UNIDADE 4  DITADURAS, REDEMOCRATIZAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO

CAPÍTULO 12 FACES DA GLOBALIZAÇÃO

O mundo atual caracteriza-se pelo processo de globalização, que apresenta uma intensa interligação econômica, social e cultural do mundo.

O planeta tornou-se uma “aldeia global”, na qual a velocidade das comunicações, por meio da internet, modificou a conexão das pessoas consigo mesmas, com os outros e com a natureza.

Além disso, a globalização gerou novas divisões sociais de “incluídos” e “excluídos” dos benefícios do capitalismo.

Ícone. Atividade oral.

responda oralmente

para começar

Em sua opinião, quem são os incluídos e os excluídos na sociedade em que você vive? Por quê? Exponha seu ponto de vista por meio de argumentos.

Fotografia. Em uma via pública, um grupo de pessoas, mulheres e homens, seguram cartazes com os textos, originalmente em inglês:  'Enfrente o racismo', 'Migrantes e refugiados são bem-vindos aqui','Culpe a austeridade, não os migrantes', 'Vidas negras importam', entre outros. No centro da imagem, uma mulher de cabelo preto, trançado, na altura dos ombros,  veste uma blusa preta e segura um alto-falante diante da boca.
Manifestação contra o racismo e a favor do acolhimento de migrantes que buscam refúgio na Europa, em Londres, Reino Unido. Fotografia de 2022. Nas últimas décadas, a perseguição aos refugiados tornou-se um dos grandes problemas na Europa, exigindo a adoção de políticas de combate à violência e ao preconceito.
Fotografia. Em uma via pública, com prédios altos, ônibus e carros desfocados ao fundo, à esquerda, em primeiro plano, uma mulher de cabelo cacheado loiro na altura dos ombros, vestindo blusa rendada e blazer branco, está segurando um celular ao lado de seu rosto. O olhar dela está voltado para à esquerda e os lábios entreabertos. À direita, está um homem de cabelo crespo preto, vestindo uma camisa de cor clara; usa um relógio prateado no punho e um anel no dedo anelar de uma das mãos. Ele está segurando um tablet com uma das mãos e tocando a tela do aparelho com a outra. Seu olhar está voltado para a tela do aparelho.
Jovens utilizando smartphone e tablet como recurso de trabalho na cidade de São Paulo, São Paulo. Fotografia de 2019. As novas tecnologias favorecem a interligação econômica e cultural do mundo.
Fotografia. Em uma praia, de costas para a câmera, uma mulher de cabelo médio castanho, preso em um rabo de cavalo, veste um vestido médio com estampa colorida e leva uma mochila preta nas costas. Ela está descalça e segura um celular apontado em direção a dois meninos encostados em um muro. O muro é composto de cilindros paralelos pintados de cor clara. Nos vãos entre os cilindros é possível divisar, à esquerda, o mar, e à direita, a areia da praia. Os cilindros servem de suporte para pinturas em preto e branco, retratando o rosto de três homens e duas mulheres. À esquerda, há também um grande quadro afixado ao muro por uma corda. No quadro, que tem uma moldura marrom, a pintura de uma mulher vestindo túnica vermelha e véu verde. Ela tem as mãos unidas na frente do corpo em posição de oração; asas e o rosto de um anjo de cabelos escuros aos seus pés. Os dois meninos estão logo abaixo do quadro. Eles têm cabelo curto e castanho, vestem camisetas vermelhas com estampas e bermudas jeans azuis, e estão descalços.
Mexicana fotografa seus filhos em frente à imagem da Virgem de Guadalupe, fixada no muro que divide o México dos Estados Unidos, em Tijuana, México. Fotografia de 2020. O muro foi construído pelo govêrno estadunidense para impedir a entrada de imigrantes ilegais.

Mundo interligado

Globalização é o processo histórico de interligação econômica, social e cultural do mundo. Podemos dizer que esse processo tem raízes antigas, relacionando-se às Grandes Navegações europeias, entre os séculos quinze e dezesseis, e às Revoluções Industriais, que, a partir do século dezoito, trouxeram inovações nos transportes, nas comunicações e na produção de mercadorias. No entanto, foi a partir da década de 1980 que a globalização se intensificou.

Um dos motivos para a grande interligação mundial foi o desenvolvimento de tecnologias de informação, como a internet.

A internet vem transformando o modo de vida das pessoas. Antes dela, por exemplo, era impossível conversar ou fazer negócios de fórma instantânea com pessoas de diferentes partes do mundo. Hoje, é comum alguém falar com seus amigos por videoconferência ou comprar um produto fabricado em um país estrangeiro por meio de um site e receber sua mercadoria em casa.

Apesar das conquistas, a globalização também acarreta problemas, como o aumento das desigualdades sociais e dos choques culturais.

Fotografia. Multidão de pessoas reunidas em um pavilhão. No centro da imagem, acima de um palco em que há um púlpito, câmeras de televisão e um grupo de pessoas sentadas em uma arquibancada, há três grandes telas, dispostas horizontalmente, que apresentam a imagem de um homem de cabelo curto grisalho, vestindo camisa branca, paletó escuro e gravata vermelha. À esquerda e à direita da tela central, sob um fundo azul, há o texto, originalmente em inglês, 'Juventude pelo clima'.
Na parte superior da imagem, fixado no teto do pavilhão, há um círculo azul com detalhes nas cores branca e verde, representando o planeta Terra.
Na parte inferior da imagem, um grupo de pessoas sentadas, assistindo à apresentação.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ônu) António Guterres, discursa por videoconferência durante a Reunião Ministerial da 26ª Conferência das Partes sobre Mudança Climática da ônu (Pré-cópi vinte e seis), em Milão, Itália. Fotografia de 2021. O uso de videoconferências é cada vez mais difundido no mundo.
Cena de desenho animado. À esquerda, uma mulher de cabelo curto ruivo, veste vestido roxo e meia-calça roxa. Ela está sentada de pernas cruzadas, sobre uma cadeira vermelha, em frente a uma televisão, em que há a imagem de um homem de cabelo curto e ruivo, vestindo camisa branca, acenando com uma das mãos. Em uma de suas mãos, a mulher segura um controle com diversos botões. Na outra, um copo com uma bebida de cor clara e um canudo azul. Em frente à cadeira, há um cachorro cinza de coleira verde, deitado em uma caminha amarela e vermelha, em que está escrito 'Astro'. O braço mecânico azul de um robô em formato de carrinho, com uma antena na parte posterior, segura a caminha do cachorro.
Cena de um episódio do desenho animado Os Jetsons, exibido entre 1962 e 1963. O desenho retratava as aventuras de uma família do futuro, com carros voadores, robôs e outras tecnologias tidas como ficção científica. Na imagem, djêine conversa com seu marido, djórdji jétssôn, por meio de uma videochamada.

Revolução dos transportes e da comunicação

O processo de globalização ocorreu a partir do aumento da velocidade dos meios de transporte e de comunicação.

Surgiram meios de transporte marítimos (navios cargueiros, transatlânticos), aéreos (aviões de passageiros e cargas) e terrestres (trens-bala, caminhões, automóveis de passeio) que permitiram uma maior e mais rápida circulação de pessoas e mercadorias.

O transporte também foi beneficiado pela geolocalização de informações, que contribuiu para a melhoria do traçado de rótas, bem como pela nanotecnologia, que permitiu a redução do tamanho e do peso de vários produtos, facilitando a entrega aos consumidores e diminuindo os custos com logística.

O aumento na velocidade das comunicações foi provocado pelo surgimento de invenções como imprensa, telégrafo, telefone, rádio, cinema, televisão e internet. A internet possibilita que pessoas e aparelhos compartilhem informações por meio de conexões em rede. Porém, o excesso de informações disponíveis elevou os casos de ansiedade, hiperatividade e déficit de atenção.

Com a internet, desenvolveram-se culturas digitais, que constituem um modo singular de ser e viver, com linguagens e fórmas de interação próprias. Em geral, as novas gerações dominam mais as novas tecnologias do que as gerações anteriores, e elas serão determinantes na construção do futuro.

Ao pensar sobre o uso da internet, podemos distinguir dois aspectos: o domínio dos meios tecnológicos e a reflexão sobre os fins dessa tecnologia. Em outras palavras, devemos refletir sobre como e para que usar a internet.

Fotografia. Vista de lado, uma jovem de cabelo longo, liso e preto, com adornos indígenas, como: uma flor feita de penas azuis, próxima à orelha; um adereço circular, feito de penas nas cores azul e amarela em torno de sua cabeça; enfeites feitos de penas azuis amarrados ao redor dos dois braços; um colar de miçangas coloridas, nas cores preta, laranja, amarela e azul;  um colar comprido de miçangas pretas, com um pingente de penas; um bracelete de miçangas verdes, amarelas e cor de laranja; pulseiras finas de miçangas de cor preta.  
Ela veste uma blusa de alças feita de crochê na cor marrom, com detalhes de grafismos pretos no busto, e está com um dos braços estendidos à frente, segurando um celular em direção ao seu rosto.
A jovem sorri e olha para a tela do aparelho.
No plano de fundo desfocado, sob um fundo vermelho, há uma pintura com a figura de um homem indígena usando adornos amarelos e pretos, com um dos braços levantando, segurando um maracá na cor amarela.
A ativista digital Samela aivá faz vídeo para postar em suas redes sociais durante o Acampamento Terra Livre, em Brasília, Distrito Federal. Fotografia de 2022. A cultura digital tem auxiliado jovens indígenas a promover a tradição de seus ancestrais e a garantir os direitos de sua comunidade.
Ícone. Atividade oral.

responda oralmente

para pensar

Você já ouviu falar em analfabetismo digital? O que isso significa? Quais são as consequências dessa fórma de analfabetismo?

Painel

História da internet

A partir da década de 1990, a internet começou a se popularizar. Atualmente, ela está bastante difundida; porém, a distribuição de usuários por continente é desigual. Na África, apenas um terço da população possui acesso à internet, enquanto na Europa, 90% da população está conectada à rede, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ônu) em 2021.

Ainda de acôrdo com dados da ônu, em 2021, 4,9 bilhões de pessoas usaram a internet. No entanto, 2,9 bilhões de pessoas (37% da população mundial) nunca acessaram a rede.

Fotografia. Em uma sala fechada, ao fundo, à esquerda, estantes com livros azuis, vermelhos, amarelos e brancos. À direita, uma máquina mais alta que um homem, retangular, feita de metal, com uma porta aberta exibindo seus mecanismos internos, no centro dela, três retângulos verticais e paralelos, feitos de metal; abaixo deles, um painel metálico com botões. Na parte interna da porta aberta, dois conjuntos de circuitos dispostos sobre placas amareladas, com componentes arrendondados de cores escuras conectados por fios vermelhos. Um feixe de fios pretos e grossos sai das placas. 
À frente da máquina, um homem de cabelo curto grisalho, vestindo camisa azul, paletó xadrez de cor escura e gravata escura estampada. Com uma das mãos, ele está segurando um objeto ao lado de sua orelha. O objeto tem uma haste dourada fina, que se estende até a frente do rosto do homem, terminando em uma extremidade arredondada e preta, à frente da boca dele. Há um fio preto conectado ao objeto. 
Com a outra mão, ele segura cabos telefônicos na cor preta, enrolados em espirais, à frente de seu corpo.
O homem olha para a câmera, tem as sobrancelhas levantadas, a testa enrugada e a cabeça virada para o lado.
O cientista da computação lênârd demonstra como foi feita a primeira comunicação por meio da rede Arpanet, mecanismo que deu origem à internet em 1969, em sala da Universidade da Califórnia em lôs Angêlis (UCLA), Estados Unidos. Fotografia de 2007.
Linha do tempo. 1969: No contexto da Guerra Fria, começa a funcionar uma rede chamada Arpanet, conectando computadores de quatro universidades dos Estados Unidos. 1972: O engenheiro Raymond Tomlinson cria um programa para receber e enviar mensagens eletrônicas (e-mails) através da Arpanet. 1983: Arpanet passa a ser chamada internet. Abaixo, ilustração. Globo terrestre com linhas brilhantes entrecruzadas e pontos brilhantes.
Representação ilustrativa de redes de conexão. A imagem mostra que, atualmente, boa parte do mundo está conectada pela internet.

As distâncias entre as datas, na linha do tempo, estão fóra de escala.

Linha do tempo. 1989: O cientista Timothy Berners-Lee e o engenheiro Robert Cailliau desenvolvem o serviço World Wide Web (também chamada de www ou Web) com base nas linguagens HTTP e HTML, permitindo vincular páginas e recursos multimídia por meio de hiperlinks na internet. 1992: É lançado o primeiro navegador de internet com acesso à World Wide Web. 1993: Cerca de um milhão de computadores estão conectados à internet. 1994: É lançado nos Estados Unidos o primeiro aparelho celular com acesso à internet, via rede 2G (segunda geração tecnológica de redes móveis). 1997: É lançada na internet a primeira rede social, que permitia a seus membros criar perfis, manter listas de amigos e trocar mensagens. 2001: É lançada no Japão a rede 3G, que aumentou significativamente a velocidade do acesso à internet nos dispositivos móveis. Acima, fotografia. Aparelho celular. Aparelho retangular na cor preta com uma antena de mesma cor. No centro do aparelho, uma tela central de cor clara, em que há uma representação pontilhada de um teclado de telefone.
Ao lado da imagem do aparelho, a legenda, Smartphone é um aparelho que combina telefonia móvel, funções de computação e acesso à internet. O primeiro smartphone do mundo foi lançado em 1994.
Linha do tempo. 2005: A internet atinge a marca de um bilhão de usuários. 2009: É lançada na Suécia a rede 4G, que tornou o acesso à internet por celulares até cem vezes mais rápido do que as redes 3G. 2013: Ocorre o vazamento de dados sobre operações secretas de vigilância eletrônica promovidas pelo governo dos Estados Unidos, que incluíam a espionagem de empresas e autoridades brasileiras. 2014: Entra em vigor no Brasil o Marco civil da internet, lei que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da rede no país. 2017: Brasil se torna o quarto país do mundo com mais usuários na internet, atrás dos Estados Unidos, da China e da Índia. 2018: Coreia do Sul se torna o primeiro país do mundo a adotar a rede 5G, mais veloz do que a rede 4G. Acima, capa de livro. Palavras embaralhadas e sobrepostas nas cores azul claro, azul escuro, verde e amarelo. Na parte superior, sobre um retângulo branco centralizado, o título Marco civil da internet. Na parte inferior, à esquerda, sobre um retângulo branco, o brasão da república brasileira.  À direita da capa do livro, a legenda, O Marco civil da internet pode ser acessado no site da Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. Disponível em: https://oeds.link/Bubksb. Acesso em: 20 de abril de 2022.
Fotografia. Uma praça com árvores formando um corredor onde há bancos e pessoas caminhando. Em primeiro plano, uma placa na cor branca, com o texto em azul claro: WiFi. Acima do texto, em azul claro, sobre o ponto de um i, há três arcos inclinados à direita.
Usuários acessam rede de internet sem fio disponível gratuitamente em praça de Fortaleza, Ceará. Fotografia de 2018. O acesso à internet vem se expandindo cada vez mais.

Produção mundializada

No mundo globalizado, as decisões tomadas por governos de países ricos ou por empresários influentes são sentidas em diferentes regiões do planeta. Assim, por exemplo, operários de uma indústria automobilística instalada no Brasil podem perder seus empregos se na matriz da empresa (por exemplo, nos Estados Unidos) for decidido que é mais lucrativo fechar a fábrica. Esse exemplo fica mais claro quando sabemos que a maior parte da produção e do comércio mundiais é controlada por glossário empresas multinacionaisglossário .

Essas empresas desenvolvem uma produção mundializada. O que isso significa? Uma indústria de smartphones, por exemplo, pode projetar os aparelhos no Japão e montá-los no Brasil com peças fabricadas na China. A contabilidade dessa indústria pode estar na Malásia, sua administração, na Finlândia, e a central de telemarketing, na Índia.

Para instalar sua operação mundo afora, as direções das grandes empresas se aproveitam de situações locais como: baixa remuneração dos trabalhadores, quantidade e qualidade da mão de obra, incentivos tributários do govêrno, existência de infraestrutura (estradas, portos, aeroportos, usinas elétricas) etcétera

Cartaz. Sobre um plano de fundo branco, há três pessoas vestindo jaquetas azuis e calças jeans, olhando para a frente: à esquerda, uma mulher de cabelo curto loiro claro, com as mãos nos bolsos da jaqueta. No centro, um homem de cabelo curto preto, com as mãos nos bolsos da jaqueta. À direita, um homem calvo de cavanhaque grisalho, com as mãos atrás do corpo. No alto, o texto em preto, originalmente em língua inglesa 'Um filme de Steven Bognar e Julia Reichert'. No centro, na parte superior, o título, originalmente em língua inglesa: em caracteres vermelhos, a palavra 'American'; em caracteres azuis, a palavra 'Factory'. Logo abaixo, o título em caracteres chineses, na cor azul. Na parte inferior da imagem, em branco, frisos ao redor da palavra 'sundance'; mais abaixo, há texto ilegível, escrito em caracteres brancos.
Cartaz do documentário Indústria americana, dirigido por Julia ráiquêrt e istíven Bognar, 2019. O documentário mostra o contraste entre o modo de trabalho dos chineses e dos estadunidenses.

Fluxo financeiro

Todos os dias bilhões de dólares circulam pelos bancos, bolsas de valores e mercados de investimentos do mundo. É o chamado capital especulativo, que se diferencia do capital produtivo. Confira as principais diferenças entre eles:

  • capital especulativo: caracteriza-se pela aplicação de dinheiro no mercado financeiro que busca mais dinheiro. Não se aplica dinheiro para criar empresas e empregos, mas, sim, para obter lucros financeiros;
  • capital produtivo: caracteriza-se pela aplicação de dinheiro em empresas dos mais diferentes setores da produção (agricultura, indústria, serviços). Pode gerar empregos no país.

De modo geral, o capital especulativo circula mais pelo mundo do que o capital produtivo. O capital especulativo é aplicado em um país para gerar lucros rápidos e, logo em seguida, ser retirado desse país. O capital produtivo exige implantação de empresas, produção de bens ou serviços, e os lucros podem retornar a médio ou a longo prazo.

Blocos econômicos

A interligação econômica mundial foi favorecida por meio de organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (ó ême ésse), e de blocos regionais, como:

  • Mercosul – criado em 1991 na América do Sul. É formado por Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Venezuela, além de outros países associados;
  • União Europeia – criada em 1993, na Europa. Abrange quase todos os países da Europa Ocidental e boa parte dos países da Europa Oriental, totalizando 27 países-membros em 2022. Desses 27 países, 19 adotam como moeda o euro. Em 2020, o Reino Unido deixou o bloco, no episódio conhecido como Brexit – termo formado pela junção das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit” (saída);
Fotografia. Diversas capas de jornais dispostas umas sobre as outras, originalmente em língua inglesa. Há manchetes como: 'Nossa hora chegou!', 'Sim, nós fizemos!', 'É hora de nos unirmos!', 'Um novo amanhecer para a Grã-Bretanha', entre outras.
Jornais britânicos noticiam a saída do Reino Unido do bloco econômico europeu. Fotografia de 2020. O resultado dividiu a população: 48% queriam a permanência, mas 52% votaram pela saída do país da União Europeia.
  • u ésse ême cê á – sigla, em inglês, para acôrdo entre os Estados Unidos, México e Canadá, criado em 2018 para cooperação comercial, em substituição ao náfta (sigla, em inglês, para Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio);
  • ésse a dê cê – criada em 1992, na África. Formada por 16 países-membros africanos da África Austral.

Multipolarização econômica

Além desses blocos, observa-se uma multipolarização no mundo globalizado, que se expressa, no século vinte e um, pelo protagonismo de vários países, como mostra o gráfico, que apresenta o Produto Interno Bruto (Píbi) das maiores economias do mundo em 2021. O Píbi indicado é a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país ao longo de um ano.

das maiores economias do mundo (2021)

Gráfico de barras. PIB das maiores economias do mundo (2021). 
Ranking: Primeiro. Ícone da bandeira. País: Estados Unidos. PIB: 25,35 (trilhões de dólares). 
Ranking: Segundo. Ícone da bandeira. País: China. PIB: 19,91 (trilhões de dólares). 
Ranking: Terceiro. Ícone da bandeira. País: Japão. PIB: 4,91 (trilhões de dólares). 
Ranking: Quarto. Ícone da bandeira. País: Alemanha. PIB: 4,26 (trilhões de dólares). 
Ranking: Quinto. Ícone da bandeira. País: Índia. PIB: 3,53 (trilhões de dólares). 
Ranking: Sexto. Ícone da bandeira. País: Reino Unido. PIB: 3,38 (trilhões de dólares). 
Ranking: Sétimo. Ícone da bandeira. País: França. PIB: 2,94 (trilhões de dólares). 
Ranking: Oitavo. Ícone da bandeira. País: Canadá. PIB: 2,22 (trilhões de dólares). 
Ranking: Nono. Ícone da bandeira. País: Itália. PIB: 2,06 (trilhões de dólares). 
Ranking: Décimo. Linha destacada na cor amarela. Ícone da bandeira. País: Brasil. PIB: 1,83 (trilhões de dólares). 
Ranking: Décimo primeiro. Ícone da bandeira. País: Rússia. PIB: 1,83 (trilhões de dólares). Ranking: Décimo segundo. País: Coreia do Sul. PIB: 1,80 (trilhões de dólares). 
Ranking: Décimo terceiro. Ícone da bandeira. País: Austrália. PIB: 1,75 (trilhões de dólares).
FONTE: BRASIL volta ao tóp 10 no ranking de maiores economias do mundo. Poder 360, 2 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/5qfkAE. Acesso em: 2 agosto 2022.

Trabalho: desemprêgo e precarização

O processo de globalização impactou o mundo do trabalho. De um lado, surgiram empregos relacionados às novas tecnologias digitais. De outro lado, cresceu o desemprêgo em vários setores tradicionais da economia. O desemprêgo contemporâneo pode ser classificado em:

  • estrutural – decorre principalmente da substituição da mão de obra humana por máquinas automatizadas ou robôs. Assim, por exemplo, máquinas agrícolas substituem agricultores, porteiros são substituídos por câmeras de vigilância, bancários são trocados por serviços de internet banking;
  • conjuntural – decorre de crises que afetam setores da economia. Às vezes, é provocado por demissões feitas por empresas locais que não conseguem competir com empresas globais. Assim, por exemplo, o trabalhador de uma fábrica de automóveis no Brasil pode perder seu emprêgo se a matriz nos Estados Unidos decidir fechar sua filial brasileira.

Além do desemprêgo, a produção mundializada agravou a precarização do trabalho. Tal precarização se reflete na baixa remuneração e na perda de direitos trabalhistas. Isso mostra uma tendência geral de queda no valor do trabalho e no padrão de vida da maioria das pessoas.

Fotografia. Caixa térmica usada por motoboy, coberta por uma capa laranja. Há um megafone colocado sobre ela. Na caixa, há um cartaz colado com fita, com o texto: 'Arriscando a minha vida pra matar a sua fome e a minha!'. O texto está em preto, somente a palavra 'vida' está destacada em vermelho. Há um recipiente de álcool em gel encostado ao lado da caixa.
Cartaz colado em mochila de entregador de empresas de aplicativos, em Pôrto Alegre, Rio Grande do Sul. Fotografia de 2020. Nesse ano, os entregadores fizeram uma paralisação protestando contra suas condições de trabalho durante a pandemia de covid-19.

Concentração de riquezas

Nas últimas décadas, havia uma expectativa de que os avanços tecnológicos melhorassem a qualidade de vida da maioria da população e reduzissem as desigualdades sociais. No entanto, desde os anos 1980, observa-se um aumento contínuo da concentração de riquezas. Segundo o historiador iuvel rarari, em 2018, metade da riqueza mundial estava nas mãos de 1% da população mais rica. E, dentro desse 1%, há um grupo super-restrito de 100 bilionários que detêm mais riqueza do que a metade mais pobre da população mundial, isto é, cêrca de 4 bilhões de pessoas.

O mundo globalizado é marcado por imensos contrastes. Uma pequena parcela da população (os “incluídos”) tem acesso a: comidas e roupas sofisticadas, aeroportos, hotéis luxuosos, serviços de saúde avançados, aparelhos eletrônicos de ponta etcétera Já a maioria da população mundial (os “excluídos”) enfrenta dificuldades para adquirir bens e serviços básicos, como comida, água potável, moradia digna, assistência de saúde e educação de qualidade.

De modo geral, as políticas neoliberais, adotadas na globalização, favoreceram a concentração do capital nas mãos de poucos. Isso ocorreu porque o neoliberalismo contribuiu para ampliar o mercado privado em detrimento de políticas públicas relativas à promoção de direitos sociais. São direitos sociais, por exemplo, educação, saúde, trabalho, previdência e assistência aos desamparados.

Fotografia. Em uma via pública cercada de prédios baixos, uma multidão de pessoas caminha segurando faixas e cartazes. Em destaque, à frente, um grupo de homens e mulheres jovens segura uma faixa com o texto, originalmente em inglês:  'Educação gratuita agora. Taxem os ricos'. Uma mulher jovem de cabelos longos e escuros, que usa um par de óculos, segura um megafone diante de seu rosto. Há diversas pessoas segurando cartazes com o mesmo texto da faixa.
Manifestação a favor da educação gratuita e da maior cobrança de impostos para os mais ricos, em Londres, Reino Unido. Fotografia de 2017. Na bandeira, lê-se “Educação gratuita agora. Taxem os ricos”.

Países desenvolvidos

É comum os países serem classificados de acôrdo com o seu nível de desenvolvimento. Entre os desenvolvidos estão um reduzido grupo de países, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, França, Reino Unido e outras nações da Europa Ocidental. Esses países apresentam economias industrializadas, têm um grande desempenho científico e tecnológico e controlam aproximadamente 45% da produção econômica mundial.

Os países mais desenvolvidos possuem bons indicadores sociais, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)glossário . A qualidade de vida de suas populações pode ser observada com base em fatores como: baixa mortalidade infantil, elevada expectativa de vida, alta escolaridade, ampla rede de saneamento básico e acesso a modernos meios de transporte e de comunicação. Além disso, predominam nos países desenvolvidos os regimes democráticos, com ampla participação da sociedade civil na vida pública. De modo geral, constituem sociedades com menor desigualdade entre os grupos sociais, se comparadas com as dos países menos desenvolvidos.

Mundo: IDH (2019)

Mapa. Mundo: IDH (2019). Mapa-múndi indicando diferentes escalas representadas por gradações da cor verde. 
Em tons de verde escuro, IDH muito elevado; entre 1 e 0,8. 
Na América: Canadá, Estados Unidos, Panamá, Bahamas, Barbados, Costa Rica, Chile, Argentina e Uruguai.
Na África: Ilhas Maurício.
Na Europa: Noruega, Irlanda, Suíça, Islândia, Alemanha, Suécia, Países Baixos, Dinamarca, Finlândia, Reino Unido, Bélgica, Áustria, Liechtenstein, Eslovênia, Luxemburgo, Espanha, França, República Tcheca, Malta, Estônia, Itália, Grécia, Chipre, Lituânia, Polônia, Andorra, Letônia, Portugal, Eslováquia, Hungria, Croácia, Montenegro, Romênia, Rússia, Belarus, Turquia, Bulgária, Geórgia e Sérvia. 
Na Ásia: Hong Kong, Cingapura, Israel, Japão, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Barein, Catar, Brunei, Cazaquistão, Omã, Kuait, Malásia, Rússia e Turquia.
Na Oceania: Austrália, Nova Zelândia e Palau.
Em tons de verde escuro a verde médio. IDH elevado e médio; entre 0,8 e 0,5.
Na América: México, Cuba, Antígua e Barbuda, Granada, Santa Lúcia, Dominica, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Neves, República Dominicana, Trinidad e Tobago, Belize, El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Suriname, Jamaica, Honduras, Venezuela, Peru, Bolívia, Colômbia, Brasil, Equador, Paraguai. 
Na África: Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Marrocos, África do Sul, Botsuana, Namíbia, Gabão, Gana, Guiné Equatorial, Zâmbia, Congo, Camarões, Comores, Quênia, Angola, Cabo Verde, Essuatíni, São Tomé e Príncipe, Seychelles e Zimbábue.
Na Europa: Bósnia-Herzegovina, Macedônia do Norte, Albânia, Armênia, Ucrânia e Moldávia. 
Na Ásia: Palestina, Jordânia, Líbano, Irã, Iraque, Síria, Turcomenistão, Uzbequistão, Quirguistão, Azerbaijão, Tadjiquistão, Mongólia, China, Butão, Filipinas, Maldivas, Sri Lanka, Nepal, Bangladesh, Índia, Paquistão, Timor-Leste, Laos, Camboja, Vietnã, Mianmar, Tailândia e Indonésia.
Na Oceania: Ilhas Marshall, Samoa, Fiji, Vanuatu, Estados Federados da Micronésia, Kiribati, Tonga, Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné.
De cinza a verde claro. IDH baixo; entre 0,5 e 0,1.
Na América: Haiti.
Na África: Mauritânia, Benim, Uganda, Ruanda, Nigéria, Costa do Marfim, Tanzânia, Madagascar, Lesoto, Djibouti, Togo, Senegal, Sudão, Gâmbia, Etiópia, Malauí, República Democrática do Congo, Guiné-Bissau, Libéria, Guiné, Eritreia, Moçambique, Burkina Fasso, Serra Leoa, Mali, Burundi, Sudão do Sul, Chade, República Centro-Africana e Níger.
Na Ásia: Afeganistão e Iêmen.
Sem informação: Coreia do Norte, Mônaco, São Marino, Somália e Tuvalu.
Na parte inferior esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 2.680 quilômetros.
FONTES: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 32; penúdi. Human development report tuêni tuêni. Nova iórque: ônu, 2020. página 343-346.

Responda no caderno

Ícone. Lupa indicando o boxe Observando o mapa.

observando o mapa

De acôrdo com o mapa, onde se concentram os países com maiores e menores índices de desenvolvimento humano?

Países subdesenvolvidos

A maioria dos países do mundo é considerada subdesenvolvida ou em vias de desenvolvimento. Esses países estão localizados, sobretudo, na África, na Ásia, na Europa Oriental e na América Latina.

Apesar das diferentes situações sociais, políticas, econômicas e culturais, pode-se dizer que os países subdesenvolvidos possuem economias mais instáveis, com índices de industrialização baixos ou moderados. Esses países também apresentam elevada concentração de renda. Quanto aos regimes políticos, suas instituições demonstram certa fragilidade, havendo, frequentemente, pouca participação da sociedade civil nas decisões públicas.

Além da expressão “subdesenvolvido”, existem outras relacionadas a esses países. Conheça algumas delas:

  • países em desenvolvimento – termo que procura destacar o esfôrço de grande parte das nações para sair do subdesenvolvimento;
  • países emergentes – termo que destaca, entre os países subdesenvolvidos, as nações que têm avançado nos processos de industrialização, diversificação produtiva e crescimento de suas economias, como Brasil, México, Indonésia e África do Sul;
Fotografia. Vista aérea de uma cidade. No canto esquerdo da imagem, uma longa avenida. À esquerda da avenida, construções baixas, algumas com telhados cor de terracota; à direita da avenida, prédios altos e áreas de vegetação. Ao fundo, uma montanha e o céu com nuvens.
Vista aérea de Jacarta, capital da Indonésia. Fotografia de 2022. Assim como ocorre em outros países emergentes, o crescimento da economia não traz melhorias para a qualidade de vida de toda a população da Indonésia.

bríquis – dentro do conjunto dos países emergentes, há alguns que, por seu tamanho territorial e disponibilidade de recursos, apresentam significativo potencial de crescimento econômico e exercem influência no equilíbrio da economia globalizada. É o caso do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conhecido pela sigla bríquis.

Fotografia. No centro da imagem, um homem de cabelo curto e preto, vestindo terno escuro, camisa branca e gravata azul. Ele está em frente a um púlpito azul, onde há a inscrição com o ano '2021' e caracteres chineses. Sobre o púlpito, há um microfone preto. Ao fundo, as bandeiras do Brasil, da Rússia, da China, da Índia e da África do Sul.
O ministro da Indústria e da Tecnologia da Informação da China discursa durante fórum que reuniu líderes dos bríquis em Xiamen, China. Fotografia de 2021.

Identidade local versus padrão global

No mundo globalizado, os países desenvolvidos exportam seus padrões culturais (atitudes, idiomas, alimentos, vestimentas etcétera) para outras regiões. Porém, pessoas e sociedades se recusam a adotar essa padronização – ou massificação cultural – e continuam lutando para preservar seus modos de ser e de viver, isto é, suas identidades.

Identidade é um conjunto de características que permitem a uma pessoa reconhecer a si própria. Já alteridade é um conjunto de características que permitem o reconhecimento do outro. A identidade e a alteridade estão entrelaçadas e dependem uma da outra.

A identidade é formada por elementos como nacionalidade, religião, profissão, lazer e gênero. Assim, a identidade de uma pessoa ou de um povo tem várias dimensões. Isso quer dizer que a pessoa não tem apenas uma característica que define sua identidade. Confira um exemplo: uma pessoa pode ser um brasileiro do Nordeste, ter uma religião cristã, trabalhar no setor de saúde etcétera

Fotografia. Duas meninas dançando e, ao fundo, uma multidão de crianças observando. Em primeiro plano, à esquerda, uma jovem de cabelos longos e castanhos, preso em um rabo de cavalo, vestindo blusa escura e estampada de alças e uma saia rodada verde e amarela. Ela segura a barra da saia com as mãos, tem os braços flexionados na altura da cintura. À direita, menina de cabelos longos e castanhos, vestindo camiseta branca de uniforme escolar e saia rodada, vermelha e branca. Ela segura a barra de sua saia com as mãos e está descalça.
Ao fundo, as crianças que observam as meninas dançando estão vestidas com uniformes escolares nas cores azul e branco. Algumas delas batem palmas.
Estudantes de comunidade ribeirinha dançam carimbó, dança típica da Região Norte do Brasil, em Santarém, Pará. Fotografia de 2017.
Fotografia. Vista de multidão. Sob uma luz azulada, as pessoas, vistas de costas, estão com as mãos para cima segurando celulares com as câmeras ligadas.
Público grava espetáculo com smartphones, na cidade de São Paulo, São Paulo. Fotografia de 2019. A massificação cultural impõe padrões de atitudes e de consumo, muitas vezes disseminados por meio de postagens em redes sociais.
Ícone. Atividade oral.

responda oralmente

para pensar

  1. Que características compõem sua identidade?
  2. Em sua interpretação, por que identidade e alteridade estão entrelaçadas? Desenvolva seu ponto de vista por meio de argumentos.

Povos indígenas no século vinte e um

Nos dias atuais, mais de 50 milhões de pessoas no continente americano se consideram indígenas. Embora essa população seja heterogênea, é possível dizer que os indígenas lutam:

  • pela preservação de suas culturas;
  • pelo direito às terras que tradicionalmente ocupam;
  • por autodeterminação, que significa assumir o contrôle de suas vidas;
  • por saúde, educação e trabalho;
  • e pela representação política, que significa votar e ser eleito.

Entre o final do século vinte e o início do século vinte e um, as pautas dos povos indígenas alcançaram repercussão regional, nacional e internacional. Em 1992, a líder indígena (Guatemala), por exemplo, recebeu o prêmio Nobel da Paz por defender seu povo. Em 2007, a ônu aprovou a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

Fotografia. Em um espaço aberto, sob um céu azul com nuvens, no centro da imagem há um globo terrestre grande, com os oceanos representados em azul e a América do Sul em verde. À frente, um grupo de homens indígenas com corpos pintados e adereços, como colares e cocares, seguram e sustentam esse globo.
Indígenas na 18ª edição do Acampamento Terra Livre, em Brasília, Distrito Federal. Fotografia de 2022. Trata-se da maior assembleia dos povos e organizações indígenas do Brasil, que discute desde a preservação ambiental até a defesa dos direitos dos povos indígenas.

Observe, no quadro a seguir, a população indígena de alguns países da América, incluindo descendentes e membros de povos nativos.

População de indígenas na América (2017)

País

População (aprox.)

México

16.933.283

Estados Unidos

6.600.000

Guatemala

6.000.000

Peru

4.000.000

Bolívia*

2.800.000

Chile

1.565.915

Colômbia

1.500.000

Canadá

1.400.685

Equador

1.100.000

Brasil

896.917

Venezuela

840.000

Argentina

600.329

asterisco Pessoas com mais de 15 anos.

Fonte: Katrine B.; Pamela L. The indigenous world. Copenhague: The International Work Group for Indigenous Affairs (i dáblio gê i a), 2017. página 94; 103; 116; 127; 168; 179; 203; 212; 222; 233; 246; 259.

Xenofobia e racismo

Segundo a ônu, em 2020, quase 281 milhões de pessoas estavam fóra de seus países de origem, ou seja, eram migrantes. Em geral, as migrações ocorrem em razão de guerras, perseguições (políticas ou religiosas), busca por trabalho e melhores condições de vida. Ao se deslocarem, os migrantes enfrentam vários problemas, como a xenofobia e o racismo.

A palavra xenofobia (do grego, xeno = estrangeiro e fobia = medo) remete a uma espécie de medo e aversão que moradores de um país têm em relação a estrangeiros. Diversos motivos podem gerar essa aversão: a aparência física, o idioma diferente, os hábitos de comer ou vestir. Em muitos casos, a xenofobia manifesta-se por meio de perseguições, violências e condutas racistas.

Nas últimas décadas, a xenofobia e o racismo tornaram-se comuns em várias partes do mundo. Na Europa, ocorreram casos de perseguição aos imigrantes turcos, especialmente na Alemanha, por parte de neonazistas. Na França, milhões de imigrantes vindos da África não são considerados cidadãos plenos.

Além de imigrantes, as principais vítimas das condutas de aversão ao outro são pessoas pobres, indígenas, negros, homossexuais, mulheres, idosos etcétera No mundo contemporâneo, o exercício da cidadania exige combate à violência, aos estereótipos e aos preconceitos. Afinal, sem respeito aos outros não desenvolvemos uma sociedade justa, livre e solidária. Enfim, uma sociedade baseada na cultura da paz.

Fotografia. Sob o fundo de um tecido estampado com padrões geométricos em preto e branco, há, à direita, um homem de cabelo crespo, curto e preto. Ele usa barba e relógio e veste uma blusa de mangas compridas e uma calça na cor branca, ambas com grandes bordados coloridos nas cores vermelho, laranja, amarelo e azul. O homem está com o corpo voltado para a esquerda, com as mãos sobre um manequim de cor preta onde está exposto um vestido longo com estampas em tons de branco, preto, laranja e vermelho. Com uma das mãos, o homem ajeita um colar com contas laranjas e um pingente redondo no pescoço do manequim.
O estilista , imigrante do Benim, em seu ateliê na cidade de São Paulo, São Paulo. Fotografia de 2018.
Charge. No canto superior esquerdo da imagem, um balão apresenta o texto 'Mochila suspeita...'. No centro da imagem, a figura do tio Sam, um homem de cabelos compridos e grisalhos, vestido com colete azul, camisa branca, calça listrada vermelha e branca e uma cartola com listras vermelhas e brancas, com a base azul com estrelas brancas. Com as pernas  flexionadas, as costas encurvadas e os olhos esbugalhados, ele está carregando uma mochila desproporcionalmente grande, na cor azul. Nela está escrito: 'Política de medo e ódio'.
Charge de rógers sobre a xenofobia contra os muçulmanos durante o govêrno de dônald tramp nos Estados Unidos, 2015. Na charge, a frase Política de medo e ódio faz referência ao govêrno trãmp, marcado, entre outros aspectos, pelo endurecimento da política migratória e por discursos e ações xenofóbicos.

Terrorismo contemporâneo

Com frequência, ficamos sabendo de notícias assustadoras sobre atentados terroristas em diversas regiões do mundo. Eles assumem fórmas tão diferentes que se tornou difícil até mesmo definir o que é terrorismo.

Pode-se dizer que terrorismo é uma ação criminosa, geralmente planejada, cujo objetivo é provocar um estado de medo e terror em pessoas de determinada nacionalidade, religião ou posição política. Praticadas em nome de supostas convicções ideológicas ou religiosas, as ações terroristas costumam causar danos ou mortes, implicando graves violações aos direitos humanos.

Entre as organizações terroristas atuantes do século vinte e um estão Al Caeda, Talibã e Estado Islâmico. Além dessas organizações fundamentalistas islâmicas, grupos racistas ou supremacistas brancos também são considerados terroristas, como apontou o presidente dos Estados Unidos, djou Báiden. Em 2021, em seu primeiro discurso como presidente eleito, ele afirmou: A ameaça terrorista mais letal à pátria hoje é o terrorismo da supremacia branca.

O combate ao terrorismo exige a cooperação da comunidade internacional, com o apôio da ônu. Porém, esse combate não pode causar violações aos direitos humanos, como ocorreu em muitos casos. Exemplo disso são as detenções arbitrárias de imigrantes, a tortura de prisioneiros e a espionagem via internet, direcionada contra pessoas e governos.

Fotografia. Sob o fundo desfocado de uma multidão, há duas mulheres em primeiro plano. À esquerda, uma mulher de cabelo preso, castanho e cacheado, vestindo uma jaqueta aberta, estampada nas cores roxa, rosa, azul e vermelha e uma camiseta preta. Ela usa uma máscara branca sobre a boca e o nariz com o texto, em vermelho, originalmente em inglês 'Não'. Com uma mão, ela toca o braço de uma mulher à direita, que a abraça. À direita, uma mulher com os cabelos cobertos por uma touca de tricô vermelha, vestindo uma jaqueta fechada, estampada nas cores vermelha e branca. Sobre o nariz e a boca, ela usa uma máscara preta com faixas verticais em tom de arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta. Ela está abraçada a mulher de jaqueta roxa ao seu lado.
Manifestação contra o ódio dirigido à população asiática na Califórnia, Estados Unidos. Fotografia de 2021. Após a pandemia de covid-19, cresceu a intolerância praticada por supremacistas brancos estadunidenses, que culpavam os asiáticos de espalharem o vírus da doença, uma vez que os primeiros casos foram registrados na China.

Atentados de 11 de setembro de 2001

Um dos principais atentados terroristas do século vinte e um ocorreu em 11 de setembro de 2001. Nesse dia, quatro aviões de passageiros foram sequestrados pelo grupo terrorista Al Caeda, com o objetivo de atacar símbolos de poder nos Estados Unidos. Duas aeronaves se chocaram contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova iórque. Um terceiro avião colidiu com o prédio do Pentágono, séde do Departamento de Defesa, em Washington. O quarto avião caiu em um campo aberto, antes de atingir seu alvo, provavelmente, o Capitólio ou a Casa Branca.

Fotografia. Sob o fundo de um céu azul sem nuvens, o topo de dois prédios retangulares, em cores claras e iguais. Eles são muito mais altos que os demais prédios ao redor deles. No prédio à esquerda, acima da linha do topo dos prédios vizinhos, uma grande explosão. Há fumaça cinza, estilhaços e chamas vermelhas, laranjas e amarelas saindo do prédio. No prédio à direita, uma grande quantidade de fumaça preta é expelida em uma coluna que se dirige à esquerda, a partir do topo da construção.
A torre sul do World Trade Center é atingida durante o ataque terrorista ocorrido em Nova iórque, Estados Unidos. Fotografia de 11 de setembro de 2001.

Os atentados de 2001 resultaram em cêrca de 3 mil mortos e 6 mil feridos, abalando profundamente o govêrno e a opinião pública dos Estados Unidos. O então presidente, djêordji W. búch, responsabilizou o líder da Al Caeda Osama Bin Laden pelos ataques e iniciou uma “guerra contra o terror”. Tropas estadunidenses bombardearam e invadiram o Afeganistão. Em dois meses, derrubaram o regime talibã, que tinha ligações com a Al Caeda e, desde 1996, governava o país. Em 2011, após intensas buscas, Bin Laden foi capturado e morto no Paquistão por fôrças dos Estados Unidos.

Fotografia. Em uma sala de aula, no centro da imagem há dois homens. À direita, um homem de cabelo curto e escuro, vestindo terno escuro, camisa azul e gravata vermelha, está sentado em uma cadeira e tem as mãos cruzadas sobre o colo. Ao lado dele, um homem de cabelo curto grisalho, vestindo um terno escuro, camisa branca e gravata estampada, está com o corpo curvado, têm as mãos cruzadas na frente do corpo, e está falando ao lado do ouvido do outro homem. Ao fundo, uma pequena lousa e uma prateleira com cestos e caixas. Na parte inferior da imagem, algumas crianças vistas de costas.
djêordji W. búch (sentado), então presidente dos Estados Unidos, durante visita a uma escola quando recebe a notícia dos atentados terroristas contra o país. Fotografia de 11 de setembro de 2001.

Crise ambiental e sanitária

Em um mundo cada vez mais interligado, os problemas ambientais se tornaram alarmantes. Os seres humanos ocupam cêrca de 83% do planeta, gerando poluição e danos irreversíveis.

A devastação de uma grande floresta, por exemplo, não gera impacto apenas no país que sofreu com o desmatamento. Vários países de uma região vizinha também podem ser afetados pela perda de área florestal, com alterações nos regimes de chuvas e processos de desertificação.

Além dos problemas da devastação ambiental, ainda ocorre a propagação de doenças que se alastram pelo planeta, como foi o caso da pandemia de covid-19.

Aquecimento global

A partir do século dezenove, a Revolução Industrial acelerou a exploração dos recursos naturais do planeta em uma velocidade maior do que a capacidade de renovação desses recursos. Tal exploração intensificou a poluição dos rios e solos, o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, óleo e gás natural). Tudo isso contribuiu para aumentar a concentração de dióxido de carbono (cê ódois) na atmosfera, intensificado o efeito estufa e elevando a temperatura média da superfície terrestre. Esse fenômeno é chamado aquecimento global.

O aquecimento global provoca ondas de calor, incêndios florestais, inundações, derretimento das geleiras, além da extinção de espécies animais e vegetais etcétera Esses problemas afetam as sociedades humanas por meio, por exemplo, de crises econômicas e migrações causadas pela escassez de água e alimentos e pelo surgimento de doenças infecciosas.

Fotografia. Na empena de um prédio, lateral da construção em que não há janelas, está pintada a figura de um homem vestido com um uniforme composto de casaco cinza com uma listra clara e calça cinza. Ele usa um cinto com um par de luvas preso à ele, botas de cano alto, óculos de proteção sobre a testa e uma espécie de gorro, uma balaclava que protege seu pescoço e cabeça. O homem segura um abafador de incêndios florestais com uma mão, e olha para o lado esquerdo. No fundo da figura, há fumaça sobre um terreno em escombros, com restos de árvores cortadas e queimadas e toras de madeira sobre as carretas de caminhões enfileirados. 
Sob os pés da figura do homem, o esqueleto de um animal, o toco de uma  árvore cortada, um inseto e uma ampulheta.
Na frente do prédio, diante dos pés da figura, há um grupo de pessoas em um guindaste azul. Proporcionalmente, a figura do homem é imensa e o grupo no guindaste minúsculo.
Grafite de Mundano, artista e ativista brasileiro, na cidade de São Paulo, São Paulo. Fotografia de 2021. Em sua obra, Mundano utilizou cinzas de incêndios na Floresta Amazônica, no Pantanal e na Mata Atlântica para denunciar a devastação ambiental no Brasil.

Acordos sobre o clima

Buscando reduzir os impactos ambientais, a ônu e diversos países têm feito acordos sobre o clima, como o Protocolo de Kyoto (1997) e o acôrdo de Paris (2015). Em 1992, foi realizada no Rio de Janeiro uma importante Conferência sobre clima, que ficou conhecida como Rio-92. Nessa conferência, os governos de cêrca de 170 países estabeleceram metas para reduzir a emissão de gases que provocam o aquecimento global e outras medidas ambientais para garantir a sobrevivência das gerações futuras.

Fotografia. Homem idoso de cabelo médio grisalho, vestindo camisa xadrez vermelha e preta. Ele usa um bracelete de padrão geométrico feito de miçangas brancas e pretas e um anel dourado no dedo anelar. Segura um microfone com uma das mãos e está com a boca entreaberta.
O escritor e ativista ambiental Ailton Krenak, da etnia Krenak, discursa em evento na cidade de São Paulo, São Paulo. Fotografia de 2019. Nesse seminário, Krenak criticou o descaso do Estado em relação à proteção dos direitos indígenas.
Fotografia. No fundo desfocado da imagem, há três pessoas – dois homens e uma mulher. Eles estão agachados sobre a areia de uma praia. Em primeiro plano, sobre a areia, há centenas de filhotes de tartarugas indo em direção ao mar.
Ribeirinhos das comunidades da Reserva Extrativista do Médio Juruá soltam tartarugas-da-amazônia no projeto de preservação ambiental em Carauari, Amazonas. Fotografia de 2021. Além de acordos internacionais, medidas locais e mudanças de hábitos cotidianos contribuem para a preservação ambiental.
Ícone. Câmera filmadora indicando o boxe Dica: filme.

dica filme

O sal da terra (França). Direção de Juliano Ribeiro Salgado e Vim Venders, 2014. 110 minutos

Documentário sobre a trajetória do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que realizou projetos prestigiados internacionalmente, como Trabalhadores (1993), Êxodos (2000) e Gênesis (2013). Nesse último projeto, Salgado procurou registrar as belezas do mundo natural e a importância de sua preservação.

Ícone. Atividade oral.

responda oralmente

para pensar

De que maneira você pode contribuir para preservar o meio ambiente? Explique.

Pandemia de covid-19

Em 12 de dezembro de 2019, na cidade chinesa de urran, as autoridades de saúde se surpreenderam com pacientes que tinham adoecido por uma nova pneumonia viral. Logo se notou que o vírus causador dessa doença (sárs cóv dois) era extremamente contagioso. No final de dezembro, a Organização Mundial da Saúde (ó ême ésse) foi informada pelos chineses sobre o surto dessa nova doença, que ficou conhecida como covid-19.

Em poucas semanas, a doença se espalhou em ritmo alarmante por vários países. Diante disso, em 11 de março de 2020, a ó ême ésse declarou oficialmente a pandemia de coronavírus.

Uma pandemia ocorre quando uma doença alcança difusão mundial sendo transmitida de uma pessoa para outra. No Brasil, o primeiro caso da doença ocorreu no final de fevereiro de 2020, segundo o Ministério da Saúde.

A pandemia da covid-19 mudou a vida das pessoas em diversos países do mundo. Provocou consequências como: milhões de mortes, superlotação de hospitais, restrições à locomoção pessoal e corrida por vacinas. A fórma como se deu a propagação da covid-19 ilustra características da globalização:

  • circulação de pessoas – o vírus espalhou-se devido à grande movimentação de pessoas pelo mundo através dos modernos meios de transporte;
  • velocidade das informações – as notícias sobre a evolução da covid-19 foram acompanhadas em tempo real por diversos veículos de comunicação, que divulgaram os protocolos científicos contra a doença, que incluíam o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social; também circularam informações falsas que negavam a gravidade da doença e as recomendações científicas. Essa conduta negacionista estimulou muitas pessoas a não cumprir os protocolos de saúde;
  • produção de vacinas – o combate à pandemia levou os grandes centros de pesquisa do mundo a promover uma verdadeira corrida para a criação de vacinas contra a covid-19. A produção de enormes quantidades de vacinas exigiu um esfôrço de trabalho globalizado. Alguns locais faziam pesquisas; outros produziam insumos, embalagens etcétera

A pandemia provocou transformações no estilo de vida das pessoas de todo o mundo, com o aumento do home office(“trabalho em casa”), da educação virtual por meio de lives etcétera Vários setores econômicos foram prejudicados, tais como turismo, bares e restaurantes, eventos esportivos e de lazer. E outros setores foram beneficiados pelo aumento da necessidade do uso da internet, como o comércio e o marketing digitais e serviços de delivery, videoconferência e streaming.

Fotografia. Em um espaço interno com paredes pintadas de azul, e algumas cadeiras e carteiras escolares, há três pessoas: à esquerda, um homem de cabelo curto e preto, vestindo camiseta branca com estampa e bermuda cinza. Ele usa uma máscara branca cobrindo a boca e o nariz, uma mochila às costas, e está sentado em uma cadeira, segurando documentos em suas mãos. No centro, sentada em uma cadeira, com as pernas cruzadas, uma menina de cabelo longo castanho, vestindo regata branca estampada, shorts azul e tênis rosa. Ela usa uma máscara preta sobre o nariz e a boca e tem um um dos braços flexionados à frente do corpo. À direita, em pé, com as costas curvadas, uma mulher de cabelo curto cacheado castanho, vestindo jaleco branco, calça jeans e usando uma máscara branca cobrindo o nariz e a boca. Ela aplica uma vacina na menina.
Criança recebe vacina para combater a côvid dezenóve na cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Fotografia de 2021.

Oficina de história

Responda no caderno

Conferir e refletir

1. Construa um quadro apresentando aspectos positivos e negativos da globalização. Depois, elabore um texto fazendo um balanço sobre ela.

Versão adaptada acessível

1. Elabore um texto, produza um áudio ou um quadro tátil apresentando aspectos positivos e negativos da globalização. Caso produza um quadro, produza um texto ou faça uma apresentação oral fazendo um balanço sobre o tema.

  1. Em grupo, escolham uma empresa “gigante da internet” e respondam às questões a seguir.
    • Onde está localizada a séde dessa empresa?
    • Quando ela foi fundada?
    • Que serviços ela presta?
    • Quem são seus fundadores? Qual é a nacionalidade deles?
    • Qual é o valor de mercado dessa empresa?

Depois, redijam um pequeno texto argumentativo discutindo o poder dessa empresa no mundo globalizado.

  1. Organizem-se em grupos de modo que todos participem desta atividade. Cada grupo, com a supervisão do professor, deve escolher uma pessoa pública que tenha um perfil oficial em mídias sociais. Essa figura pública pode exercer atividades no campo das artes, dos esportes, da política, do humor etcétera O grupo deve fazer uma análise do perfil dessa pessoa considerando aspectos como: 
    • construção da imagem – que mensagens ela transmite, o que defende, o que critica, o que exibe em suas postagens;
    • formato das postagens – que recursos digitais são utilizados para conquistar o público (fotografias, vídeos, músicas, links, anúncios publicitários etcétera);
    • público-alvo – que tipo de pessoa essas postagens pretendem conquistar, que conteúdos são veiculados nas postagens para despertar sintonia com o público;
    • reações do público – qual é a repercussão das postagens (curtidas, comentários e compartilhamentos do público).

Por fim, apresentem os elementos de sua análise em um seminário. Nessa apresentação, utilizem slides para mostrar: a) a figura pública escolhida; b) a rede social utilizada; c) a construção da imagem dessa personalidade; d) o público-alvo; e) número e engajamento dos seguidores revertidos em curtidas ou likes, comentários e compartilhamentos.

Interpretar texto e imagem

4. Leia atentamente o texto seguinte e responda às perguntas.

reticências a internet e o computador são mais do que meios de comunicação e instrumentos de trabalho, são também meios de interação e organização essenciais para a sociedade contemporânea reticências. Computadores conectados à internet estão presentes em boa parte dos lares de classe média e alta, em escolas particulares e públicas e em grande número de empresas reticências. A circulação das informações na rede e o reticências impacto

sobre reticências a economia em geral fazem com que a influência da internet abranja, praticamente, toda a sociedade.”

SILVEIRA, Marcelo D. P. da. Efeitos da globalização e da sociedade em rede via internet na formação de identidades contemporâneas. Psicologia, Ciência e Profissão, Brasília, volume 24, número 4, página 46, dezembro 2004.

  1. Com base no texto, por que a internet e o computador são mais do que meios de comunicação e de trabalho?
  2. Cite exemplos atuais de interação e organização entre pessoas por meio do uso do computador e da internet.
  3. De acôrdo com o texto, em quais lugares os computadores conectados à internet estão presentes? Além desses lugares, cite outros mais específicos.

5. Com base no texto do historiador israelense iuvel rarari, identifique e reescreva no caderno as alternativas incorretas, corrigindo-as.

reticências o terrorismo é uma estratégia militar que espera mudar a situação política pelo medo, mais do que por danos materiais. reticências No terrorismo, o medo é a narrativa principal, e há uma espantosa desproporção entre a fôrça efetiva dos terroristas e o medo que eles conseguem inspirar.”

Rarári, Iuvel. vinte e uma lições para o século 21. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. página 147.

  1. O terrorismo é uma estratégia que busca mudar uma situação política por meio do medo.
  2. A estratégia do terrorismo é provocar principalmente danos materiais nos inimigos.
  3. O medo das ações terroristas é maior do que sua fôrça efetiva para causar danos materiais.
  4. A fôrça efetiva dos terroristas é bem maior do que o medo provocado por eles.

6. As charges a seguir apresentam críticas em relação à globalização. Que críticas são essas? Comente.

Charge 1. No topo da imagem, o texto 'Jogos Olímpicos podem trazer vinte novos tipos de vírus ao Brasil'. Logo abaixo, em destaque, dois mosquitos pretos e brancos sobrevoando um terreno coberto por lixo. Ao fundo a silhueta de prédios altos e muitos mosquitos. No balão de fala do mosquito à esquerda o texto: 'É a globalização viralizando!'.
Jogos Olímpicos podem trazer vinte novos tipos de vírus ao Brasil, charge de Lute, 2016. Na imagem, o mosquito à esquerda diz: “É a globalização viralizando!”.
Charge 2. Três quadros sequenciais. Quadro 1. Sob um fundo preto, o globo terrestre, com os oceanos em azul e os continentes em verde e, ao lado dele, uma pequena bolinha vermelha com tracinhos ao redor dela. Quadro 2. Sob um fundo preto, o globo terrestre, com os oceanos em azul e os continentes em verde, e várias bolinhas vermelhas com tracinhos ao redor de todo o globo. Quadro 3. Sob um fundo preto, o globo terrestre, todo em vermelho, com tracinhos ao redor dele.
Charge de Schot, 2020, sobre a pandemia de covid-19, que teve início em 2020, e sua propagação mundial.

Glossário

Empresa multinacional
: empresa que tem negócios em vários países. Também chamada empresa transnacional.
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Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
: Utilizado pela ônu, tem por objetivo avaliar o nível de bem-estar de uma sociedade, considerando as realizações médias em três dimensões básicas: uma vida longa e saudável, o nível de escolaridade e um padrão de vida digno. A escala do í dê agá varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor a qualidade de vida.
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