNAL, Leandro et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século . vinte e um segunda edição São Paulo: Contexto, 2008. página 85.
- Qual é a ação do personagem retratado na caricatura? O que essa ação pode representar?
- De que modo esses dois documentos históricos, o texto e a caricatura, estão relacionados?
6. No início do século dezenove, surgiu nos Estados Unidos um grupo de paisagistas denominado Escola do Rio Hudson. Segundo a historiadora méri âne Junqueira, esses pintores buscavam representar a grandiosidade da natureza estadunidense, diferenciando a jovem nação independente de sua ex-metrópole, a Grã-Bretanha. Dessa forma, eles procuravam uma identidade para o novo país. Observe as pinturas de dois artistas dessa escola.
- Em dupla, façam uma breve descrição de cada pintura.
- Com base na descrição das pinturas feita por vocês e na interpretação da historiadora citada, escrevam um texto sobre a imagem que esses artistas buscavam construir para a nova nação.
- Leiam o texto de vocês para os colegas e ouçam a apresentação dos textos deles.
Glossário
- Puritanos
- : protestantes radicais, em sua maioria calvinistas, que queriam purificar a Igreja inglesa.
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- Companhia Britânica das Índias Orientais
- : empresa criada por investidores ingleses em 1600 para comercializar produtos coloniais.
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