UNIDADE 2 TOTALITARISMO, SEGUNDA GUERRA E GETULISMO
CAPÍTULO 6 ERA VARGAS
Getúlio Vargas (1882-1954) assumiu a Presidência da República em 1930 e permaneceu no poder até 1945. Ficou no cargo por 15 anos, durante o período conhecido como Era Vargas. Getúlio voltaria ao poder entre 1951 e 1954, como estudaremos no capítulo 9.
Nacionalismo, industrialização, leis trabalhistas e intervenção do Estado na economia são alguns dos temas relacionados à Era Vargas. Esses temas são debatidos até os dias atuais.
responda oralmente
para começar
Muitos sujeitos históricos são figuras contraditórias e, por vezes, polêmicas. No caso de Getúlio Vargas, ele foi um presidente amado por alguns e odiado por outros. O que poderia explicar essa contradição? Comente.
Crises da Primeira República
Nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de Nova iórque “quebrou” em 1929. Isso significou que as ações negociadas na Bolsa de Nova iórque perderam quase todo seu valor financeiro, levando muitas empresas e bancos à falência. Com isso, milhões de trabalhadores ficaram desempregados no país. Vários economistas afirmam que essa foi a maior crise do capitalismo até então conhecida.
No Brasil, apesar da política de valorização do café, a produção cafeeira foi abalada pela crise de 1929, pois os cafeicultores deixaram de vender milhões de sacas de café para seus principais mercados consumidores: os Estados Unidos e a Europa, também atingida pela crise. Em consequência, o preço do café despencou mais de 50% entre 1929 e 1930, levando muitos produtores à falência. Além disso, a crise afetou desde pequenos lavradores e operários até banqueiros e industriais.
Crise política
Ao perder dinheiro, os cafeicultores também perderam fôrça política. Nesse contexto, as elites mineira e paulista entraram em desacordo quanto à indicação do candidato que sucederia o então presidente da república, uóshinton Luís (1869-1957), cujo mandato terminaria em 1930. uóshinton Luís e outros líderes paulistas do Partido Republicano Paulista ( pê érre pê) defendiam que o candidato à sucessão presidencial fosse o também paulista Júlio Prestes de Albuquerque (1882-1946), que vinha de uma família de políticos. Seu pai tinha sido presidente (o que hoje equivale a governador) de São Paulo no final do século dezenove. Júlio Prestes também governou o estado entre 1927 e 1929, tendo sido antes deputado estadual e federal.
Em reação à indicação de outro candidato paulista, o Partido Republicano Mineiro ( pê érre ême) aliou-se a grupos da oposição política, formando a Aliança Liberal, com lideranças do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba. Para disputar as eleições de 1930, a Aliança Liberal lançou como candidato à Presidência da República o gaúcho Getúlio Vargas e à Vice-presidência o paraibano João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (1878-1930). O programa político da Aliança Liberal defendia, por exemplo, voto secreto, leis trabalhistas e incentivos às indústrias.
Os candidatos da Aliança Liberal também vinham de famílias de políticos poderosos em seus estados de origem. Vargas tinha sido ministro da Fazenda no govêrno de uóshinton Luís entre 1926 e 1927 e, depois, elegeu-se presidente do Rio Grande do Sul (1928-1930). João Pessoa, por sua vez, formou-se em Direito e fez carreira no serviço público federal até eleger-se para o govêrno da Paraíba em 1928.
Outros setores da sociedade também pretendiam participar das eleições de 1930, como os membros do Bloco Operário e Camponês ( bóc), ligados ao Partido Comunista Brasileiro ( pê cê bê), que atuava na ilegalidade. O bóc combatia o poder das oligarquias e defendia o ensino primário obrigatório, bem como o voto secreto e obrigatório, inclusive para as mulheres.
Nas eleições presidenciais de 1930, o bóc lançou o candidato afro-brasileiro Minervino de Oliveira, que teve poucos votos. No entanto, sua candidatura tem valor histórico, pois Minervino foi o primeiro negro, operário e comunista que concorreu à Presidência da República no Brasil. O marmorista (trabalhador que lida com mármore) Minervino era militante do movimento operário desde 1911, tendo participado de lutas sindicais, e foi eleito vereador no Rio de Janeiro em 1928.
Movimento de 1930
Na eleição de 1930, Júlio Prestes saiu vitorioso, derrotando Getúlio Vargas. Mas a Aliança Liberal não aceitou o resultado, alegando fraude nas eleições. Era o comêço de uma revolta contra o govêrno federal.
A revolta aumentou quando João Pessoa, candidato a vice-presidente pela Aliança Liberal, foi assassinado por razões políticas e pessoais em 26 de julho de 1930. Essa tragédia chocou a população do país e uniu as oposições contra a posse de Júlio Prestes.
Em 3 de outubro desse ano, os rebeldes gaúchos partiram para a luta armada. Do Rio Grande do Sul, a revolta se espalhou para Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco. As tropas rebeldes marcharam para a capital do país a fim de derrubar o presidente. Diante disso, líderes do exército no Rio de Janeiro depuseram uóshinton Luís e entregaram o poder a Getúlio Vargas. Era o fim da Primeira República.
dica internet
Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro pós-1930
Disponível em: https://oeds.link/hddlMm. Acesso em: 14 abril. 2022.
O acervo disponibiliza documentos de arquivos pessoais, entrevistas e verbetes do Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro. Há verbetes que explicam a importância das personagens mencionadas neste capítulo e no decorrer do livro, referentes à história do Brasil. O acervo foi elaborado por uma equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, vinculado à Fundação Getulio Vargas.
govêrno Provisório
Na Presidência da República, Vargas tomou medidas para garantir o contrôle do país. Dentre elas, destacaram-se:
- a suspensão da Constituição de 1891;
- o fechamento dos órgãos legislativos (Congresso Nacional, Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais);
- a destituição dos presidentes dos estados e indicação de interventores militares para chefiar os governos estaduais.
Ao entregar o govêrno dos estados aos interventores militares, Vargas ampliou sua base política e diminuiu o poder dos coronéis-fazendeiros. Por isso, a nomeação de interventores desagradou as tradicionais elites dos estados.
Movimento de 1932
Em São Paulo havia muito descontentamento em relação às medidas tomadas por Vargas. Os líderes locais exigiram a nomeação de um interventor civil, ligado aos paulistas, para governar o estado de São Paulo. Vargas atendeu a esse pedido, nomeando como interventor o advogado paulista Pedro de Toledo (1860-1935). Porém, as oposições paulistas também reivindicaram a convocação de uma Assembleia Constituinte e novas eleições, pois pretendiam, no fundo, retomar o contrôle do govêrno federal.
Desse modo, os paulistas continuaram fazendo oposição ao govêrno Vargas. Esse conflito aumentou durante uma manifestação contra o govêrno federal ocorrida em maio de 1932, quando quatro estudantes morreram em confronto com a polícia. Com as letras iniciais dos nomes dos estudantes (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) formou-se a sigla ême ême dê cê, que se tornou símbolo da oposição paulista.
Em 9 de julho de 1932, estourou uma revolta que teve forte apôio dos paulistas e reuniu cêrca de 30 mil pessoas armadas contra o govêrno federal. A maioria das tropas de São Paulo era composta de soldados da polícia estadual e voluntários da população civil. Muitas indústrias locais fabricaram armas, munições, fardas e alimentos para ajudar as tropas paulistas.
Em outros estados, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, surgiram grupos que tinham simpatia pelo movimento paulista, mas não o apoiaram militarmente, com exceção de Mato Grosso. Porém, após quase três meses de luta, os paulistas foram derrotados pelas fôrças federais. Apesar da derrota militar, alguns paulistas se diziam vitoriosos no campo político, porque o govêrno federal convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, que era uma das principais reivindicações dos revoltosos de 1932.
Voto feminino e voto secreto
No comêço do século vinte, organizações fundadas por mulheres lutaram pela participação feminina nas eleições. Um exemplo foi a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino ( éfe bê pê éfe), criada em 1922.
Em 1927, as mulheres do Rio Grande do Norte puderam votar pela primeira vez. Depois, o Código Eleitoral de 1932 criou a Justiça Eleitoral e instituiu o voto secreto e o voto feminino no Brasil. Por fim, a Constituição de 1934 confirmou e estendeu o direito de voto a todas as mulheres do país.
Desde essa época, a participação feminina na vida política vem crescendo, com mulheres ocupando vários cargos eletivos: na Presidência da República, nas prefeituras, nos governos estaduais e no Congresso Nacional. Também se ampliou a presença feminina no Poder Judiciário.
Além disso, as mulheres participam cada vez mais do mercado de trabalho. Em 1976, apenas 29% dos postos de trabalho eram ocupados por mulheres. Já em 2021, as mulheres representavam cêrca de 51% do conjunto dos trabalhadores formais.
Apesar desses avanços, as mulheres permanecem lutando para obter uma igualdade efetiva de direitos em relação aos homens. Por exemplo: mesmo com maior nível de escolaridade, as mulheres recebem, em média, salários menores do que os homens.
dica internet
Brasiliana Fotográfica
Disponível em: https://oeds.link/zmS1F3. Acesso em: 23 março. 2022.
No site estão reunidos os acervos do Instituto Moreira Salles e da Biblioteca Nacional, em que é possível consultar fotografias de eventos e personagens do movimento feminista no Brasil, como Bertha Lutz e as organizações pelo voto feminino.
responda oralmente
para pensar
- Cite algumas mulheres que você conhece e suas respectivas profissões.
- Existem profissões exercidas predominantemente por mulheres? Em sua opinião, por que isso acontece?
govêrno Constitucional
Em 16 de julho de 1934, foi promulgada uma nova Constituição do Brasil. Confira alguns de seus pontos principais:
- voto secreto – foi instituído o voto secreto e as mulheres conquistaram o direito de votar. Porém, continuaram excluídos analfabetos, mendigos e militares de baixa patente. Além disso, foi criada uma Justiça Eleitoral independente para zelar pelas eleições;
- direitos trabalhistas – foi proibido o trabalho para menores de 14 anos e foram reconhecidos aos trabalhadores urbanos direitos como jornada de até 8 horas por dia e férias anuais remuneradas;
- nacionalismo econômico – as riquezas naturais do país, como jazidas de minérios e quedas-d’água capazes de gerar energia, foram protegidas da exploração por empresas estrangeiras.
Pela nova Constituição, o primeiro presidente da república seria eleito de fórma indireta pelos membros do Congresso Nacional. Não por acaso, Vargas foi o vitorioso nessas eleições. Nessa época, dois grupos políticos rivais ganharam destaque: os integralistas e os aliancistas.
Os integralistas
Em 1932, o escritor e político Plínio Salgado (1895-1975) liderou a formação de um movimento político chamado integralismo. Para divulgar suas ideias, os integralistas fundaram a Ação Integralista Brasileira ( á í bê ), que conseguiu simpatizantes entre empresários, parte da classe média, grupos de imigrantes e oficiais das fôrças armadas. Os integralistas combatiam o comunismo e defendiam o nacionalismo exaltado e a entrega do poder a um chefe integralista.
Inspirados no fascismo, os integralistas submetiam-se a rígidas disciplina e hierarquia. Foram apelidados pelos seus adversários de “galinhas verdes”, devido às camisas verdes que vestiam.
Os integralistas desfilavam pelas ruas como uma tropa militar, gritando a saudação Anauê!, que, em Tupi, significa “você é meu parente”. Tinham como lema “Deus, pátria e família” e combatiam de fórma agressiva seus adversários. Ao todo, foram criados no país mais de mil núcleos integralistas. Depois de um período de ascensão, a á í bê foi extinta pelo govêrno em 1937.
Os aliancistas
A principal frente de oposição ao govêrno Vargas e aos integralistas foi a Aliança Nacional Libertadora á êne éle), que reunia socialistas, anarquistas e comunistas. Um dos líderes da á êne éle era o comunista Luís Carlos Prestes. Os aliancistas defendiam:
- a nacionalização das empresas estrangeiras;
- o não pagamento da dívida externa brasileira;
- a reforma agrária com a distribuição de terras aos trabalhadores e o combate ao latifúndio;
- a garantia das liberdades individuais.
Tendo por lema “pão, terra e liberdade”, a á êne éle cresceu rapidamente, criando cêrca de 1,6 mil núcleos pelo país. Assustado com esse crescimento, o govêrno decretou a ilegalidade da á êne éle em julho de 1935. Com isso, ordenou a prisão dos líderes aliancistas argumentando que a intenção da á êne éle era promover um golpe de Estado para derrubar o govêrno.
Rebelião Comunista (1935)
Diante da repressão, alguns comunistas da á êne éle organizaram uma rebelião que estourou em novembro de 1935. O govêrno chamou o movimento de Intentona Comunista. A palavra “intentona” pode significar "plano insensato" ou "ataque não planejado".
Para essa rebelião, os comunistas recrutaram soldados de batalhões do Rio Grande do Norte, de Pernambuco e do Rio de Janeiro. Por fim, todos os levantes foram dominados pelas fôrças leais ao govêrno.
Os membros mais autoritários do govêrno Vargas usaram a rebelião como pretexto para tomar medidas radicais. Alegando combater o “perigo do comunismo”, o govêrno mandou prender milhares de sindicalistas, operários, militares e intelectuais acusados de atividades subversivas. "Subversivo" refere-se ao ato que pretende derrubar uma situação estabelecida.
govêrno Ditatorial, o Estado Novo
De acôrdo com a Constituição de 1934, o mandato de Vargas terminaria em 1938, sendo proibida sua reeleição imediata. Aproximando-se a data das eleições, teve início a campanha eleitoral. Porém, Vargas e seu grupo não queriam deixar o poder. Então, prepararam um golpe de Estado para manter Vargas na Presidência da República.
Em setembro de 1937, o serviço secreto do exército divulgou uma notícia falsa de que tinha descoberto um plano comunista chamado Plano Cohen, cuja intenção era “destruir o regime democrático”. Porém, todo esse plano não passava de uma farsa tramada pelo próprio govêrno com apôio dos integralistas. A ameaça do “perigo comunista” foi usada como desculpa para que o govêrno decretasse “estado de guerra” e mandasse prender seus adversários.
Em 10 de novembro daquele ano, o Congresso Nacional foi fechado e uma nova Constituição foi imposta ao país, revogando-se a de 1934. Começava a ditadura do Estado Novo e a concentração de amplos poderes pelo govêrno. Agentes governamentais podiam invadir casas, prender pessoas, julgá-las e condená-las de fórma arbitrária. Além disso, os governos dos estados brasileiros foram entregues a interventores da confiança de Vargas. Os partidos políticos foram extintos e as eleições suspensas. Greves e manifestações contra o govêrno foram proibidas.
Os integralistas se revoltaram contra a extinção de todos os partidos. Então, armaram um plano e atacaram o Palácio Guanabara, residência oficial do presidente, em maio de 1938. Vargas e sua guarda pessoal resistiram ao ataque-surpresa, trocando tiros com a tropa integralista. Por fim, o govêrno saiu vitorioso e puniu severamente os agressores.
Nesse período, a polícia do govêrno era comandada por Filinto míler (1900-1973), um político e militar simpatizante do nazifascismo que, inclusive, visitou oficialmente a Alemanha nazista e se encontrou com o comandante da Gestapo. Como chefe da polícia, míler foi acusado de perseguir, prender e torturar vários prisioneiros.
Propaganda do govêrno
A partir de 1931, o govêrno Vargas criou órgãos de divulgação para conquistar apôio popular. O mais importante foi o Departamento de Imprensa e Propaganda ( Díp), que fazia publicidade do govêrno e prestava homenagens ao presidente, como foi o caso do livro Uma grande data, publicado pelo órgão em 1941 para comemorar o aniversário de Vargas.
Além de exaltar a imagem de Vargas como “pai dos pobres”, ou “salvador da pátria”, o Díp restringiu a liberdade de expressão durante o Estado Novo, censurando livros, músicas, filmes, peças teatrais, jornais e estações de rádio.
Percebendo a importância do rádio como meio de comunicação, os membros do Díp criaram o programa Hora do Brasil, que as rádios de todo o país eram obrigadas a transmitir. Nesse programa, o govêrno divulgava suas realizações (nunca erros ou fracassos). A Hora do Brasil também foi chamada de “Hora da Desliga” ou “O Fala Sozinho”, pois muita gente desligava seus aparelhos no horário das transmissões.
Outras Histórias
Arte e ditadura
Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas conquistou a colaboração e o apôio de intelectuais e artistas, como o poeta Cassiano Ricardo (1895-1974), o sociólogo Oliveira Viana (1883-1951) e o jurista Pontes de Miranda (1892-1979).
Além disso, o govêrno encomendava canções a compositores importantes da música popular brasileira. Em 1943, Benedito Lacerda (1903-1958) e Darci de Oliveira (1905-1945) compuseram o samba Salve 19 de abril para homenagear o aniversário de 60 anos de Getúlio Vargas. A letra da canção compara Vargas a um timoneiro (piloto de uma embarcação) que conduzia o país no rumo certo.
Porém, vários outros artistas e intelectuais resistiram à ditadura de Vargas. Um exemplo bem conhecido é o do escritor alagoano Graciliano Ramos. Acusado de fazer parte da Aliança Nacional Libertadora ( á êne éle), ele foi preso antes da implantação do Estado Novo, em 1936, e libertado um ano depois. Sua experiência no presídio foi narrada no livro Memórias do cárcere, publicado em 1953.
Leia a seguir um pequeno trecho desse livro.
“Naquele dia a comida veio muito ruim, de aspecto mais desagradável que o ordinário. No caixão, ao pé da grade, empilhavam-se os pratos – e o alimento se comprimia formando uma pasta onde se misturavam carne, peixe, arroz e batatas esmagadas. reticências
Afastei-me, pegando a louça imunda, a sentir nos dedos grãos machucados e gordura, subi os degraus de ferro. Lá em cima iria repetir-se a dificuldade comum nas refeições. À falta de mesa ou cadeira, forrávamos a cama com jornais guardados para as tochas com que se que queimavam os percevejos reticências”.
RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1996. volume. 1. página. 277.
Atividade
Como você descreveria a relação dos artistas com a ditadura do Estado Novo? Use exemplos apresentados no texto para responder.
Política econômica
Nos anos 1930, uma das características da política econômica de Vargas foi a defesa da cafeicultura. O Estado procurou evitar a superprodução e recuperar o preço do café com políticas de valorização. Estavam entre as medidas tomadas nesse período:
- a proibição do plantio de novas mudas de café durante três anos;
- a queima de milhões de sacas estocadas em depósitos do próprio govêrno;
- o incentivo ao cultivo de outros gêneros, como algodão, cana-de-açúcar, vegetais e frutas tropicais, para diversificar a produção agrícola.
Com essas medidas, a produção foi sendo reequilibrada e o café voltou a alcançar bons preços no exterior.
O govêrno também estimulou o desenvolvimento da indústria nacional. Para isso, aumentou os impostos sobre produtos importados, que ficaram mais caros e, em consequência, menos acessíveis ao consumidor brasileiro.
Entre as décadas de 1930 e 1940, dobrou o número de indústrias instaladas no Brasil. O crescimento das indústrias foi maior na produção de bens de consumo, como alimentos, tecidos, calçados e móveis.
O govêrno também estimulou a indústria de base, fundando empresas estatais no campo da siderurgia e da mineração. Nesse período foram criadas:
- a Companhia Siderúrgica Nacional ( cê ésse êne), instalada em 1941 na cidade de Volta Redonda, Rio de Janeiro;
- a Companhia Vale do Rio Doce, criada em 1942 com o objetivo de explorar minério de ferro em Minas Gerais.
O aço e o minério de ferro fornecidos por essas empresas foram fundamentais para o crescimento da produção industrial no país, pois eram utilizados como matérias-primas em outras fábricas.
A urbanização
No decorrer do século vinte, ocorreu intenso crescimento da urbanização no Brasil. Como mostra o quadro a seguir, a população rural era maior que a urbana até 1960. Mas essa relação se inverteu, e a população urbana superou a rural a partir de 1970. No ano 2000, cêrca de 81% da população era urbana e esse índice continuou crescendo. Essas transformações passaram a exigir da administração das cidades a ampliação dos serviços de abastecimento de água, redes de esgoto, coleta de lixo, iluminação das ruas, arborização etcétera
Ano |
População Total |
População Urbana |
População Rural |
Urbanização (%) |
---|---|---|---|---|
1940 |
41.236.315 |
12.880.182 |
28.356.133 |
31,24 |
1950 |
51.944.397 |
18.782.891 |
33.161.506 |
36,16 |
1960 |
70.070.457 |
31.303.034 |
38.767.423 |
44,67 |
1970 |
93.139.037 |
52.084.984 |
41.054.053 |
55,92 |
1980 |
119.002.706 |
80.436.409 |
38.566.297 |
67,59 |
1991 |
146.825.475 |
110.990.990 |
35.834.485 |
75,59 |
2000 |
169.799.170 |
137.953.959 |
31.845.211 |
81,25 |
2010 |
190.755.799 |
160.925.792 |
29.830.007 |
84,36 |
Fonte: istân, Cristiano êti ól A população urbana e a difusão das cidades de porte médio no Brasil. Interações, Campo Grande, volume. 14, número. 2, página. 254, julho a dezembro. 2013.
Durante o período getulista, já se percebia o avanço da vida urbana em relação à sociedade rural. Avanço não apenas nas taxas de população, mas também em setores como comércio, serviços, indústrias. As cidades se desenvolveram por várias regiões do país e, dentro delas, cresceram as desigualdades que separavam os bairros nobres – com boa infraestrutura – das periferias pobres – carentes de saneamento básico, luz elétrica, ruas pavimentadas etcétera ponto
O crescimento industrial atraiu milhares de trabalhadores rurais para cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Pôrto Alegre. A partir dos anos 1940, esses trabalhadores eram, principalmente, migrantes nordestinos.
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Transcrição do áudio
O papel da propaganda na Era Vargas
[Música instrumental tocando]
[Locutora 1]: Essa música é familiar para você? Por acaso você já a ouviu tocar em algum momento?
[Locutora 2]: Pode até ser que os mais jovens não conheçam, mas é possível que boa parte dos adultos brasileiros já ouviu essa música alguma vez.
[Locutora 1]: Ela é um trecho da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, que foi um importante compositor brasileiro do século XIX. E é a abertura do programa de rádio A Voz do Brasil, transmitido em território nacional de segunda a sexta-feira.
[Locutora 2]: Mas, qual a relação entre o programa A Voz do Brasil e o episódio do podcast de hoje? Vamos descobrir?
[Vinheta]
[Locutora 1]: No episódio de hoje do nosso podcast iremos falar sobre o papel da propaganda na Era Vargas. Então, para começar, vamos lembrar rapidamente o que foi esse período da nossa História.
[Música instrumental ao fundo]
[Locutora 2]: Entre os anos de 1930 e 1945, o Brasil foi governado por Getúlio Vargas. Seu governo ficou marcado, entre outros aspectos, pela aproximação com as classes médias e trabalhadoras das cidades e também pela perseguição aos seus opositores. Enquanto esteve no poder, Vargas nem sempre governou de forma democrática, ainda assim, conquistou uma enorme popularidade entre os brasileiros.
[Locutora 1]: Realmente, Getúlio Vargas foi uma figura, no mínimo, polêmica. O político gaúcho dividiu opiniões durante os anos em que esteve à frente da presidência.
E uma das principais estratégias para alcançar a popularidade foi investir em propaganda política.
[Locutora 2]: Vargas usou os meios de comunicação daquela época para construir e divulgar uma imagem positiva de seu governo. Ele se valeu de jornais, revistas, cartilhas escolares e do rádio, que era o principal meio de comunicação de massa do período.
Além disso, seu governo usou dispositivos questionáveis, como a Censura.
Em 1939, criou o Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP. Esse órgão controlava e coordenava todo o tipo de informação e propaganda nacional. Ou seja, tudo o que era publicado ou transmitido pelos meios de comunicação estava sob estreita vigilância do DIP. Isso significou, na prática, que a maioria das pessoas não tinha fácil acesso a informações com diferentes pontos de vista.
[Locutora 1]: Além de censurar publicações que faziam oposição ao governo, esse órgão produzia conteúdos que exaltavam a imagem da nação brasileira e do presidente Vargas.
[Locutora 2]: E onde entra A Voz do Brasil nessa história toda? Ela é anterior ao DIP, não é?
[Locutora 1]: Isso mesmo. Esse programa de rádio foi criado em 1935 para aumentar a popularidade do então presidente Getúlio Vargas. Só que, nessa época, tinha o nome de Programa Nacional. Também não era transmitido obrigatoriamente por todas as rádios num mesmo horário. Isso mudou em 1938, quando o programa passou a se chamar Hora do Brasil e sua transmissão se tornou obrigatória em todas as rádios pontualmente às 19 horas. Somente em 1971 é que o programa adotou o nome que tem ainda hoje, chamado de A voz do Brasil.
[Locutora 2]: Pois é! Até hoje, sua transmissão é obrigatória, mas o horário foi flexibilizado. Ele pode ser transmitido entre as 19 e as 22 horas. E apresenta notícias de ações do governo federal, do Congresso nacional e até do poder judiciário.
Mas o que era transmitido na época do governo de Getúlio Vargas? Apenas notícias, tal qual é hoje?
[Locutora 1]: Não! Havia música brasileira, documentários históricos, peças de radioteatro, além, claro, de informações sobre as ações do governo federal. Era um jornalismo que exaltava as realizações do presidente Getúlio Vargas, criando uma imagem positiva. O programa, naquele momento chamado Hora do Brasil, fazia parte de uma estratégia de propaganda política que fortalecia o governo.
[Locutora 2]: E isso era muito importante para Vargas.
Nessa época, as cidades estavam crescendo e a classe trabalhadora também. Essa classe reivindicava por melhorias e regulação na jornada de trabalho. Por isso, cada vez mais surgiam sindicatos e organizações de trabalhadores para lutar por direitos.
Foi nesse cenário que a política de Vargas se aproximou dos trabalhadores. Seu governo criou e consolidou as leis trabalhistas, que eram uma demanda antiga da classe trabalhadora e pelas quais já havia bastante pressão. Ao mesmo tempo, ele passou a exaltar o trabalhador como uma figura fundamental para a construção do Estado Nacional. Esse tipo de reconhecimento era importante para os sindicalistas e trabalhadores em geral. Por meio dessa política, Vargas conseguia aumentar o apoio popular ao seu governo. E apoio é essencial para se manter no poder.
[Locutora 1]: Olha só que interessante, o Ministro do Trabalho fazia palestras semanais na Hora do Brasil entre 1942 e 1945. Dessa forma, o governo Vargas reforçava a ideia de que reconhecia a importância dos trabalhadores para o Estado. Isso ao mesmo tempo em que tentava conciliar os interesses do empresariado e dos trabalhadores, mediando os conflitos entre esses dois grupos.
Valendo-se dessas e de outras estratégias, Vargas criou um cenário de estabilidade política.
[Locutora 2]: Exatamente. E vale reforçar para nossos ouvintes que a estratégia de propaganda usada por Vargas não era nova. Outros líderes com características parecidas também se utilizaram da propaganda como recurso político. E isso continua a existir até hoje.
[Locutora 1]: Com certeza! A propaganda é uma das mais importantes ferramentas políticas. Ela utiliza todos os meios de comunicação para alcançar o seu público!
[Locutora 2]: Na Era Vargas, o rádio teve um papel fundamental. Hoje em dia, as redes sociais são um dos principais meios de difusão de propaganda política. Por isso é tão importante ficarmos atentos às notícias e propagandas que chegam até nós.
[Locutora 1]: Exatamente. Além disso, há o caso das fake news, quando as notícias divulgadas sequer são verdadeiras.
[Locutora 2]: E agora, ficamos por aqui.
[Locutora 1]: Esperamos que tenham gostado e até o próximo episódio!
[Música instrumental tocando]
O trabalhismo
Com a ocorrência de mudanças socioeconômicas, desenvolveu-se a consciência dos trabalhadores de que era preciso lutar por seus direitos.
Diante da importância do operariado, o govêrno Vargas deu impulso ao trabalhismo, que se espalhou como movimento social e político em várias regiões do país. Com isso, o govêrno procurava dar proteção aos trabalhadores urbanos, afastar os trabalhadores das correntes socialistas e conseguir sua cooperação sob o contrôle do Estado.
De modo geral, o trabalhismo lutou pela garantia de direitos fundamentais para os trabalhadores, como o salário mínimo. Pela lei, o salário mínimo deveria cobrir as despesas de uma família urbana, composta de quatro pessoas, com habitação, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, transporte e higiene.
Além do salário mínimo, foram garantidos direitos como férias remuneradas, jornada diária de 8 horas, descanso semanal remunerado, relativa estabilidade no emprêgo, entre outros. Contudo, apenas os trabalhadores urbanos desfrutaram desses direitos trabalhistas. Os trabalhadores rurais só foram atendidos a partir de 1963, com o Estatuto do Trabalhador Rural. Isso demonstra a fôrça dos proprietários rurais que, sem a interferência do Estado, impunham suas regras aos trabalhadores locais.
cê éle tê: legado de Vargas
Em 1943, todas as leis trabalhistas foram reunidas na Consolidação das Leis do Trabalho ( cê éle tê). Para aplicar essa legislação, foi aprimorada a Justiça Trabalhista, que buscava solucionar os conflitos entre patrões e empregados.
Em resumo, o govêrno atuou para conciliar interesses de trabalhadores e empresários, mediando os conflitos entre eles. De um lado, reconhecia as necessidades e os objetivos dos trabalhadores e, por isso, fazia “concessões” ao operariado. De outro, utilizava essas concessões para atrair a simpatia dos trabalhadores e impedir reivindicações mais profundas, controlando os sindicatos e dificultando a organização de movimentos de oposição. Nesse jôgo, o govêrno Vargas garantia a ordem pública e a estabilidade social.
responda oralmente
para pensar
Em sua opinião, as leis trabalhistas são conquistas dos operários ou concessões do govêrno e dos patrões? Reflita e comente.
Brasil na Segunda Guerra Mundial
De 1939 a 1945, ocorreu a Segunda Guerra Mundial, que foi estudada no capítulo 5. Durante os dois primeiros anos desse conflito, Getúlio Vargas desenvolveu uma política ambígua, sem apoiar declaradamente nenhuma das partes em conflito. Contudo, a partir de 1941, o govêrno brasileiro fez acordos com os Estados Unidos para apoiar os Aliados contra o nazifascismo.
O govêrno brasileiro forneceu borracha e minério de ferro para os Aliados e permitiu que militares estadunidenses utilizassem bases no Nordeste do Brasil. Em troca, o govêrno dos Estados Unidos financiou a construção da Companhia Siderúrgica Nacional.
Os nazistas reagiram à cooperação entre brasileiros e Aliados. Submarinos alemães afundaram navios brasileiros, o que criou uma comoção no país. Então, o govêrno do Brasil declarou guerra ao Eixo, em 1942.
Em 1944, a fôrça Expedicionária Brasileira ( féb) foi deslocada para a Itália, onde participou de batalhas em Monte Castello, Castelnuovo e Fornovo.
A Segunda Guerra Mundial não afetou apenas a vida dos brasileiros que lutaram na Europa. No Brasil, as consequências foram sentidas de várias fórmas. Por exemplo, os imigrantes e descendentes de origem alemã, italiana e japonesa foram proibidos de falar suas línguas e muitos foram presos. O clima de guerra repercutiu até no futebol. O govêrno proibiu nomes de clubes que homenageavam os países inimigos. Em São Paulo, o clube Palestra Itália mudou o nome para Palmeiras. Em Belo Horizonte, o clube Societá Sportiva Palestra Italia mudou o nome para Cruzeiro.
Nesse período, também era comum a falta de alimentos para abastecer a população das cidades. Além disso, a repressão às greves ficou mais feroz. Os operários eram considerados “soldados da produção” e, se paralisassem suas atividades, poderiam ser punidos.
Fim do Estado Novo
A guerra contra o nazifascismo foi aproveitada por alguns grupos de oposição a Vargas para combater o “fascismo interno” do Estado Novo no Brasil.
Sabendo dos movimentos para derrubá-lo, Vargas antecipou-se e liderou uma abertura democrática. Em fevereiro de 1945, estabeleceu um prazo para a eleição presidencial, concedeu anistia aos presos políticos e permitiu a volta dos exilados ao Brasil. Nesse período, diversos partidos políticos foram organizados.
Nas eleições presidenciais marcadas para 2 de dezembro de 1945, concorreram três candidatos: o general Eurico Gaspar Dutra, pelo PSD (Partido Social Democrático), com o apoio do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro); o brigadeiro Eduardo Gomes, pela UDN (União Nacional Democrática); e o engenheiro Yedo Fiúza, pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Durante a campanha, Vargas foi ambíguo: manifestava apoio ao general Dutra, mas também estimulava um movimento popular que exigia sua permanência no poder. Era o queremismo, palavra derivada do lema “Queremos Getúlio,” repetido nas manifestações populares.
Setores da oposição política, reunindo militares e civis, temiam que Vargas continuasse no poder. Assim, uniram forças para derrubá-lo. Em 29 de outubro de 1945, tropas do exército obrigaram o presidente a renunciar, encerrando o Estado Novo. Vargas retirou-se para a cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul. Contando com o apoio do ex-presidente, o general Dutra venceu as eleições presidenciais.
responda oralmente
para pensar
Mesmo tendo governado o Brasil de fórma ditatorial, a fórça política de Vargas junto ao povo foi capaz de eleger Dutra para a Presidência do país. Como você explicaria essa situação?
Oficina de história
Responda no caderno
Conferir e refletir
1. A seguir, identifique as frases incorretas sobre a Era Vargas. Depois, reescreva-as de fórma correta no caderno.
- A crise de 1929 enfraqueceu os cafeicultores de São Paulo, o que gerou um desacordo entre as elites paulista e mineira sobre o candidato que sucederia uóshinton Luís na Presidência.
- A Aliança Liberal não aceitou a vitória de Júlio Prestes nas eleições presidenciais de 1930, dando início a uma revolta que levou Getúlio Vargas ao poder.
- No govêrno Provisório, Vargas manteve a Constituição de 1891, fortaleceu órgãos legislativos e apoiou os presidentes dos estados com a indicação de interventores militares.
- ême ême dê cê é a sigla dos nomes dos estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo que foram mortos em 1932 durante manifestação contra o govêrno de Getúlio Vargas.
- A Aliança Integralista Brasileira combatia o nacionalismo e defendia o anarquismo e o enfraquecimento do Estado, enquanto a Aliança Nacional Liberatora defendia a privatização das empresas estatais e o pagamento da dívida externa.
- Após o resultado das eleições de 1930, havia grande tensão social no Brasil. Nesse contexto, atribui-se ao governador mineiro Antônio Carlos Ribeiro de Andrade a seguinte frase: “Façamos a revolução, antes que o povo a faça”. Como você a interpreta?
- Elabore um quadro comparando a Constituição de 1891 (abordada no capítulo 2) e a Constituição de 1934. Considere temas como o direito ao voto, a divisão entre os poderes e os direitos trabalhistas. Depois, escreva um breve texto comentando diferenças e semelhanças entre elas.
Versão adaptada acessível
3. Elabore um texto ou produza um áudio comparando a Constituição de 1891 (abordada no capítulo 2) e a Constituição de 1934. Considere temas como o direito ao voto, a divisão entre os poderes e os direitos trabalhistas. Depois, finalize sua produção comentando diferenças e semelhanças entre elas.
- Em seu caderno, crie uma palavra cruzada sobre o Estado Novo utilizando as dicas a seguir.
- Nome do movimento popular derivado do lema “Queremos Getúlio”, que exigia a permanência de Vargas no poder em 1945.
- Movimento comunista que se rebelou militarmente contra o govêrno de Getúlio Vargas em 1935.
- Setor da economia estimulado pelo govêrno Vargas por meio da fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, em 1941, e da Companhia Vale do Rio Doce, em 1942.
- fôrça militar brasileira que lutou na Segunda Guerra Mundial junto aos Aliados e contra o nazifascismo.
- Órgão governamental responsável pela censura aos meios de comunicação e pela coordenação da propaganda do Estado.
- Falso plano comunista criado pelo govêrno Vargas com apôio dos integralistas para prender adversários políticos e implantar o Estado Novo.
Versão adaptada acessível
4. Sobre o Estado Novo, escreva os termos que se associam corretamente às alternativas a seguir.
a. Nome do movimento popular derivado do lema “Queremos Getúlio”, que exigia a permanência de Vargas no poder em 1945.
b. Movimento comunista que se rebelou militarmente contra o governo de Getúlio Vargas em 1935.
c. Setor da economia estimulado pelo governo Vargas por meio da fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, em 1941, e da Companhia Vale do Rio Doce, em 1942.
d. Força militar brasileira que lutou na Segunda Guerra Mundial junto aos Aliados e contra o nazifascismo.
e. Órgão governamental responsável pela censura aos meios de comunicação e pela coordenação da propaganda do Estado.
f. Falso plano comunista criado pelo governo Vargas com apoio dos integralistas para prender adversários políticos e implantar o Estado Novo.
- Programa de rádio, de transmissão obrigatória, criado pelo Díp para exaltar o govêrno de Vargas.
- Conjunto de legislações trabalhistas existentes no Brasil até 1943, cujo objetivo era regulamentar as relações entre trabalhadores urbanos e patrões.
- Movimento social e político impulsionado pelo govêrno Vargas para, ao mesmo tempo, proteger e controlar os trabalhadores urbanos.
- Por que o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados? Explique.
- O govêrno implantado no Brasil entre 1937 e 1945 pode ser considerado autoritário? Explique com base em exemplos.
- Elabore um texto relacionando o voto feminino e a emancipação das mulheres.
Interpretar texto e imagem
8. A propaganda foi um instrumento importante para legitimar o poder político no Estado Novo. Era por meio dela que o transmitia seus “recados” para os cidadãos. As cartilhas escolares, por exemplo, anunciavam Getúlio Vargas como “pai da nação”. Observe a imagem a seguir e responda às questões.
- Quem é a personagem principal representada?
- Explique a mensagem que essa imagem pretende transmitir.