UNIDADE 2 CONHECIMENTOS BÁSICOS DE CARTOGRAFIA
Nesta Unidade, você aprenderá a se orientar e a localizar pontos na superfície da Terra, conhecimentos importantes para a leitura, a interpretação e a elaboração de mapas. Essas habilidades são fundamentais para estudar Geografia, ciência que investiga o espaço terrestre em seus aspectos físicos e humanos ou sociais.
1. Vendo a Terra do espaço
Observar e representar o lugar onde vivemos é uma prática antiga da humanidade.
Há registros históricos que mostram que desde épocas passadas as sociedades vêm desenvolvendo técnicas para mapear o mundo de fórma mais precisa e eficaz.
VERIFIQUE SUA BAGAGEM
- Para ir à festa de aniversário de um amigo em um lugar desconhecido, você usaria um desenho que mostre o caminho a percorrer, uma planta, um mapa, um globo terrestre, um planisfério ou um mapa digital? Você sabe dizer quais são as diferenças entre eles?
- Que aspectos da Terra podem ser estudados com a ajuda dos mapas?
- Você conhece outras aplicações da Cartografia? Se sim, dê exemplos.
Orientações e sugestões didáticas
Unidade 2
Esta Unidade trata de alguns conhecimentos básicos da Cartografia, tais como: orientação, localização, paralelos, meridianos, latitude, longitude, altitude, mapa, elementos de um mapa, globo terrestre, planisfério, escala, representação gráfica do relevo.
Esses conhecimentos são abordados de acordo com o nível de dificuldade deles, das noções mais simples às mais complexas. Os princípios cartográficos são trabalhados de fórma contextualizada, articulando a realidade do aluno com os estudos que contribuem para a compreensão do mundo. Assim, são identificadas e relacionadas distintas escalas geográficas, e progride-se no aprofundamento dos princípios de localização, distribuição e diferenciação, que fazem parte do raciocínio geográfico.
Os conteúdos desenvolvidos possibilitam aos alunos aprimorar suas aprendizagens e adquirir as habilidades necessárias para lidar com diversas linguagens cartográficas. A distinção de materiais cartográficos, o reconhecimento de instrumentos técnicos que permitem sua elaboração, os desafios colocados pela representação da superfície terrestre, entre outras questões, subsidiam a leitura e a interpretação desses materiais, instrumentalizando os alunos a aplicá-los em vários contextos. Além disso, possibilita-se o acesso a diferentes fórmas de comunicação e sua disseminação, munindo-os na busca por solução de problemas referentes às informações geográficas de modo individual e coletivo.
Respostas
- Um desenho, uma planta, um mapa (rodoviário, por exemplo) ou um mapa digital podem ser usados para ir à festa em um lugar desconhecido. A questão, dirigida à sondagem de conhecimentos prévios, possibilita obter dos alunos as informações que têm sobre representações gráficas derivadas da Cartografia e suas aplicações práticas, além de discutir sobre elas. Permita que os alunos exponham suas ideias sem necessidade de consultar livros ou outros materiais didáticos, identificando por meio das respostas o que aprenderam a respeito nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Com base nisso, defina estratégias e recursos para abordar os conceitos e os conteúdos da Unidade em sala de aula.
- Tanto aspectos naturais como socioeconômicos, culturais e ambientais podem ser estudados com a ajuda dos mapas.
- Os alunos podem citar aplicações como: localização de elementos naturais ou humanos, observação de padrões (regimes pluviométricos, urbanização etcétera), alterações na paisagem, espacialização de dados socioeconômicos, entre outros.
PERCURSO 5 ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO
1.A orientação pelos astros
Quando conhecemos um lugar, temos certo domínio sobre o espaço, identificamos alguns pontos de referência e sabemos que direção seguir para chegar a um local. Em lugares desconhecidos, porém, é mais difícil nos orientarmos e o risco de nos perdermos é maior. Se isso ocorre onde há muitos pontos de referência, imagine o que pode acontecer se você estiver em uma floresta, em um deserto ou em alto-mar.
Desde tempos remotos, o ser humano percebeu que não era fácil deslocar-se em lugares com poucos pontos de referência. Esse desafio começou a ser vencido quando se constatou que era possível orientar-se no espaço geográfico pelos astros. Observando o céu, as pessoas perceberam que o Sol aparece todas as manhãs aproximadamente na mesma direção do horizonte e se põe ao entardecer na direção oposta; que a Lua tem um percurso semelhante ao do Sol; e que mesmo estrelas e constelaçõesglossário , como a do Cruzeiro do Sul, são capazes de indicar o rumo a ser seguido.
Entretanto, a eficácia desse tipo de orientação depende das condições do tempo e do lugar em que está o viajante, o que deixou de ser um problema com o desenvolvimento de instrumentos mais precisos, como a bússola e o astrolábio, muito usados durante o período das Grandes Navegaçõesglossário .
• Os pontos cardeais e a rosa dos ventos
Tomando como referência o movimento aparente do Sol, foram criados os chamados pontos cardeaisglossário – leste, oeste, norte e sul –, que podemos encontrar do seguinte modo:
- no horizonte, a direção em que o Sol “nasce” no dia do início da primavera ou no dia do início do outono é o leste (L) ou este (E), também chamado de oriente, que quer dizer “nascente”;
- no horizonte, a direção em que o Sol “se põe” nesses mesmos dois dias é o oeste (O ou W) ou ocidente, que quer dizer “poente”.
Conhecidos esses pontos, foram criados, na direção perpendicular à leste-oeste, outros dois: o norte (N), também chamado de setentrional ou boreal, e o sul (S), também denominado meridional ou austral.
Ao observar a rosa dos ventos no quadro da página seguinte, você perceberá que existem outras direções entre os pontos cardeais. Por isso, foram criados mais 12 pontos, que, somados aos quatro cardeais, totalizam 16. Esses pontos complementares são os pontos colaterais e os pontos subcolaterais. Juntos, os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais formam a chamada rosa dos ventos.
Orientações e sugestões didáticas
Se necessário, explique aos alunos que o símbolo W para oeste, comum em muitas bússolas, vem do inglês West.
Percurso 5
Neste Percurso, os alunos devem compreender os movimentos terrestres e suas consequências diárias. Esse conhecimento é base para posterior aprofundamento sobre localização geográfica e fundamental ao desenvolvimento do pensamento espacial.
Partindo da noção de lugar como uma porção ou parte do espaço terrestre – o endereço onde o aluno reside, por exemplo –, pode-se ampliar a apreensão do espaço geográfico conhecido ou vivido, estendendo-a para o bairro, a cidade, o estado, o país, o continente e o planeta.
Ressalte para os alunos que a determinação dos pontos cardeais depende do ponto de referência considerado. Para isso, dê exemplos vividos concretamente por eles: a posição de sua carteira escolar na sala de aula, da mesa do professor, a fachada da escola, os fundos de sua casa e outros.
Enfatize que o Sol, ao longo do ano, “nasce” do lado leste, não exatamente no ponto cardeal leste, e “se põe” no lado oeste, exceto no equinócio de outono (dia do início do outono) e no equinócio de primavera (dia do início da primavera). Dependendo do dia do ano, por causa da inclinação do eixo de rotação da Terra, o Sol “nasce” e “se põe” em pontos diferentes – experimente observar com os alunos essa posição em junho e em novembro no pátio da escola. Para mais subsídios, consulte: Bóczkô, R. Conceitos de astronomia. São Paulo: Edgard Blücher, 1988. página 30 e 31.
Interdisciplinaridade
Há a possibilidade de explorar a questão política implícita na orientação geográfica, que se relaciona à ênfase dada ao norte. Essa discussão pode ser realizada por meio de uma atividade interdisciplinar com o professor de Arte, trabalhando-se a obra do artista uruguaio Roaquim Torres Garcia. O professor de Arte poderá desenvolver as habilidades ê éfe seis nove á érre zero um, ê éfe seis nove á érre três um e ê éfe seis nove á érre três três. Essas habilidades se referem à observação de obras de arte de artistas estrangeiros considerando o contexto de suas produções.
Como ponto de partida, sugerimos apresentar a biografia desse artista e algumas imagens de suas obras, discutindo a afirmação: “Tenho dito Escola do Sul porque, na realidade, nosso norte é o sul. Não deve haver norte, para nós, senão por oposição ao nosso sul. Por isso agora colocamos o mapa ao contrário, e então já temos uma ideia exata de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América, prolongando-se, aponta insistentemente para o sul, nosso norte” ( Universalismo constructivo. , 1941. Disponível em: https://oeds.link/8P5WQ9. Acesso em: 26 maio 2022.).
Sugerimos mostrar aos alunos o mapa elaborado por para ilustrar a discussão suscitada pela afirmação.
Orientações e sugestões didáticas
A compreensão dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais e da noção de orientação faz parte do conjunto de conhecimentos necessários para o processo de alfabetização cartográfica desenvolvido ao longo do Ensino Fundamental.
• Orientação pelo Sol
O método tradicional de orientação pelo Sol – com o norte à frente do observador (ilustração A) – foi desenvolvido para o observador no Hemisférioglossário Norte, mas, como estamos situados no Hemistério Sul, é preferível termos o sul à nossa frente como referência (ilustração B). Assim, para nos orientarmos, basta estender o braço esquerdo para onde o Sol “nasce” no horizonte, ou seja, o lado leste (L). A partir desse lado, determinam-se, aproximadamente, os demais: o braço direito estendido para o lado em que o Sol “se põe” indicará o oeste (O), à sua frente estará o sul (S) e às suas costas, o lado norte (N).
A orientação pelo Sol
O Cruzeiro do Sul
O Cruzeiro do Sul é uma constelação cujas estrelas mais brilhantes estão dispostas em fórma de cruz – daí o nome “cruzeiro”. No Hemisfério Sul, pode ser visto à noite no céu durante quase o ano inteiro, sendo usado como referência para apontar a direção norte-sul. Para se orientar por meio dessa constelação, localize o Cruzeiro do Sul em uma noite de céu estrelado e mire a sua estrela mais brilhante (chamada Estrela de Magalhães ou Alfaglossário ); prolongue imaginariamente quatro vezes e meia o tamanho do madeiroglossário maior da cruz; a partir daí, basta traçar uma linha vertical à linha do horizonte, a qual indicará, aproximadamente, a direção norte-sul.
Orientações e sugestões didáticas
Reforce para os alunos que o método de orientação pelo Sol usado durante o dia deve ser aplicado também à orientação pelo Cruzeiro do Sul: o sul (S) deve estar posicionado à frente do observador, o leste (L) à esquerda, o oeste (O) à direita e o norte (N) às costas.
Orientações e sugestões didáticas
O método de orientação pelo Sol apresenta relativa imprecisão pelos motivos explicados anteriormente. Por isso, em vez de dizer “direção leste”, empregamos “lado leste” etcétera Para a determinação experimental dos pontos cardeais, consulte o seguinte endereço eletrônico: https://oeds.link/VPUs0u (acesso em: 17 junho 2022).
Indicamos a seguinte bibliografia complementar: picácio, Enos ( coordenação). O céu que nos envolve: introdução à astronomia para educadores e iniciantes. primeira edição São Paulo: ôdisseus, 2011.
Consulte o folheto disponibilizado pelo Laboratório de Mediação e Ensino de Ciências e Astronomia (Labmeca), da Universidade Federal de Ouro Preto ( ufópi) para saber como encontrar a constelação do Cruzeiro do Sul no céu noturno, neste endereço eletrônico: https://oeds.link/8XLG9T. Acesso em: 26 maio 2022.
Para maior apoio, assista ao vídeo “ABC da Astronomia: Cruzeiro do Sul”, no seguinte endereço eletrônico: https://oeds.link/H56m4s. Acesso em: 26 maio 2022.
Sugerimos também a plataforma Stellarium, que possibilita a visualização das variadas composições de constelações elaboradas por diversas culturas. Nela, identificam-se, em tempo real ou não, estrelas, planetas, cometas e até alguns satélites. O endereço eletrônico do Stellarium é: https://oeds.link/2jFd0X. Acesso em: 26 maio 2022.
2. A importância do ponto de referência
O ponto de referência é fundamental para a determinação dos pontos cardeais e para a orientação. Observe a ilustração de parte de uma cidade. Considerando que ela retrata o amanhecer e que a igreja será tomada como ponto de referência:
- a casa amarela está a leste da igreja;
- a casa verde está a oeste da igreja;
- o norte corresponde aos fundos da igreja;
- o sul corresponde à frente da igreja.
Ao mudar o ponto de referência da igreja para a casa azul, por exemplo, as posições se alteram. Observe:
- a casa vermelha está a leste da casa azul;
- a casa amarela está a oeste da casa azul (note que, considerando a igreja o ponto de referência, a casa amarela está a leste).
Percebemos, assim, que a identificação dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais no espaço terrestre depende do ponto de referência considerado.
• Os pontos de referência e os mapas mentais
Você sabe o que são mapas mentais?
Experimente fechar os olhos e mentalizar o percurso que você faz para ir da sua cama ao banheiro. Quando você imagina um percurso e visualiza os pontos conhecidos – como o sofá, o corredor ou a porta do banheiro –, está elaborando um mapa mental.
Quando nos deslocamos, geralmente usamos pontos de referência familiares para “traçar mentalmente” o trajeto que devemos percorrer. Esses pontos podem ser objetos, casas, ruas, parques etcétera Não importa: todos funcionam como “marcas”, que nos guiam na trajetória traçada.
Portanto, o mapa mental é o conjunto de direções que se criam mentalmente com base em pontos de referência conhecidos no espaço.
Fonte: í bê gê É. Meu º atlas. quarta edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2012. página 18.
NO SEU CONTEXTO
Que pontos de referência você ou as pessoas que o acompanham usam para não errar o caminho quando vão de sua moradia à escola?
Orientações e sugestões didáticas
Para responder à pergunta do boxe No seu contexto, os alunos devem mencionar elementos culturais ou naturais presentes no trajeto, como ponto de ônibus, árvores etcétera
Com base na ilustração de parte de uma cidade, solicite aos alunos que estabeleçam as posições dos elementos do desenho em relação aos pontos cardeais, considerando outros pontos de referência, por exemplo, a casa verde. Chame a atenção para as sombras, que evidenciam a posição aparente do Sol. Explique que as sombras dos objetos na superfície terrestre mudam de posição conforme o movimento aparente do Sol. Essas mudanças permitem também que as pessoas se localizem.
Para estimular os alunos a pensar sobre a posição da casa onde moram, pergunte a eles que cômodos de suas moradias são iluminados pelo Sol ao amanhecer. Converse sobre o tema, pedindo que reflitam sobre a posição dos cômodos em relação aos pontos cardeais. Permita que eles falem sobre o assunto, ajudando-os na orientação e sanando as dúvidas que forem surgindo. É possível também estabelecer conexões com a discussão sobre as mudanças na posição do Sol e das sombras ao longo do dia, explorando com os alunos se em suas respectivas casas há cômodos que ficam mais iluminados durante o pôr do sol.
A abordagem dedicada a mapas mentais busca aproximar o conhecimento cartográfico da leitura do cotidiano. Esclareça que o mapa mental não apresenta o rigor e a precisão científica convencionais, mas tem grande valor, pois é uma representação individual do espaço de vivência. Analise com os alunos a reprodução do mapa mental chamando a atenção deles para os objetos representados: ruas, edifícios, características do relevo e posição do Sol. Peça que atentem para os elementos fundamentais de um mapa, como o título e a legenda.
Os mapas mentais possibilitam aos alunos exercitar a observação de seus espaços vividos, fazendo a reconstrução mental dos caminhos percorridos e sua representação no papel ou em outro suporte por meio da expressão gráfica. Esse é um exercício fecundo de observação espacial e de fixação dos conceitos de lugar, direção e pontos de referência.
3. A orientação pela bússola
A bússola é um instrumento usado para orientação. Possui uma agulha, que gira livremente sobre um eixo vertical, e um mostrador com a rosa dos ventos. A agulha é imantada, isto é, tem a propriedade de um ímã. Trata-se de um corpo de material magnetizado que atrai alguns objetos metálicos. Essa propriedade de atrair metais chama-se magnetismo.
A bússola foi inventada pelos chineses há muito tempo. Acredita-se que foram eles os primeiros a perceber que a Terra possui magnetismo.
Constituído principalmente por níquel e ferro em estado líquido, o núcleo da Terra funciona como um grande ímã em fórma de barra, com um dos polos em cada ponta. Desse modo, o magnetismo terrestre sempre alinha a agulha imantada de uma bússola na direção norte-sul, aproximadamente.
• Norte geográfico e polo magnético do norte
Observe que anteriormente nos referimos à direção aproximada norte-sul. Por quê?
Durante muito tempo, pensou-se que, em qualquer parte da Terra, a agulha da bússola indicava o Polo Norte ou o norte geográfico. No entanto, dependendo do lugar em que estamos, a agulha imantada da bússola não o indica exatamente. Ela é atraída pelo polo magnético do norte, situado a aproximadamente .1400 quilômetros do Polo Norte geográfico, na ilha Príncipe de Gales, no Canadá, como pode ser observado no mapa. O polo magnético do norte atrai a agulha da bússola em sua direção.
O Polo Norte geográfico e o polo magnético do norte
Fonte: MARRERO, Levi. La Tierra y sus recursos. décima nona edição Caracas: Cultura Venezolana, 1975. página 52.
Assim, ocorre um desvio da agulha da bússola para o polo magnético. Esse desvio recebe o nome de declinação magnética.
Como, então, os navegantes – comandantes de avião, navio ou barco – não erram o rumo ou a direção que desejam seguir?
Existem mapas, chamados cartas de navegação, que indicam esses desvios. Ao indicar a correção para o norte geográfico, essas cartas possibilitam aos navegantes uma orientação correta.
Com o desenvolvimento da ciência, foram criados outros instrumentos para orientação, muitos deles eletrônicos e que oferecem grande precisão e maior segurança para as navegações marítima e aérea e para o deslocamento em terra.
Orientações e sugestões didáticas
Para contribuir com a compreensão das noções de norte geográfico e de polo magnético do norte, sugerimos a seguinte leitura: MOLINA, Eder. O que é, o que é? Norte geográfico e norte magnético. Revista Pesquisa fapésp, São Paulo, edição 197, página 13, julho 2012.
Interdisciplinaridade
Na discussão sobre a bússola, há a oportunidade para desenvolver um projeto interdisciplinar com o professor de Ciências. Proponha a construção de uma bússola com os seguintes objetos:
✓ recipiente com água até a metade;
✓ rolha de cortiça;
✓ agulha;
✓ fita adesiva;
✓ ímã.
Fixe a agulha na superfície da rolha com a fita adesiva. Coloque a rolha com a agulha para cima sobre a água do recipiente. Observe que a rolha flutua livremente. Retire a rolha da água e elimine o excesso do líquido. Esfregue o ímã na agulha, evitando tocá-la. Insira novamente a rolha com a agulha imantada na água. Observe que ela se movimentará em direção ao norte.
Para a realização desta atividade, é importante a supervisão dos professores, que devem assumir a tarefa de manuseio das agulhas, permitindo que os alunos apenas observem como esses objetos são imantados, para não se ferirem. Organize a turma em grupos e permita que o experimento de cada grupo seja observado pelos demais, a fim de constatarem que todos obtiveram os mesmos resultados.
Atividade complementar
Peça aos alunos que elaborem um mapa mental do caminho que costumeiramente fazem de casa até a escola. Oriente-os a representar os principais pontos de referência, as construções que mais lhes chamam a atenção etcétera Eles devem incluir o título e a legenda. Retome o que foi discutido sobre a posição da casa em relação à escola e ajude-os a inserir a rosa dos ventos para indicar a orientação correta.
PERCURSO 6 LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO
1. A rosa dos ventos e a localização
Para se deslocar de um lugar a outro sem se perder, pode-se usar a rosa dos ventos associada a uma bússola e a um mapa, por exemplo. No entanto, conhecer apenas os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais não é suficiente para localizar, com precisão, determinado ponto na superfície terrestre.
Assim, para localizar com precisão cidades, vilas, montanhas, países, navios em alto-mar , os etcétera cartógrafosglossário criaram as linhas imaginárias da Terra, os paralelos e os meridianos, que formam a base para um sistema de localização denominado coordenadas geográficas.
2. Os paralelos terrestres
Com cêrca de 40 mil quilômetros de comprimento, o Equador ou linha equatorial corresponde à maior circunferência da Terra. Essa linha imaginária divide a Terra em dois hemisférios.
Quando os cartógrafos representam o globo terrestre, traçam circunferências paralelas a essa linha, ou seja, linhas que circulam a Terra paralelamente ao Equador. Por causa da fórma da Terra, os paralelos diminuem à medida que se afastam da linha equatorial e se aproximam dos polos. Indicados por grausglossário , os paralelos são traçados, tanto no Hemisfério Norte como no Hemisfério Sul, a partir do Equador (0) até 90 grau. graus
Com base na iluminação e no aquecimento da Terra pelos raios solares – assunto que será estudado adiante –, os cartógrafos nomearam quatro paralelos importantes: Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer, no Hemisfério Norte, e Círculo Polar Antártico e Trópico de Capricórnio, no Hemisfério Sul.
O Equador, os círculos polares e os trópicos são considerados os paralelos de referência.
Fonte: elaborado com base em Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2011. página 2.
Orientações e sugestões didáticas
Percurso 6
Neste Percurso, são estudados os paralelos e os meridianos, as coordenadas geográficas e a altitude, bem como os recursos tecnológicos de localização. Esses temas subsidiam o desenvolvimento dos conhecimentos relativos à localização e permitem que os alunos percebam a influência da posição geográfica nas condições climáticas de temperatura e pressão, por exemplo. O tema deverá ser aprofundado em outros momentos da vida escolar do aluno, mas esta introdução é fundamental para o aprimoramento de seu raciocínio geográfico e do pensamento espacial.
Os paralelos e os meridianos devem ser mostrados aos alunos por meio de um globo terrestre, permitindo que eles o visualizem, o explorem e o manuseiem. Destaque os paralelos principais (Equador, trópicos e círculos polares), como também os meridianos principais (Meridiano de Greenwich e seu antípoda de 180 graus).
A noção de altas, médias e baixas latitudes também deve ser trabalhada com um globo terrestre ou um planisfério. Esses conceitos devem ser explicados com o conceito de zonas de iluminação e de aquecimento da Terra. Proponha aos alunos que se informem sobre a latitude, a longitude e a altitude da capital da unidade da federação onde vivem.
Oriente os alunos a consultar um mapa político do Brasil e a localizar a linha equatorial, o Trópico de Capricórnio e outros paralelos. Pergunte quais são as unidades da federação localizadas inteiramente ao sul do Trópico de Capricórnio e quais são “cortadas” pela linha equatorial.
No Percurso 9 da Unidade 3, explicamos por que os trópicos e os círculos polares são importantes. Se necessário, antecipe esse conteúdo.
Para que os alunos compreendam a noção de paralelos terrestres, faça uma demonstração com uma bola de isopor atravessada por uma agulha de tricô que passe pelo centro da esfera. Com isso, determina-se um eixo de rotação e, portanto, os polos dessa bola. Com uma caneta, trace uma circunferência na superfície da bola de isopor, à mesma distância dos polos, dividindo-a em duas partes iguais que correspondem aos hemisférios. Comente com os alunos que essa ideia pode ser aplicada ao planeta Terra.
3. Os meridianos terrestres
Observe no planisfério que, além das linhas horizontais – os paralelos –, há linhas verticais que ligam um polo a outro. São os meridianos.
Ao contrário dos paralelos, que têm medidas de comprimento diferentes, todos os meridianos têm o mesmo comprimento. Para a determinação do meridiano principal, de 0 grau (zero grau), houve um acordo em 1884 entre os países: escolheu-se o meridiano que passa pela torre do Observatório Real de Greenwich, localizado no bairro de Greenwich, em Londres, no Reino Unido. O meridiano de 0 grau é chamado Meridiano de Greenwich, Meridiano Principal ou Meridiano de Origem. É a partir dele que se numeram, em graus, os outros meridianos, tanto a leste como a oeste. Com relação ao Meridiano de Greenwich, contam-se 180 meridianos para o leste e 180 para o oeste, totalizando 360 meridianos. O Meridiano de Greenwich foi adotado como referencial para a implantação dos fusos horários no planeta: a leste de Greenwich, as horas aumentam e, a oeste, diminuem uma hora a cada 15 graus.
Mundo: paralelos e meridianos
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 34.
Em que hemisfério está localizado o território brasileiro em relação ao Meridiano de Greenwich?
Orientações e sugestões didáticas
Em relação ao Meridiano de Greenwich, o território brasileiro está localizado no Hemisfério Oeste ou Ocidental.
Um meridiano e seu antípodaglossário formam uma circunferência, cujo comprimento é de .40009 quilômetros, que é, portanto, menor que o da circunferência formada pela linha do Equador (.40076 quilômetros). Isso explica por que a Terra não é exatamente redonda: os polos do planeta são ligeiramente achatados.
Os meridianos de Greenwich e de 180 graus dividem a Terra em outros dois hemisférios, o Hemisfério Leste, ou Oriental, e o Hemisfério Oeste, ou Ocidental. Tanto a representação dos paralelos como a dos meridianos podem ser feitas em um planisfério.
Observe que, ao traçar os paralelos a partir da linha do Equador e os meridianos a partir do Meridiano de Greenwich, os cartógrafos conseguiram determinar posições no globo terrestre com base na interseção (cruzamento) dos paralelos e dos meridianos.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
LOBATO, Monteiro.
Geografia de Dona Benta. vigésima quarta edição São Paulo: Brasiliense, 1995.
Para saber mais sobre o assunto estudado neste Percurso, leia o capítulo dezesseis desse clássico da literatura infantojuvenil, que mostra a Geografia de fórma didática.
Orientações e sugestões didáticas
Reforce com os alunos que a palavra hemisfério se refere às metades de uma esfera determinadas por um plano que passa por seu centro. O território brasileiro está localizado no Hemisfério Oeste, ou Ocidental. Aprofunde a discussão acerca do planisfério terrestre representado, pedindo aos alunos que localizem outros países e/ou continentes usando como referência paralelos e meridianos e os hemisférios Norte e Sul, Leste e Oeste.
Se julgar necessário, ressalte aos alunos que um planisfério é um mapa que representa a superfície terrestre em um plano.
Oriente os alunos a não confundir grau (unidade de medida de ângulo) com grau Celsius, usado para indicar a temperatura da matéria (ar, solo, corpo humano etcétera). Caso julgue necessário, mostre a diferença que existe também na representação escrita dessas unidades de medida (paralelo 30 graus, 25 grauscélsius).
Interdisciplinaridade
Explique aos alunos que toda circunferência tem 360 graus e que, em virtude da fórma semelhante entre a Terra e uma esfera, convencionou-se dividir o planeta em 360 meridianos. Esse conteúdo possibilita o desenvolvimento de atividades interdisciplinares com o professor de Matemática.
4. Latitude e longitude: as coordenadas geográficas
Como vimos, os paralelos são traçados em relação à linha do Equador, que define o norte e o sul. Os meridianos têm como referência o Meridiano de Greenwich, que define o leste e o oeste. Os paralelos, ao se cruzarem com os meridianos, determinam pontos na superfície da Terra. Cada cruzamento funciona como uma espécie de “endereço”, identificado pela latitude e pela longitude – as chamadas coordenadas geográficas.
• A latitude
Latitude é a distância, medida em graus, de qualquer ponto na superfície da Terra até a linha do Equador. Portanto, todos os pontos que estão no mesmo paralelo têm a mesma latitude. Como o Equador é a linha que delimita os hemisférios Norte (Setentrional) e Sul (Meridional), todos os pontos localizados ao sul do Equador terão latitude Sul, e os pontos localizados ao norte do Equador terão latitude Norte. Observe a ilustração.
A latitude
Em relação à latitude, qual é a diferença entre as posições dos aviões amarelo e azul nesta ilustração?
Orientações e sugestões didáticas
Na ilustração, os dois aviões encontram-se na latitude 30 graus, porém o avião amarelo está no Hemisfério Norte (ao norte da linha do Equador) e o avião azul, no Hemisfério Sul (ao sul da linha do Equador).
Altas, médias e baixas latitudes
Em relação à linha do Equador, as latitudes podem ser altas, médias ou baixas, como se observa no planisfério.
As altas latitudes correspondem às latitudes próximas aos polos Norte e Sul, entre aproximadamente 66 graus e 90 graus; as médias latitudes estão entre os trópicos e os círculos polares; e as baixas latitudes correspondem às regiões localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio.
Zonas de alta, média e baixa latitudes
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 58.
Orientações e sugestões didáticas
A latitude é um dos fatores que influenciam o clima do planeta Terra e contribuem para explicar as diferenças de temperatura do ar atmosférico. De modo geral, as temperaturas médias diminuem da linha do Equador para os polos, em virtude dos diferentes ângulos de incidência dos raios solares na superfície terrestre. Assim, quanto menor a latitude, maior a média térmica, e vice-versa. Esse assunto será abordado nos Percursos 13 e 14, mas pode ser interessante introduzi-lo neste momento. Para isso, tenha em mãos um planisfério ou um globo terrestre.
As latitudes são muito usadas na Geografia, pois contribuem para o entendimento de diversos assuntos, como a distribuição dos tipos de clima no mundo. Se você observar um planisfério ou um globo terrestre com atenção, vai reparar, por exemplo, que as maiores áreas cobertas de gelo na Terra estão nos polos e em suas proximidades (altas latitudes). Além disso, no Brasil, nos estados próximos à linha do Equador (baixas latitudes), as médias de temperatura no decorrer do ano são, geralmente, mais elevadas que naqueles mais distantes dessa linha.
Que palavras do diálogo têm a ver com Cartografia? Explique com suas palavras o possível engano que a personagem cometeu em seu mapa.
Orientações e sugestões didáticas
Na questão referente à tirinha, os neologismos “meridianei” e “latitudeado” têm relação com a Cartografia. “Meridianar” relaciona-se a meridiano, linha circular imaginária que passa pelos polos, enquanto “latitudear” refere-se a paralelo. Assim, a personagem deve ter considerado, equivocadamente, algo em relação a meridiano em vez de relacionar a paralelo.
• A longitude
Longitude é a distância, medida em graus, de qualquer ponto na superfície da Terra até o Meridiano de Greenwich. Todos os pontos situados no mesmo meridiano possuem a mesma longitude.
Como o Meridiano de Greenwich é a linha que delimita os hemisférios Oeste (Ocidental) e Leste (Oriental), a longitude pode ser Leste ou Oeste.
A longitude
Em relação à longitude, qual é a diferença entre a posição do avião vermelho e a do verde? Quais são as coordenadas geográficas desses aviões nessa ilustração?
Nota: Representação para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.
Orientações e sugestões didáticas
Na ilustração, os dois aviões estão na longitude 30 graus, mas um encontra-se a leste e o outro, a oeste. As coordenadas geográficas do avião vermelho são latitude 45 graus êne e longitude 30 graus óh; as coordenadas geográficas do avião verde são latitude 15 graus ésse e longitude 30 graus éle.
NAVEGAR É PRECISO
Ciência Viva
https://oeds.link/Oi7OxJ
Essa página apresenta atividades para construir instrumentos de cálculo de latitude e longitude com vídeos explicativos.
• O gê pê ésse e seu uso no cotidiano
Ao observar o mapa-múndi, parece fácil localizar qualquer ponto do planeta.
Mas imagine que você é o piloto de um avião ou o comandante de um navio: como saber a sua localização?
No caso de sua casa ou da escola, você sabe a que latitude e longitude elas estão?
Atualmente, localizar-se na superfície terrestre é tarefa fácil e bastante acessível. Com o gê pê ésse, obtêm-se as coordenadas geográficas de qualquer lugar, ou seja, a latitude e a longitude, em segundos. gê pê ésse é a sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System).
Orientações e sugestões didáticas
Se possível, leve um aparelho de gê pê ésse para a sala de aula. E, caso haja possibilidade, planeje um roteiro pela escola ou por seu entorno empregando esse recurso, para que os alunos percebam na prática sua eficiência e precisão.
Atividade complementar
Peça aos alunos que consultem o site Apolo 11 (disponível em: https://oeds.link/6WRcap; acesso em: 26 maio 2022.), no qual podem obter as coordenadas geográficas e a altitude do município onde moram e as de Brasília, Distrito Federal (caso vivam em Brasília, escolha outra localidade). Oriente-os a anotar o número em graus, desconsiderando os minutos e os segundos que compõem os valores da latitude e da longitude.
Solicite a eles que calculem a diferença, em graus, entre as coordenadas geográficas do local onde moram e de Brasília e que também calculem, em metros, a diferença entre as altitudes.
Aparelhos de gê pê ésse usam as informações recebidas de uma rede de 24 satélites artificiaisglossário que giram em torno da Terra enviando sinais para qualquer aparelho que possa recebê-los. Cada satélite artificial realiza duas voltas ao redor do planeta por dia. Portanto, a qualquer hora, há pelo menos três satélites artificiais “visíveis” para os aparelhos de gê pê ésse em qualquer ponto do planeta.
Graças à tecnologia do gê pê ésse, a localização de objetos ou de pessoas e o mapeamento de áreas extensas podem ser feitos com precisão e rapidez. O sistema está disponível para uso dos cidadãos desde 1995 e, atualmente, serve para muitas finalidades. Observe algumas delas.
Mapas colaborativos
Usuários do gê pê ésse podem alimentar bancos de dados virtuais que dão origem a mapas colaborativos de temas como mobilidade urbana, atrações culturais e problemas de uma região ou comunidade, os quais podem servir de instrumento de gestão para prefeituras.
Transporte público
Em algumas cidades brasileiras, os pontos de ônibus têm painéis que mostram em quanto tempo o próximo coletivo vai chegar. Isso é possível graças aos aparelhos instalados nos ônibus, que calculam o tempo de viagem com base na distância e na velocidade de deslocamento.
Melhores rotas
Um dos usos mais comuns do gê pê ésse é orientar motoristas em trajetos de carro. Um equipamento com mapas digitais é capaz de calcular as melhores rotas até o destino informado pelo motorista.
Navegação
Rotas de aviões e de embarcações e frotas de veículos também são controladas com o auxílio do gê pê ésse. Além de acusar obstáculos e recalcular trajetos, a tecnologia reduz o risco de acidentes.
NO SEU CONTEXTO
Para que serve o gê pê ésse? Que usos do gê pê ésse você reconhece no seu cotidiano?
Orientações e sugestões didáticas
O gê pê ésse serve para localizar objetos e pessoas e mapear áreas extensas com precisão e rapidez. Os alunos podem citar o emprego de aplicativos que usam a tecnologia do gê pê ésse com alguma finalidade mencionada nos quadros ou outras. Ajude os alunos a perceber que muitos produtos que eles usam vieram de localidades distantes e foram transportados por caminhões, navios ou por outros meios de transporte com rotas monitoradas pelo uso dessa tecnologia.
Leia os textos com os alunos. Faça um levantamento das possíveis dúvidas e explique palavras ou termos desconhecidos. Sobre os mapas colaborativos, esclareça que são feitos em programas (aplicativos) específicos para edição de mapas. Neles, pode-se acessar o mapa, incluir e compartilhar informações, gerando um conteúdo que pode ser acessado e alterado por outros usuários do programa. Trata-se de um mapa em constante elaboração, feito por várias pessoas, de modo cooperativo. Por fim, destaque que esse tipo de recurso cartográfico contribui para a valorização dos saberes das comunidades a respeito dos territórios que ocupam, para a democratização da informação e para o uso colaborativo dos espaços comunitários.
Cruzando saberes
Dispositivo localiza idoso em situações de emergência por meio de sinal gê pê ésse
“Impulsionado por uma necessidade pessoal, o engenheiro Orlan Almeida criou, em 2013, um pequeno dispositivoglossário capaz de emitir um alerta para contatos pré-cadastrados, pelo celular, quando o idoso está em situações emergenciais.
A ideia surgiu em Brasília, após o pai de Almeida sofrer uma queda e quebrar a mão. Segundo ele, não havia no mercado equipamentos que atendessem às necessidades para aquele momento. A partir daí, decidiu projetar seu próprio dispositivo . Atualmente, há dispositivos com o mesmo fim que funcionam como um telefone sem fio, com base e aparelho de alerta. reticências
O aparelho, que emite um sinal gê pê ésse por meio de dois chipsglossário de telefonia móvel, tem sensores de movimento que identificam de fórma automática quando o idoso sofre alguma queda. Conectado ao aplicativo de celular, o sistema emite a localização da emergência para os tutoresglossário da vítima.
Além disso, o equipamento também conta com sensores de temperatura, para situações que envolvem incêndio. Caso os familiares não consigam atender o chamado a tempo, o alerta é direcionado para uma central de atendimento que funciona 24 horas. ”
RIBEIRO, João Vicente. Dispositivo localiza idoso em situações de emergência por meio de sinal gê pê ésse. Panorama Farmacêutico, 14 junho 2017. Disponível em: https://oeds.link/0OXZeJ. Acesso em: 9 dezembro 2021.
Interprete
1. Para que serve o dispositivo criado pelo engenheiro Orlan Almeida?
Argumente
2. Qual é a importância desse dispositivo para os idosos?
Contextualize
- Assim como crianças e adolescentes, em nosso país os idosos têm direitos fundamentais garantidos por lei. O que você sabe sobre esses direitos e como contribuir para que os idosos sejam respeitados no dia a dia?
- O que você faria se presenciasse ou tivesse conhecimento de que os direitos e interesses de um idoso não estão sendo respeitados por outras pessoas, até mesmo por familiares dele?
Orientações e sugestões didáticas
Temas contemporâneos transversais
A seção Cruzando saberes possibilita trabalhar com os temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia; Saúde; Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso; e Vida Familiar e Social. Discuta com os alunos as consequências do envelhecimento para as pessoas e peça a eles que reflitam sobre sua relação com os idosos. Até o início de dezembro de 2021, a pessoa idosa era aquela com idade igual ou superior a anos. (Antes de informar os alunos a esse respeito, verifique se após o mês indicado foi aprovado um projeto que tramitava na Câmara dos Deputados federal que objetivava alterar a idade das pessoas consideradas idosas de igual ou superior a 60 anos para igual ou superior a 65 anos. De qualquer maneira, comente com os alunos que os dados e projeções do í bê gê É para esse grupo da população são calculados considerando-se as pessoas de 65 anos ou mais). Oriente uma pesquisa em grupo sobre o Estatuto do Idoso (Lei Federal norteº .10741, de 1º de outubro de 2003) e os artigos que abrangem os seus direitos fundamentais.
Respostas
- Para monitorar idosos em situações emergenciais, permitindo que familiares e pessoas possam localizá-los e prestar socorro. Ressalte que a tecnologia pode contribuir para a qualidade de vida no processo de envelhecimento.
- Resposta pessoal. Informe que em 2022, de acordo com dados e projeções do í bê gê É, no Brasil, havia cêrca de 22,5 milhões de idosos (65 anos ou mais); em 2030, estimativas apontam que eles serão cêrca de 33,5 milhões, quando o país deverá ocupar a quinta posição entre os países com maior população idosa. Destaque a importância de iniciativas que visem ao respeito, à segurança e ao bem-estar dos idosos, colaborando para sua qualidade de vida e socialização.
- Resposta pessoal. Explique o que são direitos fundamentais e como eles se aplicam aos idosos. Entre esses direitos estão: o direito à vida, à liberdade, à dignidade, a alimentos, à saúde, à educação, à previdência social, à assistência social, à habitação etcétera Permita que se pronunciem sobre sua responsabilidade no respeito a esses direitos.
- Todo cidadão deve comunicar esses problemas às autoridades competentes de seu município, as quais estão aptas a receber denúncias de crimes e de outras violações aos direitos e interesses dos idosos.
5. A altitude
Altitude é a distância vertical de um ponto qualquer da superfície da Terra em relação ao nível médio do mar, cuja altitude é zero. Esse ponto é usado como referência para medir a altitude de uma localidade. Quando se diz, por exemplo, que a altitude do Monte Everest, situado na Ásia, é de .8848 metros, significa que seu pico está a .8848 metros acima do nível médio do mar.
Não se deve confundir altitude com altura. Esta é a distância vertical de um corpo ou objeto (casa, pessoa, animal, vegetal, entre outros) acima da superfície do terreno em que se encontra – da base ao ponto mais alto.
Tal como a latitude e a longitude, a altitude é um importante dado sobre a localização de um ponto no globo terrestre. Por isso, ao indicar a localização de um ponto, o gê pê ésse fornece dados da latitude, da longitude e da altitude desse ponto.
Altitude e altura
Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.
Orientações e sugestões didáticas
Discuta com os alunos a existência de altitudes negativas, situadas abaixo do nível médio do mar. Um exemplo é a região do Mar Morto, que está a 395 metros abaixo do nível médio do Mar Mediterrâneo. Seria interessante mostrar aos alunos, em um planisfério, que também existem as fossas abissais, como as que se localizam a leste da Ilha de Honshu, no Japão, que chegam a quase .8500 metros de profundidade.
Entretanto, como exemplo de altitude positiva, comente que Denver, capital e cidade mais populosa do estado do Colorado, nos Estados Unidos da América, está à altitude de .1609 metros, isto é, uma milha (unidade de distância usada em muitos países, geralmente de língua inglesa), e que por isso a cidade é conhecida como “mile high city” (cidade em altitude de 1 milha).
A diferença entre o significado de altitude e o de altura poderá ser retomada na Unidade 4 deste livro, como conhecimento prévio para a compreensão da altitude, um dos fatores geográficos do clima.
Interdisciplinaridade
A maioria da população mundial vive em altitudes entre o nível médio do mar e .3000 metros; mas há milhões de pessoas que vivem entre .3000 e .4800 metros, principalmente nos planaltos andinos, na América do Sul, e no Tibete, na Ásia Central. Com o professor de Ciências, sugerimos abordar as características das camadas atmosféricas, as propriedades do ar (expansibilidade e compressibilidade) e a interferência da variação da pressão atmosférica na vida humana. Cite como exemplos os atletas que praticam esportes como alpinismo, ciclismo, atletismo e futebol, cujo rendimento físico diminui quando estão em elevadas altitudes porque o ar é rarefeito.
Atividades dos percursos 5 e 6
Registre em seu caderno.
- Tendo como ponto de referência a escola em que você estuda, sua casa localiza-se em qual direção?
- Explique por que a determinação dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais no espaço terrestre depende de um ponto de referência.
- Descreva o que é o polo magnético do norte.
- Observe o planisfério da atividade 7 e faça o que se pede.
- Aponte um meridiano e um paralelo que “cortam” o território brasileiro.
- Faça o mesmo em relação ao continente africano.
- O que são latitude e longitude? Explique a importância delas para a localização de um ponto na superfície da Terra.
- Retome a leitura dos textos das páginas 41 e 42 e responda: a localidade em que você vive está em uma zona de alta, média ou baixa latitude? Explique sua resposta.
- Observe o planisfério e responda às questões.
Mundo: paralelos e meridianos
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 12-13.
- Que continente se localiza totalmente no Hemisfério Oeste?
- Dê a latitude e a longitude dos pontos assinalados. Quais deles estão em baixas latitudes?
- Imagine que as coordenadas de um grupo de pesquisa sejam latitude 80 Sul e longitude 60 Oeste. Em que continente esse grupo está?
- Um explorador saiu do ponto C e se dirigiu ao ponto A, enquanto outro saiu do ponto B e viajou até o ponto A. Qual deles mudou de hemisférios, tanto em relação à linha do Equador quanto ao Meridiano de Greenwich?
Orientações e sugestões didáticas
Respostas
- Resposta pessoal. Indique aos alunos a direção em que o Sol nasce para que tenham referências mínimas e realizem a atividade.
- Porque as direções são sempre estabelecidas com base em um ponto de referência e podem alterar-se quando adotamos outra referência.
- É um ponto situado a, aproximadamente, 1.400 quilômetros do Polo Norte geográfico, na Ilha Príncipe de Gales, no Canadá. Esse ponto funciona como o polo de um ímã, que atrai a agulha da bússola em sua direção.
-
- Os alunos poderão responder, como meridianos, o de 40 graus oeste ou o de 60 graus oeste; como paralelos, o de 20 graus Sul, o Trópico de Capricórnio ou ainda o de 0 grau (linha do Equador).
- Os alunos poderão responder, como meridianos, o de 0 grau (Meridiano de Greenwich), o de 20 graus leste ou o de40 graus leste; como paralelos, o de 0 grau (linha do Equador), o de 20 graus Sul, o Trópico de Capricórnio, o de 20 graus norte ou ainda o Trópico de Câncer.
- Latitude é a distância medida em graus de qualquer ponto na superfície da Terra até a linha do Equador e pode ser norte (N) ou sul (S). Longitude é a distância medida em graus de qualquer ponto na superfície da Terra até o Meridiano de Greenwich e pode ser leste (L) ou oeste (O). O cruzamento dos dados de latitude e longitude, as coordenadas geográficas, fornece a localização de qualquer ponto da superfície terrestre, servindo, portanto, como uma espécie de endereço das localidades.
- Resposta pessoal. O aluno deve saber que a zona de baixa latitude está compreendida entre os trópicos; a de média latitude, entre os trópicos e os círculos polares; e a de alta latitude, entre os círculos polares e os polos. Essa atividade estimula a leitura inferencial, uma vez que os alunos precisam articular o que sabem sobre sua localização e as informações presentes no texto.
-
- A América.
- Ponto A: 20 graus latitude Sul e 40 graus longitude oeste. Ponto B: 40 graus latitude norte e 100 graus longitude leste. Ponto C: 40 graus latitude nortee 100 graus longitude oeste. Ponto D: 0 grau latitude e 60 graus longitude leste. Os pontos A e D estão em baixas latitudes.
- Antártida.
- O explorador que partiu do ponto B cruzou as duas linhas mencionadas, mudando do Hemisfério Norte para o Sul e do Leste para o Oeste. O que partiu do ponto C mudou apenas do Hemisfério Norte para o Sul.
- Suponha que uma aeronave tenha realizado um pouso emergencial em um ponto localizado em latitude 80 norte e longitude oeste. Consultando o planisfério da atividade 7, a aeronave pousou em uma zona de baixa, média ou alta latitude? Explique a sua resposta.
- Leia o fragmento de texto e, depois, responda às questões.
“ — Mas como você vai dar a nossa posição aqui neste mar? — perguntou Márcio, inquieto.
Marco tomou a palavra, expressando a frustração da turma:
— É, seu Paulo, a gente cansou de pensar e até agora não achamos uma solução, porque aqui no mar é tudo igual e não tem nenhuma referência…
Seu Paulo chamou a guarda costeira e informou que estavam com o barco quebrado em alto-mar e que haviam atravessado uma tempestade. Por isso precisavam de socorro para chegar ao continente.
A guarda costeira pediu a localização. Consultando o gê pê ésse seu Paulo informou:
— Estamos a 24 graus e 30 minutos de latitude sul e 46 graus e 15 minutos de longitude oeste.”
SARTORELLI, Márcia Prado; GUERRA, Sônia dos Santos; SERRANO, Teresa Silvestri. Como sair dessa. segunda edição São Paulo: éfe tê dê, 1998. página 15.
- O que é gê pê ésse?
- Consulte um atlas geográfico e procure saber em qual oceano se encontra o barco quebrado citado no texto. Como ele está em alto-mar, indique qual é o litoral mais próximo.
Orientações e sugestões didáticas
Cada grau se divide em 60 minutos.
10. Observe o quadro e, sem consultar outras fontes de informação, responda às questões.
Capital |
Localização geográfica |
Altitude (metros) |
|
---|---|---|---|
Latitude |
Longitude |
||
Boa Vista (RR) |
2° N |
60° O |
85,1 |
Recife (PE) |
8° S |
34° O |
4,5 |
Rio Branco (AC) |
9° S |
67° O |
152,5 |
São Paulo (SP) |
23° S |
46° O |
760,2 |
Porto Alegre (RS) |
30° S |
51° O |
2,8 |
Fonte: í bê gê É. Anuário estatístico do Brasil 2020. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2021. Tabela 1.1.1.2. página 1-7.
- Qual dessas capitais é a mais setentrional? Qual é a mais meridional? Explique.
- Qual dessas capitais é a mais ocidental?
- Qual das capitais está em maior altitude? Aponte as coordenadas geográficas dessa cidade.
11. Observe as fotos para responder à atividade.
• Para quais fotografias você pode empregar os conceitos de altura e altitude? Por quê?
Orientações e sugestões didáticas
- O ponto determinado pela latitude 80 graus norte e pela longitude 40 graus oeste encontra-se na Ilha da Groenlândia, em zona de alta latitude. Esta atividade, ao levar o aluno a consultar um planisfério, possibilita que ele exercite a leitura cartográfica e tenha compreensão da localização de pontos no espaço mundial. Outras atividades semelhantes podem ser propostas com o objetivo de exercitar a consulta de mapas.
-
- É um aparelho eletrônico que permite a localização instantânea do lugar onde nos encontramos. Ele recebe sinais de satélites artificiais que orbitam a Terra, permitindo identificar as coordenadas geográficas.
- No Oceano Atlântico, próximo ao litoral do estado de São Paulo.
-
- A capital mais setentrional é Boa Vista, no estado de Roraima (2 graus latitude norte), e a mais meridional é Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul (30 graus latitude Sul).
- A capital mais ocidental é Rio Branco, no estado do Acre (67 graus longitude oeste). Comente com os alunos que a capital mais oriental que consta no quadro é Recife, no estado de Pernambuco (34 graus longitude oeste).
- São Paulo está em maior altitude (760,2 metros). Coordenadas: 23 graus Sul e 46 graus oeste.
Com os alunos, explore o quadro de outra maneira, como um jôgo. Peça que, em grupo, cada um escreva, em uma folha avulsa, uma afirmação falsa e outra verdadeira comparando os dados do quadro e usando em suas afirmações os seguintes conceitos e termos: altitude, meridional, setentrional, ocidental e oriental. Na sequência, peça que leiam as afirmações dos outros grupos, dizendo se são verdadeiras ou falsas. Vence o grupo que acertar mais.
Essa atividade aplica princípios de gamificação para tornar a aprendizagem mais lúdica e motivadora. Ao mesmo tempo, exige uma postura ativa do estudante, que deve ler e interpretar o quadro e criar informações com base nos dados. Oriente os alunos a analisarem o quadro e escreverem frases comparando as cidades; por exemplo, um grupo poderia escrever que “a cidade de Boa Vista é a mais setentrional e a que apresenta a maior altitude” para criar uma afirmação falsa com os dados do quadro. O mesmo grupo precisaria criar uma afirmação verdadeira. Recolha as afirmações de todos os grupos. Redistribua-as e conceda um tempo para que os alunos julguem as afirmações e anotem a resposta. Ao final, todos os grupos devem ter tido contato com todas as frases, identificando as verdadeiras e as falsas.
11. O conceito de altitude pode ser aplicado na fotografia A, e o conceito de altura, na B. Considerando que a altitude tem como referência o nível médio do mar, a Cordilheira do Himalaia apresenta pontos que ultrapassam os 8.000 metros de altitude, como o Pico do Everest, que está a 8.848 metros. No caso da girafa, sua altura não depende do nível médio do mar, mas da distância vertical do solo até o topo de sua cabeça.
PERCURSO 7 DO DESENHO AO MAPA
1. A Cartografia
Experimente desenhar seu quarto ou os cômodos de sua casa: trace as paredes, represente as portas e as janelas e, se quiser, desenhe também móveis e objetos, como sofá, cama, armário, mesa e computador. Ao final, você terá elaborado o que os cartógrafos chamam de croqui, isto é, um desenho com traços iniciais ou rudimentares, em geral feito à mão rapidamente. Dessa fórma, os croquis não exigem grande precisão técnica nem rigor gráfico, ao contrário do que ocorre com os mapas, que são elaborados com base em estudos científicos e operações técnicas e artísticas usadas pela Cartografia, ciência que se dedica à representação e à comunicação de informação espacial por meio de mapas.
NO SEU CONTEXTO
Em uma folha avulsa, elabore o croqui de sua sala de aula. Depois, reúna-se com mais dois colegas e comparem os croquis. Observem em que eles são iguais e em que diferem. Qual deles se assemelha mais à sala de aula? Por quê?
Orientações e sugestões didáticas
As respostas às perguntas do boxe No seu contexto são pessoais. A elaboração de croquis pelos alunos faz parte da aprendizagem em Geografia e colabora para o desenvolvimento de habilidades que se relacionam com a leitura e a interpretação de mapas. Os croquis exercitam a visão espacial dos alunos e podem ser considerados uma das fases da alfabetização cartográfica, e sua elaboração pode ser incentivada de maneira lúdica, explorando-se por meio deles conceitos iniciais de localização, representação, espaço, distância, legenda e elementos do espaço de vivência dos alunos, como a construção do percurso da casa até a escola.
Versão adaptada acessível
Elabore uma representação de sua sala de aula. Ela pode ser realizada com o uso de materiais com diferentes texturas, formas e tamanhos organizados de modo a representar os elementos da sala.
Depois, reúna-se com mais dois colegas e comparem as representações. Observem em que elas são iguais e em que diferem. Qual delas se assemelha mais à sala de aula? Por quê?
Orientação para acessibilidade
Caso necessário, permita que os alunos explorem a sala de aula circulando entre as carteiras, percebendo as distâncias entre os objetos, reconhecendo diferentes texturas, formas e cores, dimensionando o tamanho do espaço que irão representar etc. Isso permitirá aos alunos o desenvolvimento de noções espaciais e sensoriais que poderão resultar em uma produção adequada do croqui. Deve-se notar que a forma como os alunos percebem o espaço da sala de aula contém significados particulares que vão além da proporção precisa entre os objetos. Esse ponto deve ser levado em consideração na avaliação da representação elaborada.
Orientações e sugestões didáticas
Percurso 7
Este Percurso aborda as fórmas de representação da Terra, do croqui ao globo terrestre. Colabora para o desenvolvimento da Competência Específica de Geografia 4: “Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas”, e possibilita a leitura, a interpretação e o uso adequados de croquis, mapas etcétera, que trazem informações geográficas sobre a realidade espacial em suas diversas escalas.
Explore os principais elementos de um mapa e o uso dos símbolos na Cartografia e dê oportunidade para que os alunos criem os próprios símbolos, fazendo um croqui da rua onde vivem, por exemplo. Discuta a representação da Terra por meio do globo terrestre e do planisfério e suas vantagens e desvantagens. Explore as atividades complementares das páginas 52 e 53. Com o apoio da primeira delas, discuta a representação da Terra por meio do globo terrestre e do planisfério e suas vantagens e desvantagens; com o auxílio da segunda delas, mostre que o planisfério é o resultado do “ córte” longitudinal de uma esfera, desafiando os alunos a transformar uma esfera em um plano.
Habilidade da Bê êne cê cê
• ê éfe zero seis gê ê zero oito
O tema das escalas cartográficas (gráfica e numérica) também é trabalhado neste Percurso. As discussões pretendem que o aluno compreenda a importância desses elementos cartográficos que, ao indicarem uma proporção, possibilitam o cálculo de distâncias e o estabelecimento de relações entre a realidade e sua representação em um mapa ou em uma planta. Os conhecimentos desenvolvidos possibilitam diálogo com a Matemática.
• O que é mapa?
Mapa é uma representação gráfica das características naturais ou sociais de toda a superfície da Terra, ou de parte dela, sobre qualquer suporte plano, como folha de papel, tecido, couro, meios digitais, entre outros.
Os rios, as montanhas, a fauna, assim como o clima e a vegetação, são exemplos de características naturais que podem ser mapeadas (mapa A).
Região Norte: hidrografia
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 57.
A hidrografia representada no mapa é um elemento natural ou social? Explique sua resposta.
Orientações e sugestões didáticas
No mapa A, a hidrografia representada é um elemento natural, pois sua existência independe da ação humana.
Entre as características sociais, as cidades, as estradas, os campos de agricultura, as indústrias e demais aspectos da ocupação humana no espaço geográfico são frequentemente representados em mapas (mapa B).
Brasil: percentual de domicílios com acesso à internet – 2017
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 131.
Na unidade da federação em que você vive, qual era a faixa percentual de domicílios com acesso à internet em 2017?
Orientações e sugestões didáticas
No mapa B, a resposta à pergunta depende da unidade da federação em que o aluno mora. Oriente os alunos a fazer a leitura do mapa estabelecendo comparações entre as unidades da federação quanto à faixa percentual de domicílios com acesso à internet em relação ao total de domicílios.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
A Cartografia. décima quinta edição Campinas: Papirus, 2016.
O livro aborda aspectos essenciais dessa disciplina, como a cartografia descritiva da superfície terrestre, a análise cartográfica do espaço geográfico e o papel da Cartografia na gestão do meio ambiente.
Orientações e sugestões didáticas
Ajude os alunos na interpretação dos mapas A e B. Destaque os elementos do mapa, como o título, a legenda, suas cores e dados, a rosa dos ventos e a escala gráfica. Compare a presença desses elementos em cada um dos mapas. Note que no mapa A não há legenda. Explique aos alunos que, convencionalmente, a representação da água em azul permite interpretação das informações sem a necessidade de legenda. Saliente, porém, que esse elemento é essencial, assim como os demais, que serão trabalhados nas próximas páginas.
Os principais elementos de um mapa
Existem diversos tipos de mapa, cada um deles representa as particularidades do espaço geográfico, sejam elas físicas ou sociais. Há, no entanto, alguns elementos que devem estar presentes em qualquer representação cartográfica: o título, a fonte, a rosa dos ventos (ou orientação), a escala, a legenda e as coordenadas geográficas, como mostra o mapa.
Orientações e sugestões didáticas
Oriente os alunos a identificar no mapa cada um dos elementos representados: título, fonte, rosa dos ventos, escala, legenda, coordenadas geográficas e a localização do espaço terrestre representado. Leia em conjunto as informações apresentadas por esses elementos e peça que reflitam sobre que falta eles fariam, caso não estivessem no mapa. Ouça as hipóteses dos alunos, buscando identificar as dúvidas, e faça os esclarecimentos que julgar necessários.
Os símbolos cartográficos
Um mapa pode representar muitas informações: cidades, vilas, indústrias, rodovias, rios, fronteira internacional, divisa de estados, aeroportos, portos e muitos outros aspectos físicos ou humanos existentes na paisagem ou no espaço geográfico.
Para isso, usam-se símbolos figurativos, isto é, desenhos que representam o que se deseja mostrar (o desenho de navio indica a localização de um porto; o de torre de petróleo, o local de exploração desse produto; e assim por diante). Observe esses elementos no quadro.
Exemplos de símbolos cartográficos
No entanto, nem tudo pode ser representado por símbolos figurativos. Nesse caso, usam-se outros recursos ou modalidades: cores, por exemplo, para representar diferentes regiões, figuras geométricas para indicar a existência de recursos minerais (minérios de ferro, manganês, alumínio, cobre etcétera), além de muitos outros símbolos, conforme a necessidade. Os símbolos constantes no mapa devem estar inseridos em uma legenda para que o leitor possa identificá-los e saber o que representam.
Brasil: principais reservas minerais – 2019
Fonte: elaborado com base em BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário mineral brasileiro 2020: principais substâncias metálicas. Brasília: dê êne pê ême, 2020. página 4.
Com base no mapa e na legenda, você identifica reservas minerais na unidade da federação em que vive? Quais?
Orientações e sugestões didáticas
Em relação ao mapa, a resposta à pergunta depende da unidade da federação em que o aluno mora.
Explore o mapa de maneira mais aprofundada, pedindo aos alunos que comparem as reservas minerais presentes em distintas unidades da federação. Esse trabalho permite aos alunos perceber a distribuição desigual dos componentes físico-naturais do território brasileiro, estimulando o desenvolvimento dos princípios de diferenciação, distribuição e analogia do raciocínio geográfico.
Ressalte que os mapas que representam um assunto ou tema são chamados de mapas temáticos. Entre os temas representados nos mapas temáticos podem ser encontrados acontecimentos históricos, densidades demográficas, divisões políticas, fenômenos econômicos, distribuição de recursos naturais, entre outros. Além do mapa, pode-se voltar aos mapas das páginas anteriores para exemplificar diferentes tipos de mapa temático.
2. A representação da Terra
Do mesmo modo que você pode desenhar em um papel o croqui do seu quarto, os cartógrafos desenvolveram fórmas diferentes de representar a Terra, entre elas: o globo terrestre, o planisfério e, mais recentemente, os mapas digitais.
• O globo terrestre
No globo terrestre, reproduz-se de modo aproximado a fórma da Terra. As direções e as distâncias relativas entre os pontos da superfície são mantidas proporcionalmente.
Ao mesmo tempo, a representação da Terra por meio do globo apresenta duas desvantagens:
- oferece poucos detalhes sobre a superfície terrestre, pois não apresenta casas, vilas, estradas, campos de agricultura etcétera;
- não possibilita visualizar toda a superfície do planeta simultaneamente. Uma face da Terra fica sempre oculta à visão.
Para compensar a primeira desvantagem, elaboram-se mapas que representam partes menos abrangentes da superfície terrestre: países, estados, municípios, bairros, fazendas etcétera Por meio dessas representações, é possível mostrar detalhes que o globo terrestre não pode representar (mapa A). Observe que, quanto menor o espaço a ser representado, maior é a possibilidade de incluir no mapa detalhes da superfície (mapa B).
Para resolver a segunda desvantagem, os cartógrafos criaram o planisfério.
Rio de Janeiro: principais cidades
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 153.
Rio de Janeiro ( Rio de Janeiro): parte do centro da cidade
Fonte: Guia Quatro Rodas: Brasil 2012. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Planta dois. São Paulo: Abril, 2011. página 660 e 661.
Localize a Igreja da Candelária e a Praça 15 de Novembro. Quantas quadras as separam?
Orientações e sugestões didáticas
Cinco quadras separam a Igreja da Candelária e a Praça 15 de Novembro, considerando o lado direito da Rua 1º de Março no mapa B.
Orientações e sugestões didáticas
Leia os mapas A e B com os alunos. Questione quais símbolos são empregados nas representações, considerando as convenções cartográficas (oriente-os a observar novamente o quadro da página 51). Eles devem citar, por exemplo, o símbolo convencional para capital e cidade principal etcétera Solicite que examinem qual dos mapas traz mais detalhes e qual dos mapas representa uma área maior. O mapa B representa mais detalhes, e o que representa uma área maior é o mapa A. Lance mão da ideia de zoom de uma câmera fotográfica para elucidar essas questões.
Explique aos alunos que as representações cartográficas geralmente apresentam o norte voltado para cima, mas também pode ocorrer orientação inclinada para os lados ou para baixo, como no mapa B.
Atividade complementar
É importante permitir que os alunos tenham contato e manuseiem um globo terrestre e um planisfério. Em uma roda de conversa, apresente um globo terrestre e um planisfério aos alunos, possibilitando que observem esses objetos cartográficos. Peça que reparem em seus detalhes. Questione: “Que informações estão presentes no globo terrestre?”. Peça que comparem com as informações do planisfério observado. Pergunte: “O que há de semelhante?”; “O que há de diferente?”. Ao fazer essas comparações, os alunos deverão perceber que o globo e o planisfério são fórmas distintas de representar a superfície terrestre. Ambos, cada um com suas especificidades, contribuem para o desenvolvimento do pensamento espacial, conforme recomenda a Competência Específica de Geografia 4: “Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas”.
• O planisfério
O planisfério é um mapa que representa toda a superfície terrestre em um plano, tal como o mapa-múndi – um tipo de planisfério em que os dois hemisférios aparecem projetados lado a lado. Assim, é possível observar toda a superfície do planeta ao mesmo tempo, o que facilita o estudo comparativo dos continentes e de sua localização na Terra.
Planisfério
Fontes: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 18; OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 61.
Mapa-múndi
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 11.
• Os mapas digitais
As fotografias aéreas e as imagens fornecidas pelos satélites artificiais em órbita da Terra e recebidas por computadores constituem atualmente os grandes recursos de que dispõe a Cartografia para elaborar os mapas digitais. Elas fornecem informações meteorológicas, como dados sobre deslocamentos das massas de ar e as condições de tempo, além de dados sobre recursos naturais (minerais, solo, vegetação etcétera), áreas desmatadas, queimadas, movimento de tropas militares, ocupação humana no espaço geográfico e muitos outros.
NAVEGAR É PRECISO
í bê gê É Educa – Crianças
https://oeds.link/0aDIHx
Nessa página, você pode explorar dados, jogos e diversos mapas do mundo e do Brasil.
Google Maps
https://oeds.link/4wRI1Y
Por meio de mapas, fotos e imagens de satélite, você pode viajar por todo o mundo. No campo de pesquisa, você pode escolher uma localidade e usar o recurso do zoom para aproximar a área desejada.
Orientações e sugestões didáticas
Com base nos sáites indicados, oriente os alunos sobre vários recursos disponíveis na internet e em aplicativos que permitem o desenvolvimento de projetos de mapeamento na escola.
Em relação à maneira como as imagens de satélites são geradas e posteriormente usadas na elaboração de produtos cartográficos, explique que a bordo dos satélites artificiais são instalados sensores que captam informações da superfície terrestre. A precisão e a característica dessas informações dependem do tipo de sensor e da distância entre o dispositivo e a superfície do planeta. Em seguida, estações terrestres recebem, processam e armazenam as informações com o uso de computadores e aplicativos específicos, gerando arquivos digitais de imagens que podem ser usados na elaboração de diferentes tipos de mapa. As informações obtidas possibilitam aplicações em diversas áreas, e os produtos variam de acordo com a necessidade de cada uma. Podemos consultar a localização de edifícios e de ruas usando mapas digitais, estudar a ocupação de determinada área com imagens de satélites, entre muitos outros usos.
Atividade complementar
É possível que os alunos apresentem dificuldade no entendimento da representação de um planisfério. Comente os desafios que existem na transposição da superfície curvilínea da Terra para um plano. A sugestão de atividade é que sejam providenciadas bolas de plástico, tesouras com pontas arredondadas, cola branca e papel cráfiti. Divida a turma em grupos e ofereça uma bola para cada um. Em seguida, peça que esvaziem a bola e discutam a melhor maneira de fazer recortes nela para deixá-la o mais plana possível. Com as tesouras, eles farão os recortes e colarão a bola no papel cráfiti, que representará o plano. Realizada a atividade, discuta com os alunos os resultados.
O uso da tecnologia de satélites artificiais para o mapeamento possibilita aos países melhores condições de conhecer, dominar, controlar e administrar o espaço geográfico (de uma região ou do mundo).
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 14.
Orientações e sugestões didáticas
Ressalte que os mapas digitais decorrem de instrumentos tecnológicos sofisticados, como os satélites artificiais, os aplicativos, os computadores etcétera O uso dessas tecnologias permite a compilação de inúmeros dados que podem ser organizados e georreferenciados em um mapa. O resultado é a produção de informações com elevado grau de precisão e detalhamento, podendo servir a estratégias econômicas, políticas, sociais, ambientais e culturais. Comente que alguns países empregam essas tecnologias como instrumento de exercício do poder ou de dominação. Consulte a indicação a seguir para mais subsídios: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 26-27.
Explique aos alunos o significado de sensoriamento remoto (remoto significa “sem contato direto”, e sensoriamento é o uso de sensores para detectar diversos dados da superfície terrestre, como informações topográficas, de temperatura e vegetação, com o uso de sensores instalados em aviões e satélites artificiais, por exemplo). Chame a atenção para o fato de que as fotografias aéreas e as imagens de satélite são instrumentos de sensoriamento remoto importantes para a interpretação dos fenômenos geográficos, permitindo a observação de sua localização, extensão e distribuição e colaborando para o exame da diferenciação das áreas da superfície terrestre. Além disso, essas imagens são usadas como matérias-primas para a confecção de mapas.
No mapa, por exemplo, o cinturão de indústrias pesadas e portos, construído sobre aterros e retratado na imagem de satélite, está representado pela cor rosa.
Observe com os alunos a imagem de satélite da Baía de Tóquio e o mapa elaborado com base nela. Peça-lhes que os comparem, refletindo sobre a questão: “Qual deles apresenta mais informações?”. É importante que os alunos justifiquem suas respostas. Ouça, registre e esclareça as dúvidas. Eles devem perceber que a imagem de satélite funciona como uma espécie de “dados brutos” para a produção do mapa, que traz informações como: nome dos lugares, orientação, fórmas de uso e ocupação do solo etcétera.
3. As escalas em mapas
Como você viu anteriormente, o mapa é a representação gráfica de características físicas e sociais de toda a superfície da Terra, ou de parte dela, sobre um plano (uma folha de papel, por exemplo). Mas, para um mapa poder representar corretamente o que existe na Terra em uma folha de papel, precisamos aplicar a escala.
Imagine que você tenha que representar, em uma folha de papel, o cômodo de uma casa que mede 4 metros de comprimento por 3 metros de largura. Se quisesse manter o tamanho real do cômodo, precisaria de uma folha de papel gigante, pelo menos do mesmo tamanho do cômodo.
No entanto, com o uso da escala, essa tarefa torna-se mais fácil. Basta determinar, por exemplo, que cada metro desse cômodo corresponde a 1 centímetro. Dessa maneira, você pode desenhá-lo em uma folha de papel de tamanho normal, com sobra de espaço.
A escala é, portanto, a relação proporcional entre as distâncias medidas na representação e as distâncias reais no terreno. Assim, 4 centímetros no desenho do cômodo correspondem a 4 metros na realidade – como 1 metro é igual a 100 centímetros, podemos também dizer que 4 centímetros no desenho correspondem a 400 centímetros na realidade.
Desenho com escala
Existem dois tipos de escala: a numérica e a gráfica.
• A escala numérica
Para representar um espaço de dimensão reduzida, como o cômodo de uma casa, podemos usar, por exemplo, a escala 1 para 100, como se viu no desenho com escala. No entanto, esse tipo de escala seria inadequado para representar um país. Observe o mapa.
Para representar espaços maiores, como estados, países e continentes, devemos utilizar uma escala em que 1 centímetro no mapa corresponda a muitos centímetros na realidade.
A escala usada no mapa é de 1 : ..50000000 (lê-se: um para cinquenta milhões), ou seja, 1 centímetro no mapa corresponde a 50 milhões de centímetros (ou 500 quilômetros) no terreno.
Brasil: distâncias dos pontos extremos
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 91.
Orientações e sugestões didáticas
Temas contemporâneos transversais
Em relação ao uso de imagens de satélite, articule e desenvolva os temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia e Educação Ambiental. No caso dos dados obtidos pelo sensoriamento remoto, organize com o professor de Ciências um trabalho dirigido ao caso brasileiro, para que os alunos pesquisem sobre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o trabalho de técnicos e engenheiros dedicados a projetar, produzir e operar satélites artificiais de observação da Terra que fornecem, por exemplo, imagens do desmatamento da Amazônia brasileira. Reflita com os alunos sobre como os avanços científicos e tecnológicos (no caso, os dados obtidos pelo sensoriamento remoto) são usados para monitorar o meio ambiente, buscando, além de sua preservação, auxílio às áreas de agricultura, recursos florestais, uso da terra, uso da água, exploração de recursos naturais e muitos outros.
Converse com os alunos sobre o fato de que, intuitivamente, eles já usam a noção de escala em várias situações do dia a dia: ao fazer desenhos livres ou de observação, ao representar o trajeto casa-escola, ao visualizar mapas de ruas etcétera A partir desse momento, o conceito será formalizado.
Interdisciplinaridade
Sugerimos trabalho interdisciplinar com o professor de Matemática. O aprendizado das escalas tem sentido prático, pois instrumentaliza os alunos a calcular distâncias em seus deslocamentos no espaço. Um procedimento interessante para o aprendizado da escala é usar a planta da cidade ou do bairro, ou seja, do espaço vivido pelo aluno, e, servindo-se de pontos de referência conhecidos (escola, supermercado, cruzamento de vias importantes etcétera), propor o cálculo da distância entre eles, como faremos na atividade da página 58, relativa à representação de parte do plano urbano da cidade do Rio de Janeiro. Uma vez consolidado no espaço vivido pelo aluno, esse aprendizado poderá ser transferido para o cálculo de distâncias entre cidades. Isso pode ser feito de modo lúdico, como em um jôgo entre dois ou mais alunos, em que cada um deles pede ao outro que calcule a distância entre duas cidades e vice-versa. Além da fixação do aprendizado de escala, esse recurso didático os levará a “viajar” pelo mundo, ampliando, consequentemente, a apreensão do espaço geográfico global.
Mas surge um problema: é difícil ter ideia do que representam ..50000000 de centímetros, pois estamos acostumados a medir distâncias em metros ( métros) ou em quilômetros ( quilômetros). Para facilitar a compreensão, basta transformar centímetros ( centímetros) em metros e em quilômetros. Observe, no quadro, os múltiplos e submúltiplos do metro e como é possível transformar centímetros em metros e em quilômetros.
De centímetros a metros e a quilômetros
Aplicação da escala numérica
Para pôr em prática a escala numérica, observe o mapa. A escala numérica desse mapa é 1 para..10000000 (lê-se: um para dez milhões), ou seja, cada centímetro no mapa corresponde a 10 milhões de centímetros na realidade. Transformando 10 milhões de centímetros em quilômetros, cortamos cinco zeros e concluímos que 1 centímetro no mapa corresponde a 100 quilômetros.
Com esse dado, podemos calcular a distância, em linha reta, entre cidades representadas no mapa. Basta medir com uma régua a distância entre duas cidades. A distância entre Alagoinhas e Jacobina, por exemplo, é de 2,5 centímetros.
Sabendo que, no mapa, 1 centímetro corresponde a 100 quilômetros, multiplicamos 2,5 por 100 quilômetros (2,5 × 100 quilômetros = 250 quilômetros). Portanto, a distância real em linha reta entre Alagoinhas e Jacobina é de 250 cá ême.
Bahia: cidades – 2016
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 71.
Orientações e sugestões didáticas
Explore o mapa propondo aos alunos que calculem outras distâncias entre as cidades do mapa. Auxilie os cálculos e esclareça as possíveis dúvidas. Aproveite para discutir os dados representados. Chame a atenção deles para a hierarquia de cidades estabelecida na legenda. Pergunte o que os alunos entendem por “cidade principal”, por exemplo. Espera-se que eles percebam que, na hierarquia das cidades, as principais cidades são aquelas com população mais numerosa e/ou importância econômica e política.
Interdisciplinaridade
Assuntos estudados na Matemática podem contribuir para a compreensão de escala e proporção, como as unidades de medida de comprimento (em especial o Sistema Internacional de Unidades ( ésse Í), que adota o metro como unidade padrão), os múltiplos e submúltiplos do metro e as transformações das unidades de medida de comprimento.
Ao trabalhar em conjunto com o professor de Matemática, este poderá desenvolver a habilidade ê éfe zero seis ême ah dois quatro, propondo aos alunos a resolução e a elaboração de problemas que envolvam a grandeza comprimento, em contextos oriundos de situações reais.
• A escala gráfica
Esse tipo de escala é representado por um segmento de reta dividido em partes, como uma régua. As distâncias do terreno são indicadas na própria linha reta.
Escala gráfica
Observe o mapa desta página. Na escala gráfica desse mapa, cada divisão maior do segmento (trecho de 1 centímetro) corresponde a 16 quilômetros. Agora, imagine que você queira saber a distância, em linha reta, entre Belo Horizonte e Jaboticatubas. Para usar a escala gráfica, basta:
- localizar no mapa as duas cidades;
- medir com uma régua a distância entre elas (3 centímetros).
A escala gráfica mostra que cada centímetro no mapa equivale a 16 quilômetros no terreno. Portanto, para saber a distância, em quilômetros e em linha reta, entre Belo Horizonte e Jaboticatubas, basta multiplicar 3 por 16. Concluímos, então, que a distância entre as duas cidades é de 48 quilômetros.
Como, em geral, a distância entre duas cidades não corresponde a um número exato, para facilitar o cálculo, cada trecho da escala gráfica foi subdividido em dez partes (10 milímetros). Nesse caso, cada uma das partes corresponde a 1,6 quilômetro.
Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2021
Fonte: ú éfe ême gê. Portal Plano Metropolitano érre ême bê aga. Belo Horizonte: Cedeplar/ ú éfe ême gê, 2021. Disponível em: https://oeds.link/sPTipN. Acesso em: 28 outubro 2021.
Se você estiver em Belo Horizonte, que distância vai percorrer, em linha reta e em quilômetros, até Esmeraldas?
Orientações e sugestões didáticas
No mapa, a distância entre Belo Horizonte e Esmeraldas é de 2,6 centímetros. Como cada centímetro no mapa equivale a 16 quilômetros no terreno, a distância a ser percorrida é de 41,6 quilômetros. Exponha o mapa da sua unidade da federação, localize seu município e solicite aos alunos que calculem a distância em linha reta até a capital ou da capital a alguma outra cidade. Depois de calculada a distância, peça a eles que se informem sobre a distância por rodovia e explique a diferença entre as informações obtidas.
PAUSA PARA O CINEMA
Resgate abaixo de zero.
Direção: frênqui marchal. Estados Unidos: Buena Vista Pictures, 2006. Duração: 125 minutos
Com base em uma história real, o filme conta a saga de um grupo de cientistas que sofre um acidente na Antártida, mas é salvo por cães de trenó. Após ser obrigado a deixar os animais, o grupo decide resgatá-los e, para isso, organiza uma expedição, lançando mão de todos os conhecimentos cartográficos e de orientação disponíveis.
Orientações e sugestões didáticas
Atividade complementar
A leitura e a interpretação de representações cartográficas são imprescindíveis para o desenvolvimento do pensamento espacial. Mas, em meio a esse processo, os alunos podem demonstrar dificuldade de compreensão das escalas dos mapas. Aprender a trabalhar com as escalas dos mapas é fundamental para a compreensão dos fenômenos. Como sugestão de atividade, use as escalas presentes nos mapas das páginas 56 e desta. No primeiro, a escala numérica de para.. corresponde a uma escala gráfica em que cada 1 centímetro corresponde a 100 quilômetros. Faça uma representação da escala gráfica na lousa. Quanto à escala gráfica do segundo mapa, cada centímetro corresponde a 16 quilômetros, o que equivale a uma escala numérica de para... Explique a transformação de centímetros para quilômetros usando como recurso o quadro “De centímetros a metros e a quilômetros”, na página 56.
4. A escala em plantas
Os mapas representam espaços geográficos de grande dimensão e, portanto, são construídos em escalas bastante pequenas, ou seja, aquelas em que não se podem observar detalhes da superfície, como as que você viu neste Percurso (1 para ..50000000; 1 para ..10000000).
Entretanto, para representar espaços como casas, apartamentos, bairros, sítios e fazendas, os engenheiros e outros especialistas elaboram representações em escalas grandes, que possibilitam observar detalhes da superfície representada – 1 para 100, 1 para .2000 ou mesmo 1 para .20000. Essas representações gráficas são denominadas plantas.
A planta de uma habitação representa, em escala, a construção como se fosse vista de cima, sem teto e telhado. Na planta apresentada a escala é 1 para 100.
Planta de uma habitação
• Planos urbanos
As plantas também são usadas pelas prefeituras para auxiliar na administração e no planejamento do município. Para isso, são elaborados os chamados planos urbanos, ou seja, representações em grandes escalas que apresentam informações fundamentais e atualizadas sobre edificações, áreas não edificadas, áreas verdes, praças, parques, monumentos históricos, estações de trem e de metrô, áreas residenciais e industriais, entre muitas outras.
Por meio desses planos, pode-se observar a organização urbana e propor o que deve ser feito ou planejado para melhorar esse espaço para seus habitantes.
Parte do plano urbano da cidade do Rio de Janeiro
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta ediçãoSão Paulo: Moderna, 2016. página 9.
Qual é a distância, em linha reta, entre o Forte São João e a Estação Botafogo?
Orientações e sugestões didáticas
A distância, em linha reta, entre o Forte São João e a Estação Botafogo é de aproximadamente .3600 métros.
Traga para a sala de aula a planta da cidade ou do bairro onde se situa a escola. O ideal seria reproduzi-la para que todos os alunos pudessem consolidar o aprendizado por meio da prática de atividades como: “Para chegar mais rapidamente à escola, por quais ruas ou avenidas se deve transitar?”; “Aponte na planta a localização da escola, do supermercado mais próximo, do hospital ou posto de saúde” etcétera Elabore outras questões que achar oportunas.
Sorteie dois alunos para medir o comprimento e a largura da sala de aula e as dimensões da porta e janela ou das portas e janelas. Em seguida, converse com a turma sobre a escala mais indicada para fazer a planta da sala de aula.
Atividade complementar
Separe dois mapas de uma mesma cidade turística, como Salvador ou Rio de Janeiro. As escalas devem ser distintas; a primeira deve permitir a observação de ruas, pontos turísticos etcétera, e a segunda deve permitir a observação da cidade, suas principais rodovias de acesso e os municípios vizinhos, entre outras informações. Mostre os dois mapas aos alunos e pergunte qual é a utilidade deles para um turista que não conhece bem essa cidade e precisa de auxílio para realizar seus deslocamentos. Os alunos deverão perceber que o mapa de maior escala, isto é, com maior quantidade de detalhes, auxilia o turista nos deslocamentos dentro da cidade, ajudando-o a chegar aos pontos turísticos. Já o mapa de menor escala, por oferecer menos detalhes, contribui para que ele realize trajetos de longas distâncias, indo a municípios vizinhos, por exemplo, e contextualiza espacialmente a localização da cidade turística, bem como demonstra os principais eixos viários.
PERCURSO 8 A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO RELEVO
1. O relevo da Terra
Como você estudou no Percurso 7, um mapa pode representar tanto características físicas como humanas ou sociais do espaço. Entre as características físicas está o relevo terrestre.
A superfície da Terra, incluindo o fundo dos oceanos, não é lisa como uma casca de ovo; ao contrário, mostra-se bastante diversa: há saliências, como montanhas, colinas, serras, cordilheiras etcétera, áreas planas, entre outras fórmas. À diversidade de fórmas das terras submersas – abaixo das águas de oceanos, rios e lagos, como exemplifica a ilustração – e das terras emersas – acima das águas (observe a foto) – é que se dá o nome de relevo.
Representação do fundo oceânico
Fonte: elaborado com base em Atlas visuais: a Terra. quinta edição São Paulo: Ática, 1996. página 50-51.
Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.
Identifique duas fórmas do relevo submarino ou fundo oceânico.
Orientações e sugestões didáticas
Planície abissal e montanha submarina são duas fórmas do relevo submarino. Os alunos também podem mencionar talude continental, plataforma continental, cadeia mesoceânica e fossa oceânica.
Orientações e sugestões didáticas
Percurso 8
Nesta etapa dos estudos, os alunos aprofundarão seus conhecimentos sobre representação cartográfica, com ênfase nas técnicas usadas para retratar as fórmas do relevo. Para isso, contribuem os estudos realizados até aqui, que incluem escalas, tipos de mapa, localização, símbolos cartográficos . A aquisição desses conhecimentos é importante no refinamento do raciocínio geográfico e do pensamento espacial, possibilitando avançar na construção da Competência Específica de Geografia 4 relativa ao uso das linguagens cartográficas para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. etcétera
Para que os alunos compreendam o que é relevo, explore a ilustração e a foto, que representam o relevo submerso e o emerso, respectivamente. Pergunte aos alunos: “Como podemos representar graficamente o relevo?”. Ouça as respostas e dialogue com os alunos sobre elas. Servindo-se das ilustrações posteriores, explique as várias fórmas de representação do relevo (curvas de nível, cores, perfil topográfico e bloco-diagrama).
Habilidade da Bê êne cê cê
• ê éfe zero seis gê ê zero nove
Com o objetivo de propiciar o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero nove, são apresentados exemplos de perfis topográficos e blocos-diagramas como fórmas de representação do relevo, bem como propostas de elaboração dessas representações pelos alunos. O intuito dessas atividades complementares é propiciar ocasiões para que o aluno desenvolva seu pensamento espacial e perceba as particularidades e as vantagens de cada uma dessas fórmas de representação.
2. A representação do relevo
Para representar graficamente o relevo, os cartógrafos empregam diversas técnicas. A mais frequente tem como base as curvas de nível – linhas que, traçadas em um mapa, unem pontos do relevo de mesma altitude.
• As curvas de nível
Com equipamentos específicos, geólogos, engenheiros, geógrafos, topógrafosglossário e outros profissionais medem as altitudes do relevo de determinado espaço natural ou geográfico. Com base nesses dados, representa-se graficamente o relevo por meio de curvas de nível, dando origem ao mapa topográfico – uma representação detalhada da superfície terrestre, que mostra elementos naturais (relevo, rios ) e elementos culturais (estradas, edificações, campos de cultivo etcétera ). etcétera
Jardinópolis ( São Paulo) e região: mapa topográfico
Fonte: í bê gê É. Carta do Brasil: Ribeirão Preto. Folha -23-V-C-I-1. Rio de Janeiro: í bê gê É, 1979.
Observe novamente o mapa topográfico. Nele estão representados intervalos de altitudes a cada 20 metros, ou seja, as altitudes representadas pelas curvas de nível variam de 20 em 20 metros. Esse intervalo recebe o nome de equidistância (igual distância). A equidistância depende do objetivo do topógrafo: se o que se pretende é maior detalhamento das altitudes do relevo, a equidistância deve ser menor; se o objetivo é menor detalhamento, a equidistância deve ser maior.
NAVEGAR É PRECISO
– Brasil em relevo
https://oeds.link/FiGgOF
Com diversas imagens de satélite do relevo brasileiro, esse site vai levá-lo a uma viagem sobre as variadas fórmas da superfície brasileira.
Orientações e sugestões didáticas
Destaque que as curvas de nível evidenciam a maior ou menor declividade (grau de inclinação) dos terrenos. Quando as curvas de nível se encontram distantes umas das outras, o terreno é menos inclinado. Quando as curvas de nível estão mais próximas entre si, a inclinação é maior. Comente com os alunos que a declividade do terreno influencia diretamente o uso da área. Por exemplo, na agricultura, terrenos com declives acentuados dificultam ou impedem o uso de máquinas agrícolas. Além disso, um terreno com inclinação significativa e desprovido de cobertura vegetal está mais sujeito à erosão, que se intensifica em períodos chuvosos. Comente com os alunos que, em áreas montanhosas ou de relevo inclinado, é empregada uma técnica agrícola para evitar a erosão do solo pelas enxurradas que também recebe o nome de curvas de nível e que será estudada no Percurso 26 deste livro.
De 1979 aos dias atuais, não foram elaboradas pelo í bê gê É outras Cartas do Brasil (fonte do mapa topográfico de Jardinópolis – São Paulo e região). Explique aos alunos que isso resulta na desatualização de informações presentes nas cartas disponibilizadas por essa instituição. Ressalte que o espaço geográfico é constituído de elementos naturais e humanos e que esses elementos se transformam ao longo do tempo. Apesar disso, as Cartas do Brasil, elaboradas pelo í bê gê É, constituem importantes instrumentos de análise e informações sobre o território brasileiro.
• O uso das cores
Para facilitar a interpretação das curvas de nível, muitas vezes usam-se cores que representam as várias altitudes do relevo. Essas cores obedecem a padrões internacionais, segundo determinada sequência: das cores claras às mais escuras. Por convenção, as cores claras representam menores altitudes e as escuras, maiores altitudes.
Cada uma das cores corresponde a um intervalo de altitude diferente. No mapa de altitudes e profundidades oceânicas do Brasil, por exemplo, a cor verde representa terras em altitudes compreendidas entre 0 e 100 metros, e a cor marrom-escura, as áreas com altitudes iguais ou superiores a .1200 metros.
Brasil: altitudes e profundidades oceânicas
Fontes: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 54; í bê gê É. Anuário estatístico do Brasil 2020. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2021. Tabela 1.3.2.1. página 1-26.
Em que altitudes correm os rios Amazonas e São Francisco?
Orientações e sugestões didáticas
O Rio Amazonas corre em altitudes que variam de 0 a 100 metros. O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra, que apresenta altitude superior a .1200 metros, e percorre terras com altitudes entre 200 e 800 metros e, próximo à foz, entre 0 e 200 metros.
Auxilie os alunos na leitura e na interpretação do mapa de altitudes de profundidades oceânicas do Brasil. Chame a atenção deles para as baixas altitudes do litoral e da Planície do Rio Amazonas e para as partes mais altas do território brasileiro, localizadas no interior do país, especialmente as serras e as chapadas dos planaltos na porção central do Brasil. Destaque o fato de que os rios nascem nas áreas mais altas.
Quanto ao relevo submerso, ressalte que as áreas de menor profundidade são mais próximas do continente justamente porque são prolongamentos dele.
Agora, observe as profundidades no Oceano Atlântico. Os tons de azul – do mais claro ao mais escuro – representam, respectivamente, da menor profundidade à maior. Essa representação dos níveis de profundidade oceânica recebe o nome de batimetriaglossário , cotas batimétricas ou cotas de profundidade.
• Perfil topográfico: o relevo em detalhes
Quando se traçam as curvas de nível de determinado espaço natural ou geográfico, obtém-se a compreensão do relevo desse espaço. Porém, em alguns casos, é preciso observar detalhadamente a variação das altitudes do relevo. Para isso, deve-se traçar, com base nas curvas de nível e na escala de um mapa topográfico, o perfil topográfico, que mostra um córte da superfície terrestre (note a linha A-B no perfil topográfico). O perfil topográfico é um gráfico no qual o eixo vertical apresenta as altitudes e o eixo horizontal, a extensão do córte selecionado.
Observe o mapa e o perfil topográfico nesta página, e a foto na seguinte. Com as curvas de nível dos morros do Pão de Açúcar e da Urca, podemos representar o perfil topográfico do trecho A-B. Repare que, quando o relevo é muito inclinado, as curvas de nível estão muito próximas umas das outras – é o caso do Pão de Açúcar. Quando o relevo é menos inclinado, as curvas são mais distantes umas das outras – é o caso do Morro da Urca.
Pão de Açúcar e Morro da Urca ( Rio de Janeiro): curvas de nível e perfil topográfico
Fonte: OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 116.
Tendo como critério o menor nível de dificuldade, você escolheria o Pão de Açúcar ou o Morro da Urca para escalar? Explique por quê.
Orientações e sugestões didáticas
Ao analisar o perfil topográfico, considerando o menor nível de dificuldade na escalada, espera-se que o aluno escolha o Morro da Urca, por causa de sua menor inclinação e menor altitude.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
Enciclopédia do estudante: Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2008.
Na parte referente aos apêndices, você encontra um resumo dos assuntos relacionados à Cartografia, como elementos do mapa, escala, tipos de mapa, imagens de satélites e muitos outros.
Orientações e sugestões didáticas
Leia e interprete o mapa e o gráfico desta página com os alunos. Destaque o uso das cores e sua variação para representar as diferentes altitudes, sendo o verde as áreas de menor altitude e o vermelho as áreas de maior altitude. Leve os alunos a observar a distância entre as curvas de nível e suas “consequências” no perfil topográfico. Verifique se eles compreenderam a transposição entre as duas representações do relevo e esclareça possíveis dúvidas.
Atividade complementar
Proponha aos alunos que pesquisem na internet um mapa topográfico que lhes permita observar as variações de inclinação do terreno em que se situa o caminho de sua casa até a escola. Solicite a eles que escolham um ponto A e um ponto B para traçar o perfil topográfico. Explique o processo de transposição da representação do relevo em curvas de nível para a representação como perfil topográfico, conforme exemplificado no mapa e no gráfico desta página. Os alunos devem fazer o perfil escolhido com base na linha entre os pontos A e B e nas altitudes informadas no mapa. Verifique se conseguiram fazer o perfil corretamente e esclareça possíveis dúvidas na elaboração da atividade.
Caso não seja possível acessar o mapa proposto, sugerimos que seja usado o mapa topográfico de Jardinópolis ( São Paulo) e região, na página 60, como base para a realização da atividade.
• O bloco-diagrama
O bloco-diagrama é uma representação gráfica elaborada em perspectivaglossário que mostra determinada área da superfície da Terra nas três dimensões: comprimento, largura e altura.
Essa técnica é usada não apenas para representar o relevo de uma área, mas também a hidrografia (rios), as geleiras, os tipos de rocha que se encontram no subsolo, entre outras informações.
A elaboração de um bloco-diagrama baseia-se em mapas da área que se deseja representar e tem a vantagem de reproduzir com grande fidelidade seu aspecto real. Atualmente, os recursos tecnológicos têm contribuído significativamente para a representação do relevo por meio dessa técnica, tornando-o de mais fácil compreensão.
Bloco-diagrama
Fontes: elaborado com base em Atlas visuais: a Terra. quinta edição São Paulo: Ática, 1996. página 21.
Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.
Orientações e sugestões didáticas
Atividade complementar
Peça aos alunos que usem a criatividade e imaginem uma paisagem natural com relevo, rios e vegetação ou, se preferirem, uma paisagem cultural (campos cultivados, estradas, moradias etcétera). Em seguida, solicite que a representem por meio de um bloco-diagrama, destacando as três dimensões: comprimento, largura e altura. Sugira a eles que imaginem os elementos do subsolo, como redes de encanamento ou transporte (túneis), para tornar a atividade mais lúdica. Nesta etapa do processo de aprendizagem, o objetivo principal não é a fidelidade da representação em relação à realidade, mas os questionamentos que poderão surgir no processo de aplicação do conceito de bloco-diagrama durante a realização da atividade.
Rotas e encontros
Cicloturismo, topografia e o uso de mapas
O cicloturista Antonio Olinto já fez a volta ao mundo em sua bicicleta e, para isso, apoiou-se nos mapas. Leia o texto no qual ele dá dicas para identificar trechos inclinados do caminho em um mapa.
“ Em nossas viagens de aventura com bicicleta, nunca levamos gê pê ésse. Sempre nos pareceu pouco útil, preferimos lidar com mapas de papel.
reticências O gê pê ésse sozinho só tem a capacidade de dizer onde você está exatamente. A grande utilidade do gê pê ésse em terra está a partir do momento em que colocar uma rota ou uma carta (mapa) dentro dele. Ou seja, em um momento ou em outro terá que aprender a ler mapas.
reticências Ter em mente os pontos cardeais é uma obrigação, sem essa noção não conseguirá nem posicionar o mapa para começar a observar.
O indício mais fácil de perceber uma subida é observar se o desenho da estrada [no mapa] faz zigue-zague. Geralmente uma estrada é construída o mais reta possível; ela fará uma volta para desviar de obstáculos grandes e abruptosglossário como morros e lagos, mas fará zigue-zague só para vencer grandes montanhas.
No mapa observe o caminho que sai de Yungay, no vale do Rio Santa, e sobe para a Cordilheira Branca através do Passo de Llanganuco, que está a .4767 métros de altitude. Veja que existem dois pontos onde o desenho da estrada faz zigue-zague: logo na saída da cidade e depois, já bem perto do topo, no passoglossário . Ou seja, podemos prever fortes subidas logo ao sair da cidade, um caminho plano ao lado do lago e mais subidas fortes perto do passo. Depois dele, a estrada começa a descer, esse é o ponto onde a estrada ‘passa’ para o outro lado da serra. Sempre que o desenho da estrada faz um zigue-zague a subida é mais íngreme, pois a estrada necessita dar várias voltas para vencer a montanha. Entretanto, você só poderá observar esse desenho em mapas com uma escala grande, ou seja, mapas mais detalhados como este da Cordilheira Branca. ”
FERREIRA, Antonio Olinto. 7 passos andinos: uma aventura de bicicleta pelos desertos da cordilheira. segunda edição Bauru: A. O. Ferreira, 2014. página 216-217.
Cordilheira Branca (Peru): caminho de Yungay a Passo de Llanganuco
Fonte: FERREIRA, Antonio Olinto. 7 passos andinos: uma aventura de bicicleta pelos desertos da cordilheira. segunda edição Bauru: A. O. Ferreira, 2014. página 216-217.
Interprete
- Que importante dica o cicloturista dá para reconhecer um trecho íngreme em uma estrada representada em um mapa?
- Que técnica cartográfica você consegue identificar nesse mapa?
Contextualize
3. Você já pensou sobre os benefícios da prática de esportes? Caso pratique, comente os benefícios conquistados.
Orientações e sugestões didáticas
Interdisciplinaridade
Com os professores de Educação Física e de Ciências, de acordo com a faixa etária dos alunos, desenvolva um projeto interdisciplinar sobre aplicativos usados por esportistas para planejar estratégias, solucionar desafios técnicos e táticos e registrar métricas (velocidade, distância, entre outras). Promova um debate a respeito dos efeitos de exercícios e de atividades físicas na saúde, como também os cuidados necessários para a prática de esportes.
Respostas
- Observar se o desenho da estrada faz zigue-zague, pois geralmente em trechos íngremes o traçado das estradas é tortuoso para vencer os desníveis do terreno.
- As questões desenvolvem o pensamento espacial, estimulando a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. Os alunos devem identificar as curvas de nível. Além disso, devem relacionar a proximidade entre as curvas de nível, que indicam maior ou menor declividade do terreno.
- Resposta pessoal. Converse com os alunos sobre os benefícios à saúde obtidos pela prática regular do ciclismo, ou de outros esportes. Em relação ao cicloturismo, também destaque outras vantagens, como o conhecimento prático do espaço e de sua biodiversidade, o estímulo à consciência para a preservação do meio ambiente com o qual se interage, entre outras.
Temas contemporâneos transversais
Os temas contemporâneos transversais Saúde e Educação Alimentar e Nutricional podem ser abordados por meio da questão 3 desta seção. Reflita com os alunos, por exemplo, sobre os cuidados com a alimentação saudável e seus benefícios à saúde, a prática regular de esportes, a importância de atividades esportivas externas e em contato com a natureza, como o estímulo à consciência para a preservação do meio ambiente e a interação com pessoas com base na cooperação e no respeito mútuo.
Atividades dos percursos 7 e 8
Registre em seu caderno.
- Explique o que é um mapa e para que ele serve.
- Para conhecer uma cidade, caminhar por suas ruas e encontrar seus pontos de interesse com facilidade, recomenda-se consultar sua planta. Antes de tudo, o turista ou visitante deve localizar onde está hospedado e, depois, marcar na planta esse lugar com lápis ou caneta. Pense e explique por que esse procedimento é importante.
- Explique com suas palavras o que é relevo terrestre. Em seguida, descreva o relevo da localidade onde você vive.
- As legendas dos mapas físicos comumente representam os intervalos de altitudes do relevo das terras emersas e também os níveis de profundidade de oceanos em cores diferentes para facilitar a interpretação das informações. Em seu caderno, identifique a legenda que representa as cotas batimétricas de fórma correta e justifique sua escolha.
- Explique o que é bloco-diagrama e cite a vantagem da representação da realidade que ele proporciona para quem faz sua leitura.
- Este mapa representa a atual divisão política do Brasil. Interprete-o e, depois, faça o que se pede.
Brasil: divisão política
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 94.
- Que elementos das representações gráficas não estão presentes no mapa?
- Calcule a distância real, em linha reta, entre as cidades de Campo Grande e Cuiabá.
7. Há cinco erros nesta representação. Em seu caderno, identifique-os e explique-os.
Pão de Açúcar e Morro da Urca ( Rio de Janeiro): curvas de nível
Fonte: elaborado com base em OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 116.
Orientações e sugestões didáticas
Respostas
- O mapa é uma representação gráfica de aspectos naturais e culturais e serve para nos orientar no espaço, para representar fenômenos geográficos e facilitar a compreensão da localização dos dados nele representados.
- Ao assinalar na planta onde se está, o visitante cria um ponto de referência no espaço urbano. Assim, ele pode se locomover pela cidade sempre tendo como referência o local de sua hospedagem, por exemplo, facilitando sua localização.
- Espera-se que os alunos citem que a superfície terrestre, incluindo o fundo dos oceanos, tem saliências (montanhas, serras etcétera), áreas planas, entre outras fórmas; enfim, espera-se que eles respondam que a superfície terrestre e o fundo dos oceanos apresentam fórmas variadas de relevo. Dê liberdade aos alunos para se expressarem à sua maneira, não havendo necessidade de usar termos técnicos.
- A legenda três representa de maneira correta as cotas batimétricas, pois os tons de azul, do mais claro ao mais escuro, representam, respectivamente, da menor à maior profundidade.
- Bloco-diagrama é uma representação em perspectiva, ou seja, que permite a visualização das três dimensões (comprimento, largura e altura) de determinada área da superfície da Terra. Desse modo, reproduz com grande fidelidade o aspecto real do que se deseja representar, facilitando sua leitura e compreensão.
-
- Falta uma legenda que mostre o símbolo de cidade-capital dos estados, no caso Cuiabá ( Mato Grosso) e Campo Grande ( Mato Grosso do Sul).
- Em linha reta, a distância entre Campo Grande e Cuiabá é de, aproximadamente, 600 quilômetros.
- Considerando a equidistância de 50 metros, os erros são: na mesma curva de 50 metros de altitude, há cotas variantes – o que é incorreto, uma vez que curvas de nível devem representar os pontos de uma mesma altitude. Observando as cotas do Morro do Pão de Açúcar em uma sequência ascendente, é possível identificar as cotas incorretas: 100, 50 e 250 (o correto é: 50, 100, 150, 200, 250, 300, 350). No Morro da Urca, há curvas de nível diferentes com o mesmo valor e um salto de 150 métros para 300 métros (o correto é: 50, 100, 150, 200). Com o objetivo de consolidar o aprendizado, sugere-se a construção das curvas de nível na lousa, para que os alunos construam perfis topográficos a partir delas.
- Faça uma planta da sala de aula com mais três colegas. Usem uma trena ou fita métrica para medir as paredes e os principais objetos presentes. Tomem nota das medidas em um rascunho e, com o auxílio do professor, definam a escala em que a planta será elaborada. Com base na planta, construam uma maquete da sala de aula. Nessa etapa, vocês precisarão considerar a altura das paredes e dos objetos que serão representados em miniatura. Reúnam materiais como caixas, cartolina, papelão, régua, lápis, cola e tesoura de pontas arredondadas. Ao final da atividade, vocês terão elaborado duas representações da sala de aula: uma bidimensional e outra tridimensional. Identifiquem na planta e na maquete a que tipo de representação cada uma delas corresponde.
- Elabore uma base cartográfica da divisão política do Brasil, ou seja, das unidades da federação (estados e Distrito Federal). Para isso, aplique papel de seda ou vegetal sobre o mapa da atividade 6 e reproduza-o em uma folha de papel sulfite ou cartolina, com os paralelos e meridianos, as coordenadas geográficas, a rosa dos ventos e a escala. Considerando que, em agosto de 2021, segundo o í bê gê É, os principais produtores de café no Brasil foram Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná, faça uma legenda em uma cor que represente essa informação e aplique-a ao seu mapa. Dê um título a ele e cite a fonte.
- Na imagem de satélite, destacam-se o Plano Piloto e o Lago Paranoá, na cidade de Brasília. Analise as duas representações e responda às questões.
Plano Piloto em Brasília
Fonte: Charliê Jác ( organizador). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2011. página 156.
- Que elementos cartográficos empregados no mapa facilitam a interpretação da imagem de satélite?
- Imagine que, em seu livro, não há legenda nesse mapa. Que argumentos você usaria para pedir a substituição do livro? Use seus conhecimentos sobre os elementos do mapa para basear sua solicitação.
Versão adaptada acessível
9. Elabore um mapa tátil com a divisão política do Brasil para representar os principais produtores de café no Brasil em agosto de 2021, segundo o IBGE: Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná. Utilize texturas para diferenciar essas unidades da federação e crie uma legenda explicativa dos recursos utilizados no mapa.
Orientação para acessibilidade
Uma aula antes, oriente os estudantes a respeito dos materiais que eles devem levar à sala de aula para realizar a atividade. Contrastes do tipo liso e áspero, fino e espesso, tendem a favorecer a percepção tátil dos estudantes. Dessa forma, podem ser utilizados material emborrachado, diversos tipos de papéis, tecidos, linhas de diferentes espessuras, botões etc. Auxilie os estudantes durante a seleção e a organização dos materiais.
Sugere-se que o professor leve pronto o contorno do mapa do Brasil sobre uma base emborrachada. O contorno do país e as divisas entre as unidades da federação podem ser feitos com barbante ou outros materiais maleáveis e as siglas dos estados mencionados no enunciado indicadas em alto-relevo, facilitando a percepção dos alunos. Na sala de aula, oriente para que a turma represente esses estados e a área correspondente às demais unidades da federação por meio de diferentes materiais (botões, tecidos, papéis, entre outros). Explique que deve haver correspondência entre os tipos de materiais usados no mapa e na legenda, de modo a permitir a relação entre as informações. A transposição de uma representação visual para uma representação tátil tende a favorecer a ampliação do processo de ensino-aprendizagem. Se considerar pertinente, adapte o nível de complexidade da atividade.
Orientações e sugestões didáticas
- Oriente os alunos no registro das medidas da sala de aula e na construção da maquete. Avalie qual seria a escala adequada para a confecção da planta e da maquete, buscando facilitar os cálculos para os alunos e considerando os materiais disponíveis (dimensão das folhas de papel, para desenho da planta, e da base para confecção da maquete). Sugira que, inicialmente, elaborem um esboço da sala para tomar nota das medidas e que trabalhem de maneira colaborativa, dividindo as tarefas entre os colegas.
- Atente para a precisão das informações no que se refere à legenda: os alunos deverão colorir Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná, de vermelho, para representar os principais produtores de café no Brasil, e aplicar cor neutra (branco, cinza-claro ou amarelo-claro, por exemplo) nas demais unidades da federação. Como título, poderão adotar: “Brasil: principais estados produtores de café – agosto de 2021”; e como fontes: í bê gê É Agência de Notícias, 9 setembro 2021; í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 94.
- O mapa é uma representação simplificada da realidade. Enquanto na imagem de satélite é possível identificar detalhes do espaço geográfico, como uma área com vegetação no canto superior esquerdo, no mapa são omitidas informações e feitos agrupamentos para simplificar a leitura e são empregados elementos cartográficos, como cores, para identificar áreas residenciais, industriais, parques, além de símbolos para localizar aeroportos e linhas para representar ferrovias e avenidas. A identificação desses elementos na legenda facilita a leitura e o reconhecimento deles na imagem de satélite.
- Nesta questão, o aluno mobiliza o que aprendeu sobre os elementos do mapa para, a partir de uma situação-problema simples, desenvolver uma argumentação. Espera-se que ele argumente que a ausência da legenda impossibilita a compreensão das cores e símbolos usados no mapa.
Glossário
- Constelação
- fórma
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- Grandes Navegações
- quinze e dezesseis.
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- Cardeal
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- Hemisfério
- Hemi:
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- Alfa
- α
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- Madeiro
- Voltar para o texto
- Cartógrafo
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- Grau
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- Antípoda
- grauGreenwich ponto
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- Satélite artificial
- etcétera
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- Dispositivo
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- Chip
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- Tutor
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- Topógrafo
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- Batimetria
- bathus metron =
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- Perspectiva
- fórma
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- Abrupto
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- Passo
- .
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