UNIDADE 4 DOMÍNIO DAS GRANDES POTÊNCIAS

CAPÍTULO 11 IMPERIALISMO NA ÁFRICA E NA ÁSIA

A África e a Ásia são continentes imensos onde, desde a Antiguidade, diversas civilizações se desenvolveram. Durante as décadas finais do século dezenove, alguns países europeus dominaram vastas regiões desses continentes. As consequências desse domínio imperialista são sentidas até os dias de hoje.

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para começar

Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ônu), a África e a Ásia vão concentrar cêrca de 78% da população mundial até 2030. Que consequências isso pode ter para o planeta? Levante hipóteses e discuta com os colegas.

Fotografia. Vista aérea de uma cidade em zona densamente urbanizada, repleta de edifícios altos.
Vista do centro comercial de Johanesburgo, África do Sul. Fotografia de 2019.
Fotografia. Em primeiro plano, sobre um rio de águas amarronzadas, há uma pequena embarcação feita de madeira atracada próxima à uma escadaria. Na beira do rio e na escadaria, onde há algumas roupas coloridas estendidas em um dos degraus, há diversas pessoas fazendo atividades variadas: há pessoas sentadas nos degraus; mulheres vestindo sáris coloridos e manejando baldes; um menino sem camisa sentado na margem do rio, dentro da água; um homem de bermuda verde lavando as mãos nas águas do rio; um homem em pé, sobre um degrau, com as mãos unidas em posição de oração em frente ao rosto; um homem de camisa azul clara com uma câmera fotográfica presa ao pescoço; dois homens lavando utensílios na beira do rio, sentados em um degrau próximos ao barco, entre outros. 
Ao fundo, acima dos degraus, há diversas construções, com pequenos edifícios de cor terracota e, à direita, um edifício com uma cúpula arredondada e um pináculo dourado.
População local e turistas à margem do Rio Ganges, em Varanasi, Índia. Fotografia de 2019.
Fotografia. Em uma via urbana, reta, com calçamento de pedra, ladeada por prédios, cortada, no centro, por postes de iluminação pública com cartazes afixados e algumas árvores, caminha uma multidão.  Há pessoas de diversas idades e com roupas de frio de cores e formatos diversificados. Uns estão de costas para a câmera, outros, de frente para ela. A maior parte das pessoas utiliza máscaras de proteção à frente de suas bocas e nariz.
Multidão caminha em rua de Wuhan, China. Fotografia de 2021.

Imperialismo

No final do século dezenove, países industrializados, sobretudo europeus, exerceram uma política de dominação para conquistar territórios na África e na Ásia e transformá-los em colônias ou áreas de influência. Essa política, que se intensificou entre 1875 e 1914, é chamada imperialismo ou neocolonialismo.

Nessa época, muitos europeus acreditavam que a conquista de novas colônias poderia solucionar vários de seus problemas econômicos. Essa conquista garantiria: o cultivo de novos alimentos e matérias-primas (chá, açúcar, cacau, borracha etcétera); o contrôle de áreas de extração de recursos minerais (ouro, diamantes, cobre etcétera); e a ocupação de novos territórios e mercados consumidores.

Tal como ocorreu com o colonialismo do século dezesseis, o imperialismo foi um empreendimento que mobilizou diferentes interesses e grupos sociais. Envolveu desde políticos, industriais e comerciantes até cientistas, missionários e profissionais liberais.

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Quais devem ser os limites éticos para a realização de nossos interesses? Comente.

fórmas de dominação

No auge do imperialismo, o Reino Unido era o país com o maior número de colônias e áreas de influência, controlando cêrca de 20% dos territórios do planeta. Além dele, destacavam-se França, Bélgica, Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão. Esses países imperialistas utilizaram táticas de dominação, como:

  • dominação militar – posse de armamentos que conferia aos colonizadores uma enorme vantagem nos confrontos. Assim, eles conseguiram expulsar povos africanos e asiáticos de suas terras originais e submetê-los a diversas fórmas de exploração;
  • dominação econômica – monopólios comerciais, cobrança de impostos abusivos das populações nativas, desestruturação das manufaturas locais e submissão de milhões de pessoas a trabalhos compulsórios e castigos físicos. De modo geral, a dominação econômica aumentou a pobreza das populações colonizadas e tornou as sociedades africanas e asiáticas dependentes das potências imperialistas;
  • dominação cultural – imposição da ideologia racista com base no mito da “superioridade da raça branca” sobre outros povos. Esse racismo levou os colonizadores a depreciar a cultura dos povos conquistados, proibindo, por exemplo, o uso de suas línguas. Além disso, combatiam as religiões locais, impondo o cristianismo.
Fotografia. Capa de livro. Em primeiro plano, sentado sobre um feixe de trigo, ao lado de um barril de madeira, um homem vestindo camisa e calça azul claras, botas marrons, uma faixa vermelha atada em sua cintura e um chapéu de cor clara em sua cabeça. Ele apoia um dos braços sobre o cabo de uma pá firmada sobre o solo. Sobre sua coxa, há um jornal, que ele segura com a outra mão. Nas laterais da imagem, ramos de videira com folhas verdes, flores brancas e cachos de uvas. Ao fundo, um pastor de ovelhas com seu rebanho. Visto de costas, ele veste uma túnica branca e um chapéu vermelho. Está próximo à porta de uma pequena casa de parede branca e telhado de palha. Ao fundo, uma pequena cidade, uma montanha e uma ferrovia, com um trem de cor escura cuja locomotiva expele fumaça branca. No canto superior esquerdo, uma lua crescente na cor amarela, a bandeira da França, com faixas verticais nas cores azul, branca e vermelha, e ao centro, o texto originalmente em língua francesa: 'Almanaque do pequeno colono argelino'.
Capa do Almanaque do pequeno colono argelino, de 1893. O livro trazia instruções sobre como os franceses que viviam no norte da África deveriam lidar com os nativos.

Missão civilizadora

A conquista imperialista apoiava-se na discriminação e no preconceito contra os povos da África e da Ásia. Mas discriminação e preconceito não foram uma invenção dessa época. Os gregos e os romanos antigos, por exemplo, chamavam de bárbaros os povos estrangeiros que não faziam parte de sua cultura.

Ao longo da história, podemos dizer que a maioria dos conquistadores utilizou a fôrça militar para submeter outros povos. Posteriormente, elaboravam justificativas para preservar sua dominação e garantir seus privilégios. Observe alguns exemplos dessas justificativas: “Somos superiores porque descendemos dos fundadores da cidade”; “Nosso poder tem origem divina” etcétera

No século dezenove, as potências imperialistas justificavam suas conquistas usando argumentos para defender que eles tinham uma “missão civilizadora”, ou seja, uma espécie de dever de espalhar o progresso ocidental pelo mundo. Um dos divulgadores dessa ideia foi o escritor rúdiard quíplin (1865-1936). Para ele, impor os valores da cultura ocidental “era o grande fardo do homem branco”, algo que os europeus teriam a responsabilidade de cumprir pelo bem da humanidade.

A “missão civilizadora” tinha como base três pontos principais:

  • religião – a noção de que o cristianismo era a única religião verdadeira que deveria ser propagada pelo mundo;
  • ciência e tecnologia – a ideia de que a Revolução Industrial representava o progresso e o avanço da civilização;
  • biologia – a defesa de uma suposta superioridade da “raça branca europeia” com base em teorias pseudocientíficas que consideravam os povos africanos, asiáticos e ameríndios inferiores.
Charge. À esquerda, um grupo de pessoas liderado por uma figura maior, de aspecto feminino, cabelos loiros, longos, esvoaçantes e ondulados, presos em um rabo de cavalo. Ela usa um vestido branco, armadura e, sobre sua cabeça, um capacete de estilo romano (com um penacho vermelho no alto). Ela segura uma bandeira branca com o texto, originalmente em inglês: Civilização. Sobre o penacho vermelho de seu capacete, há a inscrição Britânia. Ao lado dessa figura, há dois homens agachados, segurando armas de fogo de cano longo e vestindo roupas militares. Atrás deles, três homens com roupas civis, usando chapéus, boinas e camisas. Um deles segura um machado sobre o ombro e há algumas sombras de figuras humanas.  Aos pés da figura feminina, há dois homens de cabelos escuros, sem camisa, com tecidos amarrados na cintura, caídos no chão. Um deles tem um escudo redondo atrás de si. Há uma espada sobre o solo à sua frente, e ele olha para o alto, encarando a figura de vestido branco.  À direita, no lado oposto, há outro grupo de pessoas que estão vestidas de modo semelhante aos homens caídos (sem camisa, com tecidos amarrados sobre a cintura e portando escudos redondos). Alguns seguram armas de fogo de cano longo; outros, lanças, e há flechas no ar em direção à esquerda. Sobre um cavalo branco, à frente desse grupo, há um homem segurando uma bandeira verde gravada com o texto, originalmente em inglês: Barbarismo.
Da cidade do Cabo ao Cairo, charge de Udo J. Keppler, 1902. Na imagem, a personagem à esquerda carrega bandeira com o termo “Civilização” em direção a um grupo de nativos, que seguram bandeira com a expressão “Barbarismo”.

A partir desses pontos preconceituosos e etnocêntricos, os colonizadores desvalorizavam a religião, o idioma, a arte, os saberes e as técnicas dos povos conquistados. Esses discursos civilizatórios foram utilizados para justificar ações imperialistas na África e na Ásia e também para marginalizar indígenas e negros nas Américas.

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Por que existe uma tendência dos conquistadores de elaborar argumentos para justificar sua política de dominação? Debata o tema e levante hipóteses.

darvinísmo social

Durante o século dezenove, alguns pensadores buscaram estender o conceito biológico de seleção natural para todos os campos de análise da sociedade. Eles foram influenciados pela Teoria da Evolução de Chárles Dárvin e, por isso, ficaram conhecidos como darvinístas sociais. Essa corrente se valeu da expressão “sobrevivência dos mais aptos”, criada pelo filósofo britânico rérbert ispêncer (1820-1903).

O darvinísmo social defendia que a luta pela sobrevivência poderia justificar a expansão dos “mais aptos” sobre os “menos aptos” ou “menos evoluídos”. Defendia também que os seres humanos se dividiam em “raças” que estavam em diferentes “estágios evolutivos”. Os brancos europeus e os norte-americanos (Estados Unidos e Canadá) pertenceriam às raças “mais evoluídas”. Já os negros e amarelos (africanos, asiáticos e indígenas americanos) eram classificados como “menos evoluídos” ou “inferiores”.

Pretendendo reduzir quase tudo às suas interpretações das “leis da natureza”, os darvinístas sociais acreditavam, por exemplo, que a inteligência e o comportamento das pessoas eram determinados biologicamente e, por isso, seriam transmitidos de fórma hereditária. Assim, desconsideravam a influência do ambiente social na formação das pessoas. A desnutrição, por exemplo, tem efeitos sobre o desenvolvimento intelectual, e sabemos que muitas sociedades sofrem com o drama da fome e da miséria.

Alguns cientistas dessa época acreditavam que era possível, por exemplo, avaliar as habilidades intelectuais de uma pessoa com base no tamanho de seu cérebro. Para demonstrar como essas teorias são inválidas, o renomado biólogo Istíven Guld (1941-2002) comentou:

“O tamanho do cérebro está relacionado com o tamanho do corpo a que pertence: as pessoas altas tendem a possuir cérebros maiores que as pequenas. Este fato não implica que as pessoas altas sejam mais inteligentes – assim como o fato de [os elefantes] possuírem cérebros maiores que os dos seres humanos não implica que reticênciassejam mais inteligentes reticências .”

GOULD, Stephen Jay. A falsa medida do homem. São Paulo: Martins Fontes, 1991. página 51.

Fotografia em preto e branco. Um grupo de crianças pequenas em uma sala de aula. Elas estão voltadas para uma lousa com várias palavras escritas a giz. Destaque para uma menina que usa um lenço quadriculado amarrado na cabeça, brincos e um vestido de cor clara, apontando, com uma haste, para uma palavra sobre a lousa. Atrás dela, em fila indiana, três meninos segurando pequenas lousas em suas mãos.
Em segundo plano, ao lado da lousa, um homem em pé, vestindo um traje branco, com a mão apoiada sobre a cintura. Ao lado dele, uma mesa de madeira em que estão apoiados objetos como um chapéu branco, tinteiro, papéis e livros.
Aula de francês em escola em Mamú, na Guiné, que esteve sob o domínio da França entre 1891 e 1958. Fotografia de 1939. As teorias racistas eram utilizadas pelos países imperialistas para justificar a dominação cultural e serviram de pretexto para desprezar os saberes e as técnicas das sociedades africanas e asiáticas.

Atualmente, as teorias racistas são consideradas falsas e perversas. Servem para discriminar pessoas e justificar injustiças sociais. A Constituição Federal do Brasil, por exemplo, declara que a prática do racismo é crime grave, sujeito à prisão.

Além disso, entre os humanos, o próprio conceito de raça é questionado e evitado. Quando cientistas atuais examinam os genes, constatam que as variações dos traços físicos entre os humanos (cor da pele e tipo de cabelo, por exemplo) são irrelevantes para sustentar diferenças de “raças”. Do ponto de vista biológico, hoje é consenso que todos os seres humanos pertencem a uma única espécie: Homo sapiens.

Fotografia. Fotografia em preto e branco colorida posteriormente.
Na imagem, um grupo de mulheres, organizadas em quatro fileiras, todas próximas, lado a lado. Na parte inferior, na primeira fileira, estão sentadas no chão. Há uma menina no grupo. Na segunda fileira, estão sentadas sobre um apoio. Na parte superior, na terceira e na quarta fileira, as mulheres estão em pé. Elas vestem trajes cor de laranja, com colares ao redor dos pescoços e portam facões, espadas e armas de fogo. Às mulheres na última fila, possuem capacetes com penas coloridas no topo sobre suas cabeças.
Guerreiras do Reino do Daomé, conhecidas como ahosi. Fotografia colorizada de 1897. Essa era uma tradição do Daomé: formar tropas militares compostas apenas de mulheres. Esse exército de mulheres exerceu forte resistência à dominação francesa na atual região da República do Benim.
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Você já presenciou situações de discriminação racial? Como você se sentiu?

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dica internet

TEDGlobal – O perigo de uma única história

Disponível em: https://oeds.link/Mgpj3L. Acesso em: 18 março 2022.

Chimamanda Adichie, importante escritora nigeriana, alerta sobre os perigos de uma única história. Ela fala a partir da perspectiva de uma mulher africana que foi educada sob os princípios britânicos. O vídeo está disponível com legenda em português.

Conquista da África

Durante a expansão imperialista, potências industriais disputaram territórios na África. Para evitar que essas disputas se transformassem em guerras, representantes desses países se reuniram na Conferência de Berlim (1884-1885), na Alemanha. O objetivo era estabelecer regras para a ocupação do continente africano. Nessa Conferência, acordos foram firmados entre as potências que deram início à partilha da África.

Os países que conquistaram o maior número de colônias na África foram o Reino Unido e a França. Com isso, os governos da Itália e da Alemanha, por exemplo, sentiram-se prejudicados, pois não conseguiram expandir seus territórios do modo que desejavam.

Entre 1880 e 1914, praticamente todo o continente africano estava sob o domínio das potências europeias. A partilha da África redesenhou o mapa do continente, desconsiderando as organizações políticas tradicionais africanas. Assim, os colonizadores criaram fronteiras artificiais que forçaram as populações locais a se deslocar para novos territórios. Essas fronteiras tiveram forte impacto nas sociedades africanas, pois frequentemente dividiram povos de culturas semelhantes e reuniram povos de culturas distintas que, por vezes, eram rivais.

Impérios coloniais na África (1914)

Mapa. Impérios coloniais na África (1914). Mapa representando o continente africano, dividido politicamente em várias áreas de domínio destacadas por cores distintas. 
Em verde claro, “Áreas de domínio francês”, compreendendo Marrocos, Tunísia, Argélia, África Ocidental Francesa, África Equatorial Francesa, Somália Francesa, Madagascar e Gâmbia. 
Em rosa claro, “Áreas de domínio Britânico”, compreendendo o Egito (domínio otomano sob controle britânico – 1882), Serra Leoa, Costa do Ouro, Nigéria, Uganda, África Oriental Britânica (Quênia), Somália Britânica, Rodésia do Norte, Rodésia do Sul, União da África do Sul, Basutolândia, Suazilândia e Bechuanalândia.
Em verde escuro, “Áreas de domínio Alemão”, compreendendo Togo, Camarões, África Oriental Alemã e África do Sudoeste Alemã (Namíbia). 
Em roxo, “Áreas de domínio português”, compreendendo Madeira, Cabo Verde, Guiné Portuguesa (Guiné-Bissau), Angola, Moçambique e Niassalândia (Malauí). 
Em laranja, “Áreas de domínio Belga”, compreendendo Congo Belga (Zaire). 
Em amarelo, “Áreas de domínio Espanhol”, compreendendo Rio do Ouro (Saara Ocidental), Marrocos Espanhol, Rio Muni (Guiné Equatorial) e Fernando Pó (Bioko). 
Em vermelho, “Áreas de domínio Italiano”, compreendendo Líbia, Eritreia e Somália Italiana. 
Em rosa com listra diagonais roxas, “Condomínio Anglo-egípcio”, compreendendo o Sudão Anglo-egípcio. 
Em marrom, “Países independentes”, compreendendo a Libéria e Etiópia. 
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 730 quilômetros.
FONTES: HISTÓRIA geral da África: África sob dominação colonial, 1880-1935. 3. edição São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2011. página 50. (Coleção História geral da África, volume sete); ATLAS da história do mundo. São Paulo: Folha de São PaulobarraTimes Books, 1995. página 236.

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observando o mapa

Com base nesse mapa, construa um quadro identificando, pelo menos, uma colônia africana para cada metrópole europeia.

Exploração de produtos africanos

O desenvolvimento da industrialização nas potências europeias, aliado ao imperialismo, acelerou a devastação da natureza. Na África, a exploração de diversos produtos pelos europeus gerou graves danos ambientais, como desmatamento em larga escala, poluição de rios e solos e caça indiscriminada de animais.

Fotografia. Detalhe de um monumento em relevo,  ,a cor marrom, com destaque, em primeiro plano, para um grupo de homens  Os homens observam uma pilha alta de longos chifres, envoltos por chamas. Um deles usa um quepe militar sobre a cabeça. Ao fundo, um grupo de pessoas observa a cena.
Detalhe do monumento comemorativo da queima de doze toneladas de marfim pelo presidente Daniel T. Arap Mói, em 1989, no Parque Nacional de Nairóbi, Quênia. Fotografia de 2014. O governo do Quênia promoveu a queima como protesto à caça ilegal de elefantes e ao tráfico de marfim no país, questões que ainda persistem nos dias de hoje.

Ao mesmo tempo, a exploração desorganizou as diferentes fórmas de produção das sociedades africanas. As populações locais foram obrigadas a trabalhar para os europeus e incentivadas a consumir produtos importados da Europa. A seguir, confira um quadro dos principais produtos africanos explorados pelos colonizadores.

Produto

Aplicações

Borracha

Fabricação de pneus e tecidos.

Óleos vegetais (palma, dendê etc.)

Lubrificação de máquinas e fabricação de alimentos e cosméticos.

Noz-de-cola

Fabricação de refrigerantes.

Ouro e diamante

Composição de reservas monetárias, fabricação de joias e confecção de implantes dentários.

Ferro e cobre

Construção de máquinas industriais, trilhos, veículos e utensílios domésticos.

Carvão mineral

Combustível de máquinas industriais e trens.

Plantas tropicais (cacau, cana-de-açúcar, café etc.)

Alimentação.

Marfim, plumas e peles de animais

Fabricação de artigos de luxo.

África do Sul

Desde o século dezesseis, a região da atual África do Sul era considerada estratégica para o abastecimento de navios que viajavam rumo ao Oriente. No entanto, foi apenas em 1652 que holandeses calvinistas iniciaram a colonização da região, estabelecendo povoamentos e desenvolvendo uma nova identidade cultural. Afastando-se de seus laços com a Holanda, esses imigrantes passaram a se autodenominar africâneres ou bôeres.

Muito tempo depois, no começo do século dezenove, os britânicos também conquistaram territórios no sul da África com o objetivo de facilitar seu acesso à Índia e firmar sua hegemonia como potência imperialista. Fugindo do contrôle britânico, os bôeres migraram para o interior, onde fundaram novas colônias. Durante a migração, os bôeres lutaram contra povos africanos, como os xhosas, suázis e zulus. Mas não conseguiram vencer o poderoso Reino Zulu.

Os zulus preservaram sua independência até 1879, quando enfrentaram a expansão do Reino Unido. Diante desse avanço imperialista, o rei zulu Csetsuáiou reuniu um exército com cêrca de 40 a 60 mil soldados, que mataram 800 militares britânicos e capturaram mil rifles. Como reação, o governo britânico preparou uma pesada ofensiva militar, que culminou na derrota dos zulus. Esse conflito ficou conhecido como Guerra Anglo-Zulu.

Fotografia em preto e branco. Um grupo de homens distribuídos em duas fileiras: agachados, à frente, e em pé, atrás. Os homens à frente trajam vestes com plumas e penas ao redor do pescoço, das pernas e dos braços. Sobre o solo, diante deles, lanças e escudos pintados. Os homens em pé estão sem camisa, usam aros de metal em torno dos braços e colares cruzados sobre  o peito. Portam lanças e escudos. Alguns usam adereços com penas sobre a cabeça. Em segundo plano, uma cabana de formas curvas, feita de palha.
Grupo de guerreiros zulus com roupas tradicionais e escudos, no Reino Zulu, na região da atual África do Sul. Fotografia de 1888.

Além dos confrontos com as populações locais, os colonizadores bôeres e britânicos travaram uma guerra entre si. Foi a chamada Guerra dos Bôeres (1899-1902), que terminou com a vitória dos britânicos. O estopim dessa guerra está relacionado à descoberta de jazidas de ouro e diamante no sul da África e às disputas que se sucederam pelo direito de explorá-las.

A descoberta das jazidas propiciou um grande crescimento econômico nas colônias britânicas do Cabo e de Natal, bem como nas colônias bôeres de Transvaal e órangi.

A partir de 1880, a região do sul da África passou por diversas mudanças na agricultura, mineração, indústria e rede de transporte. Entre as colônias africanas sob o domínio britânico, essa região foi a que recebeu o maior número de investimentos. Isso gerou uma prosperidade que beneficiou os colonizadores e prejudicou as populações negras sul-africanas.

Leis segregacionistas

No início do século vinte, os bôeres e os britânicos se reconciliaram e criaram um Estado unificado denominado União Sul-Africana, subordinado à Coroa britânica. A partir desse momento, foram promulgadas leis racistas e segregacionistasglossário que legitimavam a violência e a desigualdade contra a população negra local. Entre essas leis, destacamos:

  • Lei de Minas e Obras (1911) e sua emenda (1926) – impediam os negros de ocupar cargos qualificados na mineração e nas ferrovias, impondo uma espécie de “barreira racial” para a ascensão no trabalho;
  • Lei de Terras Nativas (1913) – reservava 88% das terras ao uso exclusivo dos brancos, que, na época, não passavam de 20% dos habitantes da região. Destituídos de suas terras originais, milhares de africanos ficaram sem fonte de renda e, assim, foram obrigados a trabalhar nas minas e indústrias dos brancos;
  • Lei dos Nativos (Áreas Urbanas) (1923), Lei da Administração de Nativos (1927) e Lei de Contrato de Serviços de Nativos (1932) – restringiam a circulação dos negros nos espaços públicos e demarcavam os locais onde eles podiam morar e trabalhar.

Depois dessas leis, muitas outras foram criadas para consolidar o poder das elites brancas (bôer e britânica) na União Sul-AFricana. Após 1948, essas práticas racistas e segregacionistas foram institucionalizadas sob o nome apartheid, que, em idioma africâner, significa “separação”. Após mais de quarenta anos, em 1991, o apartheid foi abolido, abrindo caminho para a eleição de Nelson Mandela como presidente, em 1994.

Fotografia. Em uma praia, fincada sobre uma porção de areia, com pedras às margens de águas marítimas azuis, em destaque, uma placa na cor branca com o texto: 'Área branca', na parte superior, em inglês, na parte inferior, em africâner.
Placa de segregação racial, próxima à Cidade do Cabo, África do Sul, onde se lê a expressão “Área branca”. Fotografia de 1994. Remanescente do apartheid, essa sinalização indicava até 1991 que aquele espaço só poderia ser frequentado por pessoas brancas.

Argélia

A região que hoje chamamos de Argélia está localizada no norte da África e possui uma estreita faixa litorânea, banhada pelo Mar Mediterrâneo. Desde o período Paleolítico, essa região é habitada pelos berberes, grupo étnico que reúne um conjunto de povos. A partir do século sete, os árabes também ocuparam a região e influenciaram profundamente suas populações. Até hoje, ali predominam o idioma árabe e a religião islâmica.

Mais tarde, no início do século dezenove, os franceses realizaram campanhas militares para conquistar a Argélia. Lá estabeleceram uma espécie de colônia de povoamento, que foi caracterizada, sobretudo, pela ocupação territorial e pelo envio massivo de migrantes. Esse processo foi violento, com vários conflitos entre os colonizadores e os povos locais (berberes e árabes), que acabaram sendo derrotados. Entre as medidas tomadas pelo governo imperialista francês na Argélia, temos:

  • a expropriação de terras dos povos locais – que, a partir de 1871, foram oferecidas gratuitamente a europeus dispostos a viver na região. Em 1914, cêrca de um terço das terras cultiváveis era controlado por colonos europeus;
  • o investimento em infraestrutura – por meio de estímulos à agricultura (trigo e vinho) e da construção de ferrovias, rodovias e hospitais. Esses investimentos, no entanto, visavam atender aos interesses dos colonizadores, não beneficiando a maioria da população local;
  • a imposição da cultura francesa – por meio da criação de escolas franco-árabes, do estímulo à renúncia do islamismo e da divulgação de ideias racistas e preconceituosas sobre as culturas locais.

A colonização da Argélia durou 132 anos, gerando fortes ressentimentos entre argelinos e franceses. Calcula-se que, nos primeiros anos da dominação francesa, quase um terço da população argelina nativa morreu por causa das batalhas, da fome e de doenças. Os colonizadores europeus ocuparam os principais cargos políticos e controlaram os setores mais rentáveis da economia, dificultando a ascensão social dos argelinos nativos.

Fotografia. Em uma rua, um grupo de vários homens lado a lado. A maioria deles veste camisa, paletó e gravata, boinas ou chapéus. Os homens à frente seguram uma faixa uma branca, com texto originalmente em francês e parcialmente ilegível, em que se destaca o trecho: 'os afogados de dezessete de outubro de mil novecentos e sessenta e um'.
Alguns dos homens seguram bandeiras da Argélia, com duas faixas verticais, uma na cor verde, outra de cor branca e, no centro, uma lua crescente com uma estrela de cinco pontas, ambas vermelhas.
Manifestantes com bandeiras da Argélia e faixa dizendo "Os afogados de 17 de outubro de 1961", em Paris, França. Fotografia de 2021. A manifestação foi realizada em memória ao massacre de argelinos que ocorreu na capital francesa nessa data, muitos deles mortos afogados no Rio Sena, durante o período em que se lutava pela independência da Argélia.

Resistência africana

A dominação europeia provocou muitas revoltas anticolonialistas no continente africano. Porém, a maior parte delas foi sufocada pelo poder militar-econômico dos europeus. Apesar disso, os africanos continuaram lutando e nunca se conformaram com a dominação estrangeira.

Na atual Gana, em 1890, os axântis organizaram uma forte resistência à dominação britânica. Os revoltosos lutaram contra o Reino Unido durante dez anos, até que foram brutalmente reprimidos pelos colonizadores. Grande parte da resistência axânti foi liderada por mulheres, entre as quais destacou-se a rainha nâna ía azantêua (1840-1921). Essa presença de lideranças militares femininas causava espanto nas tropas coloniais britânicas.

Fotografia. No centro da imagem, destaque para a escultura do busto de uma mulher de cabelos curtos, vestindo uma túnica cruzada sobre seu ombro. Em segundo plano, sob um céu nublado, uma pequena casa destelhada e alguns cartazes. Ao redor,  arbustos.
Busto de nâna ía azantêua em frente ao museu a ela dedicado, em Ejisu, Gana. Fotografia de 2016. O museu preserva a memória da resistência axânti contra a expansão imperialista britânica.

Na região que atualmente corresponde à Tanzânia, em 1905, eclodiu uma enorme revolta organizada pelo povo maji-maji contra a opressão colonial alemã. Essa revolta, que durou cêrca de dois anos, foi reprimida violentamente pelos colonizadores.

Apesar da resistência, somente os etíopes e os liberianos conseguiram manter autonomia política. Entre 1895 e 1896, os etíopes expulsaram os italianos de seu país. Já a Libéria – território que os estadunidenses compraram no litoral da África Ocidental para enviar escravizados e seus descendentes dos Estados Unidos para lá – era um país independente oficialmente, mas contava com a proteção do governo de Washington. Com a ajuda do governo dos Estados Unidos, os liberianos mantiveram sua independência.

No Sudão, os muçulmanos enfrentaram os britânicos e, nas duas últimas décadas do século dezenove, constituíram um Estado independente.

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Transcrição do áudio

Resistências ao imperialismo na África  

[Música instrumental ao fundo] 

[Locutora]: Império Ashanti, Reino Zulu... Você sabe o que eles têm em comum?

[Locutor]: Além da localização geográfica? Eles se encontravam no mesmo continente: a África. Bem, é isso que vamos aprender no episódio de hoje do nosso podcast.

[Locutora]: Hoje, falaremos sobre a África, especificamente sobre os movimentos de resistência de diferentes povos africanos ao imperialismo europeu.

[Locutor]: Então é isso que o reino e o império que você citou têm em comum? De alguma forma, ambos resistiram à dominação europeia? 

[Música instrumental ao fundo]

[Locutora]: Exatamente. Por meio de uma política de dominação militar, econômica e cultural, conhecida como imperialismo ou neocolonialismo, países da Europa partilharam, ocuparam e exploraram a África a partir do final do século XIX. Eles justificaram essa dominação de diferentes formas, valendo-se principalmente de teorias racistas, como o Darwinismo Social.

Esse foi um processo muito violento. E como reação a essa dominação, as nações espalhadas por todo o continente africano protagonizaram vários movimentos de resistência. Alguns deles viraram, inclusive, guerras entre africanos e europeus.

[Locutor]: Uma delas aconteceu no Império Ashanti, na região onde hoje é Gana. No final do século XIX, os britânicos, que já exerciam algum poder no local, depuseram os chefes tradicionais dos ashantis e tentaram impor novos líderes a eles. Os ashantis reagiram e a partir de 1890 travaram violentas batalhas contra os britânicos.

Durante esse contexto de conflitos, o representante máximo britânico na região exigiu a posse do “trono de ouro”, considerado um objeto sagrado e símbolo de poder e união dos ashantis. A rainha Nana Yaa Asantewaa e alguns outros líderes tradicionais consideraram essa exigência uma afronta.

Diante dessa situação, foi ela, a rainha Yaa Asantewaa, quem inspirou e liderou uma oposição armada aos britânicos em 1900. Nesse momento, muitos líderes militares e políticos ashantis já tinham sido presos e exilados pelos britânicos nas Ilhas Seychelles.

[Locutora]: Sério? E ela lutou?

[Locutor]: Sim. Ela liderou um exército contra os britânicos! E esse exército também contou com a maciça participação de mulheres nos combates. Suas tropas travaram violentas batalhas contra as forças britânicas, até que foram derrotadas cerca de seis meses depois. No entanto, os britânicos nunca conseguiram tomar posse do “trono de ouro”.

Yaa Asantewaa foi uma das últimas lideranças ashantis a se render ou ser capturada. Nesse período, ela tinha por volta de 60 anos e também foi exilada pelos britânicos nas Ilhas Seychelles, onde morreu 21 anos depois, em 1921. Hoje, em Gana, existe um museu em homenagem a ela e à resistência ashanti.

[Música instrumental ao fundo]

[Locutora]: Nossa, que interessante! Isso me lembra outra história de mulheres guerreiras resistindo às investidas europeias. Você conhece as mulheres guerreiras de Daomé?

[Música instrumental ao fundo]

[Locutor]: Não! Conte-nos sobre isso!

[Locutora]: Daomé era um reino que existia na África, localidade do atual Benim. Esse reino possuía uma divisão de seu exército composta inteiramente por mulheres. As pesquisas divergem quanto à origem dessa divisão, mas acredita-se que tenha surgido no século XVIII. Essas guerreiras eram conhecidas por sua coragem e eficácia nos combates. No final do século XIX, elas se destacaram nas batalhas contra a França. As tropas femininas estavam, geralmente, à frente dos combates e eram as últimas a se renderem.

Os franceses, depois de algum tempo, conseguiram vencer e dominaram o lugar, mas a resistência dessas guerreiras à dominação europeia permaneceu na história.

[Locutor]: Onde hoje é a África do Sul também houve resistência. Um dos marcos foi a Guerra Anglo-Zulu, em 1879, entre britânicos e zulus. Até essa data, o Reino Zulu tinha sido bem-sucedido em manter sua autonomia e resistir às investidas de britânicos e bôeres na região. Apesar da derrota para os britânicos ao final desse conflito, os zulus se destacaram no decorrer dos combates e seus guerreiros são lembrados ainda hoje por sua destreza militar.

[Locutora]: Pois é. E ao tentar resistir à ocupação, muitas etnias africanas sofreram genocídio. Um exemplo é a etnia dos hereros na atual Namíbia, área dominada pela Alemanha no contexto imperialista.

[Locutor]: Além da violência física, o imperialismo deixou a marca da exploração econômica, da violência social e cultural. Vários conflitos étnicos que duram até hoje surgiram a partir da redefinição de fronteiras. Afinal, a divisão do continente entre as nações europeias não levou em conta as etnias e organizações locais existentes.

[Locutora]: É verdade. E quando refletimos sobre as consequências do imperialismo europeu na África, podemos compreender por que algumas nações africanas ainda sofrem com a pobreza e a violência.

[Música instrumental ao fundo]

[Locutor]: E vale lembrar que os movimentos de resistência continuaram no decorrer do século XX. Muitas lutas por independência foram protagonizadas na África, junto ao surgimento de movimentos populares e nacionalistas em vários territórios do continente.

Mas isso é assunto para outro dia. Vamos ficando por aqui e até a próxima!

[Locutora]: Até mais!

[Música instrumental ao fundo]

Conquista da Ásia

A expansão imperialista europeia também ocorreu em diversas regiões da Ásia, como na Índia e na China. Além das nações europeias, também o Império do Japão (1868-1947) passou a disputar territórios asiáticos em sua expansão.

Cartaz. No centro da imagem, uma mulher em pé, trajando um longo vestido estampado nas cores rosa, azul escuro e amarelo, usando um chapéu de abas na cor rosa e segurando em suas mãos um pires e uma xícara de chá, brancos. Ao seu lado, sobre uma pequena mesa redonda verde, uma bandeja cor de rosa com um bule e uma xícara de chá sobre um pires, todos brancos.  Ao fundo arbustos na cor verde e o céu em azul. O cartaz tem uma moldura na cor amarela brilhante e, na parte inferior, a inscrição, originalmente em língua inglesa: 'beba chá cultivado no império'.
Cartaz de propaganda britânica de 1927, criado pelo artista Rérold Sendis Uílhamsan sob encomenda do Império Britânico em que se lê: “Beba chá cultivado no império”.

O mapa a seguir mostra as principais áreas de dominação colonial na Ásia.

Impérios coloniais na Ásia (1914)

Mapa. Impérios coloniais na Ásia (1914). Mapa representando o continente asiático e parte da Oceania, com foco na costa do Oceano Índico e do Oceano Pacífico. Algumas áreas estão destacadas em cores distintas.
Em rosa, o destaque, “Áreas de domínio Britânico”, compreendendo o sul da Península Arábica, no território que hoje corresponde ao Iêmen; o sul da Península de Malaca, que hoje corresponde a território da Malásia; a Índia Britânica, que se estende pelos territórios que hoje compreendem o Paquistão, a Índia,  o Nepal, o Butão, Bangladesh, Sri Lanka e parte de Mianmar; o norte da ilha de Bornéu, que hoje corresponde a territórios da Malásia, da Indonésia e de Brunei; o sudeste da ilha de Nova Guiné, que hoje corresponde a territórios de Papua Nova Guiné; além da região de Hong Kong.
Em amarelo, “Áreas de domínio Francês”, compreendendo a Indochina; que hoje corresponde aos territórios de Vietnã, Laos e Camboja; também destacados em amarelo, territórios no litoral da Índia, como Mahé, a oeste, voltada para o Mar Arábico, e Karikal, Pondicherry e Chandernagor, a leste, voltadas para o Golfo de Bengala.
Em verde, “Áreas de domínio Português”, destacando territórios no litoral oeste da Índia, voltados para o Mar Arábico, compreendendo os territórios de Diu, Damão e Goa, que hoje fazem parte da Índia. Também destacada em verde, a região de Macau, que hoje compreende território chinês.
Em vermelho, “Áreas de domínio Japonês”, compreendendo a Península da Coreia, a Ilha Formosa, que hoje compreende Taiwan, e o sul da Ilha de Sacalina, que hoje corresponde à território russo. 
Em roxo, “Áreas de domínio Holandês”, compreendendo as Índias Holandesas, que se estendiam pelas ilhas de Sumatra, Bali, Timor, Bornéu, Molucas e Nova Guiné, entre outras, que hoje compreendem territórios majoritariamente pertencentes à Indonésia.
Em laranja, “Áreas de domínio Alemão”, compreendendo um território no nordeste da Ilha de Nova Guiné, que hoje corresponde a território da Papua Nova Guiné, e um pequeno território na costa da China.
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 980 quilômetros.
FONTES: ALBUQUERQUE, Manoel M. de êti ól Atlas histórico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: FAE, 1986. página 138-139; ATLAS da história do mundo. São Paulo: Folha de S.Paulo/Times Books, 1985. página 240-241; NÉRÉ, Jacques. História contemporânea. segunda edição São Paulo/Rio de Janeiro: Difel, 1981. página 332.

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Ícone. Lupa indicando o boxe Observando o mapa.

observando o mapa

Qual era o maior império colonial na Ásia? As áreas desse império fazem parte de que países atuais? Se necessário, consulte um planisfério político atual.

Índia

Desde o século XVI, países europeus mantinham relações comerciais com a Índia. No entanto, a partir do século XIX, os britânicos não desejavam apenas negociar com a Índia, eles queriam conquistá-la. Entre os principais objetivos dessa conquista estavam: obter produtos como algodão, chá e ópio; cobrar impostos da população; e lucrar com operações financeiras, como a concessão de empréstimos.

O imperialismo britânico avançou gradativamente sobre a Índia, contando com o amparo de setores da elite local e também com a presença de tropas britânicas. Desse modo, a maioria da população indiana vivia uma dupla opressão: a interna (imposta pelo rigoroso sistema de castasglossário ) e a externa (baseada na “missão civilizadora”).

Durante a colonização, o Reino Unido investiu na construção de ferrovias, indústrias e sistemas de telégrafos, mas isso pouco contribuiu para melhorar a qualidade de vida da população local. Os conquistadores difundiram ideias racistas e procuraram impor aos indianos seu modo de produção econômica, seu idioma e suas leis. Essas imposições desestruturaram a economia local, subjugando a população, o que gerou grandes insatisfações na Índia.

Fotografia em preto e branco. Um grupo de homens, mulheres e crianças diante da entrada de uma casa sustentada por colunas brancas. À direita, em pé, um homem de cabelos curtos e bigode, vestindo um paletó, colete e calça escuros, camisa clara e gravata borboleta. Ao lado dele, à esquerda, uma mulher sentada em uma cadeira, Ela tem cabelos castanhos e presos, traja um longo vestido claro, com uma faixa escura marcando sua cintura e um laço no pescoço. Aos pés dela, um cachorrinho branco e um chapéu claro no chão, sobre um tapete. Ao lado da mulher, à esquerda, sobre os degraus da entrada da casa, um menino de cabelos e olhos claros, em pé, vestido com um traje branco com um lenço listrado amarrado sobre os ombros; sentada sobre os degraus da escada, uma mulher com os cabelos cobertos por um tecido claro segura em seu colo uma menina, que usa um vestido claro com um laço na cintura, meias claras e sapatinhos boneca escuros; sentada sobre os degraus da escada com as mãos sobre os joelhos, uma adolescente de cabelos presos, que usa um vestido longo e claro ajustado por um cinto escuro.
Em torno deles, há sete homens que vestem longas túnicas brancas e turbantes altos na cor branca sobre suas cabeças. Dois deles usam bigode; os demais, barbas longas. Seis deles estão em pé. Um está sentado sobre os degraus.
Família britânica com criados indianos, em Sabathu, Índia. Fotografia de 1887.

Revolta dos Cipaios

Em reação à presença europeia, eclodiu a Revolta dos Cipaios (1857-1859). Os cipaios eram soldados indianos que foram recrutados e treinados pelos britânicos. Porém, em meio a divergências entre britânicos e indianos, os cipaios se rebelaram contra a conquista estrangeira.

A Revolta dos Cipaios foi apoiada por diferentes grupos indianos – camponeses e proprietários rurais, muçulmanos e hindus. Mas, depois, o movimento se dividiu e enfraqueceu, abrindo espaço para o contra-ataque britânico. Nos confrontos, ambos os lados cometeram atrocidades.

Após essa revolta, o governo britânico transformou oficialmente a Índia em parte integrante do império. Em 1876, a rainha Vitória foi coroada imperatriz da Índia. Com essa transformação, a maioria da população indiana continuou sendo explorada, mas foram criados cargos para incorporar a elite indiana à administração pública.

A Revolta dos Cipaios é considerada um dos primeiros movimentos de resistência contra a dominação britânica e também uma precursora do nacionalismo indiano.

Escultura. Sob um fundo escuro iluminado, uma escultura de madeira representando um homem em pé, vestindo um casaco vermelho com botões na frente, uma calça branca e um capacete escuro sobre sua cabeça.  Um dos braços dele está abaixado, ao longo do corpo; o outro, flexionado. Seu rosto está pintado na cor branca.
Escultura indiana que representa uma figura mitológica maléfica, mas na fórma de policial britânico, século dezenove.
Gravura. Em uma área aberta, sem vegetação, um grupo de homens vestindo blusas, calças curtas, chapéus sem abas e lenços na cor branca. Todos eles usam bigodes escuros. Um homem se destaca, à esquerda, montado em um cavalo de pelagem marrom, com uma pistola na cintura e uma espada em suas mãos. Os demais homens portam baionetas. Alguns, portam espadas presas à cintura.
Ao fundo, há mais alguns homens atrás de uma trincheira. Uns manejam um canhão; outros observam o homem montado à cavalo. De costas para a trincheira, um homem toca uma corneta. Em segundo plano, há bandeiras hasteadas sobre o campo, que estão fincadas entre montes de pedras.
Cipaios amotinados, gravura de George Franklin Atkinson, 1857-1858.

China

Desde o século dezessete, os ingleses compravam produtos chineses – como porcelana, seda e chá – para revendê-los na Europa. Os chineses, por sua vez, não tinham interesse em comprar produtos ocidentais. Assim, as relações comerciais entre os dois países eram favoráveis à China.

Essa situação mudou quando os britânicos descobriram que uma de suas colônias, a Índia, possuía em abundância uma planta chamada papoula. Da papoula, era possível extrair ópio, uma droga narcótica consumida pela elite chinesa. No entanto, o governo chinês proibia a venda de ópio, pois seu consumo causava danos à saúde e distúrbios sociais.

A proibição não impediu os traficantes britânicos de venderem a droga na China. Assim, a partir de 1820, graças a esse comércio ilegal e lucrativo, pela primeira vez as exportações britânicas para a China superaram suas importações no país. Para frear o tráfico de ópio, autoridades da dinastia Manchu fizeram apelos à rainha do Reino Unido, mas o problema não foi resolvido.

O comércio ilegal continuou até 1839, quando o governo da China confiscou e queimou toneladas de ópio que estavam estocadas em navios britânicos. O Reino Unido reagiu declarando guerra à China. Portos e cidades chinesas foram atacados em um conflito conhecido como Guerra do Ópio (1839-1842).

A guerra terminou com a vitória dos britânicos, que obrigaram o governo chinês a assinar o Tratado de Nanquim (1842). Esse tratado exigiu que o governo da China concedesse ao Reino Unido uma série de benefícios econômicos e políticos, como o pagamento de uma volumosa indenização e a concessão de direitos territoriais sobre Hong Kong. A região de Hong Kong permaneceu sob domínio britânico até 1997, quando foi devolvida ao governo chinês.

Após o Tratado de Nanquim, a China foi forçada a assinar tratados comerciais com os Estados Unidos, a França e a Rússia. Esses tratados eram desvantajosos para os chineses e representaram o avanço imperialista no país asiático.

Charge. Grupo de personagens sentados à mesa, ao redor de um círculo fatiado, semelhante à uma pizza, em que está escrito originalmente em francês 'China'. Entre essas pessoas, da esquerda para a direita: uma mulher com cabelos grisalhos, usando uma coroa e um véu branco bordado sobre sua cabeça. Ela usa joias, segura uma faca e olha para o personagem à direita dela, que é um homem vestido com um traje militar azul com colarinho vermelho e um capacete preto com detalhes dourados. Ele segura uma faca com as duas mãos, fincada no centro do círculo, e encara a personagem à esquerda. À direita deles, um homem vestido com um traje verde de mangas longas com colarinho vermelho e um pequeno chapéu branco sem abas sobre  cabeça, ele segura uma faca e observa o círculo no centro da mesa; atrás dele, uma mulher de cabelos loiros, presos sob um barrete vermelho, trajando vestes nas cores vermelha, branca e azul. Ela está em pé e apoia uma mão sobre o ombro do personagem de verde; À direita dele, um homem de cabelos escuros, amarrados no topo de sua cabeça em um coque. Com um traje vermelho com lapela branca, ele leva a mão ao queixo em gesto pensativo. Ao lado dele há uma espada sobre a mesa. 
Atrás de todos estes, no centro da imagem, há um homem em pé, com os olhos arregalados, as mãos espalmadas, os braços levantados para cima e a boca entreaberta. Seu cabelo é escuro e está preso em uma trança comprida atrás de seu corpo. Ele veste uma túnica vermelha, colares de contas nas cores vermelha e marrom e usa um chapéu preto decorado com uma pena de pavão sobre sua cabeça.
Na China: o bolo dos reisreticências e dos imperadores, charge de Anrí Meiérpublicada no periódico francês Le Petit Journal, em 1898. Na imagem, representantes de potências imperialistas repartem fatias em que se lê “China”.

Guerra dos Boxers (1900-1901)

No final do século dezenove, a China estava submetida a diversas potências imperialistas e enfrentava uma grave crise política e econômica. Foi então que um grupo secreto nacionalista começou a ganhar força, principalmente no norte do país. Os membros desse grupo foram chamados de boxers, palavra que se refere ao praticante de lutas marciais, entre elas o Bócsi chinês. Os boxers destruíram linhas telegráficas e ferrovias, bem como perseguiram estrangeiros e chineses cristãos.

A imperatriz regente Cicsí (1835-1908) e alguns governadores de províncias apoiaram o movimento dos boxers. Em 1900, a imperatriz declarou formalmente guerra às potências estrangeiras. Nesse mesmo ano, os boxers atacaram o bairro das embaixadas ocidentais em Pequim, cercando diplomatas, missionários, jornalistas e outros profissionais. O conflito, que se estendeu de 1900 a 1901, ficou conhecido como Guerra dos Boxers.

Gravura. Sob um fundo amarelado, dois exércitos em lados opostos, ambos portando bandeiras,  armas de fogo, canhões e cavalos. À esquerda, portam faixas e bandeiras com inscritos em caracteres orientais. À direita, portam bandeiras com o símbolo do Reino Unido. No alto a textos escritos em caracteres chineses
Guerra dos Boxers representada em gravura chinesa, cêrca de1900.

Em resposta, nações estrangeiras, como Reino Unido, Japão, Rússia, França, Alemanha e Estados Unidos, organizaram um exército de 20 mil soldados para combater os bóquissers. Após oito semanas de lutas, esse exército internacional conseguiu resgatar os profissionais que estavam cercados pelos bóquissers. A imperatriz regente Cicsí e o imperador Guanchú fugiram para Xian, onde, após a derrota da rebelião, aceitaram as imposições das nações ocidentais.

Em 1901, as fôrças estrangeiras impuseram severas punições à China, como o pagamento de indenização e a execução de funcionários do governo.

Ícone. Atividade oral.

responda oralmente

para pensar

Em sua opinião, toda dominação gera resistência? Debata o assunto com os colegas.

Japão

Desde meados do século XIX, comerciantes estrangeiros liderados pelos Estados Unidos pressionavam os japoneses a abrir seus portos ao comércio internacional. Em 1854, os portos japoneses foram abertos ao comércio estrangeiro. Isso motivou uma reação interna no Japão que levou à queda do xogunatoglossário e à centralização do poder nas mãos do imperador Meiji. Esse imperador, que governou de 1867 a 1912, deu início a uma profunda reestruturação econômica do país.

Durante a chamada Era Meiji (1868-1912), o Japão modernizou-se rapidamente. Apesar de enfrentar as pressões ocidentais, o país se tornou uma potência industrial, militar e imperialista.

A partir da Era Meiji até a metade do século XX, as fôrças japonesas também adotaram uma política de expansão de seus domínios. Derrotaram russos durante a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), coreanos (a partir de 1910) e chineses (1894-1895). Conquistaram parte da Ilha Sacalina (1905), a Península da Coreia e territórios chineses, como a Ilha Formosa (1895) e a Manchúria (invadida em 1931).

Fotografia. Vista aérea de uma área densamente urbanizada, repleta de construções e prédios altos. No centro da imagem, o território é cortado por um rio, atravessado por pontes. No horizonte, ao fundo, uma montanha com o topo coberto de neve.
Vista aérea da cidade de Tóquio, capital do Japão. Fotografia de 2020. O país é hoje uma das maiores potências econômicas do mundo.

OFICINA DE HISTÓRIA

Responda no caderno

Conferir e refletir

  1. Sobre o imperialismo, identifique as frases incorretas. Depois, reescreva-as de fórma correta no caderno.
    1. O imperialismo contribuiu para o enriquecimento e o bem-estar das populações colonizadas.
    2. As populações africanas e asiáticas foram submetidas pelas potências imperialistas a fórmas de dominação militares, econômicas e culturais.
    3. Os colonizadores tinham interesse em explorar novas matérias-primas, converter povos ao cristianismo e conquistar novos territórios e mercados.
    4. O Reino Unido, apesar de seu desenvolvimento industrial, não conseguiu conquistar muitas colônias na África e na Ásia.
  2. Relacione, no caderno, as frases aos acontecimentos históricos.
    1. Reuniu representantes de diversas potências industriais para impedir o agravamento das disputas de territórios no continente africano.
    2. Foi empreendida pelos franceses e provocou a morte de um terço da população local.
    3. Resultou da reconciliação entre bôeres e britânicos, que consolidaram seu poder por meio de leis racistas e segregacionistas posteriormente institucionalizadas sob o nome apartheid.
    4. Criou fronteiras artificiais sem levar em conta a organização política das sociedades africanas, obrigando populações locais a migrar para outras regiões.
    5. Envolveu disputas entre colonizadores por jazidas de ouro e de diamantes encontradas no sul da África no final do século dezenove.
    1. Criação da União Sul-Africana.
    2. Partilha da África.
    3. Colonização da Argélia.
    4. Guerra dos Bôeres.
    5. Conferência de Berlim.
  3. Quais foram as consequências do imperialismo para as populações da África e da Ásia?
  4. O hábito de beber chá faz parte da cultura britânica. Essa bebida é de origem chinesa e foi levada para o Reino Unido por meio de comércio marítimo. No século dezenove, os britânicos compravam chá e vendiam ópio aos chineses. Qual conflito está relacionado com esse comércio? Explique como ele ocorreu e qual foi seu desfecho.

Interpretar texto e imagem

5. Interprete o texto a seguir e responda às questões.

Até 1880, em cérca de 80% do seu território, a África era governada por seus próprios reis, rainhas, chefes de clãs e de linhagens, em impérios, reinos, comunidades e unidades políticas de porte e natureza variados.

No entanto, nos trinta anos seguintes, assiste‑se a uma transmutação [transformação] extraordinária reticênciasdessa situação. Em 1914, com a única exceção da Etiópia e da Libéria, a África inteira vê‑se submetida à dominação de potências europeias e dividida em colônias reticências. Nessa época, aliás, a África não é assaltada apenas na sua soberania [...], mas também em seus valores culturais.”

BOAHEN, Albert Adu. A África diante do desafio colonial. In: boên, ábert adú editor. História geral da África. Brasília: Unesco, 2010. página3. (Coleção história geral da África, volume sete).

  1. Segundo o texto, quem eram os governantes das diversas regiões da África antes de 1880?
  2. Que países africanos não foram dominados por potências europeias?
  3. De acordo com o texto, o que foi “roubado” dos africanos?

integrar com Língua Portuguesa

6. Observe a charge publicada no final do século dezenove. Nela, um missionário europeu mostra uma lista a um africano e lhe diz: “Caro irmão, esta é nossa civilização. Um quadro tentador, não?”. Na lista, está escrito: militarismo, fraudes, dívidas, assassinatos, fome etcétera Qual é a ironia apresentada nessa charge? Ela é uma crítica ou um elogio à “missão civilizadora”?

Charge. Sobre um fundo branco, à direita, um homem em pé. Ele é branco, tem um nariz comprido e está trajando uma longa túnica escura, portando, em uma das mãos um documento com o título, originalmente em inglês 'Civilização'. A outra mão dele está estendida em direção ao documento. Seus olhos estão fechados, o rosto, voltado para o personagem à esquerda. Aos pés dele, uma grande torta, duas garrafas e jornais.
 À esquerda, um segundo homem, em pé. Ele é negro e está vestindo um traje quadriculado, calças de bolinhas, um colar de contas, luvas e, sobre sua cabeça, um bule. Há uma espada atrás das pernas dele. Com a boca aberta e os olhos arregalados, ele observa o documento mostrado pelo outro homem.
A nova missão africana, charge publicada na revista britânica Fun, 1875.

7. Em dupla, leiam o trecho de um poema de Rudyard Kipling, transcrito a seguir. Depois, façam o que se pede.

“Aceitai o fardo do homem branco

Enviai os melhores dos vossos filhos,

Condenai vossos filhos ao exílio,

Para que sejam os servidores de seus cativos. reticências

KIPLING, Rudyard. The white man’s burden. Disponível em: https://oeds.link/oX0RON. Acesso em: 14 maio 2022. [Tradução dos autores].

  1. De acordo com o poema, a colonização foi uma escolha ou uma obrigação do “homem branco”? Justifiquem sua resposta.
  2. Por que essa visão do autor distorce a realidade? Expliquem.

Glossário

Segregacionista
: termo derivado do verbo segregar, que significa "separar", "isolar", "deixar de fora".
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Sistema de castas
: divisão rígida e hierárquica da população com base em castas, que são grupos sociais fechados e hereditários, cujos membros exercem a mesma função.
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Xogunato
: regime feudal que tinha como base fôrças militares comandadas pelo xogum; vigorou no Japão entre os séculos doze e dezenove.
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