UNIDADE 3 O PLANETA TERRA E A CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA
Nesta Unidade, você vai descobrir que o nosso planeta é um corpo celeste minúsculo no Universo e entender por que existem o dia, a noite e as estações do ano. Depois, embarcaremos em uma viagem pela atmosfera para compreender as origens e a importância geográfica dos ventos e das massas de ar. Por último, vamos refletir sobre algumas consequências das práticas humanas na dinâmica climática de nosso planeta.
1. A Terra em movimento
A sucessão de dias e noites, a alternância das estações do ano, a circulação dos ventos na atmosfera, entre outros fenômenos naturais, são consequência dos constantes movimentos realizados pela Terra.
As movimentações dos corpos celestes, como as estrelas, os satélites naturais e os planetas, já eram observadas há milhares de anos pelos nossos antepassados, que buscavam desvendar os mistérios do Universo.
VERIFIQUE SUA BAGAGEM
- Observe a imagem desta abertura. Você sabe por que existem dia e noite?
- O que você sabe sobre a atmosfera terrestre? Em sua opinião, as ações humanas são capazes de alterá-la, afetando a dinâmica do clima da Terra?
PERCURSO 9 A TERRA NO SISTEMA SOLAR
1. Geografia e a Terra no Universo
Para estudar Geografia, é necessário conhecer alguns aspectos da Terra no Universoglossário . Isso porque muitos fenômenos que se manifestam na superfície da Terra se originam no espaço cósmico.
A alternância das estações do ano, por exemplo, é de grande importância para as atividades humanas, pois influencia os períodos de plantio ou de colheita das culturas, a maneira como nos vestimos, a necessidade de nos abrigarmos do frio e da chuva etcétera Esse fenômeno é explicado pela inclinação do eixo da Terra, pelo movimento de translação que ela executa ao redor do Sol, pela sua forma esférica e pela variação de como a radiação solar atinge as diferentes porções da superfície terrestre.
O próprio traçado dos círculos polares Ártico e Antártico e dos trópicos de Câncer e de Capricórnio teve por base a incidência dos raios solares na superfície e, consequentemente, definiram-se as zonas de iluminação da Terra – zonas polares, temperadas e tropical.
Compreende-se, assim, por que a Geografia necessita de alguns conhecimentos sobre o Universo para explicar fenômenos que interferem na natureza e na vida humana.
2. O planeta Terra
A Terra é um corpo celeste minúsculo na imensidão do Universo. Com outros sete planetas – Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno –, faz parte do nosso Sistema Solar. O planeta-anão Plutão era considerado o nono planeta do Sistema Solar até 2006. Nesse ano, diante de novos conceitos e descobertas, o astro foi reclassificado pelos cientistas da União Astronômica Internacional ( í á ú) em função de não apresentar todos os critérios necessários para ser mantido na mesma categoria que os outros oito planetas que orbitam o Sol e recebem sua luz e seu calor.
No entanto, outras condições favoráveis, como a presença de água em estado líquido, oxigênio e temperaturas adequadas, fazem da Terra o único planeta, entre os identificados pelo ser humano, que permite a existência de fórmas de vida tais como as conhecemos.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
BRETONES, Paulo Sérgio.
Os segredos do Sistema Solar. décima quinta edição São Paulo: Atual, 2011.
O livro apresenta diversas fotos de cometas e meteoros, entre outros corpos celestes, e revela elementos interessantes sobre o Sistema Solar.
Observe uma ilustração artística do nosso Sistema Solar. Ela não apresenta exatidão na representação do número de satélites naturais nem proporcionalidade entre as dimensões dos planetas e dos satélites e entre as suas órbitas. Além disso, as cores não correspondem à realidade. Nesta ilustração, foi representado o Cinturão de Asteroides, uma região em formato de anel entre as órbitas de Marte e de Júpiter que contém bilhões de asteroides – fragmentos rochosos que orbitam o Sol.
O nosso Sistema Solar
Fonte: elaborado com base em Espaço e planeta. Rio de Janeiro: Abril Livros/Time-Life, 1995. página 4-5. (Coleção Ciência e Natureza).
A Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol. É, também, o quinto maior planeta do Sistema Solar, atrás de Júpiter (o maior dos oito), Saturno, Urano e Netuno.
Além dos planetas, outros corpos celestes fazem parte do Sistema Solar, a exemplo de cometasglossário e satélites. Alguns planetas possuem satélites naturais – corpos que, pela ação da gravidade, orbitam ao redor deles. Marte, por exemplo, tem dois satélites, e a Terra, apenas um: a Lua.
3. A fórma da Terra
A Terra não é uma esfera perfeita. Além de apresentar elevações (montanhas, cordilheiras ) e depressões em sua superfície, é levemente achatada nos polos e etcétera abauladaglossário na altura da linha equatorial. A circunferência equatorial da Terra é de .40076 quilômetros, ao passo que a circunferência polar é de .40009 quilômetros. Por isso, diz-se que a Terra é um esferoide, ou seja, tem fórma semelhante à de uma esfera. Daí a denominação geoide (do grego, Globo Esporte abre parênteses oeste: terra; fecha parênteses oide: ), comumente adotada para identificar a fórma fórma específica do planeta Terra. Consulte as ilustrações A e B.
Superfície terrestre
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 17.
Terra: o planeta geoide
Fonte: elaborado com base em MARRERO, Levi. La Tierra y sus recursos. décima nona edição Caracas: Cultura Venezolana, 1975. página 31.
Nota: A irregularidade da superfície terrestre foi exagerada para fins de clareza didática.
• Consequências térmicas da fórma da Terra
A fórma da Terra influencia diretamente a distribuição da luz solar sobre o planeta e interfere nas temperaturas e na duração das estações do ano. Observe a ilustração C.
Terra: iluminação e aquecimento desiguais
Fonte: elaborado com base em MARRERO, Levi. La Tierra y sus recursos. décima nona edição Caracas: Cultura Venezolana, 1975. página 34.
As áreas 1, 2 e 3 recebem igual quantidade de energia solar. Entretanto, por causa da curvatura da Terra, a área assinalada com o número 1 é mais iluminada e aquecida, porque concentra em uma superfície menor uma quantidade de energia solar igual à que recebe a área de número 3, que, por ser maior, é menos aquecida. Nela, os raios solares incidem de fórma inclinada, enquanto na área 1 eles chegam quase verticalmente no decorrer dos doze meses do ano.
Assim, em geral, a temperatura da superfície da Terra é mais quente na região equatorial e diminui em direção aos polos.
4. As zonas de iluminação e aquecimento
No Percurso 6, você conheceu os quatro paralelos que receberam nomes específicos: o Círculo Polar Ártico, o Trópico de Câncer, o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico. Esses paralelos são importantes justamente porque servem para delimitar as zonas de iluminação e aquecimento da Terra pelo Sol.
Os trópicos de Câncer e de Capricórnio marcam, respectivamente, ao norte e ao sul, a linha máxima na esfera terrestre onde os raios solares conseguem atingir, de fórma perpendicularglossário , a superfície. Entretanto, isso acontece apenas uma vez por ano em cada hemisfério: em 21 de junho, no Trópico de Câncer, quando tem início o verão no Hemisfério Norte e o inverno no Hemisfério Sul; e em 21 de dezembro, no Trópico de Capricórnio, quando tem início o verão no Hemisfério Sul e o inverno no Hemisfério Norte.
Essa vasta área ou zona da Terra, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, recebe o nome de zona tropical ou zona intertropical. Nessa zona, bastante iluminada e aquecida pelo Sol, a diferença de duração entre o dia e a noite é pequena no decorrer de todo o ano.
Terra: zonas de iluminação e aquecimento
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 60.
Em que zona de iluminação e aquecimento da Terra está localizada a maior parte do território do Brasil?
As áreas da Terra compreendidas entre os trópicos e os círculos polares, chamadas de zonas temperadas, recebem os raios solares inclinados no decorrer do ano. Nas zonas temperadas, os dias de inverno são de curta duração, e os de verão, de longa duração.
Nas zonas polares, situadas entre os círculos polares e os polos, a duração dos dias também varia muito ao longo do ano. Durante o inverno, algumas áreas ficam sem receber a luz solar durante meses, enquanto no polo oposto o verão apresenta insolaçãoglossário prolongada.
São os círculos polares Ártico e Antártico que delimitam, ao redor dos polos Norte e Sul, o alcance máximo dos raios solares no início do inverno de cada hemisfério. Isso ocorre em 21 de dezembro, no Círculo Polar Ártico, quando se inicia o inverno no Hemisfério Norte, e em 21 de junho, no Círculo Polar Antártico, quando se inicia o inverno no Hemisfério Sul.
A existência das zonas apresentadas no planisfério não é consequência apenas da fórma do nosso planeta. Dois outros fatores também exercem influência: a inclinação do eixo da Terra e o seu movimento de translação ao redor do Sol, assuntos do próximo Percurso.
NAVEGAR É PRECISO
í bê gê É – Nosso planeta no Universo
https://oeds.link/oXTYyJ
Nessa página, você pode navegar pelo espaço celeste por meio de imagens e animações que facilitarão a compreensão de temas relacionados ao Universo e ao planeta Terra.
PERCURSO 10 A TERRA EM MOVIMENTO
1. Os movimentos da Terra e o tempo
A Terra gira ao redor de si mesma e ao redor do Sol, em movimentos que influenciam aquilo que chamamos de tempo.
A palavra “tempo” tem muitos significados. Neste Percurso, você vai estudar o tempo no sentido cronológico, ou seja, que diz respeito à duração do dia e do ano, passando pelas quatro estações: primavera, verão, outono e inverno. No Percurso seguinte, você vai compreender de que fórma os movimentos do nosso planeta influenciam aquilo que chamamos de tempo atmosférico e clima.
2. O movimento de rotação: os dias e as horas
Quando se diz que a Terra gira ao redor de si mesma, na verdade se quer dizer que ela gira em torno de um eixo imaginário que une o Polo Norte ao Polo Sul, passando pelo centro do planeta. É o chamado movimento de rotação. A cada 24 horas – precisamente, 23 horas, 56 minutos e 4 segundos –, a Terra completa uma volta em torno desse eixo. Esse período corresponde a um dia no nosso calendário.
Por causa do formato esférico da Terra, enquanto uma de suas faces é iluminada pelo Sol, a outra face não recebe luz solar, ficando na escuridão. Portanto, enquanto é dia na face iluminada, na outra, não iluminada, é noite.
O movimento de rotação determina, portanto, a sucessão dos dias e das noites. Entre as faces iluminada e não iluminada existe uma faixa em penumbra, em meia-luz (que não é totalmente escura nem totalmente iluminada). Essas faixas em penumbra correspondem ao amanhecer e ao entardecer.
Terra: movimento de rotação
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 10.
Nota: Ilustração artística para fins didáticos.
• O movimento aparente do Sol
O movimento de rotação da Terra é responsável pelo movimento aparente do Sol. Se você observar o Sol ao longo de uma semana, perceberá que ele sempre “nasce” do lado leste, fica mais alto por volta do meio-dia e, ao entardecer, “desaparece” do lado oeste. Assim, temos a impressão de que o Sol está em movimento e a Terra está parada. Isso ocorre por causa do movimento de rotação da Terra. O observador, situado na superfície terrestre, não tem a percepção de que o planeta está continuamente girando em torno do próprio eixo; a impressão é de que o Sol está girando ao redor da Terra. Por isso, esse movimento do Sol é apenas aparente, e não real.
3. O movimento de translação: o tempo em anos
Além de girar em torno do eixo imaginário que une o Polo Norte ao Polo Sul, realizando o movimento de rotação, a Terra se desloca ao redor do Sol. Quando um astroglossário faz um trajeto ao redor de outro, dá-se a esse “caminho” o nome órbita. A Terra realiza uma órbita elíptica ao redor do Sol, ou seja, em fórma de elipse (ilustração A), e não de circunferência. Esse é o movimento de translação da Terra. Observe a órbita da Terra na ilustração B.
Elipse
A Terra e o movimento de translação em torno do Sol
Fonte: elaborado com base em Enciclopédia do estudante: Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2008. página 21.
Nota: Para facilitar a compreensão da ilustração, o tamanho do planeta Terra foi exagerado; portanto, essa ilustração não apresenta a proporcionalidade dos astros e da órbita nem a cor exata dos astros representados.
Para dar uma volta completa em torno dessa estrela, nosso planeta leva 365 dias e 6 horas – mais precisamente, 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Esse intervalo de tempo é chamado de ano solar, adotado como medida de tempo na elaboração do nosso calendário. Para facilitar, os astrônomos arredondaram o ano para 365 dias; as quase seis horas restantes são somadas e incorporadas ao mês de fevereiro a cada quatro anos. Quando isso ocorre, o mês de fevereiro passa a ter 29 dias, e o ano, chamado de bissexto, 366 dias.
• A inclinação do eixo da Terra
Em relação ao plano da órbita, chamado também de plano da eclíptica, o eixo de rotação da Terra não é perpendicular, e sim inclinado. Observe as ilustrações A e B.
Representação do eixo da Terra em relação ao plano da eclíptica
Fonte: elaborado com base em L’atlas Gallimard Jeunesse. Paris:Gallimard Jeunesse, 2005. página 5.
Nota: Para facilitar a leitura da ilustração, o tamanho do planeta Terra foi exagerado; portanto, ela não apresenta proporcionalidade nem a cor exata dos astros representados.
Eixo da Terra
Fonte: elaborado com base em MARRERO, Levi. La tiéra i sus recursos. décima nona edição Caracas: Cultura Venezolana, 1975. página 39.
A inclinação do eixo da Terra, associada ao movimento de translação e à fórma do planeta, explica por que os hemisférios Norte e Sul recebem diferentes quantidades de insolação – luz e calor do Sol – ao longo dos doze meses do ano. É essa diferença que determina as estações do ano e, consequentemente, interfere na diversidade de características climáticas e vegetais da Terra, como também nas atividades humanas – agricultura, pecuária, transportes, lazer, entre outras.
• As estações do ano
As estações do ano são primavera, verão, outono e inverno. Cada uma delas tem duração aproximada de três meses, contemplando, portanto, os doze meses do ano.
Na órbita que a Terra realiza ao redor do Sol, há quatro posições que indicam o início e o fim de cada estação. Duas delas recebem o nome de solstício (entre os anos de 2021 e 2030, por exemplo, ocorreram ou ocorrerão, de acordo com o horário oficial de Brasília, nos dias 20 ou 21 de junho e 21 ou 22 de dezembro), e as outras duas, de equinócio (nos dias 19 ou 20 de março e 22 ou 23 de setembro). A data e hora do início de cada estação não são fixas e variam ao longo do tempo.
Movimento de translação e as estações do ano
Fonte: elaborado com base em fardon djón. Dicionário escolar da Terra. Porto: Civilização, 1996. página 34-35.
Nota: Para facilitar a compreensão, o tamanho do planeta Terra foi exagerado; portanto, a ilustração não apresenta a proporcionalidade dos astros e da órbita nem a cor exata dos astros representados.
A palavra “solstício” significa “Sol que se detém”. Por causa da inclinação do eixo terrestre e da posição da Terra em relação ao Sol, entre os dias 20 e 21 de junho acontece o solstício de inverno no Hemisfério Sul: os raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer. É o início do verão no Hemisfério Norte, com o dia mais longo do ano nessa porção do planeta, e do inverno no Hemisfério Sul, com o dia mais curto do ano.
Entre os dias 21 e 22 de dezembro ocorre o chamado solstício de verão no Hemisfério Sul: os raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Capricórnio. Nessa data, o Hemisfério Sul tem o dia mais longo do ano, quando se inicia o verão; e, no Hemisfério Norte, o dia é o mais curto do ano, marcando o início do inverno.
A palavra “equinócio” significa “dias e noites iguais”, ou seja, indica que a duração do período claro (dia) é igual à do período escuro (noite). Os equinócios ocorrem entre os dias 19 e 21 de março e entre 22 e 23 de setembro, quando os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do Equador, iluminando igualmente os dois hemisférios.
O equinócio de março anuncia o início da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul. Já o equinócio de setembro marca o início do outono no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul.
As estações do ano no dia a dia
As estações se repetem todos os anos. Os povos antigos já as percebiam e regulavam suas atividades diárias em função delas: o plantio, a colheita, a época de se proteger do frio etcétera No entanto, as estações do ano não são bem definidas em todos os lugares da Terra, pois variam de acordo com a latitude.
Na zona tropical, por exemplo, onde está localizada a maior parte do território brasileiro, é mais difícil perceber as diferenças entre uma estação e outra. Essa é a zona de maior insolação do planeta, o que mantém a temperatura do ar atmosférico elevada durante o ano todo. Apenas nos estados brasileiros situados ao sul do Trópico de Capricórnio e em localidades situadas em altitudes mais elevadas o inverno é mais frio.
Na zona temperada, as estações do ano são bem definidas: no inverno, as temperaturas são baixas e pode nevar em muitos lugares; no outono e na primavera, as temperaturas ficam amenas; e, no verão, elas costumam ser mais elevadas.
Nas zonas polares, as quatro estações do ano também não são bem demarcadas. As temperaturas são sempre baixas, geralmente inferiores a 0 grau Célsius.
NO SEU CONTEXTO
- Que dia é hoje e em que mês estamos? Em que estação do ano está agora o lugar em que você mora?
- Que estação do ano você mais aprecia? Você percebe diferenças na paisagem de onde mora ao longo do ano, entre uma estação e outra? Quais?
Rotas e encontros
Os iorubás e o tempo
No cotidiano dos candomblésglossário praticados no Brasil, utilizam-se muitos elementos da cultura iorubáglossário de medição de tempo. Leia o texto e note como os iorubás dividem o tempo.
“ Em tempos anteriores à determinação do calendário europeu, os iorubás organizavam o seu presente numa semana de quatro dias apenas. Já o ano era definido pela repetição das estações e eles não conheciam sua divisão em meses.
A duração de cada período de tempo era marcada de fórma coletiva a partir de eventos experimentados e reconhecidos por toda a comunidade. Neste contexto cultural, um dia começava com o nascer do sol, não sendo determinante se às cinco ou às oito horas, em nosso cálculo ocidental, e findava quando as pessoas se recolhiam para dormir, o que podia ser às oito da noite ou às duas horas em nosso horário. Essas variações, contabilizadas em horas, minutos, segundos e milésimos de segundos tão importantes para nós, não o eram para eles. Assim, o dia não era dividido em horas, mas em períodos, que poderíamos traduzir por expressões como ‘de manhã cedo’, ‘antes do sol a pino’, ‘com o sol na vertical’, ‘de tardinha’ etcétera A noite era marcada pelo cantarolar do galo.
Dias e semanas eram contabilizados em função de cada evento, de modo que a mulher era capaz de controlar a duração de sua gestação, bem como o homem calculava o desenvolvimento dos seus cultivos, mas sem datação. Para os iorubás tradicionais havia duas grandes estações, uma chuvosa e outra seca, separadas por uma estação de fortes ventos, de modo que cada ano podia durar alguns dias a mais ou a menos, dependendo do atraso ou adiantamento das estações, mas isso não era tido como relevante, uma vez que os dias não eram computados aritmeticamenteglossário .”
SANTOS, Nágila Oliveira. Algumas reflexões sobre a concepção de tempo entre os iorubás tradicionais. In: SILVA, Alexandre Wilson Simões da. Mitologias africanas e afro-brasileiras na sala de aula: História. Revista África e Africanidades, ano quatro, número 13, maio 2011. Disponível em: https://oeds.link/Fu76qc. Acesso em: 18 março 2022.
Interprete
1. Os iorubás não designavam dias específicos para registrar o início das estações do ano. Quais eram as evidências escolhidas por esse povo para identificar as estações?
Argumente
2. Em sua opinião, por que, para os iorubás, o nosso calendário não era importante?
Atividades dos percursos 9 e 10
Registre em seu caderno.
- Cite três condições naturais favoráveis à existência e à manutenção da vida no planeta Terra.
- Com base em que os cartógrafos traçaram, na esfera terrestre, os círculos polares Ártico e Antártico e os trópicos de Câncer e de Capricórnio?
- No período natalino, é comum vermos símbolos, como o Papai Noel, vestido com pesadas roupas de frio, e as árvores enfeitadas com objetos que lembram neve. No entanto, o frio e a neve não são comuns no Natal brasileiro. Usando cartolinas ou papel pardo, crie um pôster mostrando aos turistas estrangeiros como é passar o Natal no Brasil. Inclua informações sobre as vestimentas mais adequadas e sobre as tradições natalinas do seu lugar de vivência.
- Observe a ilustração de parte do nosso Sistema Solar. Ela está correta ou incorreta? Explique.
Nota: A ilustração não apresenta a proporcionalidade e a cor exatas dos astros representados.
- Considere a órbita que a Terra realiza ao redor do Sol para responder às atividades.
- Descreva como se manifesta a atual estação do ano na localidade em que você vive (se faz frio ou calor, se há chuva ou período de seca etcétera).
- Elabore um desenho com base no que você observa na paisagem durante essa estação do ano.
- Em que dia se iniciará a próxima estação onde você vive?
- Na Suécia, que se situa no Hemisfério Norte, qual é a estação do ano neste momento?
- Neste mapa foram indicadas rotas de três navios turísticos. Observe-as.
América: rotas turísticas de navios
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição í bê gê É: Rio de Janeiro, 2018. página 32.
- Identifique o navio que viajou entre diferentes zonas de iluminação. Em quais zonas ele esteve?
- Entre os outros navios, qual se aproximou mais da zona polar no Hemisfério Norte?
- Cristiano e Patrícia viajaram no navio verde e contaram aos amigos que fizeram um passeio pela região tropical. Por que essa afirmação é incorreta?
Versão adaptada acessível
3. No período natalino, é comum haver símbolos, como o Papai Noel, vestido com pesadas roupas de frio, e as árvores enfeitadas com objetos que lembram neve. No entanto, o frio e a neve não são comuns no Natal brasileiro. Usando cartolinas ou papel pardo e materiais para criar uma representação em alto-relevo, crie um pôster mostrando aos turistas estrangeiros como é passar o Natal no Brasil. Inclua informações sobre as vestimentas mais adequadas e sobre as tradições natalinas do seu lugar de vivência.
Versão adaptada acessível
- Considere a órbita que a Terra realiza ao redor do Sol para responder às atividades.
- Descreva como se manifesta a atual estação do ano na localidade em que você vive (se faz frio ou calor, se há chuva ou período de seca etc.).
- Elabore uma representação com base no que você percebe na paisagem durante essa estação do ano. Ela pode ser feita com materiais de diferentes formas, tamanhos e texturas.
- Em que dia se iniciará a próxima estação onde você vive?
- Na Suécia, que se situa no Hemisfério Norte, qual é a estação do ano neste momento?
7. Paulo e Karina planejaram uma longa viagem e tomaram nota sobre os destinos, as datas de chegada e a estação do ano de cada uma das localidades pelas quais passarão. Observe as anotações dos viajantes e o planisfério que mostra as cidades que eles visitarão e, em seguida, responda às questões.
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 12-13.
- Que tipo de roupa você indicaria para os viajantes levarem nas malas, nas viagens para Kuala Lumpur e para Boa Vista? Por quê?
- Na data em que Paulo e Karina chegarão a Lisboa, qual será a estação do ano em Murmansk? Que tipo de roupa você indicaria para um turista, nessa época, em Murmansk?
- Por qual estação do ano os viajantes passarão uma única vez?
8. Observe as ilustrações e responda por que as sombras do coqueiro, do pinheiro e do iglu, projetadas no solo em um mesmo dia e horário, são diferentes nas três zonas de iluminação da Terra.
PERCURSO 11 A CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA, O TEMPO E O CLIMA
1. Tempo atmosférico e clima
É bastante comum ouvir as expressões: o tempo está quente, o tempo está frio, o tempo está chuvoso ou, ainda, está ventando muito.
O tempo atmosférico de uma localidade – a cidade onde você mora, por exemplo – é o resultado momentâneo de uma combinação dos elementos básicos do clima, isto é, da temperatura, da pressão e da umidade do ar atmosférico.
As mudanças de tempo ocorrem em qualquer lugar, principalmente por causa dos deslocamentos dos ventos e das massas de ar.
2. A atmosfera e sua circulação
A atmosfera (do grego atmos, vapor + sféra, esfera) é a camada de gases que envolve o planeta Terra, formada principalmente por oxigênio e nitrogênio. Além de ser indispensável à vida, essa camada fórma um “filtro protetor” contra a radiação ou raios ultravioletaglossário .
Ela também impede que as irradiações terrestres de calor se percam no espaço, mantendo uma temperatura média de aproximadamente 16,5 graus Célsius na superfície terrestre, o que cria condições para a existência de vida na Terra. Caso a atmosfera não existisse, calcula-se que a temperatura terrestre ficaria em torno de –20 graus Célsius (menos vinte graus Celsius).
• Os ventos
A atmosfera, sob a ação da gravidade, exerce pressão sobre qualquer objeto imersoglossário nela ou que esteja sobre a superfície terrestre. Essa é a chamada pressão atmosférica.
A pressão atmosférica varia entre as diversas regiões da Terra em decorrência do movimento de rotação do nosso planeta, da repartição dos continentes e oceanos e como resultado da distribuição desigual da energia solar pela superfície terrestre. Essas diferenças de pressão atmosférica provocam a circulação geral da atmosfera, ou seja, a movimentação do ar atmosférico.
Os ventos, ou seja, os movimentos do ar em relação à superfície terrestre, têm grande importância geográfica. Eles são responsáveis pela distribuição do calor e da umidade na atmosfera e, portanto, influenciam o tempo atmosférico e os climas no mundo.
Zonas de alta e baixa pressão atmosférica
Os ventos deslocam-se de zonas de alta pressão atmosférica – chamadas de anticiclonais – para as de baixa pressão atmosférica – zonas ciclonais. Observe a direção dos ventos na ilustração.
Na zona subtropical, nas latitudes próximas a 30 graus norte ou sul, existem zonas de alta pressão atmosférica, de onde partem ventos em direção à zona equatorial – que é uma zona de baixa pressão atmosférica. Esses ventos são chamados alíseos: ventos alíseos de nordeste, no Hemisfério Norte, e ventos alíseos de sudeste, no Hemisfério Sul. Eles se deslocam pelas camadas mais baixas da atmosfera.
Ao chegar à zona equatorial, o ar atmosférico é aquecido pela energia solar; torna-se, então, mais leve e ascende (sobe), voltando para as zonas subtropicais pelas camadas mais elevadas da atmosfera. Isso ocorre tanto no Hemisfério Norte como no Sul, e esses ventos são chamados contra-alíseos. Identifique-os na ilustração.
Os alíseos são ventos secos quando se formam sobre os continentes, mas, ao se deslocarem sobre os oceanos, adquirem e transportam umidade. Os alíseos de nordeste e de sudeste, ao se encontrarem, dão origem à formação de uma zona de calmaria equatorial, ou seja, zonas de ventos muito fracos – que foram percebidos por navegadores do século dezesseis, como Pedro Álvares Cabral e sua tripulação, na viagem de Portugal em direção às terras que viriam a ser o Brasil.
Também há ventos que se deslocam entre as zonas subtropicais de alta pressão e as zonas subpolares de baixa pressão, tanto no Hemisfério Sul como no Norte, como é possível observar na ilustração. O mesmo acontece entre as zonas polares de alta pressão e as zonas subtropicais de baixa pressão situadas nos dois hemisférios. Os ventos descritos são chamados regulares, pois estão sempre se deslocando. Além deles, existem outros: os ventos locais, de vale, de montanha, as brisas etcétera
Circulação geral da atmosfera
Fonte: elaborado com base em fardon djón. Dicionário escolar da Terra. Porto: Livraria Civilização, 1996. página 144.
Nota: Ilustração esquemática para fins didáticos.
Os desvios dos alíseos e contra-alíseos
Na ilustração "Circulação geral da atmosfera", na página anterior, observe que os ventos alíseos e contra-alíseos, ao se deslocarem na direção norte-sul ou sul-norte, apresentam desvios em suas trajetórias, tanto no Hemisfério Norte – alíseos de nordeste – como no Hemisfério Sul – alíseos de sudeste. A causa desses desvios é o movimento de rotação da Terra, realizado de oeste para leste. Assim, quando o ar se movimenta por longas distâncias, o movimento de rotação da Terra altera o curso dos ventos. No Hemisfério Norte, o desvio dos ventos alíseos ocorre de nordeste para sudoeste e, no Hemisfério Sul, de sudeste para noroeste.
3. As massas de ar, o tempo e o clima
Como os ventos, as massas de ar também se deslocam de zonas de alta pressão para as de baixa pressão atmosférica.
As massas de ar são grandes porções de ar atmosférico com características de temperatura e umidade aproximadamente uniformes e semelhantes às do lugar onde se originam. Assim, se uma massa de ar se fórma em uma região quente e úmida – por exemplo, na região equatorial da Amazônia –, ao se deslocar, provavelmente provocará chuvas e aumento de temperatura nas áreas por onde passar.
De modo geral, uma massa de ar será úmida se tiver como centro de origem o oceano (massa de ar oceânica) e será seca caso se forme sobre o continente (massa de ar continental).
Observe o mapa. No território brasileiro, atuam quatro massas de ar quente e uma massa de ar frio.
Gradativamente, ao se deslocarem, as massas de ar perdem as características de temperatura e umidade da região onde se formaram e vão adquirindo características da superfície por onde passam. Se não fosse assim, uma massa de ar polar que se deslocasse para uma área equatorial, por exemplo, levaria para essa área suas temperaturas frias e até mesmo neve.
Brasil: massas de ar
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 56.
Observe que a massa de ar Polar atlântica pode se encontrar com a massa Tropical atlântica. Ambas possuem qualidades de temperatura e de umidade diferentes. Nesse encontro, o que pode acontecer?
• A previsão do tempo
Todos os dias os meios de comunicação (jornais, rádio, televisão e internet) fornecem a previsão do tempo, informando como será o tempo hoje, amanhã ou no decorrer da semana: temperaturas máxima e mínima, se ocorrerá chuva, se o céu estará claro, parcialmente nublado ou nublado etcétera
A previsão do tempo não é importante apenas para ajudar no planejamento do dia a dia (que roupa usar, sair ou não com o guarda-chuva etcétera), mas também para monitorar atividades econômicas importantes, como a agricultura, a pecuária e a aviação.
Saber o momento certo de plantar é importante, pois o atraso do período das chuvas após o plantio pode comprometer a germinaçãoglossário das sementes, causando grandes prejuízos.
Explore um mapa de previsão do tempo do Brasil.
Brasil: previsão do tempo – (19/5/2021 – Manhã)
Fonte: elaborado com base em inmét. Disponível em: https://oeds.link/fNoJr8. Acesso em: 17 maio 2021.
De acordo com o mapa, qual foi a previsão do tempo na capital da unidade da federação onde você mora, na data indicada?
NAVEGAR É PRECISO
Instituto Nacional de Meteorologia – inmét
https://oeds.link/fNoJr8
Ao navegar por esse portal, você pode se informar e descobrir mais sobre o tempo meteorológico.
PERCURSO 12 AS INTERVENÇÕES HUMANAS NA DINÂMICA CLIMÁTICA
1. A ação humana e o clima
Infelizmente, o ser humano tem atuado muitas vezes de fórma destrutiva na natureza. Entre os vários exemplos desse tipo de ação destaca-se o desmatamento, que influencia diretamente o clima local, regional e global. A retirada da vegetação afeta o retorno do vapor de água para a atmosfera, facilita a ocorrência de erosão do solo e coloca espécies animais e vegetais em risco de extinção.
A queimada, método muito utilizado na prática do desmatamento, contribui para o aumento do efeito estufaglossário , apontado como responsável pelo chamado aquecimento global (consulte a ilustração na página 86).
Além do aumento do efeito estufa, causado pelas práticas ou ações humanas, existem outras consequências, como as chuvas ácidas e as ilhas de calor.
• Chuvas ácidas
A poluição atmosférica é causada por queimadas, pela queima de combustíveis fósseis de veículos automotores, pela emissão de poluentes por indústrias que não usam filtros nas chaminés etcétera As substâncias químicas lançadas na atmosfera reagem com a água e com outras substâncias presentes na atmosfera e formam ácidos, que, levados pelos ventos, chegam à superfície por meio de chuvas. As chuvas ácidas causam corrosão de vários materiais, como estruturas metálicas de pontes, redes de canalização de água, monumentos históricos, entre outros. Alteram, ainda, a composição química dos solos, prejudicando a agricultura, e afetam florestas, rios e lagos, comprometendo a vida de peixes e de outros seres vivos nas águas contaminadas.
• Ilhas de calor
As ilhas de calor correspondem às áreas urbanas com temperatura do ar atmosférico mais alta que a das áreas circundantes.
A formação das ilhas de calor é explicada por um conjunto de fatores: grande capacidade de absorção da radiação solar pelas edificações e por materiais comuns nas cidades, como asfalto; concentração de edifícios altos, que interferem na circulação dos ventos; poluição atmosférica, que retém a irradiação do calor refletido pela superfície em meio urbano; consumo de energia elétrica e combustíveis fósseis (como gasolina, diesel e gás), que provoca o aquecimento da atmosfera; escassez de áreas cobertas por vegetação; entre outros.
Por exemplo, enquanto um campo cultivado apresenta poder refletor de energia solar de 20% a 25%, em média, absorvendo, portanto, de 80% a 75% das radiações solares que chegam à superfície terrestre, o asfalto que cobre as vias públicas tem poder refletor de cêrca de 2%, chegando a reter 98% das radiações.
Ilha de calor no município do Rio de Janeiro ( Rio de Janeiro) – 2019
Fonte: elaborado com base em CLIMATOLOGIA Rio de Janeiro. Disponível em: https://oeds.link/xbvm5R. Acesso em: 19 janeiro 2022.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
gárlãnd, Lisa.
Ilhas de calor. São Paulo: Oficina de Texto, 2010.
Conheça mais sobre o fenômeno das ilhas de calor e conscientize-se sobre como reduzir os seus impactos por meio de soluções simples.
NAVEGAR É PRECISO
Momento Cidade rréchitégui (cerquilha, sustenido)13: Como combater o calor em São Paulo?
https://oeds.link/MucK3L
Neste podcast, especialistas discutem os impactos do calor nas cidades e indicam soluções.
• Efeito estufa
Algumas plantas são cultivadas em estufasglossário . Na atmosfera terrestre, ocorre algo semelhante. Alguns gases que a compõem absorvem, refletem e irradiam calor, contribuindo para manter a superfície do planeta aquecida. Observe a ilustração a seguir, que representa o funcionamento do efeito estufa desde o momento em que a radiação solar atinge a Terra.
O efeito estufa
Fonte: elaborada com base em MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2009. página 183.
Nota: Representação artística para fins didáticos.
Parte da energia solar é refletida, e cêrca de metade da energia solar é absorvida pela superfície terrestre, espalhando-se na fórma de calor. Os gases de efeito estufa absorvem parte da radiação solar que é refletida e a devolvem para a Terra, aquecendo a superfície; a superfície terrestre aquecida irradia para a atmosfera mais energia (calor), que é devolvida pela ação dos gases, o que amplifica o efeito estufa.
Aquecimento global
Embora seja um fenômeno natural, o efeito estufa pode ser intensificado pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, como o dióxido de carbono ( cê ó dois), provocando aumento da temperatura média da Terra e alterações na dinâmica climática do planeta.
Diversas atividades humanas contribuem para o aumento da concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera, como a queima de vegetação e de combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral etcétera), a intensificação de atividades agrícolas e industriais e a ampliação do uso de veículos automotores.
Mundo: emissões de cê ó dois pela queima de combustíveis fósseis – 1850-2020
Fonte: róser, . CO₂ emissions. Our world in data. Disponível em: https://oeds.link/tDh64l. Acesso em: 5 novembro 2021.
O cê ó dois é o gás de efeito estufa mais abundante na atmosfera e suas emissões aumentaram muito, principalmente a partir de 1950. Diante desse cenário, por que é importante haver maior contrôle da emissão de gases de efeito estufa?
QUEM LÊ VIAJA MAIS
MATTOS, Neide Simões de; GRANATO, Suzana faquíni.
Terra em alerta. São Paulo: Saraiva, 2010.
Neste livro, as autoras analisam os fatores que influenciam o clima e abordam as causas e as consequências do aquecimento global para o Brasil e o mundo, levando-nos a refletir sobre ações cotidianas como parte da solução para esse problema.
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Atividades dos percursos 11 e 12
Registre em seu caderno.
- Caracterize o tempo atmosférico da localidade em que você está neste momento.
- Qual é a importância da atmosfera para a existência de vida no planeta Terra?
- Explique como se formam os ventos. Em seguida, cite três atividades humanas que são influenciadas pela ação dos ventos.
- Aponte algumas características dos ventos alíseos.
- Explique como a previsão do tempo pode nos auxiliar no planejamento das atividades do nosso dia a dia.
- Observe o mapa da página 83. Qual foi a previsão do tempo para Teresina, capital do estado do Piauí?
- Relacione as seguintes expressões em uma frase que faça sentido lógico: desmatamento, efeito estufa, queimada, intensificação e aquecimento global.
- O dióxido de carbono é o gás que mais interfere na dinâmica climática e é um dos responsáveis pelo efeito estufa. Interprete o mapa e, em seguida, responda às questões.
América: emissão de dióxido de carbono – 2020
Fonte: elaborado com base em . CO₂ emissions. Our world in data. Disponível em: https://oeds.link/tDh64l. Acesso em: 21 dezembro 2021.
- Em que faixa percentual do total mundial de emissão de dióxido de carbono o Brasil se encontrava em 2020?
- Que outros países do continente americano estavam na mesma faixa percentual do total mundial de emissão de dióxido de carbono em que o Brasil se encontrava?
- Qual foi o país do continente americano com maior participação na emissão de dióxido de carbono em 2020?
- Cite três países do continente americano que tiveram menor participação na emissão de dióxido de carbono em 2020. Se necessário, consulte o planisfério político na página 230.
9. Observe a previsão do tempo para a cidade de Porto Alegre ( Rio Grande do Sul) e faça o que se pede.
Fontes: inmét. Disponível em: https://oeds.link/oQNqRL; cêpêtéc. Disponível em: https://oeds.link/2LQGz2. Acessos em: 21 dezembro 2021.
- Explique por que o tempo atmosférico pode mudar em um curto intervalo de tempo.
- A diferença entre a maior e a menor temperatura de um dia, de um mês ou de um ano é denominada amplitude térmica. Qual foi a amplitude térmica na cidade de Porto Alegre em 22 de dezembro de 2021?
10. Leia a tirinha e identifique o efeito de humor que nos leva a refletir sobre os assuntos estudados no Percurso 12.
Glossário
- Universo
- Conjunto de tudo o que está presente no espaço cósmico, formado por planetas, estrelas, galáxias, asteroides, satélites e outros corpos celestes.
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- Cometa
- Corpo celeste de pequena dimensão, formado por partículas sólidas em um núcleo de fraca luminosidade cercado por gases e que, ao aproximar-se do Sol, apresenta uma cauda luminosa de grande extensão.
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- Abaulado
- Que tem fórma convexa ou curva; arqueado.
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- Perpendicular
- Que fórma um ângulo reto ( graus) com uma reta ou um plano.
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- Insolação
- Quantidade de radiação solar que incide sobre uma superfície, livre da interferência de nuvens, nevoeiros etcétera
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- Astro
- Todo corpo celeste natural (Sol, Lua, planetas etcétera).
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- Candomblé
- Religião de origem africana cujos seguidores acreditam em divindades dotadas de características humanas, cultuadas em cerimônias públicas e privadas, nas quais se encena a convivência de sacerdotes e adeptos com seus ancestrais e com as forças da natureza.
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- Iorubá
- Povo africano do sudoeste da República Federal da Nigéria, com grupos espalhados também pela República de Benin e pelo norte da República do Togo.
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- Aritmeticamente
- Que segue as regras da Aritmética (parte da Matemática). No texto, refere-se à soma ou à subtração constante das mesmas quantidades.
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- Ultravioleta
- Tipo de radiação solar invisível à visão humana que, quando em excesso, causa danos à saúde, favorecendo o desenvolvimento de câncer de pele.
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- Imerso
- Que está dentro.
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- Germinação
- Início do desenvolvimento de uma planta, a partir de uma semente submetida a condições favoráveis.
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- Efeito estufa
- Fenômeno causado pela concentração de determinados gases na atmosfera, como dióxido de carbono, que permitem a passagem dos raios solares, mas retêm parte do calor emitido pela superfície da Terra. É um fenômeno natural, mas agravado pela ação humana.
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- Estufa
- Recinto envidraçado que deixa os raios solares entrar e aquecer o ar em seu interior, mas não deixa todo o calor sair.
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