UNIDADE 2 CONHECIMENTOS BÁSICOS DE CARTOGRAFIA

Nesta Unidade, você aprenderá a se orientar e a localizar pontos na superfície da Terra, conhecimentos importantes para a leitura, a interpretação e a elaboração de mapas. Essas habilidades são fundamentais para estudar Geografia, ciência que investiga o espaço terrestre em seus aspectos físicos e humanos ou sociais.

1. Vendo a Terra do espaço

Observar e representar o lugar onde vivemos é uma prática antiga da humanidade.

Há registros históricos que mostram que desde épocas passadas as sociedades vêm desenvolvendo técnicas para mapear o mundo de fórma mais precisa e eficaz.

Fotografia. Uma mulher dentro de uma estação espacial, com as laterais feitas de diversas janelas de vidro. Ela é branca, tem cabelo encaracolado preso no alto da cabeça, segura uma máquina fotográfica próxima aos olhos e aponta a máquina para uma das janelas. Do lado de fora da estação há  diversas nuvens e céu azul.
A bordo da Estação Espacial Internacional, Jessica , engenheira e astronauta da Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, dos Estados Unidos), registra fotos da Terra durante um voo da Expedição 62, em 12 de abril de 2020. Naquele momento, a Estação sobrevoava o Oceano Pacífico, próximo à Califórnia, nos Estados Unidos. A Estação Espacial Internacional é um moderno laboratório montado no espaço para observação da Terra. Ela é monitorada pelas agências espaciais dos Estados Unidos, da União Europeia, do Canadá, do Japão e da Rússia. A Estação orbita o planeta a cêrca de 386 quilômetros de altitude. É tão distante da superfície terrestre que, de lá, os astronautas podem avistar continentes e oceanos inteiros, ver o horizonte da Terra curvando-se e a transparente camada da atmosfera que se interpõe entre o nosso planeta e o espaço.
Ícone. Boxe Verifique sua bagagem.

VERIFIQUE SUA BAGAGEM

  1. Para ir à festa de aniversário de um amigo em um lugar desconhecido, você usaria um desenho que mostre o caminho a percorrer, uma planta, um mapa, um globo terrestre, um planisfério ou um mapa digital? Você sabe dizer quais são as diferenças entre eles?
  2. Que aspectos da Terra podem ser estudados com a ajuda dos mapas?
  3. Você conhece outras aplicações da Cartografia? Se sim, dê exemplos.
Orientações e sugestões didáticas

Unidade 2

Esta Unidade trata de alguns conhecimentos básicos da Cartografia, tais como: orientação, localização, paralelos, meridianos, latitude, longitude, altitude, mapa, elementos de um mapa, glob­o terrestre, planisfério, escala, representação gráfica do relevo.

Esses conhecimentos são abordados de acordo com o nível de dificuldade deles, das noções mais simples às mais complexas. Os princípios cartográficos são trabalhados de fórma contextualizada, articulando a realidade do aluno com os estudos que contribuem para a compreensão do mundo. Assim, são identificadas e relacionadas distintas escalas geográficas, e progride-se no aprofundamento dos princípios de localização, distribuição e diferenciação, que fazem parte do raciocínio geográfico.

Os conteúdos desenvolvidos possibilitam aos alunos aprimorar suas aprendizagens e adquirir as habilidades necessárias para lidar com diversas linguagens cartográficas. A distinção de materiais cartográficos, o reconhecimento de instrumentos técnicos que permitem sua elaboração, os desafios colocados pela representação da superfície terrestre, entre outras questões, subsidiam a leitura e a interpretação desses materiais, instrumentalizando os alunos a aplicá-los em vários contextos. Além disso, possibilita-se o acesso a diferentes fórmas de comunicação e sua disseminação, munindo-os na busca por solução de problemas referentes às informações geográficas de modo individual e coletivo.

Respostas

  1. Um desenho, uma planta, um mapa (rodoviário, por exemplo) ou um mapa digital podem ser usados para ir à festa em um lugar desconhecido. A questão, dirigida à sondagem de conhecimentos prévios, possibilita obter dos alunos as informações que têm sobre representações gráficas derivadas da Cartografia e suas aplicações práticas, além de discutir sobre elas. Permita que os alunos exponham suas ideias sem necessidade de consultar livros ou outros materiais didáticos, identificando por meio das respostas o que aprenderam a respeito nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Com base nisso, defina estratégias e recursos para abordar os conceitos e os conteúdos da Unidade em sala de aula.
  2. Tanto aspectos naturais como socioeconômicos, culturais e ambientais podem ser estudados com a ajuda dos mapas.
  3. Os alunos podem citar aplicações como: localização de elementos naturais ou humanos, observação de padrões (regimes pluviométricos, urbanização etcétera), alterações na paisagem, espacialização de dados socioeconômicos, entre outros.

PERCURSO 5 ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO

1.A orientação pelos astros

Quando conhecemos um lugar, temos certo domínio sobre o espaço, identificamos alguns pontos de referência e sabemos que direção seguir para chegar a um local. Em lugares desconhecidos, porém, é mais difícil nos orientarmos e o risco de nos perdermos é maior. Se isso ocorre onde há muitos pontos de referência, imagine o que pode acontecer se você estiver em uma floresta, em um deserto ou em alto-mar.

Desde tempos remotos, o ser humano percebeu que não era fácil deslocar-se em lugares com poucos pontos de referência. Esse desafio começou a ser vencido quando se constatou que era possível orientar-se no espaço geográfico pelos astros. Observando o céu, as pessoas perceberam que o Sol aparece todas as manhãs aproximadamente na mesma direção do horizonte e se põe ao entardecer na direção oposta; que a Lua tem um percurso semelhante ao do Sol; e que mesmo estrelas e constelaçõesglossário , como a do Cruzeiro do Sul, são capazes de indicar o rumo a ser seguido.

Entretanto, a eficácia desse tipo de orientação depende das condições do tempo e do lugar em que está o viajante, o que deixou de ser um problema com o desenvolvimento de instrumentos mais precisos, como a bússola e o astrolábio, muito usados durante o período das Grandes Navegaçõesglossário .

Fotografia. Um astrolábio do fim do século XVII. Trata-se de um objeto de formato redondo, com diversos desenhos irregulares. Na lateral há uma pequena argola acoplada ao objeto.
Inventado por Hiparco, astrônomo e matemático grego (século dois antes de Cristo), o astrolábio mede a altura de um astro acima da linha do horizonte, possibilitando a orientação na Terra. Acima, foto de astrolábio do fim do século dezessete.

• Os pontos cardeais e a rosa dos ventos

Tomando como referência o movimento aparente do Sol, foram criados os chamados pontos cardeaisglossário – leste, oeste, norte e sul –, que podemos encontrar do seguinte modo:

  • no horizonte, a direção em que o Sol “nasce” no dia do início da primavera ou no dia do início do outono é o leste (L) ou este (E), também chamado de oriente, que quer dizer “nascente”;
  • no horizonte, a direção em que o Sol “se põe” nesses mesmos dois dias é o oeste (O ou W) ou ocidente, que quer dizer “poente”.

Conhecidos esses pontos, foram criados, na direção perpendicular à leste-oeste, outros dois: o norte (N), também chamado de setentrional ou boreal, e o sul (S), também denominado meridional ou austral.

Ao observar a rosa dos ventos no quadro da página seguinte, você perceberá que existem outras direções entre os pontos cardeais. Por isso, foram criados mais 12 pontos, que, somados aos quatro cardeais, totalizam 16. Esses pontos complementares são os pontos colaterais e os pontos subcolaterais. Juntos, os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais formam a chamada rosa dos ventos.

Orientações e sugestões didáticas

Se necessário, explique aos alunos que o símbolo W para oeste, comum em muitas bússolas, vem do inglês West.

Percurso 5

Neste Percurso, os alunos devem compreender os movimentos terrestres e suas consequências diárias. Esse conhecimento é base para posterior aprofundamento sobre localização geográfica e fundamental ao desenvolvimento do pensamento espacial.

Partindo da noção de lugar como uma porção ou parte do espaço terrestre – o endereço onde o aluno reside, por exemplo –, pode-se ampliar a apreensão do espaço geográfico conhecido ou vivido, estendendo-a para o bairro, a cidade, o estado, o país, o continente e o planeta.

Ressalte para os alunos que a determinação dos pontos cardeais depende do ponto de referência considerado. Para isso, dê exemplos vividos concretamente por eles: a posição de sua carteira escolar na sala de aula, da mesa do professor, a fachada da escola, os fundos de sua casa e outros.

Enfatize que o Sol, ao longo do ano, “nasce” do lado leste, não exatamente no ponto cardeal leste, e “se põe” no lado oeste, exceto no equinócio de outono (dia do início do outono) e no equinócio de primavera (dia do início da primavera). Dependendo do dia do ano, por causa da inclinação do eixo de rotação da Terra, o Sol “nasce” e “se põe” em pontos diferentes – experimente observar com os alunos essa posição em junho e em novembro no pátio da escola. Para mais subsídios, consulte: Bóczkô, R. Conceitos de astronomia. São Paulo: Edgard Blücher, 1988. página 30 e 31.

Interdisciplinaridade

Há a possibilidade de explorar a questão política implícita na orientação geográfica, que se relaciona à ênfase dada ao norte. Essa discussão pode ser realizada por meio de uma atividade interdisciplinar com o professor de Arte, trabalhando-se a obra do artista uruguaio Roaquim Torres Garcia. O professor de Arte poderá desenvolver as habilidades ê éfe seis nove á érre zero um, ê éfe seis nove á érre três um e ê éfe seis nove á érre três três. Essas habilidades se referem à observação de obras de arte de artistas estrangeiros considerando o contexto de suas produções.

Como ponto de partida, sugerimos apresentar a biografia desse artista e algumas imagens de suas obras, discutindo a afirmação: “Tenho dito Escola do Sul porque, na realidade, nosso norte é o sul. Não deve haver norte, para nós, senão por oposição ao nosso sul. Por isso agora colocamos o mapa ao contrário, e então já temos uma ideia exata de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América, prolongando-se, aponta insistentemente para o sul, nosso norte” ( Universalismo constructivo. , 1941. Disponível em: https://oeds.link/8P5WQ9. Acesso em: 26 maio 2022.).

Sugerimos mostrar aos alunos o mapa elaborado por para ilustrar a discussão suscitada pela afirmação.

Ilustração. Representação de uma rosa dos ventos de 16 pontas representando os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. Pontos cardeais: norte, sul, leste, oeste. Pontos colaterais: nordeste, sudeste, sudoeste, noroeste. Pontos subcolaterais: norte-nordeste, leste-nordeste, leste-sudeste, sul-sudeste, sul-sudoeste, oeste-sudoeste, oeste-noroeste, norte-noroeste.
Rosa dos ventos: pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.
Orientações e sugestões didáticas

A compreensão dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais e da noção de orientação faz parte do conjunto de conhecimentos necessários para o processo de alfabetização cartográfica desenvolvido ao longo do Ensino Fundamental.

• Orientação pelo Sol

O método tradicional de orientação pelo Sol – com o norte à frente do observador (ilustração A) – foi desenvolvido para o observador no Hemisférioglossário Norte, mas, como estamos situados no Hemistério Sul, é preferível termos o sul à nossa frente como referência (ilustração B). Assim, para nos orientarmos, basta estender o braço esquerdo para onde o Sol “nasce” no horizonte, ou seja, o lado leste (L). A partir desse lado, determinam-se, aproximadamente, os demais: o braço direito estendido para o lado em que o Sol “se põe” indicará o oeste (O), à sua frente estará o sul (S) e às suas costas, o lado norte (N).

A orientação pelo Sol

Ilustração A. Norte à frente do observador (método tradicional). Uma pessoa parada, de braços abertos na altura dos ombros, com o braço direito apontado para a direção do Sol nascente.  Há quatro setas ao redor da pessoa indicando a direção dos pontos cardeais. Nessa posição, o norte está à frente da pessoa; o sul, às costas dela; o braço direito indica o leste e o braço esquerdo indica o oeste.
Ilustração B. Sul à frente do observador. 
Uma pessoa parada, de braços abertos na altura dos ombros, com o braço direito apontado para a direção do Sol poente.  Há quatro setas ao redor da pessoa indicando a direção dos pontos cardeais. Nessa posição, o norte está às costas da pessoa; o sul, à frente dela; o braço direito indica o oeste e o braço esquerdo indica o leste.

O Cruzeiro do Sul

O Cruzeiro do Sul é uma constelação cujas estrelas mais brilhantes estão dispostas em fórma de cruz – daí o nome “cruzeiro”. No Hemisfério Sul, pode ser visto à noite no céu durante quase o ano inteiro, sendo usado como referência para apontar a direção norte-sul. Para se orientar por meio dessa constelação, localize o Cruzeiro do Sul em uma noite de céu estrelado e mire a sua estrela mais brilhante (chamada Estrela de Magalhães ou Alfaglossário ); prolongue imaginariamente quatro vezes e meia o tamanho do madeiroglossário maior da cruz; a partir daí, basta traçar uma linha vertical à linha do horizonte, a qual indicará, aproximadamente, a direção norte-sul.

Ilustração. Uma pessoa de costas, com os braços estendidos ao longo do corpo. Ao redor dela, quatro setas indicando o norte (às costas dela), o sul (à frente), o leste (à esquerda) e o oeste (à direita). À frente da pessoa está o céu de noite com destaque para a estrela de Magalhães. Uma linha   com alguns pontos é traçada, de forma perpendicular, da estrela até um ponto do horizonte e deste para o chão, na vertical, no sentido do chão, ficando na mesma direção da visão da pessoa. À esquerda da pessoa há uma árvore, à direita há alguns arbustos e, à frente dela, algumas montanhas.
A orientação pelo Cruzeiro do Sul.
Orientações e sugestões didáticas

Reforce para os alunos que o método de orientação pelo Sol usado durante o dia deve ser aplicado também à orientação pelo Cruzeiro do Sul: o sul (S) deve estar posicionado à frente do observador, o leste (L) à esquerda, o oeste (O) à direita e o norte (N) às costas.

Orientações e sugestões didáticas

O método de orientação pelo Sol apresenta relativa imprecisão pelos motivos explicados anteriormente. Por isso, em vez de dizer “direção leste”, empregamos “lado leste” etcétera Para a determinação experimental dos pontos cardeais, consulte o seguinte endereço eletrônico: https://oeds.link/VPUs0u (acesso em: 17 junho 2022).

Indicamos a seguinte bibliografia complementar: picácio, Enos (coordenação). O céu que nos envolve: introdução à astronomia para educadores e iniciantes. primeira edição São Paulo: ôdisseus, 2011.

Consulte o folheto disponibilizado pelo Laboratório de Mediação e Ensino de Ciências e Astronomia (Labmeca), da Universidade Federal de Ouro Preto (ufópi) para saber como encontrar a constelação do Cruzeiro do Sul no céu noturno, neste endereço eletrônico: https://oeds.link/8XLG9T. Acesso em: 26 maio 2022.

Para maior apoio, assista ao vídeo “ABC da Astronomia: Cruzeiro do Sul”, no seguinte endereço eletrônico: https://oeds.link/H56m4s. Acesso em: 26 maio 2022.

Sugerimos também a plataforma Stellarium, que possibilita a visualização das variadas composições de constelações elaboradas por diversas culturas. Nela, identificam-se, em tempo real ou não, estrelas, planetas, cometas e até alguns satélites. O endereço eletrônico do Stellarium é: https://oeds.link/2jFd0X. Acesso em: 26 maio 2022.

2. A importância do ponto de referência

O ponto de referência é fundamental para a determinação dos pontos cardeais e para a orientação. Observe a ilustração de parte de uma cidade. Considerando que ela retrata o amanhecer e que a igreja será tomada como ponto de referência:

  • a casa amarela está a leste da igreja;
  • a casa verde está a oeste da igreja;
  • o norte corresponde aos fundos da igreja;
  • o sul corresponde à frente da igreja.
Ilustração. Vista de parte de uma cidade ao amanhecer: o Sol está à direita da ilustração. A cidade é dividida em quarteirões com algumas construções e árvores. Entre os quarteirões estão ruas asfaltadas com faixa de pedestres e alguns carros. Há alguns pedestres caminhando nas calçadas. 
Em uma das ruas, na direção do Sol, há, respectivamente da esquerda para a direita, uma casa verde, uma igreja,  uma casa amarela , uma casa azul e uma casa vermelha.
Em muitas cidades brasileiras, a igreja matriz é o marco zero, ou seja, o centro da cidade, ponto de referência para quem se desloca nelas.

Ao mudar o ponto de referência da igreja para a casa azul, por exemplo, as posições se alteram. Observe:

  • a casa vermelha está a leste da casa azul;
  • a casa amarela está a oeste da casa azul (note que, considerando a igreja o ponto de referência, a casa amarela está a leste).

Percebemos, assim, que a identificação dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais no espaço terrestre depende do ponto de referência considerado.

• Os pontos de referência e os mapas mentais

Você sabe o que são mapas mentais?

Experimente fechar os olhos e mentalizar o percurso que você faz para ir da sua cama ao banheiro. Quando você imagina um percurso e visualiza os pontos conhecidos – como o sofá, o corredor ou a porta do banheiro –, está elaborando um mapa mental.

Quando nos deslocamos, geralmente usamos pontos de referência familiares para “traçar mentalmente” o trajeto que devemos percorrer. Esses pontos podem ser objetos, casas, ruas, parques etcétera Não importa: todos funcionam como “marcas”, que nos guiam na trajetória traçada.

Portanto, o mapa mental é o conjunto de direções que se criam mentalmente com base em pontos de referência conhecidos no espaço.

Mapa. Mapa mental representando o  caminho que uma estudante faz da casa dela até a escola. Estão representados diversos elementos: o traçado irregular de ruas, carro, casas, prédio, um sol, um morro, um carrinho de compras representando supermercado, um filão de pão representando  padaria, cédulas de dinheiro representando o banco, talheres representando restaurante, caderno com lápis representando a escola, bomba de combustível representando posto de combustíveis.
Reprodução de mapa mental de parte da cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), que representa o caminho da casa da estudante Júlia até a escola.

Fonte: í bê gê É. Meu º atlas. quarta edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2012. página 18.

Ícone. Seção No seu contexto.

NO SEU CONTEXTO

Que pontos de referência você ou as pessoas que o acompanham usam para não errar o caminho quando vão de sua moradia à escola?

Orientações e sugestões didáticas

Para responder à pergunta do boxe No seu contexto, os alunos devem mencionar elementos culturais ou naturais presentes no trajeto, como ponto de ônibus, árvores etcétera

Com base na ilustração de parte de uma cidade, solicite aos alunos que estabeleçam as posições dos elementos do desenho em relação aos pontos cardeais, considerando outros pontos de referência, por exemplo, a casa verde. Chame a atenção para as sombras, que evidenciam a posição aparente do Sol. Explique que as sombras dos objetos na superfície terrestre mudam de posição conforme o movimento aparente do Sol. Essas mudanças permitem também que as pessoas se localizem.

Para estimular os alunos a pensar sobre a posição da casa onde moram, pergunte a eles que cômodos de suas moradias são iluminados pelo Sol ao amanhecer. Converse sobre o tema, pedindo que reflitam sobre a posição dos cômodos em relação aos pontos cardeais. Permita que eles falem sobre o assunto, ajudando-os na orientação e sanando as dúvidas que forem surgindo. É possível também estabelecer conexões com a discussão sobre as mudanças na posição do Sol e das sombras ao longo do dia, explorando com os alunos se em suas respectivas casas há cômodos que ficam mais iluminados durante o pôr do sol.

A abordagem dedicada a mapas mentais busca aproximar o conhecimento cartográfico da leitura do cotidiano. Esclareça que o mapa mental não apresenta o rigor e a precisão científica convencionais, mas tem grande valor, pois é uma representação individual do espaço de vivência. Analise com os alunos a reprodução do mapa mental chamando a atenção deles para os objetos representados: ruas, edifícios, características do relevo e posição do Sol. Peça que atentem para os elementos fundamentais de um mapa, como o título e a legenda.

Os mapas mentais possibilitam aos alunos exercitar a observação de seus espaços vividos, fazendo a reconstrução mental dos caminhos percorridos e sua representação no papel ou em outro suporte por meio da expressão gráfica. Esse é um exercício fecundo de observação espacial e de fixação dos conceitos de lugar, direção e pontos de referência.

3. A orientação pela bússola

A bússola é um instrumento usado para orientação. Possui uma agulha, que gira livremente sobre um eixo vertical, e um mostrador com a rosa dos ventos. A agulha é imantada, isto é, tem a propriedade de um ímã. Trata-se de um corpo de material magnetizado que atrai alguns objetos metálicos. Essa propriedade de atrair metais chama-se magnetismo.

A bússola foi inventada pelos chineses há muito tempo. Acredita-se que foram eles os primeiros a perceber que a Terra possui magnetismo.

Constituído principalmente por níquel e ferro em estado líquido, o núcleo da Terra funciona como um grande ímã em fórma de barra, com um dos polos em cada ponta. Desse modo, o magnetismo terrestre sempre alinha a agulha imantada de uma bússola na direção norte-sul, aproximadamente.

Fotografia. Uma bússola. No centro dela há a representação de uma rosa dos ventos com pontos cardeais, colaterais e a indicação dos graus de uma circunferência.
Bússola.

• Norte geográfico e polo magnético do norte

Observe que anteriormente nos referimos à direção aproximada norte-sul. Por quê?

Durante muito tempo, pensou-se que, em qualquer parte da Terra, a agulha da bússola indicava o Polo Norte ou o norte geográfico. No entanto, dependendo do lugar em que estamos, a agulha imantada da bússola não o indica exatamente. Ela é atraída pelo polo magnético do norte, situado a aproximadamente .1400 quilômetros do Polo Norte geográfico, na ilha Príncipe de Gales, no Canadá, como pode ser observado no mapa. O polo magnético do norte atrai a agulha da bússola em sua direção.

O Polo Norte geográfico e o polo magnético do norte

Mapa. O Polo Norte geográfico e o polo magnético do norte. Mapa da região ártica com destaque para o polo norte. Ao redor do polo norte estão representados o Oceano Glacial Ártico e os países Canadá, Estados Unidos, México, Cuba, Alasca (Estados Unidos), Groenlândia (Dinamarca), Islândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia. Sobre Cuba, no meridiano 75 graus oeste há a representação de uma bússola com um fio preto ligando-a a uma estrela preta representando o polo Norte. Na bússola, cujo Norte está levemente inclinado à esquerda, há outro fio preto na direção de uma estrela vermelha representando o Polo Magnético do Norte, que está um pouco mais embaixo do Polo Norte, sobre o paralelo de 90 graus norte e o meridiano 105 graus oeste. 
Na parte inferior do polo magnético, está indicada a declinação magnética ou desvio. Na lateral inferior direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 850 quilômetros.

Fonte: MARRERO, Levi. La Tierra y sus recursos. décima nona edição Caracas: Cultura Venezolana, 1975. página 52.


Assim, ocorre um desvio da agulha da bússola para o polo magnético. Esse desvio recebe o nome de declinação magnética.

Como, então, os navegantes – comandantes de avião, navio ou barco – não erram o rumo ou a direção que desejam seguir?

Existem mapas, chamados cartas de navegação, que indicam esses desvios. Ao indicar a correção para o norte geográfico, essas cartas possibilitam aos navegantes uma orientação correta.

Com o desenvolvimento da ciência, foram criados outros instrumentos para orientação, muitos deles eletrônicos e que oferecem grande precisão e maior segurança para as navegações marítima e aérea e para o deslocamento em terra.

Orientações e sugestões didáticas

Para contribuir com a compreensão das noções de norte geográfico e de polo magnético do norte, sugerimos a seguinte leitura: MOLINA, Eder. O que é, o que é? Norte geográfico e norte magnético. Revista Pesquisa fapésp, São Paulo, edição 197, página 13, julho 2012.

Interdisciplinaridade

Na discussão sobre a bússola, há a oportunidade para desenvolver um projeto interdisciplinar com o professor de Ciências. Proponha a construção de uma bússola com os seguintes objetos:

✓ recipiente com água até a metade;

✓ rolha de cortiça;

✓ agulha;

✓ fita adesiva;

✓ ímã.

Fixe a agulha na superfície da rolha com a fita adesiva. Coloque a rolha com a agulha para cima sobre a água do recipiente. Observe que a rolha flutua livremente. Retire a rolha da água e elimine o excesso do líquido. Esfregue o ímã na agulha, evitando tocá-la. Insira novamente a rolha com a agulha imantada na água. Observe que ela se movimentará em direção ao norte.

Para a realização desta atividade, é importante a supervisão dos professores, que devem assumir a tarefa de manuseio das agulhas, permitindo que os alunos apenas observem como esses objetos são imantados, para não se ferirem. Organize a turma em grupos e permita que o experimento de cada grupo seja observado pelos demais, a fim de constatarem que todos obtiveram os mesmos resultados.

Atividade complementar

Peça aos alunos que elaborem um mapa mental do caminho que costumeiramente fazem de casa até a escola. Oriente-os a representar os principais pontos de referência, as construções que mais lhes chamam a atenção etcétera Eles devem incluir o título e a legenda. Retome o que foi discutido sobre a posição da casa em relação à escola e ajude-os a inserir a rosa dos ventos para indicar a orientação correta.

PERCURSO 6 LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO

1. A rosa dos ventos e a localização

Para se deslocar de um lugar a outro sem se perder, pode-se usar a rosa dos ventos associada a uma bússola e a um mapa, por exemplo. No entanto, conhecer apenas os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais não é suficiente para localizar, com precisão, determinado ponto na superfície terrestre.

Assim, para localizar com precisão cidades, vilas, montanhas, países, navios em alto-mar etcétera, os cartógrafosglossário criaram as linhas imaginárias da Terra, os paralelos e os meridianos, que formam a base para um sistema de localização denominado coordenadas geográficas.

2. Os paralelos terrestres

Com cêrca de 40 mil quilômetros de comprimento, o Equador ou linha equatorial corresponde à maior circunferência da Terra. Essa linha imaginária divide a Terra em dois hemisférios.

Quando os cartógrafos representam o globo terrestre, traçam circunferências paralelas a essa linha, ou seja, linhas que circulam a Terra paralelamente ao Equador. Por causa da fórma da Terra, os paralelos diminuem à medida que se afastam da linha equatorial e se aproximam dos polos. Indicados por grausglossário , os paralelos são traçados, tanto no Hemisfério Norte como no Hemisfério Sul, a partir do Equador (0grau) até 90graus.

Com base na iluminação e no aquecimento da Terra pelos raios solares – assunto que será estudado adiante –, os cartógrafos nomearam quatro paralelos importantes: Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer, no Hemisfério Norte, e Círculo Polar Antártico e Trópico de Capricórnio, no Hemisfério Sul.

O Equador, os círculos polares e os trópicos são considerados os paralelos de referência.

Ilustração. Globo terrestre com os paralelos e meridianos traçados e destaque para os principais paralelos: Círculo Polar Ártico, entre os paralelos 80 e 60 graus norte; Trópico de Câncer, um pouco acima do paralelo 20 graus norte; Equador, no centro do globo, no paralelo zero grau; Trópico de Capricórnio, um pouco abaixo do paralelo 20 graus sul; Círculo Polar Antártico, entre os paralelos 60 e 80 graus sul.  O Hemisfério Norte está demarcado entre o Equador e o Polo Norte e o Hemisfério Sul entre o Equador e o Polo Sul.
O globo terrestre e os paralelos.

Fonte: elaborado com base em Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2011. página 2.

Orientações e sugestões didáticas

Percurso 6

Neste Percurso, são estudados os paralelos e os meridianos, as coordenadas geográficas e a altitude, bem como os recursos tecnológicos de localização. Esses temas subsidiam o desenvolvimento dos conhecimentos relativos à localização e permitem que os alunos percebam a influência da posição geográfica nas condições climáticas de temperatura e pressão, por exemplo. O tema deverá ser aprofundado em outros momentos da vida escolar do aluno, mas esta introdução é fundamental para o aprimoramento de seu raciocínio geográfico e do pensamento espacial.

Os paralelos e os meridianos devem ser mostrados aos alunos por meio de um globo terrestre, permitindo que eles o visualizem, o explorem e o manuseiem. Destaque os paralelos principais (Equador, trópicos e círculos polares), como também os meridianos principais (Meridiano de Greenwich e seu antípoda de 180graus).

A noção de altas, médias e baixas latitudes também deve ser trabalhada com um globo terrestre ou um planisfério. Esses conceitos devem ser explicados com o conceito de zonas de iluminação e de aquecimento da Terra. Proponha aos alunos que se informem sobre a latitude, a longitude e a altitude da capital da unidade da federação onde vivem.

Oriente os alunos a consultar um mapa político do Brasil e a localizar a linha equatorial, o Trópico de Capricórnio e outros paralelos. Pergunte quais são as unidades da federação localizadas inteiramente ao sul do Trópico de Capricórnio e quais são “cortadas” pela linha equatorial.

No Percurso 9 da Unidade 3, explicamos por que os trópicos e os círculos polares são importantes. Se necessário, antecipe esse conteúdo.

Para que os alunos compreendam a noção de paralelos terrestres, faça uma demonstração com uma bola de isopor atravessada por uma agulha de tricô que passe pelo centro da esfera. Com isso, determina-se um eixo de rotação e, portanto, os polos dessa bola. Com uma caneta, trace uma circunferência na superfície da bola de isopor, à mesma distância dos polos, dividindo-a em duas partes iguais que correspondem aos hemisférios. Comente com os alunos que essa ideia pode ser aplicada ao planeta Terra.

3. Os meridianos terrestres

Observe no planisfério que, além das linhas horizontais – os paralelos –, há linhas verticais que ligam um polo a outro. São os meridianos.

Ao contrário dos paralelos, que têm medidas de comprimento diferentes, todos os meridianos têm o mesmo comprimento. Para a determinação do meridiano principal, de 0grau (zero grau), houve um acordo em 1884 entre os países: escolheu-se o meridiano que passa pela torre do Observatório Real de Greenwich, localizado no bairro de Greenwich, em Londres, no Reino Unido. O meridiano de 0grau é chamado Meridiano de Greenwich, Meridiano Principal ou Meridiano de Origem. É a partir dele que se numeram, em graus, os outros meridianos, tanto a leste como a oeste. Com relação ao Meridiano de Greenwich, contam-se 180 meridianos para o leste e 180 para o oeste, totalizando 360 meridianos. O Meridiano de Greenwich foi adotado como referencial para a implantação dos fusos horários no planeta: a leste de Greenwich, as horas aumentam e, a oeste, diminuem uma hora a cada 15graus.

Mundo: paralelos e meridianos

Mapa. Mundo: paralelos e meridianos. Planisfério com as linhas imaginárias traçadas; destaque para o paralelo do Equador, Meridiano de Greenwich e continentes. Há uma rosa dos ventos indicando os pontos cardeais no cento do planisfério, sobre o cruzamento entre o Equador e o Meridiano de Greenwich. À oeste do Meridiano de Greenwich, ou Hemisfério Oeste ou Ocidental, estão o continente americano, pequena parte da Europa e da África, e cerca de metade da Antártida; à leste de Greenwich, ou hemisfério Leste ou Oriental, estão a maior parte da Europa e da África, a Ásia, a Oceania e quase metade da Antártida. 
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 3.450 quilômetros.

Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 34.

Grafismo indicando atividade.

Em que hemisfério está localizado o território brasileiro em relação ao Meridiano de Greenwich?

Orientações e sugestões didáticas

Em relação ao Meridiano de Greenwich, o território brasileiro está localizado no Hemisfério Oeste ou Ocidental.

Um meridiano e seu antípodaglossário formam uma circunferência, cujo comprimento é de .40009 quilômetros, que é, portanto, menor que o da circunferência formada pela linha do Equador (.40076 quilômetros). Isso explica por que a Terra não é exatamente redonda: os polos do planeta são ligeiramente achatados.

Os meridianos de Greenwich e de 180graus dividem a Terra em outros dois hemisférios, o Hemisfério Leste, ou Oriental, e o Hemisfério Oeste, ou Ocidental. Tanto a representação dos paralelos como a dos meridianos podem ser feitas em um planisfério.

Observe que, ao traçar os paralelos a partir da linha do Equador e os meridianos a partir do Meridiano de Greenwich, os cartógrafos conseguiram determinar posições no globo terrestre com base na interseção (cruzamento) dos paralelos e dos meridianos.

Ícone. Seção Quem lê viaja mais. Composto por uma placa amarela com a silhueta de uma pessoa lendo.

QUEM LÊ VIAJA MAIS

LOBATO, Monteiro.

Geografia de Dona Benta. vigésima quarta edição São Paulo: Brasiliense, 1995.

Para saber mais sobre o assunto estudado neste Percurso, leia o capítulo dezesseis desse clássico da literatura infantojuvenil, que mostra a Geografia de fórma didática.

Orientações e sugestões didáticas

Reforce com os alunos que a palavra hemisfério se refere às metades de uma esfera determinadas por um plano que passa por seu centro. O território brasileiro está localizado no Hemisfério Oeste, ou Ocidental. Aprofunde a discussão acerca do planisfério terrestre representado, pedindo aos alunos que localizem outros países e/ou continentes usando como referência paralelos e meridianos e os hemisférios Norte e Sul, Leste e Oeste.

Se julgar necessário, ressalte aos alunos que um planisfério é um mapa que representa a superfície terrestre em um plano.

Oriente os alunos a não confundir grau (unidade de medida de ângulo) com grau Celsius, usado para indicar a temperatura da matéria (ar, solo, corpo humano etcétera). Caso julgue necessário, mostre a diferença que existe também na representação escrita dessas unidades de medida (paralelo 30graus, 25 grauscélsius).

Interdisciplinaridade

Explique aos alunos que toda circunferência tem 360graus e que, em virtude da fórma semelhante entre a Terra e uma esfera, convencionou-se dividir o planeta em 360 meridianos. Esse conteúdo possibilita o desenvolvimento de atividades interdisciplinares com o professor de Matemática.

4. Latitude e longitude: as coordenadas geográficas

Como vimos, os paralelos são traçados em relação à linha do Equador, que define o norte e o sul. Os meridianos têm como referência o Meridiano de Greenwich, que define o leste e o oeste. Os paralelos, ao se cruzarem com os meridianos, determinam pontos na superfície da Terra. Cada cruzamento funciona como uma espécie de “endereço”, identificado pela latitude e pela longitude – as chamadas coordenadas geográficas.

• A latitude

Latitude é a distância, medida em graus, de qualquer ponto na superfície da Terra até a linha do Equador. Portanto, todos os pontos que estão no mesmo paralelo têm a mesma latitude. Como o Equador é a linha que delimita os hemisférios Norte (Setentrional) e Sul (Meridional), todos os pontos localizados ao sul do Equador terão latitude Sul, e os pontos localizados ao norte do Equador terão latitude Norte. Observe a ilustração.

A latitude

Ilustração. A latitude. Representação de um globo terrestre com paralelos e meridianos traçados e graus indicados e destaque para o Equador. No globo, há o desenho de um avião amarelo no cruzamento entre o paralelo 30 graus norte e o meridiano zero grau; e, um avião azul no cruzamento entre o paralelo 30 graus sul e o meridiano zero grau.
Grafismo indicando atividade.

Em relação à latitude, qual é a diferença entre as posições dos aviões amarelo e azul nesta ilustração?

Orientações e sugestões didáticas

Na ilustração, os dois aviões encontram-se na latitude 30graus, porém o avião amarelo está no Hemisfério Norte (ao norte da linha do Equador) e o avião azul, no Hemisfério Sul (ao sul da linha do Equador).

Altas, médias e baixas latitudes

Em relação à linha do Equador, as latitudes podem ser altas, médias ou baixas, como se observa no planisfério.

As altas latitudes correspondem às latitudes próximas aos polos Norte e Sul, entre aproximadamente 66graus e 90graus; as médias latitudes estão entre os trópicos e os círculos polares; e as baixas latitudes correspondem às regiões localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio.

Zonas de alta, média e baixa latitudes

Mapa. Zonas de alta, média e baixa latitudes. Planisfério com a delimitação das zonas de alta, média e baixa latitudes: zona de alta latitude: entre o Círculo Polar Ártico e o Polo Norte; zona de média latitude: entre o Círculo Polar Ártico e o Trópico de Câncer; zona de baixa latitude: entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio; zona de média latitude: entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico; zona de alta latitude: entre o Círculo Polar Antártico e o Polo Sul. 
Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 3.500 quilômetros.

Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 58.

Orientações e sugestões didáticas

A latitude é um dos fatores que influenciam o clima do planeta Terra e contribuem para explicar as diferenças de temperatura do ar atmosférico. De modo geral, as temperaturas médias diminuem da linha do Equador para os polos, em virtude dos diferentes ângulos de incidência dos raios solares na superfície terrestre. Assim, quanto menor a latitude, maior a média térmica, e vice-versa. Esse assunto será abordado nos Percursos 13 e 14, mas pode ser interessante introduzi-lo neste momento. Para isso, tenha em mãos um planisfério ou um globo terrestre.

As latitudes são muito usadas na Geografia, pois contribuem para o entendimento de diversos assuntos, como a distribuição dos tipos de clima no mundo. Se você observar um planisfério ou um globo terrestre com atenção, vai reparar, por exemplo, que as maiores áreas cobertas de gelo na Terra estão nos polos e em suas proximidades (altas latitudes). Além disso, no Brasil, nos estados próximos à linha do Equador (baixas latitudes), as médias de temperatura no decorrer do ano são, geralmente, mais elevadas que naqueles mais distantes dessa linha.

Tirinha. História em quatro quadrinhos. Quadrinho 1: um menino de camisa amarela diz para um menino de camisa vermelha: “a professora gostou do seu mapa?”. Quadrinho 2: o menino de camisa vermelha, responde: “eu acho que não... ela me deu um ‘cê’...”. Quadrinho 3: o menino de camisa amarela, diz: “somente um ‘cê’? como?”. Quadrinho 4: o menino de camisa vermelho segurando um papel aberto, fala: “eu ‘meridianei’ onde eu deveria ter ‘latitudeado’!”.
Tirinha do cartunista Charles Schulz.
Grafismo indicando atividade.

Que palavras do diálogo têm a ver com Cartografia? Explique com suas palavras o possível engano que a personagem cometeu em seu mapa.

Orientações e sugestões didáticas

Na questão referente à tirinha, os neologismos “meridianei” e “latitudeado” têm relação com a Cartografia. “Meridianar” relaciona-se a meridiano, linha circular imaginária que passa pelos polos, enquanto “latitudear” refere-se a paralelo. Assim, a personagem deve ter considerado, equivocadamente, algo em relação a meridiano em vez de relacionar a paralelo.

• A longitude

Longitude é a distância, medida em graus, de qualquer ponto na superfície da Terra até o Meridiano de Greenwich. Todos os pontos situados no mesmo meridiano possuem a mesma longitude.

Como o Meridiano de Greenwich é a linha que delimita os hemisférios Oeste (Ocidental) e Leste (Oriental), a longitude pode ser Leste ou Oeste.

A longitude

Ilustração. A longitude. Um globo terrestre com paralelos e meridianos traçados, com graus indicados e destaque para o Meridiano de Greenwich. No globo, há o desenho de um avião vermelho no cruzamento entre o paralelo 45 graus Norte e o meridiano 30 graus Oeste; e, um avião verde no cruzamento entre o paralelo 15 graus Sul e o meridiano 30 graus Leste.
Grafismo indicando atividade.

Em relação à longitude, qual é a diferença entre a posição do avião vermelho e a do verde? Quais são as coordenadas geográficas desses aviões nessa ilustração?

Nota: Representação para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.

Orientações e sugestões didáticas

Na ilustração, os dois aviões estão na longitude 30graus, mas um encontra-se a leste e o outro, a oeste. As coordenadas geográficas do avião vermelho são latitude 45graus êne e longitude 30graus óh; as coordenadas geográficas do avião verde são latitude 15graus ésse e longitude 30graus éle.

Ícone. Seção Navegar é preciso.

NAVEGAR É PRECISO

Ciência Viva

https://oeds.link/Oi7OxJ

Essa página apresenta atividades para construir instrumentos de cálculo de latitude e longitude com vídeos explicativos.

• O gê pê ésse e seu uso no cotidiano

Ao observar o mapa-múndi, parece fácil localizar qualquer ponto do planeta.

Mas imagine que você é o piloto de um avião ou o comandante de um navio: como saber a sua localização?

No caso de sua casa ou da escola, você sabe a que latitude e longitude elas estão?

Atualmente, localizar-se na superfície terrestre é tarefa fácil e bastante acessível. Com o gê pê ésse, obtêm-se as coordenadas geográficas de qualquer lugar, ou seja, a latitude e a longitude, em segundos. gê pê ésse é a sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System).

Orientações e sugestões didáticas

Se possível, leve um aparelho de gê pê ésse para a sala de aula. E, caso haja possibilidade, planeje um roteiro pela escola ou por seu entorno empregando esse recurso, para que os alunos percebam na prática sua eficiência e precisão.

Atividade complementar

Peça aos alunos que consultem o site Apolo 11 (disponível em: https://oeds.link/6WRcap; acesso em: 26 maio 2022.), no qual podem obter as coordenadas geográficas e a altitude do município onde moram e as de Brasília, Distrito Federal (caso vivam em Brasília, escolha outra localidade). Oriente-os a anotar o número em graus, desconsiderando os minutos e os segundos que compõem os valores da latitude e da longitude.

Solicite a eles que calculem a diferença, em graus, entre as coordenadas geográficas do local onde moram e de Brasília e que também calculem, em metros, a diferença entre as altitudes.

Aparelhos de gê pê ésse usam as informações recebidas de uma rede de 24 satélites artificiaisglossário que giram em torno da Terra enviando sinais para qualquer aparelho que possa recebê-los. Cada satélite artificial realiza duas voltas ao redor do planeta por dia. Portanto, a qualquer hora, há pelo menos três satélites artificiais “visíveis” para os aparelhos de gê pê ésse em qualquer ponto do planeta.

Graças à tecnologia do gê pê ésse, a localização de objetos ou de pessoas e o mapeamento de áreas extensas podem ser feitos com precisão e rapidez. O sistema está disponível para uso dos cidadãos desde 1995 e, atualmente, serve para muitas finalidades. Observe algumas delas.

Captura de tela. Página do Guia Cultural de Favelas mostrando o mapa colaborativo de parte da cidade do Rio de Janeiro com diversos círculos coloridos em regiões específicas indicando locais de práticas culturais.
Mapa colaborativo no qual podem ser visualizadas práticas culturais em favelas da cidade do Rio de Janeiro.

Mapas colaborativos

Usuários do gê pê ésse podem alimentar bancos de dados virtuais que dão origem a mapas colaborativos de temas como mobilidade urbana, atrações culturais e problemas de uma região ou comunidade, os quais podem servir de instrumento de gestão para prefeituras.

Fotografia. Painel com informações sobre linhas de ônibus de um terminal rodoviário e horários de partidas.
Painel informando os próximos horários das linhas de ônibus na cidade de Manaus, Amazonas (2022).

Transporte público

Em algumas cidades brasileiras, os pontos de ônibus têm painéis que mostram em quanto tempo o próximo coletivo vai chegar. Isso é possível graças aos aparelhos instalados nos ônibus, que calculam o tempo de viagem com base na distância e na velocidade de deslocamento.

Fotografia. Painel de um carro com destaque para a tela de um equipamento de GPS que mostra um trajeto em um mapa colorido.
Equipamento de gê pê ésse instalado em automóvel orienta motorista durante trajeto.

Melhores rotas

Um dos usos mais comuns do gê pê ésse é orientar motoristas em trajetos de carro. Um equipamento com mapas digitais é capaz de calcular as melhores rotas até o destino informado pelo motorista.

Fotografia. Homem de uniforme no interior da cabine de comando de um navio. Ele está de costas, de frente para um grande painel com diversas telas e botões. Acima do painel estão diversas janelas de vidro de onde se pode avistar uma área litorânea.
Interior de sala de contrôle de navio em porto marítimo, na França (2018).

Navegação

Rotas de aviões e de embarcações e frotas de veículos também são controladas com o auxílio do gê pê ésse. Além de acusar obstáculos e recalcular trajetos, a tecnologia reduz o risco de acidentes.

Ícone. Seção No seu contexto.

NO SEU CONTEXTO

Para que serve o gê pê ésse? Que usos do gê pê ésse você reconhece no seu cotidiano?

Orientações e sugestões didáticas

O gê pê ésse serve para localizar objetos e pessoas e mapear áreas extensas com precisão e rapidez. Os alunos podem citar o emprego de aplicativos que usam a tecnologia do gê pê ésse com alguma finalidade mencionada nos quadros ou outras. Ajude os alunos a perceber que muitos produtos que eles usam vieram de localidades distantes e foram transportados por caminhões, navios ou por outros meios de transporte com rotas monitoradas pelo uso dessa tecnologia.

Leia os textos com os alunos. Faça um levantamento das possíveis dúvidas e explique palavras ou termos desconhecidos. Sobre os mapas colaborativos, esclareça que são feitos em programas (aplicativos) específicos para edição de mapas. Neles, pode-se acessar o mapa, incluir e compartilhar informações, gerando um conteúdo que pode ser acessado e alterado por outros usuários do programa. Trata-se de um mapa em constante elaboração, feito por várias pessoas, de modo cooperativo. Por fim, destaque que esse tipo de recurso cartográfico contribui para a valorização dos saberes das comunidades a respeito dos territórios que ocupam, para a democratização da informação e para o uso colaborativo dos espaços comunitários.

Ícone. Seção Cruzando saberes.

Cruzando saberes

Dispositivo localiza idoso em situações de emergência por meio de sinal gê pê ésse

“Impulsionado por uma necessidade pessoal, o engenheiro Orlan Almeida criou, em 2013, um pequeno dispositivoglossário capaz de emitir um alerta para contatos pré-cadastrados, pelo celular, quando o idoso está em situações emergenciais.

A ideia surgiu em Brasília, após o pai de Almeida sofrer uma queda e quebrar a mão. Segundo ele, não havia no mercado equipamentos que atendessem às necessidades para aquele momento. A partir daí, decidiu projetar seu próprio dispositivo . Atualmente, há dispositivos com o mesmo fim que funcionam como um telefone sem fio, com base e aparelho de alerta. reticências

O aparelho, que emite um sinal gê pê ésse por meio de dois chipsglossário de telefonia móvel, tem sensores de movimento que identificam de fórma automática quando o idoso sofre alguma queda. Conectado ao aplicativo de celular, o sistema emite a localização da emergência para os tutoresglossário da vítima.

Além disso, o equipamento também conta com sensores de temperatura, para situações que envolvem incêndio. Caso os familiares não consigam atender o chamado a tempo, o alerta é direcionado para uma central de atendimento que funciona 24 horas.

RIBEIRO, João Vicente. Dispositivo localiza idoso em situações de emergência por meio de sinal gê pê ésse. Panorama Farmacêutico, 14 junho 2017. Disponível em: https://oeds.link/0OXZeJ. Acesso em: 9 dezembro 2021.

Fotografia. Vista de parte de um parque com uma área de gramado com várias árvores e alguns trechos asfaltados para a passagem de pessoas e com algumas iluminárias.  À frente, duas idosas caminhando.
Idosas praticam caminhada em parque público no município de Piracicaba, estado de São Paulo (2021). À pessoa idosa são garantidos todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, além do direito à proteção integral de que trata o Estatuto do Idoso (Lei Federal número 10.741, de 1º de outubro de 2003).

 Interprete

1. Para que serve o dispositivo criado pelo engenheiro Orlan Almeida?

 Argumente

2. Qual é a importância desse dispositivo para os idosos?

 Contextualize

  1. Assim como crianças e adolescentes, em nosso país os idosos têm direitos fundamentais garantidos por lei. O que você sabe sobre esses direitos e como contribuir para que os idosos sejam respeitados no dia a dia?
  2. O que você faria se presenciasse ou tivesse conhecimento de que os direitos e interesses de um idoso não estão sendo respeitados por outras pessoas, até mesmo por familiares dele?
Orientações e sugestões didáticas

Temas contemporâneos transversais

A seção Cruzando saberes possibilita trabalhar com os temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia; Saúde; Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso; e Vida Familiar e Social. Discuta com os alunos as consequências do envelhecimento para as pessoas e peça a eles que reflitam sobre sua relação com os idosos. Até o início de dezembro de 2021, a pessoa idosa era aquela com idade igual ou superior a anos. (Antes de informar os alunos a esse respeito, verifique se após o mês indicado foi aprovado um projeto que tramitava na Câmara dos Deputados federal que objetivava alterar a idade das pessoas consideradas idosas de igual ou superior a 60 anos para igual ou superior a 65 anos. De qualquer maneira, comente com os alunos que os dados e projeções do í bê gê É para esse grupo da população são calculados considerando-se as pessoas de 65 anos ou mais). Oriente uma pesquisa em grupo sobre o Estatuto do Idoso (Lei Federal norteº .10741, de 1º de outubro de 2003) e os artigos que abrangem os seus direitos fundamentais.

Respostas

  1. Para monitorar idosos em situações emergenciais, permitindo que familiares e pessoas possam localizá-los e prestar socorro. Ressalte que a tecnologia pode contribuir para a qualidade de vida no processo de envelhecimento.
  2. Resposta pessoal. Informe que em 2022, de acordo com dados e projeções do í bê gê É, no Brasil, havia cêrca de 22,5 milhões de idosos (65 anos ou mais); em 2030, estimativas apontam que eles serão cêrca de 33,5 milhões, quando o país deverá ocupar a quinta posição entre os países com maior população idosa. Destaque a importância de iniciativas que visem ao respeito, à segurança e ao bem-estar dos idosos, colaborando para sua qualidade de vida e socialização.
  3. Resposta pessoal. Explique o que são direitos fundamentais e como eles se aplicam aos idosos. Entre esses direitos estão: o direito à vida, à liberdade, à dignidade, a alimentos, à saúde, à educação, à previdência social, à assistência social, à habitação etcétera Permita que se pronunciem sobre sua responsabilidade no respeito a esses direitos.
  4. Todo cidadão deve comunicar esses problemas às autoridades competentes de seu município, as quais estão aptas a receber denúncias de crimes e de outras violações aos direitos e interesses dos idosos.

5. A altitude

Altitude é a distância vertical de um ponto qualquer da superfície da Terra em relação ao nível médio do mar, cuja altitude é zero. Esse ponto é usado como referência para medir a altitude de uma localidade. Quando se diz, por exemplo, que a altitude do Monte Everest, situado na Ásia, é de .8848 metros, significa que seu pico está a .8848 metros acima do nível médio do mar.

Fotografia. Vista de uma grande montanha com pontos cobertos de gelo. Ao redor, diversas montanhas com gelo. Ao fundo, céu azul.
O Monte Everest, localizado na Cordilheira do Himalaia, no Nepal, Ásia (2022), é o pico culminante da Terra, ou seja, o de maior altitude.

Não se deve confundir altitude com altura. Esta é a distância vertical de um corpo ou objeto (casa, pessoa, animal, vegetal, entre outros) acima da superfície do terreno em que se encontra – da base ao ponto mais alto.

Tal como a latitude e a longitude, a altitude é um importante dado sobre a localização de um ponto no globo terrestre. Por isso, ao indicar a localização de um ponto, o gê pê ésse fornece dados da latitude, da longitude e da altitude desse ponto.

Altitude e altura

Ilustração. Altitude e altura. À esquerda, uma grande montanha com vegetação, cujo topo é indicado como ponto A. À frente da grande montanha há um morro menor, mais baixo, com uma casa no topo indicando o ponto B. Mais abaixo e à direita há uma área mais plana com diversas casas, algumas árvores e faixa de areia (praia) cercada pelo mar.  
O ponto A está a 290 metros de altitude, ou seja, essa é a distância vertical, em metros, do ponto A (topo da montanha) ao nível médio do mar. Entre o ponto A e B há 170 metros de altura. A altitude do ponto B é de 120 metros, isto é, essa é a distância vertical do ponto B ao nível médio do mar.
A distância vertical do ponto A (pico da montanha) ao nível médio do mar é de 290 metros: essa é a sua altitude. A distância entre o ponto A e o ponto B é de 170 metros: essa é a altura do pico em relação à casa situada no ponto B, que, por sua vez, está à altitude de 120 metros.

Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.

Orientações e sugestões didáticas

Discuta com os alunos a existência de altitudes negativas, situadas abaixo do nível médio do mar. Um exemplo é a região do Mar Morto, que está a 395 metros abaixo do nível médio do Mar Mediterrâneo. Seria interessante mostrar aos alunos, em um planisfério, que também existem as fossas abissais, como as que se localizam a leste da Ilha de Honshu, no Japão, que chegam a quase .8500 metros de profundidade.

Entretanto, como exemplo de altitude positiva, comente que Denver, capital e cidade mais populosa do estado do Colorado, nos Estados Unidos da América, está à altitude de .1609 metros, isto é, uma milha (unidade de distância usada em muitos países, geralmente de língua inglesa), e que por isso a cidade é conhecida como “mile high city” (cidade em altitude de 1 milha).

A diferença entre o significado de altitude e o de altura poderá ser retomada na Unidade 4 deste livro, como conhecimento prévio para a compreensão da altitude, um dos fatores geográficos do clima.

Interdisciplinaridade

A maioria da população mundial vive em altitudes entre o nível médio do mar e .3000 metros; mas há milhões de pessoas que vivem entre .3000 e .4800 metros, principalmente nos planaltos andinos, na América do Sul, e no Tibete, na Ásia Central. Com o professor de Ciências, sugerimos abordar as características das camadas atmosféricas, as propriedades do ar (expansibilidade e compressibilidade) e a interferência da variação da pressão atmosférica na vida humana. Cite como exemplos os atletas que praticam esportes como alpinismo, ciclismo, atletismo e futebol, cujo rendimento físico diminui quando estão em elevadas altitudes porque o ar é rarefeito.

Ícone. Seção Atividades dos percursos.

Atividades dos percursos 5 e 6

Registre em seu caderno.

  1. Tendo como ponto de referência a escola em que você estuda, sua casa localiza-se em qual direção?
  2. Explique por que a determinação dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais no espaço terrestre depende de um ponto de referência.
  3. Descreva o que é o polo magnético do norte.
  4. Observe o planisfério da atividade 7 e faça o que se pede.
    1. Aponte um meridiano e um paralelo que “cortam” o território brasileiro.
    2. Faça o mesmo em relação ao continente africano.
  5. O que são latitude e longitude? Explique a importância delas para a localização de um ponto na superfície da Terra.
  6. Retome a leitura dos textos das páginas 41 e 42 e responda: a localidade em que você vive está em uma zona de alta, média ou baixa latitude? Explique sua resposta.
  7. Observe o planisfério e responda às questões.

Mundo: paralelos e meridianos

Mapa. Mundo: paralelos e meridianos. Planisfério com paralelos e meridianos traçados e graduados, com destaque para os continentes:  América: entre os paralelos 90 graus norte e 60 graus sul e o meridiano de Greenwich (zero grau) e o meridiano 180 graus oeste; Europa: entre os paralelos 90 graus norte e 20 graus norte e os meridianos 20 graus oeste e 80 graus leste; Ásia: entre os paralelos 90 graus norte e 20 graus norte e os meridianos 40 graus oeste e 80 graus leste; África: entre os paralelos 40 graus norte e 40 graus sul e os meridianos 20 graus oeste e 60 graus leste; Oceania: entre os paralelos 20 graus sul e 60 graus sul; Antártida: entre os paralelos 60 graus sul e 90 graus sul e os meridianos 180 graus oeste e 180 graus leste. 
Há quatro pontos indicados no planisfério. Ponto A: na América, no cruzamento entre o paralelo 20 graus sul e o meridiano 40 graus oeste, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio; ponto B: na Ásia, no cruzamento entre o paralelo 40 graus norte e o meridiano 100 graus leste, entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico; ponto C: na América, no cruzamento entre o paralelo 40 graus norte e o meridiano 100 graus oeste, entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico;  ponto D: no Oceano Índico, no cruzamento entre o paralelo do Equador (zero grau) e o meridiano 60 graus leste, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio.   
Abaixo, rosa dos ventos e escala: 0 a 3.450 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 12-13.

  1. Que continente se localiza totalmente no Hemisfério Oeste?
  2. Dê a latitude e a longitude dos pontos assinalados. Quais deles estão em baixas latitudes?
  3. Imagine que as coordenadas de um grupo de pesquisa sejam latitude 80 Sul e longitude 60 Oeste. Em que continente esse grupo está?
  4. Um explorador saiu do ponto C e se dirigiu ao ponto A, enquanto outro saiu do ponto B e viajou até o ponto A. Qual deles mudou de hemisférios, tanto em relação à linha do Equador quanto ao Meridiano de Greenwich?
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. Resposta pessoal. Indique aos alunos a direção em que o Sol nasce para que tenham referências mínimas e realizem a atividade.
  2. Porque as direções são sempre estabelecidas com base em um ponto de referência e podem alterar-se quando adotamos outra referência.
  3. É um ponto situado a, aproximadamente, 1.400 quilômetros do Polo Norte geográfico, na Ilha Príncipe de Gales, no Canadá. Esse ponto funciona como o polo de um ímã, que atrai a agulha da bússola em sua direção.
    1. Os alunos poderão responder, como meridianos, o de 40graus oeste ou o de 60graus oeste; como paralelos, o de 20graus Sul, o Trópico de Capricórnio ou ainda o de 0grau (linha do Equador).
    2. Os alunos poderão responder, como meridianos, o de 0grau (Meridiano de Greenwich), o de 20graus leste ou o de40graus leste; como paralelos, o de 0grau (linha do Equador), o de 20graus Sul, o Trópico de Capricórnio, o de 20graus norte ou ainda o Trópico de Câncer.
  4. Latitude é a distância medida em graus de qualquer ponto na superfície da Terra até a linha do Equador e pode ser norte (N) ou sul (S). Longitude é a distância medida em graus de qualquer ponto na superfície da Terra até o Meridiano de Greenwich e pode ser leste (L) ou oeste (O). O cruzamento dos dados de latitude e longitude, as coordenadas geográficas, fornece a localização de qualquer ponto da superfície terrestre, servindo, portanto, como uma espécie de endereço das localidades.
  5. Resposta pessoal. O aluno deve saber que a zona de baixa latitude está compreendida entre os trópicos; a de média latitude, entre os trópicos e os círculos polares; e a de alta latitude, entre os círculos polares e os polos. Essa atividade estimula a leitura inferencial, uma vez que os alunos precisam articular o que sabem sobre sua localização e as informações presentes no texto.
    1. A América.
    2. Ponto A: 20graus latitude Sul e 40graus longitude oeste. Ponto B: 40graus latitude norte e 100graus longitude leste. Ponto C: 40graus latitude nortee 100graus longitude oeste. Ponto D: 0grau latitude e 60graus longitude leste. Os pontos A e D estão em baixas latitudes.
    3. Antártida.
    4. O explorador que partiu do ponto B cruzou as duas linhas mencionadas, mudando do Hemisfério Norte para o Sul e do Leste para o Oeste. O que partiu do ponto C mudou apenas do Hemisfério Norte para o Sul.
  1. Suponha que uma aeronave tenha realizado um pouso emergencial em um ponto localizado em latitude 80 norte e longitude oeste. Consultando o planisfério da atividade 7, a aeronave pousou em uma zona de baixa, média ou alta latitude? Explique a sua resposta.
  2. Leia o fragmento de texto e, depois, responda às questões.

— Mas como você vai dar a nossa posição aqui neste mar? — perguntou Márcio, inquieto.

Marco tomou a palavra, expressando a frustração da turma:

— É, seu Paulo, a gente cansou de pensar e até agora não achamos uma solução, porque aqui no mar é tudo igual e não tem nenhuma referência…

Seu Paulo chamou a guarda costeira e informou que estavam com o barco quebrado em alto-mar e que haviam atravessado uma tempestade. Por isso precisavam de socorro para chegar ao continente.

A guarda costeira pediu a localização. Consultando o gê pê ésse seu Paulo informou:

— Estamos a 24 graus e 30 minutos de latitude sul e 46 graus e 15 minutos de longitude oeste.”

SARTORELLI, Márcia Prado; GUERRA, Sônia dos Santos; SERRANO, Teresa Silvestri. Como sair dessa. segunda edição São Paulo: éfe tê dê, 1998. página 15.

  1. O que é gê pê ésse?
  2. Consulte um atlas geográfico e procure saber em qual oceano se encontra o barco quebrado citado no texto. Como ele está em alto-mar, indique qual é o litoral mais próximo.
Orientações e sugestões didáticas

Cada grau se divide em 60 minutos.

10. Observe o quadro e, sem consultar outras fontes de informação, responda às questões.

Brasil: localização geográfica e altitude de alguns municípios de capitais

Capital

Localização geográfica

Altitude (metros)

Latitude

Longitude

Boa Vista (RR)

2° N

60° O

85,1

Recife (PE)

8° S

34° O

4,5

Rio Branco (AC)

9° S

67° O

152,5

São Paulo (SP)

23° S

46° O

760,2

Porto Alegre (RS)

30° S

51° O

2,8

Fonte: í bê gê É. Anuário estatístico do Brasil 2020. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2021. Tabela 1.1.1.2. página 1-7.

  1. Qual dessas capitais é a mais setentrional? Qual é a mais meridional? Explique.
  2. Qual dessas capitais é a mais ocidental?
  3. Qual das capitais está em maior altitude? Aponte as coordenadas geográficas dessa cidade.

11. Observe as fotos para responder à atividade.

Fotografia A. Vista de um imenso espaço aberto com algumas  construções, montanhas menores e, ao fundo, uma grande montanha coberta por neve, sob céu azul.
Vista da Cordilheira do Himalaia, Índia (2021).
Fotografia B. Fotografia de duas girafas em um espaço aberto com vegetação rasteira. Ao fundo, grande vegetação e céu azul com nuvens.
Girafas no Parque Nacional de Amboseli, Quênia (2021).

Para quais fotografias você pode empregar os conceitos de altura e altitude? Por quê?

Orientações e sugestões didáticas
  1. O ponto determinado pela latitude 80graus norte e pela longitude 40graus oeste encontra-se na Ilha da Groenlândia, em zona de alta latitude. Esta atividade, ao levar o aluno a consultar um planisfério, possibilita que ele exercite a leitura cartográfica e tenha compreensão da localização de pontos no espaço mundial. Outras atividades semelhantes podem ser propostas com o objetivo de exercitar a consulta de mapas.
    1. É um aparelho eletrônico que permite a localização instantânea do lugar onde nos encontramos. Ele recebe sinais de satélites artificiais que orbitam a Terra, permitindo identificar as coordenadas geográficas.
    2. No Oceano Atlântico, próximo ao litoral do estado de São Paulo.
    1. A capital mais setentrional é Boa Vista, no estado de Roraima (2graus latitude norte), e a mais meridional é Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul (30graus latitude Sul).
    2. A capital mais ocidental é Rio Branco, no estado do Acre (67graus longitude oeste). Comente com os alunos que a capital mais oriental que consta no quadro é Recife, no estado de Pernambuco (34graus longitude oeste).
    3. São Paulo está em maior altitude (760,2 metros). Coordenadas: 23graus Sul e 46graus oeste.

Com os alunos, explore o quadro de outra maneira, como um jôgo. Peça que, em grupo, cada um escreva, em uma folha avulsa, uma afirmação falsa e outra verdadeira comparando os dados do quadro e usando em suas afirmações os seguintes conceitos e termos: altitude, meridional, setentrional, ocidental e oriental. Na sequência, peça que leiam as afirmações dos outros grupos, dizendo se são verdadeiras ou falsas. Vence o grupo que acertar mais.

Essa atividade aplica princípios de gamificação para tornar a aprendizagem mais lúdica e motivadora. Ao mesmo tempo, exige uma postura ativa do estudante, que deve ler e interpretar o quadro e criar informações com base nos dados. Oriente os alunos a analisarem o quadro e escreverem frases comparando as cidades; por exemplo, um grupo poderia escrever que “a cidade de Boa Vista é a mais setentrional e a que apresenta a maior altitude” para criar uma afirmação falsa com os dados do quadro. O mesmo grupo precisaria criar uma afirmação verdadeira. Recolha as afirmações de todos os grupos. Redistribua-as e conceda um tempo para que os alunos julguem as afirmações e anotem a resposta. Ao final, todos os grupos devem ter tido contato com todas as frases, identificando as verdadeiras e as falsas.

11. O conceito de altitude pode ser aplicado na fotografia A, e o conceito de altura, na B. Considerando que a altitude tem como referência o nível médio do mar, a Cordilheira do Himalaia apresenta pontos que ultrapassam os 8.000 metros de altitude, como o Pico do Everest, que está a 8.848 metros. No caso da girafa, sua altura não depende do nível médio do mar, mas da distância vertical do solo até o topo de sua cabeça.

PERCURSO 7 DO DESENHO AO MAPA

1. A Cartografia

Experimente desenhar seu quarto ou os cômodos de sua casa: trace as paredes, represente as portas e as janelas e, se quiser, desenhe também móveis e objetos, como sofá, cama, armário, mesa e computador. Ao final, você terá elaborado o que os cartógrafos chamam de croqui, isto é, um desenho com traços iniciais ou rudimentares, em geral feito à mão rapidamente. Dessa fórma, os croquis não exigem grande precisão técnica nem rigor gráfico, ao contrário do que ocorre com os mapas, que são elaborados com base em estudos científicos e operações técnicas e artísticas usadas pela Cartografia, ciência que se dedica à representação e à comunicação de informação espacial por meio de mapas.

Fotografia de uma área com praia em formato de ferradura e estreita faixa de ligação com o mar. As extremidades têm vegetação e poucas construções. A área mais próxima da faixa mais larga da praia tem muitas construções baixas, árvores e áreas com grama. Ao fundo, grande extensão do mar e céu azul.
Ilustração. Desenho feito com poucos detalhes, como um esboço, da paisagem mostrada na fotografia da área com praia em formato de ferradura.
Foto e croqui da Praia da Ferradura, na cidade de Búzios, Região dos Lagos, litoral do estado do Rio de Janeiro (2009).
Ícone. Seção No seu contexto.

NO SEU CONTEXTO

Em uma folha avulsa, elabore o croqui de sua sala de aula. Depois, reúna-se com mais dois colegas e comparem os croquis. Observem em que eles são iguais e em que diferem. Qual deles se assemelha mais à sala de aula? Por quê?

Orientações e sugestões didáticas

As respostas às perguntas do boxe No seu contexto são pessoais. A elaboração de croquis pelos alunos faz parte da aprendizagem em Geografia e colabora para o desenvolvimento de habilidades que se relacionam com a leitura e a interpretação de mapas. Os croquis exercitam a visão espacial dos alunos e podem ser considerados uma das fases da alfabetização cartográfica, e sua elaboração pode ser incentivada de maneira lúdica, explorando-se por meio deles conceitos iniciais de localização, representação, espaço, distância, legenda e elementos do espaço de vivência dos alunos, como a construção do percurso da casa até a escola.

Versão adaptada acessível

Elabore uma representação de sua sala de aula. Ela pode ser realizada com o uso de materiais com diferentes texturas, formas e tamanhos organizados de modo a representar os elementos da sala.

Depois, reúna-se com mais dois colegas e comparem as representações. Observem em que elas são iguais e em que diferem. Qual delas se assemelha mais à sala de aula? Por quê?

Orientação para acessibilidade

Caso necessário, permita que os alunos explorem a sala de aula circulando entre as carteiras, percebendo as distâncias entre os objetos, reconhecendo diferentes texturas, formas e cores, dimensionando o tamanho do espaço que irão representar etc. Isso permitirá aos alunos o desenvolvimento de noções espaciais e sensoriais que poderão resultar em uma produção adequada do croqui. Deve-se notar que a forma como os alunos percebem o espaço da sala de aula contém significados particulares que vão além da proporção precisa entre os objetos. Esse ponto deve ser levado em consideração na avaliação da representação elaborada.

Orientações e sugestões didáticas

Percurso 7

Este Percurso aborda as fórmas de representação da Terra, do croqui ao globo terrestre. Colabora para o desenvolvimento da Competência Específica de Geografia 4: “Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas”, e possibilita a leitura, a interpretação e o uso adequados de croquis, mapas etcétera, que trazem informações geográficas sobre a realidade espacial em suas diversas escalas.

Explore os principais elementos de um mapa e o uso dos símbolos na Cartografia e dê oportunidade para que os alunos criem os próprios símbolos, fazendo um croqui da rua onde vivem, por exemplo. Discuta a representação da Terra por meio do globo terrestre e do planisfério e suas vantagens e desvantagens. Explore as atividades complementares das páginas 52 e 53. Com o apoio da primeira delas, discuta a representação da Terra por meio do globo terrestre e do planisfério e suas vantagens e desvantagens; com o auxílio da segunda delas, mostre que o planisfério é o resultado do “córte” longitudinal de uma esfera, desafiando os alunos a transformar uma esfera em um plano.

Habilidade da Bê êne cê cê

ê éfe zero seis gê ê zero oito

O tema das escalas cartográficas (gráfica e numérica) também é trabalhado neste Percurso. As discussões pretendem que o aluno compreenda a importância desses elementos cartográficos que, ao indicarem uma proporção, possibilitam o cálculo de distâncias e o estabelecimento de relações entre a realidade e sua representação em um mapa ou em uma planta. Os conhecimentos desenvolvidos possibilitam diálogo com a Matemática.

• O que é mapa?

Mapa é uma representação gráfica das características naturais ou sociais de toda a superfície da Terra, ou de parte dela, sobre qualquer suporte plano, como folha de papel, tecido, couro, meios digitais, entre outros.

Os rios, as montanhas, a fauna, assim como o clima e a vegetação, são exemplos de características naturais que podem ser mapeadas (mapa A).

Região Norte: hidrografia

Mapa A. Região Norte: hidrografia. Diversos rios atravessam os estados da Região Norte. Os principais rios são: Negro, Solimões, Purus, Madeira, Amazonas, Araguaia, Tocantins, Tapajós, Japurá Xingu. Outros rios são: Acre, Jutaí, Javari, Juruá, Ji-Paraná, Mamoré, Içá, Uaupés, Branco, Urariquera, Mapuera, Trombetas, Paru, Jari, Oiapoque, Araguari, Iriri, Curuá, Jamanxim, Juruena, Aripuanã, Teles Pires, Guamã, Gurupi, Capim, Uatumã. Há represas indicadas: Represa de Samuel, Represa de Balbina, Represa de Tucuruí. 
Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 240 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 57.

Grafismo indicando atividade.

A hidrografia representada no mapa é um elemento natural ou social? Explique sua resposta.

Orientações e sugestões didáticas

No mapa A, a hidrografia representada é um elemento natural, pois sua existência independe da ação humana.

Entre as características sociais, as cidades, as estradas, os campos de agricultura, as indústrias e demais aspectos da ocupação humana no espaço geográfico são frequentemente representados em mapas (mapa B).

Brasil: percentual de domicílios com acesso à internet – 2017

Mapa B. Brasil: percentual de domicílios com acesso à internet em 2017. Mapa das unidades federativas destacadas em tonalidades de cor que variam do mais fraco (amarelo claro) para o mais forte (marrom) de acordo com as faixas percentuais de domicílios com acesso à internet em 2017, indicadas na legenda.
Faixa de menos de 6 porcento: Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins, Ceará, Alagoas.
Faixa de 6 a 9 por cento: Roraima, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia.
Faixa de 10 a 14 por cento: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. 
Faixa de 15 a 17 por cento: São Paulo, Rio de Janeiro. 
Faixa de 19,6 por cento: Distrito Federal.
Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 600 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 131.

Grafismo indicando atividade.

Na unidade da federação em que você vive, qual era a faixa percentual de domicílios com acesso à internet em 2017?

Orientações e sugestões didáticas

No mapa B, a resposta à pergunta depende da unidade da federação em que o aluno mora. Oriente os alunos a fazer a leitura do mapa estabelecendo comparações entre as unidades da federação quanto à faixa percentual de domicílios com acesso à internet em relação ao total de domicílios.

Ícone. Seção Quem lê viaja mais. Composto por uma placa amarela com a silhueta de uma pessoa lendo.

QUEM LÊ VIAJA MAIS

A Cartografia. décima quintaedição Campinas: Papirus, 2016.

O livro aborda aspectos essenciais dessa disciplina, como a cartografia descritiva da superfície terrestre, a análise cartográfica do espaço geográfico e o papel da Cartografia na gestão do meio ambiente.

Orientações e sugestões didáticas

Ajude os alunos na interpretação dos mapas A e B. Destaque os elementos do mapa, como o título, a legenda, suas cores e dados, a rosa dos ventos e a escala gráfica. Compare a presença desses elementos em cada um dos mapas. Note que no mapa A não há legenda. Explique aos alunos que, convencionalmente, a representação da água em azul permite interpretação das informações sem a necessidade de legenda. Saliente, porém, que esse elemento é essencial, assim como os demais, que serão trabalhados nas próximas páginas.

Os principais elementos de um mapa

Existem diversos tipos de mapa, cada um deles representa as particularidades do espaço geográfico, sejam elas físicas ou sociais. Há, no entanto, alguns elementos que devem estar presentes em qualquer representação cartográfica: o título, a fonte, a rosa dos ventos (ou orientação), a escala, a legenda e as coordenadas geográficas, como mostra o mapa.

Mapa. Brasil: taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade (em porcentagem), em 2015. Mapa das unidades federativas destacadas em tonalidades de cor que variam do mais fraco (rosa) para o mais forte (roxo) de acordo com as faixas percentuais de taxa de alfabetização indicadas na legenda do mapa.  
Faixa de 79,97 a 84 por cento: Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Alagoas. 
Faixa de 84,01 a 88 por cento: Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Acre. 
Faixa de 88,01 a 92 por cento: Roraima, Pará, Tocantins. 
Faixa de 92,01 a 96 por cento: Amapá, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná. 
Faixa de 96,01 a 96,97 por cento: Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. 
Estão traçados o Trópico de Câncer, a linha do Equador, os meridianos 60 graus oeste e 40 graus oeste.
Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 370 quilômetros.
Orientações e sugestões didáticas

Oriente os alunos a identificar no mapa cada um dos elementos representados: título, fonte, rosa dos ventos, escala, legenda, coordenadas geográficas e a localização do espaço terrestre representado. Leia em conjunto as informações apresentadas por esses elementos e peça que reflitam sobre que falta eles fariam, caso não estivessem no mapa. Ouça as hipóteses dos alunos, buscando identificar as dúvidas, e faça os esclarecimentos que julgar necessários.

Os símbolos cartográficos

Um mapa pode representar muitas informações: cidades, vilas, indústrias, rodovias, rios, fronteira internacional, divisa de estados, aeroportos, portos e muitos outros aspectos físicos ou humanos existentes na paisagem ou no espaço geográfico.

Para isso, usam-se símbolos figurativos, isto é, desenhos que representam o que se deseja mostrar (o desenho de navio indica a localização de um porto; o de torre de petróleo, o local de exploração desse produto; e assim por diante). Observe esses elementos no quadro.

Exemplos de símbolos cartográficos

Quadro. Exemplos ilustrados de alguns símbolos cartográficos. 
Símbolo de capital de estado: um círculo branco com um círculo preto no centro. 
Símbolo de cidade com mais de 50.000 habitantes: um círculo preto com um pequeno círculo branco no centro.
Símbolo de cidade com 10.000 a 50.000 habitantes: um círculo branco. 
Símbolo de vila: um círculo branco. 
Símbolo de pico: um triângulo preto.
Símbolo de ponte: uma base côncava virada para cima e outra para baixo.
Símbolo de indústria de papel: um rolo de papel. 
Símbolo de indústria mecânica: uma engrenagem. 
Símbolo de aeroporto: um círculo branco com desenho simples de um avião preto dentro. 
Símbolo de igreja: uma pequena igreja com uma torre e uma porta. 
Símbolo de exploração de petróleo: silhueta de uma torre.
Símbolo de porto: silhueta de um grande navio. 
Símbolo de rodovia de pista dupla: duas faixas finas vermelhas horizontais e paralelas. 
Símbolo de rodovia de pista única: uma faixa vermelha fina na horizontal. 
Símbolo de rodovia sem pavimentação: uma linha pontilhada vermelha na horizontal.
Símbolo de ferrovia: linha horizontal com pequenos traços verticais sobre a linha em intervalos regulares e dispostos alternadamente um para cima e outro para baixo da linha horizontal. 
Símbolo de rio permanente: linhas em ondas paralelas na cor azul.
Símbolo de rio temporário: linha pontilhada na cor azul.
Símbolo de linha de alta-tensão: linha fina na horizontal com quadradinhos dispostos em intervalos regulares. 
Símbolo de gasoduto: uma linha fina na horizontal com círculos pretos em intervalos regulares.
Símbolo de cerca: uma linha preta na horizontal com um xis disposto em intervalos regulares.
Símbolo de fronteira internacional: linha horizontal, de espessura não muito fina, na cor cinza.  
Símbolo de divisa de estado: linha fina horizontal na cor preta. 
Símbolo de limite de município: linha tracejada horizontal na cor preta. 
Símbolo de área com cultura de café: um retângulo laranja. 
Símbolo de área com cultura de cana-de-açúcar: um retângulo laranja com pontinhos pretos. 
Símbolo de área de pomar: um retângulo branco com pontinhos verdes dentro.
Símbolo de área de floresta: um retângulo verde escuro.
Símbolo de lago: uma forma irregular na cor azul. 
Símbolo de alagado: um retângulo branco com linhas pontilhadas na cor azul. 
Símbolo de área de pastagem: um retângulo amarelo. 
Símbolo de área com cultura de cacau: um retângulo amarelo escuro. 
Símbolo de área urbana: um retângulo rosa. 
Símbolo de área de campos: um retângulo verde claro.    
Símbolo de represa: uma forma irregular em linha zigue-zague na cor azul com uma linha vertical preta em uma das pontas.  
Símbolo de praia: um retângulo com pontinhos escuros.
Os cartógrafos usam diversos símbolos na elaboração de mapas. Dependendo de cada representação, novos símbolos podem ser criados. Os símbolos cartográficos são também chamados de convenções cartográficas.

No entanto, nem tudo pode ser representado por símbolos figurativos. Nesse caso, usam-se outros recursos ou modalidades: cores, por exemplo, para representar diferentes regiões, figuras geométricas para indicar a existência de recursos minerais (minérios de ferro, manganês, alumínio, cobre etcétera), além de muitos outros símbolos, conforme a necessidade. Os símbolos constantes no mapa devem estar inseridos em uma legenda para que o leitor possa identificá-los e saber o que representam.

Brasil: principais reservas minerais – 2019

Mapa. Brasil: principais reservas minerais em 2019. Mapa do Brasil com destaque para as principais reservas minerais nas unidades federativas. As reservas foram representadas, no mapa, por meio de símbolos.
Alumínio (bauxita), representado por um pequeno quadrado cinza: Pará, Bahia, Minas Gerais.
Cobre, representado por pequeno quadrado vermelho: Pará, Bahia, Goiás.
Cromo, representado por pequeno quadrado verde: Minas Gerais, Bahia, Amapá.
Estanho, representado por pequeno quadrado azul: Rondônia, Amazonas, Pará.
Ferro, representado por pequena estrela marrom: Pará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais.
Manganês, representado por pequeno círculo verde: Rondônia, Pará, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais. 
Nióbio, representado por pequeno hexágono roxo: Minas Gerais, Goiás.
Níquel, representado por pequeno hexágono cinza e branco: Mato Grosso, Pará, Bahia.
Ouro, representado por pequeno triângulo amarelo: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará, Maranhão, Amapá, Bahia.
Zinco, representado por metade de um círculo lilás: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pará, Mato Grosso.
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 420 quilômetros.

Fonte: elaborado com base em BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário mineral brasileiro 2020: principais substâncias metálicas. Brasília: dê êne pê ême, 2020. página 4.

Grafismo indicando atividade.

Com base no mapa e na legenda, você identifica reservas minerais na unidade da federação em que vive? Quais?

Orientações e sugestões didáticas

Em relação ao mapa, a resposta à pergunta depende da unidade da federação em que o aluno mora.

Explore o mapa de maneira mais aprofundada, pedindo aos alunos que comparem as reservas minerais presentes em distintas unidades da federação. Esse trabalho permite aos alunos perceber a distribuição desigual dos componentes físico-naturais do território brasileiro, estimulando o desenvolvimento dos princípios de diferenciação, distribuição e analogia do raciocínio geográfico.

Ressalte que os mapas que representam um assunto ou tema são chamados de mapas temáticos. Entre os temas representados nos mapas temáticos podem ser encontrados acontecimentos históricos, densidades demográficas, divisões políticas, fenômenos econômicos, distribuição de recursos naturais, entre outros. Além do mapa, pode-se voltar aos mapas das páginas anteriores para exemplificar diferentes tipos de mapa temático.

2. A representação da Terra

Do mesmo modo que você pode desenhar em um papel o croqui do seu quarto, os cartógrafos desenvolveram fórmas diferentes de representar a Terra, entre elas: o globo terrestre, o planisfério e, mais recentemente, os mapas digitais.

• O globo terrestre

No globo terrestre, reproduz-se de modo aproximado a fórma da Terra. As direções e as distâncias relativas entre os pontos da superfície são mantidas proporcionalmente.

Ao mesmo tempo, a representação da Terra por meio do globo apresenta duas desvantagens:

  • oferece poucos detalhes sobre a superfície terrestre, pois não apresenta casas, vilas, estradas, campos de agricultura etcétera;
  • não possibilita visualizar toda a superfície do planeta simultaneamente. Uma face da Terra fica sempre oculta à visão.
Fotografia. Um globo terrestre.
Globo terrestre.

Para compensar a primeira desvantagem, elaboram-se mapas que representam partes menos abrangentes da superfície terrestre: países, estados, municípios, bairros, fazendas etcétera Por meio dessas representações, é possível mostrar detalhes que o globo terrestre não pode representar (mapa A). Observe que, quanto menor o espaço a ser representado, maior é a possibilidade de incluir no mapa detalhes da superfície (mapa B).

Para resolver a segunda desvantagem, os cartógrafos criaram o planisfério.

Rio de Janeiro: principais cidades

Mapa A. Rio de Janeiro: principais cidades. Mapa do estado do Rio de Janeiro e entorno, com destaque para a capital do estado, cidades principais, cidades importantes, outras cidades, rodovias pavimentadas, divisa de estado e ferrovias. Capital do estado: cidade do Rio de Janeiro. 
Cidades principais: Barra Mansa, Volta Redonda, Campos dos Goyatacazes, Nova Friburgo. 
Cidades importantes: Itaperuma, Além Paraíba, Três Rios, Barra do Piraí, Macaé. Outras Cidades: Angra dos Reis, Paraty, Resende, Valença, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis, Teresópolis, Araruama, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Cordeiro, São João da Barra, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti.  
Rodovias pavimentadas cruzam o estado do Rio de Janeiro em direção aos estados de divisa: São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Várias ferrovias cruzam o estado e continuam nos estados que fazem divisa. Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 60 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 153.

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro): parte do centro da cidade

Mapa. B. Rio de Janeiro: parte do centro da cidade. Mapa de parte do centro da cidade do Rio de Janeiro com quadras representadas por formas geométricas de cor rosa; vias de circulação representadas por faixas brancas de diversas larguras; praças representadas por figuras geométricas de cor laranja; Baía de Guanabara representada à direita do mapa, na cor azul. 
Mosteiro de São Bento representado por círculo branco com o número 1. 
Igreja Nossa Senhora da Candelária representada por círculo branco com o número 2. 
Centro Cultural Banco do Brasil representado por círculo branco com o número 3. 
Paço Imperial representado por círculo branco com o número 4. 
Palácio Tiradentes representado por círculo branco com o número 5. 
Espaço Cultural da Marinha representado por círculo branco com o número 6.
É possível chegar à Praça 15 de Novembro, saindo da Igreja Nossa Senhora da Candelária, percorrendo-se cinco quadras, considerando a quadra do lado direito da Rua Primeiro de Março.  
Na parte inferior, rosa dos ventos com o Norte levemente inclinado à direita e escala de 0 a 120 quilômetros.

Fonte: Guia Quatro Rodas: Brasil 2012. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Planta dois. São Paulo: Abril, 2011. página 660 e 661.

Grafismo indicando atividade.

Localize a Igreja da Candelária e a Praça 15 de Novembro. Quantas quadras as separam?

Orientações e sugestões didáticas

Cinco quadras separam a Igreja da Candelária e a Praça 15 de Novembro, considerando o lado direito da Rua 1º de Março no mapa B.

Orientações e sugestões didáticas

Leia os mapas A e B com os alunos. Questione quais símbolos são empregados nas representações, considerando as convenções cartográficas (oriente-os a observar novamente o quadro da página 51). Eles devem citar, por exemplo, o símbolo convencional para capital e cidade principal etcétera Solicite que examinem qual dos mapas traz mais detalhes e qual dos mapas representa uma área maior. O mapa B representa mais detalhes, e o que representa uma área maior é o mapa A. Lance mão da ideia de zoom de uma câmera fotográfica para elucidar essas questões.

Explique aos alunos que as representações cartográficas geralmente apresentam o norte voltado para cima, mas também pode ocorrer orientação inclinada para os lados ou para baixo, como no mapa B.

Atividade complementar

É importante permitir que os alunos tenham contato e manuseiem um globo terrestre e um planisfério. Em uma roda de conversa, apresente um globo terrestre e um planisfério aos alunos, possibilitando que observem esses objetos cartográficos. Peça que reparem em seus detalhes. Questione: “Que informações estão presentes no globo terrestre?”. Peça que comparem com as informações do planisfério observado. Pergunte: “O que há de semelhante?”; “O que há de diferente?”. Ao fazer essas comparações, os alunos deverão perceber que o globo e o planisfério são fórmas distintas de representar a superfície terrestre. Ambos, cada um com suas especificidades, contribuem para o desenvolvimento do pensamento espacial, conforme recomenda a Competência Específica de Geografia 4: “Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas”.

• O planisfério

O planisfério é um mapa que representa toda a superfície terrestre em um plano, tal como o mapa-múndi – um tipo de planisfério em que os dois hemisférios aparecem projetados lado a lado. Assim, é possível observar toda a superfície do planeta ao mesmo tempo, o que facilita o estudo comparativo dos continentes e de sua localização na Terra.

Planisfério

Ilustração. Planísfério. À esquerda, globo envolto por uma folha de papel na qual foi feita a transposição da representação terrestre que o globo mostra. Ao lado, à direita, esse papel aberto mostra o planisfério.

Fontes: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 18; OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 61.

Mapa-múndi

Mapa. Mapa-mundi. Duas representações do globo terrestre, lado a lado. A primeira destaca o continente americano. A segunda destaca os continentes: africano, europeu, asiático, a Oceania e a Antártida.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 11.

• Os mapas digitais

As fotografias aéreas e as imagens fornecidas pelos satélites artificiais em órbita da Terra e recebidas por computadores constituem atualmente os grandes recursos de que dispõe a Cartografia para elaborar os mapas digitais. Elas fornecem informações meteorológicas, como dados sobre deslocamentos das massas de ar e as condições de tempo, além de dados sobre recursos naturais (minerais, solo, vegetação etcétera), áreas desmatadas, queimadas, movimento de tropas militares, ocupação humana no espaço geográfico e muitos outros.

Ícone. Seção Navegar é preciso.

NAVEGAR É PRECISO

í bê gê É Educa – Crianças

https://oeds.link/0aDIHx

Nessa página, você pode explorar dados, jogos e diversos mapas do mundo e do Brasil.

Google Maps

https://oeds.link/4wRI1Y

Por meio de mapas, fotos e imagens de satélite, você pode viajar por todo o mundo. No campo de pesquisa, você pode escolher uma localidade e usar o recurso do zoom para aproximar a área desejada.

Orientações e sugestões didáticas

Com base nos sáites indicados, oriente os alunos sobre vários recursos disponíveis na internet e em aplicativos que permitem o desenvolvimento de projetos de mapeamento na escola.

Em relação à maneira como as imagens de satélites são geradas e posteriormente usadas na elaboração de produtos cartográficos, explique que a bordo dos satélites artificiais são instalados sensores que captam informações da superfície terrestre. A precisão e a característica dessas informações dependem do tipo de sensor e da distância entre o dispositivo e a superfície do planeta. Em seguida, estações terrestres recebem, processam e armazenam as informações com o uso de computadores e aplicativos específicos, gerando arquivos digitais de imagens que podem ser usados na elaboração de diferentes tipos de mapa. As informações obtidas possibilitam aplicações em diversas áreas, e os produtos variam de acordo com a necessidade de cada uma. Podemos consultar a localização de edifícios e de ruas usando mapas digitais, estudar a ocupação de determinada área com imagens de satélites, entre muitos outros usos.

Atividade complementar

É possível que os alunos apresentem dificuldade no entendimento da representação de um planisfério. Comente os desafios que existem na transposição da superfície curvilínea da Terra para um plano. A sugestão de atividade é que sejam providenciadas bolas de plástico, tesouras com pontas arredondadas, cola branca e papel cráfiti. Divida a turma em grupos e ofereça uma bola para cada um. Em seguida, peça que esvaziem a bola e discutam a melhor maneira de fazer recortes nela para deixá-la o mais plana possível. Com as tesouras, eles farão os recortes e colarão a bola no papel cráfiti, que representará o plano. Realizada a atividade, discuta com os alunos os resultados.

O uso da tecnologia de satélites artificiais para o mapeamento possibilita aos países melhores condições de conhecer, dominar, controlar e administrar o espaço geográfico (de uma região ou do mundo).

Fotografia. Vista de uma grande cidade com muitos prédios. Há galpões e outras construções às margens do rio que está em primeiro plano e sobre o qual há uma grande ponte ligando um trecho da cidade a outro.
Fotografia aérea da Baía de Tóquio, Japão, com a Rainbow Bridge (Ponte do Arco-íris) e, ao fundo, edificações construídas sobre aterros (2021). As fotografias aéreas revelam o uso de determinadas áreas e podem servir de base para a elaboração dos mapas digitais quando apresentam a vista vertical de uma porção do espaço.
À esquerda, imagem de satélite. Baía de Tóquio e arredores. Vista de um grande espaço de água e, ao redor, um imenso território muito urbanizado e com pouca vegetação. 
À direita, mapa. Mapa da Baía de Tóquio e arredores. Cinturão de indústrias pesadas e portos: na região às margens da Baía de Tóquio. Área central muito urbanizada:  área central de Tóquio, próxima a região industrial. Cinturão urbanizado em vias de renovação: ao redor da área central muito urbanizada. Subúrbio: ao redor de toda a área industrial e afastada da área central muito urbanizada. Espaço rural-urbano: diversas áreas entre o subúrbio e as colinas e montanhas com florestas. Colinas e montanhas com florestas: nas áreas mais interiores, bem afastadas da área central mais urbanizada de Tóquio. Centro histórico e de negócios: região central e urbanizada de Tóquio. Cidade nova (dormitório): Kohoku, e Chiba, localizadas no espaço rural-urbano, e Tama, localizada no subúrbio. Centro de negócios: Chiba, Kawasaki, Urawa, Omiya, Yokohama, Hino, Hachioji, Kisarazu. Dois picos localizados na região das colinas e montanhas com florestas (um com 383 metros de altitude, na parte leste, e outro com 1.567 metros de altitude na parte oeste).  Porto de Tóquio: na região às margens da baía, localizado na região industrial. Aeroporto de Haneda: às margens da baía, na região industrial, próximo a região urbanizada. Principais rodovias: contornam toda a região industrial, passam ao redor da área urbanizada de Tóquio e seguem em direção ao subúrbio e espaço rural-urbano. Ponte-túnel: liga os dois lados da baía. Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 10 quilômetros.
À esquerda, imagem de satélite da Baía de Tóquio, Japão (2020); à direita, mapa elaborado com base nessa imagem de satélite.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 14.

Orientações e sugestões didáticas

Ressalte que os mapas digitais decorrem de instrumentos tecnológicos sofisticados, como os satélites artificiais, os aplicativos, os computadores etcétera O uso dessas tecnologias permite a compilação de inúmeros dados que podem ser organizados e georreferenciados em um mapa. O resultado é a produção de informações com elevado grau de precisão e detalhamento, podendo servir a estratégias econômicas, políticas, sociais, ambientais e culturais. Comente que alguns países empregam essas tecnologias como instrumento de exercício do poder ou de dominação. Consulte a indicação a seguir para mais subsídios: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 26-27.

Explique aos alunos o significado de sensoriamento remoto (remoto significa “sem contato direto”, e sensoriamento é o uso de sensores para detectar diversos dados da superfície terrestre, como informações topográficas, de temperatura e vegetação, com o uso de sensores instalados em aviões e satélites artificiais, por exemplo). Chame a atenção para o fato de que as fotografias aéreas e as imagens de satélite são instrumentos de sensoriamento remoto importantes para a interpretação dos fenômenos geográficos, permitindo a observação de sua localização, extensão e distribuição e colaborando para o exame da diferenciação das áreas da superfície terrestre. Além disso, essas imagens são usadas como matérias-primas para a confecção de mapas.

No mapa, por exemplo, o cinturão de indústrias pesadas e portos, construído sobre aterros e retratado na imagem de satélite, está representado pela cor rosa.

Observe com os alunos a imagem de satélite da Baía de Tóquio e o mapa elaborado com base nela. Peça-lhes que os comparem, refletindo sobre a questão: “Qual deles apresenta mais informações?”. É importante que os alunos justifiquem suas respostas. Ouça, registre e esclareça as dúvidas. Eles devem perceber que a imagem de satélite funciona como uma espécie de “dados brutos” para a produção do mapa, que traz informações como: nome dos lugares, orientação, fórmas de uso e ocupação do solo etcétera.

3. As escalas em mapas

Como você viu anteriormente, o mapa é a representação gráfica de características físicas e sociais de toda a superfície da Terra, ou de parte dela, sobre um plano (uma folha de papel, por exemplo). Mas, para um mapa poder representar corretamente o que existe na Terra em uma folha de papel, precisamos aplicar a escala.

Imagine que você tenha que representar, em uma folha de papel, o cômodo de uma casa que mede 4 metros de comprimento por 3 metros de largura. Se quisesse manter o tamanho real do cômodo, precisaria de uma folha de papel gigante, pelo menos do mesmo tamanho do cômodo.

No entanto, com o uso da escala, essa tarefa torna-se mais fácil. Basta determinar, por exemplo, que cada metro desse cômodo corresponde a 1 centímetro. Dessa maneira, você pode desenhá-lo em uma folha de papel de tamanho normal, com sobra de espaço.

A escala é, portanto, a relação proporcional entre as distâncias medidas na representação e as distâncias reais no terreno. Assim, 4 centímetros no desenho do cômodo correspondem a 4 metros na realidade – como 1 metro é igual a 100 centímetros, podemos também dizer que 4 centímetros no desenho correspondem a 400 centímetros na realidade.

Desenho com escala

Ilustração. Desenho com escala. Um retângulo com uma abertura no meio do lado direito e outra no meio do lado esquerdo. 
Linha horizontal sobre o lado superior do retângulo indicando a medida de 4 centímetros. Linha vertical ao lado direito do retângulo indicando a medida de 3 centímetros. Embaixo do retângulo, a escala 1 centímetro para 1 metro.
Para indicar a escala, usam-se dois-pontos entre os números. A escala desse cômodo, por exemplo, é 1 para 100 (lê-se: um para cem), isto é, 1 centímetro na representação corresponde a 100 centímetros, ou a 1 metro, na realidade.

Existem dois tipos de escala: a numérica e a gráfica.

• A escala numérica

Para representar um espaço de dimensão reduzida, como o cômodo de uma casa, podemos usar, por exemplo, a escala 1 para 100, como se viu no desenho com escala. No entanto, esse tipo de escala seria inadequado para representar um país. Observe o mapa.

Para representar espaços maiores, como estados, países e continentes, devemos utilizar uma escala em que 1 centímetro no mapa corresponda a muitos centímetros na realidade.

A escala usada no mapa é de 1 : ..50000000 (lê-se: um para cinquenta milhões), ou seja, 1 centímetro no mapa corresponde a 50 milhões de centímetros (ou 500 quilômetros) no terreno.

Brasil: distâncias dos pontos extremos

Mapa. Brasil: distâncias dos pontos extremos. Mapa do Brasil, com destaque para uma linha vermelha vertical levemente inclinada à esquerda, que liga os pontos extremos norte e sul do país. Ponto mais setentrional (ponto extremo norte): nascente do Rio Ailã. Ponto mais meridional (ponto extremo sul): Arroio Chuí. A distância entre esses estremos é de 4.378,4 quilômetros. Cruzando a linha vertical, está uma linha vermelha  horizontal, ligando os pontos extremos oeste e leste. Ponto mais ocidental (ponto extremo oeste): nascente do Rio Moa. Ponto mais oriental (ponto extremo leste): Ponta do Seixas. A distância entre esses dois extremos é de  4.326,6 quilômetros. Fronteira terrestre do Brasil é de 15.719 quilômetros. Linha do litoral brasileiro é de 7.367 quilômetros.  Abaixo, rosa dos ventos e escala de 1 para 50 milhões (centímetros).

Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 91.

Orientações e sugestões didáticas

Temas contemporâneos transversais

Em relação ao uso de imagens de satélite, articule e desenvolva os temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia e Educação Ambiental. No caso dos dados obtidos pelo sensoriamento remoto, organize com o professor de Ciências um trabalho dirigido ao caso brasileiro, para que os alunos pesquisem sobre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o trabalho de técnicos e engenheiros dedicados a projetar, produzir e operar satélites artificiais de observação da Terra que fornecem, por exemplo, imagens do desmatamento da Amazônia brasileira. Reflita com os alunos sobre como os avanços científicos e tecnológicos (no caso, os dados obtidos pelo sensoriamento remoto) são usados para monitorar o meio ambiente, buscando, além de sua preservação, auxílio às áreas de agricultura, recursos florestais, uso da terra, uso da água, exploração de recursos naturais e muitos outros.

Converse com os alunos sobre o fato de que, intuitivamente, eles já usam a noção de escala em várias situações do dia a dia: ao fazer desenhos livres ou de observação, ao representar o trajeto casa-escola, ao visualizar mapas de ruas etcétera A partir desse momento, o conceito será formalizado.

Interdisciplinaridade

Sugerimos trabalho interdisciplinar com o professor de Matemática. O aprendizado das escalas tem sentido prático, pois instrumentaliza os alunos a calcular distâncias em seus deslocamentos no espaço. Um procedimento interessante para o aprendizado da escala é usar a planta da cidade ou do bairro, ou seja, do espaço vivido pelo aluno, e, servindo-se de pontos de referência conhecidos (escola, supermercado, cruzamento de vias importantes etcétera), propor o cálculo da distância entre eles, como faremos na atividade da página 58, relativa à representação de parte do plano urbano da cidade do Rio de Janeiro. Uma vez consolidado no espaço vivido pelo aluno, esse aprendizado poderá ser transferido para o cálculo de distâncias entre cidades. Isso pode ser feito de modo lúdico, como em um jôgo entre dois ou mais alunos, em que cada um deles pede ao outro que calcule a distância entre duas cidades e vice-versa. Além da fixação do aprendizado de escala, esse recurso didático os levará a “viajar” pelo mundo, ampliando, consequentemente, a apreensão do espaço geográfico global.

Mas surge um problema: é difícil ter ideia do que representam ..50000000 de centímetros, pois estamos acostumados a medir distâncias em metros (métros) ou em quilômetros (quilômetros). Para facilitar a compreensão, basta transformar centímetros (centímetros) em metros e em quilômetros. Observe, no quadro, os múltiplos e submúltiplos do metro e como é possível transformar centímetros em metros e em quilômetros.

De centímetros a metros e a quilômetros

Quadro. De centímetros a metros e a quilômetros. 
Caso 1: de centímetro para metro: um centímetro (cê ême), que corresponde a 0,01 metro, para um decímetro (dê ême), que corresponde a 0,1 metro; e desse para um metro.
Caso 2: de centímetro para quilômetro:  um centímetro (cê ême), que corresponde a 0,01 metro, para um decímetro (dê ême), que corresponde a 0,1 metro; de um decâmetro  (dê a ême) para metro; de um metro  para um decâmetro (dê a ême), que corresponde a 10 metros; de um decâmetro (dê a ême) para hectômetro (agá ême), que corresponde a 100 metros; de um hectômetro para um quilômetro, que corresponde a 1.000 metros.
Múltiplos do metro (ême): decâmetro (dê a ême - 10 metros), hectômetro (agá ême - 100 metros); quilômetro (cá ême - 1.000 metros).
Submúltiplos do metro: decímetro (dê ême - 0,1 metro); centímetro (cê ême - 0,01 metro); milímetro (ême ême - 0,001 metro).
Caso 1. De centímetros para metros: como é necessário caminhar duas casas para a esquerda no quadro para transformar 50.000.000 de centímetros em metros, devemos cortar dois zeros. Assim, 50.000.000 de centímetros correspondem a 500.000 metros. Caso 2. De centímetros para quilômetros: como é necessário caminhar cinco casas para a esquerda no quadro para transformar 50.000.000 de centímetros em quilômetros, devemos cortar cinco zeros. Assim, 50.000.000 de centímetros correspondem a 500 quilômetros.

Aplicação da escala numérica

Para pôr em prática a escala numérica, observe o mapa. A escala numérica desse mapa é 1para..10000000 (lê-se: um para dez milhões), ou seja, cada centímetro no mapa corresponde a 10 milhões de centímetros na realidade. Transformando 10 milhões de centímetros em quilômetros, cortamos cinco zeros e concluímos que 1 centímetro no mapa corresponde a 100 quilômetros.

Com esse dado, podemos calcular a distância, em linha reta, entre cidades representadas no mapa. Basta medir com uma régua a distância entre duas cidades. A distân­cia entre Alagoinhas e Jacobina, por exemplo, é de 2,5 centímetros.

Sabendo que, no mapa, 1 centímetro corresponde a 100 quilômetros, multiplicamos 2,5 por 100 quilômetros (2,5 × 100 quilômetros = 250 quilômetros). Portanto, a distância real em linha reta entre Alagoinhas e Jacobina é de 250 cá ême.

Bahia: cidades – 2016

Mapa. Bahia: cidades 2016. Mapa do estado da Bahia com destaque para a capital do estado, cidades principais, cidades importantes e outras cidades. 
Capital do estado: Salvador. 
Cidades principais: Feira de Santana, Alagoinhas, Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Vitória da Conquista, Jequié, Jacobina. 
Cidades importantes: Guanambi, Brumado, Itapetinga, Santo Antônio de Jesus, Itaberaba, Valença, Irecê, Senhor do Bonfim. 
Outras cidades: Nova Viçosa, Caravelas, Teixeira de Freitas, Prado, Itanhém, Itamaraju, Porto Seguro, Guaratinga, Eunápolis,  Camacan, Camamu, Anagé, Caetité, Jaguaquara, Maragogipe, Camaçari, Candeias, Entre Rios, Serrinha, Araci, Conceição do Coité, Tucano, Ipirá, Serra do Ramalho, Euclides da Cunha, Monte Santo, Jeremoabo, Canudos, Paulo Afonso, Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Campo Formoso, Santa Maria da Vitória, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Xique-Xique, Barra, Bom Jesus da Lapa, Macaúbas.  
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 1 para 10 milhões de centímetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 71.

Orientações e sugestões didáticas

Explore o mapa propondo aos alunos que calculem outras distâncias entre as cidades do mapa. Auxilie os cálculos e esclareça as possíveis dúvidas. Aproveite para discutir os dados representados. Chame a atenção deles para a hierarquia de cidades estabelecida na legenda. Pergunte o que os alunos entendem por “cidade principal”, por exemplo. Espera-se que eles percebam que, na hierarquia das cidades, as principais cidades são aquelas com população mais numerosa e/ou importância econômica e política.

Interdisciplinaridade

Assuntos estudados na Matemática podem contribuir para a compreensão de escala e proporção, como as unidades de medida de comprimento (em especial o Sistema Internacional de Unidades (ésse Í), que adota o metro como unidade padrão), os múltiplos e submúltiplos do metro e as transformações das unidades de medida de comprimento.

Ao trabalhar em conjunto com o professor de Matemática, este poderá desenvolver a habilidade ê éfe zero seis ême ah dois quatro, propondo aos alunos a resolução e a elaboração de problemas que envolvam a grandeza comprimento, em contextos oriundos de situações reais.

• A escala gráfica

Esse tipo de escala é representado por um segmento de reta dividido em partes, como uma régua. As distâncias do terreno são indicadas na própria linha reta.

Escala gráfica

Ilustração. Escala gráfica. Desenho de uma régua de 5 centímetros, graduada a cada centímetro. Indicação de quilômetros na parte superior da régua, indicando que cada centímetro equivale a um quilômetro.

Observe o mapa desta página. Na escala gráfica desse mapa, cada divisão maior do segmento (trecho de 1 centímetro) corresponde a 16 quilômetros. Agora, imagine que você queira saber a distância, em linha reta, entre Belo Horizonte e Jaboticatubas. Para usar a escala gráfica, basta:

  • localizar no mapa as duas cidades;
  • medir com uma régua a distância entre elas (3 centímetros).

A escala gráfica mostra que cada centímetro no mapa equivale a 16 quilômetros no terreno. Portanto, para saber a distância, em quilômetros e em linha reta, entre Belo Horizonte e Jaboticatubas, basta multiplicar 3 por 16. Concluímos, então, que a distância entre as duas cidades é de 48 quilômetros.

Como, em geral, a distância entre duas cidades não corresponde a um número exato, para facilitar o cálculo, cada trecho da escala gráfica foi subdividido em dez partes (10 milímetros). Nesse caso, cada uma das partes corresponde a 1,6 quilômetro.

Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2021

Mapa. Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2021. Destaque para a capital de estado e sedes de municípios da região metropolitana. Capital de estado: Belo Horizonte. Sedes de munícipios: Itaguara, Rio Manso, Brumadinho, Itatiaiuçu, Mário Campos, Nova Lima, Igarapé, São João de Bicas, Mateus Leme, Juatuba, Florestal, Rio Acima, Ibirité, Sarzedo, Raposos, Sabará, Caeté, Betim, Contagem, Esmeraldas, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Capim Branco, Matozinhos, Confins, Lagoa Santa, Jaboticatubas, Taquaraçu de Minas, Nova União, Jaboticatubas, Baldim. 
Na parte superior esquerda, pequeno mapa do Brasil com divisão política e um quadrado localizando a área representada neste mapa. 
Abaixo, a rosa dos ventos e uma régua de 2 centímetros equivalendo a 32 quilômetros e indicando que cada centímetro do mapa equivale a 16 quilômetros. A distância, em linha reta, entre as cidades de Belo Horizonte e Esmeraldas, no mapa, corresponde a 2,6 centímetros.

Fonte: ú éfe ême gê. Portal Plano Metropolitano érre ême bê aga. Belo Horizonte: Cedeplar/ú éfe ême gê, 2021. Disponível em: https://oeds.link/sPTipN. Acesso em: 28 outubro 2021.

Grafismo indicando atividade.

Se você estiver em Belo Horizonte, que distância vai percorrer, em linha reta e em quilômetros, até Esmeraldas?

Orientações e sugestões didáticas

No mapa, a distância entre Belo Horizonte e Esmeraldas é de 2,6 centímetros. Como cada centímetro no mapa equivale a 16 quilômetros no terreno, a distância a ser percorrida é de 41,6 quilômetros. Exponha o mapa da sua unidade da federação, localize seu município e solicite aos alunos que calculem a distância em linha reta até a capital ou da capital a alguma outra cidade. Depois de calculada a distância, peça a eles que se informem sobre a distância por rodovia e explique a diferença entre as informações obtidas.

Ícone. Seção Pausa para o cinema.

PAUSA PARA O CINEMA

Resgate abaixo de zero.

Direção: frênqui marchal. Estados Unidos: Buena Vista Pictures, 2006. Duração: 125 minutos

Com base em uma história real, o filme conta a saga de um grupo de cientistas que sofre um acidente na Antártida, mas é salvo por cães de trenó. Após ser obrigado a deixar os animais, o grupo decide resgatá-los e, para isso, organiza uma expedição, lançando mão de todos os conhecimentos cartográficos e de orientação disponíveis.

Orientações e sugestões didáticas

Atividade complementar

A leitura e a interpretação de representações cartográficas são imprescindíveis para o desenvolvimento do pensamento espacial. Mas, em meio a esse processo, os alunos podem demonstrar dificuldade de compreensão das escalas dos mapas. Aprender a trabalhar com as escalas dos mapas é fundamental para a compreensão dos fenômenos. Como sugestão de atividade, use as escalas presentes nos mapas das páginas 56 e desta. No primeiro, a escala numérica de para.. corresponde a uma escala gráfica em que cada 1 centímetro corresponde a 100 quilômetros. Faça uma representação da escala gráfica na lousa. Quanto à escala gráfica do segundo mapa, cada centímetro corresponde a 16 quilômetros, o que equivale a uma escala numérica de para... Explique a transformação de centímetros para quilômetros usando como recurso o quadro “De centímetros a metros e a quilômetros”, na página 56.

4. A escala em plantas

Os mapas representam espaços geográficos de grande dimensão e, portanto, são construídos em escalas bastante pequenas, ou seja, aquelas em que não se podem observar detalhes da superfície, como as que você viu neste Percurso (1 para ..50000000; 1 para ..10000000).

Entretanto, para representar espaços como casas, apartamentos, bairros, sítios e fazendas, os engenheiros e outros especialistas elaboram representações em escalas grandes, que possibilitam observar detalhes da superfície representada – 1 para 100, 1 para .2000 ou mesmo 1 para .20000. Essas representações gráficas são denominadas plantas.

A planta de uma habitação representa, em escala, a construção como se fosse vista de cima, sem teto e telhado. Na planta apresentada a escala é 1 para 100.

Planta de uma habitação

Ilustração. Representação de planta de uma habitação de seis cômodos: quarto, banheiro, quarto, sala, cozinha, lavanderia. Escala: 1 para 100 (centímetros).
Escala: 1 100

• Planos urbanos

As plantas também são usadas pelas prefeituras para auxiliar na administração e no planejamento do município. Para isso, são elaborados os chamados planos urbanos, ou seja, representações em grandes escalas que apresentam informações fundamentais e atualizadas sobre edificações, áreas não edificadas, áreas verdes, praças, parques, monumentos históricos, estações de trem e de metrô, áreas residenciais e industriais, entre muitas outras.

Por meio desses planos, pode-se observar a organização urbana e propor o que deve ser feito ou planejado para melhorar esse espaço para seus habitantes.

Parte do plano urbano da cidade do Rio de Janeiro

Mapa. Parte do plano urbano da cidade do Rio de Janeiro. Mapa representando praias, morros e área urbana. Praia de Botafogo, Praia Vermelha, Praia de Fora, Praia da Urca, Baía de Guanabara, Enseada de Botafogo. Morro da Urca, Pão de Açúcar, Morro Cara de Cão, Morro de São João Batista, Morro da Saudade, Morro da Viúva, Morro dos Cabritos, Morro da Babilônia, Morro do Corcovado. Área construída: localizada em toda extensão ao redor dos morros e das praias, com indicação de hospitais, igreja, Lagoa Rodrigo de Freitas, cemitério, quartel, universidades, Forte São João, estações de metrô, túneis, prefeitura e teleféricos entre Pão de Açúcar e Morro da Urca, e entre Morro da Urca e Morro da Babilônia. A distância, em linha reta, entre o Forte São João a a Estação Botafogo é de 
Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 390 metros. 
A distância, em linha reta, entre o Forte São João e a Estação Botafogo é de aproximadamente 7 centímetros no mapa.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta ediçãoSão Paulo: Moderna, 2016. página 9.

Grafismo indicando atividade.

Qual é a distância, em linha reta, entre o Forte São João e a Estação Botafogo?

Orientações e sugestões didáticas

A distância, em linha reta, entre o Forte São João e a Estação Botafogo é de aproximadamente .3600 métros.

Traga para a sala de aula a planta da cidade ou do bairro onde se situa a escola. O ideal seria reproduzi-la para que todos os alunos pudessem consolidar o aprendizado por meio da prática de atividades como: “Para chegar mais rapidamente à escola, por quais ruas ou avenidas se deve transitar?”; “Aponte na planta a localização da escola, do supermercado mais próximo, do hospital ou posto de saúde” etcétera Elabore outras questões que achar oportunas.

Sorteie dois alunos para medir o comprimento e a largura da sala de aula e as dimensões da porta e janela ou das portas e janelas. Em seguida, converse com a turma sobre a escala mais indicada para fazer a planta da sala de aula.

Atividade complementar

Separe dois mapas de uma mesma cidade turística, como Salvador ou Rio de Janeiro. As escalas devem ser distintas; a primeira deve permitir a observação de ruas, pontos turísticos etcétera, e a segunda deve permitir a observação da cidade, suas principais rodovias de acesso e os municípios vizinhos, entre outras informações. Mostre os dois mapas aos alunos e pergunte qual é a utilidade deles para um turista que não conhece bem essa cidade e precisa de auxílio para realizar seus deslocamentos. Os alunos deverão perceber que o mapa de maior escala, isto é, com maior quantidade de detalhes, auxilia o turista nos deslocamentos dentro da cidade, ajudando-o a chegar aos pontos turísticos. Já o mapa de menor escala, por oferecer menos detalhes, contribui para que ele realize trajetos de longas distâncias, indo a municípios vizinhos, por exemplo, e contextualiza espacialmente a localização da cidade turística, bem como demonstra os principais eixos viários.

PERCURSO 8 A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO RELEVO

1. O relevo da Terra

Como você estudou no Percurso 7, um mapa pode representar tanto características físicas como humanas ou sociais do espaço. Entre as características físicas está o relevo terrestre.

A superfície da Terra, incluindo o fundo dos oceanos, não é lisa como uma casca de ovo; ao contrário, mostra-se bastante diversa: há saliências, como montanhas, colinas, serras, cordilheiras etcétera, áreas planas, entre outras fórmas. À diversidade de fórmas das terras submersas – abaixo das águas de oceanos, rios e lagos, como exemplifica a ilustração – e das terras emersas – acima das águas (observe a foto) – é que se dá o nome de relevo.

Representação do fundo oceânico

Ilustração. Representação do fundo oceânico. Plataforma continental:  camada plana e mais superior do fundo oceânico, sendo um prolongamento das terras continentais. Talude continental: parte inclinada, como um  desnível, entre a plataforma continental e o fundo do oceano. 
Planície abissal: inicia-se ao final do talude, mais ou menos plana e com montanhas submarinas, algumas com buraco no topo.
Cadeia mesoceânica: conjunto de elevações que ocorrem entre a planície abissal e a fossa oceânica. 
Fossa oceânica: vale estreito e longo. 
Em perfil, ocorrem camadas finas e outras espessas e escuras. Uma camada vermelha em forma de funil invertido ocorre na direção da cadeia mesoceânica.

Fonte: elaborado com base em Atlas visuais: a Terra. quinta edição São Paulo: Ática, 1996. página 50-51.

Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.

Grafismo indicando atividade.

Identifique duas fórmas do relevo submarino ou fundo oceânico.

Orientações e sugestões didáticas

Planície abissal e montanha submarina são duas fórmas do relevo submarino. Os alunos também podem mencionar talude continental, plataforma continental, cadeia mesoceânica e fossa oceânica.

Fotografia. Uma pessoa no topo de uma montanha. Ele segura uma máquina fotografia próxima aos olhos. À sua frente, vasto espaço com grande vegetação e outras montanhas de topo  achatado e retilíneo (chapadas) ao fundo.
Aspecto do relevo no Parque Nacional da Chapada Diamantina, localizado no distrito de Caeté-Açu, município de Palmeiras, Bahia (2019).
Orientações e sugestões didáticas

Percurso 8

Nesta etapa dos estudos, os alunos aprofundarão seus conhecimentos sobre representação cartográfica, com ênfase nas técnicas usadas para retratar as fórmas do relevo. Para isso, contribuem os estudos realizados até aqui, que incluem escalas, tipos de mapa, localização, símbolos cartográficos etcétera. A aquisição desses conhecimentos é importante no refinamento do raciocínio geográfico e do pensamento espacial, possibilitando avançar na construção da Competência Específica de Geografia 4 relativa ao uso das linguagens cartográficas para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.

Para que os alunos compreendam o que é relevo, explore a ilustração e a foto, que representam o relevo submerso e o emerso, respectivamente. Pergunte aos alunos: “Como podemos representar graficamente o relevo?”. Ouça as respostas e dialogue com os alunos sobre elas. Servindo-se das ilustrações posteriores, explique as várias fórmas de representação do relevo (curvas de nível, cores, perfil topográfico e bloco-diagrama).

Habilidade da Bê êne cê cê

ê éfe zero seis gê ê zero nove

Com o objetivo de propiciar o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero nove, são apresentados exemplos de perfis topográficos e blocos-diagramas como fórmas de representação do relevo, bem como propostas de elaboração dessas representações pelos alunos. O intuito dessas atividades complementares é propiciar ocasiões para que o aluno desenvolva seu pensamento espacial e perceba as particularidades e as vantagens de cada uma dessas fórmas de representação.

2. A representação do relevo

Para representar graficamente o relevo, os cartógrafos empregam diversas técnicas. A mais frequente tem como base as curvas de nível – linhas que, traçadas em um mapa, unem pontos do relevo de mesma altitude.

• As curvas de nível

Com equipamentos específicos, geólogos, engenheiros, geógrafos, topógrafosglossário e outros profissionais medem as altitudes do relevo de determinado espaço natural ou geográfico. Com base nesses dados, representa-se graficamente o relevo por meio de curvas de nível, dando origem ao mapa topográfico – uma representação detalhada da superfície terrestre, que mostra elementos naturais (relevo, rios etcétera) e elementos culturais (estradas, edificações, campos de cultivo etcétera).

Jardinópolis (São Paulo) e região: mapa topográfico

Mapa. Jardinópolis (estado de São Paulo) e região: mapa topográfico. Mapa das curvas de nível do município de Jardinópolis e região. Mais ao menos no centro do mapa está uma área quadriculada representando área urbana da cidade de Jardinópolis com destaque para grupo escolar, estação, igreja matriz, hospital. Ao redor, estão curvas de nível com as seguintes numerações: 520, 540, 560, 580, 600, 640, 688, 630, 579, 590. Há uma linha ferroviária e várias vias principais cruzando o mapa. Próximo à linha de ferroviária, na parte inferior do mapa, passa o córrego do Matadouro. Na parte superior direita, estão um pequeno mapa do Brasil e outro do estado de São Paulo, ambos com destaque para a região representada no mapa topográfico. Abaixo, as informações: Projeção de Mercator. Escala de 1 para 50.000; uma escala gráfica que indica que cada centímetro no mapa equivale a 500 metros da realidade. 
Equidistância das curvas de nível: 20 metros.

Fonte: í bê gê É. Carta do Brasil: Ribeirão Preto. Folha -23-V-C-I-1. Rio de Janeiro: í bê gê É, 1979.

Observe novamente o mapa topográfico. Nele estão representados intervalos de altitudes a cada 20 metros, ou seja, as altitudes representadas pelas curvas de nível variam de 20 em 20 metros. Esse intervalo recebe o nome de equidistância (igual distância). A equidistância depende do objetivo do topógrafo: se o que se pretende é maior detalhamento das altitudes do relevo, a equidistância deve ser menor; se o objetivo é menor detalhamento, a equidistância deve ser maior.

Ícone. Seção Navegar é preciso.

NAVEGAR É PRECISO

– Brasil em relevo

https://oeds.link/FiGgOF

Com diversas imagens de satélite do relevo brasileiro, esse site vai levá-lo a uma viagem sobre as variadas fórmas da superfície brasileira.

Orientações e sugestões didáticas

Destaque que as curvas de nível evidenciam a maior ou menor declividade (grau de inclinação) dos terrenos. Quando as curvas de nível se encontram distantes umas das outras, o terreno é menos inclinado. Quando as curvas de nível estão mais próximas entre si, a inclinação é maior. Comente com os alunos que a declividade do terreno influencia diretamente o uso da área. Por exemplo, na agricultura, terrenos com declives acentuados dificultam ou impedem o uso de máquinas agrícolas. Além disso, um terreno com inclinação significativa e desprovido de cobertura vegetal está mais sujeito à erosão, que se intensifica em períodos chuvosos. Comente com os alunos que, em áreas montanhosas ou de relevo inclinado, é empregada uma técnica agrícola para evitar a erosão do solo pelas enxurradas que também recebe o nome de curvas de nível e que será estudada no Percurso 26 deste livro.

De 1979 aos dias atuais, não foram elaboradas pelo í bê gê É outras Cartas do Brasil (fonte do mapa topográfico de Jardinópolis – São Paulo e região). Explique aos alunos que isso resulta na desatualização de informações presentes nas cartas disponibilizadas por essa instituição. Ressalte que o espaço geográfico é constituído de elementos naturais e humanos e que esses elementos se transformam ao longo do tempo. Apesar disso, as Cartas do Brasil, elaboradas pelo í bê gê É, constituem importantes instrumentos de análise e informações sobre o território brasileiro.

• O uso das cores

Para facilitar a interpretação das curvas de nível, muitas vezes usam-se cores que representam as várias altitudes do relevo. Essas cores obedecem a padrões internacionais, segundo determinada sequência: das cores claras às mais escuras. Por convenção, as cores claras representam menores altitudes e as escuras, maiores altitudes.

Cada uma das cores corresponde a um intervalo de altitude diferente. No mapa de altitudes e profundidades oceânicas do Brasil, por exemplo, a cor verde representa terras em altitudes compreendidas entre 0 e 100 metros, e a cor marrom-escura, as áreas com altitudes iguais ou superiores a .1200 metros.

Brasil: altitudes e profundidades oceânicas

Mapa. Brasil: altitudes e profundidades oceânicas.
Mapa físico do Brasil indicando os picos mais elevados, as principais represas, rios perenes e rios temporários, e as diversas altitudes da superfície do território brasileiro, que varia de zero a 1.200 metros ou mais.
Picos e respectivas altitudes na parte noroeste da Região Norte: Neblina, 2.995 metros; 31 de Março, 2.974 metros; Roraima, 2.734 metros; Caburaí, 1.456 metros. Picos e respectivas altitudes na Região Sudeste: Bandeira, 2.891 metros; Agulhas Negras, 2.791 metros. Pico e respectiva altitude na Região Sul: Morro da Igreja, 1.822 metros.
Represas: Balbina, Tucuruí na Região Norte; Sobradinho, na Região Nordeste; Serra da Mesa, na Região Centro-Oeste; Itaipu, na Região Sul.
Principais rios perenes na Região Norte: Negro, Amazonas, Solimões, Madeira, Japurá, Purus, Juruá, Tapajós, Xingu, Araguaia, Tocantins, Jari, Branco, Mamoré, Guaporé. Principais rios perenes na Região Centro-Oeste: Araguaia, Paraguai, Paraná. Principais rios perenes na Região Sudeste: São Francisco, Das Contas, Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Doce, Paraná. Principais rios perenes na Região Sul: Iguaçu, Uruguai, Jacuí.
Principais rios perenes na Região Nordeste: São Francisco, Parnaíba, Mearim. Rio temporário na Região Nordeste: Jaguaribe.
Altitudes de 1.200 metros ou mais concentram-se principalmente nas regiões  Sudeste, Nordeste, Sul e extremo norte da Região Norte. 
As terras mais baixas, com altitudes ente zero e 200 metros concentram-se na Região Norte do país, onde ocorre a Planície do Rio Amazonas, onde corre o rio de mesmo nome. A Planície Costeira, por sua vez, corresponde às terras da faixa litorânea do país, de norte a sul. Ainda na faixa até 200 metros de altitude há a Planície do Pantanal, na Região Centro-Oeste. 
Já a maior parte do território brasileiro tem altitudes entre 800 e 1.200 metros; é nessa faixa que se localiza a maior parte dos cursos de rios como o São Francisco, Tietê, Tocantins, Araguaia, Parnaíba e Paranapanema. 
Na Região Sul e Sudeste encontram-se a Serra Geral, Serra do Espinhaço, Serra do Mar, Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra. Na Região Nordeste encontram-se a Chapada Diamantina, o Planalto da Borborema, Chapada Apodi, Serra de Ibiapaba, Chapada das Mangabeiras, Chapada do Araripe e Espigão Mestre. 
Na Região Centro-Oeste encontramos a Serra dos Pirineus, Serra do Roncador, Serra do Caiapó, Serra Dourada, Serra de Maracaju, Serra das Araras, Serra Formosa, parte da Chapada dos Parecis.
Na Região Norte encontramos a Serra Acaraí, Serra Tumucumaque, Serra Pacaraima, Serra. Parima, Serra Imeri, Serra de Contamana, Serra dos Pacaás Novos, Serra do Cachimbo, Serra dos Carajás, Serra dos Gradaús, parte da Chapada dos Parecis.
Na faixa oceânica próxima ao continente, as profundidades variam entre 0 e 200 metros, como nas áreas onde se localizam as ilhas de Santa Catarina e de São Sebastião, a Baía de Guanabara, o Arquipélago de Abrolhos, a Baía de Todos-os-Santos e a Baía de Marajó.
Avançando em direção ao oceano, as profundidades aumentam, com faixa entre 200 e 2.000 metros e entre 2.000 e 4.000 metros de profundidade, onde encontram-se o Arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rócas. A partir daí, pode-se atingir mais de 4.000 metros de profundidade. 
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 280 quilômetros.

Fontes: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 54; í bê gê É. Anuário estatístico do Brasil 2020. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2021. Tabela 1.3.2.1. página 1-26.

Grafismo indicando atividade.

Em que altitudes correm os rios Amazonas e São Francisco?

Orientações e sugestões didáticas

O Rio Amazonas corre em altitudes que variam de 0 a 100 metros. O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra, que apresenta altitude superior a .1200 metros, e percorre terras com altitudes entre 200 e 800 metros e, próximo à foz, entre 0 e 200 metros.

Auxilie os alunos na leitura e na interpretação do mapa de altitudes de profundidades oceânicas do Brasil. Chame a atenção deles para as baixas altitudes do litoral e da Planície do Rio Amazonas e para as partes mais altas do território brasileiro, localizadas no interior do país, especialmente as serras e as chapadas dos planaltos na porção central do Brasil. Destaque o fato de que os rios nascem nas áreas mais altas.

Quanto ao relevo submerso, ressalte que as áreas de menor profundidade são mais próximas do continente justamente porque são prolongamentos dele.

Agora, observe as profundidades no Oceano Atlântico. Os tons de azul – do mais claro ao mais escuro – representam, respectivamente, da menor profundidade à maior. Essa representação dos níveis de profundidade oceânica recebe o nome de batimetriaglossário , cotas batimétricas ou cotas de profundidade.

• Perfil topográfico: o relevo em detalhes

Quando se traçam as curvas de nível de determinado espaço natural ou geográfico, obtém-se a compreensão do relevo desse espaço. Porém, em alguns casos, é preciso observar detalhadamente a variação das altitudes do relevo. Para isso, deve-se traçar, com base nas curvas de nível e na escala de um mapa topográfico, o perfil topográfico, que mostra um córte da superfície terrestre (note a linha A-B no perfil topográfico). O perfil topográfico é um gráfico no qual o eixo vertical apresenta as altitudes e o eixo horizontal, a extensão do córte selecionado.

Observe o mapa e o perfil topográfico nesta página, e a foto na seguinte. Com as curvas de nível dos morros do Pão de Açúcar e da Urca, podemos representar o perfil topográfico do trecho A-B. Repare que, quando o relevo é muito inclinado, as curvas de nível estão muito próximas umas das outras – é o caso do Pão de Açúcar. Quando o relevo é menos inclinado, as curvas são mais distantes umas das outras – é o caso do Morro da Urca.

Pão de Açúcar e Morro da Urca (Rio de Janeiro): curvas de nível e perfil topográfico

Mapa e perfil topográfico. Pão de Açúcar e Morro da Urca (estado do Rio de Janeiro): curvas de nível e perfil topográfico.
No mapa, destaque para oito camadas coloridas representando os níveis altimétricos. As camadas são delimitadas por curvas de nível, ou seja, linhas que ligam pontos de mesma altitude na área representada; cada camada representa uma faixa de altitude. 
Faixas de altitudes do Pão de Açúcar: primeira faixa: entre o mar (altitude zero) e a curva de 50 metros de altitude (parte mais baixa do relevo); segunda faixa: entre 50 e 100 metros de altitude; terceira faixa: entre  100 e 150 metros de altitude; quarta faixa: entre 150 e 200 metros de altitude; quinta faixa: entre 200 e 250 metros de altitude; sexta faixa: entre 250 e 300 metros; sétima faixa: entre 300 e 350 metros; oitava faixa: 350 metros. Essas faixas apresentam-se bem próximas umas das outras, demonstrando que o Pão de Açúcar é bastante íngreme.
Faixas de altitudes do Morro da Urca: primeira faixa: entre o mar (altitude zero) e a curva de 50 metros de altitude (parte mais baixa do relevo); segunda faixa: entre 50 e 100 metros de altitude; terceira faixa: entre  100 e 150 metros de altitude; quarta faixa: entre 150 e 200 metros de altitude; quinta faixa: 200 metros de altitude. Essas faixas apresentam-se mais distantes umas das outras, demonstrando que o Morro da Urca é mais plano, com baixa  inclinação (menos íngreme).  
Na parte inferior esquerda do mapa, Morro Cara de Cão com curva de nível com a indicação da altitude: 50.
Uma reta traçada entre o ponto A, situado ao nível do mar, à esquerda do Pão de Açúcar, e o ponto B, também ao nível do mar, à direita do Morro da Urca, passando pelos dois morros e por todas as faixas de altitude. Com base nesta reta, linhas verticais são tracejadas a partir dos limites de cada faixa altimétricas e projetam-se em um tipo de gráfico de linha logo abaixo do mapa, mantendo a mesma direção das linhas tracejadas no eixo horizontal do gráfico, que indica a distância entre os pontos A e B. No eixo vertical do gráfico indicam-se as faixas de altitude, em metros, com equidistância de 50 metros, iniciando-se em zero e terminando em 400 metros de altitude. Os pontos de cruzamento entre as linhas tracejadas verticalmente com a linha que indica cada faixa de altitude ligados por um fio preto representam o perfil topográfico da área representada. 
Ao lado, rosa dos ventos e escala de 0 a 260 metros.

Fonte: OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 116.

Grafismo indicando atividade.

Tendo como critério o menor nível de dificuldade, você escolheria o Pão de Açúcar ou o Morro da Urca para escalar? Explique por quê.

Orientações e sugestões didáticas

Ao analisar o perfil topográfico, considerando o menor nível de dificuldade na escalada, espera-se que o aluno escolha o Morro da Urca, por causa de sua menor inclinação e menor altitude.

Ícone. Seção Quem lê viaja mais. Composto por uma placa amarela com a silhueta de uma pessoa lendo.

QUEM LÊ VIAJA MAIS

Enciclopédia do estudante: Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2008.

Na parte referente aos apêndices, você encontra um resumo dos assuntos relacionados à Cartografia, como elementos do mapa, escala, tipos de mapa, imagens de satélites e muitos outros.

Orientações e sugestões didáticas

Leia e interprete o mapa e o gráfico desta página com os alunos. Destaque o uso das cores e sua variação para representar as diferentes altitudes, sendo o verde as áreas de menor altitude e o vermelho as áreas de maior altitude. Leve os alunos a observar a distância entre as curvas de nível e suas “consequências” no perfil topográfico. Verifique se eles compreenderam a transposição entre as duas representações do relevo e esclareça possíveis dúvidas.

Atividade complementar

Proponha aos alunos que pesquisem na internet um mapa topográfico que lhes permita observar as variações de inclinação do terreno em que se situa o caminho de sua casa até a escola. Solicite a eles que escolham um ponto A e um ponto B para traçar o perfil topográfico. Explique o processo de transposição da representação do relevo em curvas de nível para a representação como perfil topográfico, conforme exemplificado no mapa e no gráfico desta página. Os alunos devem fazer o perfil escolhido com base na linha entre os pontos A e B e nas altitudes informadas no mapa. Verifique se conseguiram fazer o perfil corretamente e esclareça possíveis dúvidas na elaboração da atividade.

Caso não seja possível acessar o mapa proposto, sugerimos que seja usado o mapa topográfico de Jardinópolis (São Paulo) e região, na página 60, como base para a realização da atividade.

Fotografia. No centro da foto, vista dos morros Pão de Açúcar e da Urca: dois morros próximos, sendo o do Pão de Açúcar mais alto e pontiagudo e, o da Urca, menor e mais largo. Aos pés dos morros há muitas construções. Ao redor dos morros e ao fundo, o mar e outros morros. À frente, faixa de areia da praia com muitos prédios ao longo de sua extensão e alguma vegetação.
Morros do Pão de Açúcar e da Urca, na cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (2020). Da Praia Vermelha partem bondinhos que levam os visitantes ao topo do Morro da Urca; daí partem outros bondinhos que os levam até o topo do Morro do Pão de Açúcar.

• O bloco-diagrama

O bloco-diagrama é uma representação gráfica elaborada em perspectivaglossário que mostra determinada área da superfície da Terra nas três dimensões: comprimento, largura e altura.

Essa técnica é usada não apenas para representar o relevo de uma área, mas também a hidrografia (rios), as geleiras, os tipos de rocha que se encontram no subsolo, entre outras informações.

A elaboração de um bloco-diagrama baseia-se em mapas da área que se deseja representar e tem a vantagem de reproduzir com grande fidelidade seu aspecto real. Atualmente, os recursos tecnológicos têm contribuído significativamente para a representação do relevo por meio dessa técnica, tornando-o de mais fácil compreensão.

Bloco-diagrama

Ilustração. Bloco-diagrama. À esquerda, montanhas com geleira e perfil de um vulcão. Da geleira corre um curso de água em direção à uma parte plana com vegetação, formando um canal de água (rio) que vai até o mar.  Nessa parte plana há um lago, vegetação e algumas construções formando a cidade. 
O perfil do vulcão apresenta concentração de lava na parte interna da superfície, com pequenos canais que vão do interior do vulcão até seu topo. A concentração de lava passa por várias camadas de rocha até chegar |à superfície. Na parte externa do vulcão escorre lava.   Entre o mar e a montanha está a cidade. Abaixo do mar, fundo do mar com camada de rocha.

Fontes: elaborado com base em Atlas visuais: a Terra. quinta edição São Paulo: Ática, 1996. página 21.

Nota: Ilustração para fins didáticos. Não apresenta proporcionalidade entre os elementos representados.

Orientações e sugestões didáticas

Atividade complementar

Peça aos alunos que usem a criatividade e imaginem uma paisagem natural com relevo, rios e vegetação ou, se preferirem, uma paisagem cultural (campos cultivados, estradas, moradias etcétera). Em seguida, solicite que a representem por meio de um bloco-diagrama, destacando as três dimensões: comprimento, largura e altura. Sugira a eles que imaginem os elementos do subsolo, como redes de encanamento ou transporte (túneis), para tornar a atividade mais lúdica. Nesta etapa do processo de aprendizagem, o objetivo principal não é a fidelidade da representação em relação à realidade, mas os questionamentos que poderão surgir no processo de aplicação do conceito de bloco-diagrama durante a realização da atividade.

Ícone. Seção Rotas e encontros.

Rotas e encontros

Cicloturismo, topografia e o uso de mapas

O cicloturista Antonio Olinto já fez a volta ao mundo em sua bicicleta e, para isso, apoiou-se nos mapas. Leia o texto no qual ele dá dicas para identificar trechos inclinados do caminho em um mapa.

Em nossas viagens de aventura com bicicleta, nunca levamos gê pê ésse. Sempre nos pareceu pouco útil, preferimos lidar com mapas de papel.

reticências O gê pê ésse sozinho só tem a capacidade de dizer onde você está exatamente. A grande utilidade do gê pê ésse em terra está a partir do momento em que colocar uma rota ou uma carta (mapa) dentro dele. Ou seja, em um momento ou em outro terá que aprender a ler mapas.

reticências Ter em mente os pontos cardeais é uma obrigação, sem essa noção não conseguirá nem posicionar o mapa para começar a observar.

O indício mais fácil de perceber uma subida é observar se o desenho da estrada [no mapa] faz zigue-zague. Geralmente uma estrada é construída o mais reta possível; ela fará uma volta para desviar de obstáculos grandes e abruptosglossário como morros e lagos, mas fará zigue-zague só para vencer grandes montanhas.

No mapa observe o caminho que sai de Yungay, no vale do Rio Santa, e sobe para a Cordilheira Branca através do Passo de Llanganuco, que está a .4767 métros de altitude. Veja que existem dois pontos onde o desenho da estrada faz zigue-zague: logo na saída da cidade e depois, já bem perto do topo, no passoglossário . Ou seja, podemos prever fortes subidas logo ao sair da cidade, um caminho plano ao lado do lago e mais subidas fortes perto do passo. Depois dele, a estrada começa a descer, esse é o ponto onde a estrada ‘passa’ para o outro lado da serra. Sempre que o desenho da estrada faz um zigue-zague a subida é mais íngreme, pois a estrada necessita dar várias voltas para vencer a montanha. Entretanto, você só poderá observar esse desenho em mapas com uma escala grande, ou seja, mapas mais detalhados como este da Cordilheira Branca.

FERREIRA, Antonio Olinto. 7 passos andinos: uma aventura de bicicleta pelos desertos da cordilheira. segunda edição Bauru: A. O. Ferreira, 2014. página 216-217.

Cordilheira Branca (Peru): caminho de Yungay a Passo de Llanganuco

Mapa. Cordilheira Branca (Peru): caminho de Yungay a Passo de Lhanganuco. Mapa topográfico com destaque para a Cordilheira Branca. Cidades: Yungay, Ranrahirca. Vilarejos: Huepesh, Huarca, Musho. Acampamentos: Refúgio Huascarán, 4.700 metros, Refúgio Peru, 4.865 metros. Picos: Pisco, 5.782 metros; outros picos com 6.354 metros, 5.557 metros, 5.288 metros, 6.160 metros, 6.000 metros, 6.395 metros, 6.356 metros, 6.768 metros, 6.470 metros, 6.655 metros.  Há curvas de nível indicando 5.000 metros. Estradas ligam o norte ao sul. Poucas estradas ao leste e oeste. Trilhas: No norte (Passo de Lhanganuco) e leste (Mucho/Refúgio Huascarán). Rio Ranrahirca cruzando a área de norte a sul. Rio Mancos ao sul. 
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 3 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Antonio Olinto. 7 passos andinos: uma aventura de bicicleta pelos desertos da cordilheira. segunda edição Bauru: A. O. Ferreira, 2014. página 216-217.

 Interprete

  1. Que importante dica o cicloturista dá para reconhecer um trecho íngreme em uma estrada representada em um mapa?
  2. Que técnica cartográfica você consegue identificar nesse mapa?

 Contextualize

3. Você já pensou sobre os benefícios da prática de esportes? Caso pratique, comente os benefícios conquistados.

Orientações e sugestões didáticas

Interdisciplinaridade

Com os professores de Educação Física e de Ciências, de acordo com a faixa etária dos alunos, desenvolva um projeto interdisciplinar sobre aplicativos usados por esportistas para planejar estratégias, solucionar desafios técnicos e táticos e registrar métricas (velocidade, distância, entre outras). Promova um debate a respeito dos efeitos de exercícios e de atividades físicas na saúde, como também os cuidados necessários para a prática de esportes.

Respostas

  1. Observar se o desenho da estrada faz zigue-zague, pois geralmente em trechos íngremes o traçado das estradas é tortuoso para vencer os desníveis do terreno.
  2. As questões desenvolvem o pensamento espacial, estimulando a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. Os alunos devem identificar as curvas de nível. Além disso, devem relacionar a proximidade entre as curvas de nível, que indicam maior ou menor declividade do terreno.
  3. Resposta pessoal. Converse com os alunos sobre os benefícios à saúde obtidos pela prática regular do ciclismo, ou de outros esportes. Em relação ao cicloturismo, também destaque outras vantagens, como o conhecimento prático do espaço e de sua biodiversidade, o estímulo à consciência para a preservação do meio ambiente com o qual se interage, entre outras.

Temas contemporâneos transversais

Os temas contemporâneos transversais Saúde e Educação Alimentar e Nutricional podem ser abordados por meio da questão 3 desta seção. Reflita com os alunos, por exemplo, sobre os cuidados com a alimentação saudável e seus benefícios à saúde, a prática regular de esportes, a importância de atividades esportivas externas e em contato com a natureza, como o estímulo à consciência para a preservação do meio ambiente e a interação com pessoas com base na cooperação e no respeito mútuo.

Ícone. Seção Atividades dos percursos.

Atividades dos percursos 7 e 8

Registre em seu caderno.

  1. Explique o que é um mapa e para que ele serve.
  2. Para conhecer uma cidade, caminhar por suas ruas e encontrar seus pontos de interesse com facilidade, recomenda-se consultar sua planta. Antes de tudo, o turista ou visitante deve localizar onde está hospedado e, depois, marcar na planta esse lugar com lápis ou caneta. Pense e explique por que esse procedimento é importante.
  3. Explique com suas palavras o que é relevo terrestre. Em seguida, descreva o relevo da localidade onde você vive.
  4. As legendas dos mapas físicos comumente representam os intervalos de altitudes do relevo das terras emersas e também os níveis de profundidade de oceanos em cores diferentes para facilitar a interpretação das informações. Em seu caderno, identifique a legenda que representa as cotas batimétricas de fórma correta e justifique sua escolha.
Ilustração. Quatro quadros, cada um representando legenda de intervalos de altitudes do relevo das terras emersas e dos níveis de profundidade dos oceanos por meio de cores. 
Quadro I: legenda de altitudes das terras emersas iniciando, de baixo para cima, em zero a 100 metros; 100 a 200 metros; 200 a 800 metros; 800 a 1.200 metros; e finalizando em 1.200 metros ou mais; as cores utilizadas para representar as altitudes iniciam-se em cores e tons mais claros e seguem em degradê para cores e tons mais escuros, conforme a altitude vai aumentando. Legenda das profundidades dos oceanos, iniciando, de cima para baixo, em zero ou mais metros; 200 metros a zero; 2.000 a 200 metros; e finalizando em 4.000 a 2.000 metros; 
as cores utilizadas para representar as profundidades dos oceanos iniciam-se em cores e tons mais escuros e seguem em degradê para cores e tons mais claros, conforme a profundidade vai aumentando. 
Quadro II: legenda de altitudes das terras emersas iniciando, de baixo para cima, em zero a 100 metros; 100 a 200 metros; 200 a 800 metros; 800 a 1.200 metros; e finalizando em 1.200 metros ou mais; as cores utilizadas para representar as altitudes iniciam-se em cores e tons mais claros e seguem em degradê para cores e tons mais escuros, conforme a altitude vai aumentando.
Legenda das profundidades dos oceanos, iniciando, de cima para baixo, em 4.000 metros ou mais; 2.000 a 4.000 metros; 200 a 2.000 metros; e finalizando em zero a 200 metros; as cores utilizadas para representar as profundidades dos oceanos iniciam-se em cores e tons mais claros e seguem em degradê para cores e tons mais escuros, conforme a profundidade vai diminuindo. 
Quadro III: legenda de altitudes das terras emersas iniciando, de baixo para cima, em zero a 100 metros; 100 a 200 metros; 200 a 800 metros; 800 a 1.200 metros; e finalizando em 1.200 metros ou mais; as cores utilizadas para representar as altitudes iniciam-se em cores e tons mais claros e seguem em degradê para cores e tons mais escuros, conforme a altitude vai aumentando.
Legenda das profundidades dos oceanos, iniciando, de cima para baixo, em 0 a 200 metros; 200 a 2.000 metros; 2.000 a 4.000 metros; e finalizando em 4.000 metros ou mais; as cores utilizadas para representar as profundidades dos oceanos iniciam-se em cores e tons mais claros e seguem em degradê para cores e tons mais escuros, conforme a profundidade vai aumentando.
Quadro IV: legenda de altitudes das terras emersas iniciando, de baixo para cima, em zero a 100 metros; 100 a 200 metros; 200 a 800 metros; 800 a 1.200 metros; e finalizando em 1.200 metros ou mais; as cores utilizadas para representar as altitudes iniciam-se em cores e tons mais claros e seguem em degradê para cores e tons mais escuros, conforme a altitude vai aumentando.
Legenda das profundidades dos oceanos, iniciando, de cima para baixo, em zero a 200 metros; 200 a 2.000 metros; 2.000 a 4.000 metros; e finalizando em 4.000 metros ou mais; as cores utilizadas para 
representar as profundidades dos oceanos alternam-se em cores e tons mais claros e mais escuros, independentemente da profundidade.
  1. Explique o que é bloco-diagrama e cite a vantagem da representação da realidade que ele proporciona para quem faz sua leitura.
  2. Este mapa representa a atual divisão política do Brasil. Interprete-o e, depois, faça o que se pede.

Brasil: divisão política

Mapa. Brasil: divisão política. Todas as  unidades federativas estão destacadas em cores diferentes e indicadas pelas respectivas siglas. Estão indicadas as capitais dos estados de Mato Grosso (Cuiabá) e Mato Grosso do Sul (Campo Grande). Entre elas, a distância no mapa, em linha reta, é de aproximadamente 1,035 centímetros. Não há legenda no mapa.
Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 580 quilômetros.

Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 94.


  1. Que elementos das representações gráficas não estão presentes no mapa?
  2. Calcule a distância real, em linha reta, entre as cidades de Campo Grande e Cuiabá.

7. Há cinco erros nesta representação. Em seu caderno, identifique-os e explique-os.

Pão de Açúcar e Morro da Urca (Rio de Janeiro): curvas de nível

Mapa. Pão de Açúcar e Morro da Urca (Rio de Janeiro): curvas de nível. 
No mapa, destaque para oito camadas coloridas representando os níveis altimétricos. As camadas são delimitadas por curvas de nível, ou seja, linhas que ligam pontos de mesma altitude na área representada; cada camada representa uma faixa de altitude. Faixas de altitudes do Pão de Açúcar: primeira faixa: entre o mar (altitude zero) e a curva de 100 metros de altitude; segunda faixa: entre 100 e 50 metros de altitude; terceira faixa: entre  50 e 150 metros de altitude; quarta faixa: entre 150 e 200 metros de altitude; quinta faixa: entre 200 e 250 metros de altitude; sexta faixa: entre 250 e 300 metros; sétima faixa: entre 300 e 350 metros; oitava faixa: 350 metros. 
Faixas de altitudes do Morro da Urca: primeira faixa: entre o mar (altitude zero) e a curva de 100 metros de altitude; segunda faixa: entre 100 e 100 metros de altitude; terceira faixa: entre 100 e 150 metros de altitude; quarta faixa: entre 150 e 300 metros de altitude; quinta faixa: 300 metros de altitude.   
Na parte inferior esquerda do mapa, Morro Cara de Cão com curva de nível com a indicação da altitude: 50.
Informação: equidistância: 50 metros.  
Ao lado esquerdo, rosa dos ventos e escala de 0 a 300 metros.

Fonte: elaborado com base em OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de Cartografia moderna. segunda edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 1993. página 116.

Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. O mapa é uma representação gráfica de aspectos naturais e culturais e serve para nos orientar no espaço, para representar fenômenos geográficos e facilitar a compreensão da localização dos dados nele representados.
  2. Ao assinalar na planta onde se está, o visitante cria um ponto de referência no espaço urbano. Assim, ele pode se locomover pela cidade sempre tendo como referência o local de sua hospedagem, por exemplo, facilitando sua localização.
  3. Espera-se que os alunos citem que a superfície terrestre, incluindo o fundo dos oceanos, tem saliências (montanhas, serras etcétera), áreas planas, entre outras fórmas; enfim, espera-se que eles respondam que a superfície terrestre e o fundo dos oceanos apresentam fórmas variadas de relevo. Dê liberdade aos alunos para se expressarem à sua maneira, não havendo necessidade de usar termos técnicos.
  4. A legenda três representa de maneira correta as cotas batimétricas, pois os tons de azul, do mais claro ao mais escuro, representam, respectivamente, da menor à maior profundidade.
  5. Bloco-diagrama é uma representação em perspectiva, ou seja, que permite a visualização das três dimensões (comprimento, largura e altura) de determinada área da superfície da Terra. Desse modo, reproduz com grande fidelidade o aspecto real do que se deseja representar, facilitando sua leitura e compreensão.
    1. Falta uma legenda que mostre o símbolo de cidade-capital dos estados, no caso Cuiabá (Mato Grosso) e Campo Grande (Mato Grosso do Sul).
    2. Em linha reta, a distância entre Campo Grande e Cuiabá é de, aproximadamente, 600 quilômetros.
  6. Considerando a equidistância de 50 metros, os erros são: na mesma curva de 50 metros de altitude, há cotas variantes – o que é incorreto, uma vez que curvas de nível devem representar os pontos de uma mesma altitude. Observando as cotas do Morro do Pão de Açúcar em uma sequência ascendente, é possível identificar as cotas incorretas: 100, 50 e 250 (o correto é: 50, 100, 150, 200, 250, 300, 350). No Morro da Urca, há curvas de nível diferentes com o mesmo valor e um salto de 150 métros para 300 métros (o correto é: 50, 100, 150, 200). Com o objetivo de consolidar o aprendizado, sugere-se a construção das curvas de nível na lousa, para que os alunos construam perfis topográficos a partir delas.
  1. Faça uma planta da sala de aula com mais três colegas. Usem uma trena ou fita métrica para medir as paredes e os principais objetos presentes. Tomem nota das medidas em um rascunho e, com o auxílio do professor, definam a escala em que a planta será elaborada. Com base na planta, construam uma maquete da sala de aula. Nessa etapa, vocês precisarão considerar a altura das paredes e dos objetos que serão representados em miniatura. Reúnam materiais como caixas, cartolina, papelão, régua, lápis, cola e tesoura de pontas arredondadas. Ao final da atividade, vocês terão elaborado duas representações da sala de aula: uma bidimensional e outra tridimensional. Identifiquem na planta e na maquete a que tipo de representação cada uma delas corresponde.
  2. Elabore uma base cartográfica da divisão política do Brasil, ou seja, das unidades da federação (estados e Distrito Federal). Para isso, aplique papel de seda ou vegetal sobre o mapa da atividade 6 e reproduza-o em uma folha de papel sulfite ou cartolina, com os paralelos e meridianos, as coordenadas geográficas, a rosa dos ventos e a escala. Considerando que, em agosto de 2021, segundo o í bê gê É, os principais produtores de café no Brasil foram Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná, faça uma legenda em uma cor que represente essa informação e aplique-a ao seu mapa. Dê um título a ele e cite a fonte.
  3. Na imagem de satélite, destacam-se o Plano Piloto e o Lago Paranoá, na cidade de Brasília. Analise as duas representações e responda às questões.
Imagem de satélite. Cidade de Brasília. Vista vertical da cidade de Brasília, com áreas com muitas construções, vias de circulação, um lago formado de diversos "braços" (ou canais) entre a área construída e alguns espaços de terra.
Imagem de satélite de Brasília, no Distrito Federal (2021).

Plano Piloto em Brasília

Mapa. Mapa da cidade de Brasília, representando as áreas do centro político e administrativo do país; edifícios públicos e embaixadas; parques; zona não urbanizada; zona industrial; zona residencial; aeroporto; avenidas; ferrovia. Todos esses elementos foram representados, no mapa, por meio de formas geométricas, cores e símbolos pictográficos, cujos significados aparecem na legenda do mapa. 
Abaixo, rosa dos ventos e escala de 0 a 4 quilômetros.

Fonte: Charliê Jác (organizador). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2011. página 156.

  1. Que elementos cartográficos empregados no mapa facilitam a interpretação da imagem de satélite?
  2. Imagine que, em seu livro, não há legenda nesse mapa. Que argumentos você usaria para pedir a substituição do livro? Use seus conhecimentos sobre os elementos do mapa para basear sua solicitação.
Versão adaptada acessível

9. Elabore um mapa tátil com a divisão política do Brasil para representar os principais produtores de café no Brasil em agosto de 2021, segundo o IBGE: Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná. Utilize texturas para diferenciar essas unidades da federação e crie uma legenda explicativa dos recursos utilizados no mapa.

Orientação para acessibilidade

Uma aula antes, oriente os estudantes a respeito dos materiais que eles devem levar à sala de aula para realizar a atividade. Contrastes do tipo liso e áspero, fino e espesso, tendem a favorecer a percepção tátil dos estudantes. Dessa forma, podem ser utilizados material emborrachado, diversos tipos de papéis, tecidos, linhas de diferentes espessuras, botões etc. Auxilie os estudantes durante a seleção e a organização dos materiais.

Sugere-se que o professor leve pronto o contorno do mapa do Brasil sobre uma base emborrachada. O contorno do país e as divisas entre as unidades da federação podem ser feitos com barbante ou outros materiais maleáveis e as siglas dos estados mencionados no enunciado indicadas em alto-relevo, facilitando a percepção dos alunos. Na sala de aula, oriente para que a turma represente esses estados e a área correspondente às demais unidades da federação por meio de diferentes materiais (botões, tecidos, papéis, entre outros). Explique que deve haver correspondência entre os tipos de materiais usados no mapa e na legenda, de modo a permitir a relação entre as informações. A transposição de uma representação visual para uma representação tátil tende a favorecer a ampliação do processo de ensino-aprendizagem. Se considerar pertinente, adapte o nível de complexidade da atividade.

Orientações e sugestões didáticas
  1. Oriente os alunos no registro das medidas da sala de aula e na construção da maquete. Avalie qual seria a escala adequada para a confecção da planta e da maquete, buscando facilitar os cálculos para os alunos e considerando os materiais disponíveis (dimensão das folhas de papel, para desenho da planta, e da base para confecção da maquete). Sugira que, inicialmente, elaborem um esboço da sala para tomar nota das medidas e que trabalhem de maneira colaborativa, dividindo as tarefas entre os colegas.
  2. Atente para a precisão das informações no que se refere à legenda: os alunos deverão colorir Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná, de vermelho, para representar os principais produtores de café no Brasil, e aplicar cor neutra (branco, cinza-claro ou amarelo-claro, por exemplo) nas demais unidades da federação. Como título, poderão adotar: “Brasil: principais estados produtores de café – agosto de 2021”; e como fontes: í bê gê É Agência de Notícias, 9 setembro 2021; í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 94.
    1. O mapa é uma representação simplificada da realidade. Enquanto na imagem de satélite é possível identificar detalhes do espaço geográfico, como uma área com vegetação no canto superior esquerdo, no mapa são omitidas informações e feitos agrupamentos para simplificar a leitura e são empregados elementos cartográficos, como cores, para identificar áreas residenciais, industriais, parques, além de símbolos para localizar aeroportos e linhas para representar ferrovias e avenidas. A identificação desses elementos na legenda facilita a leitura e o reconhecimento deles na imagem de satélite.
    2. Nesta questão, o aluno mobiliza o que aprendeu sobre os elementos do mapa para, a partir de uma situação-problema simples, desenvolver uma argumentação. Espera-se que ele argumente que a ausência da legenda impossibilita a compreensão das cores e símbolos usados no mapa.

Glossário

Constelação
fórma
Voltar para o texto
Grandes Navegações
quinze e dezesseis.
Voltar para o texto
Cardeal
Voltar para o texto
Hemisfério
Hemi:
Voltar para o texto
Alfa
α
Voltar para o texto
Madeiro
Voltar para o texto
Cartógrafo
Voltar para o texto
Grau
Voltar para o texto
Antípoda
grauGreenwichponto
Voltar para o texto
Satélite artificial
etcétera
Voltar para o texto
Dispositivo
Voltar para o texto
Chip
Voltar para o texto
Tutor
Voltar para o texto
Topógrafo
Voltar para o texto
Batimetria
bathus metron =
Voltar para o texto
Perspectiva
fórma
Voltar para o texto
Abrupto
Voltar para o texto
Passo
.
Voltar para o texto