UNIDADE 2 CONHECIMENTOS BÁSICOS DE CARTOGRAFIA
Nesta Unidade, você aprenderá a se orientar e a localizar pontos na superfície da Terra, conhecimentos importantes para a leitura, a interpretação e a elaboração de mapas. Essas habilidades são fundamentais para estudar Geografia, ciência que investiga o espaço terrestre em seus aspectos físicos e humanos ou sociais.
1. Vendo a Terra do espaço
Observar e representar o lugar onde vivemos é uma prática antiga da humanidade.
Há registros históricos que mostram que desde épocas passadas as sociedades vêm desenvolvendo técnicas para mapear o mundo de fórma mais precisa e eficaz.
VERIFIQUE SUA BAGAGEM
- Para ir à festa de aniversário de um amigo em um lugar desconhecido, você usaria um desenho que mostre o caminho a percorrer, uma planta, um mapa, um globo terrestre, um planisfério ou um mapa digital? Você sabe dizer quais são as diferenças entre eles?
- Que aspectos da Terra podem ser estudados com a ajuda dos mapas?
- Você conhece outras aplicações da Cartografia? Se sim, dê exemplos.
PERCURSO 5 ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO
1.A orientação pelos astros
Quando conhecemos um lugar, temos certo domínio sobre o espaço, identificamos alguns pontos de referência e sabemos que direção seguir para chegar a um local. Em lugares desconhecidos, porém, é mais difícil nos orientarmos e o risco de nos perdermos é maior. Se isso ocorre onde há muitos pontos de referência, imagine o que pode acontecer se você estiver em uma floresta, em um deserto ou em alto-mar.
Desde tempos remotos, o ser humano percebeu que não era fácil deslocar-se em lugares com poucos pontos de referência. Esse desafio começou a ser vencido quando se constatou que era possível orientar-se no espaço geográfico pelos astros. Observando o céu, as pessoas perceberam que o Sol aparece todas as manhãs aproximadamente na mesma direção do horizonte e se põe ao entardecer na direção oposta; que a Lua tem um percurso semelhante ao do Sol; e que mesmo estrelas e constelaçõesglossário , como a do Cruzeiro do Sul, são capazes de indicar o rumo a ser seguido.
Entretanto, a eficácia desse tipo de orientação depende das condições do tempo e do lugar em que está o viajante, o que deixou de ser um problema com o desenvolvimento de instrumentos mais precisos, como a bússola e o astrolábio, muito usados durante o período das Grandes Navegaçõesglossário .
• Os pontos cardeais e a rosa dos ventos
Tomando como referência o movimento aparente do Sol, foram criados os chamados pontos cardeaisglossário – leste, oeste, norte e sul –, que podemos encontrar do seguinte modo:
- no horizonte, a direção em que o Sol “nasce” no dia do início da primavera ou no dia do início do outono é o leste (L) ou este (E), também chamado de oriente, que quer dizer “nascente”;
- no horizonte, a direção em que o Sol “se põe” nesses mesmos dois dias é o oeste (O ou W) ou ocidente, que quer dizer “poente”.
Conhecidos esses pontos, foram criados, na direção perpendicular à leste-oeste, outros dois: o norte (N), também chamado de setentrional ou boreal, e o sul (S), também denominado meridional ou austral.
Ao observar a rosa dos ventos no quadro da página seguinte, você perceberá que existem outras direções entre os pontos cardeais. Por isso, foram criados mais 12 pontos, que, somados aos quatro cardeais, totalizam 16. Esses pontos complementares são os pontos colaterais e os pontos subcolaterais. Juntos, os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais formam a chamada rosa dos ventos.
• Orientação pelo Sol
O método tradicional de orientação pelo Sol – com o norte à frente do observador (ilustração A) – foi desenvolvido para o observador no Hemisférioglossário Norte, mas, como estamos situados no Hemistério Sul, é preferível termos o sul à nossa frente como referência (ilustração B). Assim, para nos orientarmos, basta estender o braço esquerdo para onde o Sol “nasce” no horizonte, ou seja, o lado leste (L). A partir desse lado, determinam-se, aproximadamente, os demais: o braço direito estendido para o lado em que o Sol “se põe” indicará o oeste (O), à sua frente estará o sul (S) e às suas costas, o lado norte (N).
A orientação pelo Sol
O Cruzeiro do Sul
O Cruzeiro do Sul é uma constelação cujas estrelas mais brilhantes estão dispostas em fórma de cruz – daí o nome “cruzeiro”. No Hemisfério Sul, pode ser visto à noite no céu durante quase o ano inteiro, sendo usado como referência para apontar a direção norte-sul. Para se orientar por meio dessa constelação, localize o Cruzeiro do Sul em uma noite de céu estrelado e mire a sua estrela mais brilhante (chamada Estrela de Magalhães ou Alfaglossário ); prolongue imaginariamente quatro vezes e meia o tamanho do madeiroglossário maior da cruz; a partir daí, basta traçar uma linha vertical à linha do horizonte, a qual indicará, aproximadamente, a direção norte-sul.
2. A importância do ponto de referência
O ponto de referência é fundamental para a determinação dos pontos cardeais e para a orientação. Observe a ilustração de parte de uma cidade. Considerando que ela retrata o amanhecer e que a igreja será tomada como ponto de referência:
- a casa amarela está a leste da igreja;
- a casa verde está a oeste da igreja;
- o norte corresponde aos fundos da igreja;
- o sul corresponde à frente da igreja.
Ao mudar o ponto de referência da igreja para a casa azul, por exemplo, as posições se alteram. Observe:
- a casa vermelha está a leste da casa azul;
- a casa amarela está a oeste da casa azul (note que, considerando a igreja o ponto de referência, a casa amarela está a leste).
Percebemos, assim, que a identificação dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais no espaço terrestre depende do ponto de referência considerado.
• Os pontos de referência e os mapas mentais
Você sabe o que são mapas mentais?
Experimente fechar os olhos e mentalizar o percurso que você faz para ir da sua cama ao banheiro. Quando você imagina um percurso e visualiza os pontos conhecidos – como o sofá, o corredor ou a porta do banheiro –, está elaborando um mapa mental.
Quando nos deslocamos, geralmente usamos pontos de referência familiares para “traçar mentalmente” o trajeto que devemos percorrer. Esses pontos podem ser objetos, casas, ruas, parques etcétera Não importa: todos funcionam como “marcas”, que nos guiam na trajetória traçada.
Portanto, o mapa mental é o conjunto de direções que se criam mentalmente com base em pontos de referência conhecidos no espaço.
Fonte: í bê gê É. Meu º atlas. quarta edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2012. página 18.
NO SEU CONTEXTO
Que pontos de referência você ou as pessoas que o acompanham usam para não errar o caminho quando vão de sua moradia à escola?
3. A orientação pela bússola
A bússola é um instrumento usado para orientação. Possui uma agulha, que gira livremente sobre um eixo vertical, e um mostrador com a rosa dos ventos. A agulha é imantada, isto é, tem a propriedade de um ímã. Trata-se de um corpo de material magnetizado que atrai alguns objetos metálicos. Essa propriedade de atrair metais chama-se magnetismo.
A bússola foi inventada pelos chineses há muito tempo. Acredita-se que foram eles os primeiros a perceber que a Terra possui magnetismo.
Constituído principalmente por níquel e ferro em estado líquido, o núcleo da Terra funciona como um grande ímã em fórma de barra, com um dos polos em cada ponta. Desse modo, o magnetismo terrestre sempre alinha a agulha imantada de uma bússola na direção norte-sul, aproximadamente.
• Norte geográfico e polo magnético do norte
Observe que anteriormente nos referimos à direção aproximada norte-sul. Por quê?
Durante muito tempo, pensou-se que, em qualquer parte da Terra, a agulha da bússola indicava o Polo Norte ou o norte geográfico. No entanto, dependendo do lugar em que estamos, a agulha imantada da bússola não o indica exatamente. Ela é atraída pelo polo magnético do norte, situado a aproximadamente .1400 quilômetros do Polo Norte geográfico, na ilha Príncipe de Gales, no Canadá, como pode ser observado no mapa. O polo magnético do norte atrai a agulha da bússola em sua direção.
O Polo Norte geográfico e o polo magnético do norte
Fonte: MARRERO, Levi. La Tierra y sus recursos. décima nona edição Caracas: Cultura Venezolana, 1975. página 52.
Assim, ocorre um desvio da agulha da bússola para o polo magnético. Esse desvio recebe o nome de declinação magnética.
Como, então, os navegantes – comandantes de avião, navio ou barco – não erram o rumo ou a direção que desejam seguir?
Existem mapas, chamados cartas de navegação, que indicam esses desvios. Ao indicar a correção para o norte geográfico, essas cartas possibilitam aos navegantes uma orientação correta.
Com o desenvolvimento da ciência, foram criados outros instrumentos para orientação, muitos deles eletrônicos e que oferecem grande precisão e maior segurança para as navegações marítima e aérea e para o deslocamento em terra.
PERCURSO 6 LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO
1. A rosa dos ventos e a localização
Para se deslocar de um lugar a outro sem se perder, pode-se usar a rosa dos ventos associada a uma bússola e a um mapa, por exemplo. No entanto, conhecer apenas os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais não é suficiente para localizar, com precisão, determinado ponto na superfície terrestre.
Assim, para localizar com precisão cidades, vilas, montanhas, países, navios em alto-mar , os etcétera cartógrafosglossário criaram as linhas imaginárias da Terra, os paralelos e os meridianos, que formam a base para um sistema de localização denominado coordenadas geográficas.
2. Os paralelos terrestres
Com cêrca de 40 mil quilômetros de comprimento, o Equador ou linha equatorial corresponde à maior circunferência da Terra. Essa linha imaginária divide a Terra em dois hemisférios.
Quando os cartógrafos representam o globo terrestre, traçam circunferências paralelas a essa linha, ou seja, linhas que circulam a Terra paralelamente ao Equador. Por causa da fórma da Terra, os paralelos diminuem à medida que se afastam da linha equatorial e se aproximam dos polos. Indicados por grausglossário , os paralelos são traçados, tanto no Hemisfério Norte como no Hemisfério Sul, a partir do Equador (0) até 90 grau. graus
Com base na iluminação e no aquecimento da Terra pelos raios solares – assunto que será estudado adiante –, os cartógrafos nomearam quatro paralelos importantes: Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer, no Hemisfério Norte, e Círculo Polar Antártico e Trópico de Capricórnio, no Hemisfério Sul.
O Equador, os círculos polares e os trópicos são considerados os paralelos de referência.
Fonte: elaborado com base em Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2011. página 2.
3. Os meridianos terrestres
Observe no planisfério que, além das linhas horizontais – os paralelos –, há linhas verticais que ligam um polo a outro. São os meridianos.
Ao contrário dos paralelos, que têm medidas de comprimento diferentes, todos os meridianos têm o mesmo comprimento. Para a determinação do meridiano principal, de 0 grau (zero grau), houve um acordo em 1884 entre os países: escolheu-se o meridiano que passa pela torre do Observatório Real de Greenwich, localizado no bairro de Greenwich, em Londres, no Reino Unido. O meridiano de 0 grau é chamado Meridiano de Greenwich, Meridiano Principal ou Meridiano de Origem. É a partir dele que se numeram, em graus, os outros meridianos, tanto a leste como a oeste. Com relação ao Meridiano de Greenwich, contam-se 180 meridianos para o leste e 180 para o oeste, totalizando 360 meridianos. O Meridiano de Greenwich foi adotado como referencial para a implantação dos fusos horários no planeta: a leste de Greenwich, as horas aumentam e, a oeste, diminuem uma hora a cada 15 graus.
Mundo: paralelos e meridianos
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 34.
Em que hemisfério está localizado o território brasileiro em relação ao Meridiano de Greenwich?
Um meridiano e seu antípodaglossário formam uma circunferência, cujo comprimento é de .40009 quilômetros, que é, portanto, menor que o da circunferência formada pela linha do Equador (.40076 quilômetros). Isso explica por que a Terra não é exatamente redonda: os polos do planeta são ligeiramente achatados.
Os meridianos de Greenwich e de 180 graus dividem a Terra em outros dois hemisférios, o Hemisfério Leste, ou Oriental, e o Hemisfério Oeste, ou Ocidental. Tanto a representação dos paralelos como a dos meridianos podem ser feitas em um planisfério.
Observe que, ao traçar os paralelos a partir da linha do Equador e os meridianos a partir do Meridiano de Greenwich, os cartógrafos conseguiram determinar posições no globo terrestre com base na interseção (cruzamento) dos paralelos e dos meridianos.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
LOBATO, Monteiro.
Geografia de Dona Benta. vigésima quarta edição São Paulo: Brasiliense, 1995.
Para saber mais sobre o assunto estudado neste Percurso, leia o capítulo dezesseis desse clássico da literatura infantojuvenil, que mostra a Geografia de fórma didática.
4. Latitude e longitude: as coordenadas geográficas
Como vimos, os paralelos são traçados em relação à linha do Equador, que define o norte e o sul. Os meridianos têm como referência o Meridiano de Greenwich, que define o leste e o oeste. Os paralelos, ao se cruzarem com os meridianos, determinam pontos na superfície da Terra. Cada cruzamento funciona como uma espécie de “endereço”, identificado pela latitude e pela longitude – as chamadas coordenadas geográficas.
• A latitude
Latitude é a distância, medida em graus, de qualquer ponto na superfície da Terra até a linha do Equador. Portanto, todos os pontos que estão no mesmo paralelo têm a mesma latitude. Como o Equador é a linha que delimita os hemisférios Norte (Setentrional) e Sul (Meridional), todos os pontos localizados ao sul do Equador terão latitude Sul, e os pontos localizados ao norte do Equador terão latitude Norte. Observe a ilustração.
A latitude
Em relação à latitude, qual é a diferença entre as posições dos aviões amarelo e azul nesta ilustração?
Altas, médias e baixas latitudes
Em relação à linha do Equador, as latitudes podem ser altas, médias ou baixas, como se observa no planisfério.
As altas latitudes correspondem às latitudes próximas aos polos Norte e Sul, entre aproximadamente 66 graus e 90 graus; as médias latitudes estão entre os trópicos e os círculos polares; e as baixas latitudes correspondem às regiões localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio.
Zonas de alta, média e baixa latitudes
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 58.
As latitudes são muito usadas na Geografia, pois contribuem para o entendimento de diversos assuntos, como a distribuição dos tipos de clima no mundo. Se você observar um planisfério ou um globo terrestre com atenção, vai reparar, por exemplo, que as maiores áreas cobertas de gelo na Terra estão nos polos e em suas proximidades (altas latitudes). Além disso, no Brasil, nos estados próximos à linha do Equador (baixas latitudes), as médias de temperatura no decorrer do ano são, geralmente, mais elevadas que naqueles mais distantes dessa linha.
Que palavras do diálogo têm a ver com Cartografia? Explique com suas palavras o possível engano que a personagem cometeu em seu mapa.
• A longitude
Longitude é a distância, medida em graus, de qualquer ponto na superfície da Terra até o Meridiano de Greenwich. Todos os pontos situados no mesmo meridiano possuem a mesma longitude.
Como o Meridiano de Greenwich é a linha que delimita os hemisférios Oeste (Ocidental) e Leste (Oriental), a longitude pode ser Leste ou Oeste.
A longitude
Em relação à longitude, qual é a diferença entre a posição do avião vermelho e a do verde? Quais são as coordenadas geográficas desses aviões nessa ilustração?
Nota: Representação para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.
NAVEGAR É PRECISO
Ciência Viva
https://oeds.link/Oi7OxJ
Essa página apresenta atividades para construir instrumentos de cálculo de latitude e longitude com vídeos explicativos.
• O gê pê ésse e seu uso no cotidiano
Ao observar o mapa-múndi, parece fácil localizar qualquer ponto do planeta.
Mas imagine que você é o piloto de um avião ou o comandante de um navio: como saber a sua localização?
No caso de sua casa ou da escola, você sabe a que latitude e longitude elas estão?
Atualmente, localizar-se na superfície terrestre é tarefa fácil e bastante acessível. Com o gê pê ésse, obtêm-se as coordenadas geográficas de qualquer lugar, ou seja, a latitude e a longitude, em segundos. gê pê ésse é a sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System).
Aparelhos de gê pê ésse usam as informações recebidas de uma rede de 24 satélites artificiaisglossário que giram em torno da Terra enviando sinais para qualquer aparelho que possa recebê-los. Cada satélite artificial realiza duas voltas ao redor do planeta por dia. Portanto, a qualquer hora, há pelo menos três satélites artificiais “visíveis” para os aparelhos de gê pê ésse em qualquer ponto do planeta.
Graças à tecnologia do gê pê ésse, a localização de objetos ou de pessoas e o mapeamento de áreas extensas podem ser feitos com precisão e rapidez. O sistema está disponível para uso dos cidadãos desde 1995 e, atualmente, serve para muitas finalidades. Observe algumas delas.
Mapas colaborativos
Usuários do gê pê ésse podem alimentar bancos de dados virtuais que dão origem a mapas colaborativos de temas como mobilidade urbana, atrações culturais e problemas de uma região ou comunidade, os quais podem servir de instrumento de gestão para prefeituras.
Transporte público
Em algumas cidades brasileiras, os pontos de ônibus têm painéis que mostram em quanto tempo o próximo coletivo vai chegar. Isso é possível graças aos aparelhos instalados nos ônibus, que calculam o tempo de viagem com base na distância e na velocidade de deslocamento.
Melhores rotas
Um dos usos mais comuns do gê pê ésse é orientar motoristas em trajetos de carro. Um equipamento com mapas digitais é capaz de calcular as melhores rotas até o destino informado pelo motorista.
Navegação
Rotas de aviões e de embarcações e frotas de veículos também são controladas com o auxílio do gê pê ésse. Além de acusar obstáculos e recalcular trajetos, a tecnologia reduz o risco de acidentes.
NO SEU CONTEXTO
Para que serve o gê pê ésse? Que usos do gê pê ésse você reconhece no seu cotidiano?
Cruzando saberes
Dispositivo localiza idoso em situações de emergência por meio de sinal gê pê ésse
“Impulsionado por uma necessidade pessoal, o engenheiro Orlan Almeida criou, em 2013, um pequeno dispositivoglossário capaz de emitir um alerta para contatos pré-cadastrados, pelo celular, quando o idoso está em situações emergenciais.
A ideia surgiu em Brasília, após o pai de Almeida sofrer uma queda e quebrar a mão. Segundo ele, não havia no mercado equipamentos que atendessem às necessidades para aquele momento. A partir daí, decidiu projetar seu próprio dispositivo . Atualmente, há dispositivos com o mesmo fim que funcionam como um telefone sem fio, com base e aparelho de alerta. reticências
O aparelho, que emite um sinal gê pê ésse por meio de dois chipsglossário de telefonia móvel, tem sensores de movimento que identificam de fórma automática quando o idoso sofre alguma queda. Conectado ao aplicativo de celular, o sistema emite a localização da emergência para os tutoresglossário da vítima.
Além disso, o equipamento também conta com sensores de temperatura, para situações que envolvem incêndio. Caso os familiares não consigam atender o chamado a tempo, o alerta é direcionado para uma central de atendimento que funciona 24 horas. ”
RIBEIRO, João Vicente. Dispositivo localiza idoso em situações de emergência por meio de sinal gê pê ésse. Panorama Farmacêutico, 14 junho 2017. Disponível em: https://oeds.link/0OXZeJ. Acesso em: 9 dezembro 2021.
Interprete
1. Para que serve o dispositivo criado pelo engenheiro Orlan Almeida?
Argumente
2. Qual é a importância desse dispositivo para os idosos?
Contextualize
- Assim como crianças e adolescentes, em nosso país os idosos têm direitos fundamentais garantidos por lei. O que você sabe sobre esses direitos e como contribuir para que os idosos sejam respeitados no dia a dia?
- O que você faria se presenciasse ou tivesse conhecimento de que os direitos e interesses de um idoso não estão sendo respeitados por outras pessoas, até mesmo por familiares dele?
5. A altitude
Altitude é a distância vertical de um ponto qualquer da superfície da Terra em relação ao nível médio do mar, cuja altitude é zero. Esse ponto é usado como referência para medir a altitude de uma localidade. Quando se diz, por exemplo, que a altitude do Monte Everest, situado na Ásia, é de .8848 metros, significa que seu pico está a .8848 metros acima do nível médio do mar.
Não se deve confundir altitude com altura. Esta é a distância vertical de um corpo ou objeto (casa, pessoa, animal, vegetal, entre outros) acima da superfície do terreno em que se encontra – da base ao ponto mais alto.
Tal como a latitude e a longitude, a altitude é um importante dado sobre a localização de um ponto no globo terrestre. Por isso, ao indicar a localização de um ponto, o gê pê ésse fornece dados da latitude, da longitude e da altitude desse ponto.
Altitude e altura
Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.
Atividades dos percursos 5 e 6
Registre em seu caderno.
- Tendo como ponto de referência a escola em que você estuda, sua casa localiza-se em qual direção?
- Explique por que a determinação dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais no espaço terrestre depende de um ponto de referência.
- Descreva o que é o polo magnético do norte.
- Observe o planisfério da atividade 7 e faça o que se pede.
- Aponte um meridiano e um paralelo que “cortam” o território brasileiro.
- Faça o mesmo em relação ao continente africano.
- O que são latitude e longitude? Explique a importância delas para a localização de um ponto na superfície da Terra.
- Retome a leitura dos textos das páginas 41 e 42 e responda: a localidade em que você vive está em uma zona de alta, média ou baixa latitude? Explique sua resposta.
- Observe o planisfério e responda às questões.
Mundo: paralelos e meridianos
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 12-13.
- Que continente se localiza totalmente no Hemisfério Oeste?
- Dê a latitude e a longitude dos pontos assinalados. Quais deles estão em baixas latitudes?
- Imagine que as coordenadas de um grupo de pesquisa sejam latitude 80 Sul e longitude 60 Oeste. Em que continente esse grupo está?
- Um explorador saiu do ponto C e se dirigiu ao ponto A, enquanto outro saiu do ponto B e viajou até o ponto A. Qual deles mudou de hemisférios, tanto em relação à linha do Equador quanto ao Meridiano de Greenwich?
- Suponha que uma aeronave tenha realizado um pouso emergencial em um ponto localizado em latitude 80 norte e longitude oeste. Consultando o planisfério da atividade 7, a aeronave pousou em uma zona de baixa, média ou alta latitude? Explique a sua resposta.
- Leia o fragmento de texto e, depois, responda às questões.
“ — Mas como você vai dar a nossa posição aqui neste mar? — perguntou Márcio, inquieto.
Marco tomou a palavra, expressando a frustração da turma:
— É, seu Paulo, a gente cansou de pensar e até agora não achamos uma solução, porque aqui no mar é tudo igual e não tem nenhuma referência…
Seu Paulo chamou a guarda costeira e informou que estavam com o barco quebrado em alto-mar e que haviam atravessado uma tempestade. Por isso precisavam de socorro para chegar ao continente.
A guarda costeira pediu a localização. Consultando o gê pê ésse seu Paulo informou:
— Estamos a 24 graus e 30 minutos de latitude sul e 46 graus e 15 minutos de longitude oeste.”
SARTORELLI, Márcia Prado; GUERRA, Sônia dos Santos; SERRANO, Teresa Silvestri. Como sair dessa. segunda edição São Paulo: éfe tê dê, 1998. página 15.
- O que é gê pê ésse?
- Consulte um atlas geográfico e procure saber em qual oceano se encontra o barco quebrado citado no texto. Como ele está em alto-mar, indique qual é o litoral mais próximo.
10. Observe o quadro e, sem consultar outras fontes de informação, responda às questões.
Capital |
Localização geográfica |
Altitude (metros) |
|
---|---|---|---|
Latitude |
Longitude |
||
Boa Vista (RR) |
2° N |
60° O |
85,1 |
Recife (PE) |
8° S |
34° O |
4,5 |
Rio Branco (AC) |
9° S |
67° O |
152,5 |
São Paulo (SP) |
23° S |
46° O |
760,2 |
Porto Alegre (RS) |
30° S |
51° O |
2,8 |
Fonte: í bê gê É. Anuário estatístico do Brasil 2020. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2021. Tabela 1.1.1.2. página 1-7.
- Qual dessas capitais é a mais setentrional? Qual é a mais meridional? Explique.
- Qual dessas capitais é a mais ocidental?
- Qual das capitais está em maior altitude? Aponte as coordenadas geográficas dessa cidade.
11. Observe as fotos para responder à atividade.
• Para quais fotografias você pode empregar os conceitos de altura e altitude? Por quê?
PERCURSO 7 DO DESENHO AO MAPA
1. A Cartografia
Experimente desenhar seu quarto ou os cômodos de sua casa: trace as paredes, represente as portas e as janelas e, se quiser, desenhe também móveis e objetos, como sofá, cama, armário, mesa e computador. Ao final, você terá elaborado o que os cartógrafos chamam de croqui, isto é, um desenho com traços iniciais ou rudimentares, em geral feito à mão rapidamente. Dessa fórma, os croquis não exigem grande precisão técnica nem rigor gráfico, ao contrário do que ocorre com os mapas, que são elaborados com base em estudos científicos e operações técnicas e artísticas usadas pela Cartografia, ciência que se dedica à representação e à comunicação de informação espacial por meio de mapas.
NO SEU CONTEXTO
Em uma folha avulsa, elabore o croqui de sua sala de aula. Depois, reúna-se com mais dois colegas e comparem os croquis. Observem em que eles são iguais e em que diferem. Qual deles se assemelha mais à sala de aula? Por quê?
Versão adaptada acessível
Elabore uma representação de sua sala de aula. Ela pode ser realizada com o uso de materiais com diferentes texturas, formas e tamanhos organizados de modo a representar os elementos da sala.
Depois, reúna-se com mais dois colegas e comparem as representações. Observem em que elas são iguais e em que diferem. Qual delas se assemelha mais à sala de aula? Por quê?
• O que é mapa?
Mapa é uma representação gráfica das características naturais ou sociais de toda a superfície da Terra, ou de parte dela, sobre qualquer suporte plano, como folha de papel, tecido, couro, meios digitais, entre outros.
Os rios, as montanhas, a fauna, assim como o clima e a vegetação, são exemplos de características naturais que podem ser mapeadas (mapa A).
Região Norte: hidrografia
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 57.
A hidrografia representada no mapa é um elemento natural ou social? Explique sua resposta.
Entre as características sociais, as cidades, as estradas, os campos de agricultura, as indústrias e demais aspectos da ocupação humana no espaço geográfico são frequentemente representados em mapas (mapa B).
Brasil: percentual de domicílios com acesso à internet – 2017
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 131.
Na unidade da federação em que você vive, qual era a faixa percentual de domicílios com acesso à internet em 2017?
QUEM LÊ VIAJA MAIS
A Cartografia. décima quinta edição Campinas: Papirus, 2016.
O livro aborda aspectos essenciais dessa disciplina, como a cartografia descritiva da superfície terrestre, a análise cartográfica do espaço geográfico e o papel da Cartografia na gestão do meio ambiente.
Os principais elementos de um mapa
Existem diversos tipos de mapa, cada um deles representa as particularidades do espaço geográfico, sejam elas físicas ou sociais. Há, no entanto, alguns elementos que devem estar presentes em qualquer representação cartográfica: o título, a fonte, a rosa dos ventos (ou orientação), a escala, a legenda e as coordenadas geográficas, como mostra o mapa.
Os símbolos cartográficos
Um mapa pode representar muitas informações: cidades, vilas, indústrias, rodovias, rios, fronteira internacional, divisa de estados, aeroportos, portos e muitos outros aspectos físicos ou humanos existentes na paisagem ou no espaço geográfico.
Para isso, usam-se símbolos figurativos, isto é, desenhos que representam o que se deseja mostrar (o desenho de navio indica a localização de um porto; o de torre de petróleo, o local de exploração desse produto; e assim por diante). Observe esses elementos no quadro.
Exemplos de símbolos cartográficos
No entanto, nem tudo pode ser representado por símbolos figurativos. Nesse caso, usam-se outros recursos ou modalidades: cores, por exemplo, para representar diferentes regiões, figuras geométricas para indicar a existência de recursos minerais (minérios de ferro, manganês, alumínio, cobre etcétera), além de muitos outros símbolos, conforme a necessidade. Os símbolos constantes no mapa devem estar inseridos em uma legenda para que o leitor possa identificá-los e saber o que representam.
Brasil: principais reservas minerais – 2019
Fonte: elaborado com base em BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário mineral brasileiro 2020: principais substâncias metálicas. Brasília: dê êne pê ême, 2020. página 4.
Com base no mapa e na legenda, você identifica reservas minerais na unidade da federação em que vive? Quais?
2. A representação da Terra
Do mesmo modo que você pode desenhar em um papel o croqui do seu quarto, os cartógrafos desenvolveram fórmas diferentes de representar a Terra, entre elas: o globo terrestre, o planisfério e, mais recentemente, os mapas digitais.
• O globo terrestre
No globo terrestre, reproduz-se de modo aproximado a fórma da Terra. As direções e as distâncias relativas entre os pontos da superfície são mantidas proporcionalmente.
Ao mesmo tempo, a representação da Terra por meio do globo apresenta duas desvantagens:
- oferece poucos detalhes sobre a superfície terrestre, pois não apresenta casas, vilas, estradas, campos de agricultura etcétera;
- não possibilita visualizar toda a superfície do planeta simultaneamente. Uma face da Terra fica sempre oculta à visão.
Para compensar a primeira desvantagem, elaboram-se mapas que representam partes menos abrangentes da superfície terrestre: países, estados, municípios, bairros, fazendas etcétera Por meio dessas representações, é possível mostrar detalhes que o globo terrestre não pode representar (mapa A). Observe que, quanto menor o espaço a ser representado, maior é a possibilidade de incluir no mapa detalhes da superfície (mapa B).
Para resolver a segunda desvantagem, os cartógrafos criaram o planisfério.
Rio de Janeiro: principais cidades
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 153.
Rio de Janeiro ( Rio de Janeiro): parte do centro da cidade
Fonte: Guia Quatro Rodas: Brasil 2012. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Planta dois. São Paulo: Abril, 2011. página 660 e 661.
Localize a Igreja da Candelária e a Praça 15 de Novembro. Quantas quadras as separam?
• O planisfério
O planisfério é um mapa que representa toda a superfície terrestre em um plano, tal como o mapa-múndi – um tipo de planisfério em que os dois hemisférios aparecem projetados lado a lado. Assim, é possível observar toda a superfície do planeta ao mesmo tempo, o que facilita o estudo comparativo dos continentes e de sua localização na Terra.
Planisfério
Fontes: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 18; OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 61.
Mapa-múndi
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 11.
• Os mapas digitais
As fotografias aéreas e as imagens fornecidas pelos satélites artificiais em órbita da Terra e recebidas por computadores constituem atualmente os grandes recursos de que dispõe a Cartografia para elaborar os mapas digitais. Elas fornecem informações meteorológicas, como dados sobre deslocamentos das massas de ar e as condições de tempo, além de dados sobre recursos naturais (minerais, solo, vegetação etcétera), áreas desmatadas, queimadas, movimento de tropas militares, ocupação humana no espaço geográfico e muitos outros.
NAVEGAR É PRECISO
í bê gê É Educa – Crianças
https://oeds.link/0aDIHx
Nessa página, você pode explorar dados, jogos e diversos mapas do mundo e do Brasil.
Google Maps
https://oeds.link/4wRI1Y
Por meio de mapas, fotos e imagens de satélite, você pode viajar por todo o mundo. No campo de pesquisa, você pode escolher uma localidade e usar o recurso do zoom para aproximar a área desejada.
O uso da tecnologia de satélites artificiais para o mapeamento possibilita aos países melhores condições de conhecer, dominar, controlar e administrar o espaço geográfico (de uma região ou do mundo).
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 14.
3. As escalas em mapas
Como você viu anteriormente, o mapa é a representação gráfica de características físicas e sociais de toda a superfície da Terra, ou de parte dela, sobre um plano (uma folha de papel, por exemplo). Mas, para um mapa poder representar corretamente o que existe na Terra em uma folha de papel, precisamos aplicar a escala.
Imagine que você tenha que representar, em uma folha de papel, o cômodo de uma casa que mede 4 metros de comprimento por 3 metros de largura. Se quisesse manter o tamanho real do cômodo, precisaria de uma folha de papel gigante, pelo menos do mesmo tamanho do cômodo.
No entanto, com o uso da escala, essa tarefa torna-se mais fácil. Basta determinar, por exemplo, que cada metro desse cômodo corresponde a 1 centímetro. Dessa maneira, você pode desenhá-lo em uma folha de papel de tamanho normal, com sobra de espaço.
A escala é, portanto, a relação proporcional entre as distâncias medidas na representação e as distâncias reais no terreno. Assim, 4 centímetros no desenho do cômodo correspondem a 4 metros na realidade – como 1 metro é igual a 100 centímetros, podemos também dizer que 4 centímetros no desenho correspondem a 400 centímetros na realidade.
Desenho com escala
Existem dois tipos de escala: a numérica e a gráfica.
• A escala numérica
Para representar um espaço de dimensão reduzida, como o cômodo de uma casa, podemos usar, por exemplo, a escala 1 para 100, como se viu no desenho com escala. No entanto, esse tipo de escala seria inadequado para representar um país. Observe o mapa.
Para representar espaços maiores, como estados, países e continentes, devemos utilizar uma escala em que 1 centímetro no mapa corresponda a muitos centímetros na realidade.
A escala usada no mapa é de 1 : ..50000000 (lê-se: um para cinquenta milhões), ou seja, 1 centímetro no mapa corresponde a 50 milhões de centímetros (ou 500 quilômetros) no terreno.
Brasil: distâncias dos pontos extremos
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 91.
Mas surge um problema: é difícil ter ideia do que representam ..50000000 de centímetros, pois estamos acostumados a medir distâncias em metros ( métros) ou em quilômetros ( quilômetros). Para facilitar a compreensão, basta transformar centímetros ( centímetros) em metros e em quilômetros. Observe, no quadro, os múltiplos e submúltiplos do metro e como é possível transformar centímetros em metros e em quilômetros.
De centímetros a metros e a quilômetros
Aplicação da escala numérica
Para pôr em prática a escala numérica, observe o mapa. A escala numérica desse mapa é 1 para..10000000 (lê-se: um para dez milhões), ou seja, cada centímetro no mapa corresponde a 10 milhões de centímetros na realidade. Transformando 10 milhões de centímetros em quilômetros, cortamos cinco zeros e concluímos que 1 centímetro no mapa corresponde a 100 quilômetros.
Com esse dado, podemos calcular a distância, em linha reta, entre cidades representadas no mapa. Basta medir com uma régua a distância entre duas cidades. A distância entre Alagoinhas e Jacobina, por exemplo, é de 2,5 centímetros.
Sabendo que, no mapa, 1 centímetro corresponde a 100 quilômetros, multiplicamos 2,5 por 100 quilômetros (2,5 × 100 quilômetros = 250 quilômetros). Portanto, a distância real em linha reta entre Alagoinhas e Jacobina é de 250 cá ême.
Bahia: cidades – 2016
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 71.
• A escala gráfica
Esse tipo de escala é representado por um segmento de reta dividido em partes, como uma régua. As distâncias do terreno são indicadas na própria linha reta.
Escala gráfica
Observe o mapa desta página. Na escala gráfica desse mapa, cada divisão maior do segmento (trecho de 1 centímetro) corresponde a 16 quilômetros. Agora, imagine que você queira saber a distância, em linha reta, entre Belo Horizonte e Jaboticatubas. Para usar a escala gráfica, basta:
- localizar no mapa as duas cidades;
- medir com uma régua a distância entre elas (3 centímetros).
A escala gráfica mostra que cada centímetro no mapa equivale a 16 quilômetros no terreno. Portanto, para saber a distância, em quilômetros e em linha reta, entre Belo Horizonte e Jaboticatubas, basta multiplicar 3 por 16. Concluímos, então, que a distância entre as duas cidades é de 48 quilômetros.
Como, em geral, a distância entre duas cidades não corresponde a um número exato, para facilitar o cálculo, cada trecho da escala gráfica foi subdividido em dez partes (10 milímetros). Nesse caso, cada uma das partes corresponde a 1,6 quilômetro.
Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2021
Fonte: ú éfe ême gê. Portal Plano Metropolitano érre ême bê aga. Belo Horizonte: Cedeplar/ ú éfe ême gê, 2021. Disponível em: https://oeds.link/sPTipN. Acesso em: 28 outubro 2021.
Se você estiver em Belo Horizonte, que distância vai percorrer, em linha reta e em quilômetros, até Esmeraldas?
PAUSA PARA O CINEMA
Resgate abaixo de zero.
Direção: frênqui marchal. Estados Unidos: Buena Vista Pictures, 2006. Duração: 125 minutos
Com base em uma história real, o filme conta a saga de um grupo de cientistas que sofre um acidente na Antártida, mas é salvo por cães de trenó. Após ser obrigado a deixar os animais, o grupo decide resgatá-los e, para isso, organiza uma expedição, lançando mão de todos os conhecimentos cartográficos e de orientação disponíveis.
4. A escala em plantas
Os mapas representam espaços geográficos de grande dimensão e, portanto, são construídos em escalas bastante pequenas, ou seja, aquelas em que não se podem observar detalhes da superfície, como as que você viu neste Percurso (1 para ..50000000; 1 para ..10000000).
Entretanto, para representar espaços como casas, apartamentos, bairros, sítios e fazendas, os engenheiros e outros especialistas elaboram representações em escalas grandes, que possibilitam observar detalhes da superfície representada – 1 para 100, 1 para .2000 ou mesmo 1 para .20000. Essas representações gráficas são denominadas plantas.
A planta de uma habitação representa, em escala, a construção como se fosse vista de cima, sem teto e telhado. Na planta apresentada a escala é 1 para 100.
Planta de uma habitação
• Planos urbanos
As plantas também são usadas pelas prefeituras para auxiliar na administração e no planejamento do município. Para isso, são elaborados os chamados planos urbanos, ou seja, representações em grandes escalas que apresentam informações fundamentais e atualizadas sobre edificações, áreas não edificadas, áreas verdes, praças, parques, monumentos históricos, estações de trem e de metrô, áreas residenciais e industriais, entre muitas outras.
Por meio desses planos, pode-se observar a organização urbana e propor o que deve ser feito ou planejado para melhorar esse espaço para seus habitantes.
Parte do plano urbano da cidade do Rio de Janeiro
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta ediçãoSão Paulo: Moderna, 2016. página 9.
Qual é a distância, em linha reta, entre o Forte São João e a Estação Botafogo?
PERCURSO 8 A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO RELEVO
1. O relevo da Terra
Como você estudou no Percurso 7, um mapa pode representar tanto características físicas como humanas ou sociais do espaço. Entre as características físicas está o relevo terrestre.
A superfície da Terra, incluindo o fundo dos oceanos, não é lisa como uma casca de ovo; ao contrário, mostra-se bastante diversa: há saliências, como montanhas, colinas, serras, cordilheiras etcétera, áreas planas, entre outras fórmas. À diversidade de fórmas das terras submersas – abaixo das águas de oceanos, rios e lagos, como exemplifica a ilustração – e das terras emersas – acima das águas (observe a foto) – é que se dá o nome de relevo.
Representação do fundo oceânico
Fonte: elaborado com base em Atlas visuais: a Terra. quinta edição São Paulo: Ática, 1996. página 50-51.
Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.
Identifique duas fórmas do relevo submarino ou fundo oceânico.
2. A representação do relevo
Para representar graficamente o relevo, os cartógrafos empregam diversas técnicas. A mais frequente tem como base as curvas de nível – linhas que, traçadas em um mapa, unem pontos do relevo de mesma altitude.
• As curvas de nível
Com equipamentos específicos, geólogos, engenheiros, geógrafos, topógrafosglossário e outros profissionais medem as altitudes do relevo de determinado espaço natural ou geográfico. Com base nesses dados, representa-se graficamente o relevo por meio de curvas de nível, dando origem ao mapa topográfico – uma representação detalhada da superfície terrestre, que mostra elementos naturais (relevo, rios ) e elementos culturais (estradas, edificações, campos de cultivo etcétera ). etcétera
Jardinópolis ( São Paulo) e região: mapa topográfico
Fonte: í bê gê É. Carta do Brasil: Ribeirão Preto. Folha -23-V-C-I-1. Rio de Janeiro: í bê gê É, 1979.
Observe novamente o mapa topográfico. Nele estão representados intervalos de altitudes a cada 20 metros, ou seja, as altitudes representadas pelas curvas de nível variam de 20 em 20 metros. Esse intervalo recebe o nome de equidistância (igual distância). A equidistância depende do objetivo do topógrafo: se o que se pretende é maior detalhamento das altitudes do relevo, a equidistância deve ser menor; se o objetivo é menor detalhamento, a equidistância deve ser maior.
NAVEGAR É PRECISO
– Brasil em relevo
https://oeds.link/FiGgOF
Com diversas imagens de satélite do relevo brasileiro, esse site vai levá-lo a uma viagem sobre as variadas fórmas da superfície brasileira.
• O uso das cores
Para facilitar a interpretação das curvas de nível, muitas vezes usam-se cores que representam as várias altitudes do relevo. Essas cores obedecem a padrões internacionais, segundo determinada sequência: das cores claras às mais escuras. Por convenção, as cores claras representam menores altitudes e as escuras, maiores altitudes.
Cada uma das cores corresponde a um intervalo de altitude diferente. No mapa de altitudes e profundidades oceânicas do Brasil, por exemplo, a cor verde representa terras em altitudes compreendidas entre 0 e 100 metros, e a cor marrom-escura, as áreas com altitudes iguais ou superiores a .1200 metros.
Brasil: altitudes e profundidades oceânicas
Fontes: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 54; í bê gê É. Anuário estatístico do Brasil 2020. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2021. Tabela 1.3.2.1. página 1-26.
Em que altitudes correm os rios Amazonas e São Francisco?
Agora, observe as profundidades no Oceano Atlântico. Os tons de azul – do mais claro ao mais escuro – representam, respectivamente, da menor profundidade à maior. Essa representação dos níveis de profundidade oceânica recebe o nome de batimetriaglossário , cotas batimétricas ou cotas de profundidade.
• Perfil topográfico: o relevo em detalhes
Quando se traçam as curvas de nível de determinado espaço natural ou geográfico, obtém-se a compreensão do relevo desse espaço. Porém, em alguns casos, é preciso observar detalhadamente a variação das altitudes do relevo. Para isso, deve-se traçar, com base nas curvas de nível e na escala de um mapa topográfico, o perfil topográfico, que mostra um córte da superfície terrestre (note a linha A-B no perfil topográfico). O perfil topográfico é um gráfico no qual o eixo vertical apresenta as altitudes e o eixo horizontal, a extensão do córte selecionado.
Observe o mapa e o perfil topográfico nesta página, e a foto na seguinte. Com as curvas de nível dos morros do Pão de Açúcar e da Urca, podemos representar o perfil topográfico do trecho A-B. Repare que, quando o relevo é muito inclinado, as curvas de nível estão muito próximas umas das outras – é o caso do Pão de Açúcar. Quando o relevo é menos inclinado, as curvas são mais distantes umas das outras – é o caso do Morro da Urca.
Pão de Açúcar e Morro da Urca ( Rio de Janeiro): curvas de nível e perfil topográfico
Fonte: OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 116.
Tendo como critério o menor nível de dificuldade, você escolheria o Pão de Açúcar ou o Morro da Urca para escalar? Explique por quê.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
Enciclopédia do estudante: Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2008.
Na parte referente aos apêndices, você encontra um resumo dos assuntos relacionados à Cartografia, como elementos do mapa, escala, tipos de mapa, imagens de satélites e muitos outros.
• O bloco-diagrama
O bloco-diagrama é uma representação gráfica elaborada em perspectivaglossário que mostra determinada área da superfície da Terra nas três dimensões: comprimento, largura e altura.
Essa técnica é usada não apenas para representar o relevo de uma área, mas também a hidrografia (rios), as geleiras, os tipos de rocha que se encontram no subsolo, entre outras informações.
A elaboração de um bloco-diagrama baseia-se em mapas da área que se deseja representar e tem a vantagem de reproduzir com grande fidelidade seu aspecto real. Atualmente, os recursos tecnológicos têm contribuído significativamente para a representação do relevo por meio dessa técnica, tornando-o de mais fácil compreensão.
Bloco-diagrama
Fontes: elaborado com base em Atlas visuais: a Terra. quinta edição São Paulo: Ática, 1996. página 21.
Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.
Rotas e encontros
Cicloturismo, topografia e o uso de mapas
O cicloturista Antonio Olinto já fez a volta ao mundo em sua bicicleta e, para isso, apoiou-se nos mapas. Leia o texto no qual ele dá dicas para identificar trechos inclinados do caminho em um mapa.
“ Em nossas viagens de aventura com bicicleta, nunca levamos gê pê ésse. Sempre nos pareceu pouco útil, preferimos lidar com mapas de papel.
reticências O gê pê ésse sozinho só tem a capacidade de dizer onde você está exatamente. A grande utilidade do gê pê ésse em terra está a partir do momento em que colocar uma rota ou uma carta (mapa) dentro dele. Ou seja, em um momento ou em outro terá que aprender a ler mapas.
reticências Ter em mente os pontos cardeais é uma obrigação, sem essa noção não conseguirá nem posicionar o mapa para começar a observar.
O indício mais fácil de perceber uma subida é observar se o desenho da estrada [no mapa] faz zigue-zague. Geralmente uma estrada é construída o mais reta possível; ela fará uma volta para desviar de obstáculos grandes e abruptosglossário como morros e lagos, mas fará zigue-zague só para vencer grandes montanhas.
No mapa observe o caminho que sai de Yungay, no vale do Rio Santa, e sobe para a Cordilheira Branca através do Passo de Llanganuco, que está a .4767 métros de altitude. Veja que existem dois pontos onde o desenho da estrada faz zigue-zague: logo na saída da cidade e depois, já bem perto do topo, no passoglossário . Ou seja, podemos prever fortes subidas logo ao sair da cidade, um caminho plano ao lado do lago e mais subidas fortes perto do passo. Depois dele, a estrada começa a descer, esse é o ponto onde a estrada ‘passa’ para o outro lado da serra. Sempre que o desenho da estrada faz um zigue-zague a subida é mais íngreme, pois a estrada necessita dar várias voltas para vencer a montanha. Entretanto, você só poderá observar esse desenho em mapas com uma escala grande, ou seja, mapas mais detalhados como este da Cordilheira Branca. ”
FERREIRA, Antonio Olinto. 7 passos andinos: uma aventura de bicicleta pelos desertos da cordilheira. segunda edição Bauru: A. O. Ferreira, 2014. página 216-217.
Cordilheira Branca (Peru): caminho de Yungay a Passo de Llanganuco
Fonte: FERREIRA, Antonio Olinto. 7 passos andinos: uma aventura de bicicleta pelos desertos da cordilheira. segunda edição Bauru: A. O. Ferreira, 2014. página 216-217.
Interprete
- Que importante dica o cicloturista dá para reconhecer um trecho íngreme em uma estrada representada em um mapa?
- Que técnica cartográfica você consegue identificar nesse mapa?
Contextualize
3. Você já pensou sobre os benefícios da prática de esportes? Caso pratique, comente os benefícios conquistados.
Atividades dos percursos 7 e 8
Registre em seu caderno.
- Explique o que é um mapa e para que ele serve.
- Para conhecer uma cidade, caminhar por suas ruas e encontrar seus pontos de interesse com facilidade, recomenda-se consultar sua planta. Antes de tudo, o turista ou visitante deve localizar onde está hospedado e, depois, marcar na planta esse lugar com lápis ou caneta. Pense e explique por que esse procedimento é importante.
- Explique com suas palavras o que é relevo terrestre. Em seguida, descreva o relevo da localidade onde você vive.
- As legendas dos mapas físicos comumente representam os intervalos de altitudes do relevo das terras emersas e também os níveis de profundidade de oceanos em cores diferentes para facilitar a interpretação das informações. Em seu caderno, identifique a legenda que representa as cotas batimétricas de fórma correta e justifique sua escolha.
- Explique o que é bloco-diagrama e cite a vantagem da representação da realidade que ele proporciona para quem faz sua leitura.
- Este mapa representa a atual divisão política do Brasil. Interprete-o e, depois, faça o que se pede.
Brasil: divisão política
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 94.
- Que elementos das representações gráficas não estão presentes no mapa?
- Calcule a distância real, em linha reta, entre as cidades de Campo Grande e Cuiabá.
7. Há cinco erros nesta representação. Em seu caderno, identifique-os e explique-os.
Pão de Açúcar e Morro da Urca ( Rio de Janeiro): curvas de nível
Fonte: elaborado com base em OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 116.
- Faça uma planta da sala de aula com mais três colegas. Usem uma trena ou fita métrica para medir as paredes e os principais objetos presentes. Tomem nota das medidas em um rascunho e, com o auxílio do professor, definam a escala em que a planta será elaborada. Com base na planta, construam uma maquete da sala de aula. Nessa etapa, vocês precisarão considerar a altura das paredes e dos objetos que serão representados em miniatura. Reúnam materiais como caixas, cartolina, papelão, régua, lápis, cola e tesoura de pontas arredondadas. Ao final da atividade, vocês terão elaborado duas representações da sala de aula: uma bidimensional e outra tridimensional. Identifiquem na planta e na maquete a que tipo de representação cada uma delas corresponde.
- Elabore uma base cartográfica da divisão política do Brasil, ou seja, das unidades da federação (estados e Distrito Federal). Para isso, aplique papel de seda ou vegetal sobre o mapa da atividade 6 e reproduza-o em uma folha de papel sulfite ou cartolina, com os paralelos e meridianos, as coordenadas geográficas, a rosa dos ventos e a escala. Considerando que, em agosto de 2021, segundo o í bê gê É, os principais produtores de café no Brasil foram Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná, faça uma legenda em uma cor que represente essa informação e aplique-a ao seu mapa. Dê um título a ele e cite a fonte.
- Na imagem de satélite, destacam-se o Plano Piloto e o Lago Paranoá, na cidade de Brasília. Analise as duas representações e responda às questões.
Plano Piloto em Brasília
Fonte: Charliê Jác ( organizador). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2011. página 156.
- Que elementos cartográficos empregados no mapa facilitam a interpretação da imagem de satélite?
- Imagine que, em seu livro, não há legenda nesse mapa. Que argumentos você usaria para pedir a substituição do livro? Use seus conhecimentos sobre os elementos do mapa para basear sua solicitação.
Versão adaptada acessível
9. Elabore um mapa tátil com a divisão política do Brasil para representar os principais produtores de café no Brasil em agosto de 2021, segundo o IBGE: Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná. Utilize texturas para diferenciar essas unidades da federação e crie uma legenda explicativa dos recursos utilizados no mapa.
Glossário
- Constelação
- fórma
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- Grandes Navegações
- quinze e dezesseis.
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- Cardeal
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- Hemisfério
- Hemi:
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- Alfa
- α
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- Madeiro
- Voltar para o texto
- Cartógrafo
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- Grau
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- Antípoda
- grauGreenwich ponto
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- Satélite artificial
- etcétera
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- Dispositivo
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- Chip
- Voltar para o texto
- Tutor
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- Topógrafo
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- Batimetria
- bathus metron =
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- Perspectiva
- fórma
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- Abrupto
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- Passo
- .
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